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TEMA
• Casamento
A palavra casamento é derivada de "casa", enquanto que
matrimonio tem origem no radical mater ("mãe") seguindo o
mesmo modelo lexical de "patrimônio". Também pode ser do
latim medieval casamentu” (“ato solene de união entre duas
pessoas, capazes e habilitadas, com legitimação religiosa e/ou
civil”).
Deste modo se pode dizer que casamento é um vínculo
estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento
religioso, governamental ou apenas social que pressupõe uma
relação interpessoal de intimidade como a afetiva, cuja
representação arquetípica é a coabitação, embora possa ser
visto por muitos como um contrato que também compreende o
patrimônio.
As pessoas se casam por várias razões, mas normalmente
fazem-no para dar visibilidade à sua relação afetiva, para buscar
estabilidade econômica e social, para formar família, procriar e
educar seus filhos, legitimar o relacionamento sexual ou para
obter direitos como nacionalidade.
Frequentemente um casamento é iniciado pela
celebração de uma boda, que pode ser oficiada por um ministro
religioso (padre, rabino, pastor), por um oficial do registro civil
(normalmente juiz de casamentos) ou por um indivíduo que goza
da confiança das duas pessoas que pretendem unir-se.
Em direito, é chamado "cônjuge" às pessoas que fazem
parte de um casamento. O termo é neutro e pode se referir a
homens e mulheres, sem distinção entre os sexos.
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• Tipos
Há uma grande variedade, dependendo de fatores
culturais, nas regras sociais que regem a seleção de um parceiro
para o casamento. Há uma variação no quanto a seleção de
parceiros é uma decisão individual pelos próprios parceiros ou
de uma decisão coletiva por parte de seus parentes, existindo
uma variedade das regras que regulam quais parceiros são
opções válidas.
Em muitas sociedades, a escolha do parceiro é limitada às
pessoas de grupos sociais específicos. Em algumas sociedades, a
regra é que um parceiro é selecionado do próprio grupo de um
indivíduo social (endogamia). Este é o caso de muitas sociedades
baseadas em classes e castas. No entanto, em outras sociedades
um parceiro deve ser escolhido de um grupo diferente do que o
dele (exogamia). Este é o caso de muitas sociedades que
praticam religiões totêmicas, na qual a sociedade é dividida em
vários clãs totêmicos exogâmicos, como a maioria das
sociedades aborígenes australianas.
Em outras sociedades, uma pessoa deve se casar com seu
primo, uma mulher deve se casar com o filho da irmã de seu pai
e um homem deve se casar com a filha do irmão de sua mãe -
este é normalmente o caso de uma sociedade que tem uma
regra de “rastreamento” de parentesco exclusivamente através
de grupos de descendência patrilinear ou matrilinear, como
entre o povo Akan, da África. Outro tipo de seleção de
casamento é o levirato, em que as viúvas são obrigadas a casar
com o irmão do seu marido. Este tipo de casamento é
encontrado principalmente em sociedades onde o parentesco é
baseado em grupos de clãs endogâmicos.
Em outras culturas com regras menos rígidas que regem
os grupos dos quais um parceiro pode ser escolhido, a seleção
de um parceiro de casamento pode exigir um processo em que o
casal deve passar por uma corte ou o casamento pode ser
5. 5
arranjado pelos pais do casal ou por uma pessoa de fora, uma
casamenteira.
Um casamento pragmático (ou 'arranjado') é facilitado
por procedimentos formais da família ou de grupos políticos.
Uma autoridade responsável organiza ou incentiva o casamento;
eles podem, ainda, contratar uma casamenteira profissional para
encontrar um parceiro adequado para uma pessoa solteira. O
papel de autoridade pode ser exercido por pais, família, um
oficial religioso ou um consenso do grupo.
