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Introdução




 A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a
mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o
artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo
mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e
produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de
mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que
trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 A Revolução Industrial foi um conjunto de mudanças tecnológicas com aprofundo
que teve impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Grã-
Bretanha em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.

   Ao longo Fo processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos
dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma
nova relação entre capital e trabalho se impôs novas relações entre nações se
estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.

   Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o
liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o
motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

  Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o
termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples.
Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas
do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a
obtenção da matéria-prima até á comercialização do produto final. Esses trabalhos eram
realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época
dominavam muitas (se não todas) as etapas do processo produtivo.

    Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo
produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão ( na qualidade de
empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do
lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos de
meios de produção os quais passaram a auferir os lucros. O trabalho realizado com as
máquinas ficou conhecido por maquinofatura.

  Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica,
econômica e social que vinha se processando na Europa desde a baixa Idade Média,com
ênfase nos países onde a Reforma Protestante tina conseguido destronar a influência da
Igreja Católica: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao
catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço
declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os
países protestantes.
De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-
Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII,
responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o
industrial. Os outros dois movimentos que acompanham são a Independência dos
Estados Unidos e a Revolução Francesa que sob influência dos princípios iluministas,
assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx, o
capitalismo seria um produto da Revolução industrial e não sua causa.

   Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi
marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso
econômico-tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos
trabalhadores. Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela
rainha Vitória (1837-1901), razão pela qual é dominado como Era Vitoriana. Ao final
do período, a busca por novas áreas para colonizar e descarregar os produtos
maciçamente produzidos pela Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa
entre as potências industrializadas, causando diversos conflitos e um crescente espírito
armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial (1914).
O Pioneirismo da Grã-Bretanha



A Grã-Bretanha foi pioneira no processo da Revolução industrial por diversos fatores:

Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII.
Antes da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam
cartelizadas pelo rígido sistema de guildas, razão pela qual a entrada de novos
competidores e a inovação tecnológica eram um enorme progresso tecnológico e um
grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo.

 O processo de enriquecimento britânico adquiriu maior impulso após a Revolução
Inglesa, que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os
investimentos e ampliar os lucros.

  A Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um
desses acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da monarquia
absoluta portuguesa, em 1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os
seus produtos no mercado português.

A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro de carvão mineral em seu subsolo,
principais matérias-primas utilizadas neste período.

Dispunham de mão-de-obra em abundância desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que
provocou o êxodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca
de trabalho nas manufaturas.

     A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir
matérias-primas e máquinas e contratar empregados.

     Para ilustrar a relativa abundância do capital que existia na Inglaterra, pode se
constatar que a taxa de juros no final do século XVIII era de cerca de 5% ao ano; já na
China, onde praticamente não existia progresso econômico, a taxa de juros era de cerca
de 30% ao ano.
O liberalismo de Adam Smith



       As novidades da Revolução industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador
escocês Adam Smith procurou responder racionalmente ás perguntas da época. Seu
livro A Riqueza das Nações (1776) é considerado uma das obras fundadoras da ciência
econômica. Ele dizia que o egoísmo é útil para a sociedade. Seu raciocínio era este:
quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você saberia explicar quais
os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está
pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final do
mês?

De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será
benéfica para ela e para seu patrão. E por que um açougueiro vende uma carne muito
boa para uma pessoa que nunca viu antes? Por que deseja que ela se alimente bem ou
por que está olhando para o lucro que terá coma venda?

Graças ao individualismo dele freguês pode comprar a carne. Do mesmo jeito, os
trabalhadores pensam neles mesmos. Trabalham bem para poder garantir seu salário e
emprego. Portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. Mas,
para lucrar, têm vender produtos bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para sociedade.

   Então, já que o individualismo é bom para toda a sociedade, o ideal seria que as
pessoas pudessem atender livremente a seus interesses individuais. E, para Adam Smith,
o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos individuais. Para o autor escocês, “o
Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia”. Se as forças do mercado
agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Desse modo, cada
empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum
regulamento criado pelo governo. Os investimentos e o comércio seriam totalmente
liberados.

   Sem a intervenção do Estado, o mercado funcionaria automaticamente, como se
houvesse uma “mão invisível” ajeitando tudo. Ou seja, o capitalismo e a liberdade
individual promoveriam o progresso de forma harmoniosa.
Principais avanços tecnológicos

Século XVIII

   •   1698- Thomas Newcomen, em Staffordshire, na Grã-Bretanha, instala um motor
       a vapor para esgotar água em uma mina de carvão

   •   1708- Jethro Tull (agricultor), em Berkshire, na Grã-Bretanha, inventa a
       primeira máquina de semear puxada a cavalo, permitindo a mecanização da
       agricultura.

