5. Revolução francesa – Após a Revolução
Francesa, o absolutismo entrou em crise,
cedendo lugar ao liberalismo (doutrina
fundamentada na crença da capacidade
individual do homem). A economia da época
estimula a livre iniciativa, a livre empresa. O
individualismo tornou-se um valor básico da
sociedade da época.
6. Revolução Industrial – 1º momento
A Revolução Industrial gerou novos
investimentos que buscavam solucionar os
problemas técnicos decorrentes do aumento de
produção. Sua consequência mais evidente foi a
divisão do trabalho e o início da especialização
da mão-de-obra.
8. A difusão do livro -
especialmente através do
romance de folhetim -
permitiu que muitos
escritores vivessem de
seus direitos autorais. Foi
o caso de Victor Hugo,
aqui caricaturado como
um gigante da área
literária.
9. O primeiro efeito favorável da vitória burguesa para a
literatura reside no artigo onze da Declaração de Direitos
do Homem e do Cidadão:
"A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um
dos direitos mais preciosos do homem; todo cidadão pode
portanto falar, escrever, imprimir livremente." Como afirma
um historiador, "cada francês é agora um escritor em
potencial, todas as Bastilhas acadêmicas caem por terra e
uma aventura da palavra escrita está acontecendo."
10. Na França sobretudo, permite não
apenas a extinção dos privilégios
seculares, mas também o fim das
barreiras rígidas entre as classes
sociais.
11. Um novo sentido de vida, baseado
na livre iniciativa, exalta a audácia,
a competência e os méritos
pessoais de cada indivíduo,
independentemente de seus títulos
e seus antepassados.
12. A era do Liberalismo está em seu
auge e com ela um conjunto
notável de mudanças na história
do Ocidente.
13. Uma nova sociedade, um novo gosto, um novo
público
Novo conceito de arte Novo público
A arte deixa de ser uma atividade
social orientada por critérios objetivos
e convencionais;
A arte transforma-se numa forma de
autoexpressão que cria seus próprios
padrões;
A arte torna-se o meio empregado
pelo indivíduo singular para se
comunicar com indivíduos
singulares;
A burguesia generaliza curiosidade
pelas criações artísticas (imprensa e
teatro);
A aliança da burguesia com o povo permite
levar às massas o conhecimento dos novos
tipos de arte;
Nasce um novo público que assiste às
peças e lê os folhetins e os livros, cujo
gosto é necessário atender;
14. Expressão plena dos estados
de alma, da paixões e das
emoções.
Atração pelo desconhecido,
pela aventura, pelo
misterioso.
Exaltação da liberdade
individual e social.
Gosto por ambientes
solitários e noturnos.
Estilo mais simples e
comunicativo, além de
novos ritmos e formas
métricas.
Visão da natureza como
exemplo da manifestação
do poder de Deus e como
refúgio acolhedor para o
homem que busca paz
interior.
15.
16. Consolidação da burguesia.
Difusão cada vez maior do
jornal como meio de
comunicação social e de
apresentação da literatura
(folhetins).
Aumento do número de
pessoas alfabetizadas,
incluindo mulheres.
Profissionalização do
escritor e a difusão maciça
da literatura.
17.
18. Revolução Industrial:
• Moderna sociedade de
classes;
• Burguesia industrial;
• Proletariado.
Movimento de
independência das colônias
da Espanha e de Portugal.
Revolução Francesa:
• Burguesia no poder.
19. Observe no quadro abaixo, as principais
diferenças entres os movimentos clássico e
romântico:
Classicismo Romantismo
geral, universal particular, individual
impessoal, objetivo pessoal, subjetivo
apelo à imaginação
razão sensibilidade
erudição folclore
elitilização motivos populares
disciplina libertação
imagem racional do
amor e da mulher
imagem sentimental e subjetiva
do amor e da mulher
apelo à inteligência
20. • subjetivismo: o escritor romântico quer
retratar em sua obra uma realidade
interior e parcial. Trata os assuntos de
uma forma pessoal, de acordo com o que
sente, aproximando-se da fantasia.
