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Acidentes Ofídicos: cuidados
imediatos
Imediatamente após acidente:
• Repouso - diminui absorção do veneno;
• Não fazer garroteamento no membro afetado – agrava as
lesões locais;
• Remoção do acidentado para centro de tratamento no
menor tempo possível;
• Diagnóstico do acidente por serpentes peçonhentas:
Botrópico, Crotálico, Elapídico e Laquético
• Coletar sangue para análise laboratorial antes da
soroterapia para avaliação da evolução;
• Aplicar o soro específico;
• Membro afetado deve ser mantido elevado;
• Administrar analgésico – evitar drogas depressoras do
sistema nervoso;
• Controlar os sinais vitais e o volume urinário do
acidentado;
• Limpar local da picada.
Diagnóstico dos acidentes por serpentes peçonhentas
• Diagnóstico depende:
- do reconhecimento do animal agressor;
- Das manifestações clínicas apresentadas pelo acidentado
• Diagnóstico de certeza:
- quando a serpente é capturada;
- trazida para identificação por pessoal experiente;
- scidentado apresenta sinais evidentes de picada;
- manifestação locais ou sistêmicas compatíveis com
envenenamento ofídico.
• Diagnóstico de presunção - baseado em manifestações
clínicas:
- serpente agressora não é levada;
- reconhecimento da serpente pelo acidentado ou
testemunha
Tratamentos
1) Soroterapia
Uso de soro antiveneno específico
1.1) Tipos de antivenenos produzidos no Brasil
São produzidos a partir de soros de cavalos, hioperimunizados
com venenos específicos e são preparados para quatro
gêneros de serpentes peçonhentas:
- antibotrópico – serpentes do gênero Bothrops (jararacas);
- anticrotálico – serpentes do gênero Crotalus (cascavéis);
- antibotrópico/crotálico (polivalente);
- antilaquético – serpentes do gênero Lachesis (surucucu);
- antibotrópico/laquético
- antielapídico – serpentes do gênero Micrurus (corais-
verdadeiras)
2) Apresentação:
2.1) na forma líquida;
2.2) liofilizada
concentração neutralizante (aunatidade de veneno que será neutralizado) e
prazo de validade impressos na embalagem
3) Conservação:
- na forma líquida: em temperatura entre 2 e 8°C (congelamento deve ser
evitado);
- liofilizada: permite melhor conservação e tem maior prazo de validade
4) Administração:
-prova intradérmica – detectar pacientes com hipersensibilidade ao soro
heterólogo;
-preferencialmente por via intravenosa;
-diluição com soro fisiológico ou glicosado (diminui incidência de reações
anafilactóides – não recomendado);
-Subcutânea – na impossibilidade da aplicação intravenosa;
5) Reações adversas à soroterapia: podem ser precoce ou tardia
5.1) Precoce: dentro das primeiras 24 horas após administração do soro,pode
ser leve ou extremamente grave
- Mecanismos de produção das reações precoces: o anafilático e o
anafilactóides.
d) anafilática: é medida por IgE e ocorre somente em indivíduos
previamente sensibilizados ao soro de cavalo – por soroterapia anterior –
ou indivíduos espontaneamente sensibilizados por contato pregresso com
o pêlo do cavalo;
e) anafilactóide: não implica em sensibilidade anterior, pode surgir com a
primeira dose do antiveneno. Ocorre liberação dos componentes C3a e C5a
(anafilatoxinas) que leva a liberação de mediadores farmacológicos
responsáveis por um quadro semelhante ao da reação anafilática.
A purificação dos antivenenos pode reduzir as reações adversas. O emprego de
anti-soro poliespecíficos, aumenta a possibilidade desse tipo de reação.
5.2) Tardias: ocorrem num prazo entre 5 e 24 dias após o uso do
antiveneno.
Podem surgir: febre, urticárias, linfafenopatias, proteinúria e neuropatias.
Reações mediadas por IgG e IgM (doença do soro) com as mesmas
conseqüências clínicas da reação anafilactóide.
6) Previsão e prevenção das reações adversas
Na previsão da reação anafilática
f) Perguntar se paciente recebeu anteriormente algum tipo de soro
(antitetânico ou antiofídico);
g) Se houve alguma reação;
h) Se apresenta reação alérgica ao contato com cavalos
i) Fazer teste com antiveneno
- por escarificação - provoca-se escarificação na pele, pinga-se uma gota
do antivenono. Leitura em 15 minutos
- Por teste intradérmico – dilui-se 0,1ml do antiveneno em 0,9ml de soro
fisiológico, aplica-se 0,1ml dessa diluição. Leitura em 15 minutos
- Leitura: teste positivo ao aparecimento de pápula e pseudópodos.
7) Orientação terapêutica
7.1) História e ou teste intradérmico negativo
-uso de anti-histamínicos precedendo a administração do antiveneno por, pelo
menos, 15 minutos, dimnui a incidência de areações anafilactóides
7.2) História e ou teste intradérmico positivo
0 uso de anti-histamínico antes da administração do antiveneno
7.3) Tratamento de reações adversas:
a) Reações anafiláticas ou anafilactóides
-uso de adrenalina;
-Uso de anti-histamínico
-Uso de corticosteróides
-Uso de aminofilina
b) Doença do soro
- uso de corticosteróides durante o período da doença
8) Considerações finais
-Antivenenos são o único tratamento específico para os acidentes
ofídicos;
-Reversão da sintomatologia depende da presteza com que se
aplica o soro antiofídico;
-Mesmo com reações adversas , a aplicação não deve ser atrasada
sob nenhum pretexto;
-O profissional da área de saúde é o único capaz de realizar o
tratamento com segurança ao acidentado;
-Tratamentos alternativos prova apenas atraso na aplicação do
soro, que é, na verdade, o único tratamento realmente eficaz.

