SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 43
Downloaden Sie, um offline zu lesen
A Companhia Paulista de Estradas
de Ferro – um pouco de história
Vivaldo José Breternitz
O autor
• Vivaldo José Breternitz
é professor da
Universidade
Presbiteriana
Mackenzie, pela qual é
Mestre em
Engenharia. É também
Doutor em Ciências
pela USP
Esta apresentação homenageia meu pai,
Segismundo Breternitz, e meus parentes
ferroviários
• Vicente Breternitz
• Emílio Breternitz
• Germano Voelzke
• Armando Chignolli
• Enedina Breternitz Chignolli
• Alcindo Breternitz
E também minha avó, Eliza Travitzky Breternitz,
que me deu inesquecíveis viagens com o “R”,
também chamado “Trem de Aço”
Origens
• Foi idealizada nos anos 60 do século XIX por
um grupo de fazendeiros, negociantes
e capitalistas que necessitavam de um meio
para transportar o café cultivado no interior
do estado de São Paulo para o porto de Santos
• A ideia básica era construir uma ferrovia que
chegasse a Jundiaí, ponto final da São Paulo
Railway (depois Santos a Jundiaí), que ia
daquela cidade até Santos
Uma ação da Paulista
Expansão
• Em 11 de agosto de 1872 foi inaugurado o
primeiro trecho, entre Jundiaí e Campinas
• Sua linha tronco chegou a ter 507 km de
extensão ligando Jundiaí à cidade de Colômbia,
com 64 estações. Tinha também diversos ramais
• Em 1922 teve seu primeiro trecho eletrificado,
entre Jundiaí e Campinas
Pioneirsmo – foi a primeira ferrovia a
• eletrificar suas linhas
• utilizar carros de aço para o transporte de
passageiros (e posteriormente construindo-os em
suas oficinas)
• criar hortos florestais (Jundiaí, 1903) para obtenção
de dormentes e lenha - através dela o eucalipto foi
introduzido no Brasil
• ter trabalhadores sindicalizados (1929)
• A Previdência Social no Brasil também teve sua
origem na Paulista, quando em janeiro de 1923 foi
fundada sua Caixa de Aposentadoria
Pioneirismo
• Seus trens de passageiros tornaram-se
famosos pelo conforto e pela pontualidade
• O Trem "R" (Rápido) ou "Trem de Aço",
composto por carros de três classes
(Pullman, Primeira e Segunda Classes),
restaurante e dormitório, tornou-se
lendário e determinou um padrão de
conforto ainda não superado no transporte
de passageiros no Brasil
Marcos em Jundiaí
• Sua sede e oficinas são hoje sede da FATEC, do Poupa Tempo e outros
órgãos públicos
• Seus funcionários fundaram diversas entidades:
– Gabinete de Leitura Rui Barbosa
– Paulista Futebol Clube
– Grêmio Recreativo dos Empregados da Cia. Paulista
– Clube Jundiaiense, originário da Sociedade Paulista de Tênis
– Banda Paulista
• A Paulista criou para seus funcionários
– Uma Escola Profissionalizante, o “SENAI da Paulista” (1901)
– Uma Cooperativa de Consumo e uma Farmácia
– O primeiro núcleo de casas populares em Jundiaí, existente até
hoje, próximo ao Cemitério Nossa Senhora do Desterro
A banda e a locomotiva nº 1
Marcos em Jundiaí – a Estaçãozinha
Oficialmente chamada Jundiaí-Paulista, era a estação da Paulista em Jundiaí,
tendo sido inaugurada em 01.04.1898. No entanto, para facilidade de conexão
com a Santos a Jundiaí, a maioria dos trens ia até a estação dessa última, muito
maior e situada aproximadamente um quilômetro à frente. Atualmente está em
ruínas
As oficinas em Jundiaí
Homens, máquinas etc.
A primeira locomotiva
A Baldwin
A nº 604, construída nos Estados Unidos, em 1895, pela
Baldwin Locomotive Works
Outra Baldwin
Com números de série 920 e 921, foram as duas últimas
locomotivas compradas pela Paulista para seus ramais de
bitola estreita. Fabricadas pela alemã "Linke Hoffmann
Werke", em 1927, operaram na Paulista até 1960.
As Alemãzinhas
Baldwin bitola estreita (0,60 m) com
trem de passageiros na estação de
Santa Rita do Passa Quatro
A Jibóia
Fabricada pela alemã Henschel
& Sohn,em 1936 recebeu o
apelido de Jibóia porque
conseguia tracionar um grande
número de vagões.
A Baldwin-Westinghouse
1921: foi a primeira locomotiva elétrica da Paulista; fabricada
pela Baldwin Locomotive Works (componentes mecânicos)
e Westinghouse Electric Corporation (componentes elétricos);
1627 hp, desativada provavelmente na década de 1970.
ALCO-GE 1921 – produzida no início da
década de 1920, 1428 hp
A Metropolitan-Vickers
