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PINTURA E ARTE ACONTECIMENTO
2ª metade do séc. xx até hoje
História e Cultura das Artes
Valeriya Rozhkova nº19 11º4
POP ART
Introdução
Nasceu nos anos 50 nos grandes núcleos urbanos,
particularmente nos Estados Unidos e na Inglaterra.
A Pop-art representava um retorno da arte figurativa,
contrapondo-se ao Expressionismo Alemão que até
então dominava a cena artística. Agora era a vez da
cultura das massas, do culto às imagens televisivas, às
fotos, às BD’s, às cenas das telas dos cinemas e à
produção publicitária.
Nesta arte os artistas recorreram à ironia para elaborar
uma crítica ao excessivo consumismo, os objetos que
integram o dia-a-dia das massas são multiplicados em
porte bem maior. Então na salada de imagens que
constitui a pop-art, o que antes era considerado de
mau gosto transforma-se em moda, o que era visto
como algo reles passa a ter a ser um objeto sofisticado.
Isto porque, ganham um novo significado diante do
contexto em que é produzido.
Características
• Frieza e impessoalidade;
• Recurso à fotografia e serigrafia;
• Cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes;
• Uso da tinta acrílica, poliéster e latéx.
Principais Artistas
Inglaterra:
• Richard Hamilton
• Peter Blake
• David Hockney
• Allen Jones
America:
• Andy Warhol
• Robert Rauschenberg
• Jasper Jones
• Roy Lishtenstein
Robert Rauschenberg
Andy Warhol
Andy Warhol
Roy Lichtenstein, Whaam!
Tom Wesselmann, Haunch of Venison
OP ART e Arte Cinética
Introdução
Op art é um termo usado para descrever a arte que
explora a falibilidade do olho pelo uso de ilusões
ópticas. A expressão "op-art" vem do inglês “optical art”
e significa “arte óptica”. Apesar do rigor com que é
construída, simboliza um mundo mutável e instável,
que não se mantém nunca o mesmo.
A razão da Op Art é a representação do movimento
através da pintura apenas com a utilização de
elementos gráficos.
A vida rápida das cidades contribuiu para a percepção
do movimento como elemento constituinte da cultura
visual do artista. Outro fator fundamental para a
criação da Op Art foi a evolução da ciência, que está
presente em praticamente todos os trabalhos,
baseando-se principalmente nos estudos psicológicos
sobre a vida moderna e a Física sobre a Óptica.
Tipologias
• Obras que apresentam movimento real, autónomo,
gerado por motores e também resultante da
manipulação do espectador;
• Obras que se baseiam no efeito de jogos de luzes e
eflexos luminosos;
• Obras que realmente se designam por Op Art,
vivem das reacções fisiológicas da percepção visual,
com jogos de figura e fundo ou por perspetivas
opostas ou as que são caracterizadas por agredirem
a retina com efeitos oticos persistentes.
Características
• As cores são usadas para a criação de efeitos visuais
como sobreposição, movimento e interação entre o
fundo e o foco principal;
• Tons vibrantes;
• Círculos concêntricos;
• Formas que parecem pulsar;
• Diferentes níveis de iluminação;
• Grandes contrastes ou uso das cores
complementares;
• Técnica "moire".
Principais Artistas
• Victor Vasarely
• Bridget Riley
• François Morellet
• Calder
• Le Parc
• Nicolas Schoffer
Calder
Executou esculturas utilizando os seus conhecimentos de Física para obter um
equilíbrio, instável, movendo-se continuamente
Le Parc
Nicolas Schoffer
Victor Vasarely
Victor Vasarely
François Morellet
Bridget Riley
Cruz Diez
Rafael Soto
Arte Acontecimento
Introdução
Em meados da decáda de 50 do século passado,
surgiram formas de arte efémeras que refletiram
influências futuristas, dadísta e surrealistas, por terem
provocado o desenraizamento do objeto e
recuperando a ação e entendendo-a como atitude.
Estes são os princípios básicos que deram origem à
Performance, ao Happening e à Body Art.
