2.
No âmbito acadêmico, as últimas décadas
passaram a destacar consumo como processo
potencialmente transformador
◦ A tendência anterior enfatizava a produção
◦ Consumo
Distinção social
Atitudes morais
Mudanças na esfera da produção
3.
Questões espaciais:
Vínculos territoriais
Circuitos curtos de comercialização
◦ Existência de diferentes rotas e relações
◦ Impérios alimentares (Ploeg) x economias de
proximidade
◦ Economias regionais, cultura e relações simbólicas
◦ Economias de qualidade
4. Vínculos extra-territoriais
Rotas de produtos e formatos de
reconhecimento e garantia
- selos e certificações encurtam redes em
razão da proximidade simbólica e
reconhecimento entre produtores e
consumidores
- conexões espaciais entre distintos
territórios
5.
6.
Tendência a indicar o mercado de orgânicos e
ecológicos como alternativos
Tratamento do consumo (alimentos
ecológicos/comércio justo) sob a ótica da
conscientização, da cidadania e do civismo
(Stewart Lockie; P. Allen).
7.
Estudos críticos sobre nicho de mercados (C.
Hinrichs; feiras, F. Portilho), certificações para
orgânicos e para comércio justo (Renard,
2005; outros) e da política do localismo (D.
Goodman).
8.
Debate sobre convencionalização se torna
mais expressivo
◦ Crítica às premissas do “alternativo”
Estudos sobre orgânicos e agronegócio
◦ Entrada significativa nas cadeias longas,
supermercados
Limites e dilemas das certificações
9.
Diferenciação dos consumidores de
alimentos ecológicos
No Brasil se pode falar de diversidade de
consumidores, mas no âmbito dos ecológicos
também?
Menos expressivo no Brasil (mais no hemisfério
norte)
◦ O avesso da convencionalização?
◦ Nos últimos anos, mercados de ecológicos se
tornam mais maduros (Lund et al., 2013)
10.
Mercados maduros mercados mais
racionalizados
◦ Oferta mais expressiva e utilização dos canais
convencionais
◦ Se uma possível novidade da relação produçãoconsumo ecológico é que o consumidor se torna
agente ativo, o “agronegócio do orgânico” parece
facilitar a vida deste mesmo consumidor.
Conflitos que disputam tipos de consumidor e impõem
formatos de como as relações sociais devem ser.
11.
Imersão, enraizamento e relações sociais
Construções sociais e históricas
Espaços de encontro e sociabilidade
Feiras e grupos de compras coletivas:
mobilização dos consumidores
◦ Em questão: a passividade do consumidor
12.
Oposição orgânicos x ecológicos nas feiras
◦ É possível um consumidor que procure mais que
produtos?
Valores sociais, simbólicos e comunitários
Vínculos duradouros
Apoio ao agricultor
Autenticidade, tipicidade
13.
Tensão:
◦ Consumidor “ego-trip” (Guivant, 2003)
Individualismo, estética corporal, saúde
◦ Consumidor preocupado com formatos
produtivos, sustentabilidade e formas sociais no
campo.
14.
Sinalização como fator importante para
consumo (Douglas e Isherwood).
Feiras ecológicas utilizam com mais
intensidade os “marcadores”? cartazes,
folders, símbolos e outros signos de
distinção.
15.
Rede Ecovida de Agroecologia
Produtor e consumidor: Comunidade
imaginada
Feiras -> centrais nas experiências dos
agricultores e dos consumidores
16.
Proposta de ser um formato paralelo às feiras
da cidade;
◦ Incluir municípios nos arredores (aspecto menos
localista).
Problemas e dilemas
◦ Quem assume riscos iniciais do formato?
◦ Comparando-se às feiras, agricultor deve aumentar
ou diminuir preços dos alimentos?
Grupo ou associação? loja ou cooperativa?
17. Consumidores ecológicos
grupo seleto, mas muito focado e ativo.
papel dos mediadores ativo e engajado
no âmbito dos consumidores
◦ Crucial para a iniciativa (pessoas com
experiência, trajetória...)
18.
Produção-consumo: local e em rede
◦ Consumidores: certificar para si e para outro
◦ Reciprocidade: outros consumidores (território
distinto) certificam alimentos para mim.
produção/consumo local é insuficiente: expandir
a rede em conexões de sentido (ecológico e
economia solidária).
Consumidores conhecedores do tema:
- solicitação dos selos da Ecovida em todos os
produtos
19.
Dificuldades
◦ Organização inicial
◦ Problema da escala (transporte e trabalho para
poucos consumidores não convém).
◦ Tentativas de articulação com efeito em cascata
[trabalho contínuo de “animação”]
◦ Apostar no formato:
- feiras nunca foram superadas: relações face-aface, frescor dos alimentos, confiança e rotina,
rastreabilidade e 'certificação' (origem produtor).
20.
Em questão para consumidores ecológicos do
grupo:
Proximidade/confiança
Pureza
Sabor/qualidade
Dimensão social da relação que escapa das rotas
comerciais das grandes cadeias
◦ Coletivo vs. individual no consumo
◦
◦
◦
◦
21. alimentação como algo que se dá importância ou
não no mundo e no Brasil?
-- atitudes individualistas (corporais,
estéticas) vs. sociais, de convivência.
Ruralidade, produção e agricultura ecológica?
rural narrado, imaginado, mas mercantilizado.
Tradições, tipicidade, sabor.
Consumo, economia (reciprocidade) e mudança
social