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EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
UNIME SALVADOR
CURSO DE FISIOTERAPIA
Disciplina - Primeiros Socorros
Educador - Jefferson Matos
Carga Horária - 40h/a
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
UNIME SALVADOR
CURSO DE FISIOTERAPIA
Disciplina - Primeiros Socorros
Educador - Jefferson Matos
Carga Horária - 40h/a
Módulo de Estudo
Este material de estudo foi elaborado através de livros, módulos, sites, artigos e
outros com a intenção de permitir uma reflexão crítica e dialógica com o orientador
da aprendizagem. Você encontrará textos, nos quais servirão de suporte na (re)
construção de novas aprendizagens.
Leia-os com atenção, releia, busque outras fontes, enfim, não se contente
enquanto não julgar “... que sabes”.
De forma alguma estas apostilas, módulo, como quer que chame, esgota o
assunto, é ponto final e dispensa a consulta aos livros referendados na proposta de
trabalho da disciplina. Já se disse inclusive que, com os “bons livros aprendemos e
com os maus livros também, pois aprendemos a não imitá-los em seus erros”.
Para que nosso momento seja produtivo e de sucesso, precisamos construir
coletivamente os resultados esperados, a partir da importância desta proposta de
trabalho e comprometimento nas ações realizadas.
Bom trabalho!!
Sucesso pra todos!!
Jefferson Santos de Matos
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
“A melhor maneira que a gente tem
de fazer possível amanhã alguma coisa
que não é possível de ser feita hoje
é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito.
Mas se eu não fizer hoje
o que hoje pode ser feito
e tentar fazer hoje
o que hoje não pode ser feito,
dificilmente eu faço amanhã
o que hoje também não pude fazer”.
Paulo Freire
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial.
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
CÓDIGO PENAL
DECRETO-LEI N.º 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
EXCLUSÃO DE ILICITUDE
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
ESTADO DE NECESSIDADE
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.
LEGÍTIMA DEFESA
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
EXCESSO PUNÍVEL
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso
doloso ou culposo.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, se o fato não constitui crime mais grave.
OMISSÃO DE SOCORRO
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza
grave, e triplicada, se resulta a morte.
EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem
autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Obs.: Existe alguma lei que diz que o cidadão não pode prestar primeiros socorros?
Art. 361 - Este Código entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 1942.
GETÚLIO VARGAS
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA
1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: Você é a
prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos
importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar
novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do
acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 192 ou 193.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por
exemplo, vítimas em parada cardiorespiratória ou que estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2º mandamento).
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS
A importância dos primeiros socorros
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Os primeiros relatos de prestação de primeiros socorros voluntário eram de samaritanos. A grande maioria
dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem
diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. O fundamental é saber que,
em situações de emergência, deve-se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros
socorros não exclui a importância de um médico. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o
bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de
emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.
Prestar Socorro?
1. Pedir socorro;
2. Garantir segurança para vítima;
3. Via de emergência livre para ambulância;
4. Atendimento em primeiros socorros.
O que são primeiros socorros?
Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma
pessoa em perigo de morte, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que a mesma
receba assistência definitiva e tem como finalidade:
1. Preservar a vida;
2. Promover a recuperação;
3. Prevenir que o caso piore;
4. Tratamento não é a finalidade dos primeiros socorros.
Quando devemos prestar socorro?
Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.
Compromissos do socorrista voluntário:
1. Manter-se atualizado em técnica e conhecimento;
2. Ser honesto e autêntico com a vítima;
3. Ter atitude ética e responsável com a vítima;
4. Aprender a ouvir, integrar e liderar equipes.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
MORTE
Adversidades:
Intolerância Participação
Medo Atitude
Incompreensão Cooperação
Ignorância Conhecimento
VIDA
The Golden Hour ou A Hora de Ouro - (Dr. R. Adams Cowley em 1960)
Guidelines - 2010
Guidelines são protocolos, convenções, rotina ou guias que devem ser utilizados durante a avaliação e
manuseio dos pacientes com condições clínicas específicas. Constituem-se de bases e recomendações
produzidas de maneira estruturada (frequência, diagnóstico, tratamento, prognóstico, profilaxia), sendo
utilizadas na assistência e na tomada de decisões.
COMUNIDADE
SAMU E CORPO
DE BOMBEIROS
ONG’s
COMUNIDADE
SAMU E CORPO
DE BOMBEIROS
ONG’s
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Biossegurança
1 - Risco físico, químico, financeiro e biológico.
2 - Mecanismos de contaminação.
3 - Fatores que predispõem a contaminação.
4 - Formas de infecção:
Penetração do micro organismo;
Período de incubação.
5 - Minimização dos riscos:
Vacinação;
Amamentação;
Higienização.
EPI (Equipamento de Proteção Individual) - Materiais básicos para o atendimento.
Luvas descartáveis;
Máscaras de respiração artificial;
Indumentária específica;
Colar cervical;
Bandagem;
Gases;
Papelão.
Obs.: Se acontecer na prestação dos primeiros socorros o socorrista se contaminar através da vítima,
poderá fazer o teste rápido entre (48 a 72 horas), no hospital Roberto Santos ou no CREAIDS. O teste é
feito na vítima. Desta forma o indivíduo entra imediatamente no programa de tratamento que gira em torno
de 6 meses. Tem uma eficácia de até 99% em não desenvolver a patologia adquirida (bactéria ou vírus).
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Técnicas para diminuição dos riscos em acidentes
1 - Balizamento - A Velocidade da via vezes 2 = metros (distância entre o acidente e o início do balizamento).
2 - Sinalização
3 - Isolamento do local
Zona quente - local do acidente.
Zona morna - local da ambulância de primeiros socorros.
Zona fria - local dos médicos e socorristas.
Zona gelada - transeuntes (comunidade ou curiosos).
4 - Cuidado com materiais perigosos
5 - Prevenção
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
URGÊNCIA
É um fato onde uma providência corretiva deve ser tomada tão logo seja possível.
EMERGÊNCIA
É um fato que não pode aguardar nenhum período de tempo para que seja tomada a devida providência
corretiva, geralmente existe risco de morte, chamado de “HORA DE OURO”. Diante de uma emergência,
as pessoas apresentam reações emocionais variadas. Abaixo encontramos as mais comuns:
Ansiedade
É normal e compreensivo que fiquemos ansiosos diante de uma emergência, porém, de forma controlada
que nos permita tomar as medidas emergenciais corretas tão logo seja possível.
Pânico
Algumas pessoas tendem a entrar em pânico e não conseguem tomar qualquer atitude.
Disfunção orgânica
Apresentam desmaios, tremores, etc., tornando-se mais uma “vítima” a ser socorrida.
Depressão
Outras entram em depressão, choram, se isolam das vítimas e também são incapazes de ajudar.
Iperatividade
O famoso “busca-pé”; agita-se, corre para todo lado tentando ajudar a todos.
Plano de ação
Check - Procure na cena do acidente se novos perigos são eminentes.
Ajuda - Peça ajuda especializada.
Avalie - Avalie os acidentados e escolha o que mais precisa de ajuda.
Cuide - Aplique seus conhecimentos de socorro.
Mantenha - Mantenha as vítimas estáveis e aguarde a ajuda chegar.
Segurança no atendimento
Toda vez que encontrar um acidente, você deve lembrar que a sua segurança vem primeiro, antes de se
aproximar tenha certeza que não existam riscos como:
Fios energizados;
Produtos, gases e vapores químicos;
Tráfego de veículos;
Focos de incêndio;
Objetos a ponto de desabar e etc.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Uma vez determinado que o local esteja seguro, aproxime-se da vítima e
verifique seu nível de consciência:
Consciente
Quando responde bem e com precisão às perguntas básicas como: nome, idade, data, endereço, etc.
Confusa
Quando não consegue responder algumas destas perguntas. Algumas vezes pode apresentar-se agitada
e/ou agressiva.
Inconsciente
Está desacordada, não responde ao ser chamada ou movimentada. Parece estar dormindo e assim
permanece mesmo muitos minutos após o acidente. Obvio que não irá desperdiçar estes preciosos
minutos apenas observando se ela acorda sem tomar nenhuma atitude. Lembre-se de sempre manter a
calma e ser positivista com a vítima.
Jamais expresse em palavras, expressões faciais ou comentários paralelos sobre a gravidade das lesões,
pois isto em nada ajudará o atendimento e tornará a vítima mais assustada do que já está, podendo
causar-lhe reações psicoemocionais como aumento da frequência cardíaca, etc., agravando a situação.
Atue desta maneira mesmo que acredite que a vítima esteja inconsciente, pois ela pode estar semi-
acordada e ouvindo tudo ao redor recobrando a consciência em poucos minutos após o acidente.
Ao abordar a vítima pergunte-lhe em voz alta e clara: Você está bem?
Se responder
Diga-lhe que está tudo bem e que o socorro já está a caminho.
O que aconteceu;
Se sente alguma dor; onde;
Tente colher seu histórico médico (diabetes, pressão alta, etc.);
Quando foi sua última refeição;
Se antes do acidente ou mal súbito sentiu tontura ou outro sintoma, etc.
Estes dados passados, ao serviço médico ou resgate, mesmo que por telefone, pode gerar-lhe as
próximas condutas a serem tomadas até que eles cheguem ao local.
Se não responder
Insista em acordá-la batendo palmas próximo a ela por mais alguns segundos.
Se ainda assim ela não responder, é porque deve estar inconsciente. Isto pode significar várias coisas:
trauma de crânio, hemorragia interna, etc.
Imediatamente deverá iniciar uma checagem instantânea começando pelos sinais vitais.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Sinais vitais
O cérebro é o primeiro órgão do corpo humano que começa a "morrer" na ausência de oxigênio.
Lesões irreversíveis podem se iniciar após 3 a 4 minutos sem oxigenação.
Desta forma, para que ele seja mantido "vivo", precisamos dos batimentos cardíacos que fará com que o
sangue transporte o oxigênio e da respiração que levará o oxigênio até o sangue.
3 funções essenciais: batimentos cardíacos, respiração e temperatura são chamados de
SINAIS VITAIS.
Avaliação dos sinais vitais
Aferição do pulso
Pulso é a expansão e a contração rítmica de uma artéria que é provocada pela sístole e diástole do
coração, bombeando sangue para todos os vasos sanguíneos. É feita usando o dedo indicador e o dedo
médio, colocando-os na região do punho ou do pescoço onde sentiremos a pulsação da artéria. Não utilize
seu polegar para detectar o pulso da vítima. Poderá sentir seu próprio pulso com ele.
Se o coração parar - Em 30 segundos para também a respiração.
Se a respiração parar - Em 1min30seg ou até 2 minutos para também os batimentos cardíacos.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Áreas de batimentos cardíacos ou compressões arteriais
1 - TEMPORAL - Couro cabeludo
2 - CAROTÍDEA - Pescoço *
3 - FACIAL - Face
4 - SUBCLÁVIA - clavícula
5 - BRAQUIAL - Braço
6 - AXILAR - Axila
7 - RADIAL - Punho *
8 - ULNAR - Braço
9 - FEMURAL - Virilha*
10 - POPLÍTEA - Perna
11 - PEDIAL DORSAL ou PEDIOSO - Pé
12 - APICAL - Esterno (hospitalar)
Batimentos cardíacos
São os batimentos do coração. Os batimentos cardíacos também podem ser avaliados de duas maneiras:
encostando nosso ouvido no tórax da vítima, procurando ouví-los e verificando o pulso.
Recém Nascido (até 29 dias) - 85 a 205 bpm (batimentos por minuto)
Infantes (até 2 anos) - 100 a 190 bpm (batimentos por minuto)
Crianças (de 2 a 10 anos) - 60 a 140 bpm (batimentos por minuto)
Adolescentes e Adultos - 60 a 100 bpm (batimentos por minuto)
Localizado o pulso, contamos o número de batimentos durante 10 segundos e multiplicamos por 6, assim
teremos o número de batimentos por minuto.
Por exemplo:
Ao verificarmos 10 batimentos em 10 segundos, significa que a vítima está com uma frequência de 60
batimentos por minuto.
Verificada a presença de sinais vitais deveremos iniciar uma avaliação geral do estado da vítima.
Na ausência de algum sinal vital deveremos iniciar as manobras de reanimação cárdiopulmonar (RCP).
Ulnar
Apical
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Respiração
1. Veja os movimentos respiratórios (Caso não veja por falta de iluminação coloque a mão sobre o
abdômen da vítima);
2. Ouça o ar (Aproximando-nos da boca ou nariz da vítima para ouví-la);
3. Sinta o ar.
Bebês - 25 a 50 mrp (movimentos respiratórios por minuto)
Crianças - 15 a 30 mrp (movimentos respiratórios por minuto)
Adolescentes e Adultos - 12 a 20 mrp (movimentos respiratórios por minuto)
Temperatura relativa da pele
Sentir a temperatura da pele pelo dorso da mão e sempre na testa da vítima. A temperatura corpórea do
indivíduo e caracterizada como normal é entre 35,6ºC a 36,7ºC. Porém, varia de acordo com o clima,
ambiente, estado emocional e outros.
Sinais encontrados
Pele fria e úmida - (hemorragia podendo levar ao choque)
Pele fria e seca - (exposição ao frio)
Pele fria e suor pegajoso - (Choque, ataque cardíaco ou ansiedade)
Pele quente e seca - (exposição ao calor ou febre alta)
Pele quente e úmida - (infecção)
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
Histórico - Lançado em setembro de 2003 pelo governo federal, o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência, no âmbito do SUS, tem uma cobertura que abrange 49,8 milhões de brasileiros em 18 estados.
O Samu/192 é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003, que
tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade no atendimento no SUS. A política
tem como foco cinco grandes ações:
Organizar o atendimento de urgência nos pronto-atendimentos, unidades básicas de saúde e nas
equipes do Programa Saúde da Família;
Estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel (Samu/192);
Reorganizar as grandes urgências e os prontos-socorros em hospitais;
Criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas urgências;
Estruturar o atendimento pós-hospitalar.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) é um programa que tem como finalidade prestar
o socorro à população em casos de emergência. Com o Samu/192, o governo federal está reduzindo o
número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro
precoce. O serviço funciona 24 horas por dia com equipes de profissionais de saúde, como médicos,
enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que atendem às urgências de natureza traumática,
clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população.
O Samu realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de
trabalho e vias públicas. O socorro é feito após chamada gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é
atendida por técnicos na Central de Regulação que identificam a emergência e, imediatamente,
transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia
o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as
primeiras ações.
Ao mesmo tempo, o médico regulador avalia qual o melhor procedimento para o paciente: orienta a
pessoa a procurar um posto de saúde; designa uma ambulância de suporte básico de vida, com auxiliar
de enfermagem e socorrista para o atendimento no local; ou, de acordo com a gravidade do caso, envia
uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico regulador
comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa maneira, reserva leitos para que o
atendimento de urgência tenha continuidade.
A partir dessa atuação, o Samu tem um forte potencial para corrigir uma das maiores queixas dos usuários
do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a lentidão no momento do atendimento. Historicamente, o nível
de resposta à urgência e emergência tem sido insuficiente, provocando a superlotação das portas dos
hospitais e pronto-socorros, mesmo quando a doença ou quadro clínico não é característica de um
atendimento de emergência. Essa realidade contribui para que hospitais e prontos-socorros não consigam
oferecer um atendimento de qualidade e mais humanizado.
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Solicitação da SAMU
1. Na ocorrência de problemas cardiorespiratórios;
2. Em casos de Intoxicação, trauma ou queimadura;
3. Na ocorrência de quadros infecciosos;
4. Na ocorrência de maus tratos;
5. Em trabalhos de parto;
6. Em casos de tentativas de suicídio;
7. Em crises hipertensivas;
8. Quando houver acidentes com vítimas;
9. Em casos de choque elétrico;
10. Em acidentes com produtos perigosos;
11. Na transferência de doentes de uma unidade hospitalar para outra.
Telefones Úteis
SAMU - 192 *
Corpo de Bombeiros - 193 *
Polícia Militar - 190 *
Polícia Civil - 147 *
Defesa Civil - 199 *
Acidentes de Trânsito - 194 *
SOS Criança - 1407 *
CIAVE (Centro de Intoxicação Anti-veneno) - 0800 2844343 *
Emergência - (falta de força e luz) - 0800 196196 *
Disque DETRAN - 1514
Disque-Saúde - 1520
Serviço de Intermediação Surdo/Ouvinte - 1402
Obs.: Serviço não tarifado *
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Caixa de primeiros socorros
Um telefone é a melhor caixa de primeiros socorros. Tenha sempre em mente o número do pronto
socorro, resgate, etc. Acidentes podem acontecer na hora em que menos esperamos. Por isso tenha
sempre em casa um estojo de primeiros socorros para os casos de emergência. O estojo deve conter pelo
menos, esses materiais básicos:
Gaze, esparadrapo, algodão e ataduras;
Curativo adesivo tipo band-aid;
Pinças e tesoura;
Bolsa de gelo e de água quente;
Soro fisiológico e álcool;
Termômetro;
Creme anti-séptico; **
Pomada contra queimaduras e picadas de insetos; **
Mercúrio ou mertiolate; **
Spray ou pomada anti-séptica; **
Antitérmico para adulto e infantil; **
Antiinflamatório; **
Colher medida para soro caseiro.
** (cuidado com indivíduos sensíveis a composição do medicamento).
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Falta de oxigênio
Tempo após a parada cardiorrespiratória
para iniciar as compressões cardíacas
Chances de reanimação da vítima
1 minuto 95 % (Provável instabilidade cardíaca)
2 minutos 90 %
3 minutos 75 %
4 minutos 50 % (Inconsciência cerebral)
5 minutos 25 %
6 minutos 1 % (Sequelas cerebrais)
8 minutos 0,5 %
10 minutos 0 % (Falência cerebral)
Níveis de consciência (AVDI)
A - alerta;
V - estímulo verbal;
D - estímulo doloroso (se realiza com a mão fechada, usa-se a saliência do dedo médio e comprime
contra o terço médio do osso esterno da vítima);
I - inconsciente.
Dilatação da pupila
1. Midríase ou Dilatada - (grande hemorragia, parada cardíaca, falta de oxigenação no cérebro)
2. Miose ou Contraída - (Lesão no sistema nervoso central, medicamentos e drogas).
3. Anisocoria - Uma dilatada e a outra contraída - (Trauma craniano, AVC ou AVE).
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
COR DA PELE
1. Cor azulada - A Presença de gás carbônico no organismo maior que a de oxigênio.
2. Pálida - Obstrução da circulação sanguínea.
Obs.: Perfusão capilar - Tração do dedo e o local é preenchido por sangue.
Até 2 segundos - OK
Acima de 2 segundos - hemorragia interna ou externa.
Protocolo CAB
Protocolo internacional que estabelece as prioridades no atendimento a uma vítima, ou seja, uma
avaliação e uma intervenção.
C - Circulação, controle do sangramento, compressão cardíaca;
A - Abertura das vias aéreas com controle da coluna cervical se necessário;
B - Boa ventilação, manutenção das vias aéreas e ventilação artificial;
D - Avaliação do nível de consciência e uso do DEA (desfibrilador esterno automático);
E - Exposição da vítima, exame físico, cuidados com fraturas, busca de ferimentos ou lesões.
Avaliação da vítima
Paciente consciente e sem traumas
Entrevista oral, observar o CABs e observar as queixas da vítima.
Paciente consciente e com traumas
Conhecer as causas dos ferimentos, entrevista oral, observar o CABs, controle da coluna cervical e
observar as queixas da vítima.
Paciente inconsciente e sem traumas
Entrevista oral, observar o CABs, liberar as vias aéreas, verificar respiração, pulso e hemorragias.
Paciente inconsciente e com traumas
Conhecer as causas dos ferimentos, observar o CABs, liberar as vias aéreas, verificar respiração, pulso e
hemorragias, observar as queixas da vítima (exame da vítima) e retornar aos sinais vitais.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
TRIAGEM DAS VÍTIMAS NO ACIDENTE
Prioridades no Socorro
Vermelho - (Prioridade 100%), Emergência (Vítima inconsciente, hemorragia e outros).
Amarelo - (Prioridade 50%), Trauma complexo, porém, a vítima não esta inconsciente (Corte superficial,
nas não anda).
Verde - (Prioridade 30%), traumas simples e hematomas (Cortes, vítima anda e pode ajudar).
Preto - (Prioridade 10%), morte eminente (Parada respiratória, amputação de cabeça, exposição de
órgãos e outros).
Protocolo de emergência
É a primeira ação do socorrista na chegada ao local do acidente.
Pedir socorro é a garantia do socorro médico especializado;
Pedido de socorro depois - Exceção a regra (afogamento e criança com parada respiratória);
Trotes;
Da remoção da vítima na hora crítica;
Aumenta a chance de sobrevida da vítima;
A quem pedir socorro.
Informação do pedido de socorro
1. Informe o nome e o número do telefone de onde está falando;
2. Tipo de acidente;
3. Local exato do acidente (endereço, ponto de referência e outros);
4. Número de vítimas envolvidas.
Defesa civil - 199 (Prevenção e gerenciamento de grandes desastres).
