SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 38
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Genética Quantitativa




Prof. Manoel
   Victor
Modos de ação dos genes
               ação qualitativa
                 expressão de genes                 AA    Aa         aa
                 seguindo padrões e
                 modelos como os
                 descritos por Mendel
                 (genes qualitativos)

                                        Fenótipos




                                                         Genótipos


Prof. Manoel
   Victor
Modos de ação dos genes                                  II

               ação quantitativa
                  genes    cuja  expressão   é  altamente
                 influenciada por efeitos do ambiente tais
                 como:
                 a composição nutricional de rações na taxa de
                 crescimento de animais domésticos
                 a incidência de chuvas numa região, a quantidade de
                 fertilizantes aplicados no solo e a densidade de
                 plantio sobre a produção agrícola



Prof. Manoel
   Victor
Modos de representação:
               ação gênica do tipo qualitativa

                 representação por heredogramas


               ação gênica do tipo quantitativa

                 representação por parâmetros
                 estatísticos

Prof. Manoel
   Victor
Parâmetros estatísticos:




                         Média 0




Prof. Manoel
   Victor
Parâmetros estatísticos:   II




Prof. Manoel
   Victor
Parâmetros estatísticos:   II

               média

               desvio padrão

               variância

               co-variância

               etc

Prof. Manoel
   Victor
Caracteres Quase-quantitativos
               Johannsen – biólogo holandês que
               estudou o peso de grãos de feijão
                 introduziu o conceito de endocruzamento
                 como meio de obtenção de linhas
                 geneticamente puras
               Nilsson-Ehle – sueco que estudou a
               coloração de grãos de trigo
                 variação desde o branco até o vermelho

Prof. Manoel
   Victor
Linhas puras de Johannsen
               Estudou o peso de sementes de feijão
               (Phaseolus vulgaris)



               Variação no peso dos grãos:
                 leves                   pesados
                (15 cg)                  (90 cg)


Prof. Manoel
   Victor
Linhas puras de Johannsen                      II

               Decorrência:
                semente leve             semente pesada

                        sementes leves ou pesadas


               Conclusão aparente:
                 não havia controle genético para esta
                 característica

Prof. Manoel
   Victor
Linhas puras de Johannsen                                    III
               Introdução ao uso de endocruzamentos
                  cruzamento de plantas por autofecundação*
                     obtenção de 19 “linhas puras”

                  semente leve               ou            semente
                    pesada



                  semente leve                                   semente
                    pesada
                  (pouca variação)                       (pouca variação)

Prof. Manoel
   Victor
               * - possível devido a baixa carga genética das plantas
Linhas puras de Johannsen               IV

               Conclusões:
                 o endocruzamento leva à homozigose ou
                 uniformidade genética
                 variação genética é resultado da inter-
                 relação dos componentes genético e
                 ambiental
                       F= G + meio ambiente

                 componente genético pode ser devido a
                 um conjunto de genes com efeito aditivo

Prof. Manoel
   Victor
Yule (1906) propôs o efeito de somatória
                          sobre o fenótipo final




               As idéias destes autores levaram à concepção do têrmo: poligenes
                           a1       a2       a3       a4       etc
                                                       

                       a1 + a2 + a3 + a4 + an = fenótipo final




Prof. Manoel
   Victor
Cruzamento de Nilsson-Ehle
                   variação na coloração de sementes de trigo

               P            B1B1 B2B2           X       b1b1 b2b2

                          vermelho escuro                branco



               F1                           B1b1 B2b2

                           autofecundação

               F2
                                               ...

Prof. Manoel
   Victor
Cruzamento de Nilsson-Ehle       II

           F2:
             1/16 B1B1 B2B2 – vermelho escuro
             4/16 B1b1 B2B2
                              vermelho
                  B1B1 B2b2
             6/16 B1B1 b2b2
                  b1b1 B2B2    vermelho médio
                  B1b1 B2b2

Prof. Manoel
   Victor
Cruzamento de Nilsson-Ehle            III


               4/16 B1b1 b2b2
                                    vermelho claro
                    b1b1 B2b2

               1/16 b1b1 b2b2 – branco

               comprovação do efeito da soma dos
               efeitos dos genes: aditividade gênica

Prof. Manoel
   Victor
Herdabilidade
               um coeficiente que estima o
               grau      com     que      as
               características genéticas são
               herdadas



               como constatar a existência de
               um componente genético ?