21. • Idealização: motivado pela fantasia e pela
imaginação, o artista romântico passa a
idealizar tudo; as coisas não são vistas
como realmente são, mas como deveriam
ser segundo uma ótica pessoal.
Assim, a pátria é sempre perfeita; a mulher
é vista como virgem, frágil, bela, submissa e
inatingível; o amor, quase sempre, é
espiritual e inalcançável; o índio, ainda que
moldado segundo modelos europeus, é o
herói nacional.
22. • sentimentalismo: exaltam-se os sentidos, e
tudo o que é provocado pelo impulso é
permitido. Certos sentimentos, como a saudade
(saudosismo), a tristeza, a nostalgia e a
desilusão, são constantes na obra romântica.
23. • Egocentrismo: cultua-se o "eu" interior,
atitude narcisista, em que o individualismo
prevalece; microcosmos (mundo interior) X
macrocosmos (mundo exterior).
24. • Liberdade de criação: todo tipo de padrão
clássico preestabelecido é abolido. O escritor
romântico recusa formas poéticas perfeitas,
usa o verso livre e branco, libertando-se dos
modelos greco-latinos, tão valorizados pelos
clássicos, e aproximando-se da linguagem
coloquial.
25. • Medievalismo: há um grande interesse dos
românticos pelas origens de seu país, de seu
povo. Na Europa, retornam à Idade Média e
cultuam seus valores, por ser uma época
obscura. Tanto é assim que o mundo medieval
é considerado a "noite da humanidade"; o que
não é muito claro, aguça a imaginação, a
fantasia. No Brasil, o índio representa o papel
de nosso passado medieval e vivo.
26. • Pessimismo: conhecido como o "mal-do-
século". O artista se vê diante da
impossibilidade de realizar o sonho do "eu" e,
desse modo, cai em profunda tristeza,
angústia, solidão, inquietação, desespero,
frustração, levando-o, muitas vezes, ao
suicídio, solução definitiva para o mal-do-
século.
27. • Escapismo psicológico: espécie de fuga. Já
que o romântico não aceita a realidade, volta
ao passado, individual (fatos ligados ao seu
próprio passado, a sua infância) ou histórico
(época medieval).
28. • Condoreirismo: corrente de poesia político-
social, com grande repercussão entre os
poetas da terceira geração romântica. Os
poetas condoreiros, influenciados pelo
escritor Victor Hugo, defendem a justiça social
e a liberdade.
29. • byronismo: atitude amplamente cultivada
entre os poetas da segunda geração romântica
e relacionada ao poeta inglês Lord Byron.
Caracteriza-se por mostrar um estilo de vida e
uma forma particular de ver o mundo; um
estilo de vida boêmia, noturna, voltada para o
vício e os prazeres da bebida, do fumo e do
sexo. Sua forma de ver o mundo é egocêntrica,
narcisista, pessimista, angustiada e, por vezes,
satânica.
30. • religiosidade: como uma reação ao
Racionalismo materialista dos clássicos, a vida
espiritual e a crença em Deus são enfocadas
como pontos de apoio ou válvulas de escape
diante das frustrações do mundo real.
31. • culto ao fantástico: a presença do mistério, do
sobrenatural, representando o sonho, a
imaginação; frutos da pura fantasia, que não
carecem de fundamentação lógica, do uso da
razão.
32. • nativismo: fascinação pela natureza. O artista
se vê totalmente envolvido por paisagens
exóticas, como se ele fosse uma continuação
da natureza. Muitas vezes, o nacionalismo
romântico é exaltado através da natureza, da
força da paisagem.
33. • nacionalismo ou patriotismo: exaltação da
Pátria, de forma exagerada, em que somente
as qualidades são enaltecidas.
34. • luta entre o liberalismo e o absolutismo:
poder do povo X poder da monarquia.
• Até na escolha do herói, o romântico
dificilmente optava por um nobre.