Prevenção;
Fiscalização;
Logística;
Reconstrução da vida das pessoas.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Desmaios
Perda da consciência não resultante de traumatismos. É a diminuição da força muscular com perda de
consciência repentina fazendo com que a vítima caia ao chão.
As causas de desmaios são inúmeras, dentre elas:
Falta de alimentação (jejum);
Psicoemocionais;
Tumores cerebrais;
Etc.
Sintomas comuns:
Geralmente antes do desmaio a vítima queixa-se de fraqueza, falta de ar e "escurecimento da visão".
O que fazer:
1. Coloque a vítima deitada e eleve as pernas em 30 cm;
2. Tente acordá-la, chamando-a ou batendo palmas próximo ao seu rosto;
3. Afrouxe roupas, gravatas, etc.;
4. Verifique as vias aéreas;
5. Verifique os sinais vitais, aplique reanimação se necessário;
6. Passe uma compressa fria pelo rosto e testa.
Quando ela acordar:
Acalme-a;
Encaminhe-a ao pronto-socorro;
Nesta hora é importante que a auxiliemos para que não se machuque na queda.
O que não fazer:
1. Não dê nada à vítima, líquido ou sólido, até que recupere TOTALMENTE a consciência. Caso contrário
poderá asfixiar-se;
2. Não jogue água no rosto da vítima;
3. Não bata no rosto da vítima;
4. Não coloque nenhuma substância para vítima inalar.
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Convulsões
São distúrbios elétricos cerebrais que causam perda da consciência, fortes contrações musculares
involuntárias e desordenadas em todo o corpo.
Quais as causas?
Epilepsia;
Trauma de crânio;
Febre alta;
Drogas;
Tumores cerebrais;
Choque elétrico;
Traumas, etc.
Como identificar uma convulsão:
Não é uma doença mental;
É uma desordem orgânica na qual o organismo não consegue processar as sinapses ou as
informações nervosas;
A vítima pode informar visão, sensação ampliada antes de perder a consciência;
Queda abrupta da vítima no solo;
Sialorreia;
Respiração ruidosa;
O corpo enrijece;
Algumas vezes a vítima deixa de respirar e perde controle dos esfíncteres;
Contração completa das partes do corpo e depois relaxa completamente após a convulsão;
Depois da crise a vítima pode referir a uma dor de cabeça, apresenta-se cansada e confusa.
O que fazer:
Deite-a no chão;
Peça ajuda;
Proteja a cabeça da vítima com suas mãos;
Retire objetos próximos à vítima, que possam machucá-la;
Mova-a apenas se estiver próximo a escadas, máquinas perigosas, etc.;
Terminadas as contrações, coloque-a em posição de recuperação;
Deixe-a descansar;
Sempre evite o constrangimento da vítima, retire-a logo do local da convulsão.
Lateralização do corpo
1 - Estenda o braço que ficará sob o corpo;
2 - Puxe o outro braço e o quadril simultaneamente não permitindo a entorse da coluna;
3 - Ajuste a mão e o braço inferior para apoiar a cabeça;
4 - Mantenha a perna superior dobrada e à frente.
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O que não fazer:
Não tente "desenrolar a língua" da vítima;
Não tente imobilizar a vítima;
Proteja a vítima de traumas afastando objetos que estejam próximo da mesma;
Não tente obstruir as vias aéreas durante a convulsão.
Não dê nada à vítima, líquido ou sólido, até que recupere TOTALMENTE a consciência. Caso contrário
poderá asfixiar-se;
Não jogue água no rosto da vítima.
As convulsões por epilepsia tendem a durar apenas alguns minutos.
Portanto, não se desespere. Passada a crise, a vítima estará confusa e desnorteada por mais algum
tempo. Assim sendo, acompanhe-a o tempo todo pois poderá acidentar-se, ser atropelada , etc.
Não tente imobilizar a vítima! Apenas cuide para que ela não se machuque na queda ou durante as
contrações. Retire objetos próximos a ela que possam causar-lhe lesões. Proteja a cabeça.
Por febre
Convulsões podem ser desencadeadas por febres acima de 39,5 graus Celsius. Mais comum em crianças,
podendo ocorrer também em adultos.
O que fazer:
Siga os mesmos cuidados anteriores, associados a:
Utilização de compressas frias (não geladas) para abaixar a temperatura;
Banhos frios, caso as compressas não funcionem;
Peça ajuda;
Encaminhe-a ao pronto-socorro.
Convulsões por trauma de crânio
Convulsões provocadas por edema (inchaço) e/ou hemorragias no cérebro, após um trauma na cabeça.
O que fazer:
Siga os mesmos cuidados anteriores, associados a:
Não tente transportar a vítima, aguarde socorro especializado;
Peça ajuda (resgate);
Em traumas, lembre-se da possibilidade de lesão de coluna.
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Asfixia
Situação em que há dificuldade na entrada do ar nos pulmões.
As causas mais comuns são:
Bloqueio das vias respiratórias
Imersão de líquidos;
Estrangulamento;
Grandes quantidades de alimentos;
Chiclete de mascar ou balas.
Concentração insuficiente de oxigênio no ar
Grandes altitudes;
Tanques fundos ou minas abandonadas.
Deficiência no transporte de oxigênio para o sangue
Monóxido de carbono (automóvel ou cigarro).
Paralisia do centro respiratório no cérebro
Choque elétrico;
Quantidade excessiva de álcool.
Compressão do corpo
Pressão no tórax através de traumatismos provocados por acidentes automotivos.
Sinais de asfixia:
O sinal universal de asfixia é levar as mãos ao pescoço e apertá-lo, associado a um desses sintomas:
Incapacidade de falar;
Respiração difícil e ruidosa;
Tosse fraca;
Outros gestos de sufocação.
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O que fazer:
Tente inicialmente, bater nas costas da vítima, não obtendo sucesso, aplique a MANOBRA DE
HEIMLICH:
Coloque-se atrás da vítima e aperte-a com um único e forte golpe;
Repita até que desengasgue.
Esta manobra tende a comprimir os pulmões, expelindo o ar que neles se encontram, forçando o objeto
causador da obstrução a sair.
Se não obtiver sucesso e notar que a vítima está prestes a desmaiar.
Coloque-a gentilmente no chão;
Estenda o pescoço da vítima, o que facilita a passagem do ar;
Abra-lhe a boca e tente visualizar algo que possa estar causando a obstrução. Se possível retire-o;
Se não for possível retirá-lo, tente aplicar a manobra com a vítima deitada.
Neste caso:
Coloque-se de joelhos sobre a vítima;
Junte suas mãos no mesmo ponto, sobre o estômago;
Faça a mesma compressão no sentido do abdômen para o tórax;
Tendo conseguido a desobstrução, monitore os sinais vitais;
Se necessário aplique a RCP;
Verifique se a respiração voltou;
Aplique respiração artificial se necessário;
Verifique os batimentos cardíacos;
Aplique compressão cardíaca se necessário.
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Manobra de Heimlich
Vamos conhecer um pouco mais sobre esta manobra que salva vidas.
Você já deve ter ouvido falar de algum caso como este.
Simulação de uma asfixia:
Você está almoçando com um grupo de amigos...
Subitamente, alguém se engasga. Tenta tossir, mas parece estar seriamente em
apuros.
Levanta-se e fica muito agitado levando as mãos à garganta.
Não consegue mais falar, parecendo ter alguma dificuldade para respirar.
A asfixia é uma causa comum de morte após engasgo com alimentos. É comum em crianças, ocorrendo
também com os adultos.
Provocada por uma súbita queda de oxigenação, pode levar à morte em poucos minutos, se não
solucionada rapidamente. Balas, doces, bombons e alimentos diversos podem ser responsáveis por este
evento.
Ao ser deglutido de forma inadequada, o alimento pode bloquear as vias respiratórias e a passagem de ar
para os pulmões, ao impactar na garganta.
Uma manobra pode ser salvadora neste momento. Conhecida como Manobra de Heimlich, foi descrita em
1974 por Henry Heimlich.
Inicialmente reconhecida pela Cruz Vermelha, foi adotada e difundida mundialmente como uma manobra
salvadora de vidas. É uma tosse “artificial” ou “auxiliada”, com o intuito de expelir o objeto ou alimento da
traquéia da pessoa.
Certifique-se que a pessoa esteja realmente com dificuldades para respirar. Alguns sinais são
característicos: ela tenta falar e a voz não sai. Começa a ficar agitada e confusa, levando as mãos para a
garganta. A pele pode mudar de cor, passando a ficar azulada a que indica baixa oxigenação do sangue.
Se o paciente continuar asfixiado, fique de pé, atrás, com seus braços ao redor da cintura da pessoa.
Coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro, contra o abdômen da vítima, ligeiramente acima
do umbigo e abaixo do limite das costelas. Agarre firmemente o pulso com a outra mão e exerça um
rápido puxão para cima. Repita, se necessário, 4 a 5 vezes numa sequência rápida ou quantas vezes
forem necessárias.
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Se você não tem força suficiente, pode ajudar também com batidas firmes nas costas.
Mas, melhor ainda é a manobra em que se abraça e aplica a compressão entre o abdômen e as costelas.
Se a pessoa não consegue mais ficar de pé (está inconsciente ou esgotada) ou se você não tem força
suficiente, a manobra pode ser aplicada com ela sentada ou deitada.
Não importa se a pessoa está ficando sem reação, parecendo estar desfalecida. Inicie a manobra o
quanto antes!
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Crianças também podem ser socorridas através desta manobra.
Se a vítima for um bebê ou criança pequena, deite-a de bruços apoiando no seu braço. Dê 4 a 5 golpes
fortes com a parte hipotênar das mãos entre as escapulas, mas sem machucá-lo.
Mantenha o bebê apoiado no seu braço, virado de costas, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo.
O local das compressões está localizado a um dedo abaixo da linha mamilar e com a ponta do dedo
indicador e médio, pressione com um ligeiro alongamento ascendente. Se necessário, repetir 4 a 5 vezes.
Depois das 4 ou 5 compressões, verifica-se a vias aéreas superiores para ter a certeza que o objeto foi
expelido ou foi ingerido, caso não se localize o objeto executa-se uma ventilação artificial (boca-nariz)
apenas com o ar das bochechas, se o ar passar já é um bom sinal, caso o ar não passe, tem que
obrigatoriamente repetir toda manobra de Heimlich.
E, inclusive, você pode auto aplicar a manobra se estiver sozinho (a).
Aplique as compressões repetidamente até conseguir fazer a pessoa expelir o objeto!
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VENTILAÇÃO - VIAS AÉREAS
Oxigênio
O ar é composto de uma mistura de diversos gases, entre eles o oxigênio. Apenas 21% das moléculas de
gás que estão no ar são de oxigênio e apenas 0,04 % de gás carbônico, enquanto na expiração apresenta
uma proporção de 16 % de oxigênio e 4,6 % de gás carbônico, sendo o restante principalmente de
nitrogênio. Dos 21% de oxigênio circulante no ar só aproveitamos 4% e se houver uma concentração de
oxigênio maior que 23% podem causar a morte do indivíduo.
É interessante dizer que este percentual não varia com a altitude, isto é, tanto faz estar na cidade do
México com mais de dois mil metros de altitude, ou em Salvador, ao nível do mar, que o percentual de
oxigênio é o mesmo. Isto se deve a PRESSÃO BAROMÉTRICA. Quanto mais alto se situa uma cidade,
menor será sua pressão, portanto, as moléculas do ar ficarão mais dispersas, diminuindo então a pressão
de cada um dos gases que constituem o ar. Desta maneira a pressão de oxigênio é menor em um lugar
alto do que em um lugar ao nível do mar.
VIA AÉREA SUPERIOR E INFERIOR
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GLOTE E EPLIGOTE
MUSCULATURA DA INSPIRAÇÃO
São músculos que proporcionam o aumento da cavidade torácica com sua contração. O diafragma é o
principal deles, pois com sua contração há um aumento importante do diâmetro longitudinal do tórax.
Outros músculos importantes são os intercostais externos. Em situação de inspiração profunda, como no
exercício físico intenso, outros músculos colaboram com a inspiração, podemos citar os escalenos e o
esternocleidomastóideo.
É interessante observar que em condições de repouso somente a inspiração é ativa. A expiração ocorre
quando a musculatura inspiratória se relaxa. Somente na expiração forçada como no ato de soprar é que
se contraem os intercostais internos e os músculos da parede abdominal.
PULMÕES
O ser humano possui dois pulmões sendo o pulmão direito maior que o esquerdo, já que este divide o seu
espaço com o coração. O ar que entrou pelo nariz ou pela boca passa pela faringe, laringe e chega à
traquéia. Esta traquéia que você pode palpar na sua região anterior do pescoço. Subdivide-se na entrada
dos pulmões em dois brônquios. Estes brônquios se subdividem cerca de 23 vezes consecutivas, levando
a tamanhos cada vez menores, até chegar nos alvéolos. Os alvéolos se constituem na unidade funcional
do pulmão e existem em uma quantidade de vários milhões. Eles são organizados na forma de pequenos
sacos, cuja única comunicação é com o bronquíolo terminal. A organização anatômica dos alvéolos é
muito interessante. Eles se assemelham a um cacho de uvas, com isso ele aumenta em muito a sua
superfície. Estes alvéolos são cobertos por uma malha ou rede de vasos sanguíneos bem finos, OS
CAPILARES, tendo uma pequena membrana para separar o interior do alvéolo, onde está o ar, do interior
do capilar, onde passa o sangue.
No sangue, o oxigênio é transportado de duas maneiras: Livre em solução no meio líquido ou ligado a
uma proteína chamada de hemoglobina, que se encontra dentro das hemácias ou glóbulos vermelhos. A
quase totalidade do oxigênio é transportada no sangue nesta última forma.
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RESPIRAÇÃO PULMONAR
HEMATOSE
A hematose pulmonar é um processo químico-molecular que visa a estabilização das trocas gasosas entre
oxigênio x gás carbônico a fim de manter o equilíbrio ácido básico, ou seja, é a troca gasosa (oxigênio por
dióxido de carbono) que se realiza ao nível dos alvéolos pulmonares.
Frequência Respiratória
Bebês - 25 a 50 mrp (movimentos respiratórios por minuto)
Crianças - 15 a 30 mrp (movimentos respiratórios por minuto)
Adolescentes e Adultos - 12 a 20 mrp (movimentos respiratórios por minuto)
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Obstruções das Vias Aéreas Superiores - Base da língua caída.
Sinais e Sintomas
Sinais:
Sinais são tudo que possamos ver, sentir, ouvir ou tatear.
Sintomas:
1. Dificuldade respiratória
2. Ansiedade
3. Ronco - (queda da base da língua)
4. Gorgolejo - (sangue, saliva e vômito)
5. Midríase
SANGUE
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CARACTERISTICAS DO SANGUE
Dissolvidos no plasma existem também alguns gases, como o oxigênio, o gás carbônico e principalmente,
o nitrogênio. Uréia, ácido úrico, creatinina, glicose, gorduras e ácidos graxos também se encontram
presentes neste sistema de alimentação e defesa do corpo humano.
O CORAÇÃO
O coração possui um revestimento do músculo estriado com contração involuntária, atuando como uma
bomba aspirante-prumente, intermitente, com duas fases bem distintas. Uma de contração denominada de
sístole que ejeta o sangue e outra de relaxamento denominada de diástole que enche o músculo cardíaco
de sangue.
LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO
O coração está localizado no mediastino que é o terço médio do osso esterno e tem o tamanho
aproximado do punho fechado de uma pessoa.
COMPOSIÇÃO DO SANGUE (PLASMA)
Proteínas especiais Albuminas, Globulinas (anticorpos), Fibrinogênio,
Protombina, Aglutininas
Outras substâncias orgânicas Enzimas, Anticorpos, Hormônios, Vitaminas
Lipídios Colesterol, Triglicérides
Glucídios Glicose
Substâncias nitrogenadas Uréia, Ácido úrico, Creatinina
Sais inorgânicos Sódio, Cloro, Potássio, Cálcio, Fosfatos
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ELETROCARDIOGRAMA
Eletrocardiograma é um exame que avalia a atividade elétrica do coração, frequência, regularidade dos
batimentos, dimensão e a posição dos ventrículos. Qualquer lesão ao coração, efeitos de medicamentos
ou aparelhos para regular o coração são detectados.
MARCAPASSO
Um sistema de marcapasso propicia um estímulo elétrico no tempo apropriado para estimular o músculo
cardíaco e mantém uma frequência cardíaca efetiva, assegurando a capacidade de funcionamento do
coração. O sistema de marcapasso consiste em um gerador de pulsos elétricos e em um ou dois eletrodos
que conduzem o estímulo elétrico ao músculo cardíaco.
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ARTÉRIA RADIAL
É o melhor e mais fácil lugar para palpação da frequência cardíaca. A técnica mais comum é usar
as pontas do segundo e do terceiro dedo da mão para pressionar ligeiramente a artéria e então
encontrar o número de pulsações durante 10 segundos. Depois é só multiplicar o número de
pulsações por 6.
Áreas de batimentos cardíacos ou compressões arteriais
1 - TEMPORAL - Couro cabeludo
2 - CAROTÍDEA - Pescoço *
3 - FACIAL - Face
4 - SUBCLÁVIA - Peito
5 - BRAQUIAL - Braço
6 - AXILAR - Axila
7 - RADIAL - Punho *
8 - ULNAR - Braço
9 - FEMURAL - Virilha *
10 - POPLÍTEA - Perna
11 - PEDIAL DORSAL ou PEDIOSO - Pé
12 - APICAL - Esterno (hospitalar)
Ulnar
Apical
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Reanimação cardiopulmonar
O que é RCP?
Reanimação cardiopulmonar são as manobras realizadas na tentativa de reanimar uma pessoa vítima de
parada cardíaca "e/ou" respiratória.
Parada respiratória (interrupção do mecanismo de respiração) ou parada respiratória associada à parada
cardíaca (interrupção do funcionamento do coração). Este "e/ou" deve-se ao fato que poderá encontrar
uma vítima com parada respiratória por obstrução mecânica (objeto obstruindo a passagem do ar), que
ainda mantém batimentos cardíacos. Neste caso será necessária apenas a respiração artificial.
Qual a finalidade da RCP?
Ela tem como finalidade fazer com que o coração e pulmões voltem as suas funções normais. Conforme
aprendemos nos sinais vitais isto é necessário para a manutenção da oxigenação do cérebro, o qual não
pode passar mais de alguns minutos sem ser oxigenado, sob pena disto gerar lesões irreversíveis e
irreparáveis ao cérebro ou que a morte aparente se transforme em morte definitiva.
Chances de Salvamento
Tempo após a parada cardiorrespiratória
para iniciar as compressões cardíacas
Chances de reanimação da vítima
1 minuto 95 % (Provável instabilidade cardíaca)
2 minutos 90 %
3 minutos 75 %
4 minutos 50 % (Inconsciência cerebral)
5 minutos 25 %
6 minutos 1 % (Sequelas cerebrais)
8 minutos 0,5 %
10 minutos 0 % (Falência cerebral)
Em qualquer emergência desse tipo, aja rapidamente:
Mande alguém em busca de socorro médico;
Inicie o trabalho de reanimação da vítima sem demora, segundo as técnicas ensinadas.
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E lembre-se:
1. Se a parada respiratória ou a parada cardíaca acabaram de ocorrer, sempre há a possibilidade de
reanimar o acidentado: não deixe de tentar, ainda que a pessoa pareça estar morta;
2. Se a vítima já está com parada cardíaca, não basta fornecer-lhe apenas a respiração artificial: nesse
caso, respiração artificial e compressão cardíaca devem ser realizadas simultaneamente, segundo a
técnica ensinada.
Como se faz a COMPRESSÃO CARDÍACA?
O coração está no terço médio do “OSSO ESTERNO”;
É aí que deverá apoiar suas mãos para realizar as COMPRESSÕES CARDÍACAS.
Para que a compressão seja efetiva:
1. Posicione-se de preferência a esquerda da vítima;
2. Procure o terço médio (metade) do osso "esterno";
3. Apóie uma mão sobre a outra neste ponto;
4. Mantenha os braços esticados;
5. Comprima e solte o tórax ritmicamente por 30 vezes;
6. Contar em voz alta facilita a sequência.
ATENÇÃO!
Se a vítima mantiver o pulso continue fazendo apenas a respiração artificial.
Como se faz RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL?
Abra a boca da vítima e retire qualquer objeto que possa estar obstruindo a passagem do ar, estenda
o pescoço da vítima inclinando a cabeça levemente para trás para estender o pescoço;
Tampe o nariz da vítima, para que o ar que você assoprará na boca não saia pelo nariz dela;
Abra-lhe a boca;
Inspire profundamente e expire na boca da vítima, forçando o ar para dentro dos pulmões dela;
Repita o procedimento duas vezes a cada 15 segundos aproximadamente;
Observe se a vítima volta a respirar espontaneamente (sozinha). Tente ver o tórax se movimentando
ou ouvir a respiração;
Caso não volte continue o procedimento e monitore o pulso, pois é comum vítimas de parada
respiratória evoluírem para parada cardíaca também;
Crianças pequenas e pessoas com lesão na boca devem utilizar a respiração boca-nariz;
Os procedimentos são semelhantes, porém o socorrista fecha a boca da vítima e assopra pelo nariz,
abrindo a boca da vítima na expiração para facilitar a saída do ar.
