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Planos de aula / Língua Portuguesa / 9º ano / Análise linguística/Semiótica
Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
Por: Danielle Lima De Vasconcelos / 20 de Dezembro de 2018
Código: LPO9_02SQA08
Sobre o Plano
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Danielle Vasconcelos
Mentor: Débora Souza
Especialista: Isabel Fernandes
Título da aula: Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
Finalidade da aula: Explorar o uso das figuras de linguagem de efeito semântico: comparação, hipérbole e prosopopeia, para compreender a linguagem poética presente nos sonetos. Identificar, através de um jogo feito
pelos alunos, as figuras de linguagem exploradas.
Ano: 9º ano do Ensino Fundamental
Gênero: Soneto
Objeto(s) do conhecimento: Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos pertencentes aos gêneros literários.
Prática de linguagem: Análise Linguística e Semiótica
Habilidade(s) da BNCC: EF69LP54
Esta é a oitava aula de uma sequência de 15 planos de aula. Recomendamos o uso desse plano em sequência.
Endereço da página:
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/3845/figuras-de-linguagem-um-jogo-de-palavras
Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
Materiais complementares
Documento
Atividade para impressão - Roteiro para pesquisa
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/rXsAq6RXDDQK53XdYjE5xmNRZjrKKEYPqFE4fhehJphUzmzKHR2rMse9Q6Rc/atividade-para-impressao-roteiro-para-pesquisa-lpo9-02sqa08.pdf
Documento
Atividade para impressão - Coletânea de sonetos
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Et2GPduuuhEcp4nU4VmCp46CMSfpJSFnMxhwWMMjeZDVyyEdkuYs7FXDXMhv/atividade-para-impressao-coletanea-de-sonetos-lpo9-02sqa08.pdf
Documento
Atividade para impressão - Modelo de dominó
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/yAMKUYd2gYr2gwEr4hMfNJmgBB88mCcs6EDjBqWyvD5WMsw2HgQcJe4SS6BY/atividade-para-impressao-modelo-de-domino-lpo9-02sqa08.pdf
Documento
Atividade para impressão - Modelo de ficha de avaliação
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ARsAeDZfhBRRuFPWqTjPhjAs6xm6UJPDUrGrThTHjqFjc9B3vVt2hypyrtAY/atividade-para-impressao-modelo-de-ficha-de-avaliacao-lpo9-02sqa08.pdf
Documento
Resolução de Atividade - Coletânea de Sonetos
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6BveHBp8KYPHcqyCf9xyxvq3zkkXgF9dZ7RmgEhxGPaHkpa7YZnBftNPtXpZ/resolucao-de-atividade-coletanea-de-sonetos-lpo9-02sqa08.pdf
Plano de aula
Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
Slide 1 Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos,
ele apenas resume o conteúdo da aula para que
você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é oitava aula de uma
sequência de 15 planos de aula com foco no gênero
soneto e no campo de atuação artístico-literário. A
aula faz parte do módulo de análise linguística e
semiótica. Antes desta aula, solicite que os alunos
façam um estudo orientado sobre as seguintes
figuras de linguagem: comparação, hipérbole e
prosopopeia. Peça que incluam o conceito e alguns
exemplos das figuras de linguagem exploradas na
aula anterior (antítese, paradoxo, metáfora e
metonímia). Caso julgue necessário, acesse aqui
uma sugestão de roteiro para a o estudo orientado.
Materiais necessários: Pesquisa feita pelos alunos,
sonetos impressos, ficha de avaliação online,
papelão, cartolina, papel e papel cartão de cores
diversas, cola, tesoura, canetas hidrográficas e/ou
lápis de cor, projetor ou quadro digital, tablets, um
notebook ou computador desktop com conexão
com internet (podem ser usados ainda os celulares
dos alunos).
Informações sobre o gênero: Soneto é um poema
de forma fixa, com 14 versos, cuja formação mais
usual é 4-4-3-3 ou 4-4-4-2. Normalmente o
soneto apresenta rimas e suas sílabas poéticas são
decassílabos ou versos alexandrinos.
Dificuldades antecipadas: Não compreender as
figuras de linguagem apresentadas. Dificuldade
para estruturar o jogo por não ter realizado a
pesquisa prévia. Não conseguir identificar as
figuras de linguagem presentes nos textos. Para
superar esses impasses, forneça acesso a um
computador ou outro equipamento que viabilize a
consulta sobre o tema da aula e dê suporte aos
alunos, esclarecendo suas dúvidas.
Referências sobre o assunto:
ALVES, José Hélder Pinheiro. Caminhos da
abordagem do poema em sala de aula. Graphos. v.
10, n. 1, 2008. João Pessoa-PB, 2008.Disponível
em:
<http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/graphos/article/viewFile/4299/3250>.
Acesso em: 17 jul. 2018.
COSTA, Marta Moraes da. Teoria da literatura II.
Curitiba: IESDE Brasil, 2008.
LIMA, Renira Lisboa de Moura. A forma soneto .
Maceió: EdUFAL, 2007.
MASSAUD, Moisés. Dicionário de termos
Plano de aula
Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
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MASSAUD, Moisés. Dicionário de termos
literários. 12 ed. São Paulo: Cultrix, 2004.
MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São
Paulo: Cultrix, 1981. p. 225.
SILVA, E.F.; DE JESUS, W.G. Como e por que
trabalhar a poesia na sala de aula. Revista
Graduando, n.2, jan./jun. 2011. Disponível em:
<http://www2.uefs.br/dla/graduando/n2/n2.21-
34.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018.
TEIXEIRA, Madalena Telles; REIS, Maria Filomena.
A Organização do espaço em sala de aula e as suas
implicações na aprendizagem cooperativa. Meta:
Avaliação, v. 4, n. 11, mai./ago. Rio de Janeiro - RJ,
2012. p. 162-187. Disponível em :
<http://www.adventista.edu.br/_imagens/area_academica/files/A%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20espa%C3%A7o%20em%20sala%20de%20aula.pdf>.
Acesso em: 15 ago. 2018.
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Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
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Slide 2 Tema da aula
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações:
Use um computador desktop ou notebook ou
disponha de tablets com internet para dar apoio às
atividades desta aula.
Divida a classe em grupos para favorecer a
colaboração e a comunicação e também para
otimizar o tempo a fim de alcançar o objetivo da
aula, que é a criação de um jogo.
Projete ou escreva o título da aula e peça que os
alunos expliquem qual a relação do título com a
pesquisa que realizaram previamente sobre figuras
de linguagem.
Explique aos alunos que o objetivo desta aula é a
criação de jogos de carta ou dominó sobre as
figuras de linguagem exploradas: antítese,
paradoxo, metáfora, metonímia, comparação,
hipérbole e prosopopeia. Para isso, eles deverão
compartilhar as informações coletadas no estudo
orientado (sugestão de roteiro ).
Em seguida, peça que discutam sobre a elaboração
de um jogo cujo tema são as figuras de linguagem
trabalhadas. O jogo pode ser de cartas, dominó ou
outro tipo. No jogo, os participantes devem ser
capazes de identificar algumas figuras de
linguagem usadas em sonetos. Eles devem pensar
nas regras, peças, tabuleiro (se for o caso) e demais
elementos relacionados.
Plano de aula
Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
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Slide 3 Introdução
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações:
Apresente o material que eles poderão usar (papel,
cola, tesoura etc.) e oriente os alunos a
desenvolverem o jogo levando em consideração
esses recursos disponíveis.
Uma vez que eles pesquisaram o conceito e
exemplos das figuras de linguagem, distribua nos
grupos sonetos impressos que se valeram desses
recursos de sentido. Os sonetos selecionados já
foram trabalhados em aulas anteriores.
Ressalte que eles devem concluir o planejamento
no tempo estabelecido, pois o momento seguinte
da aula deverá ser usado para a confecção do jogo.
Peça que dividam as tarefas, estabelecendo a
função de cada componente do grupo. Por
exemplo, quem vai escrever as regras, quem vai
criar as peças ou cartas etc.
Forneça o material necessário para o
desenvolvimento do jogo.
Materiais complementares: Para acessar a
coletânea de sonetos desta aula, clique aqui.
Para a indicação de figuras de linguagem nos
sonetos, clique aqui.
Para acessar um modelo de dominó, acesse aqui.
Observação: o objetivo é que os alunos criem o
jogo. O modelo disponibilizado é uma referência e
pode ser alterado. Caso ache mais adequado,
considerando o perfil da turma, pode ser utilizado
em sala.
Plano de aula
Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
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Slide 4 Desenvolvimento
Tempo sugerido: 20 minutos
Orientações:
Após a etapa de elaboração e divisão de tarefas, os
grupos deverão criar o jogo que inventaram.
Ofereça suporte às equipes e esclareça eventuais
dúvidas.
Neste momento, circule entre os grupos e verifique
se o conteúdo do jogo está adequado.
Plano de aula
Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
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Slide 5 Fechamento
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações:
Peça que os grupos troquem os jogos entre si.
Eles terão os momentos finais da aula para
experimentar a criação de outro grupo.
Projete ou escreva o link da ficha de avaliação do
jogo e peça que, individualmente, os alunos
avaliem o jogo que experimentaram.
Sugere-se o uso de um formulário online para a
avaliação dos jogos. Para isso, consulte o tutorial
indicado nos materiais complementares e o
modelo da ficha de avaliação. Caso prefira, poderá
imprimir o modelo e pedir que os alunos
preencham a avaliação.
Recolha os jogos para que possa avaliá-los. Se
julgar necessário, reserve outra aula para que esta
etapa de degustação seja mais proveitosa e
oportunize a valorização do trabalho dos alunos.
Materiais complementares: Para acessar a ficha de
avaliação dos jogos, clique aqui.
Para acessar o tutorial do Google Forms, clique
aqui.
Plano de aula
Figuras de linguagem: Um jogo de palavras
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ROTEIRO DE PESQUISA 
 