Vertentes
Happening - O happening é considerado como uma
vivência que põe em relevo a estreita relação entre a
arte e a vida. Não é, no entanto, uma representação
teatral pois não tem princípio, meio e fim tal como uma
narrativa. Essa narrativa é substituída por momentos
diferentes que deixam tanto o espectador como o
próprio autor expectante e atento a determinados
acontecimentos. O happening apresenta uma curta
duração, pelo que constitui a expressão da arte
efémera numa das suas formas mais puras. No
happening, previa a implicação do público na
performance.
Principais Artistas
• Allan Kaprow
• Wolf Vostell
• Joseph Beuys
Allan Kaprow, Depósito
Kaprow amontoou uma enorme quantidade de pneus e outro material
num terreno. O público podia circular livremente ou apenas observar.
Wolf Vostel, Neun-Nein-dé-collagen
Vertentes
Performance - A performance assemelha-se ao
happening, no entanto tem uma raiz mais conceptual.
Consiste numa actividade baseada na expressão
corporal, onde está presente a estética do espectáculo,
que é desenvolvida pelo autor.
Principais Artistas
• Gunter Brus
• Hermann Nitsch
Hermann Nitsch
Hermann Nitsch
Gunter Brus
Rudolf Schwarzkogler
Vertentes
Body Art - É semelhante às formas anteriores, também
desenvolvendo acções de curta duração. No entanto,
aqui o corpo é o protagonista da criação artística.
Principais Artistas
• Vito Acconci
• Yves Klein
Yves Klein
Piero Manzoni
Vito Aconcci
Arte Conceptual
Introdução
Esta arte foi iniciada nos anos 60 do século XX (1965) e
implicou uma remodelação dos processos criativos e
expressivos.
Valoriza mais a ideia, o conceito, do que o produto
final, sendo que às vezes este (produto) não precisa de
existir. É bastante expressa através de fotografias,
vídeos, mapas, textos escritos e performances.
Não existem limites muito bem definidos para que uma
obra seja considerada Arte Conceptual já que esta
abrange vários aspectos tendo como intenção desafiar
as pessoas a interpretar uma ideia, um conceito, uma
crítica ou uma denúncia.
O objetivo é que o observador reflita sobre o ambiente,
a violência, o consumo e a sociedade.
Recorreu a referências e bases teóricas questionando
os fundamentos da arte: a colocação da obra de arte
na sociedade e reconhecimentos público do artista, pôs
em causa, portanto, a razão de exitir e a função da arte.
.
Principais Artistas
• Bruce Nauman
• Joseph Kosuth
• Hans Haacke
Land Art
A Land Art, também conhecida como Earth Art ou
Earthwork é o tipo de arte em que o terreno natural, é
trabalhado de modo a integrar-se à obra.
Esteve ligada a preocupações ecológicas,
questionando a obra de arte como objeto comercial.
É um tipo de arte que, pelas suas características, não é
possível expor em museus ou galerias (a não ser por
meio de fotografias).
Devido às muitas dificuldades de colocar-se em prática
os esquemas de land art, suas obras muitas vezes não
vão além do projeto. Assim, a afinidade com a arte
conceptual é mais do que apenas aparente.
É, na maioria dos casos, uma manifestação interventiva
na paisagem, em grandes espaços naturais. Para tal,
utiliza elementos naturais que se degradam,
decompõem e são “absorvidos” pela Natureza ou por
elementos artificiais que se desmontam.
Principais Artistas
• Robert Smithson
• Walter de Maria
• Jean Dibbets
• Richard Long
• Christo e Jeanne-Claude
Robert Smithson
Robert Smithson
Richard Long
Christ e Jeanne-Claude
Minimal Art
Esta forma de arte apelou à necessidade de recorrer
aos elementos básicos e essenciais da matéria plástica.
Enfatiza formas elementares, em geral de corte
geométrico, que recusam acentos ilusionistas e
metafóricos. O objecto de arte, preferencialmente
localizado no terreno ambíguo entre pintura e
escultura, denominado por “estrutura primordial”, não
esconde conteúdos intrínsecos ou sentidos outros. A
sua verdade está posta na realidade física com que se
expõe aos olhos do observador, despida de efeitos
decorativos e expressivos.
