O documento discute a norma ISO 15926 para interoperabilidade de informações de engenharia. A norma visa padronizar a informação ao longo do ciclo de vida de projetos industriais, ao invés de apenas integrar softwares. Isso permite reutilização da informação e redução de custos. Grandes empresas internacionais já adotam a norma, mas sua adoção no Brasil ainda é limitada.
ISO 15926 - Interoperabilidade da Informação de Engenharia
1. ISO 15926
Norma ISO 15926
Posicionamento Estratégico na Interoperabilidade da Informação de
Engenharia ao longo do Ciclo de um Empreendimento de Plantas
Industriais e de Processos
Visão Global x Mercado Brasileiro
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2. Objetivo deste trabalho:
Despertar a atenção da
Comunidade de Engenharia Nacional
para o movimento internacional em relação a aplicação prática da
ISO 15926
– norma para interoperabilidade de Informação de Engenharia –
por parte dos principais Owner-Operators e EPCistas no cenário internacional,
priorizando a Informação de Engenharia e não Softwares de Engenharia.
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3. Nos anos 90...
a revolução digital na Engenharia
3
A revolução digital na Engenharia nos anos 90 propiciou uma rápida e crescente aplicação de vários
sistemas e softwares para as mais variadas necessidades de cada Disciplina de Engenharia e
também para as distintas fases do ciclo de vida de um novo Projeto ou Empreendimento, criando o
seguinte cenário:
Ganhos quantitativos e qualitativos olhando exclusivamente para aquela necessidade específica
Gerou uma nova demanda de capacitação de profissionais além dos conhecimentos técnicos
Demandas de Infraestrutura e Procedimentos de TI para atender estas novas aplicações
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Exigência por parte dos Owner-Operators da utilização de determinadas ferramentas
Novas expectativas em relação a produtividade e redução de custos
4. Modelos 3D Inteligentes Integrados e
Benefícios
4
Nas empresas :
Software A Software X
Software B Software Y
Software C Software Z
Na busca dos ganhos de produtividade e melhorias qualitativas, as Empresas começaram a :
Investir na Integração dos Sistemas CAD/CAE/GED/Plant Design : tanto os OO´s com as EPC´s
Iniciava a padronização dos Sistemas pelos OO´s em seus Projetos/Empreendimentos
Os benefícios começaram a surgir com a verificação de algumas inconsistências de Projeto e antever
problemas na fase de Construção e Montagem
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Com os ganhos iniciais, intensificou este processo ao longo dos anos
5. Pontualmente : Produtividade por Disciplina
de Engenharia x Investimento
5
$
Produtividade
Investimento
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t
6. Mas olhando a complexidade de todo o “ecosistema”
do fluxo de Informação de Engenharia...
6
Software A Software X
Software B Software Y
Software C Software Z
Consórcio
Software D Software P Software G Software S
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Software E Software Q Software H Software T
Software F Software R Software I Software Z
7. ...e o Processo da Padronização de Softwares dos OO´s e
não na padronização da Informação de Engenharia ...
