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Pré-cinema
O aparecimento da LANATERNA
MÁGICA remonta ao século XII.
Apareceu descrita pela primeira vez na
obra do jesuíta alemão Athanasius
Kircher (Ars Magna Lucis et Umbrae, A
grande arte de luz e sombra) em 1671;
este, tanto podia estar descrevendo
um artefato já existente como
propondo uma inovação.
Henry R. Heyl da Filadélfia, patenteou a lanterna mágica em 1870.
É um instrumento que projeta imagens pintadas
em superfícies transparentes. Essas imagens são
estáticas, sendo a sua deslocação no interior do
projetor o único artifício de movimento projetado
numa tela.
Por muito tempo a imagem foi
vista como algo
transcendente. Esta
componente “mágica” da
imagem deu-lhe o aspecto de
espetáculo que se fixou com o
cinema.
A lanterna mágica baseia-se no
processo inverso da câmera escura. É composta por uma caixa cilíndrica iluminada
por uma chama (vela ou lâmpada a óleo), que projeta as imagens pintadas ou
desenhadas em uma lâmina de vidro.
FANTASMAGORIA
Termos de origem francesa
(fantasmagorie, a arte de
criação de ilusões de
óptica), que diz respeito ao
conjunto de imagens
bizarra que são entrevistas
como se se tratasse de um
sonho.
Uma série
envolvendo
de
mudanças
acontecimentos
drásticas de
intensidade de luzes e cores; e também
muitas vezes interpretado
estado
como um
abstrato onde o real e o
imaginário
fantásticas
se misturam.
de fantasmas e
Imagens
espíritos
caracterizam a atmosfera desse tipo de
espetáculo.
TAUMATROPO
Inventado por Willian Fitton em 1825. O aparelho era
um disco de papelão onde em um lado havia o
desenho de uma gaiola e no outro o de um
passarinho. Ao fazê-lo rodar sobre um fio esticado, as
duas imagens fundiam-se dando a impressão de que
o pássaro estava dentro da gaiola.
FENAQUISTOSCÓPIO aparelho foi inventado
em 1822, pelo físico belga Joseph Antoine
Plateau.
Consiste num disco preso pelo centro com um
arame ou uma agulha grossa de forma a
poder fazê-lo girar rapidamente. Nas
extremidades do disco, e entre as ranhuras,
eram desenhadas 16 figuras em posições
diferentes, mas sequenciais.
O observador só tinha que
segurar o disco em frente a um
espelho
voltadas
com as imagens
para este. Olhando
através das ranhuras e girando
o disco, as figuras adquirem
movimento, era então possível
obter uma sequência de
imagens animadas.
ZOOTROPO Inventado em 1834 por William
George Horner.
Trata-se de um cilindro oco tendo rasgadas nas
bordas superiores um certo número de fendas
regularmente uma das outras.
espaçadas
Qualquer
intervalos
desenho
situados
colocado no interior dos
entre as fendas é visível
através das fendas opostas.
Se esses desenhos reproduzem as fases
sucessivas de uma ação obtém-se, fazendo girar
o cilindro, o mesmo efeito de movimento que se
observa com o Fenaquistoscópio, não havendo
a necessidade de colar o olho ao aparelho, já
que quando gira parece transparente e várias
pessoas podem simultaneamente admirar o
fenômeno.
PRAXINOSCÓPIO Inventado pelo francês Émile
Reynaud (1877), este brinquedo óptico surgiu do
aperfeiçoamento do zootropo.
A diferença significativa é que no praxinoscópio, o
visionamento das “tiras animadas” não se faz
espreitando pelas ranhuras do aparelho mas sim
pela sua projeção num espelho circular colocado
no interior do “tambor”.
FUZIL FOTOGRÁFICO
também como
cronofotográfico.
Conhecido
fuzil
Foi
pelo
em 1878
francês
desenvolvido
fisiologista
Jules Marey.
Étienne-
tambor
forrado por
chapa fotográfica circular.
Era um
dentro com uma
Este
instrumento era capaz de produzir 12 frames consecutivos por segundo, sendo que
todos os frames ficavam registrados na mesma imagem.