Geralmente, adotava heróis grandiosos,
muitas vezes personagens históricos, que
foram de algum modo infelizes: vida trágica,
amantes recusados, patriotas exilados.
35. ROMANTISMO EM PORTUGAL
• Período de lutas políticas e reivindicações
liberais;
• Devido às agitações, escritores vão ´para a
França e Inglaterra, onde conhecem as novas
ideias literárias;
• O início se dá com a publicação do poema
“Camões”, de Almeida Garrett, em 1825.
39. • Destacou-se como historiador e romancista,
mas também foi autor de poesias e contos;
• Escreveu alguns romances de fundo histórico,
ambientados na idade Média;
• Seu principal romance é Eurico, o presbítero.
40.
41.
42.
43. • Poeta, prosador e dramaturgo.
• Principais obras:
- Poesia – Folhas caídas e Dona Branca;
- Romance – Viagem na minha terra;
- Tragédia teatral – Frei luís de Sousa.
• Não se enquadra nos padrões rígidos do
Classicismo, tampouco exibe o subjetivismo e o
sentimentalismo exagerado que caracterizam o
ideal romântico.
47. EDGAR ALLAN POE
Edgard Allan Poe deixou poemas, contos, romance, temas
policiais e de horror. Muitas de suas obras exploram a
temática do sofrimento causado pela morte. O poeta
acreditava que nada seria mais romântico que um poema
sobre a morte de uma mulher bonita. É considerado o criador
do conto policial, seus poemas mergulham na tristeza e as
narrativas em temas de horror. Suas obras foram um marco
para a literatura norte-americana contemporânea, com
destaque para "Contos do Grotesco e Arabesco", publicado
na França com o título de "Histórias Extraordinárias" (1837),
contos que influenciaram diversas gerações de escritores de
livros de suspense e terror, e os poemas, “O Corvo” (1845) e
“Annabel Lee” (1849).
48.
49. CAMILO CASTELO BRANCO
• O criador da novela passional portuguesa;
• De sua grande produção ficcional, destacam-se as
notas:
- passionais: Amor de perdição, Carlota Ângela e
Amor de salvação;
- satíricas: Coração, cabeça, estômago e A queda
dum anjo;
- de influência realista: Eusébio Macário, A corja e
A brasileira de Prazins.
50. SOARES DE PASSOS
• Antônio Augusto Soares de Passos
• O mais popular poeta do ultrarromantismo
português.
• Nascido na cidade do Porto em 1826 (um ano
depois da publicação do poema “ Camões” ,
de Garret), o poeta teve sua vida marcada por
alguns episódios tipicamente românticos:
prestes a terminar o curso de direito em
Coimbra, é atacado pela tuberculose.
51. • Formado, é preterido em um concurso público
e isola-se; consta que, durante quatro anos
permaneceu fechado em um quarto,
recebendo a visita de raros amigos;
• Morreu em 1860, tuberculoso, aos 33 anos de
idade.
58. DÉCADA DE 1860
• Diluição das características românticas;
• Pré-Realismo;
• Questão Coimbrã;
• Final do ultrarromantismo;
• Sentimentos moderados;
• Simplicidade;
• Proximidade com a realidade.
59. QUESTÃO COIMBRÃ
A Questão Coimbrã (também chamada de
“Questão do Bom Senso e Bom Gosto”)
representou uma polêmica travada em 1865
entre os literatos portugueses: Antônio Feliciano
de Castilho, escritor romântico português, e o
grupo de estudantes da Universidade de
Coimbra: Antero de Quental, Teófilo Braga e
Vieira de Castro.
60.
61. Além de ser o marco inicial do movimento realista
em Portugal, ela representou uma nova forma de
fazer literatura, trazendo à tona aspectos de
renovação literária aliado as ideias que surgiram na
época em torno de questões científicas.
Por isso, a questão Coimbrã se afasta dos moldes
ultrapassados dos ultrarromânticos, atacando
assim, as posturas de atraso cultural da sociedade
portuguesa da época.
