SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 88
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Virgílio	Garcia	Moreira		
MD,	MSc,	PhD
Avaliação	Funcional	do	Idoso
Avaliação Geriátrica Funcional

Intervenção Gerontológica em Contexto Clínico
Síndrome da Fragilidade	
Avaliação Funcional	
Avaliação Geriátrica Ampla	
Avaliação Cognitiva	
Plano de Cuidados
Envelhecemos todos iguais ?
62 anos 91 anos
Variação funcional em
indivíduos
Idade
Capacidadefuncional
Limiar de incapacidade
Mudança de
condicionamento
Infância
Crescimento e
desenvolvimento
Vida Adulta
Manter o maior nível funcional
possível
Terceira Idade
Manter independência e prevenir
incapacidade
Reabilitar e garantir qualidade de vida
Suporte ambiental
Buchner DM, Wagner. Preventing Frail Health. Clinics in Geriatric Medicine. 8:1. 1992
Fisiologia	do	Envelhecimento
VIRGÍLIO GARCIA MOREIRA
31/03/08

Ou seja, envelhecer significa
transformações biológicas. Uns
chamam de perda, mas como,
na acepção filosófica, assumir
perda quando o que realmente
transende é o novo.
VIRGÍLIO GARCIA MOREIRA
31/03/08

Do ponto de vista biológico, á
medida que envelhecemos, um
conjunto de perdas se
estabelece. De forma fisiológica
um somatório de declínios que
se somam e traduzem-se em o
Hans Rosling MD PhD
a demográfica brasileira e os impactos nas políticas públicas________________________________________
Até meados da década de 1950, a esperança de vida ao nascer aumentou cerca
1930/1940 1940/1950 1950/1960 1960/1970
1980 1991 2000 2005
%
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
NordesteNorte Sudeste Sul Centro-OesteBrasil
Gráfico 2 - Esperança de vida ao nascer, segundo as Grandes Regiões - 1930/2005
47,949,2
43,5
36,7
40,7
41,5
73,274,273,5
69,071,072,1
Fontes: IBGE, Censo Demográfico 1940/2000 e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005.
80,0
(Gráfico 4).
Gráfico 4 - Estrutura relativa, por sexo e idade - Brasil - 1940/2050
10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Idades
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Homens
Mulheres
Fontes: IBGE, Censo Demográfico 1940/2000 e Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050
– Revisão 2008.
Censo 1940 Censo 1970 Censo 1980 Censo 1991
Censo 2000 Projeção 2020 Projeção 2050
A estrutura da pirâmide, em sua série temporal, revela os efeitos de nascimentos
Garcez-Leme, Luiz E., Deckers Leme, Mariana & Espino, David V. (2005). Geriatrics in Brazil: A Big Country with Big Opportunities. Journal of the American Geriatrics Society 53 (11), 2018-2022.