   •   1709- Abraham Darby, em Coalbrookdale, Shropshire, na Grã Bretanha, utiliza
       o carvão para baratear a produção de ferro.

   •   1733- jhon Kay, na Grã-Bretanha, inventa uma lançadeira volante para o tear,
       acelerando o processo de tecelagem

   •   1740- Benjamin huntsman, em Handsworth, na Grã-Bretanha, descobre a
       técnica do uso de cadinho para fabricação de aço.

   •   1761- Abertura do Canal de Bridgewater, na Grã-Bretanha, primeira via
       aquática inteiramente artificial.

   •   1764- James Hargreaves, na Grã-Bretanha, inventa a fiadora spinnig Jenny, uma
       máquina de fiar rotativa que permitia a um único artesão fiar oito fios de uma
       vez só.

   •   1765- James watt, na Grã-Bretanha, introduz o condensador na máquina de
       Newcomen, componente que aumenta consideravelmente a eficiência do motor a
       vapor.

   •   1768- Richard Arkwright, na Grã-Bretanha, inventa a spinning frame, uma
       máquina de fiar mais avançada que a spinnig jenny.

   •   1771- Richard Arkwright, em Cromford, Derbyshire, na Grã-Bretanha, introduz
       o sistema fabril em sua tecelagem ao acionar a sua máquina agora conhecida
       como Water-frame-com a força de torrente de água nas pás de uma roda.

   •   1776-1779- John Wilkinson e Abraham Daby, em Ironbridge, Shrobsihire, na
       Grã-Bretanha, constroem a primeira ponte em ferro fundido.
•   1779- Samuel Crompton, na Grã-Bretanha, inventa a spinnig mule, combinação
    da water frame com a spinning jenny, permitindo produzir fios maias finos e
    resistentes. A mule era capaz de fabricar tanto tecido quanto dezentos
    trabalhadores, apenas utilizando alguns deles como mão-de-obra.

•   1780- Edmund Cartwright, de Leicestershire, na Grã-Bretanha. Patenteia o
    primeiro tear a vapor.

•   1876- Alexander Graham Bell inventou o telefone nos Estados Unidos da
    América (em 2002 o congresso norte-americano reconheceu postuamente o
    italiano Antonio Meucei como legítimi inventor do telefone).

•   1877-Thomas Alva Edison inventou o fonógrafo nos Estados Unidos da
    América.

•   1879- A iluminação elétrica foi inaugurada em Mento Park, New Jersey, nos
    Estados Unidos da América.

•   1885- Gottlieb Daimler inventou um motor a explosão.

•   1895- Guglielmo Marconi inventaram a radiotelegrafia na Itália




    O motor a Vapor



        As primeiras máquinas a vapor foram construídas na Inglaterra durante o
    século XVIII. Retiravam a água acumulada nas minas de ferro e de carvão e
    fabricavam tecidos. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias
    aumentou muito. E os lucros dos burgueses donos de fábricas cresceram na
mesma proporção. Por isso, os empresários ingleses começaram a investir na
instalação de indústrias.

       As fábricas se espelharam rapidamente pela Inglaterra e provocaram
mudanças tão profundas que os historiadores atuais chamam aquele período de
Revolução Industrial. O modo de vida e a mentalidade de milhões de pessoas se
transformaram, numa velocidade espantosa. O mundo novo do capitalismo, da
cidade, da tecnologia e da mudança incessante triunfou.

 As máquinas a vapor bombeavam a água para fora das minas de carvão.

Eram tão importantes quanto as máquinas que produziram tecidos.

As carruagens viajavam a 12 Km/h e os cavalos, quando se cansavam, tinham de
ser trocados durante o percurso. Um trem da época alcançava 45 Km/h e podia
seguir centenas de quilômetros. Assim, a revolução Industrial tornou o mundo
mais veloz.




A Classe Trabalhadora



 A produção manual que atende a Revolução industrial conheceu duas etapas
bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo:

   •   O artesanato foi a forma de produção industrial característica da Baixa
       Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo
       representado por uma produção de caráter familiar, na qual o produtor
       (artesão) possuía os meios de produção,desde o preparo da matéria-
       prima, até o acabamento final; ou seja não havia divisão do trabalho ou
       especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações
       o artesão tinha juntado a si um ajudante, porém não assalariado, pois
       realizava o mesmo trabalho pagando uma taxa pela utilização das
       ferramentas.
•   É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob
               controle das corporações de oficio, assim como o comércio também se
               encontrava sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da
               produção.

           •   A manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna e na
               antiguidade Clássica, resultou da ampliação do mercado consumidor com
               o desenvolvimento do comércio monetário.