7
Software A Software X
Software B Software Y
Software C Software Z
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8. A integração momentânea por definição de Softwares e não
na padronização da Informação de Engenharia
8
O Problema • Esta integração é momentânea :
• Sistemas sofrem atualização
• As Empresas se reestruturam
• As demandas internas fazem adotar novos
sistemas
• Os OO´s acabam cobrando padronização
de Softwares e não o que é mais valioso, a
Informação de Engenharia
• Priorizando Softwares, os custos de
manter a integração acabam sendo elevados
• a Informação de Engenharia não é 100%
reutilizável ao longo do ciclo de vida de um
novo projeto/Empreendimento
• Projetos cada vez mais globalizados com o
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uso da Internet , ampliam o grau de
complexidade da Integração de Softwares
9. Holisticamente :
Produtividade por Empreendimento x Investimento
( foco na Automação de Engenharia )
9
Investimento para manter e melhorar a
Integração de Sistemas no Ciclo de Vida
$ de Projeto/ Empreendimento
Produtividade
Investimento
pontual na
disciplina
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t
10. NIST – Nationtal Institute of Standards and Technology –
Estudo sobre falta de Interoperabilidade entre sistemas de Engenharia
10
U.S. Department of Commerce
Technology Administration
National Institute of Standards and Technology
Estima-se que por falta de Interoperabilidade
adequada , somente nos EUA , se perde por
volta de US$ 15.8b por ano
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Fonte : http://www.bfrl.nist.gov/oae/publications/gcrs/04867.pdf
11. A Solução – uma Norma ISO para Interoperabilidade de Sistemas de
Engenharia e sua Integração ao longo de todo o ciclo de uma planta
industrial ou de processo : A ISO 15926
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http://www.iso.org/iso/iso_catalogue/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=29556
12. O Conceito Básico da ISO 15926
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A Norma ISO foi composta inicialmente de 7 partes
1 – Definições Gerais e a proposta de
interoperabilizar a Informação de Engenharia
ao longo de todo o ciclo de vida de uma Planta
Industrial
2 – Data Model – organização e significado
da Informação
3 – Estrutura da Informação de dados 2D/3D (
Ontologia Geomética e Topologia )
4 – RDL ( Reference Data Library ) – definição
dos termos usados para rotular ou identificar a
Informação
5 – Para Manutenção – sendo substituída
posteriormente pela ISO Maintenance Agency
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6 – Metodologia para o desenvolvimento e
validação dos dados de referência
7 – Métodos de Implementação para
Integração de Sistemas Distribuídos ( Façades )
13. Posteriores Implementações a Norma ISO 15926
13
Parte 8 – RDF/OWL : Especificação de Implementação da Parte 07 usando RDF*/OWL**
que são padrões W3C***
Part 9 – Façades : tecnologia de implementação que permite criar a camada de
interoperabilidade entre os sistemas usado a Norma ISO 15926
Nota * : RDF ( Resource Description Framework ) foi originalmente desenhado para ser um modelo de
metadados. Tem sido usado como um método genérico para a descrição conceitual ou modelamento de
informação que está implementado nos recursos de web usando uma variedade de formatos de sintaxe
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Nota **: OWL (Web Ontology Language ) foi desenhado para ser usado por aplicações que necessitem
processar o conteúdo da informação ao invés de apenas apresentar informações para as pessoas.
Nota *** : W3C ( World Wide Web Consortium ) : consórcio internacional para definição dos padrões WEB
14. Na Prática
14
Façade A
Façade B
ISO
15926
Banco Banco
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de de
Dados Dados
15. Mas olhando a complexidade de todo o “ecosistema”
do fluxo de Informação de Engenharia...
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Software A Software X
ISO
Software B Software Y
15926
Software C Software Z
ISO
15926
Software D Software P Software G Software S
ISO ISO
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Software E Software Q Software H Software T
15926 15926
Software F Software R Software I Software Z
16. Integração x Interoperabilidade
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Software A Software X
Software B Software Y Integração
Software C Software Z
Software A Software X
Interoperabilidade ISO
Software B Software Y
15926
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Software C Software Z
18. Por que estas empresas estão
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trabalhando em conjunto na Fiatech ?
Valorizar o Conhecimento e Informação de Engenharia ao longo do ciclo de
vida de um Projeto/Empreendimento e não mais em integração de Softwares
ponto-a-ponto ( peer-to-peer )
Reduzir os custos por falta adequada de Interoperabilidade entre sistemas (
levantado no relatório da NIST )
O tempo que era antes gasto em manter ou reconectar sistemas será investido
para melhorar a Interoperabilidade entre Sistemas e apoiar os Planos
Estratégicos das Empresas – já que o foco volta a ser Metodologia e Processos
Cada Empresa, seja OO ou EPCista, poderá definir para cada necessidade
específica uma determinada ferramenta de Engenharia e não ficar
dependente de um único sistema de Engenharia
Redução do TCO – Total Cost of Ownership
Modelo aderente ao mundo globalizado e com investimentos focados na
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melhoria dos processos de Engenharia
19. Um processo de colaboração em massa como outros
exemplos que estamos vendo em outros mercados...
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20. Com o apoio de seus membros , de forma prática
a FIATECH já liberou ISO 15926 WIP
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O WIP é a base de dados
global que contém a
Biblioteca de Classe
aprovada como proposto no
novo RDL – Reference Data
Library.
O WIP (Work In Progress)
está acessível gratuitamente
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no link http://wip.15926.org.
