2. IMAGINE como é desafiador para uma pessoa ter de assumir
sua homossexualidade ou transsexualidade, em meio a
múltiplos preconceitos e violências que possam surgir ao seu
psicológico e ao seu corpo? Agora, imagine a reação de seus
familiares ao descobrirem que um dos membros de sua família
possui um gênero ou uma orientação sexual diferente? Pode
ser chocante, não é? O medo em ser excluído ou rejeitado é
angustiante. O anseio em entender se o amor familiar que lhe
foi concedido durante anos precisará ser apagado da
memória afetiva, paralisa qualquer pessoa.
Sabemos o que padrão social é heterogêneo e sua
representação está por toda a parte, mas, a verdade é que,
ser feliz é o que te torna livre e ser diferente é o que te faz
especial. Mesmo assim, nos deparamos com a manutenção
velada deste padrão, que resulta em discursos homofóbicos ou
transfóbicos e frases como estas: “meninos não brincam de
boneca”, “rosa é cor de menina”, e “isso é coisa de viado”, são
completamente comuns.
3. Realmente, talvez a maior parte da sociedade não esteja
preparada para lidar com a quebra de um padrão. O
interesse que nós apresentamos por outras pessoas é natural
e, sentir-se atraído pelo mesmo sexo, faz parte dessa
natureza. A nossa população de pessoas gays, lésbicas,
bissexuais, travestis e transexuais, não precisa da aceitação
social, mas sim, do seu respeito. É cansativo ter a sua
existência questionada e precisar defendê-la, muitas vezes,
até sua voz se perder diante da ignorância coletiva.
Viver em baixo da bandeira do arco-íris, significa não
abaixar a cabeça ou se abalar diante das adversidades e da
falsa moralidade. Somos corpos particulares, porém
múltiplos; pertencemos a nós mesmos e aos nossos desejos.
Nossa identidade é expressada através de olhares,
movimentos ou transformações e, com isso, usufruímos da
liberdade presente em nossa alma. Mas nós temos um sonho
que consiste em promover a paz, a união e a amizade, nessa
constante jornada por respeito.
4. Para acolher a população LGBTQ+ em situação de
vulnerabilidade, vítima de violência física ou psicológica e
que apresente sinais de exclusão social, é indispensável
que, aos poucos, a sua dignidade seja reestruturada,
assim como sua autoestima e esperança; ao mesmo
tempo é extremamente necessário zelar pelo seu suporte
e melhora psicoemocional. Apoiar a pluralidade de
homens ou mulheres héteros, gays, lésbicas, bissexuais ou
transexuais, te torna mais tolerante e empático com as
pessoas ao seu redor.
A convivência com diversos tipos de pessoas e suas
diferenças, mesmo que elas não façam parte ativamente
de sua vida, é recompensador. O ambiente social precisa
ser preenchido por todas as diferentes vozes presentes na
sociedade e que ecoam aos quatro cantos do mundo.
5. Apoiar o amparo da causa e ter a oportunidade de
transformar a vida da população LGBTQ+, de uma
maneira simples e acolhedora, é libertador à nossa alma.
Aos poucos, recolhemos calmamente pedaços de
corações fragilizados e transformamos o caos que convive
dentro dessas pessoas, em portais que propagam
confiança, benevolência e perseverança. Porque percorrer
unidos todo esse caminho, é muito melhor do que andar
sozinho.
Abraçar a população LGBTQ+ é um ato de carinho,
solidariedade e, sobretudo, amor ao próximo. Esperamos
que a sociedade e do mundo se transformem em
ambientes mais acolhedores, seguros e sem padrões, mas,
enquanto nós precisarmos nos apoiar e lutar juntos, vamos
segurar a sua mão.
6. E n q u a n t o n ó s t i v e r m o s v o z p a r a g r i t a r , c o n t i n u a r e m o s l u t a n d o !