O documento discute elementos visuais da cor na arquitetura, incluindo classificações de cores primárias, secundárias e terciárias; cores neutras, complementares, análogas e suas dinâmicas; análise do espaço arquitetônico e planejamento cromático. A cor é um elemento fundamental na comunicação e percepção do ambiente construído.
1. Viviane Marques
Elementos Visuais
Produção Acadêmica Professora Viviane Marques
2. Cor
• A cor é um fenômeno físico
• Seus efeitos podem ser experimentados e compreendidos não apenas
visualmente, mas também psicológica e simbolicamente.
• A possibilidade de utilizar a cor como uma grande ferramenta na comunicação da
arquitetura.
• A percepção da cor situa-se na confluência da racionalidade com a sensibilidade
possibilitando inúmeras leituras.
• A comunicação permitida pela impressão de cor não é somente um mecanismo da
visão, mas também a sensação ou o sentimento que ativa nossos pensamentos e
mecanismos cognitivos.
• Cor e luz são fatores primordiais ao ambiente arquitetônico e freqüentemente os
arquitetos tratam as cores como elemento meramente decorativo, para ser
anexado em última instância ao edifício.
3. Cor
• O sentido da cor - sentido este que não se limita exclusivamente à expressão da
palavra ou à arte, está sim, relacionado sobretudo com a percepção individual, por
isso, sua natureza mostra-se tão complexa, abrangente e instigante. A cor -
presente em todas as etapas da história da arquitetura.
• Durante boa parte deste século o repúdio aos artificialismos decorativos, reduziu a
expressão cromática da arquitetura àquela ditada pela natureza dos materiais
empregados.
• Mais recentemente - a cor vem sendo reabilitada tanto para o uso em interiores
quanto em exteriores.
• Deve-se hoje resgatar a importância da cor como objeto fundamental para a
concepção de qualquer projeto arquitetônico.
• A cor é uma ferramenta de comunicação da arquitetura com o mundo em diversas
escalas, do objeto de arte à cidade propriamente dita.
• A cor é um dos principais fatores determinantes da forma como nos relacionamos
com nosso ambiente e o que ele nos transmite.
4. Classificação das Cores
• Cores primárias são:
– Azul,
– Amarelo,
– Vermelho.
• Dizem-se primárias, as cores que não resultam de
outras cores.
• Elas simplesmente se estabelecem assim.
• Não podem, portanto, ser obtidas pela mistura de
outras cores, ou seja, por mistura de diversos
comprimentos de onda.
6. Classificação das Cores
• Cores secundárias, ou complementares, são as que
resultam da mistura, em partes iguais, das cores
primárias. São:
– Verde (azul+amarelo),
– Laranja (vermelho+amarelo),
– Violeta (vermelho+azul).
• Cores secundárias se definem em função de relações
de origem, e em mistura de partes iguais, de duas
primárias: partes iguais de azul e amarelo para
formar o verde; de amarelo e vermelho, para o
laranja; finalmente, de vermelho e azul, para o
violeta.
8. Classificação das Cores
• As cores terciárias resultam da mistura das três
primárias, todavia uma delas com a metade do
contingente, as outras duas cada uma com um
quarto.
• As cores quaternárias se misturam de maneira ainda
mais complexa, sendo que, todavia
fundamentalmente são apenas um complexo de três
primárias. Elas são muito freqüentes na natureza.
9. Cores Neutras
• São aquelas onde não há predomínio de
tonalidades quentes ou frias.
• São cores neutras os tons de preto, branco,
cinza, marrom e bege.
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11. Cores Complementares
• As cores complementares são aquelas que se
encontram diametralmente opostas no círculo
cromático.
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13. Cores Análogas
• São as que aparecem lado-a-lado no gráfico.
• São análogas porque há nelas uma mesma cor
básica.
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15. A Dinâmica da Cor
• A cor afeta a ativação no córtex, funções do
sistema nervoso autônomo e atividade
hormonal;
• A cor define associações emocionais e
estéticas;
• Resumindo, nossa resposta à cor é total,
interdisciplinar, ela nos influencia psicológica e
fisiologicamente.
16. Cores Quentes e Frias
• Consideram-se cores frias ou deprimentes, as que no disco
das cores, estão na área do azul, portanto, o azul, os tons e
suas cores compostas: azul-verde, o verde, o amarelo-verde,
ainda azul-violeta, violeta, vermelho-violeta.
• Encontrando-se na divisa, o amarelo-verde e vermelho
violeta.
• A outra metade do círculo das cores é considerada quente:
vermelho, vermelho-laranja, laranja, amarelo-laranja,
amarelo.
• Portanto, são cores quentes, duas fundamentais, - vermelho e
amarelo, - e os seus respectivos tons.
• As cores frias dão ao espaço profundidade.
• As cores quentes possibilitam a expansão de planos dando
também vibração.
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18. Cores Calmantes e Excitantes
• São cores tranqüilizantes ou calmantes as que
levam ao descanso, como são o azul e o verde.
• São cores excitantes ou estimulantes as que
levam ao movimento e à ação, como o
vermelho e o amarelo.