62.
63. Essa fase antecipa características da Escola
Realista, que substituirá o Romantismo. O
subjetivismo e o emocionalismo cederão lugar
para uma literatura de tom exaltado, baseada
nos grandes debates sociais e políticos da época.
64. Na década de 1860, os exageros
ultrarromânticos sobrevivem apenas em autores
menores. Os melhores depuraram o
romantismo, fugindo à pieguice e retomando a
um lirismo simples e sincero. Mantendo ainda o
subjetivismo romântico, os autores da terceira
geração já são pré-realistas.
67. Obras inovaram em alguns aspectos a prosa
do Romantismo;
Linguagem simples;
Enredos mais simples, que giram em torno de
problemas amorosos e familiares. No final, os
mal-entendidos se esclarecem e tudo se
resolve.
68. Suas obras principais são os romances:
As pupilas do senhor reitor;
A morgadinha dos canaviais;
Os fidalgos da casa mourisca e Uma família
inglesa.
71. Como surgiu esse movimento
literário? O romantismo no Brasil
surge a partir da independência
política brasileira. Os primeiros
artistas românticos passam a ter
uma missão: criar uma cultura
literária própria nacional.
O país recebe também escolas
de ensino superior, imprensa
regular entre outras mudanças.
Em 1822, ocorre a Proclamação
de Independência do Brasil, com
isso surge uma necessidade de
criar uma nova cultura e uma
nova nação.
72. O Romantismo no Brasil - Poesia
• Temas principais:
- Inspiração patriótica e libertária;
- Indianismo;
- Desilusão amorosa;
- Saudade;
- Morte;
- Exaltação da natureza brasileira.
73. A prosa romântica
• Romance urbano ou de costumes: abrange
temas amorosos e sociais no ambiente
urbano;
• Romance sertanejo ou regionalista: focaliza a
gente do interior, com seus costumes e valores
peculiares;
74. • Romance histórico: volta-se para o passado,
numa reinterpretação nacionalista de fatos e
personagens;
• Romance indianista: ainda na perspectiva
nacionalista, é aquele que enfoca a figura do
índio.
75. 1ª GERAÇÃO DO ROMANTISMO NO
BRASIL
Fase indianista (nacionalista)
76. CARACTERÍSTICAS
• Exaltação da natureza e da liberdade;
• Religiosidade;
• Figura do índio como herói nacional;
• Sentimentalismo;
• Saudosismo;
• Nacionalismo-ufanista;
• Nativismo;
• Cor local
77. Leitores do século XIX
• O número de pessoas alfabetizadas no Brasil
era muito pequeno;
• A leitura ocorria num ambiente doméstico, em
meio a afazeres tipicamente femininos , e era
feito em voz alta;
• Os leitores visados por essa literatura
sentimental eram, sobretudo as mulheres.
78.
79. O nacionalismo como projeto
• 1836 – início do
Romantismo no Brasil;
• Publicação de Suspiros
poéticos e saudades,
de Gonçalves de
Magalhães;
81. Gonçalves Dias
• Dimensão poética ao tema do indígena;
• Cantou também os temas consagrados pelo
Romantismo europeu:
- Dores de amor;
- Saudade;
- Natureza.
82. José de Alencar
• Romances sociais ou urbanos:
- Cinco minutos; A viuvinha; Lucíola; A pata e a
gazela; Sonhos d’ouro; Senhora; Encarnação.
• Romances regionalistas:
- O gaúcho; O tronco do ipê; Til; O sertanejo.
• Romances históricos:
- As minas de prata; A guerra dos mascates.
• Romances indianistas:
- Iracema; Ubirajara; O Guarani.
84. CARACTERÍSTICAS
• Assim como em Portugal, a segunda geração
brasileira foi dominada pelo ultrarromantismo;
• Auge da tendência individualista e subjetiva;
• Desejo de morte;
• Solidão;
• Tédio;
• Melancolia;
• Visão trágica da existência;
• Pessimismo;
• Escapismo.