Prof. Manoel
   Victor
Herdabilidade             h2 ou H2              II

                    VG             sentido amplo
               h2 =
                    Vf             sentido restrito


               sentido amplo ⇒ h2= Va +Vd + Vi

               sentido restrito ⇒ h2= Va/Vf
                 Va – componente devido a genes aditivos
               valores de h2 variam de 0 a 1

Prof. Manoel
   Victor
Herdabilidade         h2 ou H2     III



               Programas de melhoramento genético

                 animal ou vegetal

                   h2 > 0,4




Prof. Manoel
   Victor
Componentes da variância fenotípica
                Vf=VG + VA + VGA


               componente   componente      componente da interação
                 genético    ambiental         genótipo/ambiente
               sentido amplo:

                 Vf= Va + Vd + Vi + VA + VGA
                   Va= genes com efeito aditivo
                   Vd= genes com efeito dominante
                   Vi= variância devido a interações gênicas


Prof. Manoel
   Victor
Melhoramento Genético:

               melhorista busca sempre:


        ↑ valor fenotípico   ↑ valor adaptativo   (W)




Prof. Manoel
   Victor
Exemplos de valores de h2
               Humanos                  h2
                estatura               0,81
                tamanho do tórax       0,76
                Peso corporal          0,78
                índice cefálico        0,75
                QI (Binet)             0,68
                QI (Otis)              0,80
                Aptidão verbal         0,68
                Aptidão para ciência   0,34

Prof. Manoel
   Victor
Exemplos de valores de h2                 II

               Animais                         h2
                 gado
                   peso ao nascer             0,49
                   produção de leite          0,43
                   taxa de concepção          0,03
                 carneiros
                   tamanho da lã (22 meses)   0,47
                   tamanho da fibra de lã     0,38
                   gemeparidade               0,04


Prof. Manoel
   Victor
Exemplos de valores de h2            III

               Animais                    h2
                 Galinhas
                   peso corporal         0,31
                   peso dos ovos         0,60
                   % de choca            0,16
                 Camundongos
                   comprimento do rabo   0,60
                   peso corporal         0,35
                   tamanho da cria       0,15


Prof. Manoel
   Victor
Aplicação prática
                Heterose, vigor do híbrido ou
                sobredominância
                  maior expressão de determinadas
                  características genéticas em híbridos


overdominance                                       overdominance




 Prof. Manoel
    Victor
Heteroze ou

 vigor do híbrido




Prof. Manoel
   Victor
Anemia falciforme ou siclemia
               mutação na 6ª posição
               da cadeia β
                 VAL - HIS - LEU - THR - GLU - GLU - LYS .... normal

                 VAL - HIS - LEU - THR - GLU - VAL - LYS ....   mutante




               conseqüências:
                 mudanças de forma
                 das hemácias

                 < capacidade de
                 transportar o O2 e
                 C02

Prof. Manoel
   Victor
Detecção de genótipos




      genótipo Hbs Hbs → letal



Prof. Manoel
   Victor
Considerações especiais:
               África
                 freqüência do alelo Hbs é 10% + alta

                 MALÁRIA
                   indivíduos heterozitos HbA HbS

                        vantagem do heterozigoto ou sobredominância




Prof. Manoel
   Victor
Uso de marcadores moleculares na
                       análise genética
                O que são os marcadores moleculares?
                  são marcas genéticas que permitem a
                  detecção de polimorfismos em diferentes
                  indivíduos de uma população.
                O que é polimorfismo genético?
                  são situações especiais em que torna-se
                  possível observar diferentes formas
                  alélicas de um mesmo lócus gênico.

Prof. Manoel
   Victor
Tipos de marcadores moleculares
               marcadores de ácidos nucléicos
                 RFLP
                 RAPD
                 AFLP
                 etc
               marcadores protéicos
                 caracterização de formas de izoenzimas


Prof. Manoel
   Victor
Vantagens do uso de marcadores
                        moleculares

           Moleculares                 Morfológicos

               correlações genéticas     são neutros em relação a

               entre fenótipos           efeitos fenotípicos

               são co-dominantes         são      dominantes      ou
                                         sofrem       efeitos   das
                                         interações entre genes




Prof. Manoel
   Victor
Marcadores isoenzimáticos

               definição de isoenzimas
                 define um grupo de múltiplas formas
                 moleculares   de   uma   mesma   enzima
                 como resultado da existência de mais de
                 um gene codificando cada uma das
                 formas.