Em algumas sociedades, desde a Ásia Central até o
Cáucaso e a África, ainda existe o costume de sequestro da
noiva, em que uma mulher é capturado por um homem e seus
amigos. O exemplo mais famoso é o Rapto das Sabinas, que
forneceu às primeiras esposas aos cidadãos de Roma.
Assim se pode ter desde casamento religioso (celebrado
perante uma autoridade religiosa) e casamento civil (celebrado
sob os princípios da legislação vigente em determinado Estado),
como casamento arranjado (celebrado antes do envolvimento
afetivo dos contraentes e normalmente combinado por terceiros
(pais, irmãos, chefe do clã etc.) e casamento de conveniência
(que é realizado primariamente por motivos econômicos ou
sociais). Bem como: casamento aberto (em que é permitido aos
cônjuges ter outros parceiros sexuais por consentimento
mútuo), casamento celibatário (sem relações sexuais),
casamento misto (entre pessoas de distinta origem racial,
religiosa, étnica etc.), casamento morganático (entre duas
pessoas de estratos sociais diferentes no qual o cônjuge de
posição considerada inferior não recebe os direitos
normalmente atribuídos por lei, como por exemplo: entre um
membro de uma casa real e uma mulher da baixa nobreza),
casamento poligâmico (realizado entre um homem e várias
mulheres) e casamento poliândrico (realizado entre uma mulher
e vários homens, ocorre em certas partes do Himalaia).
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• Casamento gay
O casamento entre pessoas do mesmo sexo (comumente
referido como casamento gay, casamento homossexual ou
casamento homoafetivo) é a união oficial entre duas pessoas do
mesmo sexo biológico (masculino com masculino, ou feminino
com feminino, ou ainda macho como macho, ou fêmea com
fêmea) ou da mesma identidade de gênero (homem com
homem, ou mulher com mulher).
No decorrer da história vários tipos de casamentos do
mesmo sexo têm existido e vão desde relações informais não
sancionadas a uniões altamente ritualizadas.
Na Antiguidade se teve no sul da província chinesa de
Fujian, durante o período da dinastia Ming, as mulheres
comprometiam-se em contratos com outras mulheres mais
jovens em elaboradas cerimônias. Os homens também entravam
em acordos semelhantes.
A primeira menção histórica da realização de casamentos
do mesmo sexo ocorreu durante o início do Império Romano.
Por exemplo, relata-se que o imperador Nero envolveu-se em
uma cerimônia de casamento com um de seus escravos e com
um jovem chamado Sporus. Note-se, no entanto, que um
casamento entre dois homens romanos (ou com um escravo)
não tinha legitimidade jurídica no direito romano (com exceção,
provavelmente, a partir da vontade arbitrária do imperador).
Em 342, no entanto, os imperadores cristãos Constâncio
II e Constante I emitiram uma lei no Código de Teodósio que
proibia o casamento homossexual em Roma e ordenava a
execução daqueles que assim o fizessem.
Na Idade Média ocorreu um casamento homossexual
entre dois homens, Pedro Díaz e Muño Vandilaz, no município
galego de Rairiz de Veiga, na atual Espanha, em 16 de abril de
1061. Eles foram casados por um padre de uma pequena capela.
No Período contemporâneo. Em 2001, os Países Baixos
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tornaram-se o primeiro país do mundo a conceder o direito ao
casamento aos casais do mesmo sexo. Em 2013, cerca de um
bilhão de pessoas (ou 15% da população mundial) vivem em
áreas que reconhecem o casamento homossexual.
