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Porque devemos estudar História 
da Educação Física e do Esporte 
nos cursos de graduação? 
Texto de Victor Andrade de Melo
Algumas questões 
 Afinal, em que o estudo da história 
estaria a contribuir na formação do 
futuro professor? 
 Haveria realmente espaço e 
necessidade de uma disciplina 
específica para estudos desta 
natureza?
O estranhamento 
 O problema da afinidade da área de 
conhecimento. Educação Física e as 
Ciências Humanas/Sociais são 
antagônicas? 
 Argumentaria-se que aqueles que vêm 
cursar a graduação em Educação Física 
normalmente não se identificariam com 
disciplinas ligadas às ciências 
humanas/sociais, estando suas 
preferências voltadas às ciências exatas 
e/ou biológicas.
Críticas a abordagens da História da 
EF e dos Esportes 
 Conteúdos Clássicos: “Apresenta-se uma 
série de nomes e fatos eleitos como 
relevantes, enquadrados no interior de 
períodos consagrados tradicionalmente e 
importados da História Geral (Grécia 
Antiga, Roma, Idade Média etc.), a partir 
de uma ausente, confusa ou não 
consciente compreensão historiográfica.” 
 História como “acessório” em trabalhos de 
graduação
A história da disciplina 
 1º curso de graduação – 1939 
 Disciplinas teóricas e práticas 
 Disciplinas médicas e não médicas 
 História da E.F. – teórica e não médica 
 “É interessante ressaltar que um prestígio 
diferenciado era destinado às cadeiras, gozando 
de maior prestígio as cadeiras teóricas, 
destacadamente as médicas. Assim, a cadeira de 
'História e Organização da Educação Física e 
Desportos' ocupava um lugar e gozava de um 
prestígio intermediário, já que embora fosse 
teórica, era não-médica”.
A formação profissional 
 “Independente da flagrante dicotomização 
teoria-prática, as disciplinas tinham em 
comum o fato de serem orientadas 
diretamente para a formação de um 
profissional inicialmente considerado mais 
como um técnico do que como um 
professor.” 
 Formação técnica x formação 
humana/global – qual a importância da 
História da EF nesses dois aspectos?
A questão da aplicabilidade 
 “A partir desta compreensão, é possível inferir que o 
prestígio da cadeira de História reduzia-se, por ser 
considerada de uma utilidade prática menor. ” 
 “É provável que reflexos desta situação ainda sejam 
notáveis. Qual é a aplicabilidade da História da 
Educação Física e do Esporte? Aquele aluno que se 
interessar mais diretamente pela atuação escolar, vai 
procurar e encontrar em cadeiras ligadas à pedagogia 
indicadores para uma aplicação prática melhor. Aqueles 
que se interessarem pelo treinamento desportivo 
podem encontrar na Fisiologia, na Biomecânica, entre 
outras, caminhos para uma prática efetiva. Mas afinal, 
e a História? Qual sua contribuição para a prática? ”
A questão da aplicabilidade 
 “Isto é, se acharmos que a 
formação e a preparação 
profissional em nível superior tem o 
único intuito de dar fórmulas 
fechadas, soluções lineares, 
modelos de atuação a serem 
seguidos inquestionavelmente, a 
História tem realmente uma 
duvidável validade e relevância. ”
O problema da abordagem 
 Se pensarmos pelo lado da aplicabilidade, 
ou mesmo se a disciplina não tem uma 
boa abordagem, surgem algumas 
questões. 
 porque tenho que decorar tantas datas e 
nomes? 
 “eu não estou fazendo Educação Física 
para estudar história‘” 
 “eu nunca vou usar essas coisas quando 
estiver trabalhando”.
Relação Teoria e Prática 
 “A graduação deve dar condições, por 
meio de uma preparação teórica 
aprofundada, para que o aluno possa 
recriar constantemente sua atuação, a 
partir da compreensão da realidade que o 
cerca, dos valores em jogo, das 
especificidades da atuação e das 
possibilidades de que pode dispor para 
alcance de seus objetivos.” 
 Praxis
Contribuições da História 
 crítica do presente através do conhecimento 
histórico 
 História x futuro: “Se o estudo do passado guarda 
uma relação relativa com o presente, mais 
relativa ainda é sua relação com o futuro. O 
máximo que podemos fazer a partir do estudo 
histórico é levantar algumas tendências, 
apresentar algumas possibilidades” 
 Interdisciplinaridade (história x ciências sociais x 
educação física etc.) 
 “Não pode também ser descartada sua 
contribuição no conhecer e manter das tradições 
que se estabeleceram.”