Seus estudos se baseiam na experiência desenvolvida, em 1872, pelo inglês Edward
Muybridge, que decompõe o movimento do galope de um cavalo.
MAREORAMA Montado para a Exposição
Universal de Paris de 1900, recebeu 1500
espectadores. Projetava a ilusão de estar
em uma plataforma do navio de cruzeiro
Veneza,
simulava
no Mediterrâneo, a Riviera,
Nápoles, etc. A iluminação
mudanças do dia para noite.
O panorama mudava para simular as vistas
de viagem, dar a sensação de um percurso.
Sua estrutura agitava mecanicamente para
simular o movimento do navio. Tinha
várias estímulos: áudio, visual, som, cheiro,
sensação de brisa para criar uma
experiência multi-sensorial.
KAISERPANORAMA, inventado por August Fuhrmann (1844-1925). 1900 Comportava
até 25 clientes. Mostrar uma série estereoscópicas slides de lugares exóticos. A
exibição dura cerca de meia hora.
CINETOSCÓPIO é um instrumento de
interna de filmes inventado por William
Laurie Dickson, chefe engenheiro da
projeção
Kennedy
Edison
Laboratories de Thomas Edison, em 1891.
Possuía um visor individual através do qual se podia
assistir, mediante a inserção de uma moeda, à
exibição de uma pequena tira de filme em Looping,
na qual apareciam imagens em movimento de
números cômicos, animais amestrados e bailarinas.
Os filmes reproduzidos no cinetoscópio
(quinetoscópio) eram produzidos
CINETÓGRAFO (quinetógrafo),
pelo
outra
invenção patenteada por Thomas Edison.
Apesar destas invenções permanecerem no
nome de Edison, elas, na verdade, foram
produzidas por William K.L. Dickson e uma
equipe de técnicos encarregados por Edison,
de criarem máquinas que produzissem e
mostrassem fotografias em movimento
(motion picture). Em 1889, Edison decidiu
criar O CINETÓGRAFO, quando viu a câmera
de Étienne-Jules Marey, em Paris.
1.
Definição de planos
a construção de uma narrativa visual
17
DECUPAGEM
Decupar: é dividir o filme ou vídeo em planos.
DECUPAGEM
Decupagem ou Análise Técnica: Com o roteiro
pronto, começa o processo de levantamento das
necessidades cena a cena. É aqui que se decide,
baseado no custo e na opção estética, qual será o
meio usado para o projeto.
DECUPAGEM
Decupagem do material filmado: Depois de
terminada a filmagem, usando a ficha de
filmagem como guia, são escolhidos os takes que
serão utilizados na edição. E nada mais é que uma
lista dos takes utilizáveis, escritas no formato
plano/cena/take.
DECUPAGEM
Chama-se de PLANO cada tomada/fragmento de
cena, o registro repetido do mesmo plano
chamamos TAKE
Um conjunto de planos chama-se CENA, e um
conjunto de cenas chama-se SEQUÊNCIA.
DECUPAGEM
A CENA é a reunião dos planos que estão
diretamente relacionados com a mesma ação
principal e/ou com a mesma locação.
Normalmente, a cena está ligada ao cenário, pois
é comum uma determinada ação começar e
terminar na mesma locação. De qualquer forma, é
aconselhável relacionar a cena com uma ação
importante da sequência.
Os planos cinematográficos e para cinema e televisão são
classificados da seguinte maneira:
Super plano geral – SPG
Tem com principal função descrever o cenário.
Plano geral - PG
É um plano descritivo e serve, principalmente para mostrar a
posição dos personagens em cena.
Plano geral – PG OU Long shot –L.S
Mostra o personagem de corpo inteiro.
Super plano geral – SPG ou Extreme Long Shot - E.L.S
Plano que permite o maior ângulo de visão do estúdio. Para criar uma
sensação maior de espaço, a cabeça do personagem deve estar próximo
à parte superior da tela.
Plano conjunto - PC
Apresenta o personagem, ou grupo de pessoas no cenário,
e permite reconhecer a movimentação em cena.
Plano médio – PM
É aquele que enquadra o ator em toda sua altura, a ação tem
maior impacto na totalidade da imagem.