Os argumentos contrários de casamento de pessoas do
mesmo sexo se baseam na não aceitação da homossexualidade a
ponto de em determinados países o considerarem ilegal com
restrições à liberdade de expressão, prisão, prisão perpétua,
punição sem encarceramento, pena de morte. Há os que
argumentam que diante da teoria da seleção natural de Darwin
a homossexualidade não faz sentido porque a atração pelo
mesmo sexo não serve a propósito evolutivo nenhum. Nos
últimos anos, embora as diferentes confissões religiosas tenham
discutido a aceitação da homossexualidade, incluindo nesse
debate a celebração de casamentos religiosos entre pessoas do
mesmo sexo, as religiões organizadas, na sua maioria, se
restringem a celebrar casamentos entre pessoas de sexos
diferentes. E apresentam seus argumentos como em Levítico
20:13 que diz: “Quando também um homem se deitar com outro
homem, como com mulher, ambos fizeram abominação;
certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.”
Mas, também são considerados argumentos a favor de
casamento homossexual. Por exemplo, o de se negar aos casais
do mesmo sexo o acesso ao matrimônio e a todos os seus
benefícios legais conexos representa uma discriminação baseada
na orientação sexual. Outro exemplo é a afirmação de que o
bem-estar financeiro, psicológico e físico é reforçado pelo
casamento e que filhos de casais do mesmo sexo podem se
beneficiar de serem criados por dois pais dentro de uma união
legalmente reconhecida e apoiada por instituições da sociedade.
Mais outro exemplo são os documentos judiciais movidos por
associações científicas americanas (psicologia, sociologia e
antropologia) afirmando que manter homens e mulheres
homossexuais como inelegíveis para o casamento tanto os
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estigmatiza quanto impulsiona a discriminação pública contra
eles.
As bases biológicas do homossexualismo seguem sob
debate. Uns acham que existe o “gene gay masculino” que pode
ser determinante na sexualidade tanto de homens quanto de
mulheres e assim se poderia acabar com alguns dogmas
pregados por homofóbicos, como por exemplo, a ideia de que
ser gay é uma escolha e de que é possível transformar gays em
heterossexuais. Outros acham que o fato de homens serem
homossexuais são por fatores e influências à que são expostos
na infância e adolescência.
Há também a chamada Teoria da Seleção de Parentesco
apregoando que em épocas de grande crise não vale a pena para
o indivíduo gastar energia tentando se reproduzir – é mais fácil
ajudar a criar os filhos de irmãos ou primos, que possuem uma
porção significativa dos próprios genes dele. Fazendo a conta, é
como se o organismo gay estivesse se reproduzindo da mesma
forma, o que talvez explique por que a seleção natural não
elimina essa característica aparentemente prejudicial do ponto
de vista genético. De fato, em muitas espécies existe a categoria
dos que apenas ajudam a cuidar da prole de seus parentes. O
fato é que, apesar da seleção de parentesco, a
homossexualidade ainda continua com aura de mistério.
• Acasalamento de animais
A observação do comportamento homossexual em
animais pode ser visto como um argumento contra e a favor da
aceitação do casamento gay e tem sido usada como "pecado
contra a natureza" ou “algo natural”.
Contra se pode observar a geneticista Simon Levay
dizendo em 1996 que "embora o comportamento homossexual
seja muito comum no mundo animal, parece ser muito incomum
que os animais tenham uma predisposição de longa duração
9. 9
para se engajar em tal comportamento à exclusão das atividades
heterossexuais. Assim, uma orientação homossexual, se é que se
pode falar de tal coisa nos animais, parece ser uma raridade."
Bem como, o pesquisador John Gagnon referendando a ideia de
que o fator anatômico por si só já é um forte indício de que
nunca foi intenção do Criador (ou da evolução, se preferir) que
houvessem relações homossexuais ou homoafetivas.
A favor se tem alguns exemplos.
As girafas durante o acasalamento, quando nove em cada
dez pares ocorrem entre machos. Nos pássaros australianos
Galahs 44% dos pares são formados por indivíduos do mesmo
sexo. Cerca de 10% dos carneiros (machos) se recusam a
acasalar com fêmeas, mas prontamente se acasalam com outros
carneiros do mesmo sexo. Espécies de pinguins, onde indivíduos
do mesmo sexo são companheiros por toda a vida e se recusam
a formar um par com as fêmeas quando surge essa
oportunidade.