Um caminho para a resposta 
 “Logo, a disciplina História da Educação 
Física e do Esporte mais do que 
apresentar fatos de forma 
descontextualizada ou desenvolver uma 
pseudo-crítica sobre esses fatos, deveria 
estar preocupada em oferecer ao aluno a 
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historicamente um problema, tendo como 
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Porque estudar História da Educação Física

  • 1. Porque devemos estudar História da Educação Física e do Esporte nos cursos de graduação? Texto de Victor Andrade de Melo
  • 2. Algumas questões  Afinal, em que o estudo da história estaria a contribuir na formação do futuro professor?  Haveria realmente espaço e necessidade de uma disciplina específica para estudos desta natureza?
  • 3. O estranhamento  O problema da afinidade da área de conhecimento. Educação Física e as Ciências Humanas/Sociais são antagônicas?  Argumentaria-se que aqueles que vêm cursar a graduação em Educação Física normalmente não se identificariam com disciplinas ligadas às ciências humanas/sociais, estando suas preferências voltadas às ciências exatas e/ou biológicas.
  • 4. Críticas a abordagens da História da EF e dos Esportes  Conteúdos Clássicos: “Apresenta-se uma série de nomes e fatos eleitos como relevantes, enquadrados no interior de períodos consagrados tradicionalmente e importados da História Geral (Grécia Antiga, Roma, Idade Média etc.), a partir de uma ausente, confusa ou não consciente compreensão historiográfica.”  História como “acessório” em trabalhos de graduação
  • 5. A história da disciplina  1º curso de graduação – 1939  Disciplinas teóricas e práticas  Disciplinas médicas e não médicas  História da E.F. – teórica e não médica  “É interessante ressaltar que um prestígio diferenciado era destinado às cadeiras, gozando de maior prestígio as cadeiras teóricas, destacadamente as médicas. Assim, a cadeira de 'História e Organização da Educação Física e Desportos' ocupava um lugar e gozava de um prestígio intermediário, já que embora fosse teórica, era não-médica”.
  • 6. A formação profissional  “Independente da flagrante dicotomização teoria-prática, as disciplinas tinham em comum o fato de serem orientadas diretamente para a formação de um profissional inicialmente considerado mais como um técnico do que como um professor.”  Formação técnica x formação humana/global – qual a importância da História da EF nesses dois aspectos?
  • 7. A questão da aplicabilidade  “A partir desta compreensão, é possível inferir que o prestígio da cadeira de História reduzia-se, por ser considerada de uma utilidade prática menor. ”  “É provável que reflexos desta situação ainda sejam notáveis. Qual é a aplicabilidade da História da Educação Física e do Esporte? Aquele aluno que se interessar mais diretamente pela atuação escolar, vai procurar e encontrar em cadeiras ligadas à pedagogia indicadores para uma aplicação prática melhor. Aqueles que se interessarem pelo treinamento desportivo podem encontrar na Fisiologia, na Biomecânica, entre outras, caminhos para uma prática efetiva. Mas afinal, e a História? Qual sua contribuição para a prática? ”
  • 8. A questão da aplicabilidade  “Isto é, se acharmos que a formação e a preparação profissional em nível superior tem o único intuito de dar fórmulas fechadas, soluções lineares, modelos de atuação a serem seguidos inquestionavelmente, a História tem realmente uma duvidável validade e relevância. ”
  • 9. O problema da abordagem  Se pensarmos pelo lado da aplicabilidade, ou mesmo se a disciplina não tem uma boa abordagem, surgem algumas questões.  porque tenho que decorar tantas datas e nomes?  “eu não estou fazendo Educação Física para estudar história‘”  “eu nunca vou usar essas coisas quando estiver trabalhando”.
  • 10. Relação Teoria e Prática  “A graduação deve dar condições, por meio de uma preparação teórica aprofundada, para que o aluno possa recriar constantemente sua atuação, a partir da compreensão da realidade que o cerca, dos valores em jogo, das especificidades da atuação e das possibilidades de que pode dispor para alcance de seus objetivos.”  Praxis
  • 11. Contribuições da História  crítica do presente através do conhecimento histórico  História x futuro: “Se o estudo do passado guarda uma relação relativa com o presente, mais relativa ainda é sua relação com o futuro. O máximo que podemos fazer a partir do estudo histórico é levantar algumas tendências, apresentar algumas possibilidades”  Interdisciplinaridade (história x ciências sociais x educação física etc.)  “Não pode também ser descartada sua contribuição no conhecer e manter das tradições que se estabeleceram.”
  • 12. Um caminho para a resposta  “Logo, a disciplina História da Educação Física e do Esporte mais do que apresentar fatos de forma descontextualizada ou desenvolver uma pseudo-crítica sobre esses fatos, deveria estar preocupada em oferecer ao aluno a possibilidade de aprender a compreender historicamente um problema, tendo como base as especificidades que ele irá encontrar em seu exercício profissional ”