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Metodologia Científica PrAldenei Barros
A Prática da Pesquisa
Uma vez que você se inscreveu em uma das linhas de pesquisa específica da Teologia (exegética, sistemática, histórica ou pastoral – o seu CAMPO), em sua linha de pesquisa específica (o seu CAMPO ESPECÍFICO, se quiser), logo perceberá a necessidade de selecionar e estreitar um tópico viável de investigação (o seu CORPUS). De modo simplificado, o aspecto mais importante para selecionar e estreitar um corpus de estudo é a sua motivação. É ela que definirá sua pergunta-problema orientadora (PROBLEMA).
A importância de procurar realizar a pesquisa com foco cada vez mais estreito justifica-se porque não se está apenas aprendendo a metodologia da pesquisa em cada disciplina; nessa prática o aluno está desenvolvendo o seu sendo crítico e investigativo, habilidade de comparação, equilíbrio e senso de proporção. Essas qualidades somente podem ser adquiridas com muita leitura e reflexão.
Selecionando as Referências
É necessário que o estudante cultive a habilidade de identificar os livros e artigos importantes em um dado assunto e saiba distinguí-lo dos demais. Depois que a bibliografia (REFERÊNCIA) for anotada, é preciso peneirar mais. É o momento de retirar da lista os livros de caráter popular, os que não estejam bem documentados ou ainda os que não dizem respeito à sua pesquisa. Para isso, uma vez formulada a pergunta PROBLEMA e o surgimento do TEMA, recomenda-se consultar um bom dicionário, enciclopédia ou banco de dados de alguma biblioteca teológica presencial ou virtual.
Os artigos mais recentes sobre o assunto de seu interesse trarão, em geral, matéria bibliográfica que propiciará orientação à sua pesquisa. Isso significa que muitas vezes trabalha-se do mais recente para trás. E lembre-se de continuamente consultar as fontes primárias no original.
Metodologia de Leitura
Cada pessoa adota um procedimento para tomar notas de leitura. Entretanto, certas recomendações ainda se fazem necessárias. A regra de ouro é registrar os apontamentos sempre da mesma forma. Por outro lado, é importante que você conheça várias técnicas de leitura (sublinhar, métodos hermenêuticos indutivos, etc). Uma leitura apenas não é suficiente para um estudo mais aprofundado; pelo menos, não da bibliografia primária. Alguns escrevem em folhas soltas, outros utilizam fichas e há ainda os que anotam diretamente no computador.
O mais importante é que as notas sejam consistentes e registradas com cuidado. Lembre-se de que suas anotações devem permitir ser estruturada posteriormente em um esboço coerente com o assunto de seu interesse na pesquisa. Nas anotações bibliográficas, procure estabelecer pelo menos uma frase explicativa que permita o uso dessa nota posteriormente. Procure escrever um ou, no máximo, dois parágrafos em cada ficha ou folha, e em apenas um dos lados. Isto certamente o obrigará a trabalhar de modo conciso e objetivo. Se você fizer o fichamento, ou seja, autor, título, lugar da publicação, editora e data, procure fazê-lo já no formato bibliográfico padronizado pela ABNT, conforme indicado posteriormente neste trabalho. Isso lhe poupará muito trabalho.
Estas são questões importantes, pois em poucos meses, se a anotação não tiver sido tomada apropriadamente, você não saberá se são suas as palavras ou se pertencem a outras fontes. Você pode criar uma legenda para a distinção. Na maioria dos casos, as notas em seu trabalho são de fontes primárias. As notas de fontes secundárias, em geral, são em menor número. O processo da pesquisa envolve a habilidade de interagir analítica, crítica e sabiamente com um documento em lugar de apenas reproduzi-lo. Lembre-se que os autores citados são testemunhas de autoridade, e o testemunho de autoridade ocorre somente após a análise da obra.