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20. Cores Leves e Pesadas
• As cores pesadas e leves possuem disposição
ligeiramente diferente, visto que o vermelho
se desloca para a região de pesado, onde se
coloca juntamente com o azul;e o verde se
eleva à região do leve.
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22. Contraste Monocromático
• É o esquema em que utilizamos apenas um
cor em vários tons.
• Este esquema é utilizado quando se quer
obter uma integração maior e
homogeneidade.
• Porém, se muito utilizado, pode tornar-se
monótono.
• A harmonia monocromática é muito
interessante para pequenos ambientes.
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24. Contraste Análogo ou Adjacente
• A harmonia análoga (ou aparentada) é a de cores uma ao lado
da outra, como no disco das cores.
• As cores se opõem suavemente, de sorte a não contrastarem
vivamente entre si.
• É o esquema que utilizamos duas ou três cores vizinhas no
círculo das cores.
• Este esquema é utilizado quando se quer obter uma sensação
de profundidade, movimento, volume, luz e sombra.
• São as cores que tem uma cor base em comum e não há
contraste.
• Quando usadas não dão destaque a composição.
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26. Contraste Análogo Composto
• É quando se usa uma sequência de cores mais
a complementar da cor do meio.
• Este esquema é utilizado quando se quer
obter uma sensação maior de contraste e
profundidade.
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28. Contraste Complementar
• É o esquema que utilizamos duas cores diametralmente opostas no círculo
das cores.
• Este esquema é o máximo de contraste que podemos obter entre duas
cores, causa impacto visual, dá um certo ar dramático.
• Duas cores complementares são as que oferecem juntas melhores
possibilidades de contraste, embora resultem muito violentas visualmente
combinar duas cores complementares intensas.
• Para conseguir uma harmonia convém que um deles seja a sua cor pura, e
a outra esteja modulado com branco ou preto.
• Também denominada harmonia dupla ou oposta.
• Em tais condições são harmonias complementares (duplas, ou opostas):
– vermelho, com verde;
– azul, com laranja;
– amarelo, com violeta.
• A principal vantagem das escalas de cores complementares é que elas são
extremamente atraentes e vibrantes
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30. Contraste Triplo - Harmonia 120º ou Trios Harmônicos (Tríade)
• A harmonia tripla se constitui de três cores
fundamentais ou de cores compostas equidistantes
no disco das cores.
• A harmonia tripla é a mais pictórica e impositiva.
• Ela manipula com todas cores fundamentais, ou com
todas as derivadas, de sorte a constituir uma
composição rica e cativante.
• É quando se usa qualquer cor do círculo, formando
assim um triângulo equilátero.
• São cores equilibradas, tem contraste e riqueza de
cores.
• O contraste extremo entre estas três cores possui um
imenso impacto visual.
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32. Contraste - Harmonia 90º
• É quando se usa cores ligadas formando um
quadrado.
• O contraste que possui um menor impacto
visual.
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34. Contraste - Harmonia 60º
• É quando se usa 3 cores intercaladas.
• É uma combinação com muito contraste.
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36. Análise do Espaço Arquitetônico
• Definição dos objetivos: estéticos e funcionais;
• Classificação dos ambientes segundo o tempo de permanência dos
usuários:
– ambientes de longa permanência: usuários mais afetados pelo ambiente;
– ambientes de curta permanência: usuários menos afetados pelo ambiente.
• Conhecer as atividades a serem exercidas no ambiente;
• Identificar os usuários: faixa etária, aspectos culturais, influências
regionais e aspectos psicológicos envolvidos;
• Estudar a questão do conforto da iluminação no ambiente em função dos
objetivos;
• Levantar as cores disponíveis um função dos materiais adotados.
• A escolha de uma das composições harmônicas ou esquema de cores
deverá ser feita em função da escala, (dimensão) finalidade (tipo do
trabalho ou objetivo do projeto) e da luz natural.
• Além do que será necessário tomar em conta os tipos, caracteres
psicológicos das pessoas que ocuparão o referido ambiente.
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41. Conclusão
• O planejamento cromático realizado a partir dos conceitos de harmonização
anteriormente explicitados, exige do arquiteto o domínio dos fundamentos
psicofísicos e funcionais da cor.
• Através do estudo das diferentes relações cromáticas para um mesmo ambiente, o
profissional amplia elementos visuais para fundamentação de suas escolhas.
• O processo de tomada de decisão torna-se mais claro na medida em que temos a
possibilidade de simular nossas idéias de harmonização cromática.
• Nessa medida, a simulação é a melhor forma de avaliar o uso da cor em seu
contexto, no ambiente interno ou até mesmo urbano.
• Cabe salientar que a simulação computacional bem sucedida, pressupõe, além do
conhecimento do conteúdo e as especificações do projeto, também o domínio de
software, que disponibilize uma paleta de cores ampla e diversificada.
• Assim, pode-se realizar uma simulação que contenha, além dos elementos
cromáticos, as possibilidades de manipulação de luz e características físicas do
espaço.
• Portanto, um mesmo ambiente pode ser visto e sentido de formas diferentes e
determinadas.