20
Figura 3 Grandes síndromes geriátricas
AUTONOMIA INDEPENDÊNCIA
FUNCIONALIDADE
Atividades de Vida Diária (AVDs básicas, instrumentais e avançadas)
COGNIÇÃO HUMOR MOBILIDADE COMUNICAÇÃO
Capacidade
aeróbica
Continência
esfincteriana
Postura
Marcha
Transferência
Alcance
Preensão
Pinça
Visão Audição Motricidade orofacial
IATROGENIA
INSUFICIÊNCIA FAMILIAR
INCAPACIDADE
COGNITIVA
INSTABILIDADE
POSTURAL
INCAPACIDADE
COMUNICATIVA
IMOBILIDADE
INCONTINÊNCIA
ESFINCTERIANA
A presença de incapacidades é o principal preditor de mortalidade, hospitali-
Moraes E et. al. Atenção`a Saúde do Idoso: Aspectos Conceituais. OPAS. 2012
Difficulty	performing	activities	of	daily	living	among	Medicare	beneficiaries,	ages	65+:	US,	1992-2006	(Source:	MCBS)
1995
Difficulty	performing	activities	of	daily	living	among	Medicare	beneficiaries,	ages	65+:	US,	1992-2006	(Source:	MCBS)
1995
Parahyba et al. A prevalência de incapacidade funcional em idosos no Brasil. Cie. Sal. Col. 11(4).2006
Parahyba et al. A prevalência de incapacidade funcional em idosos no Brasil. Cie. Sal. Col. 11(4).2006
Parahyba et al. A prevalência de incapacidade funcional em idosos no Brasil. Cie. Sal. Col. 11(4).2006
Parahyba et al. A prevalência de incapacidade funcional em idosos no Brasil. Cie. Sal. Col. 11(4).2006
Fries J. et al. Aging, health risks and cumulative disability. New England Journal of Medicine. 338(15): 1035-1041. 1998
Fries J. et al. Aging, health risks and cumulative disability. New England Journal of Medicine. 338(15): 1035-1041. 1998
36
Avaliação	Funcional
—Avaliar:	
		“Refere	ao	processo	de	obtenção	e	interpretação	de	dados	para	o	
tratamento.”		 		
Maurer	et	al,	1984
Avaliação	Funcional
Kane, R. Kane, R. Assessing Older Persons. Oxford Press. 2000. 1; 1-13
Informações	de	uma	Situação
Linha	de	Base	para	Comparações	Futuras
Mensurar	Progressos
—Por	que	Avaliar?
Avaliação	Funcional
§O	quê	Avaliar	
ú Identificar	fatores	de	risco!	
ú Lachs	1992
Kane, R. Kane, R. Assessing Older Persons. Oxford Press. 2000. 1; 1-13
Avaliação	Funcional
—Quem	deve	avaliar?	
—Conhecimento	do	teste	(manual)	
—Uniformização	do	teste	
—Treinamento	sistematizado	do	
profissional	ou	equipe
Kane, R. Kane, R. Assessing Older Persons. Oxford Press. 2000. 1; 1-13
—Testes	padronizados	
—Objetivo:	Estabelecer	confiabilidade	e	validade	no	mais	alto	nível	possível	
—Confiabilidade:	Habilidade	de	medir	o	fenômeno	consistentemente.		Um	teste/
instrumento	é	confiável	se	ele	mede	consistentemente		sobre	condições	que	poderiam	
causar	erros.	
—Validade:	É	a	propriedade	da	medida	que	responde	a	seguinte	questão:		“Em	qual	grau	este	
teste	mede	aquilo	que	pretende	medir?
Avaliação	Funcional
Kane, R. Kane, R. Assessing Older Persons. Oxford Press. 2000. 1; 1-13
“Uma	tentativa	sistematizada	de	mensurar	objetivamente	os	níveis	nos	
quais	uma	pessoa	está	funcionando	numa	variedade	de	áreas	tais	
quais	integridade	física,	qualidade	da	auto-manutenção,	qualidade	no	
desempenho	dos	papéis,	estado	intelectual,	atividades	sociais,	atitude	
em	relação	a	si	mesmo,	e	o	estado	emocional”	
	 	 	 	 	 	 	 Lawton,	1971
Avaliação	Funcional
AVD´s básicas
e instrumentais
Continência esfincteriana
Saúde bucal
HUMOR MOBILIDADE
COGNIÇÃO
Sono
Nutrição
Sistema Nervoso Central
Sistema cardiovascular
Sistema gastrointestinal
Sistema gênito-
urinário
Sistema respiratório
Pele e anexos
Sistema endócrino
metabólico
Sistema músculo-
esquelético
COMUNICAÇÃO
SUPORTE FAMILIAR
SUPORTE SOCIAL
LAZER
SEGURANÇA
AMBIENTAL
Nunes, E.
Classificação	Internacional	de	Funcionalidade	(OMS)
A perda da funcionalidade se dá segundo uma escala
de complexidade, iniciando nas atividades mais complexas e
evoluindo até as menos complexas.
Figura 2 – Hierarquia das atividades de vida diárias.