Registra-se haver acasalamento de animais de diferentes
espécies.
Pesquisadores descobriram que a desativação do gene
fucose mutarotase em ratos de laboratório - o que influencia os
níveis de estrogênio a que o cérebro é exposto - fez com que os
camundongos fêmeas se comportassem como se tivessem
crescido com o sexo masculino. Em março de 2011, uma
pesquisa mostrou que a serotonina está envolvida no
mecanismo de orientação sexual de ratos.
Um estudo publicado pelo periódico "Trends in Ecology
and Evolution" concluiu a importância do comportamento
homossexual para a evolução de muitas espécies animais, como
entre as fêmeas do albatroz-de-laysan do Havaí, que se unem a
outras fêmeas para criar os filhotes, especialmente na escassez
de machos, tendo mais sucesso que as fêmeas solteiras. O
estudo conclui que a homossexualidade ajudou as espécies de
diferentes maneiras ao longo da evolução.
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REFLEXÃO
• Casamento gay para diminuir a população
Meishu-Sama ensina em “Tolice do Controle da
Natalidade” em 20 de agosto de 1949:
“Atualmente, o Japão está incentivando o controle da
natalidade, devido à insuficiência de alimentos em relação ao
elevado número de seus habitantes. (...) Por conseguinte, ainda
que entre em vigor neste momento o método para diminuir a
população do país através do controle da natalidade, é
impossível saber se daqui a alguns anos ainda será necessária
essa preocupação. Isso não significa que devamos pensar em
expandir nosso território, cometendo os mesmos erros do
passado; nem em sonho deve-se pensar nisso. Mas quem pode
dizer que não virá a época em que o problema da população será
resolvido pacificamente?
Vejamos. Caso fosse concretizada a Nação Mundial de
que falam certos intelectuais dos Estados Unidos, talvez fosse
possível a política de contrabalançar a população dos países, isto
é, fazer com que parte da população de um país superpovoado
emigrasse para lugares onde a densidade demográfica seja
baixa. (...) Sendo assim, os que são a favor do controle da
natalidade talvez precisem levar em conta esses pontos.”
Deste modo, segundo esse ensinamento não haveria
necessidade de diminuir a população, logo não haveria
necessidade de casamento gay.
Alguns raciocinam em termos religiosos dizendo:
“(...) O mandamento dado por Ele para que nos
multiplicássemos e enchêssemos a Terra continua em vigor.
Homossexuais não podem desfrutar desse privilégio.”
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• Matrimônio tem limite
No ensinamento “Destino e Liberalismo” em 25 de
janeiro de 1949, Meishu-Sama apregoa que:
“A predestinação é algo atribuído a uma pessoa em
caráter definitivo, e de maneira alguma pode ser mudada. Já o
destino é livre, dentro dos limites da predestinação, e,
dependendo do esforço de cada um, pode-se atingir o nível mais
alto ou, ao contrário, decair ao nível mais baixo.
O liberalismo, que hoje se tornou alvo da atenção de
tantas pessoas, é muito semelhante ao destino. O verdadeiro
liberalismo está restrito a certos limites. É impossível existir a
liberdade infinita; a verdadeira liberdade é aquela que tem
limites. Assim, quando ultrapassamos esses limites, não só
invadimos e prejudicamos a liberdade dos outros, como também
nos tornamos traidores da cultura. Pela mesma razão, quando
ultrapassamos os limites do destino, invariavelmente
fracassamos.”