1. Pesquise o que são as figuras de linguagem, incluindo sua finalidade no
                       
texto. 
 
2. Com suas palavras, construa um conceito para as seguintes figuras de
                     
linguagem: 
● Antítese 
● Paradoxo 
● Metáfora 
● Metonímia 
● Comparação 
● Hipérbole 
● Prosopopeia 
 
3. Inclua exemplos de cada figura de linguagem pesquisada. 
SUGESTÃO DE SONETOS 
 
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades 
Camões 
 
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,  
Muda-se o ser, muda-se a confiança:  
Todo o mundo é composto de mudança,  
Tomando sempre novas qualidades.  
 
Continuamente vemos novidades,  
Diferentes em tudo da esperança:  
Do mal ficam as mágoas na lembrança,  
E do bem (se algum houve) as saudades.  
 
O tempo cobre o chão de verde manto,  
Que já coberto foi de neve fria,  
E em mim converte em choro o doce canto.  
 
E afora este mudar-se cada dia,  
Outra mudança faz de mor espanto,  
Que não se muda já como soía.  
 
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"​  
 
 
 
 
 
 
 
 
Alma minha gentil, que te partiste 
Camões 
 
Alma minha gentil, que te partiste 
Tão cedo desta vida descontente, 
Repousa lá no Céu eternamente, 
E viva eu cá na terra sempre triste. 
 
Se lá no assento etéreo, onde subiste, 
Memória desta vida se consente, 
Não te esqueças daquele amor ardente 
Que já nos olhos meus tão puro viste. 
 
E se vires que pode merecer-te 
Alguma cousa a dor que me ficou 
Da mágoa, sem remédio, de perder-te; 
 
Roga a Deus que teus anos encurtou, 
Que tão cedo de cá me leve a ver-te, 
Quão cedo de meus olhos te levou. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soneto XIII 
Olavo Bilac 
 
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo 
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, 
Que, para ouvi-las, muita vez desperto 
E abro as janelas, pálido de espanto… 
 
E conversamos toda a noite, enquanto 
A via-láctea, como um pálio aberto, 
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, 
Inda as procuro pelo céu deserto. 
 
Direis agora: "Tresloucado amigo! 
Que conversas com elas? Que sentido 
Tem o que dizem, quando estão contigo?" 
 
E eu vos direi: "Amai para entendê-las! 
Pois só quem ama pode ter ouvido 
Capaz de ouvir e de entender estrelas." 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soneto XII 
William Shakespeare (Tradução de Ivo Barroso) 
 
Quando a hora dobra em triste e tardo toque 
E em noite horrenda vejo escoar-se o dia, 
Quando vejo esvair-se a violeta, ou que 
A prata a preta têmpora assedia; 
 
Quando vejo sem folha o tronco antigo 
Que ao rebanho estendia a sombra franca 
E em feixe atado agora o verde trigo 
Seguir no carro, a barba hirsuta e branca; 
 
Sobre tua beleza então questiono 
Que há de sofrer do Tempo a dura prova, 
Pois as graças do mundo em abandono 
Morrem ao ver nascendo a graça nova. 
 
Contra a foice do Tempo é vão combate, 
Salvo a prole, que o enfrenta se te abate. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio verde 
Lenilde Freitas  
 
Para melhor compor as madrugadas  
também os galos acordavam cedo.  
O vento ao passar pela varanda 
contava à folhagem um segredo.  
A hora era imensa e tão pouca  
ó rastro da manhã que já desanda  
no tempo, despetalando sim cada  
palavra frágil flor de nossa boca. 
Os colibris voavam bailarinos  
sobre as sépalas verdes do futuro. 
A brisa prenuncia assim os finos  
dedos da chuva fria sobre o muro.  
Então o relógio para, a vida zera. 
Desfaz-se a neblina de quimera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De joelhos 
Florbela espanca  
 
‘Bendita seja a Mãe que te gerou’. 
Bendito o leite que te fez crescer. 
Bendito o berço aonde te embalou 
A tua ama, pra te adormecer! 
 
Bendita essa canção que acalentou 
Da tua vida o doce alvorecer... 
Bendita seja a lua que inundou 
De luz, a terra, só para te ver... 
 
Benditos sejam todos que te amarem, 
As que em volta de ti ajoelharem 
Numa grande paixão fervente e louca! 
 
E se mais que eu, um dia, te quiser 
Alguém, bendita seja essa Mulher, 
Bendito seja o beijo dessa boca! ! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vidas 
Mário Quintana 
 
Nós vivemos num mundo de espelhos, 
mas os espelhos roubam nossa imagem... 
Quando eles se partirem numa infinidade de estilhas 
seremos apenas pó tapetando a paisagem. 
 
Homens virão, porém, de algum mundo selvagem 
e, com estes brilhantes destroços de vidro, 
nossas mulheres se adornarão, seus filhos 
inventarão um jogo com o que sobrar dos ossos. 
 
E não posso terminar a visão 
porque ainda não terminou o soneto 
e o tempo é uma tela que precisa ser tecida... 
 
Mas quem foi que tomou agora o fio da minha vida? 
Que outro lábio canta, com a minha voz perdida, 
nossa eterna primeira canção?! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amor Fiel 
Gregório de Matos 
 
Ó tu do meu amor fiel traslado  
Mariposa entre as chamas consumida,  
Pois se à força do ardor perdes a vida,  
A violência do fogo me há prostrado.  
 
Tu de amante o teu fim hás encontrado,  
Essa flama girando apetecida;  
Eu girando uma penha endurecida,  
No fogo que exalou, morro abrasado.  
 
Ambos de firmes anelando chamas,  
Tu a vida deixas, eu a morte imploro  
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.  
 
Mas ai! que a diferença entre nós choro,  
Pois acabando tu ao fogo, que amas,  
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amar! 
Florbela Espanca 
 
Eu quero amar, amar perdidamente! 
Amar só por amar: aqui... além... 
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente... 
Amar! Amar! E não amar ninguém! 
 
