O capítulo descreve a evolução da ligação entre ciência e riqueza no Ocidente. Inicialmente, a ciência e a indústria evoluíram de forma separada, com os cientistas tendo autonomia e não buscando aplicações econômicas diretas. A química teve papel central no desenvolvimento industrial no século XIX, com laboratórios surgindo para testes e análises. A compreensão científica passou a ser incorporada na indústria de forma gradual.
POTENCIAL DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PARA O MEL PRODUZIDO POR ABELHA SEM FERRÃO ...
A era química: A ciência industrial até 1875
1. A HISTÓRIA DA RIQUEZA
DO OCIDENTE
“A LIGAÇÃO ENTRE
CIÊNCIA E RIQUEZA”
Valdir Silva da Conceição
2. A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE
• O livro mostra a história da riqueza
do ocidente e como a inovação teve
influência nessa acumulação desde
os tempos antigos e a
aprendizagem com os povos
gregos, romanos e helênicos do
passado.
3. A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE
• O capítulo 8 descreve a ligação entre a ciência e a riqueza e que
essa condição é resultado da independência que os cientistas
tiveram para inovar e como essa condição gerou crescimento
econômico. Mostra que devido a inúmeras formas
governamentais e a quantidade de governantes facilitou a
independência dos empreendedores, dos artesãos e do
cientista. Mostra que no início imperou a dedução do
fenômenos naturais e posteriormente com Galileu e Bacon
passaram para a experimentação para afirmar ou negar as
teorias. Depois passaram a estudar as partes invisíveis, sem
deixar de lado a visível. Mostra que inicialmente a química
imperava no desenvolvimento da ciência, passando
posteriormente para a física. Mostra a diversidade entre a
ciência básica e a pesquisa industrial.
4. A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE
• O autor Nathan Rosenberg (1927-2015) é
um economista, professor emérito da
Universidade de Stanford e pela exposição
textual dele é da corrente liberal. Segundo
Albuquerque (2017) ele é um dos pilares
da elaboração neoschumpeteriana e, ao
lado de Christopher Freeman e Richard
Nelson, um dos responsáveis pelo
conjunto de obras que estabelecem
pontos de partida para a abordagem
evolucionista em meados dos anos 1970.
ele é um historiador da economia e do
pensamento econômico voltado para a
temática do progresso tecnológico.
• O autor L. E. Birdzell Jr é um jurista.
5. A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE
• O capítulo 8 sistematiza elaborações
sobre o papel da ciência,
apresentando um relato histórico do
seu desenvolvimento, mostrando a
evolução do sistema, passando do
feudal para industrialização,
mostrando que o desenvolvimento
era feito por mecânicos e artesãos e
posteriormente os cientistas foram
trabalhar nas corporações para gerar
inovação.
6. A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE
• Os autores determinam os conceitos básicos
para ciência, as suas divisões e emprego, os
principais atores e a sua contribuição para o
desenvolvimento do trabalho, de forma que o
leitor possa compreender a evolução ao longo
do tempo, a partir da idade média até a
contemporaneidade. Mostra também que a
evolução deu-se com a química e
posteriormente com a física e o conhecimento
passa do dedutivo pelos artesãos e mecânicos e
passa para os cientistas com a experimentação
7. A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE
• Os autores demonstram o quanto foi essencial
a separação da ciência dos dogmas religiosos e
da burocracia governamental, assim como a
falta de uma hierarquia, o que motivou os
atores a escolherem trabalhar os temas que
fossem do seu interesse e que tivessem mais
afinidades.
8. A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE
• A linguagem apresentada é de fácil compreensão,
apresenta fatos históricos e faz uma ligação entre o
passado e o presente.
• O texto apesar de ser escrito na década de 1986 é
atual e como o ele possui argumento histórico,
nunca fica defasado porque ele está coerente com
os dias de hoje, em que os fatos ocorridos com a
evolução tecnológica não o torna obsoleto, porque
descreve como a inovação foi importante para a
construção da riqueza do ocidente e que essa
condição ainfda se perpetua.
9. A LIGAÇÃO ENTRE
CIÊNCIA E RIQUEZA
• A ciência e a tecnologia
industrial sempre fluíram em
correntes diferentes, facilmente
distinguíveis mas ainda assim
ligadas aqui e ali e reabastecidas
pelas mesmas fontes comuns.