Prof. Manoel
   Victor
Detecção de diferentes isoenzimas
               na grande maioria das vezes é realizada
               através de seções de eletroforeses
                 suportes:
                   amido
                   poliacrilamida
               através de análises histoquímicas onde se
               observa “in situ” a expressão destes tipos
               de genes marcadores

Prof. Manoel
   Victor
Base genética dos marcadores
        moleculares
diferentes   formas    isoméricas   atuam
diferentemente nas mesmas reações
bioquímicas
há    diferenças   nas    seqüências    de
aminoácidos entre as isoformas
há diferenças quanto às seqüências de
nucleotídeos nestes genes
o controle genético da expressão de
isoenzimas se dá através da ação em um
mesmo loco ou diferentes locos
Base genética dos marcadores
        moleculares

a expressão em geral é co-dominante
portanto é possível ao se observar
bandas nos géis, imediatamente
associar à elas a existência de um
gene
por isso a denominação MARCADORES
MOLECULARES
Exemplos de marcadores de
                         isoenzimas

         diferentes posições de
         bandas de isoenzimas
               polimorfismos
                 posição das bandas
                 intensidade
                 etc




Prof. Manoel
   Victor
Exemplos de marcadores de
                         isoenzimas
           diferentes posições de
           bandas da isoenzima
               α-esterase
                  duas populações de
                  arroz (A e B)

               observar os
               polimorfismos de
               posição e
               intensidade de
               bandas
Prof. Manoel
   Victor

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Origem, evolução e domesticação das plantas aula 2
Origem, evolução e domesticação das plantas aula 2Origem, evolução e domesticação das plantas aula 2
Origem, evolução e domesticação das plantas aula 2UERGS
 
Herança Não Mendeliana
Herança Não MendelianaHerança Não Mendeliana
Herança Não MendelianaRodrigo Vianna
 
Melhoramento genetico
Melhoramento geneticoMelhoramento genetico
Melhoramento geneticoEstude Mais
 
Biotecnologia Aplicada à Agricultura - XXVI SECAM - Unimar, 20/10/14
Biotecnologia Aplicada à Agricultura - XXVI SECAM - Unimar, 20/10/14Biotecnologia Aplicada à Agricultura - XXVI SECAM - Unimar, 20/10/14
Biotecnologia Aplicada à Agricultura - XXVI SECAM - Unimar, 20/10/14Darío Palmieri
 
Resolução exercícios genética
Resolução exercícios genéticaResolução exercícios genética
Resolução exercícios genéticaProfessora Raquel
 
[Palestra] Fernanda Altieri Ferreira: Aditivos na nutrição de bovinos confina...
[Palestra] Fernanda Altieri Ferreira: Aditivos na nutrição de bovinos confina...[Palestra] Fernanda Altieri Ferreira: Aditivos na nutrição de bovinos confina...
[Palestra] Fernanda Altieri Ferreira: Aditivos na nutrição de bovinos confina...AgroTalento
 
Marcadores moleculares em plantas
Marcadores moleculares em plantasMarcadores moleculares em plantas
Marcadores moleculares em plantasUERGS
 
Nutricao bovinos
Nutricao bovinosNutricao bovinos
Nutricao bovinosBeefPoint
 
Genetica de populações
Genetica de populaçõesGenetica de populações
Genetica de populaçõesUERGS
 
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do MilhoCultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do MilhoÍtalo Arrais
 
Sistemas de criação e raças de aves
Sistemas de criação e raças de avesSistemas de criação e raças de aves
Sistemas de criação e raças de avesMarília Gomes
 
1 introdução ao agronegócio 04 03
1 introdução ao agronegócio 04 031 introdução ao agronegócio 04 03
1 introdução ao agronegócio 04 03Agronegócios
 
Métodos de extensão rural
Métodos de extensão ruralMétodos de extensão rural
Métodos de extensão ruralfabio schwab
 
Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de SementesNormas de Produção de Sementes
Normas de Produção de SementesAz. O.
 