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MÉTODOS DE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL
Com essa técnica você fornece oxigênio à vítima que deixou de respirar, ao mesmo tempo em que lhe
reativa o mecanismo de respiração. Deite a vítima de costas sobre uma superfície dura, levante-lhe as
pernas e apoia-as numa cadeira, por exemplo. Por vezes, somente essa medida basta para reativar a
circulação do sangue.
Método de Schafer
1. Deite a vítima em decúbito ventral sobre uma superfície dura, com um braço estendido e o outro
colocado sob a cabeça;
2. Ajoelhe-se à altura das nádegas da vítima e coloque as palmas das mãos sobre as últimas costelas;
3. Com todo o peso de seu corpo, pressione as costas da vítima durante dois ou três segundos para a
expiração, e deixe de exercer essa pressão por outros dois ou três segundos, para a inspiração;
4. Recomece a operação e prossiga até que a vítima se recupere.
Método Holger-Nielsen
Caso não haja condições de realizar o método boca a boca e seja detectada a ausência de fraturas, pode-
se combinar a pressão exercida nas costas da vítima com movimento dos braços. Deitar o paciente de
bruços, com a cabeça apoiada nas mãos e o rosto voltado para um dos lados para melhor respirar. Junte
os seus joelhos à cabeça da vítima e em seguida espalme as mãos nas costas dela. Os seus pulsos
devem ficar na altura das axilas do indivíduo. De forma vagarosa movimente para frente até que seus
braços estejam quase verticais. Ir aumentando a pressão gradativamente.
Em seguida, ajuste o peso do seu corpo sobre as costas da vítima e use movimentos menos bruscos para
a compressão final. Como última etapa desse processo, segure os cotovelos da vítima e levante seus
braços para trás até sentir a resistência máxima dos ombros. O ritmo é de 12 vezes por minuto podendo
se estender por mais de uma hora até que a respiração esteja restabelecida e o médico tenha chegado.
Método Sylvester
Esse método também é usado na impossibilidade de fazer o boca a boca. Colocar a vítima com o rosto
para cima. Apóie algo por baixo dos ombros para que a vítima incline a cabeça para trás. Ajoelhe-se
diante da vítima e coloque a cabeça dela entre os seus joelhos. Segure-lhe os braços pelos pulsos. Cruze-
os e comprima-os contra a parede inferior do peito. Depois puxe os braços do indivíduo para cima, para
fora e para trás o máximo que puder. Repetições: 15 vezes por minuto.
Cuidados: Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas dela. Aja imediatamente, sem desanimar.
Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas logo
após recobrar a consciência. O transporte da vítima é desaconselhável, a menos que seja possível manter
o ritmo da respiração de socorro. A posição precisa ser deitada. Procure um médico e transporte a vítima
quando ela se recuperar.
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Método de pressão sobre a cervical e elevação dos quadris
A vítima em decúbito ventral com um braço estendido ao lado da cabeça e o outro braço semi-flexionado
apoiando sua cabeça, que está sobre sua mão. Posteriormente você ira colocar suas mãos com os
polegares próximos um do outro apoiados na linha média da coluna e os dedos separados sobre a região
cervical e dorsal da coluna da vítima e irá fazer uma pressão lenta, constante e uniforme até que se
perceba uma resistência firme da caixa torácica. Posteriomentre você ira se posicionar próximo aos
quadris da vítima e ira segurar na região sacroilíaca dos quadris ou vulgarmente chamado de saliências
dos quadris e com os seus braços estendidos eleve os quadris da vítima aproximadamente 15 cm do solo
e depois dessa com bastante suavidade, repetindo esta operação de 15 a 20 vezes por minuto até que se
restabeleça a respiração normal.
Método de pressão no tórax e elevação dos braços
A vítima em decúbito dorsal com os braços semiflexionados apoiados no seu tórax, você ira colocar uma
toalha na região cervical e dorsal da coluna da vítima. Posteriormente você irar segurar a vítima pelos
punhos e apoiando suas mãos sobre a da vítima e irar fazer uma pressão moderada sobre o tórax da
mesma até que sinta uma resistência natural do tórax causada pela expulsão do ar dos pulmões. Depois
alongue os braços da vítima segurando pelos punhos descrevendo um movimento ascendente permitindo
que o ar penetre nos pulmões. Repita esta operação 20 vezes por minuto até que se normalize a
respiração.
Método de pressão sobre a cervical e elevação dos braços
Deite a vítima em decúbito ventral, com os braços flexionados próximo ao pescoço, segure a cabeça da
vítima fazendo uma leve extensão do pescoço, em seguida coloque suas mãos na região cervical da
coluna, com os polegares próximos e os dedos separados. Posteriormente você vai fazer uma pressão
lenta, constante e uniforme através das suas mãos. Ao terminar a pressão, deixará que haja o retrocesso
do ar aos pulmões e nesse momento você irar elevar os braços da vítima pelos cotovelos até sentir a
tensão dos ombros da vítima e irar soltar suavemente os braços até a posição inicial. Repita esta
operação 20 vezes por minuto até que se normalize a respiração.
Há diversas técnicas de respiração artificial por compressão do tórax, as quais são empregadas quando
nem o boca a boca nem a boca a nariz podem ser aplicados.
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Método boca a boca
É considerado o mais eficiente entre os métodos de respiração artificial e compressões cardíacas de
urgência/emergência, pois introduz grandes volumes de ar nos pulmões da vítima e também por ser de
fácil manuseio.
1 - Deite a vítima de costas, sobre uma superfície dura (chão, mesa, areia da praia etc.), com os braços
estendidos ao longo do corpo;
2 - Verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30 compressões torácicas;
3 - Retire da boca da vítima detritos, dentaduras e outros;
4 - Segure a cabeça da vítima e coloque uma das mãos sob o queixo e outra na parte alta da cabeça
(testa) da vítima, levante-lhe o pescoço e incline-lhe a cabeça para trás, até que a ponta do queixo fique
voltada para cima. Mantenha a cabeça nessa posição, usando como apoio, por exemplo, uma toalha
enrolada;
5 - Tampe as narinas da vítima com o indicador e o polegar e abra-lhe completamente a boca;
6 - Encha bem os pulmões e coloque sua boca sobre a da vítima, sem deixar frestas;
7 - Sopre com força, até notar que os pulmões da vítima se expandem e o tórax se eleva;
8 - Retire a boca, destampe as narinas da vítima e observe sua expiração passiva, isto é, o esvaziamento
natural dos pulmões, intercalando 30 compressões e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100
(cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança;
Atenção:
- A cabeça da vítima deve ficar parcialmente para trás enquanto durar o trabalho de respiração artificial,
pois isso facilita a penetração de ar em seus pulmões. Ao soprar, procure introduzir nos pulmões da vítima
a maior quantidade possível de ar. Faça a respiração artificial uniformemente e sem interrupção, durante o
tempo que for necessário, às vezes pode levar até mais de 1 hora até a recuperação da vítima. Não
desanime nem deixe vencer pelo cansaço, em poucos minutos o acidentado começara a apresentar
inspirações espontâneas isoladas e aos poucos, sua respiração se normalizará;
9 - Mesmo que a vítima se recupere completamente, ela deverá receber socorro médico.
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Método boca-nariz
Trata-se de uma variação do boca a boca, usada quando a vítima tem detritos demais dentro da boca,
mandíbula fraturada, corte com hemorragia na boca ou está com os maxilares endurecidos e sua boca
não pode ser aberta:
1 - Deite a vítima de costas, sobre uma superfície dura (chão, mesa, areia da praia etc.), com os braços
estendidos ao longo do corpo;
2 - Verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30 compressões torácicas;
3 - Retire da boca da vítima detritos, dentaduras e outros;
4 - Segure a cabeça da vítima e coloque uma das mãos sob o queixo e outra na parte alta da cabeça
(testa) da vítima, levante-lhe o pescoço e incline-lhe a cabeça para trás, até que a ponta do queixo fique
voltada para cima. Mantenha a cabeça nessa posição, usando como apoio, por exemplo, uma toalha
enrolada;
5 - Segure o queixo da vítima, apertando os maxilares para impedir a saída, pela boca, do ar que vai ser
insuflado pelo nariz;
6 - Cole sua boca às narinas da vítima e sopre fortemente, como no método boca a boca;
7 - Retire a boca, destampe as narinas da vítima e observe sua expiração passiva, isto é, o esvaziamento
natural dos pulmões, intercalando 30 compressões e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100
(cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança;
8 - Mesmo que a vítima se recupere completamente, ela deverá receber socorro médico.
Método boca-nariz (para crianças)
Em anteparo rígido, verifique o pulso da criança no máximo por 10 segundos se não houver pulsação,
faça 30 compressões torácicas, com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás, levante o queixo
projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar, coloque sua boca sobre a boca e o
nariz da criança e sopre suavemente até que os pulmões dela se encham de ar e o peito se levante. Deixe
que ela expire livremente e recomece essa operação, intercalando 30 compressões cardíacas e 2
ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta,
adolescente ou uma criança. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Aprenda a fazer respiração boca a boca
1 - Em anteparo rígido, verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30
compressões torácicas;
2 - Cheque se a via respiratória não está obstruída. Segure a cabeça da vítima e coloque uma das mãos
sob o queixo e outra na parte alta da cabeça (testa) da vítima, levante-lhe o pescoço e incline-lhe a
cabeça para trás, até que a ponta do queixo fique voltada para cima. Em seguida, abra a boca, pressione
a língua para baixo e veja se não há algum objeto ou secreção impedindo a passagem de ar. Remova-o
com os dedos;
3 - Se, com isso, a pessoa não voltar a respirar, afrouxe as roupas, mantenha esticado o pescoço da
vítima e comece a respiração artificial;
4 - Feche as narinas da vítima usando os dedos da mão que está sobre a testa;
5 - Inspire fundo, abra sua boca e coloque-a sobre a boca da vítima (se for uma criança, cubra também o
nariz com sua boca);
6 - Sopre o ar até que o tórax da vítima se movimente como em uma respiração normal. Use força com
adultos, suavidade com crianças;
7 - Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar;
8 - Recomece essa operação, intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo
mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança. Verifique
sempre se a vítima está recuperando seus movimentos respiratórios;
9 - Se a vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode
parar de respirar novamente.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Reanimação ou Manutenção Cardiopulmonar
Protocolo para adultos, adolescentes, crianças e bebês.
1 ou 2 socorristas.
1. Em anteparo rígido, verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30
compressões torácicas.
2. Verifique as vias aéreas e a respiração. Se estiver parado, faça 2 ventilações.
3. Manter 2 ventilações e 30 compressões torácicas.
4. Ritmo mínimo de 100 compressões por minuto.
Compressão Cardíaca
O socorrista coloca-se em um plano superior ao do paciente de tal modo que os seus braços em extensão
possam executar a manobra. Apóiam-se as eminências tênar e hipotênar de uma das mãos sobre a
metade inferior do esterno, com os dedos estendidos. A outra mão é apoiada sobre a primeira, sem
encostar no esterno do paciente. Os braços do socorrista são mantidos em extensão e aproveitando o
peso do seu corpo ele aplica na vítima uma pressão suficiente para deprimir 5 cm durante meio segundo.
Em seguida, retira subitamente a compressão intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações
artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou
uma criança.
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LOCAL DAS COMPRESSÕES
Adulto - Terço médio do tórax localiza-se o apêndice xifóide e dois dedos acima, no centro do tórax é o
local das 30 compressões. Apóiam-se as eminências tênar e hipotênar de uma das mãos sobre a metade
inferior do esterno, com os dedos estendidos a outra mão é apoiada sobre a primeira, sem encostar no
esterno do paciente. Os braços do socorrista são mantidos em extensão a um ângulo de 90º e
aproveitando o peso do seu corpo ele aplica na vítima uma pressão suficiente para deprimir 5 cm durante
meio segundo, olhando sempre para o horizonte e com a contagem em alto som. Em seguida, retira
subitamente a compressão intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo
mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança.
Aprenda a fazer compressão cardíaca
Na criança a técnica de reanimação é igual a aplicada em adultos, porém, nas crianças menores de 8
anos a compressão é feita com apenas uma das mãos, e em bebês, através da compressão torácica
pelos dedos indicador e médio. No bebê, o local da compressão está à largura de um dedo abaixo da linha
intermamilar, na linha mediana.
São no mínimo 100 compressões por minuto, em adultos, crianças e bebês. A ventilação é feita de
maneira independente da compressão cardíaca externa mantendo o seu número em cerca de 04 a 06
ventilações por minuto. Para avaliação da eficácia dos procedimentos, verifica-se a presença de pulsação
na artéria radial correspondentes as compressões efetuadas.
Quando Cessar a Reanimação:
Ambiente de risco;
Quando você entrar em exaustão;
Quando o médico mandar parar;
Quando a vítima voltar à consciência.
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MEDIDAS DE REANIMAÇÃO
1 - Manutenção das vias aéreas permeáveis
No indivíduo inconsciente, em decúbito dorsal frequentemente a base da língua entra em contato com a
parede posterior da faringe, obstruindo as vias aéreas superiores. A manobra de elevação da mandíbula
com extensão da cabeça permite a livre passagem do ar. Deve-se proceder a limpeza da região da
orofaringe usando compressas, lenços ou um aspirador, caso haja a disponibilidade. Se houver suspeita
de lesão cervical fazer uma leve extensão e manter sempre a cabeça alinhada com o corpo. Isto é obtido
usando-se uma das mãos na face do paciente, enquanto dois dedos da outra mão elevam o mento.
2 - Respiração Boca a Boca
Deite a vítima de costas, sobre uma superfície dura (chão, mesa, areia da praia etc.), com os braços
estendidos ao longo do corpo, verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça
30 compressões torácicas, retire da boca da vítima detritos, dentaduras e outros, segure a cabeça da
vítima e coloque uma das mãos sob o queixo e outra na parte alta da cabeça (testa) da vítima, levante-lhe
o pescoço e incline-lhe a cabeça para trás, até que a ponta do queixo fique voltada para cima. Mantenha a
cabeça nessa posição, usando como apoio, por exemplo, uma toalha enrolada. Tampe as narinas da
vítima com o indicador e o polegar e abra-lhe completamente a boca, encha bem os pulmões e coloque
sua boca sobre a da vítima, sem deixar frestas, sopre com força, até notar que os pulmões da vítima se
expandem e o tórax se eleva. Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar, recomece essa
operação, intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100
(cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança. Verifique sempre se a
vítima está recuperando seus movimentos respiratórios. Se a vítima voltar a respirar, interrompa a
respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.
A cabeça da vítima deve ficar parcialmente para trás enquanto durar o trabalho de respiração artificial,
pois isso facilita a penetração de ar em seus pulmões, ao soprar, procure introduzir nos pulmões da vítima
a maior quantidade possível de ar, faça a respiração artificial uniformemente e sem interrupção, durante o
tempo que for necessário, às vezes pode levar até mais de 1 hora até a recuperação da vítima. Não
desanime nem deixe vencer pelo cansaço, em poucos minutos o acidentado começara a apresentar
inspirações espontâneas isoladas e aos poucos, sua respiração se normalizará e mesmo que a vítima se
recupere completamente, ela deverá receber socorro médico.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
3 - Compressão Cardíaca Externa
O socorrista coloca-se em um plano superior ao do paciente de tal modo que os seus braços em extensão
possam executar a manobra. Apóiam-se as eminências tênar e hipotênar de uma das mãos sobre a
metade inferior do esterno, com os dedos estendidos a outra mão é apoiada sobre a primeira, sem
encostar no esterno do paciente. Os braços do socorrista são mantidos em extensão a um ângulo de 90º e
aproveitando o peso do seu corpo ele aplica na vítima uma pressão suficiente para deprimir 5 cm durante
meio segundo, olhando sempre para o horizonte e com a contagem em alto som. Intercale 30
compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto
para a vítima adulta, adolescente ou uma criança. Verifique sempre se a vítima está recuperando seus
movimentos respiratórios. Se a vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie
sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.
Na criança a técnica de reanimação é igual à aplicada em adultos, porém, nas crianças menores de 8
anos a compressão é feita com apenas uma das mãos, e em bebês , através da compressão torácica
pelos dedos indicador e médio. No bebê, o local da compressão está à largura de um dedo abaixo da linha
intermamilar.
São no mínimo 100 compressões por minuto, em adultos, crianças e bebês. A ventilação é feita de
maneira independente da compressão cardíaca externa mantendo o seu número em cerca de 04 a 06
ventilações por minuto. Para avaliação da eficácia dos procedimentos, verifica-se a presença de pulsação
na artéria radial correspondentes as compressões efetuadas juntamente com os parâmetros vitais.
4 - Desfibrilação
Deve ser efetuada sem perda de tempo no primeiro minuto da parada cardíaca, antes mesmo de se
conhecer o ritmo causal, pois existem boas perspectivas de recuperação pelo método. Atualmente,
preconiza-se a sua utilização até mesmo por paramédicos treinados que atendem em domicílio vítima de
parada cardíaca. As pás do desfibrilador são colocadas na borda superior direita do esterno, abaixo da
clavícula e na ponta do coração; não se esquecer de colocar gel condutor, para não queimar o paciente.
Inicia-se com aplicação de 200 joules (watts/seg.), aumentando-se seguidamente em caso de não haver
resposta, até 400 joules (watts/seg.). Se ainda assim não houver resposta, deve-se pensar em
hipossistolia ou assistolia. Nos intervalos entre os choques, o paciente devera ser mantido com a
compressão cardíaca e ventilação artificial. Em alguns desfibriladores, a própria pá serve como eletrodo
para o monitoramento do ECG, podendo se verificar com segurança o ritmo e o resultado obtidos pelo
método.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
CONCEITO
Remoção da vítima de um local perigoso para uma área segura e deve ser feito por pessoas treinadas e
em algumas situações com equipamentos especiais.
INDICAÇÕES:
Vítimas inconscientes;
Vítimas com queimaduras grandes;
Hemorragias graves;
Envenenados;
Vítimas sob suspeita de fraturas, luxações e entorses.
CUIDADOS:
Tem que verificar o que é mais grave no momento;
Observar os sinais vitais;
Controlar hemorragia;
Imobilizar (se houver suspeita de fratura);
Evitar ou controlar estado de choque;
Manter a vítima deitada.
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DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Transporte de vítimas
A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com um máximo de cuidado, a fim de não
agravar as lesões existentes. Antes da remoção da vítima, devem-se tomar as seguintes providências:
Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa;
Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um
casaco ou cobertor;
Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca,
lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima;
Se precisar improvisar uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós;
Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás;
Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima pode levar rapidamente ao estado
de choque;
Se houver parada respiratória, inicie imediatamente a respiração boca a boca e faça as compressões
cardíacas;
Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura;
Se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal, como um
só bloco, levando até a sua maca;
No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o
levantamento e o transporte;
Lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos.
Atenção:
Movimente o acidentado o menos possível;
Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte;
O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a
vítima;
Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a compressão cardíaca, se estas forem
necessárias. Nem mesmo durante o transporte.
TIPOS DE TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Transporte de Apoio
Auxiliar na locomoção pode ser com um ou dois socorristas. Para longas distâncias. Indicado para casos
de luxações, entorses, fraturas de membros inferiores (sem hemorragia). Não é indicado para
envenenados.
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Transporte de Cadeira
Faz-se com a vítima sentada na cadeira. Deve ser realizado por duas pessoas. Retirada de vítimas de
locais onde seja inviável o transporte de arrasto, dentre outros.
Transporte de Cadeirinha
Os socorristas seguram os antebraços um do outro. A vítima senta-se sobre os braços dos socorristas e
os braços da vítima deverão passar por trás do pescoço dos socorristas.
Transporte pelas Extremidades
O socorrista que apoiará o tórax da vítima passa os seus braços por baixo da mesma e cruza-o sobre o
peito da vítima. As costas da vítima devem estar em contato com o peito do socorrista. O outro socorrista
irá ajoelhar-se, colocar as pernas da vítima sobre as suas, abraçar as pernas da vítima e se levantar.
Transporte em Braço ou nas Costas
Faz-se carregando a vítima, como noivos. Para longas distâncias. Indicado para transporte de pessoas
inconscientes sem suspeita de lesão da coluna.
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Transporte em Bloco
Utilizado por três ou quatro socorristas. A vítima é transportada em bloco evitando ao máximo movimento
na coluna. Os socorristas devem estar atentos ao caminhar para não tropeçarem um no outro. A direção
do deslocamento durante o transporte é na dos pés da vítima.
Transporte por Arrasto
Para curtas distâncias. Há várias formas de transporte de arrasto como usando lençol ou pelos braços.
Indicado para vítimas com suspeita de lesão na coluna. Deve-se manter a cabeça da vítima imóvel
durante o transporte.
Transporte Bombeiro
Indicado para remoção de vítimas com dificuldade de movimentação ou inconscientes. Contra indicado
para suspeita de lesão da coluna. Deve ser realizado por pessoas treinadas e fortes, pois pode machucar
a vítima.
Transporte em Maca
Deve ser utilizado em situações nas quais a vítima precisará ser deslocada para um local mais seguro ou
em locais sem possibilidade de chegada de socorro adequado.