• Até mais ou menos 1875 o
progresso científico e
econômico eram separados no
tempo e era usada apenas por
indivíduos que não eram
cientistas e nem treinamento
científico.
10. A LIGAÇÃO ENTRE
CIÊNCIA E RIQUEZA
• No fim do século XIX a ciência
básica explica fenômenos elétricos,
químicos e outros naturais que não
eram óbvios ao senso comum dos
inventores sem treinamento e não
eram respostas as necessidades
econômicas
• Os cientistas universitários não
eram motivados por incentivos
econômicos e possuíam autonomia
própria, apesar de raramente ter
uma aplicação econômica direta.
11. A LIGAÇÃO ENTRE
CIÊNCIA E RIQUEZA
• Os cientistas industriais
trabalham na explicação
esotérica da ciência na
derivação de novos ou
melhorados produtos e
processos, modelados
por estimativas de seu
potencial valor
econômico.
Fonte: Molina, 2014
12. A LIGAÇÃO ENTRE
CIÊNCIA E RIQUEZA
Fonte: Santana
• As explicações dos fenômenos
naturais dadas por Aristóteles e
seus sucessores tampouco
foram usados na mineração,
comércio, transporte,
agricultura, arte de guerra,
construção civil ou produção
de manufaturados no mundo
helenista.
• No período pós-feudal a
situação pouco diferiu.
Fonte: Wikipédia
13. A LIGAÇÃO ENTRE
CIÊNCIA E RIQUEZA
Fonte: Godoy, 2018
• As ideias básicas da ciência,
em desenvolvimento desde
mais ou menos 1600, levaram
275 anos para terem ampla
aplicação econômica.
• A indústria dava pouca
atenção as explicações
científicas porque elas eram
mais imaginativas do que
corretas.
Fonte: Wikipédia
14. A LIGAÇÃO ENTRE
CIÊNCIA E RIQUEZA
Fonte: Barraqui, 2016
• PAPEL DA TECNOLOGIA NO
CRESCIMENTO ECONÔMICO
• A ciência básica deu da
natureza explicações que
encerravam potencialidades
sem precedentes para a
aplicação prática.
• O Ocidente lançou uma ponte
sobre o abismo tradicional
entre a ciência e a esfera
econômica e traduziu as
explicações científicas em
crescimento econômico.
Fonte: Wikipédia
15. A LIGAÇÃO ENTRE
CIÊNCIA E RIQUEZA
Fonte: por dentro em rosa
• CRIAÇÃO EQUIVALENTE AO
SISTEMA DE INOVAÇÃO
• Nível de firma: laboratórios de
pesquisas industriais
construídos para aplicar
métodos e conhecimentos
científicos a problemas
comuns.
• Economia como um todo:
compra e uso pelo consumidor
do produto ou serviço que
incluíam esse conhecimento.
Fonte: Wikipédia
16. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Molina, 2014
• CRIAÇÃO EQUIVALENTE AO
SISTEMA DE INOVAÇÃO
• No início do século XIX, a maior
parte da tecnologia industrial,
incluindo a Revolução Industrial,
foi obra de artesãos e
engenheiros com pouco ou
nenhum treinamento científico.
• Em 1800, a construção naval, a
construção civil, a arquitetura, a
mineração, a fundição de metais,
a tecelagem etc. baseavam-se na
experiência, nas regras empíricas
e na tradição do ofício
Fonte: Wikipédia
17. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Vieira, 2014
• SOCIEDADE URBANA
• Necessidade de
processamento de alimentos
e preservação do alimento
para longas distâncias.
• Em 1810, Nicolas Appert,
inventou o enlatamento,
com a preservação de
alimentos em garrafas de
vidro que haviam sido
imersas em água fervente e
vedadas hermeticamente.
Fonte: Wikipédia
18. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Vieira, 2014
• SOCIEDADE URBANA
• Ele explica, ao contrário do
químico Gay-Lussac, que o
aquecimento a 100 °C
mataria os fermentos, e, se o
alimento não estivesse em
contacto com germes
externos, o produto não
poderia ser alterado; isso foi
demonstrado por Louis
Pasteur em 1860.
