O documento descreve a leptospirose, uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Leptospira que acomete humanos e animais. A doença é transmitida principalmente por contato com água ou solo contaminados com urina de roedores infectados, como ratos e camundongos. Os sintomas incluem febre, dor muscular, vômitos e icterícia. A prevenção envolve medidas de controle de roedores e cuidados com a exposição a água e solo potencialmente contaminados.
Leptospirose: Doença causada por bactéria transmitida por roedores
1.
2. LEPTOSPIROSE
Dóris Bercht Brack
Médica Veterinária Sanitarista
Programa Estadual de Eco-Vigilância de Roedores
Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde
Centro Estadual de Vigilância em Saúde
3. LEPTOSPIROSE
A Leptospirose é uma doença infecciosa aguda que
acomete o homem e os animais, causada por microorganismos
pertencentes ao gênero Leptospira.
A doença ocorre tanto na área rural como na urbana e
está intimamente relacionada aos períodos de chuvas, quando
costuma aumentar a incidência de casos. Adquire um caráter
mais severo nas grandes aglomerações humanas de baixa renda,
que moram à beira de córregos e em zonas alagadiças, em locais
desprovidos de saneamento básico, que propiciam a coabitação
com roedores. Estes encontram água, abrigo e alimento
necessário à sua proliferação e, ao mesmo tempo, contaminam
o meio ambiente.
4. LEPTOSPIROSE
LEPTOSPIRAS X MEIO AMBIENTE
As leptospiras sobrevivem no lodo ou no solo úmido,
onde o pH é ligeiramente alcalino, com baixa salinidade e na
ausência de radiações ultravioletas. Nesta condição podem
sobreviver até seis meses.
A manutenção no meio ambiente é influenciada pelas
variações climáticas. As leptospiras se mantém bem em meio
hídrico. São extremamente sensíveis a dessecação.
Sobrevivem em temperaturas entre 10 e 34º C.
5. LEPTOSPIROSE
MODO DE TRANSMISSÃO:
Raramente pelo contato direto com sangue, tecido, órgãos e urina de
animais infectados.
Contato com água ou solo contaminados pela urina dos animais
portadores.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
De 24horas a 30 dias, em média 7 a 14 dias
6. LEPTOSPIROSE
PRINCIPAIS SINTOMAS:
Febre, mialgias (principalmente na panturrilha), vômitos,
calafrios, alterações do volume urinário, conjuntivite, icterícia,
fenômeno hemorrágico e/ou Síndrome de Weil (alterações
hepáticas, renais e vasculares).
A leptospirose sem icterícia é, freqüentemente, confundida
com outras doenças (dengue, gripe) ou não leva à procura de
assistência médica.
7. LEPTOSPIROSE
Atenção
Quando houver contato com água de
enchente, lama, esgoto, fossa ou com urina de
animais com leptospirose e no período de 30 dias
ocorrerem sintomas da doença PROCURAR O
POSTO DE SAÚDE e relatar ao médico este contato.
8. LEPTOSPIROSE
SITUAÇÕES DE RISCO:
Exposição a enchentes ou outras coleções hídricas potencialmente
contaminadas como córregos, lagos e rios;
Exposição a Esgoto - fossa ou manilhas de esgoto contaminadas com
urina de roedores;
Atividades que envolvam risco ocupacional como coleta de lixo,
limpeza de córregos, trabalho em água ou esgoto, tratadores de
animais, entre outras;
Presença de animais infectados.
9. LEPTOSPIROSE
RESERVATÓRIOS:
Animais Domésticos:
bovinos, suínos, eqüinos, caninos, ovinos, caprinos.
Roedores Sinantrópicos:
Rattus novergicus (ratazana ou rato de esgoto).
Rattus rattus (rato preto ou rato do telhado).
As ratazanas e os ratos são considerados reservatórios ecológicos
da leptospirose porque não desenvolvem os sintomas desta
zoonose.
10. LEPTOSPIROSE/ROEDORES
ROEDORES SINANTRÓPICOS COMENSAIS
Ratazana - Rattus norvergicus
Camundongo - Mus musculus Rato do telhado – Rattus rattus
Fotos cedidas por Alzira de Almeida
11. LEPTOSPIROSE/ROEDORES
ROEDORES SINANTRÓPICOS
Essas espécies, diferente dos roedores silvestres, vivem próximo ao
homem, que é o responsável pelo fornecimento das condições básicas
para sua sobrevivência:
acesso: locais ou edificações sem obstáculos aos roedores.
alimentos: grãos armazenados, gêneros estocados, ração animal,
resíduos alimentares, lixo, etc.
abrigo: terrenos baldios com entulho, mato, edificações, sistemas de
esgoto mal conservados, etc.
água: vazamento em instalações hidráulicas, valetas, caixa d’água,
sistemas coletores de águas pluviais e fluviais, etc
12. LEPTOSPIROSE/ROEDORES
ROEDORES SINANTRÓPICOS/CONTROLE
O trabalho de
controle de roedores é
desenvolvido a partir do
conhecimento dos sinais
deixados pelos ratos no
FEZES
ambiente em que vivem:
tocas, fezes, roeduras,
trilhas, observações de
ratos vivos ou mortos e
manchas de gordura.
No controle dos roedores
TOCA
podemos usar medidas de
anti-ratização e desratização
TRILHA
13. LEPTOSPIROSE/ROEDORES
ROEDORES SINANTRÓPICOS/ CONTROLE
A anti-ratização é um conjunto de medidas que visam modificar as
características ambientais que favorecem a penetração, instalação e a
livre proliferação de roedores: acesso , alimento, abrigo e água.
Compreende também ações de educação em saúde, através de
informação, orientação e esclarecimento às pessoas ligadas diretamente
ao problema, escolares e população em geral.
A desratização compreende todas as medidas empregadas para a
eliminação de roedores, através de métodos mecânicos (ratoeiras),
biológicos (animais predadores) e químicos (raticidas). Para maior
eficiência , a desratização deve ser realizada paralela ao trabalhos de
anti-ratização, limpeza e saneamento, a fim de se evitar a ocorrência do
efeito bumerangue.
14. u12
LEPTOSPIROSE/ROEDORES
ROEDORES SINANTRÓPICOS/ CONTROLE
Com alimento e água disponível, a colônia de ratos
cresce intensamente, até ser nivelada pelas condições
ambientais. Por esta razão, quando uma desratização é
realizada de modo incompleto ou inadequado, corre-se o
risco de provocar um forte aumento populacional pouco
tempo após o mau serviço ter sido executado. É o
chamado “efeito bumerangue”.
15. Slide 14
u12 Texto ao lado da foto: fonte TAHOMA tamanho 18 cor CINZA
Legenda da foto: fonte TAHOMA tamanho 14 cor CINZA
user; 05/07/2009
16. Dóris Bercht Brack
Médica Veterinária Sanitarista
Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde
doris-brack@saude.rs.gov.br
51 39011144