Fonte: DINTOF, Mariana. Envelhecendo com saúde e qualidade de vida: discutindo
questões para um envelhecimento saudável. 2010.
Disponível em: < http://goo.gl/KDefKV>.
O conceito de saúde, dado pela OMS em 2000, está
orientado para melhorar o potencial de saúde de cada indivíduo
FAZER COMPRAS
PEGAR TRANSPORTE
ANDAR
VESTIR-SE
BANHAR-SE
COMER
CUIDAR DA APARÊNCIA
IR AO BANHEIRO
SAIR DA CAMA
TER CONTROLE URINÁRIO E ESFINCTERIANO
TOMAR MEDICMANETO
PAGAR CONTAS/BANCO
HIERARQUIA DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
Organograma 2 – Relação entre os fatores envolvidos na
Cascata de Dependência.
Fonte: HALTER, Jeffrey. Hazzard’s principles of geriatrics medicine and gerontology.
6. ed. Mc Graw-Hill Comp, 2009.
Ramos (2003) aponta a importância da avaliação da
capacidade funcional como novo paradigma da saúde pública
Atividade
Execução de tarefa ou ação
Fatores do meio
Físicos, sociais, atitudinais
do meio onde a pessoa vive
Fatores pessoais
Características pessoas não
relacionadas a condições de
saúde ou doença
Estrutura e função
Funções fisiológica e
partes anatômicas
Participação
Uso na vida real
Condição Saúde
Doença, injúria,
envelhecimento
Atividades	Básicas	de	Vida	Diária	
	 -	vestir-se	
	 -	tomar	banho	
	 -	alimentar-se	
	 -	uso	do	banheiro	
	 -	Continência	
Atividades	Instrumentais	de	Vida	Diária	
	 -	tarefas	domésticas	básicas	
	 -	compras	
	 -	cozinhar	
	 -	Manejo	financeiro	
	 -	uso	de	meios	de	transporte	
	 -	uso	do	telefone	
	 -	administração	de	medicações	
Mobilidade	
	 -	caminhar	
	 -	habilidade	de	subir	um	lance	de	escadas	
	 -	equilíbrio	e	marcha	
	 -	transferências
Necessidade	de	assistência?	
-Independente?	
-Necessita	de	supervisão?	
-Dependente?	
-Velocidade	da	performance?	
-Qualidade	da	performance?	
-Segurança	com	que	realiza	a	tarefa?	
-Dor?
“...Avaliação	funcional	é	o	processo	sistemático	de	identificar	ou	diagnosticar	
as	capacidades	e	deficiências	dos	indivíduos	em	risco,	diferenciando	o	que	
faz	parte	do	envelhecimento	normal	e	patológico...”	
																																												Bernstein	-	1992
Avaliação	Funcional
“...refere-se	á	habilidade	da	pessoa	em	realizar	atividades	do	dia	a	dia	
necessárias	para	a	sobrevivência	na	sociedade	moderna...e	inclui	3	grandes	
domínios:	atividades	de	vida	diária,	atividades	intermediárias	de	vida	diária	
e	mobilidade...”	
	 	 	 	 	 	 					Spector	-	1990
Avaliação	Funcional
AUTONOMIA	
É a capacidade individual de decisão e comando sobre as ações,	
estabelecendo e seguindo as próprias regras. O conceito inclui os seguintes	
elementos: privacidade, livre escolha, autogoverno e regulação, independência	
moral e liberdade individual para satisfazer nossas necessidades e sentimentos.
INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL	
Refere-se à capacidade de realizar algo com os próprios meios. Está ligada à mobilidade e à capacidade
funcional, permitindo que o indivíduo viva sem requerer ajuda para a execução das atividades básicas e
instrumentais de vida diária.
Nunes, E.
Instrumentos	de	Avaliação	Funcional
Paixão Jr. CM, Reichenheim ME. Uma revisão sobre instrumentos de avaliação do estado funcional do idoso. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(1):7-19. 2005
Instrumentos	de	Avaliação	Funcional
—Katz	
—Lawton	
—Barthel	
—MIF	
—Tinetti	/	POMA	
—Timed	Get	up	and	Go
Kane RA, Kane RL. Assessing the elderly: a practical guide to measurement. Lexington, Mass.:Lexington Books, 1981.
Fragilidade	em	Idosos	Brasileiros	
•Introdução¡ Atividades Básicas de Vida Diária (Katz)
Vou lhe perguntar sobre a sua independência para fazer coisas
do dia-a-dia. Gostaria que me dissesse se é totalmente
independente, se precisa de alguma ajuda ou se precisa de
ajuda total para fazer cada uma das seguintes coisas:
Fragilidade	em	Idosos	Brasileiros	