Fonte: Wikipédia
19. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Vieira, 2014
• SOCIEDADE URBANA
• Louis Pasteur, em 1873,
descobriu o papel de micro-
organismos na deterioração
dos alimentos, sua
composição, condições de
armazenagem, os micro-
organismos específicos, sua
concentração e sensibilidade à
temperatura, concentração de
oxigênio, disponibilidade de
nutrientes, e a presença ou
ausência de inibidores de
crescimento.
Fonte: Wikipédia
20. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Rocha
• A química teve a primazia de ter
largo uso na indústria e
dominante no século XIX e
princípios do século XX.
• No princípio do século XIX,
1803, John Dalton, um químico
inglês, retomou as ideias
originais de Leucipo (filósofo
grego atomista) e mestre de
Demócrito (filósofo grego que
melhor desenvolveu a posição
atomista), anunciou a sua
teoria atômica.
21. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Quimlab
• Na década de 1860, o químico
russo, Dmitri Mendeleev,
criou a primeira versão da
tabela periódica dos
elementos químicos. Ele
estudou as propriedades dos
elementos e suas massas
atômicas e anotou e
colecionou as informações
sobre os 63 elementos
conhecidos na sua época.
22. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Wikipédia
• Os primeiros laboratórios de
pesquisa industrial nos Estados
Unidos foram fundados por
químicos como o médico,
químico e geólogo Charles
Thomas Jackson, em Boston, em
1836 e James Curtis Booth, na
Filadélfia na mesma década.
• Esses laboratórios não tinham
ligação com fabricantes de
produtos químicos, e eram
independentes.
23. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Wikipédia
• Em 1886, Arthur Dehon Little
(que descobriu o acetato) e
outro químico abriram um
laboratório de consultas em
Boston.
• No fim da década de 1800
surgiu na Alemanha
laboratórios químicos criados
por indústria.
24. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
• A primeira aplicação da ciência a
processos industrial consistia na
realização de testes, medições,
análises e quantificação de
processos e produtos já em uso.
• A indústria do aço realizava testes e
medições científicas.
25. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Infomex
• Em 1864, com a entrada em
operação do conversor
Bressemer, em Wyandotte,
Michigan, construiu-se o
laboratório químico com a
finalidade de medir a
composição do minério a ser
processado, porque o produto
era sensível a pequenas
variações na composição
química do minério.
26. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Infomex
• As estradas de ferro
preocupavam-se com a
longevidade e segurança dos
trilhos de ferro e
posteriormente pelo aço
fornecido pelas indústrias.
• Em 1847, a Pennsylvania
Railroad instalou um
laboratório químico em
Altoona.
• Em 1876, a Burlington
Railroad inaugurou um
laboratório de testes.
27. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Wikipédia
• Andrew Carnegie, o rei do aço e
um dos primeiros fabricantes a
empregar o cientista Henry Clay
Frick, um químico, como
responsável por verificar o
conteúdo de ferro de minério
procedente das minas que
abasteciam as suas siderúrgicas.
28. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Vasconcelos,
Medeiros, 2009
• A indústria do cimento utilizou
laboratórios, com o uso da análise
química nas matérias-primas
utilizadas na sua fabricação como:
sílica, calcário, alumina, óxido de
ferro, impurezas e na formulação
de tipos especiais de cimento
para diversas variedades de usos
finais. A compreensão nasceu da
prática.
29. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
• Em 1898, David Mowery contou 139
laboratórios de pesquisa, sendo que 112 eram
do ramo manufatureiro.
• Em 1918, foram adicionados 553 laboratórios.
• Campo de pesquisa: ampliação do
conhecimento sobre materiais e processos em
uso.
• Campo de uso: agricultura, produtos
farmacêuticos, moagem de trigo, construção de
represas, pontes e túneis, indústria de base
química como as tintas, papel e petróleo.
30. A CIÊNCIA INDUSTRIAL ATÉ 1875:
A ERA QUÍMICA
Fonte: Resnick, 2018
• Em 1856, William Henry
Perkins, um químico inglês,
sintetizou por acaso da
anilina um brilhante corante
de cor malva, um derivado
do alcatrão de carvão.
31. TECNOLOGIA INDUSTRIAL: A
UTILIZAÇÃO DA FÍSICA
Fonte: Wikipédia
• O impacto da física como
disciplina científica só se fez
sentir na tecnologia industrial
após 1875.
• Em princípios do século XIX, o
estudo da eletricidade
produziu uma série de
descobertas de importância
fundamental para a física
moderna.