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Trauma de crânio
O cérebro é protegido por uma caixa óssea, o crânio.
Este é o órgão mais nobre e sensível do corpo humano e também o que apresenta menor chance de
recuperação, quando lesado. Ele possui diversas artérias, veias e capilares, as quais podem se romper no
trauma. Como o crânio (parte óssea) é rígido e o cérebro mais macio, uma hemorragia irá gerar um
hematoma, que por sua vez irá crescer comprimindo o cérebro, o que certamente trará lesões
neurológicas. Algumas vezes nem há sangramento, apenas o "balançar" do cérebro dentro da caixa
craniana é o bastante para fazê-lo inchar e comprimir-se.
Sinais e sintomas:
Perda da consciência, sonolência, desorientação;
Área de depressão no crânio;
Sangramento pelo nariz ou ouvido;
Paralisia de um lado do corpo;
Perda da visão;
Convulsões;
Vômitos;
Dor de cabeça forte e persistente;
Perda de equilíbrio;
Instabilidade respiratória;
Isto tudo pode ocorrer até 24 horas após o trauma*.
Assim sendo, pessoas com história de traumatismo craniano, mesmo que de pequeno porte que
comece a apresentar estes sintomas, devem ser encaminhadas para avaliação médica.
TRAUMA NA CABEÇA
Crânio e Encéfalo
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Cérebro
A atividade direta do cérebro (ótico, gustativo, olfativo e auditivo), os outros estão ligados a medula
espinhal.
Ventrículos
São sacos de amortecimento do cérebro.
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Camada de Proteção do Crânio
Caixa craniana
Forâmen Magno - medula espinhal.
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Meninge
Meninge são camadas de osso da caixa craniana e entre elas há o líquor que é um liquido claro que serve
de amortecimento para impactos, quando ocorre inflamação destas meninges chama-se meningite.
Trauma Craniano
Trauma Cerebral
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Sinais e sintomas:
Olhos (arrocheamento).
Hemorragia atrás da orelha ou na base da nuca.
Posturas de lesões Cerebrais.
Observação:
Se a lesão for no CÓRTEX CEREBRAL - Posição de contração.
Se a lesão for no CEREBELO - Posição de expansão.
Cuidado com trauma de cabeça:
1. Peça ajuda em caráter de emergência;
2. Faça o protocolo CAB;
3. Mantenha o paciente em repouso;
4. Controle a hemorragia;
5. Não aplique compressão direta;
6. Use um curativo volumoso (absorvente);
7. Não parar o fluxo de líquidos que possam sair da orelha e nariz;
8. Converse com a vítima para perceber o nível de consciência;
9. Faça curativo nas outras feridas abertas.
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TRAUMA NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL
QUADRÚPEDES x BÍPEDES
Os quadrúpedes quando parados apóiam as quatro patas no solo o que lhes dá uma excelente
estabilidade. Quando andam vagarosamente eles coordenam as suas quatro patas de maneira que
sempre três delas apoiam-se no solo e este mecanismo permite também a estabilidade de um tripé. “Esta
estabilidade foi perdida quando os nossos ancestrais os HOMINÍDEOS há cerca de 4,5 milhões de anos
ficaram de pé assumindo a posição de bípedes e esboçaram os seus primeiros passos através das
florestas”.
A posição bípede exige um sistema de controle da estabilidade muito mais complexo. Além disso, a
coluna passou a suportar uma carga muito maior e a exercer não só a função de equilíbrio, mas também
de sustentação e movimento. Tais funções são exercidas principalmente pelo esqueleto e pelos músculos.
A medula nervosa é parecida com um cabo telefônico, com milhões “fios” em seu interior.
Ela nasce no cérebro e vem descendo por dentro dos ossos da coluna (vértebras), emitindo um ramo de
nervo a cada vértebra. Cada "fio" que compõe este nervo vai até um órgão ou músculo levando a
informação (ordem) emitida pelo cérebro.
Num trauma de coluna pode haver fratura de uma vértebra com grande possibilidade de lesar a medula
nervosa, interrompendo esta troca de informações.
Sinais e Sintomas:
Pacientes conscientes podem referir dor na coluna, formigamentos irradiando-se para braços ou
pernas;
Em casos em que já houve lesão do tronco nervoso, podem referir não sentir o membro;
Quando se queixam destes sintomas nos braços (membros superiores), a lesão provavelmente foi na
região cervical (pescoço);
Estas queixas referidas apenas à perna (membros inferiores), a lesão ocorreu em um segmento mais
baixo, sendo mais comum na região lombar.
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O que fazer:
1. Chamar o resgate;
2. Imobilizar o pescoço e a coluna, ou impedir que a vítima se movimente até que chegue socorro
especializado. Lembre-se que algumas vítimas podem se apresentar agitadas;
3. Verificar sinais vitais e aplicar RCP se necessário;
4. Avaliar o nível de consciência;
5. Avaliar e cuidar dos demais ferimentos, hemorragias, etc.
O que não fazer:
1. Não transporte ou movimente a vítima sem a real necessidade;
2. Não ofereça alimentos ou bebidas, mesmo que esteja consciente. Ela pode tornar-se inconsciente,
vomitar e aspirar o vômito.
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Vértebras
Vértebras são discos ósseos interligados (sobrepostos), um sobre o outro, separados por discos vertebrais
cartilaginosos que servem como amortecedores de impactos.
Sinais e Sintomas:
Dificuldade para respirar;
Dormência, fraqueza e perda de sensibilidade;
Paralisia dos membros;
Priapismo (Contração involuntária do pênis persistente e dolorosa).
Mecanismos de Trauma na Coluna Cervical:
1. Hiperextenção
2. Hiperflexão
3. Compressão
4. Rotação
5. Distração
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Batida de automóvel (efeito chicote)
Cuidados com Traumas no Pescoço e na Coluna Vertebral:
1. Faça o protocolo CAB;
2. Toda vítima vai ser tratada como se tivesse TRM (Trauma Raquio Medular);
3. Mantenha em repouso e estabilizado.
IMOBILIZAÇÃO (colar cervical).
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ARTÉRIA RADIAL
É o melhor e mais fácil lugar para palpação da frequência cardíaca. A técnica mais comum é usar
as pontas do segundo e do terceiro dedo da mão para pressionar ligeiramente a artéria e então
encontrar o número de pulsações durante 10 segundos. Depois é só multiplicar o número de
pulsações por 6.
Áreas de compressões em caso de hemorragias arteriais
1 - TEMPORAL - Couro cabeludo
2 - CAROTÍDEA - Pescoço
3 - FACIAL - Face
4 - SUBCLÁVIA - Peito
5 - BRAQUIAL - Braço
6 - AXILAR - Axila
7 - RADIAL - Punho
8 - ULNAR - Braço
9 - FEMURAL - Virilha
10 - POPLÍTEA - Perna
11 - PEDIAL DORSAL ou PEDIOSO - Pé
Ulnar
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Hemorragias - Externas
Hemorragia externa é quando ocorre a visualização externa do sangue. A gravidade de uma hemorragia é
dada pela quantidade e velocidade da perda de sangue ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia,
artéria ou capilar).
O que fazer:
Coloque a vítima deitada e procure manter o ferimento acima do nível do coração;
Não retire objetos incrustados e não coloque nenhuma substância no ferimento;
Proteja-se do contato com o sangue;
Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado,
toalhas ou gazes grossas;
Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e mantenha unidas. Ainda, caso o
sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos;
Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas
que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas
ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos;
Não aplique substâncias como pó de café ou qualquer outro produto.
Procure auxílio médico imediato.
Observação:
Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente para estancá-los,
comprima a artéria ou a veia proximal responsável pelo sangramento contra o osso, impedindo a
passagem de sangue para a região afetada.
Hemorragias - Internas
Hemorragia interna é quando não ocorre visualização externa do sangue, o extravasamento de sangue é
coletado para o interior do corpo (cavitária). A hemorragia interna pode levar rapidamente ao estado de
choque hipovolêmico e por isso, a situação deve ser acompanhada e controlada com muita atenção para
os sinais externos:
Pulso fraco e acelerado;
Pele fria e pálida;
Mucosas dos olhos e da boca brancas;
Mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea;
Sede, tontura e inconsciência.
Geralmente precedido de história de trauma no abdômen ou tórax, como socos, contusão do tórax no
volante em acidente automobilístico e outros.
Uma contusão ou fratura de costela pode lesar uma artéria do pulmão causando hemorragia pulmonar, no
abdômen, uma compressão externa por um dos motivos acima citados, pode romper o baço, fígado, rins
ou intestino fazendo-os sangrar internamente, pode ainda haver "explosão” de órgãos ôcos como
estômago, intestinos e bexiga. Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertor e procure
auxílio médico imediato.
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Sinais comuns de hemorragias internas:
Torpor (pré desmaio);
Palidez;
Sede;
Aumento dos batimentos cardíacos.
O que fazer:
Peça ajuda URGENTE;
Coloque a vítima deitada e eleve as pernas;
Monitore os sinais vitais;
Se preciso, aplique RCP.
O que não fazer:
Não dê qualquer tipo de alimento ou bebida a vítima. Ela pode tornar-se inconsciente, vomitar e aspirar o
alimento e/ou água. Se ela queixar-se muito de sede, molhe um lenço apenas para umidificar a língua.
Não retire objetos incrustados no ferimento como gravetos, hastes metálicas (vergalhões, facas, etc.).
As hemorragias se caracterizam por:
LOCALIZAÇÃO
Boca
Nariz
Ouvido
Ânus
Uretra
Vagina
O que fazer:
1. Compressão direta sobre a lesão;
2. Elevação do membro lesado;
3. Compressão dos pontos arteriais. (um corte distal procura-se uma artéria proximal para fazer a compressão).
Ulnar
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TIPOS
Equimose - mancha limitada
Sufusão - hemorragia extensa
Petéquias - fragilidade capilar
Hematoma - mancha arroxeada
QUALIDADE
ARTERIAL - O sangue sai em jatos intermitentes, provocados pela sístole do coração. Vermelho
rutilante e rico em oxigênio
VENOSA - O sangue flui em filete contínuo. Vermelho escuro e rico em gás carbônico.
CAPILAR - O sangue sai em gotejamento.
VOLUME
PEQUENA - Até 500 ml sangue, não “interferindo” nos parâmetros vitais.
MÉDIA - De 500 a 1000 ml de sangue.
GRANDE - Acima de 1000 ml de sangue.
Hemorragias - Nasais
Algumas pessoas costumam apresentar sangramentos nasais espontâneos, principalmente no verão,
inverno, grandes altitudes e em períodos de estiagem.
O que fazer:
Para estancar este tipo de hemorragia basta que façamos a compressão do lado que está sangrando por
10 minutos. Não se deve tentar "limpar" o nariz logo após estancada a hemorragia pois poderemos retirar
o coágulo e ele voltará a sangrar.
Picos de hipertensão (pressão alta) e traumas de crânio podem causar este tipo de hemorragia. Desta
forma pessoas com história de hipertensão ou de traumatismos cranianos devem ser encaminhadas ao
pronto socorro para avaliação médica.
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As principais lesões em atletas
Quadro de estatísticas segundo o livro Manual de Medicina do Esporte, Fascículo 2 da Sociedade
Brasileira de Medicina Esportiva. Comissão Científica, Dr. João Gilberto Carazzato. O autor apresenta um
número de atendimentos executados com frequência de 3 horas semanais durante 20 anos (1972 a 1992)
ininterruptos, as principais lesões são:
Segmentos Corpóreos %
Joelho.....................................................................
Tornozelo...............................................................
Coluna....................................................................
Mão.........................................................................
Ombro....................................................................
Coxa.......................................................................
Pé...........................................................................
Punho.....................................................................
Perna......................................................................
Antebraço...............................................................
Cotovelo.................................................................
Bacia......................................................................
Braço......................................................................
Outros ...................................................................
26,7
19,5
13,5
13,3
7,9
5,2
3,7
3,5
3,1
1,3
0,9
0,7
0,4
0,4
Tipo de Lesão % de Lesões
Entorse 35,5
Contusão 4,5
Menisco 6,1
Mioentesite 10,7
Patela Sub-Luxans 8,9
Fraturas 4,3
Coluna 10,1
Tendinite 3,5
Osteocondrite 2,0
Neurite 1,0
Bursite 0,3
Luxação 1,3
Artrose 0,6
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Entorses
Entorses ocorrem quando uma articulação entre dois ossos são forçadas além de seus limites causando
muitas vezes hematomas e inchaço na região, com lesões parciais ou totais dos ligamentos (estrutura que
sustenta as articulações).
PODEM SER:
LEVE - Dor desprezível, capacidade funcional inalterada.
Tempo de recuperação de (07 a 14 dias);
MODERADA - Ruptura parcial, dor considerável, capacidade funcional alterada.
Tempo de recuperação de (14 a 21 dias);
GRAVE - Ruptura total, dor intensa, incapacidade funcional.
Tempo de recuperação (acima de 35 dias).
Sinais e Sintomas:
Dor;
Edema;
Hemorragia interna;
Incapacidade funcional;
Dismorfia (desalinhamento ou disfunção do segmento ósseo).
O que fazer:
Imobilização provisória;
Crioterapia;
Indumentária (folgar as roupas);
Psicoterapia;
Encaminhe a vítima ao pronto socorro o mais breve possível.
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Luxações
A luxação é uma lesão onde as extremidades ósseas que formam uma articulação ficam deslocadas,
permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O desencaixe de um osso da articulação (luxação)
pode ser causado por uma pressão intensa, que deixará o osso numa posição anormal, ou também por
uma violenta contração muscular. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Em caso de
luxação, o socorrista deverá proceder como se fosse um caso de fratura, imobilizando a região lesada,
sem o uso de tração. No entanto, devemos sempre lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de
uma fratura.
Podem ser:
Incompleta ou Parcial - (superfícies ósseas perdem parcialmente o contato).
Completa ou Total - (superfícies ósseas perdem totalmente o contato).
Simples - Lesão na superfície óssea.
Complexa - Lesão nas superfícies ósseas e rompimento da cápsula sinovial.
Sinais e Sintomas:
Dor intensa;
Edema;
Hemorragia interna;
Incapacidade funcional;
Dismorfia (desalinhamento ou disfunção do segmento ósseo).
O que fazer:
Imobilização provisória;
Crioterapia;
Indumentária (folgar as roupas);
Psicoterapia;
Encaminhe a vítima ao pronto socorro o mais breve possível.
O que não fazer:
Não tente colocar o osso no lugar!
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Fraturas
Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da continuidade do tecido ósseo. A
fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura simples não há o rompimento da pele
sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente, possibilitando
sangramentos e um aumento do risco de infecção.
No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da lesão. O socorrista poderá
identificar também, deformidades, edemas, hematomas, exposições ósseas, palidez ou cianose das
extremidades e ainda a redução de temperatura no membro fraturado. A imobilização provisória é o
socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou suspeitas de fraturas. Quando executada de forma
adequada, a imobilização alivia a dor, diminui a lesão tecidual, o sangramento e a possibilidade
de contaminação de uma ferida aberta. Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado,
o socorrista deverá cobrir o ferimento com um pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá a
possibilidade de contaminação e controlará as hemorragias que poderão ocorrer na lesão. É importante
que nas fraturas com deformidade em articulações (ombros, joelhos, etc.), o socorrista imobilize o membro
na posição em que ele for encontrado, sem mobilizá-lo.
Sinais e Sintomas:
Dor em um osso ou articulação;
Incapacidade de movimentação;
Adormecimento e formigamento;
Mudança na coloração local da pele;
Dismorfia (forma ou posição anormal de um osso ou articulação);
Vítima refere ter ouvido ou sentido um "estalo".
O que fazer:
1. Gentilmente apalpe o corpo, dedos das mãos e pés, sempre observando se há reação de dor;
2. Tranquilize e movimente a vítima o mínimo possível;
3. Cubra ferimentos com gazes ou panos limpos;
4. Imobilize o membro com tipóias, talas e ataduras;
5. Aguarde socorro especializado.
O que não fazer:
NÃO TENTE COLOCAR O OSSO NO LUGAR!
Pela proximidade dos ossos com as artérias e veias, a manipulação incorreta do osso fraturado pode lesá-
las, complicando a situação. A lesão da artéria pode interromper o fluxo de sangue para o restante do
membro (isquemia).
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
Hipotermia - Exposição ao frio
O tempo de exposição à água fria pode causar hipotermia, isto significa que a temperatura do corpo cai
abaixo de 35ºC.
TIPOS DE HIPOTERMIA
LEVE - 35ºC a 33ºC - Sensação de frio, tremor, espasmo muscular, exaustão física e as extremidades
(ponta dos dedos, lábios, nariz, orelhas) apresentam tonalidade cinzenta ou cianótica (levemente
arroxeada).
MODERADA - 33ºC a 30ºC - Confusão mental, espasmos musculares intensos, sonolência quase
inconsciente pode ocorrer agressividade, depressão ou euforia e frequência cardíaca lenta ou irregular.
GRAVE - Menos de 30ºC - Causa inconsciência e imobilidade (rigidez muscular), os calafrios param, as
pupilas tendem a dilatar e a frequência cardíaca e respiratória são quase imperceptíveis e morte eminente.
Como Identificar uma hipotermia:
História de exposição ao frio;
Fraqueza, sonolência;
Pele pálida, azulada;
Confusão mental;
Rigidez muscular.
O que fazer:
1. Retire roupas molhadas;
2. Aqueça a vítima de alguma forma, cobertores, banhos quentes, etc.;
3. Se estiver consciente ofereça bebidas quentes.
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
SALVAMENTO NA ÁGUA
1. PREVENÇÃO
Compreende uma série de medidas tomadas, preventivamente pelas autoridades competentes através de
proibições ou limitações de áreas impróprias para o banho, por oferecer perigo de vida.
Completam estas medidas a atuação do pessoal e material especializado, no caso os salva-vidas, com
orientações aos banhistas, através de sinalizações por meio de bandeirolas, apitos, embarcações ou
demarcações de áreas na praia, onde o mar não é próprio para o banho.
Por último, os conhecimentos, a prudência e precaução dos próprios banhistas, que usam do bom-senso,
não se aventurando em mar perigoso.
2. CONDIÇÕES DO MAR
Todos os salva-vidas ao assumirem seus postos deverão inicialmente tomar conhecimento das condições
do mar. Dessa avaliação que compreende o sentido das correntezas e existência de valas e se o mar está
normal ou em ressaca, será feita a colocação de sinalização visual através de bandeirolas e placas de
sinalização.
Com as placas, sinaliza-se e limita-se as áreas ou locais que oferecem perigos tais como: valas, valões,
correntezas, etc.
3. VISUALIZAÇÃO VISUAL
Com as bandeirolas colocadas nos postos de observação dos salva-vidas, orienta-se os banhistas para as
condições de banho e a existência de salva-vidas.
Bandeirola-verde - significa mar calmo, próprio para banho e com a proteção de salva-vidas.
Bandeirola Amarela - mar oferecendo perigo com ressalvas para o banho e com proteção de salva-vidas.
Bandeirola Vermelha - mar perigoso sem condições para banho, apesar da proteção de salva-vidas.
3.1 COMUNICAÇÃO SONORA
Compreende a emissão de sons, normalmente do apito significando:
Silvos longos e intermitentes - alerta geral para todos os banhistas saírem imediatamente da água,
perigo iminente.
Silvo breve e intermitente - alerta aos banhistas para não entrarem na água em virtude do perigo
iminente.
Um silvo longo e um breve - serve para avisar aos salva-vidas sobre a existência de afogamento,
normalmente comunicado por outro salva-vidas.
EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR
DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
4. VIGILÂNCIA OU OBSERVAÇÃO
É o estado de observação realizada pelos salva-vidas para detectar uma ocorrência com pessoas no mar.
Esta normalmente é realizada de pontos mais elevados, tais como torres fixas, cadeiras elevadas,
aeronaves, embarcações ou edificações, a olho nu ou com aparelhos.
Ao constatar a anormalidade o salva-vidas aciona o socorro, indicando melhor meio a utilizar, informando
tipo de ocorrência, a quantidade de vítimas e o apoio necessário.
Na observação também compreende o patrulhamento em duplas e a pé ao longo da praia. Durante o
patrulhamento os salva-vidas, sem deixar de observar o mar e o contato visual com a torre, deverão estar
atentos para os casos de emergências comuns na praia para os casos de crianças perdidas e toda a
espécie de jogos e brincadeiras que venham a por em riscos a integridade física e moral das pessoas.
5. ORIENTAÇÃO AOS BANHISTAS
A orientação aos banhistas é a ação preventiva, na qual são passadas aos usuários daquele local,
informações de comportamento, evitando situações de riscos. Pode ser realizada através do convívio,
exemplo e persuasão do salva-vidas e através de folhetos explicativos, distribuídos ao público.
Para maior abrangência, os folhetos de orientação devem ser inscritos em, no mínimo, dois idiomas,
português e inglês e distribuídos nas redes de hotéis e postos rodoviários de controle, nas praias e outros
lugares, onde transitem os banhistas.