•Introdução¡Tomar	banho	(Leito,	banheira	ou	chuveiro)	
§Não	recebe	ajuda	(entra	e	sai	da	banheira	sozinho,	se	este	for	o	modo	
habitual	de	tomar	banho)	]=	
§Recebe	ajuda	para	lavar	apenas	uma	parte	do	corpo	(as	costas	ou	uma	
perna)]=	
§Recebe	ajuda	para	lavar	mais	de	uma	parte	do	corpo	ou	não	toma	banho	
sozinho.]=
Independente
Independente
Dependente
Fragilidade	em	Idosos	Brasileiros	
•Introdução¡Vestir-se	(pega	roupa,	inclusive	peças	íntimas,	nos	armários	e	
gavetas	e	manuseia	fecho,	inclusive	os	de	órteses	e	próteses,	
quando	forem	utilizadas)	
§Pega	as	roupas	e	veste-se	completamente,	sem	ajuda	]=	
§Pega	as	roupas	e	veste-se	sem	ajuda,	exceto	para	amarrar	os	sapatos	
§Recebe	ajuda	para	pegar	as	roupas	ou	vestir-se	ou	permanece	parcial	ou	
completamente	sem	roupa
Independente
Independente
Dependente
Fragilidade	em	Idosos	Brasileiros	
•Introdução¡Uso	do	Vaso	sanitário	(ida	ao	banheiro	ou	local	equivalente	para	evacuar	e	
urinar;	higiene	íntima	e	arrumação	das	roupas)	
§Vai	ao	banheiro	ou	lugar	equivalente,	limpa-se	e	ajeita	as	roupas	sem	ajuda	(pode	ser	
objetos	para	apoio	como	bengala,	andador	ou	cadeira	de	roas	e	pode	usar	comadre	ou	
urinol	á	noite,	esvaziando-o	de	manhã	]=	
§Recebe	ajuda	para	ir	ao	banheiro	ou	local	equivalente,	ou	para	limpar-se	ou	para	ajeitas	
as	roupas	após	evacuação	ou	micção,	ou	para	usar	a	comadre	ou	iurinol	á	noite.	
§Não	vai	ao	banheiro	ou	equivalente	para	eliminação	fisiológica
Independente
Dependente
Dependente
Fragilidade	em	Idosos	Brasileiros	
•Introdução¡Transferências	
§Deita-se	e	sai	da	cama,	senta-se	e	levanta-se	da	cadeira	sem	ajuda	
(pode	estar	usando	objeto	para	apoio	como	bengala,	andador	]=	
§Deita-se	e	sai	da	cama	e	ou	senta-se	e	levanta-se	da	cadeira	com	ajuda	
§Não	sai	da	cama
Independente
Dependente
Dependente
Fragilidade	em	Idosos	Brasileiros	
•Introdução¡Continência	
§Controla	inteiramente	a	micção	e	a	evacuação	
	]=	
§Tem	acidentes	ocasionais	
§Necessita	de	ajuda	para	manter	o	controle	da	micção	e	evacuação;	usa	
cateter	ou	é	incontinente
Independente
Dependente
Dependente
Fragilidade	em	Idosos	Brasileiros	
•Introdução¡Alimentação	
§Alimenta-se	sem	ajuda=	
§Alimenta-se	sozinho,	mas	recebe	ajuda	para	cortar	a	carne	ou	passar	
manteiga	no	pão	
§Recebe	ajuda	para	alimentar-se	ou	é	alimentado	parcialmente	ou	
completamente	pelo	uso	de	cateteres	ou	fluídos	intra	venoso
Independente
Independente
Dependente
Fragilidade	em	Idosos	Brasileiros	
•Introdução¡0	–	Independente	em	todas	as	seis	funções	
¡1	–	Independente	em	5	funções	e	dependente	em	1	função	
¡2	–	Independente	em	4	funções	e	dependente	em	2	funções	
¡3	–	Independente	em	3	funções	e	dependente	em	3	funções	
¡4	–	Independente	em	2	funções	e	dependente	em	4	funções	
¡5	–	Independente	em	1	função	e	dependente	em	5	funções	
¡6	–	Dependente	em	toas	as	6	funções
Atividades	Básicas	de	Vida	diária
—Banho	
—Vestir-se	
—Ida	ao	Vaso	Sanitário	
—Transferência	
—Continência	
—Alimentação
Katz S, Downs TD, Cash HR. Gerontologist. 1970;10:20-30 - Adaptação
Floriano PJ. O perfil de idosos assistidos por uma equipe de saúde da família do centro de saúde de Souzas, no município de Campinas SP. 2004. Dissertação de
mestrado. Unicamp. 05-158.BFE.
68MINOSSO, Jéssica Sponton Moura; AMENDOLA, Fernanda; ALVARENGA, Márcia Regina Martins and OLIVEIRA, Maria Amélia de Campos. Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em idosos atendidos
em ambulatórios.Acta paul. enferm. [online]. 2010, vol.23, n.2, pp. 218-223. ISSN 0103-2100
Acta Paul Enferm 2010;23(2):218-23.
correlações entre os itens foram positivas e significativamente
diferentes de zero, o que indica que faz sentido compor uma
escala com estes itens, pois eles medem um mesmo atributo. O
alfa da escala total obtido para os 10 itens foi de 0,90, que indicou