Que critérios a sociedade usa para decidir qual violação
deve se tornar legal só porque um grupo minoritário assim o
quer? [diz-se minoritário devido a pesquisa do IBOPE em 12 de
abril de 2013 mostrando que a maioria da população continua
contra o casamento gay]. Apenas dois entre muitos exemplos:
(1) Casal de irmãos que teve quatro filhos luta para
legalizar o incesto (isso sem mencionar, ainda falando em
incesto, o caso da menina de 18 anos que se prepara para casar
com o próprio pai após dois anos de namoro);
(2) Partido político na Holanda pretende legalizar a
pedofilia e a pornografia infantil, sob o jargão gay de que
“qualquer forma de amor é válida”, alguns holandeses acham
que sexo com crianças é só mais uma forma de expressão de
amor, por isso defendem a tese de que as crianças também
“amam” e a sexualidade delas foi reprimida pelos padrões e
regras da sociedade, dos quais pretendem libertar as crianças.
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• Para haver casamento não basta haver amor
Meishu-Sama em “Filosofia do Amor” em 21 de janeiro
de 1950:
“Na vida humana, não existe problema tão complicado e
de difícil solução quanto o amor. Em suma, o amor é a flor da
vida e também o espinho. Existem aqueles que dizem que o amor
é soberano e também quem o considere como a causa da
imoralidade. Do nosso ponto de vista, ele realmente se posiciona
acima de tudo e também é verdade que há casos em que ele
pode se tornar imoralidade. Apresentarei, a seguir, a nossa
opinião sobre o amor.
O amor é a maior bênção que Deus atribuiu ao homem; é
algo tão atraente que por mais que apreciemos a sua beleza, não
é suficiente. E quando o amor atinge o auge, ele se torna algo
tão perigoso, a ponto de uma pessoa não se importar em
abandonar a vida. Por isso, podemos até dizer que os romances e
as peças teatrais não existiriam sem o amor. Caso ele não
existisse neste mundo, com certeza, a vida seria como um campo
seco de um gélido inverno.
Entretanto, quando observamos a realidade, notamos
que são mais numerosos os exemplos de infelicidade do que de
felicidade no amor. Brigas entre os homens, sofrimentos sem
solução, destruição do destino, suicídio por amor; homicídios e
outros fatos desagradáveis, quase sem exceção, têm a causa no
amor. Podemos dizer que se trata de algo realmente terrível.”
Visto isso se pode concluir que do ponto de vista laico o
amor nem só não é soberano, como também pode ser causa de
imoralidade e infelicidade.
Continuando:
“Sendo assim, escreverei pelo ponto de vista religioso, a
maneira correta de se lidar com o amor.
Esse problema não é tão difícil assim. É muito fácil. Podem
achar isso estranho, mas em suma, o amor, na realidade, deve
ser inteligente, corajoso e verdadeiro. Primeiramente, vamos
supor que se estabeleça o amor entre um homem e uma mulher.
Neste caso, não se deve deixar levar pela opinião pessoal. Deve-
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se, sim, encarar objetivamente até o fim.
Para tanto, é preciso observar, em primeiro lugar, o
resultado: pensar na futura felicidade e infelicidade dos dois. Por
exemplo, se o objetivo final for o casamento, constitui-se um
bem e obter-se-á felicidade. Mas se for sem pretensão de
casamento, mas por diversão pura e simplesmente, causada por
um ímpeto momentâneo, no mínimo, a mulher ficará infeliz e por
isso constitui-se um mal.”
Assim, o amor de um casal deve ter como objetivo final o
casamento.
Continuando:
“Entretanto, a pessoa interessada poderá afirmar: "Para se
amar não se pode ficar pensando em bem ou mal, ou qual será o
resultado; é só amar. É só ter o ímpeto do amor irrefreável." Mas
isto constitui um amor cego, ou seja, significa que a pessoa foi
tragada pelo amor. No caso de um homem, significa que fora
engolido por uma frágil mulher, ou seja, fora vencido por ela.
consequentemente, um fraco desse tipo não merece qualificação
de homem. Será uma pessoa que dificilmente terá chance de
subir na vida. O que queremos dizer é que devemos, a todo
custo, tragar o amor. Assim fazendo, jamais haverá motivos para
se cometerem erros. A mulher, por sua vez, deve ter como alvo
de respeito um homem assim e, então, o amor será mais
profundo e haverá satisfação. Consequentemente, o nosso ponto
de vista sobre o amor jamais é negativo. Ele é realmente a flor
da vida. Só que não se deve deixar dominar pelo amor; se
conseguir dominá-lo, jamais haverá erro.