• Os campos foram o
magnetismo, o fluxo de
corrente, baterias, capacitores
e indução eletromagnética.
32. TECNOLOGIA INDUSTRIAL: A
UTILIZAÇÃO DA FÍSICA
Físico Ano Invenção
Samuel F. B. Morse 1844 Telegráfo com fio e o código Morse
Thomas Alva Edson Lâmpada elétrica incandescente, fonógrafo,
cinematógrafo
George Westinghouse Sistema de corrente alternada
Elihu Thomson Sistema de iluminação elétrica
Charles Steinmetz Teoria da histerese da corrente alternada
James Clark Maxwell 1864 Teoria do eletromagnetismo
Gustav Hertz 1886 Colisões de elétrons inelásticos em gases
Wilhelm Conrad Röntgen 1895 Produziu radiação eletromagnética nos
comprimentos de onda. Raio-X
Guglielmo Marconi 1895 Telegrafia sem fios
Michael Faraday 1831 Indutância eletromagnética
33. TECNOLOGIA INDUSTRIAL: A
UTILIZAÇÃO DA FÍSICA
• Nos primeiros anos do século XX, a pesquisa
industrial volta-se principalmente para o
desenvolvimento de produtos e de processos.
34. CIÊNCIA NATURAL: O VISÍVEL, O INVISÍVEL E A
PROFISSIONALIZAÇÃO
• A tecnologia industrial focou o mundo visível das
artes mecânicas, observando as linhas de causa e
efeito, e sua origem deu-se por meio de artesãos.
• Os cientistas contribuíram para o
desenvolvimento da cerâmica, têxteis, agricultura,
recuperação de terras, rodas d’água, mineração,
metalurgia, arquitetura, construção civil,
construção naval, relojoaria, artes gráficas etc.
35. CIÊNCIA NATURAL: O VISÍVEL, O INVISÍVEL E A
PROFISSIONALIZAÇÃO
• Em 1875 mudou do mundo visível para o invisível de
átomos, magnetismo, fluxo de elétrons, ondas
eletromagnéticas, capacitância, indutância,
bactérias, vírus, genes,.
• O método científico foi inventado por Galileu e
Bacon, no século XVII. Eles fizeram observações,
experimentos e raciocínio como caminho da
verdade, demonstrando falsidade de teorias
anteriormente aceitas.
36. CIÊNCIA NATURAL: O VISÍVEL, O INVISÍVEL E A
PROFISSIONALIZAÇÃO
• O método de Galileu nem separava a ciência pura da
aplicada nem profissionalizava a tecnologia industrial,
que requeria duas condições:
• - os fenômenos naturais cuja compreensão ou
utilização pelo homem dependesse total ou
parcialmente da explicação científica;
• - um modo de explicação científica que só pudesse
ser compreendida facilmente, ou, talvez
exclusivamente, por indivíduos nele especialmente
treinados.
37. CIÊNCIA NATURAL: O VISÍVEL, O INVISÍVEL E A
PROFISSIONALIZAÇÃO
• A ciência pura veio a ser considerada como a aferição
da verdade e desenvolvimento da estrutura
explicativa das ciências naturais. Transformou-se em
especialidade em tempo integral e profissional,
incluindo a física, a química, a astronomia, a biologia
e a matemática.
38. EXPLICAÇÕES DO SUCESSO DA TECNOLOGIA
OCIDENTAL: A CIÊNCIA PURA
• A diferença entre a ciência na sociedade ocidental e a
helenista estava na escala, na organização e na
diferença de métodos.
• O método de Galileu e Bacon eram baseados em
experimentos para confirmar ou explicar os
fenômenos naturais e teorias científicas.
• Na Renascença, a ciência herdada dos gregos e
helenistas eram dedutivos.
• A comunidade científica sem hierarquia e as tarefas
eram deixadas a critério de cada pessoa, não
havendo prêmio ou castigo, mas a satisfação pessoal.
39. EXPLICAÇÕES DO SUCESSO TECNOLÓGICO DO
OCIDENTE: A CIÊNCIA INDUSTRIAL
• Só começou a valer as explicações básicas da ciência
pública a partir de 1875, o que contribuiu para o
sucesso da ciência industrial.
• A tecnologia industrial ocidental dispara a frente das
outras sociedades a partir de 1800.