ótima confiabilidade e confirmou a homogeneidade dos itens.
A retirada de qualquer um dos itens do instrumento não resultou
em melhora significativa da consistência interna, o que sugere
que a versão brasileira do Índice de Barthel deve manter os
mesmos itens da versão original em inglês (Tabela 2).
Tabela 2 I Análise da Consistência Interna (alfa de Cronbach)
do Índice de Barthel. São Paulo, 2008
n(%)
32
68
35
34
13
rado 17
1
ca
10
6
45
om ocupação atual 21
13
m ocupação atual 4
1
ntaçãom,93%dosidososera independente,
mdeauxílioeapenas1%eramdependentes.
alm, 4% dos idosos eram dependentes e,
o, 7% eram dependentes, ou seja, não
hos ou requeriam assistência para lavar uma
menos. Para o kVestuáriom, 4% eram
Item
Correlação
Item-
Total
Alpha de
Cronbach
se o item
for deletado
Barthel alimentação 0,71 0,88
Barthel banho 0,82 0,88
Barthel vestuário 0,72 0,88
Barthel higiene pessoal 0,78 0,89
Barthel eliminação intestinal 0,72 0,89
Barthel eliminação vesical 0,40 0,92
Barthel vaso sanitário 0,84 0,88
Barthel passagem cadeira cama 0,76 0,88
Barthel deambulação 0,85 0,87
Barthel escadas 0,62 0,89
Artigo O
Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em idosos
atendidos em ambulatórios*
Jéssica Sponton Moura Minosso1
, Fernanda Amendola2
, Márcia Regina M
Alvarenga3
, Maria Amélia de Campos Oliveira4
dar o Índice de Barthel para idosos atendidos em ambulatórios, no Brasil, por meio de análises de confiabilidade
a comprovação da confiabilidade, utilizou-se a consistência interna e, para a verificação da validade, a análise fa
itério convergente e discriminante. Resultados: A confiabilidade, estimada pelo alfa de Cronbach, apresentou o val
otal. A análise da validade de critério convergente, utilizando a Medida de Independência Funcional, identificou
a a maioria dos domínios. Na análise fatorial, que manteve apenas um domínio e os 10 itens da escala original, a
e 63,8%. Conclusão: Os resultados permitem recomendar sua utilização para avaliar a capacidade funcional de
Validación, en Brasil, del índice de Barthel en pacientes ancianos atendidos en ambulatorios
Validation of the Barthel Index in elderly patients attended in outpatient clinics, in Brazil
69MINOSSO, Jéssica Sponton Moura; AMENDOLA, Fernanda; ALVARENGA, Márcia Regina Martins and OLIVEIRA, Maria Amélia de Campos. Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em idosos atendidos
em ambulatórios.Acta paul. enferm. [online]. 2010, vol.23, n.2, pp. 218-223. ISSN 0103-2100
CONCLUSÃO
O estudo atingiu o objetivo proposto quanto à análise da confiabilidade e da
validade do Índice de Barthel para idosos em atendimento ambulatorial, no
contexto brasileiro. A análise estatística revelou que esta versão do Índice de
Barthel é confiável. O estudo da confiabilidade encontrou valor de alpha de
Cronbach de 0,90 para a escala total.
Artigo O
Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em idosos
atendidos em ambulatórios*
Jéssica Sponton Moura Minosso1
, Fernanda Amendola2
, Márcia Regina M
Alvarenga3
, Maria Amélia de Campos Oliveira4
dar o Índice de Barthel para idosos atendidos em ambulatórios, no Brasil, por meio de análises de confiabilidade
a comprovação da confiabilidade, utilizou-se a consistência interna e, para a verificação da validade, a análise fa
itério convergente e discriminante. Resultados: A confiabilidade, estimada pelo alfa de Cronbach, apresentou o val
otal. A análise da validade de critério convergente, utilizando a Medida de Independência Funcional, identificou
a a maioria dos domínios. Na análise fatorial, que manteve apenas um domínio e os 10 itens da escala original, a
Validación, en Brasil, del índice de Barthel en pacientes ancianos atendidos en ambulatorios
