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ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA
CURSO DE ALTOS ESTUDOS DE POLÍTICA E ESTRATÉGIA
ALESSANDRO BORGES FERREIRA
RESENHA CRÍTICA: RAÍZES DO BRASIL
UM OLHAR SOBRE O BRASIL COLONIAL
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, 4. ed. Editora Universidade de Brasília,1963.
INTRODUÇÃO
O autor nasceu em São Paulo em 11 de julho de 1902 e tinha como característica desde
criança ser um leitor voraz. Quando tinha 20 anos participou do movimento modernista e aos 34
anos publicou o livro Raízes do Brasil. Como historiador achava importante reviver o passado à luz
do presente e acreditava que a formação da identidade nacional se devia mais ao processo de
colonização do que do determinismo. Considerava que a cultura de Portugal era mais incisiva em
nossa identidade que a mestiçagem, o clima ou o a localização geográfica do país. Escreveu o livro
na década de 30 do século passado num período que diversos autores e historiadores começaram
estudar o tema da construção da sociedade brasileira nos seus aspectos sócios culturais.
O autor de Raízes do Brasil não teve como premissa esboçar uma teoria da sociedade
brasileira e concordava com a impossibilidade do historiador em visualizar o todo. Era através da
soma das partes que se aproximaria de uma visão mais universalista da constituição identitária de
nosso país. Dessa forma, o somatório dessa visão multifacetada poderia levar ao conjunto.
DESENVOLVIMENTO
O livro, inicialmente, trata de Portugal e Espanha como um lugar a parte da Europa devido
às suas características geográficas e sócio-culturais, e que irá marcar fortemente a colonização da
América do Sul. Segundo o autor, por estar na periferia da Europa, o povo ibérico, não tinha os
traços fortes das outras sociedades daquele continente, tais como a predominância da rigidez das
classes sociais, forte hierarquia e trabalho mecanicista. Como era um local de passagem, os povos
ibéricos tinham como características a mistura do seu povo com as outras nações da Europa, o que
se evidenciou na capacidade de adaptação a outras culturas presentes nos povos que viviam nas
colônias.
Segundo Holanda, a sociedade ibérica tinha mais mobilidade social e regras mais frouxas
para a convivência entre as diversas culturas. A falta do princípio de hierarquia e a exacerbação do
prestígio pessoal que culmina no privilégio seria outro modelo característico daquela cultura e foi
de grande impacto em suas colônias. Tal característica repercutiu na classe dominante, ou seja, na
nobreza, que favoreceu a mania de fidalguia, ou seja, a repulsa ao trabalho regular e às atividades
utilitárias.
O ibérico, segundo o autor de Raízes do Brasil, não renunciou aos privilégios em benefício
do grupo ou dos princípios. Aos excluídos cabe a obediência integral: “A vontade de mandar e a
disposição para cumprir ordens são-lhes igualmente peculiares [aos ibéricos]” (1963, p. 14). Por
isso, a escravidão foi determinante para sucumbir à necessidade no homem livre de cooperar e
organizar-se, ou seja, formar grupos coesos e organizados.
Como traço desta cultura o objetivo da consolidação no novo continente tinha muita da
velha civilização e, principalmente, marcada na forma da colonização. O modelo consistia na
exploração do continente, descrito pelo autor como calcado na Aventura (1963, p. 21 e 22), e uma
maneira de obter ganhos através da expansão e devastação da área. O método, o mais rudimentar
possível, é que o trabalho fosse inversamente proporcional ao lucro auferido. O objetivo precípuo
era a consolidação na área litorânea do continente, porque num primeiro momento facilitaria o
transporte da mercadoria através do mar, tendo em vista a excelência de Portugal na navegação, e
facilidade de dominação do índio da faixa litorânea que pertenciam a uma mesma etnia e eram mais
dóceis.
Como atividade principal, a exploração da agricultura foi mais pelo fator clima e extensão
territorial do que de os relacionados à cultura da população Ibérica na atividade agrária. Esta
adaptabilidade a um mundo novo obteve êxito em virtude dos colonizadores contarem com certa
dose de falta de organização, sem um senso de planejamento das atividades laborais de longo prazo.
Esses aspectos foram bastante positivos para a consolidação do território brasileiro em virtude do
espírito de aventura reinante.