Plano médio – PM ou Medium shot – M.S
Mostra o ator da cintura para cima.
Plano conjunto – PC ou Medium Long shot – M.L.S
Corta o personagem na altura dos joelhos ou um pouco
abaixo.
Os planos cinematográficos e para cinema e televisão são
classificados da seguinte maneira:
Plano Americano – PA
O plano americano é aquele que enquadra o personagem
acima dos joelhos ou acima da cintura.
Primeiro plano – PP
O PP tem um caráter mais psicológico do que narrativo. É
mais fácil para o espectador perceber o estado emocional dos
atores e a direção dos olhares.
Primeiríssimo Plano – PPP ou Close-Up C.U
Mostra apenas a cabeça do ator. Por ser um plano de
bastante impacto visual, não deve ser utilizado com
frequência.
Primeiro plano – PP ou Medium Close-Up M.C.U
Corta o ator no busto. Muito utilizado durante diálogos ou
entrevistas.
Os planos cinematográficos e para cinema e televisão são
classificados da seguinte maneira:
Os planos cinematográficos e para cinema e televisão são
classificados da seguinte maneira:
Primeiríssimo Plano – PPP
A ação não é percebida e, desta forma, a atenção do
espectador é canalizada para o lado emocional,
transmitindo pela expressão facial do ator.
Plano detalhe – PD
O plano detalhe destaca um pormenor do rosto ou do corpo do ator o que
resulta em uma imagem de grande impacto visual e emocional.
Plano detalhe – PD ou Extreme Close-Up – E.C.U.
Mostra apenas uma parte do rosto. Bastante explorado em
vídeos publicitários.
1.
Processos criativos na
escrita do roteiro
34
Escrevendo
o roteiro
35
� Mesmo que essas etapas não sejam
obrigatórias a todos os roteiros (já que cada
roteirista tem seu processo criativo), é natural
que saibamos o que se passa em cada uma
delas.
� As etapas para a escrita de um roteiro
cinematográfico são:
� Logline
� Storyline/sinopse
� Argumento
� Escaleta
� Roteiro
Escrevendo
o roteiro
36
� A ideia ganhou forma, e você já sabe quem é
sua protagonista e o drama central da história.
Aqui você já tem o logline.
� O logline é o resumo de toda a história em
uma única frase.
� Ex 1.: "Se beber, não case"
■ Três padrinhos de casamento se perdem
do amigo noivo durante a despedida de
solteiro em Las Vegas e, sem memórias
da noite anterior, precisam refazer seus
passos a fim de encontrá-lo".
Escrevendo
o roteiro
37
� Já na storyline/sinopse, nos aprofundamos
um pouco nas descrições.
� Além de apresentar o conflito, a sinopse o
desenvolve e apresenta sua resolução.
� Importante: essa sinopse não é a sinopse de
venda.
Escrevendo
o roteiro
38
� É importante que ela contenha quatro
elementos (BARRETO, 2004):
� Temporalidade (quando? Em que época?)
� Localização (onde?)
� Percurso da ação (acontecimentos
interligados)
� Desfecho
� Ajuda a economizar tempo do roteirista.
� Analisemos a storyline a seguir:
Cinco homens de diferentes nacionalidades -
argelina, coreana, argentina, polonesa e
brasileira - encontram-se num centro para
estrangeiros, onde aguardam sua expulsão da
Espanha. Tornam-se amigos. Conseguem fugir e
separam-se. Os cinco iniciam caminhos
diferentes, que os levarão à miséria ou ao
desafogo econômico, à delinquência ou ao
prestígio social, que se cruzarão entre si, mas
que, finalmente, os levarão a esquecer a antiga
amizade".
39
Escrevendo
o roteiro
40
� Temos uma ampla rede de conflito, que nos
possibilita trabalhar diversas questões.
Entretanto, o final não está completamente
resolvido.
� Por sua vez, o argumento é ainda mais
aprofundado.
� Ele normalmente possui diversas páginas e é
a base fundadora do roteiro, contando com
ações e até mesmo indicações de falas
(desde que sejam essenciais).
Escrevendo
o roteiro
41
� No argumento a história é escrita de forma
corrida, sem divisão de cenas.