Recordar? Esquecer? Indiferente!... 
Prender ou desprender? É mal? É bem? 
Quem disser que se pode amar alguém 
Durante a vida inteira é porque mente! 
 
Há uma primavera em cada vida: 
É preciso cantá-la assim florida, 
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! 
 
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada 
Que seja a minha noite uma alvorada, 
Que me saiba perder... pra me encontrar... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fanatismo 
Florbela Espanca 
 
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.  
Meus olhos andam cegos de te ver.  
Não és sequer razão do meu viver  
Pois que tu és já toda a minha vida!  
 
Não vejo nada assim enlouquecida...  
Passo no mundo, meu Amor, a ler  
No mist'rioso livro do teu ser  
A mesma história tantas vezes lida!...  
 
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...  
Quando me dizem isto, toda a graça  
Duma boca divina fala em mim!  
 
E, olhos postos em ti, digo de rastros:  
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,  
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vandalismo 
Augusto dos Anjos 
 
Meu coração tem catedrais imensas, 
templos de priscas e longínquas datas, 
Onde um nume de amor, em serenatas, 
Canta a aleluia virginal das crenças. 
 
Na ogiva fúlgida e nas colunatas 
Vertem lustrais irradiações intensas, 
Cintilações de lâmpadas suspensas 
E as ametistas e os florões e as pratas. 
 
Como os velhos templários medievais, 
Entrei um dia nessas catedrais 
E nesses templos claros e risonhos... 
 
E erguendo os gládios e brandindo as hastas 
No desespero dos iconoclastas 
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Buscando a Cristo 
Gregório de Matos 
 
A vós correndo vou, braços sagrados, 
Nessa cruz sacrossanta descobertos 
Que, para receber-me, estais abertos, 
E, por não castigar-me, estais cravados. 
 
A vós, divinos olhos, eclipsados 
De tanto sangue e lágrimas abertos, 
Pois, para perdoar-me, estais despertos, 
E, por não condenar-me, estais fechados. 
 
A vós, pregados pés, por não deixar-me, 
A vós, sangue vertido, para ungir-me, 
A vós, cabeça baixa, p'ra chamar-me 
 
A vós, lado patente, quero unir-me, 
A vós, cravos preciosos, quero atar-me, 
Para ficar unido, atado e firme. 
DOMINÓ – FIGURAS DE LINGUAGEM (EXEMPLOS) 
28 PEÇAS COM 7 CATEGORIAS: METÁFORA, COMPARAÇÃO, METONÍMIA, 
ANTÍTESE, PARADOXO, HIPÉRBOLE E PROSOPOPEIA. 
METÁFORA
 
Ser Poeta 
É ter fome, é ​ter sede de Infinito​!  
Florbela Espanca 
METÁFORA “Gosto da Noite imensa, triste e preta, 
Como esta estranha borboleta​” 
Florbela Espanca
“Eu possa me dizer do ​amor​ (que tive): 
Que não seja imortal, posto que ​é 
chama​” 
Vinícius de Moraes  
ANTÍTESE
“Amor ​é fogo que arde sem se ver​, 
Camões   PARADOXO
METÁFORA
“Os ratos já ​devoram toda história​, 
e avançam contra os cacos do presente,” 
Antônio Carlos Secchin
METÁFORA
 
 
“Não és sequer razão de meu viver, 
Pois que ​tu és já toda a minha vida​”! 
Florbela Espanca 
“​É a vaidade​, Fábio, nesta vida, 
Rosa​, que da manhã lisonjeada,”  
Gregório de Matos 
PROSOPOPEIA
COMPARAÇÃO
“Que seja a tua mão branda ​como a neve​” 
Florbela Espanca
 
COMPARAÇÃO
 
“​Recordar​? ​Esquecer​? Indiferente!... 
Prender​ ou ​desprender​? É ​mal​? É ​bem​?...” 
Florbela Espanca 
“que seja a tua boca rubra ​como o 
sangue​” 
Florbela Espanca 
 
PARADOXO
COMPARAÇÃO
 
 
“A vós correndo vou, ​braços​ sagrados, 
Nessa cruz sacrossanta descobertos”. 
Gregório de Matos 
COMPARAÇÃO
“Ela só viu as ​lágrimas em fio​, 
Que de uns e de outros olhos derivadas, 
Juntando-se formaram largo rio​”. 
Camões
“Sobe-me à boca ​uma ânsia análoga à 
ansia 
      Que escapa da boca de um cardíaco​”. 
​Augusto dos Anjos 
PROSOPOPEIA
“De repente do ​riso​ fez-se o ​pranto​” 
Vinícius de Moraes  ANTÍTESE
“Repousa ​lá​ no ​Céu​ eternamente,  
E viva eu ​cá ​na terra sempre triste”. 
Camões 
 
PARADOXO
ANTÍTESE
“E das ​bocas unidas​ fez-se a espuma E das 
mãos espalmadas​ fez-se o espanto”. 
Vinícius de Moraes 
“E rir meu ​riso​ e derramar meu ​pranto 
Ao seu ​pesar​ ou seu ​contentamento​”. 
Vinícius de Moraes  
HIPÉRBOLE
Eu, filho do carbono e do amoníaco, 
Monstro de ​escuridão e rutilância​,”  
Augusto dos Anjos 
PROSOPOPEIA
PARADOXO
“É um andar ​solitário entre a gente​;  
É ​nunca contentar-se de contente​;” 
Camões 
“Mas que seja ​infinito enquanto dure​”. 
Vinícius de Moraes   METONÍMIA
“é um ​contentamento descontente​, 
é dor que desatina sem doer”.  
Camões 
HIPÉRBOLE
PARADOXO
"Ah! Podem ​voar mundos​, morrer astros” 
Florbela Espanca
METONÍMIA
 
“Eu ​aos Céus ultrajei​! O meu tormento 
Leve me torne sempre a terra dura” 
Bocage 
“​E em mim converte em​ choro ​o​ doce 
canto”. 
Camões 
HIPÉRBOLE
“A vós, pregados ​pés, por não deixar-me​, 
A vós, sangue vertido, para ungir-me”  
Gregório de Matos 
PROSOPOPEIA
HIPÉRBOLE
“Foste ​o beijo melhor da minha vida​,  
Ou talvez o pior... Glória e tormento,” 
Olavo Bilac   
HIPÉRBOLE
“mas ​os espelhos roubam​ nossa imagem” 
Mário Quintana 
PROSOPOPEIA
“Deixa que ​o olhar do mundo​ enfim 
devasse 
Teu grande amor que é teu maior 
segredo!” 
Olavo Bilac  
FICHA DE AVALIAÇÃO 
 
Nome: 
 
1. Design do jogo (aparências das peças e/ou cartas, visibilidade das 
informações etc.) 
 
( ) Regular 
 
( ) Bom 
 
( ) Muito bom 
 
( ) Excelente 
 
2. Clareza e a objetividade das regras do jogo  
 
( ) Regular 
 
( ) Bom 
 
( ) Muito bom 
 
( ) Excelente 
 
3. Atendimento ao tema (aborda todas as figuras de linguagem propostas)  
 
( ) Regular 
 
( ) Bom 
 
( ) Muito bom 
 
( ) Excelente 
 
4. Desafio e diversão (se a proposta é adequada para o público-alvo e 
apresentada de forma interessante) 
 
( ) Regular 
 
( ) Bom 
 
( ) Muito bom 
 
( ) Excelente  
SUGESTÃO DE SONETOS 
 
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades 
Camões 
 
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,  
Muda-se o ser, muda-se a confiança:  
Todo o mundo é composto de mudança,  
Tomando sempre novas qualidades.  
 
Continuamente vemos novidades,  
Diferentes em tudo da esperança:  
Do ​mal​ ficam as mágoas na lembrança,  
E do ​bem*​ (se algum houve) as saudades.  
 