A situação predominante até o século XIX de uma sociedade rural, em virtude da utilização
do trabalho escravo e do personalismo reinante que explicitava o feudo, originário da convivência
encastelada nas propriedades rurais que se configuravam em células autônomas, evidenciaram o
estilo patriarcal nas inter-relações de um determinado grupo e que ditava a forma de poder entre as
castas.
Neste período tínhamos o predomínio da sociedade rural, cabendo as cidades o papel de
desempenhar atividades relacionadas ao lazer, produção cultural e alguns serviços específicos.
No século XIX, no Brasil, com o início da política para o fim da escravatura, começou
lentamente a inversão do predomínio da sociedade rural para o urbano, principalmente com a mão
de obra ociosa migrando para as cidades.
Houve nesse período, a necessidade de investimento nas atividades para dar suporte à
economia das cidades. A mudança ocorreu, sobremaneira, no deslocamento de uma cultura
latifundiária para centros urbanos em virtude da falta da mão de obra escrava. Porém, o estilo de
governar de forma centralizada, patriarcal continuou reinando nas cidades. A área urbana continuou
como extensão da área de dominação rural. Assim, as cidades brasileiras foram constituídas
aproveitando o relevo local e as características dos moradores, sem um planejamento rigoroso no
que tange a organização urbana. Contrapõe-se neste quesito a forma como os castelhanos
desenvolveram suas cidades, que foram construídas com planejamento urbano caracterizado por
linhas retas, o que facilitava o domínio da terra pelo poderio militar, econômico e político vigente.
Ao contrário do Brasil, os portugueses estavam apenas com foco na exploração comercial e,
por isso, utilizaram inicialmente, a terra como um lugar apenas de passagem. Diferentemente dos
castelhanos que tinham a intenção de fazer deste novo lugar uma extensão do seu.
A interação no campo pessoal como a cordialidade abordada serve para num primeiro
momento retratar o jeito do relacionamento amistoso entre os indivíduos, mas não caracteriza a
bondade sincera no inter-relacionamento entre os concidadãos. Mormente, esse tipo de
relacionamento era perpassado para o Estado nas diversas formas de compadrio no serviço público,
o que vai de encontro a impessoalidade que deve pautar nas relações com o poder público. O autor
ressalta que essa característica individual (cordialidade) não se reflete no convívio social, não se
sobrepondo aos interesses do particular, o que a torna aparente e superficial, sendo usada apenas
como necessidade básica para atingir os interesses próprios e não para criar um ambiente de coesão
social.
Quanto ao modelo patriarcal, Holanda afirma que no Brasil ele foi repetido na consolidação
das áreas urbanas e no modo de garantir o domínio das instituições pela aristocracia que infundiu o
patrimonialismo nas esferas públicas da colônia, como consequência da estrutura arraigada da
sociedade personalista em que caracterizou o nosso desenvolvimento desde os primórdios.
Após a vinda da família real Portuguesa, e com o crescimento das cidades, houve um choque
entre o padrão de vida rural, eminentemente individual e celular, para um padrão coletivo e de
grandes desigualdades, onde ainda a oligarquia persistia nos privilégios e na relutância de seguir
padrões normatizados. No entanto, como forma de evolução os cidadãos começaram a se
especializar em profissões liberais, que não rompe imediatamente com o individualismo, mas
acrescenta o saber necessário para a substituição de uma economia predominantemente rural pelo
urbano.
Com relação àquilo que muitos chamam de desenvolvimento, Holanda vê nas revoluções
ocorridas através da abolição da escravatura, instituição da República entre outras, como algo que
serviu para o ajustamento das tendências exteriores e para uma mudança lenta e gradual,
acomodando os interesses das elites daquela época. Esses aspectos ajudaram, também, a
transformar o modelo agrário das tradições ibéricas para o modelo americano, o que acentuou o
distanciamento da influência portuguesa.
Porém, como toda ruptura há focos de resistência, e é aí que iremos encontrar, neste
período, uma forte tendência ao caudilhismo, ícone do personalismo e que faz forte oposição aos
grupos saudosistas do velho sistema que temem as mudanças profundas que irão atentar contra os
seus privilégios.