� Aqui devemos deixar claro, através de ações
e do desenrolar da trama, qual mensagem
queremos passar com a estória contada.
Escrevendo
o roteiro
42
� Por sua vez, a escaleta contém a estrutura do
roteiro que será desenvolvido.
� Na escaleta, devemos indicar as separações
de cena, situações e ações dos personagens.
� Enquanto no argumento a escrita se aproxima
um pouco da literatura, na escaleta devemos
transformar tudo em ação.
� Ela pode ser feita de diversas formas, e
possibilita que "brinquemos" com o roteiro,
como se montando um quebra-cabeças.
Escrevendo
o roteiro
43
� Enfim, chegamos ao roteiro! Ele deve conter
todos os elementos necessários para contar
sua história (áudio, vídeo, ações,
comportamentos e diálogos), e ser dividido
em cenas.
� Vejamos os elementos que compõem o
roteiro:
� Cabeçalho
� Transição
� Ação
� Diálogos
Escrevendo
o roteiro
44
� O cabeçalho antecede cada nova cena e
contém: número da cena, onde ela se passa e
quando ela se passa.
� Os números de cena são sequenciais, não
importa se é um flashback ou um flashfoward,
se o roteiro é linear ou não.
� O onde deve indicar o local da cena, e se ela
se passa na parte interna ou externa do
espaço.
Escrevendo
o roteiro
45
� O quando especifica o horário do dia
(aproximadamente), e nos ajuda na
linearidade da estória.
� Além disso, ajuda a equipe a entender a
iluminação necessária para a cena.
� Um exemplo de cabeçalho seria, então:
� CENA 10 - APTO. DE BRENDA -
INT/ENTARDECER
� A transição serve para identificar um corte
específico de uma cena para outra. Você
pode usar os termos: CORTA PARA, FUSÃO
PARA ou MATCH PARA, por exemplo.
Escrevendo
o roteiro
46
� Ela só é usada quando há necessidade de
identificar um corte específico entre duas
cenas.
� Ao falarmos em ação, estamos falando do
texto de descrição inserido nas cenas,
podendo ser de fato uma ação ou não.
� Ou seja, é o que o espectador verá na cena,
mesmo que nossa personagem esteja
parada.
� A cada vez que uma personagem aparece
pela primeira vez, seu nome deve vir em
letras MAIÚSCULAS.
Escrevendo
o roteiro
47
� Caso o local seja importante para o seu
projeto e esteja aparecendo pela primeira vez,
descreva-o. Isso irá ajudar sua equipe.
� Ao escrever o que está acontecendo em
cena, pense na melhor forma de transformar
e expressar o texto visualmente.
� As descrições de uso de câmera só devem
ser usadas se você também for dirigir o filme.
Escrevendo
o roteiro
48
� Vejamos um exemplo:
� CENA 1 - SALA DE ESTAR/APTO DE
BRENDA - INT/AMANHECER
Enquanto a luz do amanhecer entra pelas
janelas da sala de um apartamento, a
câmera em plano aberto mostra os detalhes
da casa, com plantas, poucos móveis e
alguns quadros na parede. BRENDA, uma
jovem de 30 anos, surge pelo corredor que
dá acesso aos quartos. Ela caminha
sonolenta e entra na cozinha, seguida pela
câmera.
.
Escrevendo
o roteiro
49
� Com relação aos diálogos, é importante saber
que eles não são enunciados. O nome da
personagem antecede sua fala, e assim
sabemos quem estará dando o texto.
� Caso tenha uma observação ou intenção de
como a fala deve ser dada, coloque a
informação entre parênteses, abaixo do nome
da personagem.
.
Exercício:
50
� Escrevam as sinopses e em seguida os
argumentos de seus auto-retratos.
Exercício:
51
� Em duplas, acessem o site do CELTX e criem
uma cena com um diálogo entre duas
melhores amigas. Elas estão falando sobre
seus planos para o sábado de Carnaval e
tentando chegar a um consenso, já que uma
delas quer ir ao Homem da Meia-Noite,
seguido do Cariri, e a outra quer ver os shows
do Recbeat.