Manejo Integrado de Doenças de Plantas
Manejo Integrado de Doenças de PlantasManejo Integrado de Doenças de Plantas
Manejo Integrado de Doenças de PlantasAgriculturaSustentavel
 

Was ist angesagt? (20)

Origem, evolução e domesticação das plantas aula 2
Origem, evolução e domesticação das plantas aula 2Origem, evolução e domesticação das plantas aula 2
Origem, evolução e domesticação das plantas aula 2
 
Herança Não Mendeliana
Herança Não MendelianaHerança Não Mendeliana
Herança Não Mendeliana
 
Melhoramento genetico
Melhoramento geneticoMelhoramento genetico
Melhoramento genetico
 
Biotecnologia Aplicada à Agricultura - XXVI SECAM - Unimar, 20/10/14
Biotecnologia Aplicada à Agricultura - XXVI SECAM - Unimar, 20/10/14Biotecnologia Aplicada à Agricultura - XXVI SECAM - Unimar, 20/10/14
Biotecnologia Aplicada à Agricultura - XXVI SECAM - Unimar, 20/10/14
 
Resolução exercícios genética
Resolução exercícios genéticaResolução exercícios genética
Resolução exercícios genética
 
[Palestra] Fernanda Altieri Ferreira: Aditivos na nutrição de bovinos confina...
[Palestra] Fernanda Altieri Ferreira: Aditivos na nutrição de bovinos confina...[Palestra] Fernanda Altieri Ferreira: Aditivos na nutrição de bovinos confina...
[Palestra] Fernanda Altieri Ferreira: Aditivos na nutrição de bovinos confina...
 
Marcadores moleculares em plantas
Marcadores moleculares em plantasMarcadores moleculares em plantas
Marcadores moleculares em plantas
 
Horta didática na escola 01
Horta didática na escola 01Horta didática na escola 01
Horta didática na escola 01
 
Agricultura convencional
Agricultura convencionalAgricultura convencional
Agricultura convencional
 
Nutricao bovinos
Nutricao bovinosNutricao bovinos
Nutricao bovinos
 
Genetica de populações
Genetica de populaçõesGenetica de populações
Genetica de populações
 
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do MilhoCultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
 
Sistemas de criação e raças de aves
Sistemas de criação e raças de avesSistemas de criação e raças de aves
Sistemas de criação e raças de aves
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
 
1 introdução ao agronegócio 04 03
1 introdução ao agronegócio 04 031 introdução ao agronegócio 04 03
1 introdução ao agronegócio 04 03
 
Métodos de extensão rural
Métodos de extensão ruralMétodos de extensão rural
Métodos de extensão rural
 
Endogamia e heterose
Endogamia e heteroseEndogamia e heterose
Endogamia e heterose
 
Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de SementesNormas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes
 
AdubaçãO De Pastagens
AdubaçãO De PastagensAdubaçãO De Pastagens
AdubaçãO De Pastagens
 
Manejo Integrado de Doenças de Plantas
Manejo Integrado de Doenças de PlantasManejo Integrado de Doenças de Plantas
Manejo Integrado de Doenças de Plantas
 

Andere mochten auch

Raças de Suíno Criadas no Brasil
Raças de Suíno Criadas no BrasilRaças de Suíno Criadas no Brasil
Raças de Suíno Criadas no Brasilsuino
 
Genética de populações
Genética de populaçõesGenética de populações
Genética de populaçõesDaniela Pacheco
 
Correlação entre caracteres genotipicas, fenotipicas e ambiente segundo dr Iv...
Correlação entre caracteres genotipicas, fenotipicas e ambiente segundo dr Iv...Correlação entre caracteres genotipicas, fenotipicas e ambiente segundo dr Iv...
Correlação entre caracteres genotipicas, fenotipicas e ambiente segundo dr Iv...Ivaristo Americo
 
Origem, Características Morfológicas, produtivas e indesejáveis das Raças Lar...
Origem, Características Morfológicas, produtivas e indesejáveis das Raças Lar...Origem, Características Morfológicas, produtivas e indesejáveis das Raças Lar...
Origem, Características Morfológicas, produtivas e indesejáveis das Raças Lar...André Ferreira
 