O tempo cobre o chão de verde manto,  
Que já coberto foi de neve fria,  
E em mim converte em ​choro​ o ​doce canto*​.  
 
E afora este mudar-se cada dia,  
Outra mudança faz de mor espanto,  
Que não se muda já como soía.  
 
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"​  
 
*Antítese.  
 
 
 
 
 
 
Alma minha gentil, que te partiste 
Camões 
 
Alma minha gentil, que te partiste 
Tão cedo desta vida descontente, 
Repousa ​lá​ no ​Céu*​ eternamente, 
E viva eu ​cá​ na ​terra*​ sempre triste. 
 
Se lá no assento etéreo, onde subiste, 
Memória desta vida se consente, 
Não te esqueças daquele amor ardente 
Que já nos olhos meus tão puro viste. 
 
E se vires que pode merecer-te 
Alguma cousa a dor que me ficou 
Da mágoa, sem remédio, de perder-te; 
 
Roga a Deus que teus anos encurtou, 
Que tão cedo de cá me leve a ver-te, 
Quão cedo de meus olhos te levou. 
 
*Antítese (lá/cá; céu/terra)  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soneto XIII 
Olavo Bilac 
 
"Ora (direis) ​ouvir estrelas*​! Certo 
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, 
Que, para ouvi-las, muita vez desperto 
E abro as janelas, pálido de espanto… 
 
E conversamos toda a noite, enquanto 
A via-láctea, como um pálio aberto, 
Cintila. E, ao vir do ​sol, saudoso e em pranto*​, 
Inda as procuro pelo céu deserto. 
 
Direis agora: "Tresloucado amigo! 
Que conversas com elas? Que sentido 
Tem o que dizem, quando estão contigo?" 
 
E eu vos direi: "Amai para entendê-las! 
Pois só quem ama pode ter ouvido 
Capaz de ouvir e de entender estrelas." 
 
*Prosopopeia.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soneto XII 
William Shakespeare (Tradução de Ivo Barroso) 
 
Quando a hora dobra em triste e tardo toque 
E em ​noite​ horrenda vejo escoar-se o ​dia*​, 
Quando vejo esvair-se a violeta, ou que 
A prata a preta têmpora assedia**​; 
 
Quando vejo sem folha o tronco antigo 
Que ao rebanho estendia a sombra franca 
E em feixe atado agora o verde trigo 
Seguir no carro, a barba hirsuta e branca; 
 
Sobre tua beleza então questiono 
Que há de sofrer do Tempo a dura prova, 
Pois as graças do mundo em abandono 
Morrem ao ver nascendo a graça nova. 
 
Contra ​a foice do Tempo**​ é vão combate, 
Salvo a prole, que o enfrenta se te abate. 
 
*Antítese 
**Metáfora   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vidas 
Mário Quintana 
 
Nós vivemos num mundo de espelhos, 
mas ​os espelhos roubam nossa imagem*​... 
Quando eles se partirem numa infinidade de estilhas 
seremos ​apenas pó tapetando a paisagem**​. 
 
Homens virão, porém, de algum mundo selvagem 
e, com estes brilhantes destroços de vidro, 
nossas mulheres se adornarão, seus filhos 
inventarão um jogo com o que sobrar dos ossos. 
 
E não posso terminar a visão 
porque ainda não terminou o soneto 
e ​o tempo é uma tela que precisa ser tecida**​... 
 
Mas quem foi que tomou agora ​o fio da minha vida**​? 
Que outro lábio canta, com a minha voz perdida, 
nossa eterna primeira canção?! 
 
*Prosopopeia.  
**Metáfora.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amor Fiel 
Gregório de Matos 
 
Ó tu do meu amor fiel traslado  
Mariposa entre as chamas consumida**​,  
Pois se à força do ardor perdes a vida,  
A violência do fogo me há prostrado.  
 
Tu de amante o teu fim hás encontrado,  
Essa flama girando apetecida;  
Eu girando uma penha endurecida,  
No fogo que exalou, morro abrasado.  
 
Ambos de firmes anelando chamas,  
Tu a ​vida​ deixas, eu a ​morte*​ imploro  
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.  
 
Mas ai! que a diferença entre nós choro,  
Pois acabando tu ao fogo, que amas,  
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro. 
 
 
*Antítese  
**Metáfora.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amar! 
Florbela Espanca 
 
Eu quero amar, amar perdidamente! 
Amar só por amar: aqui... além... 
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente... 
Amar! Amar! E não amar ninguém! 
 
Recordar​? ​Esquecer​? Indiferente!... 
Prender ​ou ​desprender​? É ​mal​? É ​bem*​? 
Quem disser que se pode amar alguém 
Durante a vida inteira é porque mente! 
 
Há uma primavera em cada vida**​: 
É preciso cantá-la assim florida, 
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! 
 
E se um dia hei-de ser ​pó, cinza e nada*** 
Que seja a minha noite uma alvorada, 
Que me saiba ​perder​... pra me ​encontrar*​... 
 
*Antítese  
**Metáfora.  
***Metonímia (para morte)  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fanatismo 
Florbela Espanca 
 
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.  
Meus olhos andam cegos de te ver*.  
Não és sequer razão do meu viver  
Pois que ​tu és já toda a minha vida​!**  
 
Não vejo nada assim enlouquecida...  
Passo no mundo, meu Amor, a ler  
No mist'rioso livro do teu ser  
A mesma história tantas vezes lida!...  
 
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...  
Quando me dizem isto, toda a graça  
Duma ​boca divina****​ fala em mim!  
 
E, olhos postos em ti, digo de rastros:  
"Ah! podem ​voar mundos****​, morrer astros,  
Que ​tu és como Deus*****: princípio e fim**​!..."  
 
 
*Paradoxo 
**Hipérbole 
***Metáfora 
****Prosopopeia 
*****Comparação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vandalismo 
Augusto dos Anjos 
 
Meu coração tem catedrais imensas*​, 
templos de priscas e longínquas datas, 
Onde um nume de amor, em serenatas, 
Canta a aleluia virginal das crenças. 
 
Na ogiva fúlgida e nas colunatas 
Vertem lustrais irradiações intensas, 
Cintilações de lâmpadas suspensas 
E as ametistas e os florões e as pratas. 
 
Como os velhos templários medievais, 
Entrei um dia nessas catedrais** 
E nesses templos claros e risonhos... 
 
E erguendo os gládios e brandindo as hastas 
No desespero dos iconoclastas 
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! 
 
*Metáfora e hipérbole.  
** Comparação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amor é fogo que arde sem se ver 
Camões 
 
Amor é fogo que arde sem se ver*​, 
é ferida que dói, e não se sente**; 
é um contentamento descontente**, 
é dor que desatina sem doer​. 
 
É um não querer mais que bem querer; 
é um andar solitário entre a gente**​; 
é nunca contentar-se de contente**; 
é um cuidar que ganha em se perder. 
 
É querer estar preso por vontade; 
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é ter com quem nos mata, lealdade. 
 
Mas como causar pode seu favor 
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se tão contrário a si é o mesmo Amor 
 
*Metáfora 
**Paradoxo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Carolina 
Machado de Assis 
 
Querida, ao pé do ​leito derradeiro* 
Em que descansas dessa longa vida, 
Aqui venho e virei, pobre querida, 
Trazer-te o coração do companheiro.  
 
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro 
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Fez a nossa existência apetecida 
E ​num recanto pôs um mundo inteiro**​.  
 
Trago-te flores, - restos arrancados 
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Que eu, se tenho nos olhos malferidos 
Pensamentos de vida formulados, 
São pensamentos idos e vividos. 
 
*Metáfora: Amor é fogo que arde sem se ver 
** Hipérbole 
***Prosopopeia 
**** Antítese (unidos/separados) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Buscando a Cristo 
Gregório de Matos 
 
A vós correndo vou, ​braços*​ sagrados, 
Nessa cruz sacrossanta descobertos 
Que, para receber-me, estais abertos, 
E, por não castigar-me, estais cravados. 
 