� Esta é a primeira cena do seu filme ,um
curta-metragem que contará a estória
desse sábado de Carnaval ( a estória
começa na sexta pré). Sendo a primeira
cena, lembre-se de descrever bem as
personagens e o ambiente em que elas
estão.

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  • 1. Pré-cinema O aparecimento da LANATERNA MÁGICA remonta ao século XII. Apareceu descrita pela primeira vez na obra do jesuíta alemão Athanasius Kircher (Ars Magna Lucis et Umbrae, A grande arte de luz e sombra) em 1671; este, tanto podia estar descrevendo um artefato já existente como propondo uma inovação. Henry R. Heyl da Filadélfia, patenteou a lanterna mágica em 1870.
  • 2. É um instrumento que projeta imagens pintadas em superfícies transparentes. Essas imagens são estáticas, sendo a sua deslocação no interior do projetor o único artifício de movimento projetado numa tela.
  • 3. Por muito tempo a imagem foi vista como algo transcendente. Esta componente “mágica” da imagem deu-lhe o aspecto de espetáculo que se fixou com o cinema. A lanterna mágica baseia-se no processo inverso da câmera escura. É composta por uma caixa cilíndrica iluminada por uma chama (vela ou lâmpada a óleo), que projeta as imagens pintadas ou desenhadas em uma lâmina de vidro.
  • 4. FANTASMAGORIA Termos de origem francesa (fantasmagorie, a arte de criação de ilusões de óptica), que diz respeito ao conjunto de imagens bizarra que são entrevistas como se se tratasse de um sonho.
  • 5. Uma série envolvendo de mudanças acontecimentos drásticas de intensidade de luzes e cores; e também muitas vezes interpretado estado como um abstrato onde o real e o imaginário fantásticas se misturam. de fantasmas e Imagens espíritos caracterizam a atmosfera desse tipo de espetáculo.
  • 6. TAUMATROPO Inventado por Willian Fitton em 1825. O aparelho era um disco de papelão onde em um lado havia o desenho de uma gaiola e no outro o de um passarinho. Ao fazê-lo rodar sobre um fio esticado, as duas imagens fundiam-se dando a impressão de que o pássaro estava dentro da gaiola.
  • 7. FENAQUISTOSCÓPIO aparelho foi inventado em 1822, pelo físico belga Joseph Antoine Plateau. Consiste num disco preso pelo centro com um arame ou uma agulha grossa de forma a poder fazê-lo girar rapidamente. Nas extremidades do disco, e entre as ranhuras, eram desenhadas 16 figuras em posições diferentes, mas sequenciais.
  • 8. O observador só tinha que segurar o disco em frente a um espelho voltadas com as imagens para este. Olhando através das ranhuras e girando o disco, as figuras adquirem movimento, era então possível obter uma sequência de imagens animadas.
  • 9. ZOOTROPO Inventado em 1834 por William George Horner. Trata-se de um cilindro oco tendo rasgadas nas bordas superiores um certo número de fendas regularmente uma das outras. espaçadas Qualquer intervalos desenho situados colocado no interior dos entre as fendas é visível através das fendas opostas.
  • 10. Se esses desenhos reproduzem as fases sucessivas de uma ação obtém-se, fazendo girar o cilindro, o mesmo efeito de movimento que se observa com o Fenaquistoscópio, não havendo a necessidade de colar o olho ao aparelho, já que quando gira parece transparente e várias pessoas podem simultaneamente admirar o fenômeno.
  • 11. PRAXINOSCÓPIO Inventado pelo francês Émile Reynaud (1877), este brinquedo óptico surgiu do aperfeiçoamento do zootropo. A diferença significativa é que no praxinoscópio, o visionamento das “tiras animadas” não se faz espreitando pelas ranhuras do aparelho mas sim pela sua projeção num espelho circular colocado no interior do “tambor”.
  • 12. FUZIL FOTOGRÁFICO também como cronofotográfico. Conhecido fuzil Foi pelo em 1878 francês desenvolvido fisiologista Jules Marey. Étienne- tambor forrado por chapa fotográfica circular. Era um dentro com uma Este instrumento era capaz de produzir 12 frames consecutivos por segundo, sendo que todos os frames ficavam registrados na mesma imagem. Seus estudos se baseiam na experiência desenvolvida, em 1872, pelo inglês Edward Muybridge, que decompõe o movimento do galope de um cavalo.