Os trabalhos de arte, nessa concepção, são
simplesmente objectos materiais e não veículos
portadores de ideias ou emoções.
Na pintura pode ser definida por um numero restrito
de elementos, sendo, muitas vezes, constituida por
superfícies monocromáticas.
Principais Artistas
• Donald Judd
• Richard Serra
• Carl Andre
Donald Judd
Donald Judd
Richard Serra
Richard Serra
Carl Andre
Instalação
Surgiu na década de 70 do século XX e define-se como
processo de realização plástica que contempla a
construção de cenários e ambientes, povoados de
objetos e detritos do quotidiano. Tem uma expressão
complexa e revela-se de forma crítica em relação ao
fenómeno artístico, estando este aspeto crítico e
satírico revelado também pelo caráter não comercial
destas obras. Uma das possibilidades da instalação é
provocar sensações: frio, calor, odores, som ou coisas
que simplesmente chamem a atenção do público ao
redor.
Principais Artistas
• Joseph Beuys
• Nam Hoover
• Martin Kippenberger
• Christian Boltanski
• Fabrizio Plessi
Martin Kippenberger
Christian Boltanski
Fabrizio Plessi
Nam Hoover
Pistoletto
Hiper Realismo e
Nova Figuração
Introdução – Hiper Realismo
No final dos anos 60 e prolongado pela década de 70,
nasceu dos EUA o Hiper-Realismo que abrangeu a
pintura e a escultura, propôs uma visão fotográfica de
aproximação à realidade.
Os princípios essenciais do hiperrealismo fotorrealismo,
sempre usando uma fotografia como modelo para a
obra. Isso enfatiza a importância que a fotografia vem
ganhando no campo da arte.
Características
• Recurso à maquina fotográfica;
• Meios mecânicos de transporte da imagem para a
tela;
• Expressão fria e impessoal;
• Pintura lisa;
• Não existem marcas de individualidade.
Principais Artistas
• Chuck Close
• Robert Cottingham
• Don Eddy
• Grant Wood
• John Salt
Chuck Close
Robert Cottingham
Don Eddy
Don Eddy
Grant Wood
John Salt
Nova Figuração
Esta corrente artística teve repercussões na Europa,
apesar de pouco significativas. O novo interesse pela
figuração, designado por Nova Figuração ou Novo
Realismo Europeu, está presente em grupos e artistas
individuais de caracterísiticas diversas, entre eles:
• López Garcia, espanhol – apresentou nas suas obras
temáticas variadas, desde a natureza-morta, à
representação da figura humana, partindo da
observação;
• Lucian Freud, inglês – tratou a figura humana com
uma enorme carga psicológica e analítica, usando
fundamentalmente familiares e amigos;
• Francis Bacon, irlandês – figura mais significativa
deste movimento, a temática das suas obras foi
sempre figurativa e teve como assunto a figura
humana, fragmentada, metamorfoseada e
distorcida; técnica expressionista, linguagem
informalista e dinâmica; foi considerado um “realista
surreal”.
Lopez Garcia
Lopez Garcia
Lucian Freud
Francis Bacon
Francis Bacon
Pina Bausch – Café Muller
Café Muller
Foi esta obra que marcou toda a história da dança de
finais do século XX. Café Müller marcou toda a criação
de Pina Bausch. De certa forma espelha as experiências
que a coreógrafa vivenciou durante a sua infância no
restaurante do seu pai.
Esta obra vive suspensa num movimento entre as
diferentes personagens que deambulam num café
deserto e obscuro. Este é o retrato que Pina Bausch
apresenta de uma Alemanha pós-guerra. As paredes
cinzentas, escuras, cadeiras e mesas dispersas
enquanto seis corpos gastos cambaleiam um a um e
contagiam no espaço o desamparo, a angustia, a raiva,
derrubando e destruindo a ordem.
Um movimento claustrofóbico e circular entre a
violência e a apatia.
Opinião
No contexto deste trabalho, o estilo artístico que mais
apreciei foi o da Arte Cinética.