Melhoramento genético de cães
Melhoramento genético de cãesMelhoramento genético de cães
Melhoramento genético de cãesTassiaBertipaglia
 
Melhoramento genético e produção de semente para a cultura do Milho
Melhoramento genético e produção de semente para a cultura do MilhoMelhoramento genético e produção de semente para a cultura do Milho
Melhoramento genético e produção de semente para a cultura do MilhoGeagra UFG
 
Interação gênica 4 e
Interação gênica   4 eInteração gênica   4 e
Interação gênica 4 eCésar Milani
 
Medidas de Tendência Central e Dispersão
Medidas de Tendência Central e DispersãoMedidas de Tendência Central e Dispersão
Medidas de Tendência Central e DispersãoWanderson Oliveira
 
Interação genica
Interação genicaInteração genica
Interação genicaAdila Trubat
 
Interaçao genica
Interaçao genica Interaçao genica
Interaçao genica UERGS
 

Andere mochten auch (20)

Slide Genética
Slide GenéticaSlide Genética
Slide Genética
 
WICCA PRATICA
WICCA PRATICAWICCA PRATICA
WICCA PRATICA
 
Raças de Suíno Criadas no Brasil
Raças de Suíno Criadas no BrasilRaças de Suíno Criadas no Brasil
Raças de Suíno Criadas no Brasil
 
Genética de populações
Genética de populaçõesGenética de populações
Genética de populações
 
20066667 suinocultura
20066667 suinocultura20066667 suinocultura
20066667 suinocultura
 
Raças suinas 01
Raças suinas 01Raças suinas 01
Raças suinas 01
 
Melhoramento genético de suínos
Melhoramento genético de suínosMelhoramento genético de suínos
Melhoramento genético de suínos
 
Correlação entre caracteres genotipicas, fenotipicas e ambiente segundo dr Iv...
Correlação entre caracteres genotipicas, fenotipicas e ambiente segundo dr Iv...Correlação entre caracteres genotipicas, fenotipicas e ambiente segundo dr Iv...
Correlação entre caracteres genotipicas, fenotipicas e ambiente segundo dr Iv...
 
Slide suínos
Slide suínosSlide suínos
Slide suínos
 
Polimorfismo final
Polimorfismo finalPolimorfismo final
Polimorfismo final
 
Origem, Características Morfológicas, produtivas e indesejáveis das Raças Lar...
Origem, Características Morfológicas, produtivas e indesejáveis das Raças Lar...Origem, Características Morfológicas, produtivas e indesejáveis das Raças Lar...
Origem, Características Morfológicas, produtivas e indesejáveis das Raças Lar...
 
Melhoramento genético de cães
Melhoramento genético de cãesMelhoramento genético de cães
Melhoramento genético de cães
 
Melhoramento genético e produção de semente para a cultura do Milho
Melhoramento genético e produção de semente para a cultura do MilhoMelhoramento genético e produção de semente para a cultura do Milho
Melhoramento genético e produção de semente para a cultura do Milho
 
Raças de suínos
Raças de suínosRaças de suínos
Raças de suínos
 
Interação gênica 4 e
Interação gênica   4 eInteração gênica   4 e
Interação gênica 4 e
 
Suínocultura
SuínoculturaSuínocultura
Suínocultura
 
Genética de populações
Genética de populaçõesGenética de populações
Genética de populações
 
Medidas de Tendência Central e Dispersão
Medidas de Tendência Central e DispersãoMedidas de Tendência Central e Dispersão
Medidas de Tendência Central e Dispersão
 
