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Carismatismo super-emotivo
(Folhetos Católicos, n°13)
1 - O atual Carimastimo protestante e superemotivo das seitas teve sua origem, no começo do
século passado, nos Estados Unidos. Uma estudante protestante afirmou ter sentido, de repente,
uma sensação de paz e de gozo, e começou a falar, como disse, em "línguas desconhecidas".
Ela atribuiu esses fenômenos a Cristo. Passados alguns dias, em toda a comunidade se davam as
mesmas manifestações que foram interpretadas como sendo um "batismo no Espírito". Assim
nascia o movimento pentecostal, cuja característica é pretender provocar artificialmente, em clima
superemotivo, os carismas extraordinários concedidos pelo Espírito Santo aos Apóstolos no dia de
Pentecostes.
2 - Esta atitude já estava implícita na "fé-sentimento-de-confiança", de Lutero, com seu descaso
inato pela precisão doutrinária das verdades a crer que são de natureza radicalmente racionais
(Cf. Fol. Cat., n° 15). São reveladas por Deus e propostas pela Igreja à nossa fé como
necessárias de se crer para a salvação. Devemos, pois, prestar-lhes um assentimento da mente. Não
pode resvalar para um exacerbado sentimento religioso, como acontece no carismatismo das seitas.
3 - "Pentecostes" é palavra de origem grega que significa "quinquagésimo dia", porque foi 50
dias após a sua Ressurreição que Jesus enviou o Espírito Santo sobre os Apóstolos, como lhes
havia prometido. Para isso, ao subir ao Céu, ordenou-lhes que permanecessem reunidos na
cidade, pois "sereis, disse-lhes, batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias." (Atos 1, 4-5)
"Batizados" aqui, significa, "inundados", "cheios". Não é, pois, um outro batismo diverso do
Sacramento do Batismo, mas a graça especial da vinda do Espírito Santo, com a abundância de seus
dons extraordinários, com seus efeitos tanto interiores, como exteriores visando a edificação da Igreja.
4 - A abundância de dons extraordinários do dia de Pentecostes visava, pois, socorrer a Igreja,
sobretudo nos seus difíceis começos em que devia aplicar-se a converter judeus endurecidos e
pagãos idólatras. Eram dons da ordem dos carismas, os quais - quando verdadeiros - não se
destinam diretamente ao bem da pessoa que os recebe, mas ao da comunidade dos fiéis.
Para o bem pessoal da santificação e salvação de cada fiel em particular, Jesus já havia instituído
na sua Igreja os S. Sacramentos como canais ou meios normais e permanentes de comunicação
da graça e dos dons divinos.
5 - São Paulo encontrou em certas comunidades uma prática especial, chamada "glossolália", ou "fala
em línguas estranhas" - não confundir com o "dom das línguas" do dia de Pentecostes (At. 2,4) - e
procurou regular o seu exercício, cercando-o de precauções para que não se transformasse em
descontrolada explosão do sentimento religioso. Para isso exigiu necessariamente um intérprete (1 Cor.
14, 27). Trata-se de alguém com o encargo de vigilante da fé, pois, São Paulo submete também à
vigilância da autoridade o exercício dos carismas proféticos (1 Cor. 14, 37). A "glossolália" teve duração
transitória. Não ultrapassou à Igreja primitiva e desapareceu cedo.
6 - O atual Carismatismo das seitas, em seu livre curso, expõe os fiéis a serem iludidos com a
esperança de estarem recebendo graças especiais, quando se trata freqüentemente de
manifestações naturais do sentimento religioso. Além disso, o demônio pode servir-se desses
estados de superexaltação para produzir certos fenômenos extraordinários com aparência de
carismas, para enganar e perder a muitos.
7 - Eis o que, nesse sentido, nos ensina o grande doutor da Igreja, São Francisco de Sales (Trat.
do Amor de Deus, t.2, c. IV):
"Tem-se visto em nossa época, muitas pessoas que crêem que foram muito freqüentemente
raptadas em êxtases; e ao cabo, descobria-se que o fato não passava de ilusões diabólicas.
Assim, certo sacerdote, no tempo de Santo Agostinho, punha-se em êxtase sempre que queria,
cantando ou fazendo cantar uma ária lúgubre; (...). O admirável é que seu êxtase ia tão longe, que
não sentia o fogo que se lhe aplicava, a não ser depois de ter voltado a si..., e ficava sem
respirar". E o santo adverte-nos ainda que o maligno pode transformar-se em espírito de luz,
operar êxtases e outras coisas extraordinárias para confundir e perder as almas.
E São João da Cruz afirma: "Quando a alma procura estas comunicações carismáticas, abre a
porta ao demônio".
8 - O Carismatismo das seitas repete ainda o erro de Lutero que pretendeu uma comunicação do
Espírito Santo e da graça divina, por meios livres, que não os Santos Sacramentos estabelecidos para
esse fim específico por Nosso Senhor. Daí ter Lutero supresso quase todos os Santos Sacramentos. E
nos meios católicos influenciados pelo carismatismo protestante, em geral, nota-se um certo descaso
para com a admirável obra sacramentária de Nosso Senhor.