Validation of the Barthel Index in elderly patients attended in outpatient clinics, in Brazil
—Usar	o	telefone	
—Fazer	compras	
—Preparo	de	alimentos	
—Arrumação	da	casa	
—Lavar	roupas	
—Meio	de	transporte	
—Controle	de	medicações	
—Controle	das	próprias	finanças
Atividades	Instrumentais	de	Vida	Diária
Lawton MP, Brody EM. Assessment of older people: self-maintaining and instrumental activities of daily living. Gerontologist 1969;9:179-86.
Freitas & Py. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2006. Guanabara Koogan. Apêndice - 1535.
—Trabalhar	
—Participar	de	atividades	voluntárias	na	comunidade	
—Viajar	longas	distâncias	sozinho	
—Praticar	esportes
Atividades	Avançadas	de	Vida	Diária
Medida	de	Independência	Funcional
Medida	de	Independência	Funcional
Health	assessment	Questionnaire
Ferraz MB, Oliveira LM.Cross Cultural Reliability of the physical ability dimention of the health assessemnt questionnaire. 1990. 17 – 813-17
Avaliação	de	Mobilidade
—Timeg	Get	up	and	Go	
—Alcance	
—POMA
Kane RA, Kane RL. Assessing the elderly: a practical guide to measurement. Lexington, Mass.:Lexington Books, 1981.
—Solicitar	ao	paciente	a	levantar-se	de	uma	cadeira,	caminhar	por	3	metros,	
retornar	e	sentar-se	novamente.	
—Cronometrar	o	Tempo	gasto
Avaliação	da	Mobilidade
MATHIAS, S; NAYAK , USL; ISAACS, B. Balance in Elderly Patients:The Get Up and Go Test.Arch. Phys.Med.Rehabil. 1986; 67:387-389.
PODSIADLO D, Richardson S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc 1991;39:142-8
Paula JAM. Avaliação do idoso: capacidade funcional, independência e sua relação com outros indicadores de saúde. Unicamp. 2007. Tese de Doutorado.
07-008.BFN.
Paula JAM. Avaliação do idoso: capacidade funcional, independência e sua relação com outros indicadores de saúde. Unicamp. 2007. Tese de Doutorado.
07-008.BFN.
Paula JAM. Avaliação do idoso: capacidade funcional, independência e sua relação com outros indicadores de saúde. Unicamp. 2007. Tese de Doutorado.
07-008.BFN.
Avaliação	da	Mobilidade
— O	indivíduo	é	instruído	que	tome	a	seguinte	posição:	em	pé,	
descalço,	perpendicular	a	parede,	próximo	ao	início	da	fita	métrica,	
com	os	pés	paralelos	numa	posição	confortável,	sem	tocá-la,	com	o	
ombro	fletido	em	90°	e	o	cotovelo	estendido.	O	punho	permanece	
em	posição	neutra	e	os	dedos	fletidos.		
— A	fita	métrica	é	presa	à	parede,	paralela	ao	chão,	posiciona-se	na	
altura	do	acrômio	do	voluntário.	A	medida	inicial	corresponde	à	
posição	em	que	o	terceiro	metacarpo	se	encontrava	nesta	fita.		
— O	idoso	é	instruído	a	inclinar-se	para	frente,	o	máximo	possível,	sem	
perder	o	equilíbrio	ou	dar	um	passo.	Deve	ser	verificado	o	
deslocamento	sobre	a	fita	métrica.		
— Deve-se	observar	cuidadosamente	se	o	idoso	não	retira	os	seus	
calcanhares	do	apoio	no	chão.	Caso	isto	ocorra,	deve	ser	
desconsiderada	a	medida	e	nova	tentativa	realizada.		
— São	feitas	três	tentativas	de	alcance	funcional	e	a	média	destas	é	
registrada	
Duncan PW,Weiner DK, Chandler J,Studenski S. Functinal reach: A New Clinical Measure of Balance. Journal of Gerontology 1990;45(6):M192-197
POMA
Ishizuka MA. Avaliação e comparação dos fatores intrínsecos dos riscos de queda em idosos com diferentes estatus funcionais. Unicamp.2003. Tese de Mestrado.03-068. BFE
POMA
Ishizuka MA. Avaliação e comparação dos fatores intrínsecos dos riscos de queda em idosos com diferentes estatus funcionais. Unicamp.2003. Tese de Mestrado.03-068. BFE
Avaliação	Funcional
—Atividades	de	Vida	Diária	
—Atividades	Instrumentais	de	Vida	
Diária	
—Avaliação	da	Mobilidade
Kane RA, Kane RL. Assessing the elderly: a practical guide to measurement. Lexington, Mass.:Lexington Books, 1981.
86
Michelangelo - Capela Sistina Sec XVI
Corte Sagital do Cérebro
virgilio.garcia.moreira@gmail.com