A vós, divinos ​olhos*​, eclipsados 
De tanto sangue e lágrimas abertos, 
Pois, para ​perdoar-me**​, estais despertos, 
E, por não c​ondenar-me**​, estais fechados. 
 
A vós, pregados ​pés*​, por não deixar-me, 
A vós, ​sangue*​ vertido, para ungir-me, 
A vós, ​cabeça*​ baixa, p'ra chamar-me 
 
A vós, lado patente, quero unir-me, 
A vós, cravos preciosos, quero atar-me, 
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Plano de-aula-lpo9-02sqa08

  • 1. Planos de aula / Língua Portuguesa / 9º ano / Análise linguística/Semiótica Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Por: Danielle Lima De Vasconcelos / 20 de Dezembro de 2018 Código: LPO9_02SQA08 Sobre o Plano Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA Professor-autor: Danielle Vasconcelos Mentor: Débora Souza Especialista: Isabel Fernandes Título da aula: Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Finalidade da aula: Explorar o uso das figuras de linguagem de efeito semântico: comparação, hipérbole e prosopopeia, para compreender a linguagem poética presente nos sonetos. Identificar, através de um jogo feito pelos alunos, as figuras de linguagem exploradas. Ano: 9º ano do Ensino Fundamental Gênero: Soneto Objeto(s) do conhecimento: Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos pertencentes aos gêneros literários. Prática de linguagem: Análise Linguística e Semiótica Habilidade(s) da BNCC: EF69LP54 Esta é a oitava aula de uma sequência de 15 planos de aula. Recomendamos o uso desse plano em sequência. Endereço da página: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/3845/figuras-de-linguagem-um-jogo-de-palavras Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
  • 2. Materiais complementares Documento Atividade para impressão - Roteiro para pesquisa https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/rXsAq6RXDDQK53XdYjE5xmNRZjrKKEYPqFE4fhehJphUzmzKHR2rMse9Q6Rc/atividade-para-impressao-roteiro-para-pesquisa-lpo9-02sqa08.pdf Documento Atividade para impressão - Coletânea de sonetos https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Et2GPduuuhEcp4nU4VmCp46CMSfpJSFnMxhwWMMjeZDVyyEdkuYs7FXDXMhv/atividade-para-impressao-coletanea-de-sonetos-lpo9-02sqa08.pdf Documento Atividade para impressão - Modelo de dominó https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/yAMKUYd2gYr2gwEr4hMfNJmgBB88mCcs6EDjBqWyvD5WMsw2HgQcJe4SS6BY/atividade-para-impressao-modelo-de-domino-lpo9-02sqa08.pdf Documento Atividade para impressão - Modelo de ficha de avaliação https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ARsAeDZfhBRRuFPWqTjPhjAs6xm6UJPDUrGrThTHjqFjc9B3vVt2hypyrtAY/atividade-para-impressao-modelo-de-ficha-de-avaliacao-lpo9-02sqa08.pdf Documento Resolução de Atividade - Coletânea de Sonetos https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6BveHBp8KYPHcqyCf9xyxvq3zkkXgF9dZ7RmgEhxGPaHkpa7YZnBftNPtXpZ/resolucao-de-atividade-coletanea-de-sonetos-lpo9-02sqa08.pdf Plano de aula Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
  • 3. Slide 1 Sobre este plano Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar. Sobre esta aula: Esta é oitava aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero soneto e no campo de atuação artístico-literário. A aula faz parte do módulo de análise linguística e semiótica. Antes desta aula, solicite que os alunos façam um estudo orientado sobre as seguintes figuras de linguagem: comparação, hipérbole e prosopopeia. Peça que incluam o conceito e alguns exemplos das figuras de linguagem exploradas na aula anterior (antítese, paradoxo, metáfora e metonímia). Caso julgue necessário, acesse aqui uma sugestão de roteiro para a o estudo orientado. Materiais necessários: Pesquisa feita pelos alunos, sonetos impressos, ficha de avaliação online, papelão, cartolina, papel e papel cartão de cores diversas, cola, tesoura, canetas hidrográficas e/ou lápis de cor, projetor ou quadro digital, tablets, um notebook ou computador desktop com conexão com internet (podem ser usados ainda os celulares dos alunos). Informações sobre o gênero: Soneto é um poema de forma fixa, com 14 versos, cuja formação mais usual é 4-4-3-3 ou 4-4-4-2. Normalmente o soneto apresenta rimas e suas sílabas poéticas são decassílabos ou versos alexandrinos. Dificuldades antecipadas: Não compreender as figuras de linguagem apresentadas. Dificuldade para estruturar o jogo por não ter realizado a pesquisa prévia. Não conseguir identificar as figuras de linguagem presentes nos textos. Para superar esses impasses, forneça acesso a um computador ou outro equipamento que viabilize a consulta sobre o tema da aula e dê suporte aos alunos, esclarecendo suas dúvidas. Referências sobre o assunto: ALVES, José Hélder Pinheiro. Caminhos da abordagem do poema em sala de aula. Graphos. v. 10, n. 1, 2008. João Pessoa-PB, 2008.Disponível em: <http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/graphos/article/viewFile/4299/3250>. Acesso em: 17 jul. 2018. COSTA, Marta Moraes da. Teoria da literatura II. Curitiba: IESDE Brasil, 2008. LIMA, Renira Lisboa de Moura. A forma soneto . Maceió: EdUFAL, 2007. MASSAUD, Moisés. Dicionário de termos Plano de aula Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
  • 4. MASSAUD, Moisés. Dicionário de termos literários. 12 ed. São Paulo: Cultrix, 2004. MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1981. p. 225. SILVA, E.F.; DE JESUS, W.G. Como e por que trabalhar a poesia na sala de aula. Revista Graduando, n.2, jan./jun. 2011. Disponível em: <http://www2.uefs.br/dla/graduando/n2/n2.21- 34.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018. TEIXEIRA, Madalena Telles; REIS, Maria Filomena. A Organização do espaço em sala de aula e as suas implicações na aprendizagem cooperativa. Meta: Avaliação, v. 4, n. 11, mai./ago. Rio de Janeiro - RJ, 2012. p. 162-187. Disponível em : <http://www.adventista.edu.br/_imagens/area_academica/files/A%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20espa%C3%A7o%20em%20sala%20de%20aula.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2018. Plano de aula Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
  • 5. Slide 2 Tema da aula Tempo sugerido: 5 minutos Orientações: Use um computador desktop ou notebook ou disponha de tablets com internet para dar apoio às atividades desta aula. Divida a classe em grupos para favorecer a colaboração e a comunicação e também para otimizar o tempo a fim de alcançar o objetivo da aula, que é a criação de um jogo. Projete ou escreva o título da aula e peça que os alunos expliquem qual a relação do título com a pesquisa que realizaram previamente sobre figuras de linguagem. Explique aos alunos que o objetivo desta aula é a criação de jogos de carta ou dominó sobre as figuras de linguagem exploradas: antítese, paradoxo, metáfora, metonímia, comparação, hipérbole e prosopopeia. Para isso, eles deverão compartilhar as informações coletadas no estudo orientado (sugestão de roteiro ). Em seguida, peça que discutam sobre a elaboração de um jogo cujo tema são as figuras de linguagem trabalhadas. O jogo pode ser de cartas, dominó ou outro tipo. No jogo, os participantes devem ser capazes de identificar algumas figuras de linguagem usadas em sonetos. Eles devem pensar nas regras, peças, tabuleiro (se for o caso) e demais elementos relacionados. Plano de aula Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