Em termos gerais, é essa a filosofia do amor.”
A filosofia do amor, segundo Meishu-Sama, considera
que para se amar tem que se levar em conta o bem e o mal, não
bastando o ímpeto do amor irrefreável.
Os homossexuais que se amam podem achar que eles
devem se casar, inclusive para obterem a felicidade, ao
interpretarem erroneamente este ensinamento como “para
haver amor basta se casarem”. Isso sem citar que nele não se
mencione o amor entre homem e homem, ou mulher e mulher.
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Há os que veem nessa interpretação a possibilidade de se
constituir um amor cego:
“Repudio veementemente o conceito geralmente aceito
pela sociedade para justificar o casamento gay de que “o que
vale é o amor”. Tenta-se até usar Deus nessa justificativa com o
fragilíssimo argumento de que “Deus é amor”. É verdade que Ele
é amor, mas também é verdade que Ele não é contra Seus
próprios princípios. Sua misericórdia não pode roubar Sua
justiça. Ele ama o pecador, sim, mas, nas palavras Dele próprio,
“Eu, o Senhor, não posso encarar o pecado com o mínimo grau
de tolerância”. Portanto que ninguém se engane: o fato de Ele
amar o pecador de forma alguma significa que será conivente
com seus pecados, assim como qualquer pai amoroso e
responsável não pode deixar de repreender, corrigir e até
castigar seus filhos ao vê-los cometendo erros capazes de
prejudicá-los.
Em resumo: o amor, por si só, está bem longe de ser
suficiente como justificativa para o casamento entre iguais pelo
ponto de vista de Deus. [Se assim não fosse, que problema
haveria em legalizar o incesto e a pedofilia dos exemplos acima?]
Até quando a sociedade vai achar que pode ignorar o que
Deus realmente pensa a respeito (e não o que ela quer ou
espera que Ele pense) sem sofrer as consequências?”
Continuando:
“Se pararmos para pensar, fora do Evangelho de Jesus
Cristo realmente não há motivos convincentes para nos opormos
ao casamento gay. Não fosse pelo Evangelho, muito
provavelmente eu também estaria levantando uma bandeira a
favor da causa gay. É justamente isso o que faz quem
desconhece o Evangelho (se conhece, não o entende; se
entende, não o vive). Por isso, todo o barulho feito pela
comunidade gay acaba ocupando dentro das pessoas o espaço
que deveria estar preenchido pelo Evangelho. Eis por que a
ideologia gay conquista mais e mais a simpatia da sociedade.”
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• Liberdade e diversidade não é base para haver matrimônio
Não foi sob o mesmíssimo argumento de “liberdade e
diversidade” que começou a história do casamento gay? Por que
gays podem e incestuosos e pedófilos não? Se a moda pega,
daqui a pouco outros grupos minoritários — adúlteros,
homicidas, traficantes, contrabandistas, sonegadores, fanáticos
religiosos… — também vão querer mudar a lei em favor de
qualquer coisa que julguem ser direito deles.
“Instinto e Abstinência” em 24 de dezembro de 1952,
Meishu-Sama apregoa:
“Nietzsche, o ser humano possui, desde o nascimento,
vários instintos que lhe é quase impossível dominar, parecendo
uma predestinação à qual ele está sujeito. À primeira vista, a
teoria nos satisfaz [genética ao invés da ética]; entretanto,
explicada apenas nesses termos, ela seria uma forma de admitir
a imoralidade, o que é um pensamento um tanto perigoso. Os
intelectuais poderão admiti-la como tese digna de estudos, mas
nós, religiosos, de forma alguma poderemos aceitá-la.”
