2. O IMPRESSIONISMO
Génese entre 1860 e
1870
+
Café Guerbois, Paris
Fotografia como técnica
inovadora e revolucionária da
representação do real
Grupo de jovens artistas
reúne-se para discutir as suas
incertezas e atitudes perante
a arte
3. O IMPRESSIONISMO
FOTOGRAFIA Reprodução exata da
natureza
Libertação da pintura da
representação realista da
natureza
Novas formas de
representação da realidade
4. O IMPRESSIONISMO
Influência das Concepção livre da forma e
estampas da composição
japonesas +
Cores puras e claras
+
Linearidade do desenho
Ruptura com os cânones
tradicionais da
representação pictórica
Mostra de estampas japonesas
5. O IMPRESSIONISMO
Conjuntura em Estabilização política e social
França +
Desenvolvimento económico
+
Florescimento cultural
(letras, ciências, artes)
Paris como pólo cultural
+
Intensificação da vida social
Teatro, ópera, vaudeville, cafés,
mostras de arte
6. O IMPRESSIONISMO
IMPRESSIONISMO
MOVIMENTOS A QUE SE OPÕE OBJETIVOS
- Realismo – intelectualismo - Pintura mais intuitiva e
sociopolítico espontânea, realizada perante o
- Academismo – concepções motivo, em imediatismo de
neoclássicas e românticas percepção e sensação
- Captação de uma dada
realidade, parcial, sensível e
fugaz
7. O IMPRESSIONISMO
IMPRESSIONISMO
OBJETIVOS
- Pintura mais intuitiva e Captar a luz e os
espontânea, realizada perante o seus efeitos sobre a
motivo, em imediatismo de Natureza, as pessoas
percepção e sensação e os objetos
- Captação de uma dada
realidade, parcial, sensível e +
fugaz O tema perde
importância
9. O IMPRESSIONISMO
RUPTURA
Modo de ver o mundo exterior
+
Tradução pictográfica da verdade
sensível e perceptiva da realidade
Claude
Monet, Impressão, Sol
10. O IMPRESSIONISMO
RUPTURA
Temas preferidos?
Claude
Monet, Impressão, Sol
11. O IMPRESSIONISMO
Banalização de temas - Paisagem
- Cenas sociais (lazer
+ urbano)
Grande variedade de - Pintura ao ar livre
temas
Realidade visível
+
Registo do instante
luminoso, fugidio, em
constante mutação
Renoir, Mulher ao Sol, 1876
12. O IMPRESSIONISMO
TÉCNICA INOVADORA
- A pintura executa-se no momento,
perante o motivo
- Exclusão de todos os estudos de
composição e os esboços prévios
- Negação da racionalização e
teorização especulativa na arte
Émile Zola, Édouard Manet, 1867-68
13. O IMPRESSIONISMO
A pintura é feita exclusivamente pela cor
+
A cor é que constrói as formas
+
A cor é usada pura, tirada diretamente
dos tubos, sem mistura prévia
Renoir, O Baloiço, 1876
14. O IMPRESSIONISMO
A tinta é aplicada com
pinceladas
curtas, rápidas, fragmentada
s
+
As pinceladas são
justapostas de acordo com a
lei das cores
complementares de modo a
obter a fusão dos tons
Monet, A Gare de Saint-Lazare, 1877 (síntese ótica)
15. O IMPRESSIONISMO
Quadros de aspeto inacabado
e rugoso, de cores abertas,
formas e volumes pouco
definidos e quase
desmaterializados
+
Em evidência os jogos “frios e
crus” da luz e da cor
+
Libertação das velhas noções
de claro-escuro
+
Afastamento da visão
Édouard Manet, O almoço na relva, 1863 racionalizada da realidade
física
16. O IMPRESSIONISMO
Rejeição dos
críticos e do
público do seu
tempo
+
Quadros com
aspeto
fluido, dinâmico e
vibrante de
colorido, rico de
emoções
sensoriais e
plásticas
Edgar Degas, Jockeys à chuva
17. O IMPRESSIONISMO
- Romantismo (Constable e Turner):
paisagismo; captação de ambiências
atmosféricas
- “Escola de Barbizon”: pintura ao ar livre
- Realismo: interesse pelo quotidiano
diretamente observado
Influências - Fotografia: novos enquadramentos e
novas perspetivas
- Estampas japonesas: desenho
bidimensional e decorativismo
- Descobertas científicas na ótica, cor e
perceção
- Fabrico industrializado das tintas em
tubo
18. O IMPRESSIONISMO Pintores
Édouard Manet (1832-
1883)
- Pintor de transição
- renovador da pintura
académica
- Temática
descomprometida
- Paleta clara, sem
gradação cromática
entre tons claros e
escuros
- Pincelada solta
- bidimensionalidade
Manet, O Almoço na Relva, 1863
19. O IMPRESSIONISMO Pintores
Édouard Manet (1832-
1883)
- Pintor de transição
- renovador da pintura
académica
- Temática
descomprometida
- Paleta clara, sem
gradação cromática
entre tons claros e
escuros
- Pincelada solta
- bidimensionalidade
Manet, Música nas Tulherias, 1860
20. O IMPRESSIONISMO Pintores
Édouard Manet (1832-
1883)
- Pintor de transição
- renovador da pintura
académica
- Temática
descomprometida
- Paleta clara, sem
gradação cromática
entre tons claros e
escuros
- Pincelada solta
- bidimensionalidade
Manet, Olympia, 1863
21. O IMPRESSIONISMO Pintores
Claude Monet (1840-1926)
- Paisagens campestres e marinhas
- Temas experimentais de análise dos
efeitos da luz ambiente sobre a cor e
as formas
Monet, Catedral de Saint- Monet, Catedral de Ruão
Lazare, 1877
22. O IMPRESSIONISMO Pintores
Edgar Degas (1834-1917)