Dessa forma, no Brasil, segundo Holanda, todas as mudanças foram realizadas de forma
vertical, tendo como interesse garantir direitos individuais, mas sem, no entanto, mudar o estilo
patriarcal e oligárquico das relações entre o publico e o privado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com outro viés, o escritor Gilberto Freyre no livro Casa Grande e Senzala, afirmava que a
colonização portuguesa tinha sido benéfica ao Brasil e que a miscigenação foi de suma importância
para a formação sócio cultural do povo nacional.
Segundo Freyre, Portugal, pela posição geográfica na Europa, tornou-se ponto de passagem
para outros povos do continente, acarretando o traço de uma sociedade formada na diversidade e,
consequentemente, um cidadão mais adaptável a outras culturas. Essas características ensejou o
sucesso na colonização do Brasil, diferentemente do que ocorreu com outras colonizações
realizadas por outros países da Europa.
Ainda segundo aquele autor, na colonização, os portugueses utilizaram mão de obra escrava
em virtude da grande expansão marítima do século XIV e XV e a necessidade de mão-de-obra em
quantidade suficiente para o desbravamento e consolidação do território. A miscigenação ocorreu
essencialmente pelo pragmatismo circunstancial de semear a população brasileira e também por ter
sido a atividade de navegação predominante dos homens do que sistemática e cultural.
Para entender o Brasil a partir da colonização portuguesa, Freire considera a condição
intrínseca da mestiçagem o que proporcionou a mistura dos senhores e escravos que não fez a
clivagem social e mitigou as visões antagônicas. Porém, mesmo com o senso positivo da
colonização portuguesa o autor de Casa Grande e Senzala não deixou de criticar os exageros
impostos a subjugação do povo local em detrimento dos interesses do império Português.
Já Os Sertões de Euclides da Cunha retrata como um dos fatores da identidade nacional o
estilo da transformação ocorrida no desbravamento das áreas interiores do continente e os seus
conflitos designando o movimento sertanejismo para a ênfase dada ao assunto. A transformação da
sociedade com o advento das incursões dos bandeirantes em direção ao centro do continente, a
implantação da criação de gado e o conflito gerado entre os entes envolvidos nos enlaces devido à
heterogeneidade da população são fatores característicos da formação da brasilidade.
Euclides divide a obra em três partes: A Terra, O Homem e A Luta, retradadas na Guerra de
Canudos, onde esteve como observador, no enfrentamento entre o Exército Brasileiro e um grupo
de religiosos do sertão baiano. Essas observações redundaram num brilhante estudo do homem
brasileiro.
Faz uma relação entre as diversas regiões do país para justificar que o meio físico e histórico
promovem as diferentes raças no Brasil e, consequente, a heterogeneidade na constituição da
sociedade.
Dessa forma, podemos perceber que todos os autores citados tinham em comum o estudo da
evolução da sociedade desde os primórdios para definir de acordo com a linha de pensamento
daquela época a identidade nacional. Alguns com uma visão mais pessimista ou crítica da forma de
colonização portuguesa e outros mais simpáticos, apontando os traços positivos desta cultura
ibérica. Mas todos comungam que a diversidade, a leveza no trato com o outro, o relacionamento
cordial e a mestiçagem corroboraram na formação de um povo pacífico, criativo e adaptável às
diversos matizes e situações contemporâneas.
Do que se compreendemos, essas obras tornaram-se primordiais para se conhecer o passado,
entender o presente e projetar o futuro no que concerne algumas práticas adotadas pela sociedade
quanto a forma de conduzir a política, relações de trabalho, entre outras. Todas problematizam o
sentido originário básico da formação da identidade nacional e que vem se constituindo a medida
que alcançamos a modernização ao adotarmos práticas mais impessoais e com foco no bem comum,
mesmo que vemos esse processo ainda tênue, lento e gradual.
Porém não podemos olvidar de todo o conhecimento histórico do pensar o Brasil e ao
reconhecermos os méritos e deméritos da evolução da nossa sociedade, poderemos desenvolver as
ferramentas necessárias para criar mecanismos de concepção coletiva para melhor aproveitarmos
das nossas riquezas naturais e humanas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUNHA, Euclides da: Os Sertões (Série Ouro). 1. ed. São Paulo, SP: Martin Claret, 2002. 560 p.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala, 28. ed. Editora Record,1992.