  • 13. MAREORAMA Montado para a Exposição Universal de Paris de 1900, recebeu 1500 espectadores. Projetava a ilusão de estar em uma plataforma do navio de cruzeiro Veneza, simulava no Mediterrâneo, a Riviera, Nápoles, etc. A iluminação mudanças do dia para noite. O panorama mudava para simular as vistas de viagem, dar a sensação de um percurso. Sua estrutura agitava mecanicamente para simular o movimento do navio. Tinha várias estímulos: áudio, visual, som, cheiro, sensação de brisa para criar uma experiência multi-sensorial.
  • 14. KAISERPANORAMA, inventado por August Fuhrmann (1844-1925). 1900 Comportava até 25 clientes. Mostrar uma série estereoscópicas slides de lugares exóticos. A exibição dura cerca de meia hora.
  • 15. CINETOSCÓPIO é um instrumento de interna de filmes inventado por William Laurie Dickson, chefe engenheiro da projeção Kennedy Edison Laboratories de Thomas Edison, em 1891. Possuía um visor individual através do qual se podia assistir, mediante a inserção de uma moeda, à exibição de uma pequena tira de filme em Looping, na qual apareciam imagens em movimento de números cômicos, animais amestrados e bailarinas.
  • 16. Os filmes reproduzidos no cinetoscópio (quinetoscópio) eram produzidos CINETÓGRAFO (quinetógrafo), pelo outra invenção patenteada por Thomas Edison. Apesar destas invenções permanecerem no nome de Edison, elas, na verdade, foram produzidas por William K.L. Dickson e uma equipe de técnicos encarregados por Edison, de criarem máquinas que produzissem e mostrassem fotografias em movimento (motion picture). Em 1889, Edison decidiu criar O CINETÓGRAFO, quando viu a câmera de Étienne-Jules Marey, em Paris.
  • 17. 1. Definição de planos a construção de uma narrativa visual 17
  • 18. DECUPAGEM Decupar: é dividir o filme ou vídeo em planos.
  • 19. DECUPAGEM Decupagem ou Análise Técnica: Com o roteiro pronto, começa o processo de levantamento das necessidades cena a cena. É aqui que se decide, baseado no custo e na opção estética, qual será o meio usado para o projeto.
  • 20. DECUPAGEM Decupagem do material filmado: Depois de terminada a filmagem, usando a ficha de filmagem como guia, são escolhidos os takes que serão utilizados na edição. E nada mais é que uma lista dos takes utilizáveis, escritas no formato plano/cena/take.
  • 21. DECUPAGEM Chama-se de PLANO cada tomada/fragmento de cena, o registro repetido do mesmo plano chamamos TAKE Um conjunto de planos chama-se CENA, e um conjunto de cenas chama-se SEQUÊNCIA.
  • 22. DECUPAGEM A CENA é a reunião dos planos que estão diretamente relacionados com a mesma ação principal e/ou com a mesma locação. Normalmente, a cena está ligada ao cenário, pois é comum uma determinada ação começar e terminar na mesma locação. De qualquer forma, é aconselhável relacionar a cena com uma ação importante da sequência.
  • 23. Os planos cinematográficos e para cinema e televisão são classificados da seguinte maneira: Super plano geral – SPG Tem com principal função descrever o cenário. Plano geral - PG É um plano descritivo e serve, principalmente para mostrar a posição dos personagens em cena. Plano geral – PG OU Long shot –L.S Mostra o personagem de corpo inteiro. Super plano geral – SPG ou Extreme Long Shot - E.L.S Plano que permite o maior ângulo de visão do estúdio. Para criar uma sensação maior de espaço, a cabeça do personagem deve estar próximo à parte superior da tela.