  • 6. Slide 3 Introdução Tempo sugerido: 15 minutos Orientações: Apresente o material que eles poderão usar (papel, cola, tesoura etc.) e oriente os alunos a desenvolverem o jogo levando em consideração esses recursos disponíveis. Uma vez que eles pesquisaram o conceito e exemplos das figuras de linguagem, distribua nos grupos sonetos impressos que se valeram desses recursos de sentido. Os sonetos selecionados já foram trabalhados em aulas anteriores. Ressalte que eles devem concluir o planejamento no tempo estabelecido, pois o momento seguinte da aula deverá ser usado para a confecção do jogo. Peça que dividam as tarefas, estabelecendo a função de cada componente do grupo. Por exemplo, quem vai escrever as regras, quem vai criar as peças ou cartas etc. Forneça o material necessário para o desenvolvimento do jogo. Materiais complementares: Para acessar a coletânea de sonetos desta aula, clique aqui. Para a indicação de figuras de linguagem nos sonetos, clique aqui. Para acessar um modelo de dominó, acesse aqui. Observação: o objetivo é que os alunos criem o jogo. O modelo disponibilizado é uma referência e pode ser alterado. Caso ache mais adequado, considerando o perfil da turma, pode ser utilizado em sala. Plano de aula Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
  • 7. Slide 4 Desenvolvimento Tempo sugerido: 20 minutos Orientações: Após a etapa de elaboração e divisão de tarefas, os grupos deverão criar o jogo que inventaram. Ofereça suporte às equipes e esclareça eventuais dúvidas. Neste momento, circule entre os grupos e verifique se o conteúdo do jogo está adequado. Plano de aula Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
  • 8. Slide 5 Fechamento Tempo sugerido: 10 minutos Orientações: Peça que os grupos troquem os jogos entre si. Eles terão os momentos finais da aula para experimentar a criação de outro grupo. Projete ou escreva o link da ficha de avaliação do jogo e peça que, individualmente, os alunos avaliem o jogo que experimentaram. Sugere-se o uso de um formulário online para a avaliação dos jogos. Para isso, consulte o tutorial indicado nos materiais complementares e o modelo da ficha de avaliação. Caso prefira, poderá imprimir o modelo e pedir que os alunos preencham a avaliação. Recolha os jogos para que possa avaliá-los. Se julgar necessário, reserve outra aula para que esta etapa de degustação seja mais proveitosa e oportunize a valorização do trabalho dos alunos. Materiais complementares: Para acessar a ficha de avaliação dos jogos, clique aqui. Para acessar o tutorial do Google Forms, clique aqui. Plano de aula Figuras de linguagem: Um jogo de palavras Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
  • 9. ROTEIRO DE PESQUISA    1. Pesquise o que são as figuras de linguagem, incluindo sua finalidade no                         texto.    2. Com suas palavras, construa um conceito para as seguintes figuras de                       linguagem:  ● Antítese  ● Paradoxo  ● Metáfora  ● Metonímia  ● Comparação  ● Hipérbole  ● Prosopopeia    3. Inclua exemplos de cada figura de linguagem pesquisada. 
  • 10. SUGESTÃO DE SONETOS    Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades  Camões    Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,   Muda-se o ser, muda-se a confiança:   Todo o mundo é composto de mudança,   Tomando sempre novas qualidades.     Continuamente vemos novidades,   Diferentes em tudo da esperança:   Do mal ficam as mágoas na lembrança,   E do bem (se algum houve) as saudades.     O tempo cobre o chão de verde manto,   Que já coberto foi de neve fria,   E em mim converte em choro o doce canto.     E afora este mudar-se cada dia,   Outra mudança faz de mor espanto,   Que não se muda já como soía.     Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"​                  
  • 11. Alma minha gentil, que te partiste  Camões    Alma minha gentil, que te partiste  Tão cedo desta vida descontente,  Repousa lá no Céu eternamente,  E viva eu cá na terra sempre triste.    Se lá no assento etéreo, onde subiste,  Memória desta vida se consente,  Não te esqueças daquele amor ardente  Que já nos olhos meus tão puro viste.    E se vires que pode merecer-te  Alguma cousa a dor que me ficou  Da mágoa, sem remédio, de perder-te;    Roga a Deus que teus anos encurtou,  Que tão cedo de cá me leve a ver-te,  Quão cedo de meus olhos te levou.                         
  • 12. Soneto XIII  Olavo Bilac    "Ora (direis) ouvir estrelas! Certo  Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,  Que, para ouvi-las, muita vez desperto  E abro as janelas, pálido de espanto…    E conversamos toda a noite, enquanto  A via-láctea, como um pálio aberto,  Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,  Inda as procuro pelo céu deserto.    Direis agora: "Tresloucado amigo!  Que conversas com elas? Que sentido  Tem o que dizem, quando estão contigo?"    E eu vos direi: "Amai para entendê-las!  Pois só quem ama pode ter ouvido  Capaz de ouvir e de entender estrelas."                         
  • 13. Soneto XII  William Shakespeare (Tradução de Ivo Barroso)    Quando a hora dobra em triste e tardo toque  E em noite horrenda vejo escoar-se o dia,  Quando vejo esvair-se a violeta, ou que  A prata a preta têmpora assedia;    Quando vejo sem folha o tronco antigo  Que ao rebanho estendia a sombra franca  E em feixe atado agora o verde trigo  Seguir no carro, a barba hirsuta e branca;    Sobre tua beleza então questiono  Que há de sofrer do Tempo a dura prova,  Pois as graças do mundo em abandono  Morrem ao ver nascendo a graça nova.    Contra a foice do Tempo é vão combate,  Salvo a prole, que o enfrenta se te abate.                         
  • 14. Rio verde  Lenilde Freitas     Para melhor compor as madrugadas   também os galos acordavam cedo.   O vento ao passar pela varanda  contava à folhagem um segredo.   A hora era imensa e tão pouca   ó rastro da manhã que já desanda   no tempo, despetalando sim cada   palavra frágil flor de nossa boca.  Os colibris voavam bailarinos   sobre as sépalas verdes do futuro.  A brisa prenuncia assim os finos   dedos da chuva fria sobre o muro.   Então o relógio para, a vida zera.  Desfaz-se a neblina de quimera.                               
  • 15. De joelhos  Florbela espanca     ‘Bendita seja a Mãe que te gerou’.  Bendito o leite que te fez crescer.  Bendito o berço aonde te embalou  A tua ama, pra te adormecer!    Bendita essa canção que acalentou  Da tua vida o doce alvorecer...  Bendita seja a lua que inundou  De luz, a terra, só para te ver...    Benditos sejam todos que te amarem,  As que em volta de ti ajoelharem  Numa grande paixão fervente e louca!    E se mais que eu, um dia, te quiser  Alguém, bendita seja essa Mulher,  Bendito seja o beijo dessa boca! !                         
  • 16. Vidas  Mário Quintana    Nós vivemos num mundo de espelhos,  mas os espelhos roubam nossa imagem...  Quando eles se partirem numa infinidade de estilhas  seremos apenas pó tapetando a paisagem.    Homens virão, porém, de algum mundo selvagem  e, com estes brilhantes destroços de vidro,  nossas mulheres se adornarão, seus filhos  inventarão um jogo com o que sobrar dos ossos.    E não posso terminar a visão  porque ainda não terminou o soneto  e o tempo é uma tela que precisa ser tecida...    Mas quem foi que tomou agora o fio da minha vida?  Que outro lábio canta, com a minha voz perdida,  nossa eterna primeira canção?!                             