           •   Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho,
               devido á divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava
               uma etapa na confecção de um único produto. A ampliação do mercado,
               tanto em direção ao oriente como em direção a América no processo
               produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de
               produção.

A partir da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até terceira e quarta
Revoluções Industriais. Porém, se concebemos a industrialização como um processo,
seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a vapor no século XVIII),
num segundo momento, representados respectivamente pela energia nuclear e pela
avançada informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos séculos XX
e XXI ( aspectos, porém, ainda discutíveis).

  Na esfera social o principal desdobramento da revolução foi a transformação nas
condições de vida nos países industriais em relação aos outros países da época, havendo
uma mudança progressiva das necessidades de consumo da população conforme novas
mercadorias foram sendo produzidas.

A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador,
braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as
cidades. Criando enormes concentrações urbanas; a população de Londres cresceu de
800 000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. Durante o
início da Revolução Industrial, os operários viviam em condições horríveis se
comparadas às condições dos trabalhadores do século seguinte. Muitos dos
trabalhadores tinham um cortiço como moradia e ficavam submetidos era medíocre (em
torno de 2.5 vezes o nível de subsistência) e tanto mulheres como crianças também
trabalhavam recebendo um salário ainda menor.

 A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o
trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar
apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior. Como sua
produtividade aumentava os salários reais dos trabalhadores ingleses aumentaram em
mais de 300% entre 1800 até 1870.

Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a
jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas semanais (10 horas
diárias em cinco dias de trabalho por semana).

Horas de trabalho por semana para trabalhadores adultos nas indústrias têxteis:

               1780- em torno de 80 horas por semana

               1820- 67 horas por semana

               1860- 53 horas por semana

               2007- 46 horas por semana




Segundo os socialistas, o salário, medido a partir do que é necessário para que o
trabalhador sobreviva ( deve ser notado de que não existe definição exata para qual seja
o nível mínimo de subsistência), cresceu a medida que os trabalhadores pressionam os
seus patrões para tal, ou seja, se o salário e as condições de vida melhoraram com o
tempo, foi graças a organização e aos movimentos organizados pelos trabalhadores.




               Movimentos



Alguns trabalhadores, indignados com sua situação, reagiam das mais diferentes formas,
das quais se destacam:
Movimento Ludista (1811-1812)



Reclamações contra as máquinas inventadas após a revolução para poupar a mão-de-
obra já eram normais. Mas foram 1811 que o estopim estourou e surgiu o movimento
ludista, uma forma mais radical de protesto. O nome deriva de Ned Ludd, um dos
lideres do movimento. Os luditas chamaram muitas atenção pelo seus atos. Invadiram
fábricas e destruíram máquinas, que, segundo os ludistas, por serem mais eficientes que
os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada de
trabalho. Os Manifestantes sofreram uma violenta repressão, foram condenados á
prisão, a deportação e até á forca. Os luditas ficaram lembrados como os quebradores de
máquinas.

               Anos depois os operários ingleses mais experientes adotaram métodos
               mais eficientes de luta, como a greve e o movimento sindical.




               Movimento Cartista (1837-1848)



Em sequência veio “o “movimento” Cartista, organizado pela” Associação dos
Operários, que exigia melhores condições de trabalho como:

                   •   Particularmente a limitação de 8 horas da jornada de trabalho.

                   •   A regulamentação do trabalho infantil

                   •   A folga semanal

                   •   O salário mínimo

Além de direito políticos como: estabelecimento do sufrágio universal e extinção da
exigência de propriedade para se integrar ao parlamento e o fim do voto censitário. Esse
movimento se destacou por sua organização, e por sua forma de atuação, chegando a
conquistar diversos direitos políticos para os trabalhadores.
As “Trade-Unions”



Os empregados das fábricas também formaram associações denominadas trade unions,
que tiveram uma evolução lenta em suas reivindicações. Na segunda metade do século
XIX, as trade unions evoluíram para os sindicatos, forma de organização, pois o século
XIX foi um período muito fértil na produção de idéias antiliberais que serviram a luta
da classe operária, seja para obtenção de conquistas na relação com o capitalismo, seja
na organização do movimento revolucionário cuja meta era construir o socialismo
objetivando o comunismo. O mais eficiente e principal instrumento de luta trade unions
será a greve.

                  Saúde e Bem-estar Econômico



Estudos sobre as varações na altura média dos homens no norte da Europa sugerem que
o progresso econômico gerado pela industrialização demorou várias décadas até
beneficiar a população como um todo. Eles indicam que, em média, os homens do norte
europeus durantes o início da Revolução Industrial eram 7,6 centímetros mais baixos
que os que viveram 700 anos antes, na Alta Idade Média. É estranho que a altura média
dos ingleses tenha caído continuamente durante os anos de 1100 até o início da
revolução industrial em 1780, quando Alta Idade Média começou a subir. Foi apenas no
início do século XX que essas populações voltaram a ter altura semelhantes as
registradas entre os séculos IX e XI. A variação da altura média de uma população ao
longo do tempo é considerada um indicador de saúde e bem-estar econômico.




