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Teoria de
Enfermagem
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Dorothea Orem👉
Dorothea Orem
2
"A enfermagem diferencia-se
dos outros Serviços
Humanos pela forma como
ela focaliza os seres
humanos”
Introdução
Dorothea Orem desenvolveu sua teoria do
autocuidado, que consiste, basicamente, na ideia
de que os indivíduos, quando capazes, devem
cuidar de si mesmos. Quando existe a
incapacidade, entra o trabalho do enfermeiro no
processo de cuidar.
Para as crianças, esses cuidados são necessários
mediante incapacidade dos pais e/ou
responsáveis interferirem neste processo.
O entendimento dos objetivos dessa teoria está
diretamente relacionado com a compreensão dos
conceitos de autocuidado, ação de autocuidado,
fatores condicionantes básicos e demanda
terapêutica de autocuidado.
Orem define que autocuidado é o desempenho ou a
prática de atividades que os indivíduos realizam em
seu benefício para manter a vida, a saúde e o bem-
estar.
3
Quando o autocuidado é efetivamente realizado,
ajuda a manter a integridade estrutural e o
funcionamento humano, contribuindo para o seu
desenvolvimento.
Esta capacidade de cuidar de si mesmo é afetada
por fatores condicionantes básicos, como a
idade, sexo, estado de desenvolvimento, estado
de saúde, orientação sociocultural, modalidade
de diagnósticos e de tratamentos, sistema
familiar, padrões de vida, fatores ambientais,
adequação e disponibilidade de recursos.
4
🏃
Orem vincula o autocuidado a três categorias de requisitos,
que são:
Universal Desvio de saúde
5
Desenvolvimento
Os requisitos universais do autocuidado, preconizados por Orem, estão relacionados,
de uma maneira geral, com as atividades de vida diária do indivíduo a ser assistido.
Requisitos Principais:
▹ Manutenção de uma ingesta suficiente de ar;
▹ Manutenção de uma ingesta suficiente de água;
▹ Manutenção de uma ingesta suficiente de alimentos;
▹ Provisão de cuidados associados com processos de eliminação e excrementos;
▹ Manutenção do equilíbrio entre a solidão e interação social;
▹ Prevenção dos perigos à vida humana, ao funcionamento e ao bem-estar do ser humano;
▹ Promoção do funcionamento e desenvolvimento do ser humano dentro dos grupos sociais, de acordo com
o potencial, limitações conhecidas e desejo de ser normal (de acordo com a genética, características
constitucionais e talentos dos indivíduos).
6
Orem explica o autocuidado e
relaciona os vários fatores que
afetam sua provisão,
especificando quando a
Enfermagem é necessária para
auxiliar o indivíduo a
administrar o autocuidado.
”
“Que condição existe na pessoa
quando esta pessoa ou outros
determinam que ela deve estar sob
cuidados de enfermagem?”
7
Dorothea
Orem
Os métodos utilizados para o
autocuidado são:8
▹ Agir ou fazer para outra pessoa;
▹ Guiar e orientar;
▹ Proporcionar apoio físico e psicológico;
▹ Proporcionar e manter ambiente de apoio ao desenvolvimento pessoal;
▹ Ensinar;
As áreas de atividades para a prática da
enfermagem, segundo Orem, são:9
Iniciar e manter relacionamento com o paciente/família até
estado de “alta” da enfermagem;
Determinar “se e como” devem receber apoio da
enfermagem;
Estar atento às necessidades do paciente/família em relação
à enfermagem;
Prescrever, proporcionar e regular a ajuda direta aos
pacientes/família da assistência de enfermagem necessária;
Coordenar e integrar a enfermagem na vida diária do
paciente.
A Teoria dos Sistemas de Enfermagem define
as necessidades de autocuidado em relação
à capacidade do paciente para o
autocuidado, em que, na ocorrência de
déficit de autocuidado, a enfermagem pode
e deve agir, interferir.
Classifica em três situações, sendo:
1- Totalmente compensatório, em que a
incapacidade de autocuidado é atestada e a
enfermagem se faz necessária, podendo ser
socialmente dependentes de outros indivíduos que
façam parte do grupo/família, possibilitando a
continuidade de sua existência e seu bem-estar. É
o caso das pessoas comatosas, dos conscientes,
capazes de observar, julgar, decidir, mas não pode
ou não deve desempenhar ações que exijam
deambulação ou manipulação, ou ainda, dos que
sejam incapazes de atender suas próprias
necessidades e/ou tomar decisões, embora
possam deambular e desempenhar algumas ações
de autocuidado, embora com orientação e
supervisão constantes (fraturas vertebrais C3-C4;
retardo mental).