Máquina inglesa, incorporada no final da década de 1920.
Tinha seis motores, gerando 2.340 hp (a Paulista teve apenas
uma dessas locomotivas) Foi batizada “Francisco de
Monlevade”, um dos executivos da companhia
Wintenthur-Brown Boveri - 1929,
2520 hp – adquirida para fins
experimentais
Outra Brown Boveri
A Baratinha
Manobreira construída pela GE – a Paulista teve nove dessas
máquinas (459 hp), construídas entre 1924 e 1926
A manobreira 514 – General Electric
Construída na década de
1940, nos Estados Unidos, era
utilizada para manobras,
geralmente formação de
trens. Chegou a servir à
Fepasa, nos anos 1970. Foi
restaurada e instalada como
monumento na Praça
Benedito Kachan, próximo à
estação de Jundiaí em 2002.
Como de praxe, acabou sendo
alvo de vândalos, sendo
retirada do local.
Um ícone: a V-8
1946: a locomotiva V-8 nº 380, com o seu primeiro
esquema de pintura, verde-oliva, tracionando uma
composição de passageiros.
Locomotiva V-8
O último padrão de pintura das V-8
Um modelo clássico – a GE “Russa”
Foto tomada em janeiro de 1973, em Jundiaí (Ivanir Barbosa)
Nos EUA , os ferroviários se referiam a elas como Little Joe Stalin's
locomotives, nome que com o tempo acabou simplificado para Little
Joe. Operaram no Brasil até 1999, sendo aqui chamadas “Russas”.
A “Russa” foi
construída pela GE
em 1946, para
exportação para a
União Soviética. Em
função da Guerra Fria,
não foram entregues
aos russos – 5
unidades foram
vendidas à Paulista.
A Alco PA1
A Paulista teve três destas locomotivas diesel, que faziam o trecho
Bauru – Panorama; eram conhecidas como “Jaburu”
Foram construídas entre 1946 e 1950 em Schenectady, New York ,
numa parceria entre a American Locomotive Company (ALCO) e a
General Electric (GE)
A Vanderléia
1967: fabricada pela General Electric, a Vanderléia foi a
primeira locomotiva elétrica brasileira
Um antigo carro de 1ª Classe
Os carros do Trem de Aço
1954: chegaram ao porto de Santos os primeiros carros que
comporiam o Trem de Aço. Fabricados pela Pullman, dos Estados
Unidos, tinham diversas configurações: 1ª e 2ª classes, restaurante,
dormitório, bagageiro/correio e Pullman (o mais luxuoso)
Interior de um carro Pullman
Estes carros possuíam confortáveis poltronas giratórias,
mesas e janelas panorâmicas ,além de ar condicionado –
conforto total
Um carro de 1ª classe
O carro-restaurante era o máximo!
O “R” se
preparando para
partir da Estação
da Luz
O carro-restaurante era o máximo!
O carro-restaurante era o máximo!
O filé ARCESP
• Nasceu nos carros restaurantes da Paulista
• O nome veio da Associação dos Representantes Comerciais do Estado de São
Paulo – o prato era homenagem aos vendedores viajantes, que usavam o trem
como meio de transporte
• Era preparado com filé mignon, frito na manteiga
• Ao chegar ao ponto ideal, ia da frigideira para uma travessa de aço inoxidável,
mantida em local aquecido
• A frigideira voltava ao fogo só com rodelas de cebola; a seguir, recebia cenoura,
batata, ervilha e tomate
• Por último, o filé retornava à frigideira para incorporar o sabor do molho, sendo
servido com arroz branco
PS: preparado assim, assemelha-se ao dos trens. Só não fica igual por falta de um
ingrediente hoje impossível de encontrar: os trens da Companhia Paulista.
Um vagão de carga
A decadência e o fim
• Durante a presidência de Juscelino Kubitschek deu-se ênfase ao transporte
rodoviário em detrimento do ferroviário. Muitos consideram esse o principal
motivo para a decadência da Paulista
• Em 1961, durante uma crise provocada por uma série de greves, a empresa foi
estatizada. Perceberam-se ai os primeiros sinais de queda na qualidade de
atendimento, já que muitos antigos empregados deixaram a empresa, bem como
passou a haver um afrouxamento dos controles, devido aos critérios políticos
que norteiam as decisões nas empresas estatais
• Em 10 de novembro de 1971, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro foi
incorporada à estatal FEPASA.
• A partir daí trechos e serviços foram sendo extintos, até que a própria FEPASA
deixou de operar – parte das linhas da Paulista são hoje utilizadas para
transporte de cargas pela ALL – América Latina Logística
O fim foi triste..
The
End
vjbreternitz@mackenzie.br