Alguns chegam a explicitar que as pessoas nascem com o
potencial de saber controlar seus instintos e retornar ao Pai,
sejam elas heterossexuais ou homossexuais. Agora, se cada um
vai optar por controlar seus instintos ou se deixar controlar por
eles, é questão de escolha pessoal.
• Casamento é vontade divina
Meishu-Sama em “O Caminho do Casal”, 25 de fevereiro
de 1949, diz que:
“Ultimamente, tem-se discutido bastante a conveniência
do casamento arranjado e do casamento por amor. Vou explicar
esse assunto do ponto de vista espiritual.
Em nosso país, principalmente nas cidades e até nos
lugares mais afastados, sempre existem santuários onde está
16. 16
assentado Ubussuna (senhor protetor, padroeiro), ou seja, o
deus Ubussuna ou Ujigami-sama (deus da linhagem familiar).
Eles correspondem exatamente aos cartórios do Mundo
Material. O deus Ubussuna é quem se encarrega dos
matrimônios, funerais e até dos nascimentos. Desde os tempos
antigos, quando nasce uma criança, as pessoas costumam ir ao
templo para agradecer a Deus por lhes ter concedido a criança.
Da mesma forma, quem une o homem e a mulher em
casamento, é o deus Ubussuna e esse casamento pode ser por
amor ou arranjado. Mas ambos são pela vontade do deus
Ubussuna. Entretanto, quem desconhece isso, acredita que o
casamento é realizado pelas mãos do homem e, por isso, no final
de uma briga de casal, tão frequente na sociedade, um dos
cônjuges diz: "Vá embora de casa"', mas isso é um grande erro.
Sendo marido e mulher, unidos pela Vontade Divina, e o fato do
ser humano dizer isso ou aquilo não seria um desrespeito enorme
para com Deus? Por mais que seja um marido ou uma mulher
que não agrada, foi Deus que definiu por existir a afinidade,
portanto, é falta de consideração pensar de forma desprezível.
Deve-se, com gratidão, agradecer. Consequentemente, sabendo
disso e reconsiderando o assunto com sentimento de gratidão, é
claro que as partes envolvidas conseguirão pensar que é uma
boa esposa ou um bom marido.”
E termina enumerando ensinamentos que se referem ao
assunto, constantes na Bíblia, como:
“Deixará o homem o pai e a mãe para unir-se à mulher e
os dois serão uma só carne (Mt 19-5)”.
Há os que argumentam dizendo:
“Se fosse verdade que o grande ato da Criação é uma mera
casualidade, não seria preciso haver uma formalidade chamada
casamento, bastaria fazer como os animais na Natureza: macho
e fêmea simplesmente se juntam e procriam. Tão mais simples,
não? Mas o homem faz dessa junção um evento social, assina
papéis para validá-la na sociedade, festeja-a com parentes e
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amigos, sai em lua de mel, etc.
Mesmo entre os céticos, esses eventos sociais geralmente
começam com uma cerimônia religiosa ou que inspire algum
tipo de espiritualidade ou conexão com uma ordem superior.
Creio que dificilmente alguém pensa no por que disso. Mera
convenção social? Se ninguém está interessado na opinião de
Deus ou dessa ordem superior, invocar espiritualidade para quê?
Ah, então há interesse na opinião Dele? Muito bem, neste caso
vamos compreender algumas coisas.
Antes de tudo, casamento é mandamento de Deus, tanto
quanto honrar pai e mãe, não matar, não roubar, não adulterar,
etc. Todos os mandamentos de Deus são espirituais e têm um
propósito espiritual bem definido. Com o casamento não é
diferente.