Os folhetos de orientação conterão as informações:
Nadar apenas nas áreas supervisionadas pelos salva-vidas;
Atente para a sinalização;
Em dúvida, consulte o salva-vidas sobre as condições para banho e para “surf” antes de entrar na
água;
Nunca nadar sozinho;
Se você entrar numa correnteza, nadar em diagonal através dela até conseguir escapar ou se não tiver
condições de sair sem ajuda, fique flutuando, a fim de economizar energias e ao mesmo tempo,
aguardando a chegada do socorro;
Faça sinais, pedindo socorro, caso não consiga sair da corrente;
Não simule ter necessidade de socorro, pois enquanto alguém estiver se preocupando com você, outra
pessoa poderá estar precisando de ajuda real;
Substitua sua falta de conhecimento em natação por objetos flutuantes;
Não leve objetos quebráveis para a praia;
Não mergulhe em águas desconhecidas ou em ondas quebrando no raso;
Não confie em demasia em sua habilidade, nadando para longe, a não ser o percurso seja paralelo à
praia e de fácil socorro;
Observe sempre os movimentos das crianças sob sua guarda, mesmo quando o salva-vidas estiver
por perto;
Não nade perto de ancoradouros ou estacas;
Estando em dificuldades não vacile em pedir socorro;
Evite ingerir bebidas alcoólicas e/ou alimentos de difícil digestão, antes e durante o banho de mar;
Não promova brincadeiras que possam resultar em acidentes ou lesões corporais;
Não tire a atenção do salva-vidas do seu serviço de observação, desnecessariamente;
Respeite o julgamento e a experiência de um salva-vidas, seguindo suas intenções e não interferindo
em seu trabalho.
Primeiros socorros UNIME Salvador Jefferson Matos
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Primeiros socorros UNIME Salvador Jefferson Matos

  • 1. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS UNIME SALVADOR CURSO DE FISIOTERAPIA Disciplina - Primeiros Socorros Educador - Jefferson Matos Carga Horária - 40h/a
  • 2. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS UNIME SALVADOR CURSO DE FISIOTERAPIA Disciplina - Primeiros Socorros Educador - Jefferson Matos Carga Horária - 40h/a Módulo de Estudo Este material de estudo foi elaborado através de livros, módulos, sites, artigos e outros com a intenção de permitir uma reflexão crítica e dialógica com o orientador da aprendizagem. Você encontrará textos, nos quais servirão de suporte na (re) construção de novas aprendizagens. Leia-os com atenção, releia, busque outras fontes, enfim, não se contente enquanto não julgar “... que sabes”. De forma alguma estas apostilas, módulo, como quer que chame, esgota o assunto, é ponto final e dispensa a consulta aos livros referendados na proposta de trabalho da disciplina. Já se disse inclusive que, com os “bons livros aprendemos e com os maus livros também, pois aprendemos a não imitá-los em seus erros”. Para que nosso momento seja produtivo e de sucesso, precisamos construir coletivamente os resultados esperados, a partir da importância desta proposta de trabalho e comprometimento nas ações realizadas. Bom trabalho!! Sucesso pra todos!! Jefferson Santos de Matos
  • 3. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS “A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível de ser feita hoje é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer”. Paulo Freire
  • 4. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
  • 5. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS CÓDIGO PENAL DECRETO-LEI N.º 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 EXCLUSÃO DE ILICITUDE Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. ESTADO DE NECESSIDADE Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. LEGÍTIMA DEFESA Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. EXCESSO PUNÍVEL Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
  • 6. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, se o fato não constitui crime mais grave. OMISSÃO DE SOCORRO Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa. Obs.: Existe alguma lei que diz que o cidadão não pode prestar primeiros socorros? Art. 361 - Este Código entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 1942. GETÚLIO VARGAS
  • 7. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA 1. Mantenha a calma. 2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas. 3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 192 ou 193. 4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente. 5. Mantenha sempre o bom senso. 6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos. 7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais úteis. 8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa). 9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorespiratória ou que estejam sangrando muito. 10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2º mandamento).
  • 8. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS PRIMEIROS SOCORROS A importância dos primeiros socorros Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Os primeiros relatos de prestação de primeiros socorros voluntário eram de samaritanos. A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve-se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima. Prestar Socorro? 1. Pedir socorro; 2. Garantir segurança para vítima; 3. Via de emergência livre para ambulância; 4. Atendimento em primeiros socorros. O que são primeiros socorros? Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo de morte, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que a mesma receba assistência definitiva e tem como finalidade: 1. Preservar a vida; 2. Promover a recuperação; 3. Prevenir que o caso piore; 4. Tratamento não é a finalidade dos primeiros socorros. Quando devemos prestar socorro? Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria. Compromissos do socorrista voluntário: 1. Manter-se atualizado em técnica e conhecimento; 2. Ser honesto e autêntico com a vítima; 3. Ter atitude ética e responsável com a vítima; 4. Aprender a ouvir, integrar e liderar equipes.
  • 9. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS MORTE Adversidades: Intolerância Participação Medo Atitude Incompreensão Cooperação Ignorância Conhecimento VIDA The Golden Hour ou A Hora de Ouro - (Dr. R. Adams Cowley em 1960) Guidelines - 2010 Guidelines são protocolos, convenções, rotina ou guias que devem ser utilizados durante a avaliação e manuseio dos pacientes com condições clínicas específicas. Constituem-se de bases e recomendações produzidas de maneira estruturada (frequência, diagnóstico, tratamento, prognóstico, profilaxia), sendo utilizadas na assistência e na tomada de decisões. COMUNIDADE SAMU E CORPO DE BOMBEIROS ONG’s COMUNIDADE SAMU E CORPO DE BOMBEIROS ONG’s
  • 10. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Biossegurança 1 - Risco físico, químico, financeiro e biológico. 2 - Mecanismos de contaminação. 3 - Fatores que predispõem a contaminação. 4 - Formas de infecção: Penetração do micro organismo; Período de incubação. 5 - Minimização dos riscos: Vacinação; Amamentação; Higienização. EPI (Equipamento de Proteção Individual) - Materiais básicos para o atendimento. Luvas descartáveis; Máscaras de respiração artificial; Indumentária específica; Colar cervical; Bandagem; Gases; Papelão. Obs.: Se acontecer na prestação dos primeiros socorros o socorrista se contaminar através da vítima, poderá fazer o teste rápido entre (48 a 72 horas), no hospital Roberto Santos ou no CREAIDS. O teste é feito na vítima. Desta forma o indivíduo entra imediatamente no programa de tratamento que gira em torno de 6 meses. Tem uma eficácia de até 99% em não desenvolver a patologia adquirida (bactéria ou vírus).
  • 11. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Técnicas para diminuição dos riscos em acidentes 1 - Balizamento - A Velocidade da via vezes 2 = metros (distância entre o acidente e o início do balizamento). 2 - Sinalização 3 - Isolamento do local Zona quente - local do acidente. Zona morna - local da ambulância de primeiros socorros. Zona fria - local dos médicos e socorristas. Zona gelada - transeuntes (comunidade ou curiosos). 4 - Cuidado com materiais perigosos 5 - Prevenção
  • 12. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS URGÊNCIA É um fato onde uma providência corretiva deve ser tomada tão logo seja possível. EMERGÊNCIA É um fato que não pode aguardar nenhum período de tempo para que seja tomada a devida providência corretiva, geralmente existe risco de morte, chamado de “HORA DE OURO”. Diante de uma emergência, as pessoas apresentam reações emocionais variadas. Abaixo encontramos as mais comuns: Ansiedade É normal e compreensivo que fiquemos ansiosos diante de uma emergência, porém, de forma controlada que nos permita tomar as medidas emergenciais corretas tão logo seja possível. Pânico Algumas pessoas tendem a entrar em pânico e não conseguem tomar qualquer atitude. Disfunção orgânica Apresentam desmaios, tremores, etc., tornando-se mais uma “vítima” a ser socorrida. Depressão Outras entram em depressão, choram, se isolam das vítimas e também são incapazes de ajudar. Iperatividade O famoso “busca-pé”; agita-se, corre para todo lado tentando ajudar a todos. Plano de ação Check - Procure na cena do acidente se novos perigos são eminentes. Ajuda - Peça ajuda especializada. Avalie - Avalie os acidentados e escolha o que mais precisa de ajuda. Cuide - Aplique seus conhecimentos de socorro. Mantenha - Mantenha as vítimas estáveis e aguarde a ajuda chegar. Segurança no atendimento Toda vez que encontrar um acidente, você deve lembrar que a sua segurança vem primeiro, antes de se aproximar tenha certeza que não existam riscos como: Fios energizados; Produtos, gases e vapores químicos; Tráfego de veículos; Focos de incêndio; Objetos a ponto de desabar e etc.
  • 13. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Uma vez determinado que o local esteja seguro, aproxime-se da vítima e verifique seu nível de consciência: Consciente Quando responde bem e com precisão às perguntas básicas como: nome, idade, data, endereço, etc. Confusa Quando não consegue responder algumas destas perguntas. Algumas vezes pode apresentar-se agitada e/ou agressiva. Inconsciente Está desacordada, não responde ao ser chamada ou movimentada. Parece estar dormindo e assim permanece mesmo muitos minutos após o acidente. Obvio que não irá desperdiçar estes preciosos minutos apenas observando se ela acorda sem tomar nenhuma atitude. Lembre-se de sempre manter a calma e ser positivista com a vítima. Jamais expresse em palavras, expressões faciais ou comentários paralelos sobre a gravidade das lesões, pois isto em nada ajudará o atendimento e tornará a vítima mais assustada do que já está, podendo causar-lhe reações psicoemocionais como aumento da frequência cardíaca, etc., agravando a situação. Atue desta maneira mesmo que acredite que a vítima esteja inconsciente, pois ela pode estar semi- acordada e ouvindo tudo ao redor recobrando a consciência em poucos minutos após o acidente. Ao abordar a vítima pergunte-lhe em voz alta e clara: Você está bem? Se responder Diga-lhe que está tudo bem e que o socorro já está a caminho. O que aconteceu; Se sente alguma dor; onde; Tente colher seu histórico médico (diabetes, pressão alta, etc.); Quando foi sua última refeição; Se antes do acidente ou mal súbito sentiu tontura ou outro sintoma, etc. Estes dados passados, ao serviço médico ou resgate, mesmo que por telefone, pode gerar-lhe as próximas condutas a serem tomadas até que eles cheguem ao local. Se não responder Insista em acordá-la batendo palmas próximo a ela por mais alguns segundos. Se ainda assim ela não responder, é porque deve estar inconsciente. Isto pode significar várias coisas: trauma de crânio, hemorragia interna, etc. Imediatamente deverá iniciar uma checagem instantânea começando pelos sinais vitais.
  • 14. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Sinais vitais O cérebro é o primeiro órgão do corpo humano que começa a "morrer" na ausência de oxigênio. Lesões irreversíveis podem se iniciar após 3 a 4 minutos sem oxigenação. Desta forma, para que ele seja mantido "vivo", precisamos dos batimentos cardíacos que fará com que o sangue transporte o oxigênio e da respiração que levará o oxigênio até o sangue. 3 funções essenciais: batimentos cardíacos, respiração e temperatura são chamados de SINAIS VITAIS. Avaliação dos sinais vitais Aferição do pulso Pulso é a expansão e a contração rítmica de uma artéria que é provocada pela sístole e diástole do coração, bombeando sangue para todos os vasos sanguíneos. É feita usando o dedo indicador e o dedo médio, colocando-os na região do punho ou do pescoço onde sentiremos a pulsação da artéria. Não utilize seu polegar para detectar o pulso da vítima. Poderá sentir seu próprio pulso com ele. Se o coração parar - Em 30 segundos para também a respiração. Se a respiração parar - Em 1min30seg ou até 2 minutos para também os batimentos cardíacos.
  • 15. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Áreas de batimentos cardíacos ou compressões arteriais 1 - TEMPORAL - Couro cabeludo 2 - CAROTÍDEA - Pescoço * 3 - FACIAL - Face 4 - SUBCLÁVIA - clavícula 5 - BRAQUIAL - Braço 6 - AXILAR - Axila 7 - RADIAL - Punho * 8 - ULNAR - Braço 9 - FEMURAL - Virilha* 10 - POPLÍTEA - Perna 11 - PEDIAL DORSAL ou PEDIOSO - Pé 12 - APICAL - Esterno (hospitalar) Batimentos cardíacos São os batimentos do coração. Os batimentos cardíacos também podem ser avaliados de duas maneiras: encostando nosso ouvido no tórax da vítima, procurando ouví-los e verificando o pulso. Recém Nascido (até 29 dias) - 85 a 205 bpm (batimentos por minuto) Infantes (até 2 anos) - 100 a 190 bpm (batimentos por minuto) Crianças (de 2 a 10 anos) - 60 a 140 bpm (batimentos por minuto) Adolescentes e Adultos - 60 a 100 bpm (batimentos por minuto) Localizado o pulso, contamos o número de batimentos durante 10 segundos e multiplicamos por 6, assim teremos o número de batimentos por minuto. Por exemplo: Ao verificarmos 10 batimentos em 10 segundos, significa que a vítima está com uma frequência de 60 batimentos por minuto. Verificada a presença de sinais vitais deveremos iniciar uma avaliação geral do estado da vítima. Na ausência de algum sinal vital deveremos iniciar as manobras de reanimação cárdiopulmonar (RCP). Ulnar Apical
  • 16. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Respiração 1. Veja os movimentos respiratórios (Caso não veja por falta de iluminação coloque a mão sobre o abdômen da vítima); 2. Ouça o ar (Aproximando-nos da boca ou nariz da vítima para ouví-la); 3. Sinta o ar. Bebês - 25 a 50 mrp (movimentos respiratórios por minuto) Crianças - 15 a 30 mrp (movimentos respiratórios por minuto) Adolescentes e Adultos - 12 a 20 mrp (movimentos respiratórios por minuto) Temperatura relativa da pele Sentir a temperatura da pele pelo dorso da mão e sempre na testa da vítima. A temperatura corpórea do indivíduo e caracterizada como normal é entre 35,6ºC a 36,7ºC. Porém, varia de acordo com o clima, ambiente, estado emocional e outros. Sinais encontrados Pele fria e úmida - (hemorragia podendo levar ao choque) Pele fria e seca - (exposição ao frio) Pele fria e suor pegajoso - (Choque, ataque cardíaco ou ansiedade) Pele quente e seca - (exposição ao calor ou febre alta) Pele quente e úmida - (infecção)
  • 17. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Histórico - Lançado em setembro de 2003 pelo governo federal, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, no âmbito do SUS, tem uma cobertura que abrange 49,8 milhões de brasileiros em 18 estados. O Samu/192 é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003, que tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade no atendimento no SUS. A política tem como foco cinco grandes ações: Organizar o atendimento de urgência nos pronto-atendimentos, unidades básicas de saúde e nas equipes do Programa Saúde da Família; Estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel (Samu/192); Reorganizar as grandes urgências e os prontos-socorros em hospitais; Criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas urgências; Estruturar o atendimento pós-hospitalar. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) é um programa que tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de emergência. Com o Samu/192, o governo federal está reduzindo o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro precoce. O serviço funciona 24 horas por dia com equipes de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que atendem às urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população. O Samu realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito após chamada gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos na Central de Regulação que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações. Ao mesmo tempo, o médico regulador avalia qual o melhor procedimento para o paciente: orienta a pessoa a procurar um posto de saúde; designa uma ambulância de suporte básico de vida, com auxiliar de enfermagem e socorrista para o atendimento no local; ou, de acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico regulador comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência tenha continuidade. A partir dessa atuação, o Samu tem um forte potencial para corrigir uma das maiores queixas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a lentidão no momento do atendimento. Historicamente, o nível de resposta à urgência e emergência tem sido insuficiente, provocando a superlotação das portas dos hospitais e pronto-socorros, mesmo quando a doença ou quadro clínico não é característica de um atendimento de emergência. Essa realidade contribui para que hospitais e prontos-socorros não consigam oferecer um atendimento de qualidade e mais humanizado.
  • 18. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Solicitação da SAMU 1. Na ocorrência de problemas cardiorespiratórios; 2. Em casos de Intoxicação, trauma ou queimadura; 3. Na ocorrência de quadros infecciosos; 4. Na ocorrência de maus tratos; 5. Em trabalhos de parto; 6. Em casos de tentativas de suicídio; 7. Em crises hipertensivas; 8. Quando houver acidentes com vítimas; 9. Em casos de choque elétrico; 10. Em acidentes com produtos perigosos; 11. Na transferência de doentes de uma unidade hospitalar para outra. Telefones Úteis SAMU - 192 * Corpo de Bombeiros - 193 * Polícia Militar - 190 * Polícia Civil - 147 * Defesa Civil - 199 * Acidentes de Trânsito - 194 * SOS Criança - 1407 * CIAVE (Centro de Intoxicação Anti-veneno) - 0800 2844343 * Emergência - (falta de força e luz) - 0800 196196 * Disque DETRAN - 1514 Disque-Saúde - 1520 Serviço de Intermediação Surdo/Ouvinte - 1402 Obs.: Serviço não tarifado *
  • 19. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Caixa de primeiros socorros Um telefone é a melhor caixa de primeiros socorros. Tenha sempre em mente o número do pronto socorro, resgate, etc. Acidentes podem acontecer na hora em que menos esperamos. Por isso tenha sempre em casa um estojo de primeiros socorros para os casos de emergência. O estojo deve conter pelo menos, esses materiais básicos: Gaze, esparadrapo, algodão e ataduras; Curativo adesivo tipo band-aid; Pinças e tesoura; Bolsa de gelo e de água quente; Soro fisiológico e álcool; Termômetro; Creme anti-séptico; ** Pomada contra queimaduras e picadas de insetos; ** Mercúrio ou mertiolate; ** Spray ou pomada anti-séptica; ** Antitérmico para adulto e infantil; ** Antiinflamatório; ** Colher medida para soro caseiro. ** (cuidado com indivíduos sensíveis a composição do medicamento).
  • 20. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Falta de oxigênio Tempo após a parada cardiorrespiratória para iniciar as compressões cardíacas Chances de reanimação da vítima 1 minuto 95 % (Provável instabilidade cardíaca) 2 minutos 90 % 3 minutos 75 % 4 minutos 50 % (Inconsciência cerebral) 5 minutos 25 % 6 minutos 1 % (Sequelas cerebrais) 8 minutos 0,5 % 10 minutos 0 % (Falência cerebral) Níveis de consciência (AVDI) A - alerta; V - estímulo verbal; D - estímulo doloroso (se realiza com a mão fechada, usa-se a saliência do dedo médio e comprime contra o terço médio do osso esterno da vítima); I - inconsciente. Dilatação da pupila 1. Midríase ou Dilatada - (grande hemorragia, parada cardíaca, falta de oxigenação no cérebro) 2. Miose ou Contraída - (Lesão no sistema nervoso central, medicamentos e drogas). 3. Anisocoria - Uma dilatada e a outra contraída - (Trauma craniano, AVC ou AVE).
  • 21. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS COR DA PELE 1. Cor azulada - A Presença de gás carbônico no organismo maior que a de oxigênio. 2. Pálida - Obstrução da circulação sanguínea. Obs.: Perfusão capilar - Tração do dedo e o local é preenchido por sangue. Até 2 segundos - OK Acima de 2 segundos - hemorragia interna ou externa. Protocolo CAB Protocolo internacional que estabelece as prioridades no atendimento a uma vítima, ou seja, uma avaliação e uma intervenção. C - Circulação, controle do sangramento, compressão cardíaca; A - Abertura das vias aéreas com controle da coluna cervical se necessário; B - Boa ventilação, manutenção das vias aéreas e ventilação artificial; D - Avaliação do nível de consciência e uso do DEA (desfibrilador esterno automático); E - Exposição da vítima, exame físico, cuidados com fraturas, busca de ferimentos ou lesões. Avaliação da vítima Paciente consciente e sem traumas Entrevista oral, observar o CABs e observar as queixas da vítima. Paciente consciente e com traumas Conhecer as causas dos ferimentos, entrevista oral, observar o CABs, controle da coluna cervical e observar as queixas da vítima. Paciente inconsciente e sem traumas Entrevista oral, observar o CABs, liberar as vias aéreas, verificar respiração, pulso e hemorragias. Paciente inconsciente e com traumas Conhecer as causas dos ferimentos, observar o CABs, liberar as vias aéreas, verificar respiração, pulso e hemorragias, observar as queixas da vítima (exame da vítima) e retornar aos sinais vitais.
  • 22. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS TRIAGEM DAS VÍTIMAS NO ACIDENTE Prioridades no Socorro Vermelho - (Prioridade 100%), Emergência (Vítima inconsciente, hemorragia e outros). Amarelo - (Prioridade 50%), Trauma complexo, porém, a vítima não esta inconsciente (Corte superficial, nas não anda). Verde - (Prioridade 30%), traumas simples e hematomas (Cortes, vítima anda e pode ajudar). Preto - (Prioridade 10%), morte eminente (Parada respiratória, amputação de cabeça, exposição de órgãos e outros). Protocolo de emergência É a primeira ação do socorrista na chegada ao local do acidente. Pedir socorro é a garantia do socorro médico especializado; Pedido de socorro depois - Exceção a regra (afogamento e criança com parada respiratória); Trotes; Da remoção da vítima na hora crítica; Aumenta a chance de sobrevida da vítima; A quem pedir socorro. Informação do pedido de socorro 1. Informe o nome e o número do telefone de onde está falando; 2. Tipo de acidente; 3. Local exato do acidente (endereço, ponto de referência e outros); 4. Número de vítimas envolvidas. Defesa civil - 199 (Prevenção e gerenciamento de grandes desastres). Prevenção; Fiscalização; Logística; Reconstrução da vida das pessoas.