Esta Arte na minha opinião mostra como a Ciência e a
Arte estão ligadas porque são quase como as bases da
humanidade e a junção de ambas pode fazer coisas
extraordinárias. A transposição da física da óptica,
como neste caso, para a realização de obras que criam
ilusões, foi na minha opinião uma maneira fantástica
de mostrar como o conhecimento sobre o
funcionamente dos sentidos, como os quais captamos
e experienciamos o Mundo à nossa volta, pode criar
obras de arte envolventes e interessantes que nos
desafiam.
Por outro lado esta arte também pretende fazer nos
pensar na falibilidade dos nossos sentidos (a visão
neste caso), que são facilmente enganados com jogos
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  • 1. PINTURA E ARTE ACONTECIMENTO 2ª metade do séc. xx até hoje História e Cultura das Artes Valeriya Rozhkova nº19 11º4
  • 3. Introdução Nasceu nos anos 50 nos grandes núcleos urbanos, particularmente nos Estados Unidos e na Inglaterra. A Pop-art representava um retorno da arte figurativa, contrapondo-se ao Expressionismo Alemão que até então dominava a cena artística. Agora era a vez da cultura das massas, do culto às imagens televisivas, às fotos, às BD’s, às cenas das telas dos cinemas e à produção publicitária. Nesta arte os artistas recorreram à ironia para elaborar uma crítica ao excessivo consumismo, os objetos que integram o dia-a-dia das massas são multiplicados em porte bem maior. Então na salada de imagens que constitui a pop-art, o que antes era considerado de mau gosto transforma-se em moda, o que era visto como algo reles passa a ter a ser um objeto sofisticado. Isto porque, ganham um novo significado diante do contexto em que é produzido.
  • 4. Características • Frieza e impessoalidade; • Recurso à fotografia e serigrafia; • Cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes; • Uso da tinta acrílica, poliéster e latéx.
  • 5. Principais Artistas Inglaterra: • Richard Hamilton • Peter Blake • David Hockney • Allen Jones America: • Andy Warhol • Robert Rauschenberg • Jasper Jones • Roy Lishtenstein
  • 11. OP ART e Arte Cinética
  • 12. Introdução Op art é um termo usado para descrever a arte que explora a falibilidade do olho pelo uso de ilusões ópticas. A expressão "op-art" vem do inglês “optical art” e significa “arte óptica”. Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo. A razão da Op Art é a representação do movimento através da pintura apenas com a utilização de elementos gráficos. A vida rápida das cidades contribuiu para a percepção do movimento como elemento constituinte da cultura visual do artista. Outro fator fundamental para a criação da Op Art foi a evolução da ciência, que está presente em praticamente todos os trabalhos, baseando-se principalmente nos estudos psicológicos sobre a vida moderna e a Física sobre a Óptica.
  • 13. Tipologias • Obras que apresentam movimento real, autónomo, gerado por motores e também resultante da manipulação do espectador; • Obras que se baseiam no efeito de jogos de luzes e eflexos luminosos; • Obras que realmente se designam por Op Art, vivem das reacções fisiológicas da percepção visual, com jogos de figura e fundo ou por perspetivas opostas ou as que são caracterizadas por agredirem a retina com efeitos oticos persistentes.
  • 14. Características • As cores são usadas para a criação de efeitos visuais como sobreposição, movimento e interação entre o fundo e o foco principal; • Tons vibrantes; • Círculos concêntricos; • Formas que parecem pulsar; • Diferentes níveis de iluminação; • Grandes contrastes ou uso das cores complementares; • Técnica "moire".
  • 15. Principais Artistas • Victor Vasarely • Bridget Riley • François Morellet • Calder • Le Parc • Nicolas Schoffer
  • 16. Calder Executou esculturas utilizando os seus conhecimentos de Física para obter um equilíbrio, instável, movendo-se continuamente
  • 26. Introdução Em meados da decáda de 50 do século passado, surgiram formas de arte efémeras que refletiram influências futuristas, dadísta e surrealistas, por terem provocado o desenraizamento do objeto e recuperando a ação e entendendo-a como atitude. Estes são os princípios básicos que deram origem à Performance, ao Happening e à Body Art.