Reunindo as Anotações Um Esboço Preliminar
Em todo o processo de pesquisa, reunidas as anotações (e não deixe de lado os insights), uma pergunta deve estar sempre presente: “Como isso se articula com o restante?”. O esboço preliminar de cada capítulo e de toda a dissertação depende de algumas medidas simples. Uma delas é ter em vista sempre a pergunta-PROBLEMA na sua versão mais recente. Outra é a reflexão e consideração inicial dos limites do tópico. Outra condição é que o esboço surja do próprio material pesquisado, considerando sua orientação cronológica ou fluxo  lógico.  De qualquer forma, a pergunta “como esse material pode ser mais bem organizado?” deve ser outra constante nas considerações pessoais.
O esboço preliminar é de extrema importância para dar direção ao andamento do trabalho. Pode-se perceber, antes de chegar ao final, a necessidade de promover algum tipo de alteração de rota, ou até mesmo a supressão ou a mudança completa de abordagens, desde a pergunta-PROBLEMA. O esboço é uma espécie de declaração sintética de uma hipótese que ainda está sendo analisada. Esse trabalho inicial será importante para o relacionamento harmonioso com seu orientador, pois tornará mais simples discutir e amadurecer o trabalho.
Redação Científica
Escrever bem é uma tarefa difícil que exige raciocínio, capacidade de organizar os pensamentos e muita concentração, tanto quanto leitura. O texto, na verdade, exerce a função de expressar as suas idéias na sua ausência. No momento de escrever, a habilidade adquirida com a prática é o fator mais importante. Isto significa que não adianta, de um dia para o outro, ou à véspera do vencimento dos prazos, querer produzir textos brilhantes. A habilidade em escrever bem é obtida através da prática e da leitura cuidadosa.
A melhor forma de escrever o primeiro parágrafo é iniciar a discussão envolvendo-se com outros escritores naquele campo específico. Assim, é preciso que se esteja preparado para observar, conceber, desenvolver e exprimir idéias com desenvolturas e conhecimento. Submeta sempre a redação definitiva a um ou mais revisores. Poucos dominam o português ou outra língua estrangeira perfeitamente. Sobre esse assunto de “boa revisão” recomendo o texto do professor Rogério Lacaz-Ruiz, Notas e Reflexões sobre Redação Científica, disponível no APÊNDICE 5.

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Metodologia Científica Pesquisa

  • 2. A Prática da Pesquisa
  • 3. Uma vez que você se inscreveu em uma das linhas de pesquisa específica da Teologia (exegética, sistemática, histórica ou pastoral – o seu CAMPO), em sua linha de pesquisa específica (o seu CAMPO ESPECÍFICO, se quiser), logo perceberá a necessidade de selecionar e estreitar um tópico viável de investigação (o seu CORPUS). De modo simplificado, o aspecto mais importante para selecionar e estreitar um corpus de estudo é a sua motivação. É ela que definirá sua pergunta-problema orientadora (PROBLEMA).
  • 4. A importância de procurar realizar a pesquisa com foco cada vez mais estreito justifica-se porque não se está apenas aprendendo a metodologia da pesquisa em cada disciplina; nessa prática o aluno está desenvolvendo o seu sendo crítico e investigativo, habilidade de comparação, equilíbrio e senso de proporção. Essas qualidades somente podem ser adquiridas com muita leitura e reflexão.
  • 6. É necessário que o estudante cultive a habilidade de identificar os livros e artigos importantes em um dado assunto e saiba distinguí-lo dos demais. Depois que a bibliografia (REFERÊNCIA) for anotada, é preciso peneirar mais. É o momento de retirar da lista os livros de caráter popular, os que não estejam bem documentados ou ainda os que não dizem respeito à sua pesquisa. Para isso, uma vez formulada a pergunta PROBLEMA e o surgimento do TEMA, recomenda-se consultar um bom dicionário, enciclopédia ou banco de dados de alguma biblioteca teológica presencial ou virtual.
  • 7. Os artigos mais recentes sobre o assunto de seu interesse trarão, em geral, matéria bibliográfica que propiciará orientação à sua pesquisa. Isso significa que muitas vezes trabalha-se do mais recente para trás. E lembre-se de continuamente consultar as fontes primárias no original.