2- Parcialmente compensatório, no qual o
enfermeiro e o paciente assumem ações do cuidar
e outras atividades envolvendo deambulação e
manipulação, com o principal papel tendo a
participação de um ou ambos. É o caso de cirurgias
que limitem movimentos de deambulação, troca
de curativos, etc.
10
3- Sistema de apoio-educação, em que o paciente
pode, deve e assume as atividades de
autocuidado, orientado e monitorado sempre. O
enfermeiro atua como espécie de consultor e
educador.
Podem ocorrer casos em que uma ou mais das
situações se façam presentes e necessárias,
simultaneamente. A Teoria de Orem proporciona
uma base compreensiva para a prática da
enfermagem, com utilidade na educação, prática
clínica, administração, pesquisa e sistemas de
informação na enfermagem.
Orem define quando a enfermagem é necessária e
a intensidade de sua intervenção, relacionada com
as necessidades afetadas do paciente/familiar, em
que o enfermeiro atua parcial ou totalmente, mas
nunca deixando de ser o condutor, educador e
orientador do processo de cuidar.
11
12
Sua teoria se fundamenta na promoção e manutenção da saúde, considerando os aspectos
holísticos da assistência de enfermagem e a responsabilidade do indivíduo em relação ao
processo do cuidar, tornando-se um sistema dinâmico, versátil e fluente em relação aos
objetivos, sendo simples o entendimento, embora complexo na composição. Sua teoria
continua a evoluir, universalmente, com impacto na profissão, contribuindo,
significativamente, para o desenvolvimento das teorias de enfermagem.
13
Caso Clínico
14
J.F.C, 56 anos, masculino, solteiro, evangélico, natural de Macaé –
RJ, sedentário, tabagista, deu entrada no pronto socorro,
dispneico, relatando piora em posição ortostática. Paciente refere
ser portador de HAS e enfisema pulmonar, em acompanhamento
com o clinico geral. Não segue orientação medica e diz evitar varias
atividades físicas, não gosta de sair de casa, pois se sente
“cansado”. Refere dificuldade para se alimentar, pois se sente
dispneico, portanto relata comer em poucas porções. O exame
físico revelou tórax em barril.
Diagnósticos
de
Enfermagem
NANDA
15
1. Padrão de sono prejudicado relacionado a desconforto caracterizado por ortopneia;
2. Intolerância à atividade relacionado ao comprometimento da função pulmonar
caracterizado por falta de ar e fadiga;
3. Interação social prejudicada relacionada a baixa auto estima caracterizado por demasiado
tempo que permanece em sua residência ;
4. Risco de Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais relacionado a
incapacidade e ingerir alimentos devido a dispneia e fadiga;
Intervenções
de
Enfermagem
NIC
16
1. Orientar o paciente a deitar-se em posição de Fowler (45º), utilizando travesseiros
que elevem a cabeça e o troco do mesmo, causando descompressão pulmonar;
2. Orientar o cliente a realizar atividades mais lentamente ou por um período mais
curto, com mais pausas para descanso ou com auxilio;
3. Incentivar o cliente a participar de grupos sociais, estimular que o mesmo se cuide
mais, mesmo que leve um maior tempo ou necessite de auxilio.
4. Orientar o paciente a realizar monitoramento quanto ao peso, se possível alterar
dieta para alimentos mais pastosos/líquidos, para evitar que no momento da
mastigação, não ocorra falta de ar;
Resultados
de
Enfermagem
NOC
17
1. O cliente possuirá uma melhora significativa na qualidade do sono em algumas
horas.
2. Paciente apresentará melhora quanto a dispneia, devido aos estímulos das
atividades laborais realizadas.