- Cenas de interior (bastidores de
ópera, cafés)
- Enquadramentos e perspetivas
inusitadas
- Inspiração nas fotografias e nas
estampas japonesas
- Desenho menos difuso
Degas, O Absinto, 1876
23. O IMPRESSIONISMO Pintores
Edgar Degas (1834-1917)
- Cenas de interior (bastidores de
ópera, cafés)
- Enquadramentos e perspetivas
inusitadas
- Inspiração nas fotografias e nas
estampas japonesas
- Desenho menos difuso
Degas, "A Aula de Dança" (1873-75)
24. O IMPRESSIONISMO Pintores
Auguste Renoir (1841-1919)
Preferência pelas cenas sociais dos
pequenos lazeres da burguesia
urbana e pelo nu feminino
Renoir, O Baloiço, 1876
25. O NEOIMPRESSIONISMO
CRÍTICAS AO IMPRESSIONISMO
O impressionismo não
concretizava a teoria da cor
A execução imediata tornava
os pintores negligentes e
intuitivos na aplicação da cor
Pinceladas sobrepostas
+
Renoir, Le Moulin de la Galette Mistura de cores
28. O NEOIMPRESSIONISMO
Georges Seurat (1859-1891)
- pontilhismo: pinceladas reduzidas a
pequenas manchas arredondadas, que
evoluíram para minúsculos pontos
- - divisionismo: cores puras não
misturadas, cientificamente colocadas
umas ao lado das outras, de acordo com a
lei das cores complementares
A uma certa distância, as
manchas cromáticas
misturam-se
30. O NEOIMPRESSIONISMO
- Perde importância a representação
do instante luminoso
- Aumenta a importância dada ao
jogo da harmonia das cores
- Rigorosa construção de cores, de
formas e de linhas, segundo as leis
universais da harmonia
Seurat, Domingo à tarde na Grande
Jatte, 1884-85
- temas: vida citadina, paisagens marítimas e diversões
- Grandes telas executadas em atelier a partir de estudos ao ar livre
- A expressividade é de grande tranquilidade
33. O PÓS-IMPRESSIONISMO
1880-1900: diferentes tendências e autores
que procuram novos caminhos para a arte
Influências do Impressionismo Afastamento do
Impressionismo
Separação entre a pintura e a Reação contra a superficialidade da
representação mimética da sua análise ilusionística da realidade
Natureza, interpretada através da
cor e da bidimensionalidade
34. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Van Gogh (1853-1890)
A Noite Estrelada,
1889
“Os verdadeiros
pintores são, não
aqueles que pintam
as coisas como elas
são, secamente
analisadas, mas
aqueles que as
pintam como as
sentem” (Van Gogh)
35. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Van Gogh (1853-1890), Esplanada de Café
à Noite, 1888
- Desenho anguloso e violento
- Cores contrastadas (contrastes
simultâneos de cor) e arbitrárias
- Formas sinuosas e flamejantes
- Pincelada larga e pontilhada
Intencionalidade marcadamente
expressionista
36. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Paul Cézanne (1839-
1906), Natureza morta
Quis fixar a realidade
em imagens mais
sólidas e
permanentes, começan
do a articular formas e
cores mais
geometrizantes:
- luminosidade
impressionista
- rigor da forma e
volume
37. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Paul Cézanne (1839-
1906), Os Jogadores de
Cartas
Quis fixar a realidade em
imagens mais sólidas e
permanentes, começando
a articular formas e cores
mais geometrizantes:
- luminosidade
impressionista
- rigor da forma e
volume
38. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Toulouse-Lautrec (1864-
1901), Salão na Rue des
Moulins
- Influências das estampas
japonesas e de Degas
- Desenho delicado e linear
- Fundos na cor da tela ou
do papel
- Bidimensionalidade
- Aproximação à ilustração
- Próximo da Arte Nova
- Temas: vida
boémia, apresentada de
forma crítica, até
obscena e grotesca
39. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Toulouse-Lautrec (1864-
1901), O Palhaço Cha-U-Kao no
Moulin Rouge
- Influências das estampas
japonesas e de Degas
- Desenho delicado e linear
- Fundos na cor da tela ou
do papel
- Bidimensionalidade
- Aproximação à ilustração
- Próximo da Arte Nova
- Temas: vida
boémia, apresentada de
forma crítica, até
obscena e grotesca
40. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Paul Gauguin (1848-1903), Auto-retrato com halo
- Influências das estampas japonesas e da
arte medieval do vitral
- Simplificação/sintetização das formas,
fechadas pela linha de contorno a negro e
preenchidas com cores planas , sem
modelado
41. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Paul Gauguin
(1848-
1903), Mulheres
de Tahiti na
praia
- Pintor da
evasão, da
recusa da vida
moderna
(refúgio nas
ilhas da
Polinésia
francesa)
42. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Paul Gauguin (1848-1903), O Cristo
Amarelo, 1889
“Porque não exagerar na pintura, do
mesmo modo que os poetas
empregam metáforas? Curve mais um
ombro se isso torna o corpo mais
bonito. Faça-os mais brancos se assim
fica melhor. Mova os galhos das
árvores ainda que não sopre vento.”