                  A Industrialização na Europa: a partir de 1815



 Até 1850, a Inglaterra continuou dominando o primeiro lugar entre os países
industrializados. Embora outros países já contassem com fábrica e equipamentos
modernos, esses eram considerados uma “miniatura de Inglaterra”, como por
exemplo, os vales de Ruhr e Wupper na Alemanha, que eram bem desenvolvidos,
porém não possuíam a tecnologia das fábricas inglesas.

Na Europa, os maiores centros desenvolvimento industrial, na época, eram as regiões
mineradoras de carvão; lugares como o norte da França, nos vales do Rio Sambre e
Meuse, na Alemanha, no vale de Ruhr, e Também em algumas regiões da Bélgica. A
Alemanha nessa época ainda não havia sido unificada. Eram 39 pequenos reinos e
dentre esses a Prússia, que liderava a Revolução Industrial. A Alemanha se unificou em
1871, quando a Prússia venceu a Guerra Franco-Prussiana

Fora estes lugares, a industrialização ficou presa:

                       •   Ás principais cidades, como Paris e Berlim

                       •   Aos centros de interligação viária, como Lyon, Colônia,
                           Frankfurt, Cracóvia e Varsóvia;

                       •   Ao principal, portos, como Hamburgo, Bremen, Roterdã, Le
                           Havre, Marselha;

                       •   Os pólos têxteis, como Lille, Região do Ruhr, Roubaix,
                           Barmen-Elberfeld ( Wuppertal), Chemmitz, Lodz e Moscou;

                       •   E a distritos siderúrgicos e indústria pesada, na bacia do rio
                           Loire, do Sarre, e da Silésia.




De 1830 a 1929: a expansão pelo mundo



 Após 1830, a produção industrial se descentralizou da Inglaterra e se expandiu
rapidamente pelo mundo, principalmente para noroeste europeu, e para o leste dos
Estados Unidos da América. Porém, cada país se desenvolveu em um ritmo diferente
baseado nas condições econômicas, sociais e culturais de cada lugar.
Na Alemanha com o resultado da Guerra Franco-prussiana em 1870, houve a
Unificação Alemã que, liderada por Bismarck, impulsionou a Revolução industrial no
país que já estava ocorrendo desde 1815. Foi a partir dessa época que a produção de
ferro fundido começou a aumentar de forma exponencial.

   Na Itália a unificação política realizada em 1870, a semelhança do que ocorreu na
Alemanha, impulsionou, mesmo que atrasada, a industrialização do país. Essa só atingiu
ao norte da Itália, pois o sul continuou basicamente agrário.

  Muito mais tarde, começou a industrialização na Rússia, nas últimas décadas do
século XIX. Os principais fatores para que ela acontecesse foi a grande disponibilidade
de mão-de-obra, intervenção governamental na economia através de subsídios e
investimentos estrangeiros a indústria.

  Nos Estados Unidos a industrialização começou no final do século XVIII, e foi
somente após a Guerra da Secessão que todo o país se tornou industrializado. A
industrialização relativamente tardia dos EUA em relação à Inglaterra pode ser
explicada pelo fato de que nos EUA existia muita terra per capita, já na Inglaterra
existia pouca terra per capita, assim os EUA tinham uma vantagem comparativa na
agricultura em relação á Inglaterra e consequentemente demorou bastante tempo para
que a indústria ficasse mais importante que a agricultura. Outro fator é que os Estados
do sul eram escravagistas os que retardavam a acumulação de capital, como tinham terra
eram essencialmente agrários, impedindo a total industrialização do país faixa lestes
Estados Unidos.

O término do conflito resultou na abolição da escravatura o que levou a produtividade
da mão de obra, aumentando assim a velocidade de acumulação de capital, e também
muitas riquezas naturais foram encontradas no período incentivando a industrialização.

A modernização do Japão data do início da era Meiji, em 1867, quando a superação do
feudalismo unificou o país. A propriedade privada foi estabelecida. A autoridade
política foi centralizada possibilitando a intervenção estatal do governo central na
economia, o que resultou o subsidio a indústria. E como a mão-de-obra ficou livres dos
senhores feudais, ocorreu assimilação da tecnologia ocidental e o Japão passou de um
dos países mais atrasados do mundo a um país industrializado.