  • 27. Vertentes Happening - O happening é considerado como uma vivência que põe em relevo a estreita relação entre a arte e a vida. Não é, no entanto, uma representação teatral pois não tem princípio, meio e fim tal como uma narrativa. Essa narrativa é substituída por momentos diferentes que deixam tanto o espectador como o próprio autor expectante e atento a determinados acontecimentos. O happening apresenta uma curta duração, pelo que constitui a expressão da arte efémera numa das suas formas mais puras. No happening, previa a implicação do público na performance.
  • 28. Principais Artistas • Allan Kaprow • Wolf Vostell • Joseph Beuys
  • 29. Allan Kaprow, Depósito Kaprow amontoou uma enorme quantidade de pneus e outro material num terreno. O público podia circular livremente ou apenas observar.
  • 31. Vertentes Performance - A performance assemelha-se ao happening, no entanto tem uma raiz mais conceptual. Consiste numa actividade baseada na expressão corporal, onde está presente a estética do espectáculo, que é desenvolvida pelo autor.
  • 32. Principais Artistas • Gunter Brus • Hermann Nitsch
  • 37. Vertentes Body Art - É semelhante às formas anteriores, também desenvolvendo acções de curta duração. No entanto, aqui o corpo é o protagonista da criação artística.
  • 38. Principais Artistas • Vito Acconci • Yves Klein
  • 43. Introdução Esta arte foi iniciada nos anos 60 do século XX (1965) e implicou uma remodelação dos processos criativos e expressivos. Valoriza mais a ideia, o conceito, do que o produto final, sendo que às vezes este (produto) não precisa de existir. É bastante expressa através de fotografias, vídeos, mapas, textos escritos e performances. Não existem limites muito bem definidos para que uma obra seja considerada Arte Conceptual já que esta abrange vários aspectos tendo como intenção desafiar as pessoas a interpretar uma ideia, um conceito, uma crítica ou uma denúncia. O objetivo é que o observador reflita sobre o ambiente, a violência, o consumo e a sociedade. Recorreu a referências e bases teóricas questionando os fundamentos da arte: a colocação da obra de arte na sociedade e reconhecimentos público do artista, pôs em causa, portanto, a razão de exitir e a função da arte. .
  • 44. Principais Artistas • Bruce Nauman • Joseph Kosuth • Hans Haacke
  • 45. Land Art A Land Art, também conhecida como Earth Art ou Earthwork é o tipo de arte em que o terreno natural, é trabalhado de modo a integrar-se à obra. Esteve ligada a preocupações ecológicas, questionando a obra de arte como objeto comercial. É um tipo de arte que, pelas suas características, não é possível expor em museus ou galerias (a não ser por meio de fotografias). Devido às muitas dificuldades de colocar-se em prática os esquemas de land art, suas obras muitas vezes não vão além do projeto. Assim, a afinidade com a arte conceptual é mais do que apenas aparente. É, na maioria dos casos, uma manifestação interventiva na paisagem, em grandes espaços naturais. Para tal, utiliza elementos naturais que se degradam, decompõem e são “absorvidos” pela Natureza ou por elementos artificiais que se desmontam.
  • 46. Principais Artistas • Robert Smithson • Walter de Maria • Jean Dibbets • Richard Long • Christo e Jeanne-Claude
  • 51. Minimal Art Esta forma de arte apelou à necessidade de recorrer aos elementos básicos e essenciais da matéria plástica. Enfatiza formas elementares, em geral de corte geométrico, que recusam acentos ilusionistas e metafóricos. O objecto de arte, preferencialmente localizado no terreno ambíguo entre pintura e escultura, denominado por “estrutura primordial”, não esconde conteúdos intrínsecos ou sentidos outros. A sua verdade está posta na realidade física com que se expõe aos olhos do observador, despida de efeitos decorativos e expressivos. Os trabalhos de arte, nessa concepção, são simplesmente objectos materiais e não veículos portadores de ideias ou emoções. Na pintura pode ser definida por um numero restrito de elementos, sendo, muitas vezes, constituida por superfícies monocromáticas.