  • 23. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Desmaios Perda da consciência não resultante de traumatismos. É a diminuição da força muscular com perda de consciência repentina fazendo com que a vítima caia ao chão. As causas de desmaios são inúmeras, dentre elas: Falta de alimentação (jejum); Psicoemocionais; Tumores cerebrais; Etc. Sintomas comuns: Geralmente antes do desmaio a vítima queixa-se de fraqueza, falta de ar e "escurecimento da visão". O que fazer: 1. Coloque a vítima deitada e eleve as pernas em 30 cm; 2. Tente acordá-la, chamando-a ou batendo palmas próximo ao seu rosto; 3. Afrouxe roupas, gravatas, etc.; 4. Verifique as vias aéreas; 5. Verifique os sinais vitais, aplique reanimação se necessário; 6. Passe uma compressa fria pelo rosto e testa. Quando ela acordar: Acalme-a; Encaminhe-a ao pronto-socorro; Nesta hora é importante que a auxiliemos para que não se machuque na queda. O que não fazer: 1. Não dê nada à vítima, líquido ou sólido, até que recupere TOTALMENTE a consciência. Caso contrário poderá asfixiar-se; 2. Não jogue água no rosto da vítima; 3. Não bata no rosto da vítima; 4. Não coloque nenhuma substância para vítima inalar.
  • 24. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Convulsões São distúrbios elétricos cerebrais que causam perda da consciência, fortes contrações musculares involuntárias e desordenadas em todo o corpo. Quais as causas? Epilepsia; Trauma de crânio; Febre alta; Drogas; Tumores cerebrais; Choque elétrico; Traumas, etc. Como identificar uma convulsão: Não é uma doença mental; É uma desordem orgânica na qual o organismo não consegue processar as sinapses ou as informações nervosas; A vítima pode informar visão, sensação ampliada antes de perder a consciência; Queda abrupta da vítima no solo; Sialorreia; Respiração ruidosa; O corpo enrijece; Algumas vezes a vítima deixa de respirar e perde controle dos esfíncteres; Contração completa das partes do corpo e depois relaxa completamente após a convulsão; Depois da crise a vítima pode referir a uma dor de cabeça, apresenta-se cansada e confusa. O que fazer: Deite-a no chão; Peça ajuda; Proteja a cabeça da vítima com suas mãos; Retire objetos próximos à vítima, que possam machucá-la; Mova-a apenas se estiver próximo a escadas, máquinas perigosas, etc.; Terminadas as contrações, coloque-a em posição de recuperação; Deixe-a descansar; Sempre evite o constrangimento da vítima, retire-a logo do local da convulsão. Lateralização do corpo 1 - Estenda o braço que ficará sob o corpo; 2 - Puxe o outro braço e o quadril simultaneamente não permitindo a entorse da coluna; 3 - Ajuste a mão e o braço inferior para apoiar a cabeça; 4 - Mantenha a perna superior dobrada e à frente.
  • 25. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS O que não fazer: Não tente "desenrolar a língua" da vítima; Não tente imobilizar a vítima; Proteja a vítima de traumas afastando objetos que estejam próximo da mesma; Não tente obstruir as vias aéreas durante a convulsão. Não dê nada à vítima, líquido ou sólido, até que recupere TOTALMENTE a consciência. Caso contrário poderá asfixiar-se; Não jogue água no rosto da vítima. As convulsões por epilepsia tendem a durar apenas alguns minutos. Portanto, não se desespere. Passada a crise, a vítima estará confusa e desnorteada por mais algum tempo. Assim sendo, acompanhe-a o tempo todo pois poderá acidentar-se, ser atropelada , etc. Não tente imobilizar a vítima! Apenas cuide para que ela não se machuque na queda ou durante as contrações. Retire objetos próximos a ela que possam causar-lhe lesões. Proteja a cabeça. Por febre Convulsões podem ser desencadeadas por febres acima de 39,5 graus Celsius. Mais comum em crianças, podendo ocorrer também em adultos. O que fazer: Siga os mesmos cuidados anteriores, associados a: Utilização de compressas frias (não geladas) para abaixar a temperatura; Banhos frios, caso as compressas não funcionem; Peça ajuda; Encaminhe-a ao pronto-socorro. Convulsões por trauma de crânio Convulsões provocadas por edema (inchaço) e/ou hemorragias no cérebro, após um trauma na cabeça. O que fazer: Siga os mesmos cuidados anteriores, associados a: Não tente transportar a vítima, aguarde socorro especializado; Peça ajuda (resgate); Em traumas, lembre-se da possibilidade de lesão de coluna.
  • 26. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Asfixia Situação em que há dificuldade na entrada do ar nos pulmões. As causas mais comuns são: Bloqueio das vias respiratórias Imersão de líquidos; Estrangulamento; Grandes quantidades de alimentos; Chiclete de mascar ou balas. Concentração insuficiente de oxigênio no ar Grandes altitudes; Tanques fundos ou minas abandonadas. Deficiência no transporte de oxigênio para o sangue Monóxido de carbono (automóvel ou cigarro). Paralisia do centro respiratório no cérebro Choque elétrico; Quantidade excessiva de álcool. Compressão do corpo Pressão no tórax através de traumatismos provocados por acidentes automotivos. Sinais de asfixia: O sinal universal de asfixia é levar as mãos ao pescoço e apertá-lo, associado a um desses sintomas: Incapacidade de falar; Respiração difícil e ruidosa; Tosse fraca; Outros gestos de sufocação.
  • 27. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS O que fazer: Tente inicialmente, bater nas costas da vítima, não obtendo sucesso, aplique a MANOBRA DE HEIMLICH: Coloque-se atrás da vítima e aperte-a com um único e forte golpe; Repita até que desengasgue. Esta manobra tende a comprimir os pulmões, expelindo o ar que neles se encontram, forçando o objeto causador da obstrução a sair. Se não obtiver sucesso e notar que a vítima está prestes a desmaiar. Coloque-a gentilmente no chão; Estenda o pescoço da vítima, o que facilita a passagem do ar; Abra-lhe a boca e tente visualizar algo que possa estar causando a obstrução. Se possível retire-o; Se não for possível retirá-lo, tente aplicar a manobra com a vítima deitada. Neste caso: Coloque-se de joelhos sobre a vítima; Junte suas mãos no mesmo ponto, sobre o estômago; Faça a mesma compressão no sentido do abdômen para o tórax; Tendo conseguido a desobstrução, monitore os sinais vitais; Se necessário aplique a RCP; Verifique se a respiração voltou; Aplique respiração artificial se necessário; Verifique os batimentos cardíacos; Aplique compressão cardíaca se necessário.
  • 28. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Manobra de Heimlich Vamos conhecer um pouco mais sobre esta manobra que salva vidas. Você já deve ter ouvido falar de algum caso como este. Simulação de uma asfixia: Você está almoçando com um grupo de amigos... Subitamente, alguém se engasga. Tenta tossir, mas parece estar seriamente em apuros. Levanta-se e fica muito agitado levando as mãos à garganta. Não consegue mais falar, parecendo ter alguma dificuldade para respirar. A asfixia é uma causa comum de morte após engasgo com alimentos. É comum em crianças, ocorrendo também com os adultos. Provocada por uma súbita queda de oxigenação, pode levar à morte em poucos minutos, se não solucionada rapidamente. Balas, doces, bombons e alimentos diversos podem ser responsáveis por este evento. Ao ser deglutido de forma inadequada, o alimento pode bloquear as vias respiratórias e a passagem de ar para os pulmões, ao impactar na garganta. Uma manobra pode ser salvadora neste momento. Conhecida como Manobra de Heimlich, foi descrita em 1974 por Henry Heimlich. Inicialmente reconhecida pela Cruz Vermelha, foi adotada e difundida mundialmente como uma manobra salvadora de vidas. É uma tosse “artificial” ou “auxiliada”, com o intuito de expelir o objeto ou alimento da traquéia da pessoa. Certifique-se que a pessoa esteja realmente com dificuldades para respirar. Alguns sinais são característicos: ela tenta falar e a voz não sai. Começa a ficar agitada e confusa, levando as mãos para a garganta. A pele pode mudar de cor, passando a ficar azulada a que indica baixa oxigenação do sangue. Se o paciente continuar asfixiado, fique de pé, atrás, com seus braços ao redor da cintura da pessoa. Coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro, contra o abdômen da vítima, ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limite das costelas. Agarre firmemente o pulso com a outra mão e exerça um rápido puxão para cima. Repita, se necessário, 4 a 5 vezes numa sequência rápida ou quantas vezes forem necessárias.
  • 29. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Se você não tem força suficiente, pode ajudar também com batidas firmes nas costas. Mas, melhor ainda é a manobra em que se abraça e aplica a compressão entre o abdômen e as costelas. Se a pessoa não consegue mais ficar de pé (está inconsciente ou esgotada) ou se você não tem força suficiente, a manobra pode ser aplicada com ela sentada ou deitada. Não importa se a pessoa está ficando sem reação, parecendo estar desfalecida. Inicie a manobra o quanto antes!
  • 30. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Crianças também podem ser socorridas através desta manobra. Se a vítima for um bebê ou criança pequena, deite-a de bruços apoiando no seu braço. Dê 4 a 5 golpes fortes com a parte hipotênar das mãos entre as escapulas, mas sem machucá-lo. Mantenha o bebê apoiado no seu braço, virado de costas, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo. O local das compressões está localizado a um dedo abaixo da linha mamilar e com a ponta do dedo indicador e médio, pressione com um ligeiro alongamento ascendente. Se necessário, repetir 4 a 5 vezes. Depois das 4 ou 5 compressões, verifica-se a vias aéreas superiores para ter a certeza que o objeto foi expelido ou foi ingerido, caso não se localize o objeto executa-se uma ventilação artificial (boca-nariz) apenas com o ar das bochechas, se o ar passar já é um bom sinal, caso o ar não passe, tem que obrigatoriamente repetir toda manobra de Heimlich. E, inclusive, você pode auto aplicar a manobra se estiver sozinho (a). Aplique as compressões repetidamente até conseguir fazer a pessoa expelir o objeto!
  • 31. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS VENTILAÇÃO - VIAS AÉREAS Oxigênio O ar é composto de uma mistura de diversos gases, entre eles o oxigênio. Apenas 21% das moléculas de gás que estão no ar são de oxigênio e apenas 0,04 % de gás carbônico, enquanto na expiração apresenta uma proporção de 16 % de oxigênio e 4,6 % de gás carbônico, sendo o restante principalmente de nitrogênio. Dos 21% de oxigênio circulante no ar só aproveitamos 4% e se houver uma concentração de oxigênio maior que 23% podem causar a morte do indivíduo. É interessante dizer que este percentual não varia com a altitude, isto é, tanto faz estar na cidade do México com mais de dois mil metros de altitude, ou em Salvador, ao nível do mar, que o percentual de oxigênio é o mesmo. Isto se deve a PRESSÃO BAROMÉTRICA. Quanto mais alto se situa uma cidade, menor será sua pressão, portanto, as moléculas do ar ficarão mais dispersas, diminuindo então a pressão de cada um dos gases que constituem o ar. Desta maneira a pressão de oxigênio é menor em um lugar alto do que em um lugar ao nível do mar. VIA AÉREA SUPERIOR E INFERIOR
  • 32. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS GLOTE E EPLIGOTE MUSCULATURA DA INSPIRAÇÃO São músculos que proporcionam o aumento da cavidade torácica com sua contração. O diafragma é o principal deles, pois com sua contração há um aumento importante do diâmetro longitudinal do tórax. Outros músculos importantes são os intercostais externos. Em situação de inspiração profunda, como no exercício físico intenso, outros músculos colaboram com a inspiração, podemos citar os escalenos e o esternocleidomastóideo. É interessante observar que em condições de repouso somente a inspiração é ativa. A expiração ocorre quando a musculatura inspiratória se relaxa. Somente na expiração forçada como no ato de soprar é que se contraem os intercostais internos e os músculos da parede abdominal. PULMÕES O ser humano possui dois pulmões sendo o pulmão direito maior que o esquerdo, já que este divide o seu espaço com o coração. O ar que entrou pelo nariz ou pela boca passa pela faringe, laringe e chega à traquéia. Esta traquéia que você pode palpar na sua região anterior do pescoço. Subdivide-se na entrada dos pulmões em dois brônquios. Estes brônquios se subdividem cerca de 23 vezes consecutivas, levando a tamanhos cada vez menores, até chegar nos alvéolos. Os alvéolos se constituem na unidade funcional do pulmão e existem em uma quantidade de vários milhões. Eles são organizados na forma de pequenos sacos, cuja única comunicação é com o bronquíolo terminal. A organização anatômica dos alvéolos é muito interessante. Eles se assemelham a um cacho de uvas, com isso ele aumenta em muito a sua superfície. Estes alvéolos são cobertos por uma malha ou rede de vasos sanguíneos bem finos, OS CAPILARES, tendo uma pequena membrana para separar o interior do alvéolo, onde está o ar, do interior do capilar, onde passa o sangue. No sangue, o oxigênio é transportado de duas maneiras: Livre em solução no meio líquido ou ligado a uma proteína chamada de hemoglobina, que se encontra dentro das hemácias ou glóbulos vermelhos. A quase totalidade do oxigênio é transportada no sangue nesta última forma.
  • 33. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS RESPIRAÇÃO PULMONAR HEMATOSE A hematose pulmonar é um processo químico-molecular que visa a estabilização das trocas gasosas entre oxigênio x gás carbônico a fim de manter o equilíbrio ácido básico, ou seja, é a troca gasosa (oxigênio por dióxido de carbono) que se realiza ao nível dos alvéolos pulmonares. Frequência Respiratória Bebês - 25 a 50 mrp (movimentos respiratórios por minuto) Crianças - 15 a 30 mrp (movimentos respiratórios por minuto) Adolescentes e Adultos - 12 a 20 mrp (movimentos respiratórios por minuto)
  • 34. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Obstruções das Vias Aéreas Superiores - Base da língua caída. Sinais e Sintomas Sinais: Sinais são tudo que possamos ver, sentir, ouvir ou tatear. Sintomas: 1. Dificuldade respiratória 2. Ansiedade 3. Ronco - (queda da base da língua) 4. Gorgolejo - (sangue, saliva e vômito) 5. Midríase SANGUE
  • 35. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS CARACTERISTICAS DO SANGUE Dissolvidos no plasma existem também alguns gases, como o oxigênio, o gás carbônico e principalmente, o nitrogênio. Uréia, ácido úrico, creatinina, glicose, gorduras e ácidos graxos também se encontram presentes neste sistema de alimentação e defesa do corpo humano. O CORAÇÃO O coração possui um revestimento do músculo estriado com contração involuntária, atuando como uma bomba aspirante-prumente, intermitente, com duas fases bem distintas. Uma de contração denominada de sístole que ejeta o sangue e outra de relaxamento denominada de diástole que enche o músculo cardíaco de sangue. LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO O coração está localizado no mediastino que é o terço médio do osso esterno e tem o tamanho aproximado do punho fechado de uma pessoa. COMPOSIÇÃO DO SANGUE (PLASMA) Proteínas especiais Albuminas, Globulinas (anticorpos), Fibrinogênio, Protombina, Aglutininas Outras substâncias orgânicas Enzimas, Anticorpos, Hormônios, Vitaminas Lipídios Colesterol, Triglicérides Glucídios Glicose Substâncias nitrogenadas Uréia, Ácido úrico, Creatinina Sais inorgânicos Sódio, Cloro, Potássio, Cálcio, Fosfatos
  • 36. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS ELETROCARDIOGRAMA Eletrocardiograma é um exame que avalia a atividade elétrica do coração, frequência, regularidade dos batimentos, dimensão e a posição dos ventrículos. Qualquer lesão ao coração, efeitos de medicamentos ou aparelhos para regular o coração são detectados. MARCAPASSO Um sistema de marcapasso propicia um estímulo elétrico no tempo apropriado para estimular o músculo cardíaco e mantém uma frequência cardíaca efetiva, assegurando a capacidade de funcionamento do coração. O sistema de marcapasso consiste em um gerador de pulsos elétricos e em um ou dois eletrodos que conduzem o estímulo elétrico ao músculo cardíaco.
  • 37. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS ARTÉRIA RADIAL É o melhor e mais fácil lugar para palpação da frequência cardíaca. A técnica mais comum é usar as pontas do segundo e do terceiro dedo da mão para pressionar ligeiramente a artéria e então encontrar o número de pulsações durante 10 segundos. Depois é só multiplicar o número de pulsações por 6. Áreas de batimentos cardíacos ou compressões arteriais 1 - TEMPORAL - Couro cabeludo 2 - CAROTÍDEA - Pescoço * 3 - FACIAL - Face 4 - SUBCLÁVIA - Peito 5 - BRAQUIAL - Braço 6 - AXILAR - Axila 7 - RADIAL - Punho * 8 - ULNAR - Braço 9 - FEMURAL - Virilha * 10 - POPLÍTEA - Perna 11 - PEDIAL DORSAL ou PEDIOSO - Pé 12 - APICAL - Esterno (hospitalar) Ulnar Apical
  • 38. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Reanimação cardiopulmonar O que é RCP? Reanimação cardiopulmonar são as manobras realizadas na tentativa de reanimar uma pessoa vítima de parada cardíaca "e/ou" respiratória. Parada respiratória (interrupção do mecanismo de respiração) ou parada respiratória associada à parada cardíaca (interrupção do funcionamento do coração). Este "e/ou" deve-se ao fato que poderá encontrar uma vítima com parada respiratória por obstrução mecânica (objeto obstruindo a passagem do ar), que ainda mantém batimentos cardíacos. Neste caso será necessária apenas a respiração artificial. Qual a finalidade da RCP? Ela tem como finalidade fazer com que o coração e pulmões voltem as suas funções normais. Conforme aprendemos nos sinais vitais isto é necessário para a manutenção da oxigenação do cérebro, o qual não pode passar mais de alguns minutos sem ser oxigenado, sob pena disto gerar lesões irreversíveis e irreparáveis ao cérebro ou que a morte aparente se transforme em morte definitiva. Chances de Salvamento Tempo após a parada cardiorrespiratória para iniciar as compressões cardíacas Chances de reanimação da vítima 1 minuto 95 % (Provável instabilidade cardíaca) 2 minutos 90 % 3 minutos 75 % 4 minutos 50 % (Inconsciência cerebral) 5 minutos 25 % 6 minutos 1 % (Sequelas cerebrais) 8 minutos 0,5 % 10 minutos 0 % (Falência cerebral) Em qualquer emergência desse tipo, aja rapidamente: Mande alguém em busca de socorro médico; Inicie o trabalho de reanimação da vítima sem demora, segundo as técnicas ensinadas.
  • 39. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS E lembre-se: 1. Se a parada respiratória ou a parada cardíaca acabaram de ocorrer, sempre há a possibilidade de reanimar o acidentado: não deixe de tentar, ainda que a pessoa pareça estar morta; 2. Se a vítima já está com parada cardíaca, não basta fornecer-lhe apenas a respiração artificial: nesse caso, respiração artificial e compressão cardíaca devem ser realizadas simultaneamente, segundo a técnica ensinada. Como se faz a COMPRESSÃO CARDÍACA? O coração está no terço médio do “OSSO ESTERNO”; É aí que deverá apoiar suas mãos para realizar as COMPRESSÕES CARDÍACAS. Para que a compressão seja efetiva: 1. Posicione-se de preferência a esquerda da vítima; 2. Procure o terço médio (metade) do osso "esterno"; 3. Apóie uma mão sobre a outra neste ponto; 4. Mantenha os braços esticados; 5. Comprima e solte o tórax ritmicamente por 30 vezes; 6. Contar em voz alta facilita a sequência. ATENÇÃO! Se a vítima mantiver o pulso continue fazendo apenas a respiração artificial. Como se faz RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL? Abra a boca da vítima e retire qualquer objeto que possa estar obstruindo a passagem do ar, estenda o pescoço da vítima inclinando a cabeça levemente para trás para estender o pescoço; Tampe o nariz da vítima, para que o ar que você assoprará na boca não saia pelo nariz dela; Abra-lhe a boca; Inspire profundamente e expire na boca da vítima, forçando o ar para dentro dos pulmões dela; Repita o procedimento duas vezes a cada 15 segundos aproximadamente; Observe se a vítima volta a respirar espontaneamente (sozinha). Tente ver o tórax se movimentando ou ouvir a respiração; Caso não volte continue o procedimento e monitore o pulso, pois é comum vítimas de parada respiratória evoluírem para parada cardíaca também; Crianças pequenas e pessoas com lesão na boca devem utilizar a respiração boca-nariz; Os procedimentos são semelhantes, porém o socorrista fecha a boca da vítima e assopra pelo nariz, abrindo a boca da vítima na expiração para facilitar a saída do ar.