Rio de Janeiro, 10 de marco de 2014.
Alessandro Borges Ferreira – Cel BM
Estagiário do CAEPE/2014

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Resenha critica do livro raizes do brasil

  • 1. ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA CURSO DE ALTOS ESTUDOS DE POLÍTICA E ESTRATÉGIA ALESSANDRO BORGES FERREIRA RESENHA CRÍTICA: RAÍZES DO BRASIL UM OLHAR SOBRE O BRASIL COLONIAL HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, 4. ed. Editora Universidade de Brasília,1963. INTRODUÇÃO O autor nasceu em São Paulo em 11 de julho de 1902 e tinha como característica desde criança ser um leitor voraz. Quando tinha 20 anos participou do movimento modernista e aos 34 anos publicou o livro Raízes do Brasil. Como historiador achava importante reviver o passado à luz do presente e acreditava que a formação da identidade nacional se devia mais ao processo de colonização do que do determinismo. Considerava que a cultura de Portugal era mais incisiva em nossa identidade que a mestiçagem, o clima ou o a localização geográfica do país. Escreveu o livro na década de 30 do século passado num período que diversos autores e historiadores começaram estudar o tema da construção da sociedade brasileira nos seus aspectos sócios culturais. O autor de Raízes do Brasil não teve como premissa esboçar uma teoria da sociedade brasileira e concordava com a impossibilidade do historiador em visualizar o todo. Era através da soma das partes que se aproximaria de uma visão mais universalista da constituição identitária de nosso país. Dessa forma, o somatório dessa visão multifacetada poderia levar ao conjunto. DESENVOLVIMENTO O livro, inicialmente, trata de Portugal e Espanha como um lugar a parte da Europa devido às suas características geográficas e sócio-culturais, e que irá marcar fortemente a colonização da América do Sul. Segundo o autor, por estar na periferia da Europa, o povo ibérico, não tinha os traços fortes das outras sociedades daquele continente, tais como a predominância da rigidez das classes sociais, forte hierarquia e trabalho mecanicista. Como era um local de passagem, os povos ibéricos tinham como características a mistura do seu povo com as outras nações da Europa, o que se evidenciou na capacidade de adaptação a outras culturas presentes nos povos que viviam nas colônias. Segundo Holanda, a sociedade ibérica tinha mais mobilidade social e regras mais frouxas para a convivência entre as diversas culturas. A falta do princípio de hierarquia e a exacerbação do
  • 2. prestígio pessoal que culmina no privilégio seria outro modelo característico daquela cultura e foi de grande impacto em suas colônias. Tal característica repercutiu na classe dominante, ou seja, na nobreza, que favoreceu a mania de fidalguia, ou seja, a repulsa ao trabalho regular e às atividades utilitárias. O ibérico, segundo o autor de Raízes do Brasil, não renunciou aos privilégios em benefício do grupo ou dos princípios. Aos excluídos cabe a obediência integral: “A vontade de mandar e a disposição para cumprir ordens são-lhes igualmente peculiares [aos ibéricos]” (1963, p. 14). Por isso, a escravidão foi determinante para sucumbir à necessidade no homem livre de cooperar e organizar-se, ou seja, formar grupos coesos e organizados. Como traço desta cultura o objetivo da consolidação no novo continente tinha muita da velha civilização e, principalmente, marcada na forma da colonização. O modelo consistia na exploração do continente, descrito pelo autor como calcado na Aventura (1963, p. 21 e 22), e uma maneira de obter ganhos através da expansão e devastação da área. O método, o mais rudimentar possível, é que o trabalho fosse inversamente proporcional ao lucro auferido. O objetivo precípuo era a consolidação na área litorânea do continente, porque num primeiro momento facilitaria o transporte da mercadoria através do mar, tendo em vista a excelência de Portugal na navegação, e facilidade de dominação do índio da faixa litorânea que pertenciam a uma mesma etnia e eram mais dóceis. Como atividade principal, a exploração da agricultura foi mais pelo fator clima e extensão territorial do que de os relacionados à cultura da população Ibérica na atividade agrária. Esta adaptabilidade a um mundo novo obteve êxito em virtude dos colonizadores contarem com certa dose de falta de organização, sem um senso de planejamento das atividades laborais de longo prazo. Esses aspectos foram bastante positivos para a consolidação do território brasileiro em virtude do espírito de aventura reinante. A situação predominante até o século XIX de uma sociedade rural, em virtude da utilização do trabalho escravo e do personalismo reinante que explicitava o feudo, originário da convivência encastelada nas propriedades rurais que se configuravam em células autônomas, evidenciaram o estilo patriarcal nas inter-relações de um determinado grupo e que ditava a forma de poder entre as castas. Neste período tínhamos o predomínio da sociedade rural, cabendo as cidades o papel de desempenhar atividades relacionadas ao lazer, produção cultural e alguns serviços específicos. No século XIX, no Brasil, com o início da política para o fim da escravatura, começou lentamente a inversão do predomínio da sociedade rural para o urbano, principalmente com a mão de obra ociosa migrando para as cidades.