As consequências da Revolução Industrial
A partir da Revolução Industrial o volume de produção aumentou
extraordinariamente: a produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser
maquinofaturada; as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e
deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas passaram a
concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de
um salário.

Outra das consequências da Revolução Industrial foi o rápido crescimento econômico.
Antes dela, o progresso econômico era sempre lento (levavam séculos para que a renda
per capita aumentasse sensivelmente), e após a renda per capita e a população
começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na história, por exemplo,
entre 1500 e 1780 a população da Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5, já entre
1780 e 1880 ela saltou para 36 milhões, devido á drástica redução da mortalidade
infantil.

   A Revolução industrial alterou completamente a maneira de viver das populações
dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se
tornaram cada vez maiores e mais importantes.

 Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em grande país, havia mais pessoas
vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se
aglomeravam, e, subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, se comparadas com as
habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande
melhoria se comparadas às condições de vida dos camponeses, que viviam em
choupanas de palha.

Convivia com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas
ruas esburacadas.

O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: Tarefas monótonas
e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada
instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.




A industrialização no Brasil
O Brasil, como uma antiga colônia de uma nação européia, faz parte de um grupo de
países de industrialização




Conclusão

Concluo neste trabalho que o processo de industrialização foi um momento precioso
para o mundo no qual contribuiu grandemente para o avanço econômico mundial.

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Revolução Industrial Inglaterra

