Agadir é uma cidade costeira no sul de Marrocos fundada pelos fenícios. Os portugueses construíram uma fortaleza lá em 1505, mas foram expulsos pelas tribos locais em 1541. A cidade cresceu como um porto importante para o comércio com a Europa nos séculos XVII e XVIII.
2. agadir (em árabe: em tifinagh: ⴳⴳⴳⴳⴳ), antigamente chamada
em português Santa Cruz do Cabo de Gué, é uma cidade do sul de
Marrocos situada a norte da foz do rio Suz (Souss), na costa do
Oceano Atlântico. É a capital da região de Souss-Massa-Drâa e da
prefeitura de Agadir-Ida ou Tanane. Em 2004, a população do
município era de 344 422 habitantes.1 A área metropolitana tinha 678
596 habitantes em 2004 e estimava-se que em 2012 tivesse 600 177
habitantes.2
O nome significa "muralha, fortaleza ou cidade" em berber,3 ou, mais
usualmente, a uma espécie de celeiro fortificado característico da
região de Suz e do sul de Marrocos, sendo nesta aceção praticamente
sinónimo de ksar, o termo árabe que deu origem à palavra "alcácer"
em português.
3. A história é praticamente muda sobre Agadir, antes do século XII. O explorador fenício Hanão (ca. primeira
metade do século V a.C.) teria fundado a cidade de Timiatério junto à foz do Suz.4 No século II a.C., o historiador
Políbio evoca na costa atlântica da África, um cabo Rhysaddir, que poderia têr sido situado perto de Agadir; a sua
localização continua a ser fonte de debate.
A mais antiga menção cartográfica que se encontra sobre Agadir aparece numa carta de 1325: aproximadamente no
sitio da cidade actual, a indicação dum lugar chamado Porto Mesegina, a partir do nome duma tribo berbere já
citada no século XII, os Mesguina ou Ksima.
No fim do período medieval, Agadir é uma aldeia de pouca notoriedade; o seu nome, Agadir el-arba, é atestado pela
primeira vez em 15105 .
Em 1505, os portugueses, edificam uma fortaleza ao pé do monte, em frente do mar, a Fortaleza de Santa Cruz do
Cabo de Gué de Agoa de Narba, onde foi mais tarde o bairro hoje desaparecido de Founti, (chamado assim a partir da
palavra portuguesa fonte porque aí encontraram uma).
Rapidamente, os Portugueses têm dificuldades com as tribos da região, sofrendo longas lutas e cercos, até que em 12
de Março de 1541 o xerife, Mohammed ech-Cheikh consegue apoderar-se da fortaleza. Seiscentos sobreviventes são
feitos prisioneiros, fazendo parte destes, o governador D. Guterre de Monroy, seus filhos, e sua filha Dona Mecia. Os
cativos são resgatados por religiosos vindos especialmente de Portugal. Dona Mecia, cujo marido, D. Rodrigo de
Carvalhal, tinha sido morto durante a batalha, tornando-se mais tarde mulher de Mohammed ech-Cheikh, mas depois
de têr dado à luz uma filha que apenas viveu oito dias, faleceu ela também pouco mais tarde, em 1543 ou 1544,
havendo suspeitas de envenenamento da parte das outras mulheres do Xerife. Nesse mesmo ano de 1544, Mohammed
ech-Cheikh fez libertar o governador D. Guterre de Monroy, com quem tinha amizade6 .
Depois da perda de Agadir, os portugueses acabam por abandonar Safim et Azamor. O Marrocos começa a ter menos
importância para Portugal, tornado cada vez mais para a Índia e o Brasil. Depois de 1550, com a perda de Arzila,
apenas lhes fica Mazagão, Tânger e Ceuta.
Em 1572, o casbá é construída no cimo da serra por Moulay Abdallah el-Ghalib, sucessor de Mohammed Ech-Cheikh.
Chama-se então Agadir N'Ighir, literalmente, o sótão fortificado no monte em tachelhite, (língua berbere de
Marrocos)7 .
No século XVII, sob o reino da dinastia berbere do Tazeroualt, Agadir tornou-se uma enseada de certa importância,
desenvolvendo o comércio com a Europa. Não existe neste tempo, verdadeiro porto. De Agadir parte o açúcar, a cera,
cobre, couros e peles8 . Os europeus trazem o produtos manufacturados, como armas e tecidos. Durante o reino do
sultão Moulay Ismail (1645-1727) e dos seus sucessores, o comércio com a França, até essa data mais importante
regride, com proveito dos ingleses e holandeses.