  • 3. Houve nesse período, a necessidade de investimento nas atividades para dar suporte à economia das cidades. A mudança ocorreu, sobremaneira, no deslocamento de uma cultura latifundiária para centros urbanos em virtude da falta da mão de obra escrava. Porém, o estilo de governar de forma centralizada, patriarcal continuou reinando nas cidades. A área urbana continuou como extensão da área de dominação rural. Assim, as cidades brasileiras foram constituídas aproveitando o relevo local e as características dos moradores, sem um planejamento rigoroso no que tange a organização urbana. Contrapõe-se neste quesito a forma como os castelhanos desenvolveram suas cidades, que foram construídas com planejamento urbano caracterizado por linhas retas, o que facilitava o domínio da terra pelo poderio militar, econômico e político vigente. Ao contrário do Brasil, os portugueses estavam apenas com foco na exploração comercial e, por isso, utilizaram inicialmente, a terra como um lugar apenas de passagem. Diferentemente dos castelhanos que tinham a intenção de fazer deste novo lugar uma extensão do seu. A interação no campo pessoal como a cordialidade abordada serve para num primeiro momento retratar o jeito do relacionamento amistoso entre os indivíduos, mas não caracteriza a bondade sincera no inter-relacionamento entre os concidadãos. Mormente, esse tipo de relacionamento era perpassado para o Estado nas diversas formas de compadrio no serviço público, o que vai de encontro a impessoalidade que deve pautar nas relações com o poder público. O autor ressalta que essa característica individual (cordialidade) não se reflete no convívio social, não se sobrepondo aos interesses do particular, o que a torna aparente e superficial, sendo usada apenas como necessidade básica para atingir os interesses próprios e não para criar um ambiente de coesão social. Quanto ao modelo patriarcal, Holanda afirma que no Brasil ele foi repetido na consolidação das áreas urbanas e no modo de garantir o domínio das instituições pela aristocracia que infundiu o patrimonialismo nas esferas públicas da colônia, como consequência da estrutura arraigada da sociedade personalista em que caracterizou o nosso desenvolvimento desde os primórdios. Após a vinda da família real Portuguesa, e com o crescimento das cidades, houve um choque entre o padrão de vida rural, eminentemente individual e celular, para um padrão coletivo e de grandes desigualdades, onde ainda a oligarquia persistia nos privilégios e na relutância de seguir padrões normatizados. No entanto, como forma de evolução os cidadãos começaram a se especializar em profissões liberais, que não rompe imediatamente com o individualismo, mas acrescenta o saber necessário para a substituição de uma economia predominantemente rural pelo urbano. Com relação àquilo que muitos chamam de desenvolvimento, Holanda vê nas revoluções ocorridas através da abolição da escravatura, instituição da República entre outras, como algo que serviu para o ajustamento das tendências exteriores e para uma mudança lenta e gradual,
  • 4. acomodando os interesses das elites daquela época. Esses aspectos ajudaram, também, a transformar o modelo agrário das tradições ibéricas para o modelo americano, o que acentuou o distanciamento da influência portuguesa. Porém, como toda ruptura há focos de resistência, e é aí que iremos encontrar, neste período, uma forte tendência ao caudilhismo, ícone do personalismo e que faz forte oposição aos grupos saudosistas do velho sistema que temem as mudanças profundas que irão atentar contra os seus privilégios. Dessa forma, no Brasil, segundo Holanda, todas as mudanças foram realizadas de forma vertical, tendo como interesse garantir direitos individuais, mas sem, no entanto, mudar o estilo patriarcal e oligárquico das relações entre o publico e o privado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com outro viés, o escritor Gilberto Freyre no livro Casa Grande e Senzala, afirmava que a colonização portuguesa tinha sido benéfica ao Brasil e que a miscigenação foi de suma importância para a formação sócio cultural do povo