  • 52. Principais Artistas • Donald Judd • Richard Serra • Carl Andre
  • 58. Instalação Surgiu na década de 70 do século XX e define-se como processo de realização plástica que contempla a construção de cenários e ambientes, povoados de objetos e detritos do quotidiano. Tem uma expressão complexa e revela-se de forma crítica em relação ao fenómeno artístico, estando este aspeto crítico e satírico revelado também pelo caráter não comercial destas obras. Uma das possibilidades da instalação é provocar sensações: frio, calor, odores, som ou coisas que simplesmente chamem a atenção do público ao redor.
  • 59. Principais Artistas • Joseph Beuys • Nam Hoover • Martin Kippenberger • Christian Boltanski • Fabrizio Plessi
  • 65. Hiper Realismo e Nova Figuração
  • 66. Introdução – Hiper Realismo No final dos anos 60 e prolongado pela década de 70, nasceu dos EUA o Hiper-Realismo que abrangeu a pintura e a escultura, propôs uma visão fotográfica de aproximação à realidade. Os princípios essenciais do hiperrealismo fotorrealismo, sempre usando uma fotografia como modelo para a obra. Isso enfatiza a importância que a fotografia vem ganhando no campo da arte.
  • 67. Características • Recurso à maquina fotográfica; • Meios mecânicos de transporte da imagem para a tela; • Expressão fria e impessoal; • Pintura lisa; • Não existem marcas de individualidade.
  • 68. Principais Artistas • Chuck Close • Robert Cottingham • Don Eddy • Grant Wood • John Salt
  • 75. Nova Figuração Esta corrente artística teve repercussões na Europa, apesar de pouco significativas. O novo interesse pela figuração, designado por Nova Figuração ou Novo Realismo Europeu, está presente em grupos e artistas individuais de caracterísiticas diversas, entre eles: • López Garcia, espanhol – apresentou nas suas obras temáticas variadas, desde a natureza-morta, à representação da figura humana, partindo da observação; • Lucian Freud, inglês – tratou a figura humana com uma enorme carga psicológica e analítica, usando fundamentalmente familiares e amigos;
  • 76. • Francis Bacon, irlandês – figura mais significativa deste movimento, a temática das suas obras foi sempre figurativa e teve como assunto a figura humana, fragmentada, metamorfoseada e distorcida; técnica expressionista, linguagem informalista e dinâmica; foi considerado um “realista surreal”.
  • 82. Pina Bausch – Café Muller
  • 83. Café Muller Foi esta obra que marcou toda a história da dança de finais do século XX. Café Müller marcou toda a criação de Pina Bausch. De certa forma espelha as experiências que a coreógrafa vivenciou durante a sua infância no restaurante do seu pai. Esta obra vive suspensa num movimento entre as diferentes personagens que deambulam num café deserto e obscuro. Este é o retrato que Pina Bausch apresenta de uma Alemanha pós-guerra. As paredes cinzentas, escuras, cadeiras e mesas dispersas enquanto seis corpos gastos cambaleiam um a um e contagiam no espaço o desamparo, a angustia, a raiva, derrubando e destruindo a ordem. Um movimento claustrofóbico e circular entre a violência e a apatia.
  • 84.
  • 85.
  • 87. No contexto deste trabalho, o estilo artístico que mais apreciei foi o da Arte Cinética. Esta Arte na minha opinião mostra como a Ciência e a Arte estão ligadas porque são quase como as bases da humanidade e a junção de ambas pode fazer coisas extraordinárias. A transposição da física da óptica, como neste caso, para a realização de obras que criam ilusões, foi na minha opinião uma maneira fantástica de mostrar como o conhecimento sobre o funcionamente dos sentidos, como os quais captamos e experienciamos o Mundo à nossa volta, pode criar obras de arte envolventes e interessantes que nos desafiam. Por outro lado esta arte também pretende fazer nos pensar na falibilidade dos nossos sentidos (a visão neste caso), que são facilmente enganados com jogos de luz, formas e cores.