  • 40. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS MÉTODOS DE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL Com essa técnica você fornece oxigênio à vítima que deixou de respirar, ao mesmo tempo em que lhe reativa o mecanismo de respiração. Deite a vítima de costas sobre uma superfície dura, levante-lhe as pernas e apoia-as numa cadeira, por exemplo. Por vezes, somente essa medida basta para reativar a circulação do sangue. Método de Schafer 1. Deite a vítima em decúbito ventral sobre uma superfície dura, com um braço estendido e o outro colocado sob a cabeça; 2. Ajoelhe-se à altura das nádegas da vítima e coloque as palmas das mãos sobre as últimas costelas; 3. Com todo o peso de seu corpo, pressione as costas da vítima durante dois ou três segundos para a expiração, e deixe de exercer essa pressão por outros dois ou três segundos, para a inspiração; 4. Recomece a operação e prossiga até que a vítima se recupere. Método Holger-Nielsen Caso não haja condições de realizar o método boca a boca e seja detectada a ausência de fraturas, pode- se combinar a pressão exercida nas costas da vítima com movimento dos braços. Deitar o paciente de bruços, com a cabeça apoiada nas mãos e o rosto voltado para um dos lados para melhor respirar. Junte os seus joelhos à cabeça da vítima e em seguida espalme as mãos nas costas dela. Os seus pulsos devem ficar na altura das axilas do indivíduo. De forma vagarosa movimente para frente até que seus braços estejam quase verticais. Ir aumentando a pressão gradativamente. Em seguida, ajuste o peso do seu corpo sobre as costas da vítima e use movimentos menos bruscos para a compressão final. Como última etapa desse processo, segure os cotovelos da vítima e levante seus braços para trás até sentir a resistência máxima dos ombros. O ritmo é de 12 vezes por minuto podendo se estender por mais de uma hora até que a respiração esteja restabelecida e o médico tenha chegado. Método Sylvester Esse método também é usado na impossibilidade de fazer o boca a boca. Colocar a vítima com o rosto para cima. Apóie algo por baixo dos ombros para que a vítima incline a cabeça para trás. Ajoelhe-se diante da vítima e coloque a cabeça dela entre os seus joelhos. Segure-lhe os braços pelos pulsos. Cruze- os e comprima-os contra a parede inferior do peito. Depois puxe os braços do indivíduo para cima, para fora e para trás o máximo que puder. Repetições: 15 vezes por minuto. Cuidados: Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas dela. Aja imediatamente, sem desanimar. Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas logo após recobrar a consciência. O transporte da vítima é desaconselhável, a menos que seja possível manter o ritmo da respiração de socorro. A posição precisa ser deitada. Procure um médico e transporte a vítima quando ela se recuperar.
  • 41. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Método de pressão sobre a cervical e elevação dos quadris A vítima em decúbito ventral com um braço estendido ao lado da cabeça e o outro braço semi-flexionado apoiando sua cabeça, que está sobre sua mão. Posteriormente você ira colocar suas mãos com os polegares próximos um do outro apoiados na linha média da coluna e os dedos separados sobre a região cervical e dorsal da coluna da vítima e irá fazer uma pressão lenta, constante e uniforme até que se perceba uma resistência firme da caixa torácica. Posteriomentre você ira se posicionar próximo aos quadris da vítima e ira segurar na região sacroilíaca dos quadris ou vulgarmente chamado de saliências dos quadris e com os seus braços estendidos eleve os quadris da vítima aproximadamente 15 cm do solo e depois dessa com bastante suavidade, repetindo esta operação de 15 a 20 vezes por minuto até que se restabeleça a respiração normal. Método de pressão no tórax e elevação dos braços A vítima em decúbito dorsal com os braços semiflexionados apoiados no seu tórax, você ira colocar uma toalha na região cervical e dorsal da coluna da vítima. Posteriormente você irar segurar a vítima pelos punhos e apoiando suas mãos sobre a da vítima e irar fazer uma pressão moderada sobre o tórax da mesma até que sinta uma resistência natural do tórax causada pela expulsão do ar dos pulmões. Depois alongue os braços da vítima segurando pelos punhos descrevendo um movimento ascendente permitindo que o ar penetre nos pulmões. Repita esta operação 20 vezes por minuto até que se normalize a respiração. Método de pressão sobre a cervical e elevação dos braços Deite a vítima em decúbito ventral, com os braços flexionados próximo ao pescoço, segure a cabeça da vítima fazendo uma leve extensão do pescoço, em seguida coloque suas mãos na região cervical da coluna, com os polegares próximos e os dedos separados. Posteriormente você vai fazer uma pressão lenta, constante e uniforme através das suas mãos. Ao terminar a pressão, deixará que haja o retrocesso do ar aos pulmões e nesse momento você irar elevar os braços da vítima pelos cotovelos até sentir a tensão dos ombros da vítima e irar soltar suavemente os braços até a posição inicial. Repita esta operação 20 vezes por minuto até que se normalize a respiração. Há diversas técnicas de respiração artificial por compressão do tórax, as quais são empregadas quando nem o boca a boca nem a boca a nariz podem ser aplicados.
  • 42. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Método boca a boca É considerado o mais eficiente entre os métodos de respiração artificial e compressões cardíacas de urgência/emergência, pois introduz grandes volumes de ar nos pulmões da vítima e também por ser de fácil manuseio. 1 - Deite a vítima de costas, sobre uma superfície dura (chão, mesa, areia da praia etc.), com os braços estendidos ao longo do corpo; 2 - Verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30 compressões torácicas; 3 - Retire da boca da vítima detritos, dentaduras e outros; 4 - Segure a cabeça da vítima e coloque uma das mãos sob o queixo e outra na parte alta da cabeça (testa) da vítima, levante-lhe o pescoço e incline-lhe a cabeça para trás, até que a ponta do queixo fique voltada para cima. Mantenha a cabeça nessa posição, usando como apoio, por exemplo, uma toalha enrolada; 5 - Tampe as narinas da vítima com o indicador e o polegar e abra-lhe completamente a boca; 6 - Encha bem os pulmões e coloque sua boca sobre a da vítima, sem deixar frestas; 7 - Sopre com força, até notar que os pulmões da vítima se expandem e o tórax se eleva; 8 - Retire a boca, destampe as narinas da vítima e observe sua expiração passiva, isto é, o esvaziamento natural dos pulmões, intercalando 30 compressões e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança; Atenção: - A cabeça da vítima deve ficar parcialmente para trás enquanto durar o trabalho de respiração artificial, pois isso facilita a penetração de ar em seus pulmões. Ao soprar, procure introduzir nos pulmões da vítima a maior quantidade possível de ar. Faça a respiração artificial uniformemente e sem interrupção, durante o tempo que for necessário, às vezes pode levar até mais de 1 hora até a recuperação da vítima. Não desanime nem deixe vencer pelo cansaço, em poucos minutos o acidentado começara a apresentar inspirações espontâneas isoladas e aos poucos, sua respiração se normalizará; 9 - Mesmo que a vítima se recupere completamente, ela deverá receber socorro médico.
  • 43. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Método boca-nariz Trata-se de uma variação do boca a boca, usada quando a vítima tem detritos demais dentro da boca, mandíbula fraturada, corte com hemorragia na boca ou está com os maxilares endurecidos e sua boca não pode ser aberta: 1 - Deite a vítima de costas, sobre uma superfície dura (chão, mesa, areia da praia etc.), com os braços estendidos ao longo do corpo; 2 - Verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30 compressões torácicas; 3 - Retire da boca da vítima detritos, dentaduras e outros; 4 - Segure a cabeça da vítima e coloque uma das mãos sob o queixo e outra na parte alta da cabeça (testa) da vítima, levante-lhe o pescoço e incline-lhe a cabeça para trás, até que a ponta do queixo fique voltada para cima. Mantenha a cabeça nessa posição, usando como apoio, por exemplo, uma toalha enrolada; 5 - Segure o queixo da vítima, apertando os maxilares para impedir a saída, pela boca, do ar que vai ser insuflado pelo nariz; 6 - Cole sua boca às narinas da vítima e sopre fortemente, como no método boca a boca; 7 - Retire a boca, destampe as narinas da vítima e observe sua expiração passiva, isto é, o esvaziamento natural dos pulmões, intercalando 30 compressões e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança; 8 - Mesmo que a vítima se recupere completamente, ela deverá receber socorro médico. Método boca-nariz (para crianças) Em anteparo rígido, verifique o pulso da criança no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30 compressões torácicas, com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás, levante o queixo projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar, coloque sua boca sobre a boca e o nariz da criança e sopre suavemente até que os pulmões dela se encham de ar e o peito se levante. Deixe que ela expire livremente e recomece essa operação, intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar.
  • 44. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Aprenda a fazer respiração boca a boca 1 - Em anteparo rígido, verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30 compressões torácicas; 2 - Cheque se a via respiratória não está obstruída. Segure a cabeça da vítima e coloque uma das mãos sob o queixo e outra na parte alta da cabeça (testa) da vítima, levante-lhe o pescoço e incline-lhe a cabeça para trás, até que a ponta do queixo fique voltada para cima. Em seguida, abra a boca, pressione a língua para baixo e veja se não há algum objeto ou secreção impedindo a passagem de ar. Remova-o com os dedos; 3 - Se, com isso, a pessoa não voltar a respirar, afrouxe as roupas, mantenha esticado o pescoço da vítima e comece a respiração artificial; 4 - Feche as narinas da vítima usando os dedos da mão que está sobre a testa; 5 - Inspire fundo, abra sua boca e coloque-a sobre a boca da vítima (se for uma criança, cubra também o nariz com sua boca); 6 - Sopre o ar até que o tórax da vítima se movimente como em uma respiração normal. Use força com adultos, suavidade com crianças; 7 - Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar; 8 - Recomece essa operação, intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança. Verifique sempre se a vítima está recuperando seus movimentos respiratórios; 9 - Se a vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.
  • 45. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Reanimação ou Manutenção Cardiopulmonar Protocolo para adultos, adolescentes, crianças e bebês. 1 ou 2 socorristas. 1. Em anteparo rígido, verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30 compressões torácicas. 2. Verifique as vias aéreas e a respiração. Se estiver parado, faça 2 ventilações. 3. Manter 2 ventilações e 30 compressões torácicas. 4. Ritmo mínimo de 100 compressões por minuto. Compressão Cardíaca O socorrista coloca-se em um plano superior ao do paciente de tal modo que os seus braços em extensão possam executar a manobra. Apóiam-se as eminências tênar e hipotênar de uma das mãos sobre a metade inferior do esterno, com os dedos estendidos. A outra mão é apoiada sobre a primeira, sem encostar no esterno do paciente. Os braços do socorrista são mantidos em extensão e aproveitando o peso do seu corpo ele aplica na vítima uma pressão suficiente para deprimir 5 cm durante meio segundo. Em seguida, retira subitamente a compressão intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança.
  • 46. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS LOCAL DAS COMPRESSÕES Adulto - Terço médio do tórax localiza-se o apêndice xifóide e dois dedos acima, no centro do tórax é o local das 30 compressões. Apóiam-se as eminências tênar e hipotênar de uma das mãos sobre a metade inferior do esterno, com os dedos estendidos a outra mão é apoiada sobre a primeira, sem encostar no esterno do paciente. Os braços do socorrista são mantidos em extensão a um ângulo de 90º e aproveitando o peso do seu corpo ele aplica na vítima uma pressão suficiente para deprimir 5 cm durante meio segundo, olhando sempre para o horizonte e com a contagem em alto som. Em seguida, retira subitamente a compressão intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança. Aprenda a fazer compressão cardíaca Na criança a técnica de reanimação é igual a aplicada em adultos, porém, nas crianças menores de 8 anos a compressão é feita com apenas uma das mãos, e em bebês, através da compressão torácica pelos dedos indicador e médio. No bebê, o local da compressão está à largura de um dedo abaixo da linha intermamilar, na linha mediana. São no mínimo 100 compressões por minuto, em adultos, crianças e bebês. A ventilação é feita de maneira independente da compressão cardíaca externa mantendo o seu número em cerca de 04 a 06 ventilações por minuto. Para avaliação da eficácia dos procedimentos, verifica-se a presença de pulsação na artéria radial correspondentes as compressões efetuadas. Quando Cessar a Reanimação: Ambiente de risco; Quando você entrar em exaustão; Quando o médico mandar parar; Quando a vítima voltar à consciência.
  • 47. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS MEDIDAS DE REANIMAÇÃO 1 - Manutenção das vias aéreas permeáveis No indivíduo inconsciente, em decúbito dorsal frequentemente a base da língua entra em contato com a parede posterior da faringe, obstruindo as vias aéreas superiores. A manobra de elevação da mandíbula com extensão da cabeça permite a livre passagem do ar. Deve-se proceder a limpeza da região da orofaringe usando compressas, lenços ou um aspirador, caso haja a disponibilidade. Se houver suspeita de lesão cervical fazer uma leve extensão e manter sempre a cabeça alinhada com o corpo. Isto é obtido usando-se uma das mãos na face do paciente, enquanto dois dedos da outra mão elevam o mento. 2 - Respiração Boca a Boca Deite a vítima de costas, sobre uma superfície dura (chão, mesa, areia da praia etc.), com os braços estendidos ao longo do corpo, verifique o pulso no máximo por 10 segundos se não houver pulsação, faça 30 compressões torácicas, retire da boca da vítima detritos, dentaduras e outros, segure a cabeça da vítima e coloque uma das mãos sob o queixo e outra na parte alta da cabeça (testa) da vítima, levante-lhe o pescoço e incline-lhe a cabeça para trás, até que a ponta do queixo fique voltada para cima. Mantenha a cabeça nessa posição, usando como apoio, por exemplo, uma toalha enrolada. Tampe as narinas da vítima com o indicador e o polegar e abra-lhe completamente a boca, encha bem os pulmões e coloque sua boca sobre a da vítima, sem deixar frestas, sopre com força, até notar que os pulmões da vítima se expandem e o tórax se eleva. Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar, recomece essa operação, intercalando 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança. Verifique sempre se a vítima está recuperando seus movimentos respiratórios. Se a vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente. A cabeça da vítima deve ficar parcialmente para trás enquanto durar o trabalho de respiração artificial, pois isso facilita a penetração de ar em seus pulmões, ao soprar, procure introduzir nos pulmões da vítima a maior quantidade possível de ar, faça a respiração artificial uniformemente e sem interrupção, durante o tempo que for necessário, às vezes pode levar até mais de 1 hora até a recuperação da vítima. Não desanime nem deixe vencer pelo cansaço, em poucos minutos o acidentado começara a apresentar inspirações espontâneas isoladas e aos poucos, sua respiração se normalizará e mesmo que a vítima se recupere completamente, ela deverá receber socorro médico.
  • 48. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS 3 - Compressão Cardíaca Externa O socorrista coloca-se em um plano superior ao do paciente de tal modo que os seus braços em extensão possam executar a manobra. Apóiam-se as eminências tênar e hipotênar de uma das mãos sobre a metade inferior do esterno, com os dedos estendidos a outra mão é apoiada sobre a primeira, sem encostar no esterno do paciente. Os braços do socorrista são mantidos em extensão a um ângulo de 90º e aproveitando o peso do seu corpo ele aplica na vítima uma pressão suficiente para deprimir 5 cm durante meio segundo, olhando sempre para o horizonte e com a contagem em alto som. Intercale 30 compressões cardíacas e 2 ventilações artificiais num ritmo mínimo de 100 (cem) compressões por minuto para a vítima adulta, adolescente ou uma criança. Verifique sempre se a vítima está recuperando seus movimentos respiratórios. Se a vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente. Na criança a técnica de reanimação é igual à aplicada em adultos, porém, nas crianças menores de 8 anos a compressão é feita com apenas uma das mãos, e em bebês , através da compressão torácica pelos dedos indicador e médio. No bebê, o local da compressão está à largura de um dedo abaixo da linha intermamilar. São no mínimo 100 compressões por minuto, em adultos, crianças e bebês. A ventilação é feita de maneira independente da compressão cardíaca externa mantendo o seu número em cerca de 04 a 06 ventilações por minuto. Para avaliação da eficácia dos procedimentos, verifica-se a presença de pulsação na artéria radial correspondentes as compressões efetuadas juntamente com os parâmetros vitais. 4 - Desfibrilação Deve ser efetuada sem perda de tempo no primeiro minuto da parada cardíaca, antes mesmo de se conhecer o ritmo causal, pois existem boas perspectivas de recuperação pelo método. Atualmente, preconiza-se a sua utilização até mesmo por paramédicos treinados que atendem em domicílio vítima de parada cardíaca. As pás do desfibrilador são colocadas na borda superior direita do esterno, abaixo da clavícula e na ponta do coração; não se esquecer de colocar gel condutor, para não queimar o paciente. Inicia-se com aplicação de 200 joules (watts/seg.), aumentando-se seguidamente em caso de não haver resposta, até 400 joules (watts/seg.). Se ainda assim não houver resposta, deve-se pensar em hipossistolia ou assistolia. Nos intervalos entre os choques, o paciente devera ser mantido com a compressão cardíaca e ventilação artificial. Em alguns desfibriladores, a própria pá serve como eletrodo para o monitoramento do ECG, podendo se verificar com segurança o ritmo e o resultado obtidos pelo método.
  • 49. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS TRANSPORTE DE ACIDENTADOS CONCEITO Remoção da vítima de um local perigoso para uma área segura e deve ser feito por pessoas treinadas e em algumas situações com equipamentos especiais. INDICAÇÕES: Vítimas inconscientes; Vítimas com queimaduras grandes; Hemorragias graves; Envenenados; Vítimas sob suspeita de fraturas, luxações e entorses. CUIDADOS: Tem que verificar o que é mais grave no momento; Observar os sinais vitais; Controlar hemorragia; Imobilizar (se houver suspeita de fratura); Evitar ou controlar estado de choque; Manter a vítima deitada.
  • 50. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Transporte de vítimas A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com um máximo de cuidado, a fim de não agravar as lesões existentes. Antes da remoção da vítima, devem-se tomar as seguintes providências: Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa; Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor; Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima; Se precisar improvisar uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós; Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás; Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima pode levar rapidamente ao estado de choque; Se houver parada respiratória, inicie imediatamente a respiração boca a boca e faça as compressões cardíacas; Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura; Se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal, como um só bloco, levando até a sua maca; No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o levantamento e o transporte; Lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos. Atenção: Movimente o acidentado o menos possível; Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte; O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a vítima; Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a compressão cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte. TIPOS DE TRANSPORTE DE VÍTIMAS Transporte de Apoio Auxiliar na locomoção pode ser com um ou dois socorristas. Para longas distâncias. Indicado para casos de luxações, entorses, fraturas de membros inferiores (sem hemorragia). Não é indicado para envenenados.
  • 51. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Transporte de Cadeira Faz-se com a vítima sentada na cadeira. Deve ser realizado por duas pessoas. Retirada de vítimas de locais onde seja inviável o transporte de arrasto, dentre outros. Transporte de Cadeirinha Os socorristas seguram os antebraços um do outro. A vítima senta-se sobre os braços dos socorristas e os braços da vítima deverão passar por trás do pescoço dos socorristas. Transporte pelas Extremidades O socorrista que apoiará o tórax da vítima passa os seus braços por baixo da mesma e cruza-o sobre o peito da vítima. As costas da vítima devem estar em contato com o peito do socorrista. O outro socorrista irá ajoelhar-se, colocar as pernas da vítima sobre as suas, abraçar as pernas da vítima e se levantar. Transporte em Braço ou nas Costas Faz-se carregando a vítima, como noivos. Para longas distâncias. Indicado para transporte de pessoas inconscientes sem suspeita de lesão da coluna.
  • 52. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Transporte em Bloco Utilizado por três ou quatro socorristas. A vítima é transportada em bloco evitando ao máximo movimento na coluna. Os socorristas devem estar atentos ao caminhar para não tropeçarem um no outro. A direção do deslocamento durante o transporte é na dos pés da vítima. Transporte por Arrasto Para curtas distâncias. Há várias formas de transporte de arrasto como usando lençol ou pelos braços. Indicado para vítimas com suspeita de lesão na coluna. Deve-se manter a cabeça da vítima imóvel durante o transporte. Transporte Bombeiro Indicado para remoção de vítimas com dificuldade de movimentação ou inconscientes. Contra indicado para suspeita de lesão da coluna. Deve ser realizado por pessoas treinadas e fortes, pois pode machucar a vítima. Transporte em Maca Deve ser utilizado em situações nas quais a vítima precisará ser deslocada para um local mais seguro ou em locais sem possibilidade de chegada de socorro adequado.