nacional. Segundo Freyre, Portugal, pela posição geográfica na Europa, tornou-se ponto de passagem para outros povos do continente, acarretando o traço de uma sociedade formada na diversidade e, consequentemente, um cidadão mais adaptável a outras culturas. Essas características ensejou o sucesso na colonização do Brasil, diferentemente do que ocorreu com outras colonizações realizadas por outros países da Europa. Ainda segundo aquele autor, na colonização, os portugueses utilizaram mão de obra escrava em virtude da grande expansão marítima do século XIV e XV e a necessidade de mão-de-obra em quantidade suficiente para o desbravamento e consolidação do território. A miscigenação ocorreu essencialmente pelo pragmatismo circunstancial de semear a população brasileira e também por ter sido a atividade de navegação predominante dos homens do que sistemática e cultural. Para entender o Brasil a partir da colonização portuguesa, Freire considera a condição intrínseca da mestiçagem o que proporcionou a mistura dos senhores e escravos que não fez a clivagem social e mitigou as visões antagônicas. Porém, mesmo com o senso positivo da colonização portuguesa o autor de Casa Grande e Senzala não deixou de criticar os exageros impostos a subjugação do povo local em detrimento dos interesses do império Português. Já Os Sertões de Euclides da Cunha retrata como um dos fatores da identidade nacional o estilo da transformação ocorrida no desbravamento das áreas interiores do continente e os seus conflitos designando o movimento sertanejismo para a ênfase dada ao assunto. A transformação da sociedade com o advento das incursões dos bandeirantes em direção ao centro do continente, a
  • 5. implantação da criação de gado e o conflito gerado entre os entes envolvidos nos enlaces devido à heterogeneidade da população são fatores característicos da formação da brasilidade. Euclides divide a obra em três partes: A Terra, O Homem e A Luta, retradadas na Guerra de Canudos, onde esteve como observador, no enfrentamento entre o Exército Brasileiro e um grupo de religiosos do sertão baiano. Essas observações redundaram num brilhante estudo do homem brasileiro. Faz uma relação entre as diversas regiões do país para justificar que o meio físico e histórico promovem as diferentes raças no Brasil e, consequente, a heterogeneidade na constituição da sociedade. Dessa forma, podemos perceber que todos os autores citados tinham em comum o estudo da evolução da sociedade desde os primórdios para definir de acordo com a linha de pensamento daquela época a identidade nacional. Alguns com uma visão mais pessimista ou crítica da forma de colonização portuguesa e outros mais simpáticos, apontando os traços positivos desta cultura ibérica. Mas todos comungam que a diversidade, a leveza no trato com o outro, o relacionamento cordial e a mestiçagem corroboraram na formação de um povo pacífico, criativo e adaptável às diversos matizes e situações contemporâneas. Do que se compreendemos, essas obras tornaram-se primordiais para se conhecer o passado, entender o presente e projetar o futuro no que concerne algumas práticas adotadas pela sociedade quanto a forma de conduzir a política, relações de trabalho, entre outras. Todas problematizam o sentido originário básico da formação da identidade nacional e que vem se constituindo a medida que alcançamos a modernização ao adotarmos práticas mais impessoais e com foco no bem comum, mesmo que vemos esse processo ainda tênue, lento e gradual. Porém não podemos olvidar de todo o conhecimento histórico do pensar o Brasil e ao reconhecermos os méritos e deméritos da evolução da nossa sociedade, poderemos desenvolver as ferramentas necessárias para criar mecanismos de concepção coletiva para melhor aproveitarmos das nossas riquezas naturais e humanas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CUNHA, Euclides da: Os Sertões (Série Ouro). 1. ed. São Paulo, SP: Martin Claret, 2002. 560 p. FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala, 28. ed. Editora Record,1992. Rio de Janeiro, 10 de marco de 2014. Alessandro Borges Ferreira – Cel BM Estagiário do CAEPE/2014