  • 17. Amor Fiel  Gregório de Matos    Ó tu do meu amor fiel traslado   Mariposa entre as chamas consumida,   Pois se à força do ardor perdes a vida,   A violência do fogo me há prostrado.     Tu de amante o teu fim hás encontrado,   Essa flama girando apetecida;   Eu girando uma penha endurecida,   No fogo que exalou, morro abrasado.     Ambos de firmes anelando chamas,   Tu a vida deixas, eu a morte imploro   Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.     Mas ai! que a diferença entre nós choro,   Pois acabando tu ao fogo, que amas,   Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.                                         
  • 18. Amar!  Florbela Espanca    Eu quero amar, amar perdidamente!  Amar só por amar: aqui... além...  Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...  Amar! Amar! E não amar ninguém!    Recordar? Esquecer? Indiferente!...  Prender ou desprender? É mal? É bem?  Quem disser que se pode amar alguém  Durante a vida inteira é porque mente!    Há uma primavera em cada vida:  É preciso cantá-la assim florida,  Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!    E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada  Que seja a minha noite uma alvorada,  Que me saiba perder... pra me encontrar...                       
  • 19. Fanatismo  Florbela Espanca    Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.   Meus olhos andam cegos de te ver.   Não és sequer razão do meu viver   Pois que tu és já toda a minha vida!     Não vejo nada assim enlouquecida...   Passo no mundo, meu Amor, a ler   No mist'rioso livro do teu ser   A mesma história tantas vezes lida!...     "Tudo no mundo é frágil, tudo passa...   Quando me dizem isto, toda a graça   Duma boca divina fala em mim!     E, olhos postos em ti, digo de rastros:   "Ah! podem voar mundos, morrer astros,   Que tu és como Deus: princípio e fim!..."                                              
  • 20. Vandalismo  Augusto dos Anjos    Meu coração tem catedrais imensas,  templos de priscas e longínquas datas,  Onde um nume de amor, em serenatas,  Canta a aleluia virginal das crenças.    Na ogiva fúlgida e nas colunatas  Vertem lustrais irradiações intensas,  Cintilações de lâmpadas suspensas  E as ametistas e os florões e as pratas.    Como os velhos templários medievais,  Entrei um dia nessas catedrais  E nesses templos claros e risonhos...    E erguendo os gládios e brandindo as hastas  No desespero dos iconoclastas  Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!                                             
  • 21. Buscando a Cristo  Gregório de Matos    A vós correndo vou, braços sagrados,  Nessa cruz sacrossanta descobertos  Que, para receber-me, estais abertos,  E, por não castigar-me, estais cravados.    A vós, divinos olhos, eclipsados  De tanto sangue e lágrimas abertos,  Pois, para perdoar-me, estais despertos,  E, por não condenar-me, estais fechados.    A vós, pregados pés, por não deixar-me,  A vós, sangue vertido, para ungir-me,  A vós, cabeça baixa, p'ra chamar-me    A vós, lado patente, quero unir-me,  A vós, cravos preciosos, quero atar-me,  Para ficar unido, atado e firme. 
  • 22. DOMINÓ – FIGURAS DE LINGUAGEM (EXEMPLOS)  28 PEÇAS COM 7 CATEGORIAS: METÁFORA, COMPARAÇÃO, METONÍMIA,  ANTÍTESE, PARADOXO, HIPÉRBOLE E PROSOPOPEIA.  METÁFORA   Ser Poeta  É ter fome, é ​ter sede de Infinito​!   Florbela Espanca  METÁFORA “Gosto da Noite imensa, triste e preta,  Como esta estranha borboleta​”  Florbela Espanca “Eu possa me dizer do ​amor​ (que tive):  Que não seja imortal, posto que ​é  chama​”  Vinícius de Moraes   ANTÍTESE “Amor ​é fogo que arde sem se ver​,  Camões   PARADOXO METÁFORA “Os ratos já ​devoram toda história​,  e avançam contra os cacos do presente,”  Antônio Carlos Secchin METÁFORA     “Não és sequer razão de meu viver,  Pois que ​tu és já toda a minha vida​”!  Florbela Espanca  “​É a vaidade​, Fábio, nesta vida,  Rosa​, que da manhã lisonjeada,”   Gregório de Matos  PROSOPOPEIA COMPARAÇÃO “Que seja a tua mão branda ​como a neve​”  Florbela Espanca  
  • 23. COMPARAÇÃO   “​Recordar​? ​Esquecer​? Indiferente!...  Prender​ ou ​desprender​? É ​mal​? É ​bem​?...”  Florbela Espanca  “que seja a tua boca rubra ​como o  sangue​”  Florbela Espanca    PARADOXO COMPARAÇÃO     “A vós correndo vou, ​braços​ sagrados,  Nessa cruz sacrossanta descobertos”.  Gregório de Matos  COMPARAÇÃO “Ela só viu as ​lágrimas em fio​,  Que de uns e de outros olhos derivadas,  Juntando-se formaram largo rio​”.  Camões “Sobe-me à boca ​uma ânsia análoga à  ansia        Que escapa da boca de um cardíaco​”.  ​Augusto dos Anjos  PROSOPOPEIA “De repente do ​riso​ fez-se o ​pranto​”  Vinícius de Moraes  ANTÍTESE “Repousa ​lá​ no ​Céu​ eternamente,   E viva eu ​cá ​na terra sempre triste”.  Camões    PARADOXO ANTÍTESE “E das ​bocas unidas​ fez-se a espuma E das  mãos espalmadas​ fez-se o espanto”.  Vinícius de Moraes 
  • 24. “E rir meu ​riso​ e derramar meu ​pranto  Ao seu ​pesar​ ou seu ​contentamento​”.  Vinícius de Moraes   HIPÉRBOLE Eu, filho do carbono e do amoníaco,  Monstro de ​escuridão e rutilância​,”   Augusto dos Anjos  PROSOPOPEIA PARADOXO “É um andar ​solitário entre a gente​;   É ​nunca contentar-se de contente​;”  Camões  “Mas que seja ​infinito enquanto dure​”.  Vinícius de Moraes   METONÍMIA “é um ​contentamento descontente​,  é dor que desatina sem doer”.   Camões  HIPÉRBOLE PARADOXO "Ah! Podem ​voar mundos​, morrer astros”  Florbela Espanca METONÍMIA   “Eu ​aos Céus ultrajei​! O meu tormento  Leve me torne sempre a terra dura”  Bocage  “​E em mim converte em​ choro ​o​ doce  canto”.  Camões  HIPÉRBOLE “A vós, pregados ​pés, por não deixar-me​,  A vós, sangue vertido, para ungir-me”   Gregório de Matos  PROSOPOPEIA
  • 25. HIPÉRBOLE “Foste ​o beijo melhor da minha vida​,   Ou talvez o pior... Glória e tormento,”  Olavo Bilac    HIPÉRBOLE “mas ​os espelhos roubam​ nossa imagem”  Mário Quintana  PROSOPOPEIA “Deixa que ​o olhar do mundo​ enfim  devasse  Teu grande amor que é teu maior  segredo!”  Olavo Bilac  
  • 26. FICHA DE AVALIAÇÃO    Nome:    1. Design do jogo (aparências das peças e/ou cartas, visibilidade das  informações etc.)    ( ) Regular    ( ) Bom    ( ) Muito bom    ( ) Excelente    2. Clareza e a objetividade das regras do jogo     ( ) Regular    ( ) Bom    ( ) Muito bom    ( ) Excelente    3. Atendimento ao tema (aborda todas as figuras de linguagem propostas)     ( ) Regular    ( ) Bom    ( ) Muito bom    ( ) Excelente    4. Desafio e diversão (se a proposta é adequada para o público-alvo e  apresentada de forma interessante)    ( ) Regular    ( ) Bom   
  • 27. ( ) Muito bom    ( ) Excelente  
  • 28. SUGESTÃO DE SONETOS    Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades  Camões    Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,   Muda-se o ser, muda-se a confiança:   Todo o mundo é composto de mudança,   Tomando sempre novas qualidades.     Continuamente vemos novidades,   Diferentes em tudo da esperança:   Do ​mal​ ficam as mágoas na lembrança,   E do ​bem*​ (se algum houve) as saudades.     O tempo cobre o chão de verde manto,   Que já coberto foi de neve fria,   E em mim converte em ​choro​ o ​doce canto*​.     E afora este mudar-se cada dia,   Outra mudança faz de mor espanto,   Que não se muda já como soía.     Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"​     *Antítese.              