  • 1. Introdução A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
  • 2. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A Revolução Industrial foi um conjunto de mudanças tecnológicas com aprofundo que teve impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Grã- Bretanha em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Ao longo Fo processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos. Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente. Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até á comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) as etapas do processo produtivo. Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão ( na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos de meios de produção os quais passaram a auferir os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquinofatura. Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a baixa Idade Média,com ênfase nos países onde a Reforma Protestante tina conseguido destronar a influência da Igreja Católica: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os países protestantes.
  • 3. De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã- Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx, o capitalismo seria um produto da Revolução industrial e não sua causa. Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores. Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), razão pela qual é dominado como Era Vitoriana. Ao final do período, a busca por novas áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente produzidos pela Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências industrializadas, causando diversos conflitos e um crescente espírito armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial (1914).
  • 4. O Pioneirismo da Grã-Bretanha A Grã-Bretanha foi pioneira no processo da Revolução industrial por diversos fatores: Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII. Antes da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido sistema de guildas, razão pela qual a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica eram um enorme progresso tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo. O processo de enriquecimento britânico adquiriu maior impulso após a Revolução Inglesa, que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os investimentos e ampliar os lucros. A Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um desses acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da monarquia absoluta portuguesa, em 1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os seus produtos no mercado português. A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro de carvão mineral em seu subsolo, principais matérias-primas utilizadas neste período. Dispunham de mão-de-obra em abundância desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que provocou o êxodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir matérias-primas e máquinas e contratar empregados. Para ilustrar a relativa abundância do capital que existia na Inglaterra, pode se constatar que a taxa de juros no final do século XVIII era de cerca de 5% ao ano; já na China, onde praticamente não existia progresso econômico, a taxa de juros era de cerca de 30% ao ano.
  • 5. O liberalismo de Adam Smith As novidades da Revolução industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou responder racionalmente ás perguntas da época. Seu livro A Riqueza das Nações (1776) é considerado uma das obras fundadoras da ciência econômica. Ele dizia que o egoísmo é útil para a sociedade. Seu raciocínio era este: quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você saberia explicar quais os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final do mês? De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será benéfica para ela e para seu patrão. E por que um açougueiro vende uma carne muito boa para uma pessoa que nunca viu antes? Por que deseja que ela se alimente bem ou por que está olhando para o lucro que terá coma venda? Graças ao individualismo dele freguês pode comprar a carne. Do mesmo jeito, os trabalhadores pensam neles mesmos. Trabalham bem para poder garantir seu salário e emprego. Portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. Mas, para lucrar, têm vender produtos bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para sociedade. Então, já que o individualismo é bom para toda a sociedade, o ideal seria que as pessoas pudessem atender livremente a seus interesses individuais. E, para Adam Smith, o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos individuais. Para o autor escocês, “o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia”. Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Os investimentos e o comércio seriam totalmente liberados. Sem a intervenção do Estado, o mercado funcionaria automaticamente, como se houvesse uma “mão invisível” ajeitando tudo. Ou seja, o capitalismo e a liberdade individual promoveriam o progresso de forma harmoniosa.
  • 6. Principais avanços tecnológicos Século XVIII • 1698- Thomas Newcomen, em Staffordshire, na Grã-Bretanha, instala um motor a vapor para esgotar água em uma mina de carvão • 1708- Jethro Tull (agricultor), em Berkshire, na Grã-Bretanha, inventa a primeira máquina de semear puxada a cavalo, permitindo a mecanização da agricultura. • 1709- Abraham Darby, em Coalbrookdale, Shropshire, na Grã Bretanha, utiliza o carvão para baratear a produção de ferro. • 1733- jhon Kay, na Grã-Bretanha, inventa uma lançadeira volante para o tear, acelerando o processo de tecelagem • 1740- Benjamin huntsman, em Handsworth, na Grã-Bretanha, descobre a técnica do uso de cadinho para fabricação de aço. • 1761- Abertura do Canal de Bridgewater, na Grã-Bretanha, primeira via aquática inteiramente artificial. • 1764- James Hargreaves, na Grã-Bretanha, inventa a fiadora spinnig Jenny, uma máquina de fiar rotativa que permitia a um único artesão fiar oito fios de uma vez só. • 1765- James watt, na Grã-Bretanha, introduz o condensador na máquina de Newcomen, componente que aumenta consideravelmente a eficiência do motor a vapor. • 1768- Richard Arkwright, na Grã-Bretanha, inventa a spinning frame, uma máquina de fiar mais avançada que a spinnig jenny. • 1771- Richard Arkwright, em Cromford, Derbyshire, na Grã-Bretanha, introduz o sistema fabril em sua tecelagem ao acionar a sua máquina agora conhecida como Water-frame-com a força de torrente de água nas pás de uma roda. • 1776-1779- John Wilkinson e Abraham Daby, em Ironbridge, Shrobsihire, na Grã-Bretanha, constroem a primeira ponte em ferro fundido.