21. Com o apoio de seus membros , a
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FIATECH também já liberou o iRING
O iRING é a implentação da ISO 15926 – estrutura open source - no ambiente da Internet,
tendo as seguintes capacidades :
• O uso da ISO 15926 no modelamento de informações de negócios
• Ajuste, configuração e utilização de ferramentas disponíveis para mapear sistemas
legados para o ambiente da ISO 15926
• Demonstrar de vários cenários de troca de dados entre várias empresas usando a ISO
15926 na Internet
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Fonte : http://iring.ids-adi.org/repository/org/ids-adi/camelot/index.html
22. No Primeiro teste do iRING
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PlantSpace
SmartPlant Bentley NRX
Material
Excel
OpenPlant RDS/WIP
Class Editor System
Brisbane Hatch iRING P&ID
Pune
Web Valve, Line, In-
Service line Instrument, Emerson
and Vessel SmartPlant
Foundation
OpenPlant
PowerPID
ISO 15926
Information
Intergraph Huntsville
Bechtel Model
iRING
Web
Houston
Service
Internet
Frederick Dow
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RDS/WIP
SmartPlant
C3D
P&ID
Oslo
DuPont
Email Wilmington
TCS
Athens CCC RDS/WIP
Editor
OpenPlant
PowerPID
23. ISO 15926:
Para a Tecnologia da Informação SOA no Ambiente Corporativo
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Service Oriented Architecture (SOA)
Uma das principais utilização da ISO 15926 é poder ser considerado uma solução de
Arquitetura Orientado a Serviço ( SOA - Service Oriented Architecture ).
A primeira e maior vantagem da ISO 15926 como uma implementação corporativa SOA é
que é um padrão estabelecido pela ISO – International Organization for Standardization .
Nenhum provedor de tecnologia poderá concorrer, e produtos podem ser interoperáveis sem
infringir direitos legais ou questionamentos de propriedade intelectual. Também, por ser uma
norma, demandará dos provedores de tecnologia que ofereçam soluções compatíveis com a
ISO 15926 menores quantidades de serviços de implementação para a integração com outros
sistemas existentes.
Novamente, impactando na redução do TCO ( Total Cost of Ownership ).
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24. Alguns Exemplos de Uso da ISO15926 pelas Empresas Internacionais
(OO´s e EPC´s) que a estão usando na viabilização de seus Planos
Estratégicos
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•Petronas : https://www.posccaesar.org/svn/pub/SemanticDays/2008/WanHassanWanMamat-SD2008PETRONASISO15926.pdf
•Conselho Norueguês de Pesquisa – Oil&Gas : http://posccaesar.vestforsk.no/intra/Portals/0/reports/PDTE.pdf
•TietoEnator : www.energistics.org/images/posc/.../may06IntOpssig_reporting.ppt
•Posc Caesar Association Users cases : https://www.posccaesar.org/svn/pub/PCA/MemberMeeting/200902/4-PCA_Nils_Sandsmark.pdf
•DNV : http://www.european-pedc.eu/Presentations/Valen%20Sendstad%20Magne.pdf
•SHELL : http://www.matthew-west.org.uk/documents/DevelopingShell'sDownstreamDataModel.pdf
•BECHTEL : https://www.posccaesar.org/svn/pub/SemanticDays/2008/RobinBenjaminsSemanticDays-BechtelDeploymentofISO15926.pdf
•BECHTEL : www.pelc.nl/html/program/workshops/theme4/bechtel.ppt
•CHEVRON : http://www.w3.org/2001/sw/sweo/public/UseCases/Chevron/Chevron.pdf
•FLUOR : http://www.european-pedc.eu/Presentations/Paap%20Onno.pdf
•HATCH : http://www.aminera.cl/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=16880
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26. E no Brasil...
26
A Comunidade de Engenharia Nacional ainda está sendo regida por uma padronização de Softwares e não
por uma análise sistêmica mais abrangente que adota normas já existentes para a Interoperabilidade de
Informação de Engenharia, como a ISO 15926.
No ambiente globalizado de Projetos, a Engenharia Nacional pode perder a competitividade frente a
Empresas que estão adotando a ISO 15926 como uma das suas principais ferramentas de Interoperabilidade
, viabilizando seus Planos Estratégicos de Atuação Global e de forma mais efetiva e perene.