  • 29. Alma minha gentil, que te partiste  Camões    Alma minha gentil, que te partiste  Tão cedo desta vida descontente,  Repousa ​lá​ no ​Céu*​ eternamente,  E viva eu ​cá​ na ​terra*​ sempre triste.    Se lá no assento etéreo, onde subiste,  Memória desta vida se consente,  Não te esqueças daquele amor ardente  Que já nos olhos meus tão puro viste.    E se vires que pode merecer-te  Alguma cousa a dor que me ficou  Da mágoa, sem remédio, de perder-te;    Roga a Deus que teus anos encurtou,  Que tão cedo de cá me leve a ver-te,  Quão cedo de meus olhos te levou.    *Antítese (lá/cá; céu/terra)                      
  • 30. Soneto XIII  Olavo Bilac    "Ora (direis) ​ouvir estrelas*​! Certo  Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,  Que, para ouvi-las, muita vez desperto  E abro as janelas, pálido de espanto…    E conversamos toda a noite, enquanto  A via-láctea, como um pálio aberto,  Cintila. E, ao vir do ​sol, saudoso e em pranto*​,  Inda as procuro pelo céu deserto.    Direis agora: "Tresloucado amigo!  Que conversas com elas? Que sentido  Tem o que dizem, quando estão contigo?"    E eu vos direi: "Amai para entendê-las!  Pois só quem ama pode ter ouvido  Capaz de ouvir e de entender estrelas."    *Prosopopeia.                    
  • 31. Soneto XII  William Shakespeare (Tradução de Ivo Barroso)    Quando a hora dobra em triste e tardo toque  E em ​noite​ horrenda vejo escoar-se o ​dia*​,  Quando vejo esvair-se a violeta, ou que  A prata a preta têmpora assedia**​;    Quando vejo sem folha o tronco antigo  Que ao rebanho estendia a sombra franca  E em feixe atado agora o verde trigo  Seguir no carro, a barba hirsuta e branca;    Sobre tua beleza então questiono  Que há de sofrer do Tempo a dura prova,  Pois as graças do mundo em abandono  Morrem ao ver nascendo a graça nova.    Contra ​a foice do Tempo**​ é vão combate,  Salvo a prole, que o enfrenta se te abate.    *Antítese  **Metáfora                     
  • 32. Vidas  Mário Quintana    Nós vivemos num mundo de espelhos,  mas ​os espelhos roubam nossa imagem*​...  Quando eles se partirem numa infinidade de estilhas  seremos ​apenas pó tapetando a paisagem**​.    Homens virão, porém, de algum mundo selvagem  e, com estes brilhantes destroços de vidro,  nossas mulheres se adornarão, seus filhos  inventarão um jogo com o que sobrar dos ossos.    E não posso terminar a visão  porque ainda não terminou o soneto  e ​o tempo é uma tela que precisa ser tecida**​...    Mas quem foi que tomou agora ​o fio da minha vida**​?  Que outro lábio canta, com a minha voz perdida,  nossa eterna primeira canção?!    *Prosopopeia.   **Metáfora.                          
  • 33. Amor Fiel  Gregório de Matos    Ó tu do meu amor fiel traslado   Mariposa entre as chamas consumida**​,   Pois se à força do ardor perdes a vida,   A violência do fogo me há prostrado.     Tu de amante o teu fim hás encontrado,   Essa flama girando apetecida;   Eu girando uma penha endurecida,   No fogo que exalou, morro abrasado.     Ambos de firmes anelando chamas,   Tu a ​vida​ deixas, eu a ​morte*​ imploro   Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.     Mas ai! que a diferença entre nós choro,   Pois acabando tu ao fogo, que amas,   Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.      *Antítese   **Metáfora.                                    
  • 34. Amar!  Florbela Espanca    Eu quero amar, amar perdidamente!  Amar só por amar: aqui... além...  Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...  Amar! Amar! E não amar ninguém!    Recordar​? ​Esquecer​? Indiferente!...  Prender ​ou ​desprender​? É ​mal​? É ​bem*​?  Quem disser que se pode amar alguém  Durante a vida inteira é porque mente!    Há uma primavera em cada vida**​:  É preciso cantá-la assim florida,  Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!    E se um dia hei-de ser ​pó, cinza e nada***  Que seja a minha noite uma alvorada,  Que me saiba ​perder​... pra me ​encontrar*​...    *Antítese   **Metáfora.   ***Metonímia (para morte)                                  
  • 35. Fanatismo  Florbela Espanca    Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.   Meus olhos andam cegos de te ver*.   Não és sequer razão do meu viver   Pois que ​tu és já toda a minha vida​!**     Não vejo nada assim enlouquecida...   Passo no mundo, meu Amor, a ler   No mist'rioso livro do teu ser   A mesma história tantas vezes lida!...     "Tudo no mundo é frágil, tudo passa...   Quando me dizem isto, toda a graça   Duma ​boca divina****​ fala em mim!     E, olhos postos em ti, digo de rastros:   "Ah! podem ​voar mundos****​, morrer astros,   Que ​tu és como Deus*****: princípio e fim**​!..."       *Paradoxo  **Hipérbole  ***Metáfora  ****Prosopopeia  *****Comparação                               
  • 36. Vandalismo  Augusto dos Anjos    Meu coração tem catedrais imensas*​,  templos de priscas e longínquas datas,  Onde um nume de amor, em serenatas,  Canta a aleluia virginal das crenças.    Na ogiva fúlgida e nas colunatas  Vertem lustrais irradiações intensas,  Cintilações de lâmpadas suspensas  E as ametistas e os florões e as pratas.    Como os velhos templários medievais,  Entrei um dia nessas catedrais**  E nesses templos claros e risonhos...    E erguendo os gládios e brandindo as hastas  No desespero dos iconoclastas  Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!    *Metáfora e hipérbole.   ** Comparação                                     
  • 37. Amor é fogo que arde sem se ver  Camões    Amor é fogo que arde sem se ver*​,  é ferida que dói, e não se sente**;  é um contentamento descontente**,  é dor que desatina sem doer​.    É um não querer mais que bem querer;  é um andar solitário entre a gente**​;  é nunca contentar-se de contente**;  é um cuidar que ganha em se perder.    É querer estar preso por vontade;  é servir a quem vence, o vencedor;  é ter com quem nos mata, lealdade.    Mas como causar pode seu favor  nos corações humanos amizade,  se tão contrário a si é o mesmo Amor    *Metáfora  **Paradoxo                                     
  • 38. A Carolina  Machado de Assis    Querida, ao pé do ​leito derradeiro*  Em que descansas dessa longa vida,  Aqui venho e virei, pobre querida,  Trazer-te o coração do companheiro.     Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro  Que, a despeito de toda humana lida,  Fez a nossa existência apetecida  E ​num recanto pôs um mundo inteiro**​.     Trago-te flores, - restos arrancados  Da terra que nos viu***​ passar ​unidos  E ora mortos nos deixa ​separados****​.     Que eu, se tenho nos olhos malferidos  Pensamentos de vida formulados,  São pensamentos idos e vividos.    *Metáfora: Amor é fogo que arde sem se ver  ** Hipérbole  ***Prosopopeia  **** Antítese (unidos/separados)                                   
  • 39. Buscando a Cristo  Gregório de Matos    A vós correndo vou, ​braços*​ sagrados,  Nessa cruz sacrossanta descobertos  Que, para receber-me, estais abertos,  E, por não castigar-me, estais cravados.    A vós, divinos ​olhos*​, eclipsados  De tanto sangue e lágrimas abertos,  Pois, para ​perdoar-me**​, estais despertos,  E, por não c​ondenar-me**​, estais fechados.    A vós, pregados ​pés*​, por não deixar-me,  A vós, ​sangue*​ vertido, para ungir-me,  A vós, ​cabeça*​ baixa, p'ra chamar-me    A vós, lado patente, quero unir-me,  A vós, cravos preciosos, quero atar-me,  Para ficar unido, atado e firme.    *Metonímia  **Antítese