Gauguin
43. O PÓS-IMPRESSIONISMO Pintores
Paul Gauguin (1848-1903), O Cristo
Amarelo, 1889
- Temas retirados da natureza, mas
de uma natureza orquestrada pelo
pintor, explorando o seu carácter
alegórico, simbólico, idílico, misteri
oso e sugestivo
- Formas
bidimensionais, estilizadas, sintétic
as e estáticas, circundadas pela
linha a negro
- Cores
antinaturalistas, simbólicas, alegóri
cas e exóticas
44. O SIMBOLISMO
O simbolismo procura revelar o mundo do
espírito, dos mitos e da magia
- A pintura não é a cópia da realidade, mas
sim a sua transposição mágica,
imaginativa e alegórica.
- A arte deve reflectir mais que o aspecto
exterior das coisas, serve para revelar o
mundo o espírito, dos mitos, da magia.
- Separação definitiva entre arte e a
representação da Natureza
Redon, A Mulher Velada, c. 1895-99
45. O SIMBOLISMO
A obra simbolista deverá ser (Albert
Aurier):
- Ideísta, pois o seu único ideal será a
expressão da Ideia;
Puvis de Chavannes, Raparigas à Beira-mar, 1879
46. O SIMBOLISMO
A obra simbolista deverá ser (Albert
Aurier):
- Ideísta, pois o seu único ideal será a
expressão da Ideia;
- Simbolista, pois exprimirá esta ideia em
formas;
Puvis de Chavannes, Raparigas à Beira-mar, 1879
47. O SIMBOLISMO
A obra simbolista deverá ser (Albert
Aurier):
- Ideísta, pois o seu único ideal será a
expressão da Ideia;
- Simbolista, pois exprimirá esta ideia em
formas;
- Sintética, pois escreverá estas
formas, esses sinais, segundo um modo de
compreensão geral.
Puvis de Chavannes, Raparigas à Beira-mar, 1879
48. O SIMBOLISMO
A obra simbolista deverá ser (Albert
Aurier):
- Ideísta, pois o seu único ideal será a
expressão da Ideia;
- Simbolista, pois exprimirá esta ideia em
formas;
- Sintética, pois escreverá estas
formas, esses sinais, segundo um modo de
compreensão geral.
- Subjectiva (é uma consequência) porque
a pintura decorativa propriamente dita não
é senão uma manifestação de arte ao
mesmo tempo
subjectiva, sintética, simbolista e ideísta.
Puvis de Chavannes, Raparigas à Beira-mar, 1879
49. O SIMBOLISMO
O Simbolismo não tem unidade
estilística, inclui:
- Sintetismo de Gauguin
- a escola de Pont Aven
- Percursos individuais
- Grupo dos Nabis (continuadores das
propostas plásticas de Pont Aven)
- formas simplificadas;
- pureza das cores à pintura;
- pouca relevância para a temática
(alguns mais intimistas e decorativos)
Paul Sérusier, Paisagem no Bosque do
Amor, 1888
50. A ESCULTURA
Auguste Rodin (1840-1917)
Renovador da escultura europeia
+
Aproximou-se dos objetivos e da
estética da pintura da época
Rodin, O Pensador, 1880-1904
51. A ESCULTURA
Influências:
- Miguel Ângelo: gosto pela
figura humana e pela
forma inacabada
- Românticos – emoção
Contraste entre as formas
polidas e aveludadas dos
corpos e o bloco de pedra
Rodin, Danaide, 1885 rugoso, inacabado
52. A ESCULTURA
Superfícies reentrantes e salientes,
côncavas e convexas
+
Marcas dos dedos
Refletem a luminosidade, criando uma
ilusão de força, dinamismo e vitalidade
Objetivo: captar os aspetos emocionais,
transitórios e fugidios
Rodin, O Beijo, 1882-98
53. A ESCULTURA
Conclusão:
Rodin foi, simultaneamente, um
realista, um simbolista, um
expressionista e um impressionista
Escultor ímpar
Discípulos:
- Camille Claudel (1864-1943)
- Antoine Bourdelle (1861-1929)
Rodin, A Catedral, 1908