Interação genica
Interação genicaInteração genica
Interação genica
 
Interaçao genica
Interaçao genica Interaçao genica
Interaçao genica
 

Genetica quantitativa

  • 2. Modos de ação dos genes ação qualitativa expressão de genes AA Aa aa seguindo padrões e modelos como os descritos por Mendel (genes qualitativos) Fenótipos Genótipos Prof. Manoel Victor
  • 3. Modos de ação dos genes II ação quantitativa genes cuja expressão é altamente influenciada por efeitos do ambiente tais como: a composição nutricional de rações na taxa de crescimento de animais domésticos a incidência de chuvas numa região, a quantidade de fertilizantes aplicados no solo e a densidade de plantio sobre a produção agrícola Prof. Manoel Victor
  • 4. Modos de representação: ação gênica do tipo qualitativa representação por heredogramas ação gênica do tipo quantitativa representação por parâmetros estatísticos Prof. Manoel Victor
  • 5. Parâmetros estatísticos: Média 0 Prof. Manoel Victor
  • 6. Parâmetros estatísticos: II Prof. Manoel Victor
  • 7. Parâmetros estatísticos: II média desvio padrão variância co-variância etc Prof. Manoel Victor
  • 8. Caracteres Quase-quantitativos Johannsen – biólogo holandês que estudou o peso de grãos de feijão introduziu o conceito de endocruzamento como meio de obtenção de linhas geneticamente puras Nilsson-Ehle – sueco que estudou a coloração de grãos de trigo variação desde o branco até o vermelho Prof. Manoel Victor
  • 9. Linhas puras de Johannsen Estudou o peso de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris) Variação no peso dos grãos: leves pesados (15 cg) (90 cg) Prof. Manoel Victor
  • 10. Linhas puras de Johannsen II Decorrência: semente leve semente pesada sementes leves ou pesadas Conclusão aparente: não havia controle genético para esta característica Prof. Manoel Victor
  • 11. Linhas puras de Johannsen III Introdução ao uso de endocruzamentos cruzamento de plantas por autofecundação* obtenção de 19 “linhas puras” semente leve ou semente pesada semente leve semente pesada (pouca variação) (pouca variação) Prof. Manoel Victor * - possível devido a baixa carga genética das plantas
  • 12. Linhas puras de Johannsen IV Conclusões: o endocruzamento leva à homozigose ou uniformidade genética variação genética é resultado da inter- relação dos componentes genético e ambiental F= G + meio ambiente componente genético pode ser devido a um conjunto de genes com efeito aditivo Prof. Manoel Victor
  • 13. Yule (1906) propôs o efeito de somatória sobre o fenótipo final As idéias destes autores levaram à concepção do têrmo: poligenes a1 a2 a3 a4 etc      a1 + a2 + a3 + a4 + an = fenótipo final Prof. Manoel Victor
  • 14. Cruzamento de Nilsson-Ehle variação na coloração de sementes de trigo P B1B1 B2B2 X b1b1 b2b2 vermelho escuro branco F1 B1b1 B2b2 autofecundação F2 ... Prof. Manoel Victor
  • 15. Cruzamento de Nilsson-Ehle II F2: 1/16 B1B1 B2B2 – vermelho escuro 4/16 B1b1 B2B2 vermelho B1B1 B2b2 6/16 B1B1 b2b2 b1b1 B2B2 vermelho médio B1b1 B2b2 Prof. Manoel Victor
  • 16. Cruzamento de Nilsson-Ehle III 4/16 B1b1 b2b2 vermelho claro b1b1 B2b2 1/16 b1b1 b2b2 – branco comprovação do efeito da soma dos efeitos dos genes: aditividade gênica Prof. Manoel Victor
  • 17. Herdabilidade um coeficiente que estima o grau com que as características genéticas são herdadas como constatar a existência de um componente genético ? Prof. Manoel Victor
  • 18. Herdabilidade h2 ou H2 II VG sentido amplo h2 = Vf sentido restrito sentido amplo ⇒ h2= Va +Vd + Vi sentido restrito ⇒ h2= Va/Vf Va – componente devido a genes aditivos valores de h2 variam de 0 a 1 Prof. Manoel Victor
  • 19. Herdabilidade h2 ou H2 III Programas de melhoramento genético animal ou vegetal h2 > 0,4 Prof. Manoel Victor
  • 20. Componentes da variância fenotípica Vf=VG + VA + VGA componente componente componente da interação genético ambiental genótipo/ambiente sentido amplo: Vf= Va + Vd + Vi + VA + VGA Va= genes com efeito aditivo Vd= genes com efeito dominante Vi= variância devido a interações gênicas Prof. Manoel Victor