Mais que a mera junção de dois indivíduos, o casamento
é um convênio ou contrato legítimo que torna o par unido
perante Deus, além de perante a sociedade. Vem da primitiva
obediência a esse mandamento o que mais tarde se tornaria
uma convenção social, vindo a ser regulamentada também pela
lei dos homens. O casamento foi instituído por Deus e surgiu
bem antes do casamento civil. Portanto, não é uma mera
convenção social inventada pelo homem.
(...) Em lugar algum das escrituras lemos que em alguma
época Ele tenha dado dois homens ou duas mulheres em
casamento. Não há evidência escriturística alguma de que Ele
aprova esse tipo de união (mas há várias evidências em
contrário: Lev. 18:22; 20:13; Deut. 23:17; Isa. 3:9; Rom. 1:27; I
Cor. 6:9–10; I Tim. 1:9–10; Jud. 1:7).”
Meishu-Sama em “A Verdadeira Salvação” parece
confirmar o que acaba de ser dito, pois ele não escreveu nada a
respeito de casamento gay até 2150:
“Sei das coisas que irão acontecer até daqui a um
século.” “No entanto, a minha tese é muito mais revolucionária
18. 18
e adiantada para o nosso tempo, em dois séculos [até 2150, pois
este foi escrito em 1950].”
O que ele escreveu foi sobre o homossexualismo.
Aumento de doentes em hospitais e sanatórios.
7 de setembro de 1952, “Divina Providência”, no livro
“Divino Mistério”:
“Hoje em dia, esse é o caminho percorrido pela maioria
das pessoas. Os hospitais e sanatórios estão sempre
abarrotados e com falta de leitos. Esse problema se agravará
cada vez mais, porque a tendência é aumentar cada vez mais
o número de doentes, inclusive mentais, e de homossexuais.
Por isso o mundo está tão estranho, conturbado e doente.”
Tentativa de suicídio.
No “Evangelho do Paraíso” em “O que é o amor”:
“No tempo em que eu era comerciante, havia em meu
escritório uma funcionária de vinte anos mais ou menos,
estudante da Escola de Belas-Artes. Meu trabalho era
relacionado à arte, e ela fazia os desenhos. Seu nome era T.
Certo dia, uma colega sua de escola, moça bonita de dezoito ou
dezenove anos, chamada U., veio visitá-la. Como T. estava
ocupada, pedi-lhe que esperasse na sala. Ao olhar casualmente
para essa moça, percebi que ela se encontrava muito deprimida
e intranquila. Não conseguindo conter-me, dirigi-me à sala onde
T. trabalhava e fiz-lhe perguntas sobre a colega. No começo, ela
não queria dizer a verdade, mas, devido à minha insistência,
acabou contando-me tudo.
Durante longo tempo, T. e U. mantiveram relações
homossexuais, porém, recentemente, a mãe de T. descobrira o
caso e advertira a filha com rigor, dizendo-lhe que teria que
afastar-se de U. ou, então, deixar a escola. As duas haviam
discutido o problema e resolvido se suicidar juntas, naquela
noite. Impressionado, levei T. para outra sala e fiz-lhe exame
espiritual, constatando que ela estava com encosto. Era o
espírito de um pato. Ele confessou que encostara em T. há alguns
19. 19
meses e se apaixonara pelo espírito de rouxinol encostado em U.
Pude, então, compreender que era essa a causa do problema.
Com a repreensão que lhe dei, o espírito acabou se afastando da
moça. Consequentemente, como no despertar de um sonho, o
amor de T. em relação a U. desapareceu, e assim elas
continuaram sendo simples amigas.”
Embora os problemas da homossexualidade nestes dois
últimos trechos de ensinamentos de Meihu-Sama parecem se
dever apenas a condenação sofrida pela sociedade, talvez se
possa conjecturar a causa do homossexualismo ao encosto de
acasalamento de animais de diferentes espécies, ou quem sabe
da mesma espécie, ou ainda a questões de outras vidas como
reencontros só que agora ambos têm o mesmo sexo.