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie Companhia Paulista de Estradas de Ferro - alguns fatos

Ähnlich wie Companhia Paulista de Estradas de Ferro - alguns fatos (20)

Paulista apresentação
Paulista apresentaçãoPaulista apresentação
Paulista apresentação
 
Bondes do Recife
Bondes do RecifeBondes do Recife
Bondes do Recife
 
Bondes do recife
Bondes do recifeBondes do recife
Bondes do recife
 
Bondes do recife
Bondes do recifeBondes do recife
Bondes do recife
 
Bondes+do+recife
Bondes+do+recifeBondes+do+recife
Bondes+do+recife
 
Bondes do recife
Bondes do recifeBondes do recife
Bondes do recife
 
Bonde Alto da Boa Vista
Bonde Alto da Boa VistaBonde Alto da Boa Vista
Bonde Alto da Boa Vista
 
Bondes do Recife
Bondes do RecifeBondes do Recife
Bondes do Recife
 
Bondes do Recife
Bondes do RecifeBondes do Recife
Bondes do Recife
 
Bonde Alto Da Boa Vista
Bonde Alto Da Boa VistaBonde Alto Da Boa Vista
Bonde Alto Da Boa Vista
 
Divinopolis construção do thread sobre a cidade
Divinopolis construção do thread sobre a cidadeDivinopolis construção do thread sobre a cidade
Divinopolis construção do thread sobre a cidade
 
Brasil, Sâo Paulo da Garoa
Brasil, Sâo Paulo da GaroaBrasil, Sâo Paulo da Garoa
Brasil, Sâo Paulo da Garoa
 
Brasil Sao Paulo Estação Da Luz
Brasil Sao Paulo Estação Da LuzBrasil Sao Paulo Estação Da Luz
Brasil Sao Paulo Estação Da Luz
 
Brasil, São Paulo/SP: Estação da Luz
Brasil, São Paulo/SP: Estação da LuzBrasil, São Paulo/SP: Estação da Luz
Brasil, São Paulo/SP: Estação da Luz
 
Bondes Em Campinas
Bondes Em CampinasBondes Em Campinas
Bondes Em Campinas
 
Estação da l_uz
     Estação da l_uz     Estação da l_uz
Estação da l_uz
 
Histórico e evolução da cana
Histórico e evolução da canaHistórico e evolução da cana
Histórico e evolução da cana
 
Histórico e evolução da cana
Histórico e evolução da canaHistórico e evolução da cana
Histórico e evolução da cana
 
Teoria e técnica profissional 5
Teoria e técnica profissional 5Teoria e técnica profissional 5
Teoria e técnica profissional 5
 
Estrada de ferro noroeste1
Estrada de ferro noroeste1Estrada de ferro noroeste1
Estrada de ferro noroeste1
 

Mehr von Vivaldo Jose Breternitz

Tecnologia da Informação moldando nossas vidas
 Tecnologia da Informação moldando nossas vidas  Tecnologia da Informação moldando nossas vidas
Tecnologia da Informação moldando nossas vidas Vivaldo Jose Breternitz
 
BIG DATA/ANALYTICS : EDUCATION AND MANAGEMENT OF DATA SCIENTISTS
BIG DATA/ANALYTICS : EDUCATION AND MANAGEMENT OF DATA SCIENTISTSBIG DATA/ANALYTICS : EDUCATION AND MANAGEMENT OF DATA SCIENTISTS
BIG DATA/ANALYTICS : EDUCATION AND MANAGEMENT OF DATA SCIENTISTSVivaldo Jose Breternitz
 