  • 21. Melhoramento Genético: melhorista busca sempre: ↑ valor fenotípico ↑ valor adaptativo (W) Prof. Manoel Victor
  • 22. Exemplos de valores de h2 Humanos h2 estatura 0,81 tamanho do tórax 0,76 Peso corporal 0,78 índice cefálico 0,75 QI (Binet) 0,68 QI (Otis) 0,80 Aptidão verbal 0,68 Aptidão para ciência 0,34 Prof. Manoel Victor
  • 23. Exemplos de valores de h2 II Animais h2 gado peso ao nascer 0,49 produção de leite 0,43 taxa de concepção 0,03 carneiros tamanho da lã (22 meses) 0,47 tamanho da fibra de lã 0,38 gemeparidade 0,04 Prof. Manoel Victor
  • 24. Exemplos de valores de h2 III Animais h2 Galinhas peso corporal 0,31 peso dos ovos 0,60 % de choca 0,16 Camundongos comprimento do rabo 0,60 peso corporal 0,35 tamanho da cria 0,15 Prof. Manoel Victor
  • 25. Aplicação prática Heterose, vigor do híbrido ou sobredominância maior expressão de determinadas características genéticas em híbridos overdominance overdominance Prof. Manoel Victor
  • 26. Heteroze ou vigor do híbrido Prof. Manoel Victor
  • 27. Anemia falciforme ou siclemia mutação na 6ª posição da cadeia β VAL - HIS - LEU - THR - GLU - GLU - LYS .... normal VAL - HIS - LEU - THR - GLU - VAL - LYS .... mutante conseqüências: mudanças de forma das hemácias < capacidade de transportar o O2 e C02 Prof. Manoel Victor
  • 28. Detecção de genótipos genótipo Hbs Hbs → letal Prof. Manoel Victor
  • 29. Considerações especiais: África freqüência do alelo Hbs é 10% + alta MALÁRIA indivíduos heterozitos HbA HbS vantagem do heterozigoto ou sobredominância Prof. Manoel Victor
  • 30. Uso de marcadores moleculares na análise genética O que são os marcadores moleculares? são marcas genéticas que permitem a detecção de polimorfismos em diferentes indivíduos de uma população. O que é polimorfismo genético? são situações especiais em que torna-se possível observar diferentes formas alélicas de um mesmo lócus gênico. Prof. Manoel Victor
  • 31. Tipos de marcadores moleculares marcadores de ácidos nucléicos RFLP RAPD AFLP etc marcadores protéicos caracterização de formas de izoenzimas Prof. Manoel Victor
  • 32. Vantagens do uso de marcadores moleculares Moleculares Morfológicos correlações genéticas são neutros em relação a entre fenótipos efeitos fenotípicos são co-dominantes são dominantes ou sofrem efeitos das interações entre genes Prof. Manoel Victor
  • 33. Marcadores isoenzimáticos definição de isoenzimas define um grupo de múltiplas formas moleculares de uma mesma enzima como resultado da existência de mais de um gene codificando cada uma das formas. Prof. Manoel Victor
  • 34. Detecção de diferentes isoenzimas na grande maioria das vezes é realizada através de seções de eletroforeses suportes: amido poliacrilamida através de análises histoquímicas onde se observa “in situ” a expressão destes tipos de genes marcadores Prof. Manoel Victor
  • 35. Base genética dos marcadores moleculares diferentes formas isoméricas atuam diferentemente nas mesmas reações bioquímicas há diferenças nas seqüências de aminoácidos entre as isoformas há diferenças quanto às seqüências de nucleotídeos nestes genes o controle genético da expressão de isoenzimas se dá através da ação em um mesmo loco ou diferentes locos
  • 36. Base genética dos marcadores moleculares a expressão em geral é co-dominante portanto é possível ao se observar bandas nos géis, imediatamente associar à elas a existência de um gene por isso a denominação MARCADORES MOLECULARES
  • 37. Exemplos de marcadores de isoenzimas diferentes posições de bandas de isoenzimas polimorfismos posição das bandas intensidade etc Prof. Manoel Victor
  • 38. Exemplos de marcadores de isoenzimas diferentes posições de bandas da isoenzima α-esterase duas populações de arroz (A e B) observar os polimorfismos de posição e intensidade de bandas Prof. Manoel Victor