3. O cliente irá ter uma auto estima elevada ao decorrer de 1 mês.
4. O paciente se alimentará de forma independente, sem necessidade de ser
estimulado e manterá peso ideal e bom estado nutricional;
Referências Bibliográficas
▹ http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n2/16.pdf
▹ https://3nf3rmag3m.blogs.sapo.pt/4161.html
▹ http://www.scielo.br/pdf/ape/v25nspe2/pt_15.pdf
▹ http://w.scielo.br/pdf/rlae/v7n2/13461.pdf
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Teoria de Enfermagem - Dorothea Orem

  • 2. Dorothea Orem 2 "A enfermagem diferencia-se dos outros Serviços Humanos pela forma como ela focaliza os seres humanos”
  • 3. Introdução Dorothea Orem desenvolveu sua teoria do autocuidado, que consiste, basicamente, na ideia de que os indivíduos, quando capazes, devem cuidar de si mesmos. Quando existe a incapacidade, entra o trabalho do enfermeiro no processo de cuidar. Para as crianças, esses cuidados são necessários mediante incapacidade dos pais e/ou responsáveis interferirem neste processo. O entendimento dos objetivos dessa teoria está diretamente relacionado com a compreensão dos conceitos de autocuidado, ação de autocuidado, fatores condicionantes básicos e demanda terapêutica de autocuidado. Orem define que autocuidado é o desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício para manter a vida, a saúde e o bem- estar. 3
  • 4. Quando o autocuidado é efetivamente realizado, ajuda a manter a integridade estrutural e o funcionamento humano, contribuindo para o seu desenvolvimento. Esta capacidade de cuidar de si mesmo é afetada por fatores condicionantes básicos, como a idade, sexo, estado de desenvolvimento, estado de saúde, orientação sociocultural, modalidade de diagnósticos e de tratamentos, sistema familiar, padrões de vida, fatores ambientais, adequação e disponibilidade de recursos. 4 🏃
  • 5. Orem vincula o autocuidado a três categorias de requisitos, que são: Universal Desvio de saúde 5 Desenvolvimento Os requisitos universais do autocuidado, preconizados por Orem, estão relacionados, de uma maneira geral, com as atividades de vida diária do indivíduo a ser assistido.
  • 6. Requisitos Principais: ▹ Manutenção de uma ingesta suficiente de ar; ▹ Manutenção de uma ingesta suficiente de água; ▹ Manutenção de uma ingesta suficiente de alimentos; ▹ Provisão de cuidados associados com processos de eliminação e excrementos; ▹ Manutenção do equilíbrio entre a solidão e interação social; ▹ Prevenção dos perigos à vida humana, ao funcionamento e ao bem-estar do ser humano; ▹ Promoção do funcionamento e desenvolvimento do ser humano dentro dos grupos sociais, de acordo com o potencial, limitações conhecidas e desejo de ser normal (de acordo com a genética, características constitucionais e talentos dos indivíduos). 6 Orem explica o autocuidado e relaciona os vários fatores que afetam sua provisão, especificando quando a Enfermagem é necessária para auxiliar o indivíduo a administrar o autocuidado.
  • 7. ” “Que condição existe na pessoa quando esta pessoa ou outros determinam que ela deve estar sob cuidados de enfermagem?” 7 Dorothea Orem
  • 8. Os métodos utilizados para o autocuidado são:8 ▹ Agir ou fazer para outra pessoa; ▹ Guiar e orientar; ▹ Proporcionar apoio físico e psicológico; ▹ Proporcionar e manter ambiente de apoio ao desenvolvimento pessoal; ▹ Ensinar;
  • 9. As áreas de atividades para a prática da enfermagem, segundo Orem, são:9 Iniciar e manter relacionamento com o paciente/família até estado de “alta” da enfermagem; Determinar “se e como” devem receber apoio da enfermagem; Estar atento às necessidades do paciente/família em relação à enfermagem; Prescrever, proporcionar e regular a ajuda direta aos pacientes/família da assistência de enfermagem necessária; Coordenar e integrar a enfermagem na vida diária do paciente. A Teoria dos Sistemas de Enfermagem define as necessidades de autocuidado em relação à capacidade do paciente para o autocuidado, em que, na ocorrência de déficit de autocuidado, a enfermagem pode e deve agir, interferir.