BIG DATA E COMPUTATIONAL SOCIAL SCIENCE: GRANDES RISCOS
BIG DATA E COMPUTATIONAL SOCIAL SCIENCE: GRANDES RISCOSBIG DATA E COMPUTATIONAL SOCIAL SCIENCE: GRANDES RISCOS
BIG DATA E COMPUTATIONAL SOCIAL SCIENCE: GRANDES RISCOSVivaldo Jose Breternitz
 
BIG DATA: BRINGING NEW OPPORTUNITIES AND CHALLENGES
BIG DATA: BRINGING NEW OPPORTUNITIES AND CHALLENGESBIG DATA: BRINGING NEW OPPORTUNITIES AND CHALLENGES
BIG DATA: BRINGING NEW OPPORTUNITIES AND CHALLENGESVivaldo Jose Breternitz
 
ERP curso "Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP pa...
ERP curso "Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP pa...ERP curso "Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP pa...
ERP curso "Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP pa...Vivaldo Jose Breternitz
 
Arquitetura Web Desacoplada - FCI/Mackenzie
Arquitetura Web Desacoplada - FCI/MackenzieArquitetura Web Desacoplada - FCI/Mackenzie
Arquitetura Web Desacoplada - FCI/MackenzieVivaldo Jose Breternitz
 
Big Data, Analytics e o Cientista de Dados – um novo campo de trabalho se abre
Big Data, Analytics e o Cientista de Dados – um novo campo de trabalho se abreBig Data, Analytics e o Cientista de Dados – um novo campo de trabalho se abre
Big Data, Analytics e o Cientista de Dados – um novo campo de trabalho se abreVivaldo Jose Breternitz
 
Apresentação do TCC das alunas Jessica Valente Juvele e Stephanie de Angelo...
Apresentação do TCC das alunas Jessica Valente Juvele e   Stephanie de Angelo...Apresentação do TCC das alunas Jessica Valente Juvele e   Stephanie de Angelo...
Apresentação do TCC das alunas Jessica Valente Juvele e Stephanie de Angelo...Vivaldo Jose Breternitz
 
CLASSIFICAÇÃO DE TEXTOS APLICADA À AVALIAÇÃO ECONÔMICA - TCC
CLASSIFICAÇÃO DE TEXTOS APLICADA À AVALIAÇÃO ECONÔMICA - TCCCLASSIFICAÇÃO DE TEXTOS APLICADA À AVALIAÇÃO ECONÔMICA - TCC
CLASSIFICAÇÃO DE TEXTOS APLICADA À AVALIAÇÃO ECONÔMICA - TCCVivaldo Jose Breternitz
 
Palestra 'Algumas tendências em TI' para estudantes de Matemática
Palestra 'Algumas tendências em TI' para estudantes de MatemáticaPalestra 'Algumas tendências em TI' para estudantes de Matemática
Palestra 'Algumas tendências em TI' para estudantes de MatemáticaVivaldo Jose Breternitz
 
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geral
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geralO Sistema Financeiro Nacional - uma visão geral
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geralVivaldo Jose Breternitz
 
Desenvolvimento de games apresentação calouros
Desenvolvimento de games apresentação calourosDesenvolvimento de games apresentação calouros
Desenvolvimento de games apresentação calourosVivaldo Jose Breternitz
 

Mehr von Vivaldo Jose Breternitz (20)

Tecnologia da Informação moldando nossas vidas
 Tecnologia da Informação moldando nossas vidas  Tecnologia da Informação moldando nossas vidas
Tecnologia da Informação moldando nossas vidas
 
A brief history of computers
A brief history of computersA brief history of computers
A brief history of computers
 
BIG DATA/ANALYTICS : EDUCATION AND MANAGEMENT OF DATA SCIENTISTS
BIG DATA/ANALYTICS : EDUCATION AND MANAGEMENT OF DATA SCIENTISTSBIG DATA/ANALYTICS : EDUCATION AND MANAGEMENT OF DATA SCIENTISTS
BIG DATA/ANALYTICS : EDUCATION AND MANAGEMENT OF DATA SCIENTISTS
 
BIG DATA E COMPUTATIONAL SOCIAL SCIENCE: GRANDES RISCOS
BIG DATA E COMPUTATIONAL SOCIAL SCIENCE: GRANDES RISCOSBIG DATA E COMPUTATIONAL SOCIAL SCIENCE: GRANDES RISCOS
BIG DATA E COMPUTATIONAL SOCIAL SCIENCE: GRANDES RISCOS
 
BIG DATA: BRINGING NEW OPPORTUNITIES AND CHALLENGES
BIG DATA: BRINGING NEW OPPORTUNITIES AND CHALLENGESBIG DATA: BRINGING NEW OPPORTUNITIES AND CHALLENGES
BIG DATA: BRINGING NEW OPPORTUNITIES AND CHALLENGES
 
ERP curso "Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP pa...
ERP curso "Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP pa...ERP curso "Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP pa...
ERP curso "Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP pa...
 