  • 7. 1779- Samuel Crompton, na Grã-Bretanha, inventa a spinnig mule, combinação da water frame com a spinning jenny, permitindo produzir fios maias finos e resistentes. A mule era capaz de fabricar tanto tecido quanto dezentos trabalhadores, apenas utilizando alguns deles como mão-de-obra. • 1780- Edmund Cartwright, de Leicestershire, na Grã-Bretanha. Patenteia o primeiro tear a vapor. • 1876- Alexander Graham Bell inventou o telefone nos Estados Unidos da América (em 2002 o congresso norte-americano reconheceu postuamente o italiano Antonio Meucei como legítimi inventor do telefone). • 1877-Thomas Alva Edison inventou o fonógrafo nos Estados Unidos da América. • 1879- A iluminação elétrica foi inaugurada em Mento Park, New Jersey, nos Estados Unidos da América. • 1885- Gottlieb Daimler inventou um motor a explosão. • 1895- Guglielmo Marconi inventaram a radiotelegrafia na Itália O motor a Vapor As primeiras máquinas a vapor foram construídas na Inglaterra durante o século XVIII. Retiravam a água acumulada nas minas de ferro e de carvão e fabricavam tecidos. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias aumentou muito. E os lucros dos burgueses donos de fábricas cresceram na
  • 8. mesma proporção. Por isso, os empresários ingleses começaram a investir na instalação de indústrias. As fábricas se espelharam rapidamente pela Inglaterra e provocaram mudanças tão profundas que os historiadores atuais chamam aquele período de Revolução Industrial. O modo de vida e a mentalidade de milhões de pessoas se transformaram, numa velocidade espantosa. O mundo novo do capitalismo, da cidade, da tecnologia e da mudança incessante triunfou. As máquinas a vapor bombeavam a água para fora das minas de carvão. Eram tão importantes quanto as máquinas que produziram tecidos. As carruagens viajavam a 12 Km/h e os cavalos, quando se cansavam, tinham de ser trocados durante o percurso. Um trem da época alcançava 45 Km/h e podia seguir centenas de quilômetros. Assim, a revolução Industrial tornou o mundo mais veloz. A Classe Trabalhadora A produção manual que atende a Revolução industrial conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo: • O artesanato foi a forma de produção industrial característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possuía os meios de produção,desde o preparo da matéria- prima, até o acabamento final; ou seja não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha juntado a si um ajudante, porém não assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma taxa pela utilização das ferramentas.
  • 9. É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob controle das corporações de oficio, assim como o comércio também se encontrava sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da produção. • A manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna e na antiguidade Clássica, resultou da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio monetário. • Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho, devido á divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um único produto. A ampliação do mercado, tanto em direção ao oriente como em direção a América no processo produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de produção. A partir da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até terceira e quarta Revoluções Industriais. Porém, se concebemos a industrialização como um processo, seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a vapor no século XVIII), num segundo momento, representados respectivamente pela energia nuclear e pela avançada informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI ( aspectos, porém, ainda discutíveis). Na esfera social o principal desdobramento da revolução foi a transformação nas condições de vida nos países industriais em relação aos outros países da época, havendo uma mudança progressiva das necessidades de consumo da população conforme novas mercadorias foram sendo produzidas. A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador, braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. Criando enormes concentrações urbanas; a população de Londres cresceu de 800 000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. Durante o início da Revolução Industrial, os operários viviam em condições horríveis se comparadas às condições dos trabalhadores do século seguinte. Muitos dos trabalhadores tinham um cortiço como moradia e ficavam submetidos era medíocre (em
  • 10. torno de 2.5 vezes o nível de subsistência) e tanto mulheres como crianças também trabalhavam recebendo um salário ainda menor. A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior. Como sua produtividade aumentava os salários reais dos trabalhadores ingleses aumentaram em mais de 300% entre 1800 até 1870. Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas semanais (10 horas diárias em cinco dias de trabalho por semana). Horas de trabalho por semana para trabalhadores adultos nas indústrias têxteis: 1780- em torno de 80 horas por semana 1820- 67 horas por semana 1860- 53 horas por semana 2007- 46 horas por semana Segundo os socialistas, o salário, medido a partir do que é necessário para que o trabalhador sobreviva ( deve ser notado de que não existe definição exata para qual seja o nível mínimo de subsistência), cresceu a medida que os trabalhadores pressionam os seus patrões para tal, ou seja, se o salário e as condições de vida melhoraram com o tempo, foi graças a organização e aos movimentos organizados pelos trabalhadores. Movimentos Alguns trabalhadores, indignados com sua situação, reagiam das mais diferentes formas, das quais se destacam:
  • 11. Movimento Ludista (1811-1812) Reclamações contra as máquinas inventadas após a revolução para poupar a mão-de- obra já eram normais. Mas foram 1811 que o estopim estourou e surgiu o movimento ludista, uma forma mais radical de protesto. O nome deriva de Ned Ludd, um dos lideres do movimento. Os luditas chamaram muitas atenção pelo seus atos. Invadiram fábricas e destruíram máquinas, que, segundo os ludistas, por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada de trabalho. Os Manifestantes sofreram uma violenta repressão, foram condenados á prisão, a deportação e até á forca. Os luditas ficaram lembrados como os quebradores de máquinas. Anos depois os operários ingleses mais experientes adotaram métodos mais eficientes de luta, como a greve e o movimento sindical. Movimento Cartista (1837-1848) Em sequência veio “o “movimento” Cartista, organizado pela” Associação dos Operários, que exigia melhores condições de trabalho como: • Particularmente a limitação de 8 horas da jornada de trabalho. • A regulamentação do trabalho infantil • A folga semanal • O salário mínimo Além de direito políticos como: estabelecimento do sufrágio universal e extinção da exigência de propriedade para se integrar ao parlamento e o fim do voto censitário. Esse movimento se destacou por sua organização, e por sua forma de atuação, chegando a conquistar diversos direitos políticos para os trabalhadores.