Na revista Petro&Quimica – Edição 312/2009 – no artigo de capa sobre Produtividade da Engenharia,
comenta-se um estudo realizado pelo IPA ( Indepedent Project Analysis ) sobre o benchmarking internacional
sobre Construção Industrial mostra números desfavoráveis a Engenharia Nacional .
“ O último levantamento do IPA mostra que a performance brasileira está abaixo dos números internacionais – a execução de um projeto de
EPC, na média internacional, se estende por mais 10% dos prazos, mas no Brasil acaba se alongando por 40%. O prazo de construção, que na
média é ampliado em 1%, no Brasil chega a se estender 30% – e o que seria construído em 20 meses consome mais seis meses de trabalho.
Ocorrência grave num setor em que os concorrentes não estão estabelecidos na mesma rua, mas espalhados pelo mundo..”
fonte : http://www.editoravalete.com.br/site_petroquimica/edicoes/ed_312/312.html
O contato da Comunidade de Engenharia Nacional com a FIATECH pode acelerar o processo do uso da ISO
15926. Este movimento deve ser realizado tanto pelos Owner-Operators como as EPCistas que serão os
maiores beneficiados com esta aproximação, quebrando barreiras tecnológicas que limitam a competitividade
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e agilidade da Engenharia Nacional.
Este movimento de aproximação com a FIATECH poderá aumentar o grau de competitividade da Engenharia
Nacional no mercado globalizado, já que é reconhecido o seu padrão de Qualidade.
27. Ao longo dos anos temos tido alguns avanços em outras áreas ....
Agora, a Informação de Engenharia pode estar dando o seu
passo...
27
YOGUI, Ricardo
28. Sobre o Autor:
Engenheiro Mecânico formado pela FEI – Faculdade de Engenharia Industrial (SBC/SP), pós-graduação em Marketing na
ESPM/SP e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ). Atualmente Mestrando em Administração no
IBMEC/RJ.
Em meados dos anos 80, foi um dos primeiros membros do Grupo de Trabalho sobre CAD/CAE/CAM na SOBRACON – Sociedade
Brasileira de Automação de Engenharia Industrial e de Processos. No final dos anos 80, ingressa ao Grupo Ultra em sua Unidade de
Engenharia - ULTRATEC – fazendo parte do grupo de Plant Design e CAD/CAE que elaborou um dos primeiros projetos em
maquetes eletrônicas inteligentes no ambiente VAX/VMS e RISC/UNIX no Brasil. No início dos anos 90, foi membro da comissão
da ABNT para o estudo da Norma IGES e STEP - para troca de dados entre diferentes sistemas de Engenharia.
Foi Coordenador de Projetos e CAD/CAM no Grupo Metagal, Gerente de Operações da divisão de Computação Gráfica da 5G
Informática e Gerente de Novos Negócios da FLAG Tecnologia, empresa que disponibilizava as tecnologias de Laser Scanning,
Rapid Prototyping e Modelos 3D Virtuais para o desenvolvimento de produtos de várias empresas em diferentes segmentos da
Indústria Nacional. Em meados dos anos 90, membro do Comitê de Estudo do ABIMAQ/SINDIMAQ para desenvolvimento do
Polo Tecnológico Nacional para Indústria do Plástico devido ao processo de abertura de mercado e inicio do processo de
Globalização deste segmento.
Foi Diretor de Mercado AECO ( Argentina, Brasil e Chile ) da Bentley Systems Incorporated – uma das principais empresas
provedoras globais de tecnologia para PLM – Plant Lifecycle Management - para este segmento.
De 2002 a 2009 tem participado anualmente de vários eventos internacionais sobre o posicionamento estratégico da Automação de
YOGUI, Ricardo
Engenharia nos Planos Estratégicos de Owner-Operators & EPCistas , e nos últimos 4 anos tem apoiado ativamente a iniciativa da
FIATECH – Consórcio Internacional formado por Owner-Operators, EPCistas e Provedores de Tecnologia - para promover e a
implementar a norma ISO 15926 para a Interoperabilidade entre diferentes sistemas de Engenharia na área de Plantas Industriais e
de Processos. YOGUI,Ricardo
e-mail: yogui@ryo-consulting.com
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