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie Avaliação funcional - Introdução - Lato Senso - UnATI - UERJ 2017.key

Conceitos Básicos
Conceitos BásicosConceitos Básicos
Conceitos Básicos
agemais
 
Sra. Milena Sperling.pdf fisioterapia CIF
Sra. Milena Sperling.pdf fisioterapia CIFSra. Milena Sperling.pdf fisioterapia CIF
Sra. Milena Sperling.pdf fisioterapia CIF
CarineSousa13
 
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de riscoAvaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Faculdade Anglo-Americano
 
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de riscoAvaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Faculdade Anglo-Americano
 
conceitosbsicogeriatria-140427125126-phpapp02.pptx
conceitosbsicogeriatria-140427125126-phpapp02.pptxconceitosbsicogeriatria-140427125126-phpapp02.pptx
conceitosbsicogeriatria-140427125126-phpapp02.pptx
Jiggly1
 
Conceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatriaConceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatria
Madaisa Sousa
 

Ähnlich wie Avaliação funcional - Introdução - Lato Senso - UnATI - UERJ 2017.key (20)

Conceitos Básicos
Conceitos BásicosConceitos Básicos
Conceitos Básicos
 
DE_NANDA.pptx
DE_NANDA.pptxDE_NANDA.pptx
DE_NANDA.pptx
 
Sra. Milena Sperling.pdf fisioterapia CIF
Sra. Milena Sperling.pdf fisioterapia CIFSra. Milena Sperling.pdf fisioterapia CIF
Sra. Milena Sperling.pdf fisioterapia CIF
 
CIF I Encontro Científico
CIF I Encontro CientíficoCIF I Encontro Científico
CIF I Encontro Científico
 
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de riscoAvaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
 
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de riscoAvaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
 
CIF em Pediatria
CIF em PediatriaCIF em Pediatria
CIF em Pediatria
 
conceitosbsicogeriatria-140427125126-phpapp02.pptx
conceitosbsicogeriatria-140427125126-phpapp02.pptxconceitosbsicogeriatria-140427125126-phpapp02.pptx
conceitosbsicogeriatria-140427125126-phpapp02.pptx
 
O Paciente como Agente
O Paciente como AgenteO Paciente como Agente
O Paciente como Agente
 
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
 
Conceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatriaConceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatria
 
quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdf
quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdfquedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdf
quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdf
 
Isonia Muller
Isonia MullerIsonia Muller
Isonia Muller
 
Quedas.pptx
Quedas.pptxQuedas.pptx
Quedas.pptx
 
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptx
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptxCAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptx
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptx
 
Intervention in particularly vulnerable groups
Intervention in particularly vulnerable groupsIntervention in particularly vulnerable groups
Intervention in particularly vulnerable groups
 
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...
 
Ana Pimentel
Ana PimentelAna Pimentel
Ana Pimentel
 
Avaliacao De Saude No Idoso Dr Otavio Castello 27abr09 Versao Slideshare
Avaliacao De Saude No Idoso   Dr Otavio Castello   27abr09   Versao SlideshareAvaliacao De Saude No Idoso   Dr Otavio Castello   27abr09   Versao Slideshare
Avaliacao De Saude No Idoso Dr Otavio Castello 27abr09 Versao Slideshare
 
Quedas em idosos.pptx
Quedas em idosos.pptxQuedas em idosos.pptx
Quedas em idosos.pptx
 

Avaliação funcional - Introdução - Lato Senso - UnATI - UERJ 2017.key