Arquitetura Web Desacoplada - FCI/Mackenzie
Arquitetura Web Desacoplada - FCI/MackenzieArquitetura Web Desacoplada - FCI/Mackenzie
Arquitetura Web Desacoplada - FCI/Mackenzie
 
Big Data, Analytics e o Cientista de Dados – um novo campo de trabalho se abre
Big Data, Analytics e o Cientista de Dados – um novo campo de trabalho se abreBig Data, Analytics e o Cientista de Dados – um novo campo de trabalho se abre
Big Data, Analytics e o Cientista de Dados – um novo campo de trabalho se abre
 
Apresentação do TCC das alunas Jessica Valente Juvele e Stephanie de Angelo...
Apresentação do TCC das alunas Jessica Valente Juvele e   Stephanie de Angelo...Apresentação do TCC das alunas Jessica Valente Juvele e   Stephanie de Angelo...
Apresentação do TCC das alunas Jessica Valente Juvele e Stephanie de Angelo...
 
CLASSIFICAÇÃO DE TEXTOS APLICADA À AVALIAÇÃO ECONÔMICA - TCC
CLASSIFICAÇÃO DE TEXTOS APLICADA À AVALIAÇÃO ECONÔMICA - TCCCLASSIFICAÇÃO DE TEXTOS APLICADA À AVALIAÇÃO ECONÔMICA - TCC
CLASSIFICAÇÃO DE TEXTOS APLICADA À AVALIAÇÃO ECONÔMICA - TCC
 
Big Data - uma visão executiva
Big Data - uma visão executivaBig Data - uma visão executiva
Big Data - uma visão executiva
 
Palestra 'Algumas tendências em TI' para estudantes de Matemática
Palestra 'Algumas tendências em TI' para estudantes de MatemáticaPalestra 'Algumas tendências em TI' para estudantes de Matemática
Palestra 'Algumas tendências em TI' para estudantes de Matemática
 
Vasp uma pequena história
Vasp uma pequena históriaVasp uma pequena história
Vasp uma pequena história
 
Ibm social business 20140310
Ibm social business 20140310Ibm social business 20140310
Ibm social business 20140310
 
Como criar uma sandbox no jazznet (3)
Como criar uma sandbox no jazznet (3)Como criar uma sandbox no jazznet (3)
Como criar uma sandbox no jazznet (3)
 
Palestra IBM-Mack Zvm linux
Palestra  IBM-Mack Zvm linux  Palestra  IBM-Mack Zvm linux
Palestra IBM-Mack Zvm linux
 
Palestra mack ibm system z overview
Palestra mack  ibm system z overviewPalestra mack  ibm system z overview
Palestra mack ibm system z overview
 
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geral
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geralO Sistema Financeiro Nacional - uma visão geral
O Sistema Financeiro Nacional - uma visão geral
 
Big Data
Big DataBig Data
Big Data
 
Desenvolvimento de games apresentação calouros
Desenvolvimento de games apresentação calourosDesenvolvimento de games apresentação calouros
Desenvolvimento de games apresentação calouros
 

Kürzlich hochgeladen

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 

Kürzlich hochgeladen (20)