  • 12. As “Trade-Unions” Os empregados das fábricas também formaram associações denominadas trade unions, que tiveram uma evolução lenta em suas reivindicações. Na segunda metade do século XIX, as trade unions evoluíram para os sindicatos, forma de organização, pois o século XIX foi um período muito fértil na produção de idéias antiliberais que serviram a luta da classe operária, seja para obtenção de conquistas na relação com o capitalismo, seja na organização do movimento revolucionário cuja meta era construir o socialismo objetivando o comunismo. O mais eficiente e principal instrumento de luta trade unions será a greve. Saúde e Bem-estar Econômico Estudos sobre as varações na altura média dos homens no norte da Europa sugerem que o progresso econômico gerado pela industrialização demorou várias décadas até beneficiar a população como um todo. Eles indicam que, em média, os homens do norte europeus durantes o início da Revolução Industrial eram 7,6 centímetros mais baixos que os que viveram 700 anos antes, na Alta Idade Média. É estranho que a altura média dos ingleses tenha caído continuamente durante os anos de 1100 até o início da revolução industrial em 1780, quando Alta Idade Média começou a subir. Foi apenas no início do século XX que essas populações voltaram a ter altura semelhantes as registradas entre os séculos IX e XI. A variação da altura média de uma população ao longo do tempo é considerada um indicador de saúde e bem-estar econômico. A Industrialização na Europa: a partir de 1815 Até 1850, a Inglaterra continuou dominando o primeiro lugar entre os países industrializados. Embora outros países já contassem com fábrica e equipamentos
  • 13. modernos, esses eram considerados uma “miniatura de Inglaterra”, como por exemplo, os vales de Ruhr e Wupper na Alemanha, que eram bem desenvolvidos, porém não possuíam a tecnologia das fábricas inglesas. Na Europa, os maiores centros desenvolvimento industrial, na época, eram as regiões mineradoras de carvão; lugares como o norte da França, nos vales do Rio Sambre e Meuse, na Alemanha, no vale de Ruhr, e Também em algumas regiões da Bélgica. A Alemanha nessa época ainda não havia sido unificada. Eram 39 pequenos reinos e dentre esses a Prússia, que liderava a Revolução Industrial. A Alemanha se unificou em 1871, quando a Prússia venceu a Guerra Franco-Prussiana Fora estes lugares, a industrialização ficou presa: • Ás principais cidades, como Paris e Berlim • Aos centros de interligação viária, como Lyon, Colônia, Frankfurt, Cracóvia e Varsóvia; • Ao principal, portos, como Hamburgo, Bremen, Roterdã, Le Havre, Marselha; • Os pólos têxteis, como Lille, Região do Ruhr, Roubaix, Barmen-Elberfeld ( Wuppertal), Chemmitz, Lodz e Moscou; • E a distritos siderúrgicos e indústria pesada, na bacia do rio Loire, do Sarre, e da Silésia. De 1830 a 1929: a expansão pelo mundo Após 1830, a produção industrial se descentralizou da Inglaterra e se expandiu rapidamente pelo mundo, principalmente para noroeste europeu, e para o leste dos Estados Unidos da América. Porém, cada país se desenvolveu em um ritmo diferente baseado nas condições econômicas, sociais e culturais de cada lugar.
  • 14. Na Alemanha com o resultado da Guerra Franco-prussiana em 1870, houve a Unificação Alemã que, liderada por Bismarck, impulsionou a Revolução industrial no país que já estava ocorrendo desde 1815. Foi a partir dessa época que a produção de ferro fundido começou a aumentar de forma exponencial. Na Itália a unificação política realizada em 1870, a semelhança do que ocorreu na Alemanha, impulsionou, mesmo que atrasada, a industrialização do país. Essa só atingiu ao norte da Itália, pois o sul continuou basicamente agrário. Muito mais tarde, começou a industrialização na Rússia, nas últimas décadas do século XIX. Os principais fatores para que ela acontecesse foi a grande disponibilidade de mão-de-obra, intervenção governamental na economia através de subsídios e investimentos estrangeiros a indústria. Nos Estados Unidos a industrialização começou no final do século XVIII, e foi somente após a Guerra da Secessão que todo o país se tornou industrializado. A industrialização relativamente tardia dos EUA em relação à Inglaterra pode ser explicada pelo fato de que nos EUA existia muita terra per capita, já na Inglaterra existia pouca terra per capita, assim os EUA tinham uma vantagem comparativa na agricultura em relação á Inglaterra e consequentemente demorou bastante tempo para que a indústria ficasse mais importante que a agricultura. Outro fator é que os Estados do sul eram escravagistas os que retardavam a acumulação de capital, como tinham terra eram essencialmente agrários, impedindo a total industrialização do país faixa lestes Estados Unidos. O término do conflito resultou na abolição da escravatura o que levou a produtividade da mão de obra, aumentando assim a velocidade de acumulação de capital, e também muitas riquezas naturais foram encontradas no período incentivando a industrialização. A modernização do Japão data do início da era Meiji, em 1867, quando a superação do feudalismo unificou o país. A propriedade privada foi estabelecida. A autoridade política foi centralizada possibilitando a intervenção estatal do governo central na economia, o que resultou o subsidio a indústria. E como a mão-de-obra ficou livres dos senhores feudais, ocorreu assimilação da tecnologia ocidental e o Japão passou de um dos países mais atrasados do mundo a um país industrializado. As consequências da Revolução Industrial
  • 15. A partir da Revolução Industrial o volume de produção aumentou extraordinariamente: a produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquinofaturada; as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário. Outra das consequências da Revolução Industrial foi o rápido crescimento econômico. Antes dela, o progresso econômico era sempre lento (levavam séculos para que a renda per capita aumentasse sensivelmente), e após a renda per capita e a população começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na história, por exemplo, entre 1500 e 1780 a população da Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5, já entre 1780 e 1880 ela saltou para 36 milhões, devido á drástica redução da mortalidade infantil. A Revolução industrial alterou completamente a maneira de viver das populações dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes. Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam, e, subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria se comparadas às condições de vida dos camponeses, que viviam em choupanas de palha. Convivia com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas. O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: Tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas. A industrialização no Brasil
  • 16. O Brasil, como uma antiga colônia de uma nação européia, faz parte de um grupo de países de industrialização Conclusão Concluo neste trabalho que o processo de industrialização foi um momento precioso para o mundo no qual contribuiu grandemente para o avanço econômico mundial.