  • 9. Cada pessoa adota um procedimento para tomar notas de leitura. Entretanto, certas recomendações ainda se fazem necessárias. A regra de ouro é registrar os apontamentos sempre da mesma forma. Por outro lado, é importante que você conheça várias técnicas de leitura (sublinhar, métodos hermenêuticos indutivos, etc). Uma leitura apenas não é suficiente para um estudo mais aprofundado; pelo menos, não da bibliografia primária. Alguns escrevem em folhas soltas, outros utilizam fichas e há ainda os que anotam diretamente no computador.
  • 10. O mais importante é que as notas sejam consistentes e registradas com cuidado. Lembre-se de que suas anotações devem permitir ser estruturada posteriormente em um esboço coerente com o assunto de seu interesse na pesquisa. Nas anotações bibliográficas, procure estabelecer pelo menos uma frase explicativa que permita o uso dessa nota posteriormente. Procure escrever um ou, no máximo, dois parágrafos em cada ficha ou folha, e em apenas um dos lados. Isto certamente o obrigará a trabalhar de modo conciso e objetivo. Se você fizer o fichamento, ou seja, autor, título, lugar da publicação, editora e data, procure fazê-lo já no formato bibliográfico padronizado pela ABNT, conforme indicado posteriormente neste trabalho. Isso lhe poupará muito trabalho.
  • 11. Estas são questões importantes, pois em poucos meses, se a anotação não tiver sido tomada apropriadamente, você não saberá se são suas as palavras ou se pertencem a outras fontes. Você pode criar uma legenda para a distinção. Na maioria dos casos, as notas em seu trabalho são de fontes primárias. As notas de fontes secundárias, em geral, são em menor número. O processo da pesquisa envolve a habilidade de interagir analítica, crítica e sabiamente com um documento em lugar de apenas reproduzi-lo. Lembre-se que os autores citados são testemunhas de autoridade, e o testemunho de autoridade ocorre somente após a análise da obra.
  • 12. Reunindo as Anotações Um Esboço Preliminar
  • 13. Em todo o processo de pesquisa, reunidas as anotações (e não deixe de lado os insights), uma pergunta deve estar sempre presente: “Como isso se articula com o restante?”. O esboço preliminar de cada capítulo e de toda a dissertação depende de algumas medidas simples. Uma delas é ter em vista sempre a pergunta-PROBLEMA na sua versão mais recente. Outra é a reflexão e consideração inicial dos limites do tópico. Outra condição é que o esboço surja do próprio material pesquisado, considerando sua orientação cronológica ou fluxo lógico. De qualquer forma, a pergunta “como esse material pode ser mais bem organizado?” deve ser outra constante nas considerações pessoais.
  • 14. O esboço preliminar é de extrema importância para dar direção ao andamento do trabalho. Pode-se perceber, antes de chegar ao final, a necessidade de promover algum tipo de alteração de rota, ou até mesmo a supressão ou a mudança completa de abordagens, desde a pergunta-PROBLEMA. O esboço é uma espécie de declaração sintética de uma hipótese que ainda está sendo analisada. Esse trabalho inicial será importante para o relacionamento harmonioso com seu orientador, pois tornará mais simples discutir e amadurecer o trabalho.
  • 16. Escrever bem é uma tarefa difícil que exige raciocínio, capacidade de organizar os pensamentos e muita concentração, tanto quanto leitura. O texto, na verdade, exerce a função de expressar as suas idéias na sua ausência. No momento de escrever, a habilidade adquirida com a prática é o fator mais importante. Isto significa que não adianta, de um dia para o outro, ou à véspera do vencimento dos prazos, querer produzir textos brilhantes. A habilidade em escrever bem é obtida através da prática e da leitura cuidadosa.
  • 17. A melhor forma de escrever o primeiro parágrafo é iniciar a discussão envolvendo-se com outros escritores naquele campo específico. Assim, é preciso que se esteja preparado para observar, conceber, desenvolver e exprimir idéias com desenvolturas e conhecimento. Submeta sempre a redação definitiva a um ou mais revisores. Poucos dominam o português ou outra língua estrangeira perfeitamente. Sobre esse assunto de “boa revisão” recomendo o texto do professor Rogério Lacaz-Ruiz, Notas e Reflexões sobre Redação Científica, disponível no APÊNDICE 5.