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 

Companhia Paulista de Estradas de Ferro - alguns fatos

  • 1. A Companhia Paulista de Estradas de Ferro – um pouco de história Vivaldo José Breternitz
  • 2. O autor • Vivaldo José Breternitz é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, pela qual é Mestre em Engenharia. É também Doutor em Ciências pela USP
  • 3. Esta apresentação homenageia meu pai, Segismundo Breternitz, e meus parentes ferroviários • Vicente Breternitz • Emílio Breternitz • Germano Voelzke • Armando Chignolli • Enedina Breternitz Chignolli • Alcindo Breternitz E também minha avó, Eliza Travitzky Breternitz, que me deu inesquecíveis viagens com o “R”, também chamado “Trem de Aço”
  • 4. Origens • Foi idealizada nos anos 60 do século XIX por um grupo de fazendeiros, negociantes e capitalistas que necessitavam de um meio para transportar o café cultivado no interior do estado de São Paulo para o porto de Santos • A ideia básica era construir uma ferrovia que chegasse a Jundiaí, ponto final da São Paulo Railway (depois Santos a Jundiaí), que ia daquela cidade até Santos
  • 5. Uma ação da Paulista
  • 6. Expansão • Em 11 de agosto de 1872 foi inaugurado o primeiro trecho, entre Jundiaí e Campinas • Sua linha tronco chegou a ter 507 km de extensão ligando Jundiaí à cidade de Colômbia, com 64 estações. Tinha também diversos ramais • Em 1922 teve seu primeiro trecho eletrificado, entre Jundiaí e Campinas
  • 7. Pioneirsmo – foi a primeira ferrovia a • eletrificar suas linhas • utilizar carros de aço para o transporte de passageiros (e posteriormente construindo-os em suas oficinas) • criar hortos florestais (Jundiaí, 1903) para obtenção de dormentes e lenha - através dela o eucalipto foi introduzido no Brasil • ter trabalhadores sindicalizados (1929) • A Previdência Social no Brasil também teve sua origem na Paulista, quando em janeiro de 1923 foi fundada sua Caixa de Aposentadoria
  • 8. Pioneirismo • Seus trens de passageiros tornaram-se famosos pelo conforto e pela pontualidade • O Trem "R" (Rápido) ou "Trem de Aço", composto por carros de três classes (Pullman, Primeira e Segunda Classes), restaurante e dormitório, tornou-se lendário e determinou um padrão de conforto ainda não superado no transporte de passageiros no Brasil
  • 9. Marcos em Jundiaí • Sua sede e oficinas são hoje sede da FATEC, do Poupa Tempo e outros órgãos públicos • Seus funcionários fundaram diversas entidades: – Gabinete de Leitura Rui Barbosa – Paulista Futebol Clube – Grêmio Recreativo dos Empregados da Cia. Paulista – Clube Jundiaiense, originário da Sociedade Paulista de Tênis – Banda Paulista • A Paulista criou para seus funcionários – Uma Escola Profissionalizante, o “SENAI da Paulista” (1901) – Uma Cooperativa de Consumo e uma Farmácia – O primeiro núcleo de casas populares em Jundiaí, existente até hoje, próximo ao Cemitério Nossa Senhora do Desterro
  • 10. A banda e a locomotiva nº 1
  • 11. Marcos em Jundiaí – a Estaçãozinha Oficialmente chamada Jundiaí-Paulista, era a estação da Paulista em Jundiaí, tendo sido inaugurada em 01.04.1898. No entanto, para facilidade de conexão com a Santos a Jundiaí, a maioria dos trens ia até a estação dessa última, muito maior e situada aproximadamente um quilômetro à frente. Atualmente está em ruínas
  • 12. As oficinas em Jundiaí
  • 15. A Baldwin A nº 604, construída nos Estados Unidos, em 1895, pela Baldwin Locomotive Works
  • 17. Com números de série 920 e 921, foram as duas últimas locomotivas compradas pela Paulista para seus ramais de bitola estreita. Fabricadas pela alemã "Linke Hoffmann Werke", em 1927, operaram na Paulista até 1960. As Alemãzinhas
  • 18. Baldwin bitola estreita (0,60 m) com trem de passageiros na estação de Santa Rita do Passa Quatro
  • 19. A Jibóia Fabricada pela alemã Henschel & Sohn,em 1936 recebeu o apelido de Jibóia porque conseguia tracionar um grande número de vagões.
  • 20. A Baldwin-Westinghouse 1921: foi a primeira locomotiva elétrica da Paulista; fabricada pela Baldwin Locomotive Works (componentes mecânicos) e Westinghouse Electric Corporation (componentes elétricos); 1627 hp, desativada provavelmente na década de 1970.
  • 21. ALCO-GE 1921 – produzida no início da década de 1920, 1428 hp