  • 10. Classifica em três situações, sendo: 1- Totalmente compensatório, em que a incapacidade de autocuidado é atestada e a enfermagem se faz necessária, podendo ser socialmente dependentes de outros indivíduos que façam parte do grupo/família, possibilitando a continuidade de sua existência e seu bem-estar. É o caso das pessoas comatosas, dos conscientes, capazes de observar, julgar, decidir, mas não pode ou não deve desempenhar ações que exijam deambulação ou manipulação, ou ainda, dos que sejam incapazes de atender suas próprias necessidades e/ou tomar decisões, embora possam deambular e desempenhar algumas ações de autocuidado, embora com orientação e supervisão constantes (fraturas vertebrais C3-C4; retardo mental). 2- Parcialmente compensatório, no qual o enfermeiro e o paciente assumem ações do cuidar e outras atividades envolvendo deambulação e manipulação, com o principal papel tendo a participação de um ou ambos. É o caso de cirurgias que limitem movimentos de deambulação, troca de curativos, etc. 10 3- Sistema de apoio-educação, em que o paciente pode, deve e assume as atividades de autocuidado, orientado e monitorado sempre. O enfermeiro atua como espécie de consultor e educador.
  • 11. Podem ocorrer casos em que uma ou mais das situações se façam presentes e necessárias, simultaneamente. A Teoria de Orem proporciona uma base compreensiva para a prática da enfermagem, com utilidade na educação, prática clínica, administração, pesquisa e sistemas de informação na enfermagem. Orem define quando a enfermagem é necessária e a intensidade de sua intervenção, relacionada com as necessidades afetadas do paciente/familiar, em que o enfermeiro atua parcial ou totalmente, mas nunca deixando de ser o condutor, educador e orientador do processo de cuidar. 11
  • 12. 12 Sua teoria se fundamenta na promoção e manutenção da saúde, considerando os aspectos holísticos da assistência de enfermagem e a responsabilidade do indivíduo em relação ao processo do cuidar, tornando-se um sistema dinâmico, versátil e fluente em relação aos objetivos, sendo simples o entendimento, embora complexo na composição. Sua teoria continua a evoluir, universalmente, com impacto na profissão, contribuindo, significativamente, para o desenvolvimento das teorias de enfermagem.
  • 14. 14 J.F.C, 56 anos, masculino, solteiro, evangélico, natural de Macaé – RJ, sedentário, tabagista, deu entrada no pronto socorro, dispneico, relatando piora em posição ortostática. Paciente refere ser portador de HAS e enfisema pulmonar, em acompanhamento com o clinico geral. Não segue orientação medica e diz evitar varias atividades físicas, não gosta de sair de casa, pois se sente “cansado”. Refere dificuldade para se alimentar, pois se sente dispneico, portanto relata comer em poucas porções. O exame físico revelou tórax em barril.
  • 15. Diagnósticos de Enfermagem NANDA 15 1. Padrão de sono prejudicado relacionado a desconforto caracterizado por ortopneia; 2. Intolerância à atividade relacionado ao comprometimento da função pulmonar caracterizado por falta de ar e fadiga; 3. Interação social prejudicada relacionada a baixa auto estima caracterizado por demasiado tempo que permanece em sua residência ; 4. Risco de Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais relacionado a incapacidade e ingerir alimentos devido a dispneia e fadiga;
  • 16. Intervenções de Enfermagem NIC 16 1. Orientar o paciente a deitar-se em posição de Fowler (45º), utilizando travesseiros que elevem a cabeça e o troco do mesmo, causando descompressão pulmonar; 2. Orientar o cliente a realizar atividades mais lentamente ou por um período mais curto, com mais pausas para descanso ou com auxilio; 3. Incentivar o cliente a participar de grupos sociais, estimular que o mesmo se cuide mais, mesmo que leve um maior tempo ou necessite de auxilio. 4. Orientar o paciente a realizar monitoramento quanto ao peso, se possível alterar dieta para alimentos mais pastosos/líquidos, para evitar que no momento da mastigação, não ocorra falta de ar;
  • 17. Resultados de Enfermagem NOC 17 1. O cliente possuirá uma melhora significativa na qualidade do sono em algumas horas. 2. Paciente apresentará melhora quanto a dispneia, devido aos estímulos das atividades laborais realizadas. 3. O cliente irá ter uma auto estima elevada ao decorrer de 1 mês. 4. O paciente se alimentará de forma independente, sem necessidade de ser estimulado e manterá peso ideal e bom estado nutricional;
  • 18. Referências Bibliográficas ▹ http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n2/16.pdf ▹ https://3nf3rmag3m.blogs.sapo.pt/4161.html ▹ http://www.scielo.br/pdf/ape/v25nspe2/pt_15.pdf ▹ http://w.scielo.br/pdf/rlae/v7n2/13461.pdf 18