• As diferenças que sobressaem como de importância
especial: a descentralização da seleção dos projetos
de inovação, os incentivos a ela e a diversidade dos
organismos de pesquisa.
40. EXPLICAÇÕES DO SUCESSO TECNOLÓGICO DO
OCIDENTE: A CIÊNCIA INDUSTRIAL
• 1 – SELEÇÃO DE PROJETOS DE INOVAÇÃO
• Suprimento de ideias avançadas para que a sua validade
não necessite de testes experimentais.
• Processo de triagem e testes de novas ideias, com
rejeição das pouco promissoras.
• Teste final de aceitabilidade no mercado de bens e ideias
corporificadas na indústria.
• A tecnologia industrial, faz parte da inovação, e esta
consiste não simplesmente em gerar novas ideias, mas
em criar novos produtos, serviços ou processos que
consumidores possam comprar. Não raro a inovação
surge fora das empresas, em parte porque elas, quando
bem sucedidas, desenvolvem um comprometimento com
status quo e resistência a ideias que possam mudá-lo.
41. EXPLICAÇÕES DO SUCESSO TECNOLÓGICO DO
OCIDENTE: A CIÊNCIA INDUSTRIAL
• 2 – INCENTIVOS: CASTIGOS E RECOMPENSAS
• A abertura das sociedades ocidentais à formação de
novas empresas e a mudança nas atividades das
existentes estimula as inovações mediante a ameaça de
castigo por recusa a inovar.
• As recompensas da inovação cabem as industrias e não as
pessoas inventivas, porque investem recursos na
fabricação e comercialização. A recompensa é
direcionada a inovação e não a ideia.
• As recompensas não estão sujeitas a compensação pelas
perdas sofridas por aqueles prejudicados pela inovação,
como os trabalhadores ou capitalistas.
42. EXPLICAÇÕES DO SUCESSO TECNOLÓGICO DO
OCIDENTE: A CIÊNCIA INDUSTRIAL
• 3 – DIVERSIDADE DE ORGANIZAÇÕES DE PESQUISA
• Fatores contribuintes são:
• - Relutância natural de empresas inovadoras de depender
de meios externos de pesquisa, principalmente nos meios
em que haja conflitos de interesses entre preservar o
status quo e mudá-lo. A abertura de novas empresas
implica na abertura de novos laboratórios;
• - Necessidade de pequenos grupos de consumidores, o
que levou a busca das recompensas da inovação a um
número enorme de setores da economia;
• - A variedade inerente à própria tecnologia, bem como a
inerente variedade de cientistas.
43. O CRESCIMENTO TECNOLÓGICO COMO CAUSA
DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
• Os grandes avanços tecnológicos iniciaram
oportunidades econômicas que foram em si mesmas
causas de formação de capital e expansão do
comércio.
• O crescimento econômico resulta da inovação – a
introdução de novos produtos, processos e serviços -,
e conquanto para ela a tecnologia seja vitalmente
importante, não constitui o único agente responsável.
44. COMO DIFICULTAR A INOVAÇÃO
• Deixando que a tomada de decisão estejam restritas
as autoridades eclesiásticas ou governamentais, com
o poder de controle do resultado do
desenvolvimento tecnológico, além do poder de
restringir ou dirigir os experimentos.
• O crescimento econômico resulta da inovação – a
introdução de novos produtos, processos e serviços -,
e conquanto para ela a tecnologia seja vitalmente
importante, não constitui o único agente responsável.
45. CONCLUSÕES
• A mudança é uma forma de inovação e que gera
crescimento econômico devido ao seu uso em larga
escala, o que aumenta a sua recompensa, sem levar em
consideração a compensação das pessoas que ficam
defasadas em relação a tecnologia implantada e aos
agentes financeiros que apostarem em empreendimentos
defasados tecnologicamente.
• a tomada de decisão não deve ter um arcabouço religioso
ou governamental, que não devem ter poder decisório
para restringir ou dirigir os experimentos.
• A inovação depende de um esforço cooperativo entre
especialistas em tecnologia, manufatura e comercialização
e sem o controle hierárquico sobre a tecnologia.
46. REFERÊNCIA
ALBUQUERQUE, Eduardo da Motta e. Nathan Rosenberg: historiador das
revoluções tecnológicas e de suas interpretações econômicas. Rev. Bras. Inov.
Campinas, v. 16, n. 1, p. 9-34, 2017. Disponível em:
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