  • 24. Plano conjunto - PC Apresenta o personagem, ou grupo de pessoas no cenário, e permite reconhecer a movimentação em cena. Plano médio – PM É aquele que enquadra o ator em toda sua altura, a ação tem maior impacto na totalidade da imagem. Plano médio – PM ou Medium shot – M.S Mostra o ator da cintura para cima. Plano conjunto – PC ou Medium Long shot – M.L.S Corta o personagem na altura dos joelhos ou um pouco abaixo. Os planos cinematográficos e para cinema e televisão são classificados da seguinte maneira:
  • 25. Plano Americano – PA O plano americano é aquele que enquadra o personagem acima dos joelhos ou acima da cintura. Primeiro plano – PP O PP tem um caráter mais psicológico do que narrativo. É mais fácil para o espectador perceber o estado emocional dos atores e a direção dos olhares. Primeiríssimo Plano – PPP ou Close-Up C.U Mostra apenas a cabeça do ator. Por ser um plano de bastante impacto visual, não deve ser utilizado com frequência. Primeiro plano – PP ou Medium Close-Up M.C.U Corta o ator no busto. Muito utilizado durante diálogos ou entrevistas. Os planos cinematográficos e para cinema e televisão são classificados da seguinte maneira:
  • 26. Os planos cinematográficos e para cinema e televisão são classificados da seguinte maneira: Primeiríssimo Plano – PPP A ação não é percebida e, desta forma, a atenção do espectador é canalizada para o lado emocional, transmitindo pela expressão facial do ator. Plano detalhe – PD O plano detalhe destaca um pormenor do rosto ou do corpo do ator o que resulta em uma imagem de grande impacto visual e emocional. Plano detalhe – PD ou Extreme Close-Up – E.C.U. Mostra apenas uma parte do rosto. Bastante explorado em vídeos publicitários.
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  • 35. Escrevendo o roteiro 35 � Mesmo que essas etapas não sejam obrigatórias a todos os roteiros (já que cada roteirista tem seu processo criativo), é natural que saibamos o que se passa em cada uma delas. � As etapas para a escrita de um roteiro cinematográfico são: � Logline � Storyline/sinopse � Argumento � Escaleta � Roteiro
  • 36. Escrevendo o roteiro 36 � A ideia ganhou forma, e você já sabe quem é sua protagonista e o drama central da história. Aqui você já tem o logline. � O logline é o resumo de toda a história em uma única frase. � Ex 1.: "Se beber, não case" ■ Três padrinhos de casamento se perdem do amigo noivo durante a despedida de solteiro em Las Vegas e, sem memórias da noite anterior, precisam refazer seus passos a fim de encontrá-lo".
  • 37. Escrevendo o roteiro 37 � Já na storyline/sinopse, nos aprofundamos um pouco nas descrições. � Além de apresentar o conflito, a sinopse o desenvolve e apresenta sua resolução. � Importante: essa sinopse não é a sinopse de venda.
  • 38. Escrevendo o roteiro 38 � É importante que ela contenha quatro elementos (BARRETO, 2004): � Temporalidade (quando? Em que época?) � Localização (onde?) � Percurso da ação (acontecimentos interligados) � Desfecho � Ajuda a economizar tempo do roteirista. � Analisemos a storyline a seguir:
  • 39. Cinco homens de diferentes nacionalidades - argelina, coreana, argentina, polonesa e brasileira - encontram-se num centro para estrangeiros, onde aguardam sua expulsão da Espanha. Tornam-se amigos. Conseguem fugir e separam-se. Os cinco iniciam caminhos diferentes, que os levarão à miséria ou ao desafogo econômico, à delinquência ou ao prestígio social, que se cruzarão entre si, mas que, finalmente, os levarão a esquecer a antiga amizade". 39
  • 40. Escrevendo o roteiro 40 � Temos uma ampla rede de conflito, que nos possibilita trabalhar diversas questões. Entretanto, o final não está completamente resolvido. � Por sua vez, o argumento é ainda mais aprofundado. � Ele normalmente possui diversas páginas e é a base fundadora do roteiro, contando com ações e até mesmo indicações de falas (desde que sejam essenciais).
  • 41. Escrevendo o roteiro 41 � No argumento a história é escrita de forma corrida, sem divisão de cenas. � Aqui devemos deixar claro, através de ações e do desenrolar da trama, qual mensagem queremos passar com a estória contada.