  • 22. A Metropolitan-Vickers Máquina inglesa, incorporada no final da década de 1920. Tinha seis motores, gerando 2.340 hp (a Paulista teve apenas uma dessas locomotivas) Foi batizada “Francisco de Monlevade”, um dos executivos da companhia
  • 23. Wintenthur-Brown Boveri - 1929, 2520 hp – adquirida para fins experimentais
  • 25. A Baratinha Manobreira construída pela GE – a Paulista teve nove dessas máquinas (459 hp), construídas entre 1924 e 1926
  • 26. A manobreira 514 – General Electric Construída na década de 1940, nos Estados Unidos, era utilizada para manobras, geralmente formação de trens. Chegou a servir à Fepasa, nos anos 1970. Foi restaurada e instalada como monumento na Praça Benedito Kachan, próximo à estação de Jundiaí em 2002. Como de praxe, acabou sendo alvo de vândalos, sendo retirada do local.
  • 27. Um ícone: a V-8 1946: a locomotiva V-8 nº 380, com o seu primeiro esquema de pintura, verde-oliva, tracionando uma composição de passageiros.
  • 28. Locomotiva V-8 O último padrão de pintura das V-8
  • 29. Um modelo clássico – a GE “Russa” Foto tomada em janeiro de 1973, em Jundiaí (Ivanir Barbosa) Nos EUA , os ferroviários se referiam a elas como Little Joe Stalin's locomotives, nome que com o tempo acabou simplificado para Little Joe. Operaram no Brasil até 1999, sendo aqui chamadas “Russas”. A “Russa” foi construída pela GE em 1946, para exportação para a União Soviética. Em função da Guerra Fria, não foram entregues aos russos – 5 unidades foram vendidas à Paulista.
  • 30. A Alco PA1 A Paulista teve três destas locomotivas diesel, que faziam o trecho Bauru – Panorama; eram conhecidas como “Jaburu” Foram construídas entre 1946 e 1950 em Schenectady, New York , numa parceria entre a American Locomotive Company (ALCO) e a General Electric (GE)
  • 31. A Vanderléia 1967: fabricada pela General Electric, a Vanderléia foi a primeira locomotiva elétrica brasileira
  • 32. Um antigo carro de 1ª Classe
  • 33. Os carros do Trem de Aço 1954: chegaram ao porto de Santos os primeiros carros que comporiam o Trem de Aço. Fabricados pela Pullman, dos Estados Unidos, tinham diversas configurações: 1ª e 2ª classes, restaurante, dormitório, bagageiro/correio e Pullman (o mais luxuoso)
  • 34. Interior de um carro Pullman Estes carros possuíam confortáveis poltronas giratórias, mesas e janelas panorâmicas ,além de ar condicionado – conforto total
  • 35. Um carro de 1ª classe
  • 36. O carro-restaurante era o máximo! O “R” se preparando para partir da Estação da Luz
  • 39. O filé ARCESP • Nasceu nos carros restaurantes da Paulista • O nome veio da Associação dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo – o prato era homenagem aos vendedores viajantes, que usavam o trem como meio de transporte • Era preparado com filé mignon, frito na manteiga • Ao chegar ao ponto ideal, ia da frigideira para uma travessa de aço inoxidável, mantida em local aquecido • A frigideira voltava ao fogo só com rodelas de cebola; a seguir, recebia cenoura, batata, ervilha e tomate • Por último, o filé retornava à frigideira para incorporar o sabor do molho, sendo servido com arroz branco PS: preparado assim, assemelha-se ao dos trens. Só não fica igual por falta de um ingrediente hoje impossível de encontrar: os trens da Companhia Paulista.
  • 40. Um vagão de carga
  • 41. A decadência e o fim • Durante a presidência de Juscelino Kubitschek deu-se ênfase ao transporte rodoviário em detrimento do ferroviário. Muitos consideram esse o principal motivo para a decadência da Paulista • Em 1961, durante uma crise provocada por uma série de greves, a empresa foi estatizada. Perceberam-se ai os primeiros sinais de queda na qualidade de atendimento, já que muitos antigos empregados deixaram a empresa, bem como passou a haver um afrouxamento dos controles, devido aos critérios políticos que norteiam as decisões nas empresas estatais • Em 10 de novembro de 1971, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro foi incorporada à estatal FEPASA. • A partir daí trechos e serviços foram sendo extintos, até que a própria FEPASA deixou de operar – parte das linhas da Paulista são hoje utilizadas para transporte de cargas pela ALL – América Latina Logística
  • 42. O fim foi triste..