  • 53. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Trauma de crânio O cérebro é protegido por uma caixa óssea, o crânio. Este é o órgão mais nobre e sensível do corpo humano e também o que apresenta menor chance de recuperação, quando lesado. Ele possui diversas artérias, veias e capilares, as quais podem se romper no trauma. Como o crânio (parte óssea) é rígido e o cérebro mais macio, uma hemorragia irá gerar um hematoma, que por sua vez irá crescer comprimindo o cérebro, o que certamente trará lesões neurológicas. Algumas vezes nem há sangramento, apenas o "balançar" do cérebro dentro da caixa craniana é o bastante para fazê-lo inchar e comprimir-se. Sinais e sintomas: Perda da consciência, sonolência, desorientação; Área de depressão no crânio; Sangramento pelo nariz ou ouvido; Paralisia de um lado do corpo; Perda da visão; Convulsões; Vômitos; Dor de cabeça forte e persistente; Perda de equilíbrio; Instabilidade respiratória; Isto tudo pode ocorrer até 24 horas após o trauma*. Assim sendo, pessoas com história de traumatismo craniano, mesmo que de pequeno porte que comece a apresentar estes sintomas, devem ser encaminhadas para avaliação médica. TRAUMA NA CABEÇA Crânio e Encéfalo
  • 54. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Cérebro A atividade direta do cérebro (ótico, gustativo, olfativo e auditivo), os outros estão ligados a medula espinhal. Ventrículos São sacos de amortecimento do cérebro.
  • 55. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Camada de Proteção do Crânio Caixa craniana Forâmen Magno - medula espinhal.
  • 56. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Meninge Meninge são camadas de osso da caixa craniana e entre elas há o líquor que é um liquido claro que serve de amortecimento para impactos, quando ocorre inflamação destas meninges chama-se meningite. Trauma Craniano Trauma Cerebral
  • 57. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Sinais e sintomas: Olhos (arrocheamento). Hemorragia atrás da orelha ou na base da nuca. Posturas de lesões Cerebrais. Observação: Se a lesão for no CÓRTEX CEREBRAL - Posição de contração. Se a lesão for no CEREBELO - Posição de expansão. Cuidado com trauma de cabeça: 1. Peça ajuda em caráter de emergência; 2. Faça o protocolo CAB; 3. Mantenha o paciente em repouso; 4. Controle a hemorragia; 5. Não aplique compressão direta; 6. Use um curativo volumoso (absorvente); 7. Não parar o fluxo de líquidos que possam sair da orelha e nariz; 8. Converse com a vítima para perceber o nível de consciência; 9. Faça curativo nas outras feridas abertas.
  • 58. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS TRAUMA NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL QUADRÚPEDES x BÍPEDES Os quadrúpedes quando parados apóiam as quatro patas no solo o que lhes dá uma excelente estabilidade. Quando andam vagarosamente eles coordenam as suas quatro patas de maneira que sempre três delas apoiam-se no solo e este mecanismo permite também a estabilidade de um tripé. “Esta estabilidade foi perdida quando os nossos ancestrais os HOMINÍDEOS há cerca de 4,5 milhões de anos ficaram de pé assumindo a posição de bípedes e esboçaram os seus primeiros passos através das florestas”. A posição bípede exige um sistema de controle da estabilidade muito mais complexo. Além disso, a coluna passou a suportar uma carga muito maior e a exercer não só a função de equilíbrio, mas também de sustentação e movimento. Tais funções são exercidas principalmente pelo esqueleto e pelos músculos. A medula nervosa é parecida com um cabo telefônico, com milhões “fios” em seu interior. Ela nasce no cérebro e vem descendo por dentro dos ossos da coluna (vértebras), emitindo um ramo de nervo a cada vértebra. Cada "fio" que compõe este nervo vai até um órgão ou músculo levando a informação (ordem) emitida pelo cérebro. Num trauma de coluna pode haver fratura de uma vértebra com grande possibilidade de lesar a medula nervosa, interrompendo esta troca de informações. Sinais e Sintomas: Pacientes conscientes podem referir dor na coluna, formigamentos irradiando-se para braços ou pernas; Em casos em que já houve lesão do tronco nervoso, podem referir não sentir o membro; Quando se queixam destes sintomas nos braços (membros superiores), a lesão provavelmente foi na região cervical (pescoço); Estas queixas referidas apenas à perna (membros inferiores), a lesão ocorreu em um segmento mais baixo, sendo mais comum na região lombar.
  • 59. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS O que fazer: 1. Chamar o resgate; 2. Imobilizar o pescoço e a coluna, ou impedir que a vítima se movimente até que chegue socorro especializado. Lembre-se que algumas vítimas podem se apresentar agitadas; 3. Verificar sinais vitais e aplicar RCP se necessário; 4. Avaliar o nível de consciência; 5. Avaliar e cuidar dos demais ferimentos, hemorragias, etc. O que não fazer: 1. Não transporte ou movimente a vítima sem a real necessidade; 2. Não ofereça alimentos ou bebidas, mesmo que esteja consciente. Ela pode tornar-se inconsciente, vomitar e aspirar o vômito.
  • 60. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Vértebras Vértebras são discos ósseos interligados (sobrepostos), um sobre o outro, separados por discos vertebrais cartilaginosos que servem como amortecedores de impactos. Sinais e Sintomas: Dificuldade para respirar; Dormência, fraqueza e perda de sensibilidade; Paralisia dos membros; Priapismo (Contração involuntária do pênis persistente e dolorosa). Mecanismos de Trauma na Coluna Cervical: 1. Hiperextenção 2. Hiperflexão 3. Compressão 4. Rotação 5. Distração
  • 61. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Batida de automóvel (efeito chicote) Cuidados com Traumas no Pescoço e na Coluna Vertebral: 1. Faça o protocolo CAB; 2. Toda vítima vai ser tratada como se tivesse TRM (Trauma Raquio Medular); 3. Mantenha em repouso e estabilizado. IMOBILIZAÇÃO (colar cervical).
  • 62. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS ARTÉRIA RADIAL É o melhor e mais fácil lugar para palpação da frequência cardíaca. A técnica mais comum é usar as pontas do segundo e do terceiro dedo da mão para pressionar ligeiramente a artéria e então encontrar o número de pulsações durante 10 segundos. Depois é só multiplicar o número de pulsações por 6. Áreas de compressões em caso de hemorragias arteriais 1 - TEMPORAL - Couro cabeludo 2 - CAROTÍDEA - Pescoço 3 - FACIAL - Face 4 - SUBCLÁVIA - Peito 5 - BRAQUIAL - Braço 6 - AXILAR - Axila 7 - RADIAL - Punho 8 - ULNAR - Braço 9 - FEMURAL - Virilha 10 - POPLÍTEA - Perna 11 - PEDIAL DORSAL ou PEDIOSO - Pé Ulnar
  • 63. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Hemorragias - Externas Hemorragia externa é quando ocorre a visualização externa do sangue. A gravidade de uma hemorragia é dada pela quantidade e velocidade da perda de sangue ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia, artéria ou capilar). O que fazer: Coloque a vítima deitada e procure manter o ferimento acima do nível do coração; Não retire objetos incrustados e não coloque nenhuma substância no ferimento; Proteja-se do contato com o sangue; Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado, toalhas ou gazes grossas; Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos; Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos; Não aplique substâncias como pó de café ou qualquer outro produto. Procure auxílio médico imediato. Observação: Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia proximal responsável pelo sangramento contra o osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada. Hemorragias - Internas Hemorragia interna é quando não ocorre visualização externa do sangue, o extravasamento de sangue é coletado para o interior do corpo (cavitária). A hemorragia interna pode levar rapidamente ao estado de choque hipovolêmico e por isso, a situação deve ser acompanhada e controlada com muita atenção para os sinais externos: Pulso fraco e acelerado; Pele fria e pálida; Mucosas dos olhos e da boca brancas; Mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea; Sede, tontura e inconsciência. Geralmente precedido de história de trauma no abdômen ou tórax, como socos, contusão do tórax no volante em acidente automobilístico e outros. Uma contusão ou fratura de costela pode lesar uma artéria do pulmão causando hemorragia pulmonar, no abdômen, uma compressão externa por um dos motivos acima citados, pode romper o baço, fígado, rins ou intestino fazendo-os sangrar internamente, pode ainda haver "explosão” de órgãos ôcos como estômago, intestinos e bexiga. Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertor e procure auxílio médico imediato.
  • 64. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Sinais comuns de hemorragias internas: Torpor (pré desmaio); Palidez; Sede; Aumento dos batimentos cardíacos. O que fazer: Peça ajuda URGENTE; Coloque a vítima deitada e eleve as pernas; Monitore os sinais vitais; Se preciso, aplique RCP. O que não fazer: Não dê qualquer tipo de alimento ou bebida a vítima. Ela pode tornar-se inconsciente, vomitar e aspirar o alimento e/ou água. Se ela queixar-se muito de sede, molhe um lenço apenas para umidificar a língua. Não retire objetos incrustados no ferimento como gravetos, hastes metálicas (vergalhões, facas, etc.). As hemorragias se caracterizam por: LOCALIZAÇÃO Boca Nariz Ouvido Ânus Uretra Vagina O que fazer: 1. Compressão direta sobre a lesão; 2. Elevação do membro lesado; 3. Compressão dos pontos arteriais. (um corte distal procura-se uma artéria proximal para fazer a compressão). Ulnar
  • 65. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS TIPOS Equimose - mancha limitada Sufusão - hemorragia extensa Petéquias - fragilidade capilar Hematoma - mancha arroxeada QUALIDADE ARTERIAL - O sangue sai em jatos intermitentes, provocados pela sístole do coração. Vermelho rutilante e rico em oxigênio VENOSA - O sangue flui em filete contínuo. Vermelho escuro e rico em gás carbônico. CAPILAR - O sangue sai em gotejamento. VOLUME PEQUENA - Até 500 ml sangue, não “interferindo” nos parâmetros vitais. MÉDIA - De 500 a 1000 ml de sangue. GRANDE - Acima de 1000 ml de sangue. Hemorragias - Nasais Algumas pessoas costumam apresentar sangramentos nasais espontâneos, principalmente no verão, inverno, grandes altitudes e em períodos de estiagem. O que fazer: Para estancar este tipo de hemorragia basta que façamos a compressão do lado que está sangrando por 10 minutos. Não se deve tentar "limpar" o nariz logo após estancada a hemorragia pois poderemos retirar o coágulo e ele voltará a sangrar. Picos de hipertensão (pressão alta) e traumas de crânio podem causar este tipo de hemorragia. Desta forma pessoas com história de hipertensão ou de traumatismos cranianos devem ser encaminhadas ao pronto socorro para avaliação médica.
  • 66. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS As principais lesões em atletas Quadro de estatísticas segundo o livro Manual de Medicina do Esporte, Fascículo 2 da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. Comissão Científica, Dr. João Gilberto Carazzato. O autor apresenta um número de atendimentos executados com frequência de 3 horas semanais durante 20 anos (1972 a 1992) ininterruptos, as principais lesões são: Segmentos Corpóreos % Joelho..................................................................... Tornozelo............................................................... Coluna.................................................................... Mão......................................................................... Ombro.................................................................... Coxa....................................................................... Pé........................................................................... Punho..................................................................... Perna...................................................................... Antebraço............................................................... Cotovelo................................................................. Bacia...................................................................... Braço...................................................................... Outros ................................................................... 26,7 19,5 13,5 13,3 7,9 5,2 3,7 3,5 3,1 1,3 0,9 0,7 0,4 0,4 Tipo de Lesão % de Lesões Entorse 35,5 Contusão 4,5 Menisco 6,1 Mioentesite 10,7 Patela Sub-Luxans 8,9 Fraturas 4,3 Coluna 10,1 Tendinite 3,5 Osteocondrite 2,0 Neurite 1,0 Bursite 0,3 Luxação 1,3 Artrose 0,6
  • 67. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Entorses Entorses ocorrem quando uma articulação entre dois ossos são forçadas além de seus limites causando muitas vezes hematomas e inchaço na região, com lesões parciais ou totais dos ligamentos (estrutura que sustenta as articulações). PODEM SER: LEVE - Dor desprezível, capacidade funcional inalterada. Tempo de recuperação de (07 a 14 dias); MODERADA - Ruptura parcial, dor considerável, capacidade funcional alterada. Tempo de recuperação de (14 a 21 dias); GRAVE - Ruptura total, dor intensa, incapacidade funcional. Tempo de recuperação (acima de 35 dias). Sinais e Sintomas: Dor; Edema; Hemorragia interna; Incapacidade funcional; Dismorfia (desalinhamento ou disfunção do segmento ósseo). O que fazer: Imobilização provisória; Crioterapia; Indumentária (folgar as roupas); Psicoterapia; Encaminhe a vítima ao pronto socorro o mais breve possível.
  • 68. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Luxações A luxação é uma lesão onde as extremidades ósseas que formam uma articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa, que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Em caso de luxação, o socorrista deverá proceder como se fosse um caso de fratura, imobilizando a região lesada, sem o uso de tração. No entanto, devemos sempre lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de uma fratura. Podem ser: Incompleta ou Parcial - (superfícies ósseas perdem parcialmente o contato). Completa ou Total - (superfícies ósseas perdem totalmente o contato). Simples - Lesão na superfície óssea. Complexa - Lesão nas superfícies ósseas e rompimento da cápsula sinovial. Sinais e Sintomas: Dor intensa; Edema; Hemorragia interna; Incapacidade funcional; Dismorfia (desalinhamento ou disfunção do segmento ósseo). O que fazer: Imobilização provisória; Crioterapia; Indumentária (folgar as roupas); Psicoterapia; Encaminhe a vítima ao pronto socorro o mais breve possível. O que não fazer: Não tente colocar o osso no lugar!
  • 69. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Fraturas Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da continuidade do tecido ósseo. A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura simples não há o rompimento da pele sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente, possibilitando sangramentos e um aumento do risco de infecção. No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da lesão. O socorrista poderá identificar também, deformidades, edemas, hematomas, exposições ósseas, palidez ou cianose das extremidades e ainda a redução de temperatura no membro fraturado. A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou suspeitas de fraturas. Quando executada de forma adequada, a imobilização alivia a dor, diminui a lesão tecidual, o sangramento e a possibilidade de contaminação de uma ferida aberta. Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado, o socorrista deverá cobrir o ferimento com um pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá a possibilidade de contaminação e controlará as hemorragias que poderão ocorrer na lesão. É importante que nas fraturas com deformidade em articulações (ombros, joelhos, etc.), o socorrista imobilize o membro na posição em que ele for encontrado, sem mobilizá-lo. Sinais e Sintomas: Dor em um osso ou articulação; Incapacidade de movimentação; Adormecimento e formigamento; Mudança na coloração local da pele; Dismorfia (forma ou posição anormal de um osso ou articulação); Vítima refere ter ouvido ou sentido um "estalo". O que fazer: 1. Gentilmente apalpe o corpo, dedos das mãos e pés, sempre observando se há reação de dor; 2. Tranquilize e movimente a vítima o mínimo possível; 3. Cubra ferimentos com gazes ou panos limpos; 4. Imobilize o membro com tipóias, talas e ataduras; 5. Aguarde socorro especializado. O que não fazer: NÃO TENTE COLOCAR O OSSO NO LUGAR! Pela proximidade dos ossos com as artérias e veias, a manipulação incorreta do osso fraturado pode lesá- las, complicando a situação. A lesão da artéria pode interromper o fluxo de sangue para o restante do membro (isquemia).
  • 70. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS Hipotermia - Exposição ao frio O tempo de exposição à água fria pode causar hipotermia, isto significa que a temperatura do corpo cai abaixo de 35ºC. TIPOS DE HIPOTERMIA LEVE - 35ºC a 33ºC - Sensação de frio, tremor, espasmo muscular, exaustão física e as extremidades (ponta dos dedos, lábios, nariz, orelhas) apresentam tonalidade cinzenta ou cianótica (levemente arroxeada). MODERADA - 33ºC a 30ºC - Confusão mental, espasmos musculares intensos, sonolência quase inconsciente pode ocorrer agressividade, depressão ou euforia e frequência cardíaca lenta ou irregular. GRAVE - Menos de 30ºC - Causa inconsciência e imobilidade (rigidez muscular), os calafrios param, as pupilas tendem a dilatar e a frequência cardíaca e respiratória são quase imperceptíveis e morte eminente. Como Identificar uma hipotermia: História de exposição ao frio; Fraqueza, sonolência; Pele pálida, azulada; Confusão mental; Rigidez muscular. O que fazer: 1. Retire roupas molhadas; 2. Aqueça a vítima de alguma forma, cobertores, banhos quentes, etc.; 3. Se estiver consciente ofereça bebidas quentes.
  • 71. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS
  • 72. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS SALVAMENTO NA ÁGUA 1. PREVENÇÃO Compreende uma série de medidas tomadas, preventivamente pelas autoridades competentes através de proibições ou limitações de áreas impróprias para o banho, por oferecer perigo de vida. Completam estas medidas a atuação do pessoal e material especializado, no caso os salva-vidas, com orientações aos banhistas, através de sinalizações por meio de bandeirolas, apitos, embarcações ou demarcações de áreas na praia, onde o mar não é próprio para o banho. Por último, os conhecimentos, a prudência e precaução dos próprios banhistas, que usam do bom-senso, não se aventurando em mar perigoso. 2. CONDIÇÕES DO MAR Todos os salva-vidas ao assumirem seus postos deverão inicialmente tomar conhecimento das condições do mar. Dessa avaliação que compreende o sentido das correntezas e existência de valas e se o mar está normal ou em ressaca, será feita a colocação de sinalização visual através de bandeirolas e placas de sinalização. Com as placas, sinaliza-se e limita-se as áreas ou locais que oferecem perigos tais como: valas, valões, correntezas, etc. 3. VISUALIZAÇÃO VISUAL Com as bandeirolas colocadas nos postos de observação dos salva-vidas, orienta-se os banhistas para as condições de banho e a existência de salva-vidas. Bandeirola-verde - significa mar calmo, próprio para banho e com a proteção de salva-vidas. Bandeirola Amarela - mar oferecendo perigo com ressalvas para o banho e com proteção de salva-vidas. Bandeirola Vermelha - mar perigoso sem condições para banho, apesar da proteção de salva-vidas. 3.1 COMUNICAÇÃO SONORA Compreende a emissão de sons, normalmente do apito significando: Silvos longos e intermitentes - alerta geral para todos os banhistas saírem imediatamente da água, perigo iminente. Silvo breve e intermitente - alerta aos banhistas para não entrarem na água em virtude do perigo iminente. Um silvo longo e um breve - serve para avisar aos salva-vidas sobre a existência de afogamento, normalmente comunicado por outro salva-vidas.
  • 73. EDUCADOR JEFFERSON MATOS - UNIME SALVADOR DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS 4. VIGILÂNCIA OU OBSERVAÇÃO É o estado de observação realizada pelos salva-vidas para detectar uma ocorrência com pessoas no mar. Esta normalmente é realizada de pontos mais elevados, tais como torres fixas, cadeiras elevadas, aeronaves, embarcações ou edificações, a olho nu ou com aparelhos. Ao constatar a anormalidade o salva-vidas aciona o socorro, indicando melhor meio a utilizar, informando tipo de ocorrência, a quantidade de vítimas e o apoio necessário. Na observação também compreende o patrulhamento em duplas e a pé ao longo da praia. Durante o patrulhamento os salva-vidas, sem deixar de observar o mar e o contato visual com a torre, deverão estar atentos para os casos de emergências comuns na praia para os casos de crianças perdidas e toda a espécie de jogos e brincadeiras que venham a por em riscos a integridade física e moral das pessoas. 5. ORIENTAÇÃO AOS BANHISTAS A orientação aos banhistas é a ação preventiva, na qual são passadas aos usuários daquele local, informações de comportamento, evitando situações de riscos. Pode ser realizada através do convívio, exemplo e persuasão do salva-vidas e através de folhetos explicativos, distribuídos ao público. Para maior abrangência, os folhetos de orientação devem ser inscritos em, no mínimo, dois idiomas, português e inglês e distribuídos nas redes de hotéis e postos rodoviários de controle, nas praias e outros lugares, onde transitem os banhistas. Os folhetos de orientação conterão as informações: Nadar apenas nas áreas supervisionadas pelos salva-vidas; Atente para a sinalização; Em dúvida, consulte o salva-vidas sobre as condições para banho e para “surf” antes de entrar na água; Nunca nadar sozinho; Se você entrar numa correnteza, nadar em diagonal através dela até conseguir escapar ou se não tiver condições de sair sem ajuda, fique flutuando, a fim de economizar energias e ao mesmo tempo, aguardando a chegada do socorro; Faça sinais, pedindo socorro, caso não consiga sair da corrente; Não simule ter necessidade de socorro, pois enquanto alguém estiver se preocupando com você, outra pessoa poderá estar precisando de ajuda real; Substitua sua falta de conhecimento em natação por objetos flutuantes; Não leve objetos quebráveis para a praia; Não mergulhe em águas desconhecidas ou em ondas quebrando no raso; Não confie em demasia em sua habilidade, nadando para longe, a não ser o percurso seja paralelo à praia e de fácil socorro; Observe sempre os movimentos das crianças sob sua guarda, mesmo quando o salva-vidas estiver por perto; Não nade perto de ancoradouros ou estacas; Estando em dificuldades não vacile em pedir socorro; Evite ingerir bebidas alcoólicas e/ou alimentos de difícil digestão, antes e durante o banho de mar; Não promova brincadeiras que possam resultar em acidentes ou lesões corporais; Não tire a atenção do salva-vidas do seu serviço de observação, desnecessariamente; Respeite o julgamento e a experiência de um salva-vidas, seguindo suas intenções e não interferindo em seu trabalho.