  • 42. Escrevendo o roteiro 42 � Por sua vez, a escaleta contém a estrutura do roteiro que será desenvolvido. � Na escaleta, devemos indicar as separações de cena, situações e ações dos personagens. � Enquanto no argumento a escrita se aproxima um pouco da literatura, na escaleta devemos transformar tudo em ação. � Ela pode ser feita de diversas formas, e possibilita que "brinquemos" com o roteiro, como se montando um quebra-cabeças.
  • 43. Escrevendo o roteiro 43 � Enfim, chegamos ao roteiro! Ele deve conter todos os elementos necessários para contar sua história (áudio, vídeo, ações, comportamentos e diálogos), e ser dividido em cenas. � Vejamos os elementos que compõem o roteiro: � Cabeçalho � Transição � Ação � Diálogos
  • 44. Escrevendo o roteiro 44 � O cabeçalho antecede cada nova cena e contém: número da cena, onde ela se passa e quando ela se passa. � Os números de cena são sequenciais, não importa se é um flashback ou um flashfoward, se o roteiro é linear ou não. � O onde deve indicar o local da cena, e se ela se passa na parte interna ou externa do espaço.
  • 45. Escrevendo o roteiro 45 � O quando especifica o horário do dia (aproximadamente), e nos ajuda na linearidade da estória. � Além disso, ajuda a equipe a entender a iluminação necessária para a cena. � Um exemplo de cabeçalho seria, então: � CENA 10 - APTO. DE BRENDA - INT/ENTARDECER � A transição serve para identificar um corte específico de uma cena para outra. Você pode usar os termos: CORTA PARA, FUSÃO PARA ou MATCH PARA, por exemplo.
  • 46. Escrevendo o roteiro 46 � Ela só é usada quando há necessidade de identificar um corte específico entre duas cenas. � Ao falarmos em ação, estamos falando do texto de descrição inserido nas cenas, podendo ser de fato uma ação ou não. � Ou seja, é o que o espectador verá na cena, mesmo que nossa personagem esteja parada. � A cada vez que uma personagem aparece pela primeira vez, seu nome deve vir em letras MAIÚSCULAS.
  • 47. Escrevendo o roteiro 47 � Caso o local seja importante para o seu projeto e esteja aparecendo pela primeira vez, descreva-o. Isso irá ajudar sua equipe. � Ao escrever o que está acontecendo em cena, pense na melhor forma de transformar e expressar o texto visualmente. � As descrições de uso de câmera só devem ser usadas se você também for dirigir o filme.
  • 48. Escrevendo o roteiro 48 � Vejamos um exemplo: � CENA 1 - SALA DE ESTAR/APTO DE BRENDA - INT/AMANHECER Enquanto a luz do amanhecer entra pelas janelas da sala de um apartamento, a câmera em plano aberto mostra os detalhes da casa, com plantas, poucos móveis e alguns quadros na parede. BRENDA, uma jovem de 30 anos, surge pelo corredor que dá acesso aos quartos. Ela caminha sonolenta e entra na cozinha, seguida pela câmera. .
  • 49. Escrevendo o roteiro 49 � Com relação aos diálogos, é importante saber que eles não são enunciados. O nome da personagem antecede sua fala, e assim sabemos quem estará dando o texto. � Caso tenha uma observação ou intenção de como a fala deve ser dada, coloque a informação entre parênteses, abaixo do nome da personagem. .
  • 50. Exercício: 50 � Escrevam as sinopses e em seguida os argumentos de seus auto-retratos.
  • 51. Exercício: 51 � Em duplas, acessem o site do CELTX e criem uma cena com um diálogo entre duas melhores amigas. Elas estão falando sobre seus planos para o sábado de Carnaval e tentando chegar a um consenso, já que uma delas quer ir ao Homem da Meia-Noite, seguido do Cariri, e a outra quer ver os shows do Recbeat. � Esta é a primeira cena do seu filme ,um curta-metragem que contará a estória desse sábado de Carnaval ( a estória começa na sexta pré). Sendo a primeira cena, lembre-se de descrever bem as personagens e o ambiente em que elas estão.