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Acidentes ofídicos. cuidados imediatos e tratamentos

  • 2. Imediatamente após acidente: • Repouso - diminui absorção do veneno; • Não fazer garroteamento no membro afetado – agrava as lesões locais; • Remoção do acidentado para centro de tratamento no menor tempo possível; • Diagnóstico do acidente por serpentes peçonhentas: Botrópico, Crotálico, Elapídico e Laquético • Coletar sangue para análise laboratorial antes da soroterapia para avaliação da evolução; • Aplicar o soro específico; • Membro afetado deve ser mantido elevado; • Administrar analgésico – evitar drogas depressoras do sistema nervoso; • Controlar os sinais vitais e o volume urinário do acidentado; • Limpar local da picada.
  • 3. Diagnóstico dos acidentes por serpentes peçonhentas • Diagnóstico depende: - do reconhecimento do animal agressor; - Das manifestações clínicas apresentadas pelo acidentado • Diagnóstico de certeza: - quando a serpente é capturada; - trazida para identificação por pessoal experiente; - scidentado apresenta sinais evidentes de picada; - manifestação locais ou sistêmicas compatíveis com envenenamento ofídico. • Diagnóstico de presunção - baseado em manifestações clínicas: - serpente agressora não é levada; - reconhecimento da serpente pelo acidentado ou testemunha
  • 4.
  • 5. Tratamentos 1) Soroterapia Uso de soro antiveneno específico 1.1) Tipos de antivenenos produzidos no Brasil São produzidos a partir de soros de cavalos, hioperimunizados com venenos específicos e são preparados para quatro gêneros de serpentes peçonhentas: - antibotrópico – serpentes do gênero Bothrops (jararacas); - anticrotálico – serpentes do gênero Crotalus (cascavéis); - antibotrópico/crotálico (polivalente); - antilaquético – serpentes do gênero Lachesis (surucucu); - antibotrópico/laquético - antielapídico – serpentes do gênero Micrurus (corais- verdadeiras)
  • 6. 2) Apresentação: 2.1) na forma líquida; 2.2) liofilizada concentração neutralizante (aunatidade de veneno que será neutralizado) e prazo de validade impressos na embalagem 3) Conservação: - na forma líquida: em temperatura entre 2 e 8°C (congelamento deve ser evitado); - liofilizada: permite melhor conservação e tem maior prazo de validade 4) Administração: -prova intradérmica – detectar pacientes com hipersensibilidade ao soro heterólogo; -preferencialmente por via intravenosa; -diluição com soro fisiológico ou glicosado (diminui incidência de reações anafilactóides – não recomendado); -Subcutânea – na impossibilidade da aplicação intravenosa;
  • 7. 5) Reações adversas à soroterapia: podem ser precoce ou tardia 5.1) Precoce: dentro das primeiras 24 horas após administração do soro,pode ser leve ou extremamente grave - Mecanismos de produção das reações precoces: o anafilático e o anafilactóides. d) anafilática: é medida por IgE e ocorre somente em indivíduos previamente sensibilizados ao soro de cavalo – por soroterapia anterior – ou indivíduos espontaneamente sensibilizados por contato pregresso com o pêlo do cavalo; e) anafilactóide: não implica em sensibilidade anterior, pode surgir com a primeira dose do antiveneno. Ocorre liberação dos componentes C3a e C5a (anafilatoxinas) que leva a liberação de mediadores farmacológicos responsáveis por um quadro semelhante ao da reação anafilática. A purificação dos antivenenos pode reduzir as reações adversas. O emprego de anti-soro poliespecíficos, aumenta a possibilidade desse tipo de reação.
  • 8. 5.2) Tardias: ocorrem num prazo entre 5 e 24 dias após o uso do antiveneno. Podem surgir: febre, urticárias, linfafenopatias, proteinúria e neuropatias. Reações mediadas por IgG e IgM (doença do soro) com as mesmas conseqüências clínicas da reação anafilactóide. 6) Previsão e prevenção das reações adversas Na previsão da reação anafilática f) Perguntar se paciente recebeu anteriormente algum tipo de soro (antitetânico ou antiofídico); g) Se houve alguma reação; h) Se apresenta reação alérgica ao contato com cavalos i) Fazer teste com antiveneno - por escarificação - provoca-se escarificação na pele, pinga-se uma gota do antivenono. Leitura em 15 minutos - Por teste intradérmico – dilui-se 0,1ml do antiveneno em 0,9ml de soro fisiológico, aplica-se 0,1ml dessa diluição. Leitura em 15 minutos - Leitura: teste positivo ao aparecimento de pápula e pseudópodos.
  • 9. 7) Orientação terapêutica 7.1) História e ou teste intradérmico negativo -uso de anti-histamínicos precedendo a administração do antiveneno por, pelo menos, 15 minutos, dimnui a incidência de areações anafilactóides 7.2) História e ou teste intradérmico positivo 0 uso de anti-histamínico antes da administração do antiveneno 7.3) Tratamento de reações adversas: a) Reações anafiláticas ou anafilactóides -uso de adrenalina; -Uso de anti-histamínico -Uso de corticosteróides -Uso de aminofilina b) Doença do soro - uso de corticosteróides durante o período da doença
  • 10. 8) Considerações finais -Antivenenos são o único tratamento específico para os acidentes ofídicos; -Reversão da sintomatologia depende da presteza com que se aplica o soro antiofídico; -Mesmo com reações adversas , a aplicação não deve ser atrasada sob nenhum pretexto; -O profissional da área de saúde é o único capaz de realizar o tratamento com segurança ao acidentado; -Tratamentos alternativos prova apenas atraso na aplicação do soro, que é, na verdade, o único tratamento realmente eficaz.