Ouve-se dizer que católicos estão imitando o carismatismo superemotivo protestante. Para eles vale o
que foi dito. Seria o caso de dizer-lhes com São Paulo "Não tentemos o Espírito Santo" com posturas
emotivas estranhas, a ver se Ele produz em nós algum efeito extraordinário; nem "O injuriemos"
atribuindo-Lhe tantas coisas estranhas!
9 - No entanto, a prática constante da Igreja vê na administração correta dos Santos Sacramentos,
efeitos autenticamente carismáticos de transformação espiritual. Podemos dizer que Jesus instituiu aí
um verdadeiro “Carismatismo Católico”: “Quem não renascer pela água e pelo Espírito Santo, não
entrará no Reino dos Céus” (Jo 3, 5). “Ide... e pregai o Evangelho a toda criatura, ensinai a todas as
nações; batizai-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinai-as a observar tudo o que
vos mandei”; “quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado.” (Mt 25, 19-20; Mc
16, 15-16)
10 - De fato, a comunicação normal da alma com o Espírito Santo se faz pela graça do Sacramento do
Batismo que a transforma em templo da Santíssima Trindade. Por isso, já em Pentecostes, o que os
Apóstolos, cheios do Espírito Santo, julgavam mais necessário fazer para cumprir a ordem do Divino
Mestre, foi batizar os primeiros convertidos (At 2, 38).
11 - Mas, também os outros Sacramentos, embora de modo diverso, operam no sentido de garantir a
permanência do Espírito Santo, do Pai e o Filho, na alma do fiel, ou no sentido de recuperar nela a sua
habitação, quando vier perder essa divina habitação pelo pecado grave.
12 - Para os católicos que crêem no valor divino dos Santos Sacramentos e da admirável Ação do
Espírito Santo em nossas almas através deles, e para outros de boa vontade, eis aqui uma bela página
de verdadeira renovação carismática:
“O que fizeram os Apóstolos antes de tudo, senão batizar? Eles comunicaram o Espírito Santo a todos
os que tinham fé, a todos os que criam em Nosso Senhor Jesus Cristo.
É assim que a Igreja, sob a influência de Cristo, sempre comunica o Espírito Santo. Todos nós O
recebemos em nosso Batismo. [E se não O perdemos pelo pecado mortal, Ele continua a operar em
nós através de seus dons e frutos as maravilhas de suas dádivas]. Devemos meditar com mais atenção
a grande realidade de nosso Batismo que nos tornou templos de Deus e moradas do Espírito Santo. A
recepção desse Sacramento opera nas almas uma grande transformação de ordem sobrenatural.
Os outros Sacramentos vêm completar esta efusão do seu Espírito Santo, operada em nosso Batismo.
Assim, o Sacramento da Confirmação nos comunica também, com uma maior profusão, os dons do
Espírito Santo, pois temos necessidade deles para alimentar e bem exercer a nossa vida espiritual e
cristã.
Mas não é tudo. Com efeito, Nosso Senhor quis que dois Sacramentos, em particular, intensifiquem em
nós a comunicação do seu Espírito com a efusão de seus dons, de forma freqüente. São os
Sacramentos da Penitência e da Eucaristia. A Penitência reforça a graça que recebemos em nosso
Batismo e purifica nossa alma de seus pecados. Pois não podemos pensar em receber abundantes
graças do Espírito Santo, se O estamos contristando pelo pecado. Este Sacramento restitui, pois, a
força do Espírito Santo e o poder da graça.
E que direi do Sacramento da Eucaristia que nos é dado pela celebração do Santo Sacrifício da Missa,
que renova a oblação sacrifical de Cristo, e nos aplica os frutos da Redenção? (...) Na Eucaristia
recebemos ao mesmo tempo a santificação de nossas almas, que nos afasta do pecado, e a união com
N. S. Jesus Cristo, bem como a força do Espírito Santo.
Os Sacramentos do Matrimônio e da Ordem santificam a sociedade. O primeiro, santifica as famílias.
O segundo, a Ordem é verdadeiro carisma. É concedido para comunicar precisamente o Espírito Santo
a todas as famílias cristãs, a todas as almas.
Por fim, o Sacramento da Extrema-Unção nos prepara para receber a verdadeira, plena e definitiva
efusão do Espírito Santo, quando receberemos a nossa recompensa no Céu.” (Renovation
Carismática - fev/1998)
13 - Portanto, supliquemos todos os dias as luzes e a força do Espírito Santo, e os seus outros
dons divinos, para que Ele nos ilumine e nos fortaleça todos os dias e momentos de nossa vida,
nos santifique e salve. Enfim, para que o Divino Espírito exerça em nossas almas seus
verdadeiros carismas santificadores, sobretudo através dos seus Santos Sacramentos.
Ajude a divulgar a Fé Católica propagando estes folhetos. Peça cópias conosco:
Apostolado: Católicos Alerta! | Site: catolicosalerta.wordpress.com

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Carismatismo super-emotivo

  • 1. Carismatismo super-emotivo (Folhetos Católicos, n°13) 1 - O atual Carimastimo protestante e superemotivo das seitas teve sua origem, no começo do século passado, nos Estados Unidos. Uma estudante protestante afirmou ter sentido, de repente, uma sensação de paz e de gozo, e começou a falar, como disse, em "línguas desconhecidas". Ela atribuiu esses fenômenos a Cristo. Passados alguns dias, em toda a comunidade se davam as mesmas manifestações que foram interpretadas como sendo um "batismo no Espírito". Assim nascia o movimento pentecostal, cuja característica é pretender provocar artificialmente, em clima superemotivo, os carismas extraordinários concedidos pelo Espírito Santo aos Apóstolos no dia de Pentecostes. 2 - Esta atitude já estava implícita na "fé-sentimento-de-confiança", de Lutero, com seu descaso inato pela precisão doutrinária das verdades a crer que são de natureza radicalmente racionais (Cf. Fol. Cat., n° 15). São reveladas por Deus e propostas pela Igreja à nossa fé como necessárias de se crer para a salvação. Devemos, pois, prestar-lhes um assentimento da mente. Não pode resvalar para um exacerbado sentimento religioso, como acontece no carismatismo das seitas. 3 - "Pentecostes" é palavra de origem grega que significa "quinquagésimo dia", porque foi 50 dias após a sua Ressurreição que Jesus enviou o Espírito Santo sobre os Apóstolos, como lhes havia prometido. Para isso, ao subir ao Céu, ordenou-lhes que permanecessem reunidos na cidade, pois "sereis, disse-lhes, batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias." (Atos 1, 4-5) "Batizados" aqui, significa, "inundados", "cheios". Não é, pois, um outro batismo diverso do Sacramento do Batismo, mas a graça especial da vinda do Espírito Santo, com a abundância de seus dons extraordinários, com seus efeitos tanto interiores, como exteriores visando a edificação da Igreja. 4 - A abundância de dons extraordinários do dia de Pentecostes visava, pois, socorrer a Igreja, sobretudo nos seus difíceis começos em que devia aplicar-se a converter judeus endurecidos e pagãos idólatras. Eram dons da ordem dos carismas, os quais - quando verdadeiros - não se destinam diretamente ao bem da pessoa que os recebe, mas ao da comunidade dos fiéis. Para o bem pessoal da santificação e salvação de cada fiel em particular, Jesus já havia instituído na sua Igreja os S. Sacramentos como canais ou meios normais e permanentes de comunicação da graça e dos dons divinos. 5 - São Paulo encontrou em certas comunidades uma prática especial, chamada "glossolália", ou "fala em línguas estranhas" - não confundir com o "dom das línguas" do dia de Pentecostes (At. 2,4) - e procurou regular o seu exercício, cercando-o de precauções para que não se transformasse em descontrolada explosão do sentimento religioso. Para isso exigiu necessariamente um intérprete (1 Cor. 14, 27). Trata-se de alguém com o encargo de vigilante da fé, pois, São Paulo submete também à vigilância da autoridade o exercício dos carismas proféticos (1 Cor. 14, 37). A "glossolália" teve duração transitória. Não ultrapassou à Igreja primitiva e desapareceu cedo. 6 - O atual Carismatismo das seitas, em seu livre curso, expõe os fiéis a serem iludidos com a esperança de estarem recebendo graças especiais, quando se trata freqüentemente de manifestações naturais do sentimento religioso. Além disso, o demônio pode servir-se desses estados de superexaltação para produzir certos fenômenos extraordinários com aparência de carismas, para enganar e perder a muitos. 7 - Eis o que, nesse sentido, nos ensina o grande doutor da Igreja, São Francisco de Sales (Trat. do Amor de Deus, t.2, c. IV): "Tem-se visto em nossa época, muitas pessoas que crêem que foram muito freqüentemente raptadas em êxtases; e ao cabo, descobria-se que o fato não passava de ilusões diabólicas. Assim, certo sacerdote, no tempo de Santo Agostinho, punha-se em êxtase sempre que queria, cantando ou fazendo cantar uma ária lúgubre; (...). O admirável é que seu êxtase ia tão longe, que não sentia o fogo que se lhe aplicava, a não ser depois de ter voltado a si..., e ficava sem respirar". E o santo adverte-nos ainda que o maligno pode transformar-se em espírito de luz, operar êxtases e outras coisas extraordinárias para confundir e perder as almas. E São João da Cruz afirma: "Quando a alma procura estas comunicações carismáticas, abre a porta ao demônio". 8 - O Carismatismo das seitas repete ainda o erro de Lutero que pretendeu uma comunicação do Espírito Santo e da graça divina, por meios livres, que não os Santos Sacramentos estabelecidos para esse fim específico por Nosso Senhor. Daí ter Lutero supresso quase todos os Santos Sacramentos. E nos meios católicos influenciados pelo carismatismo protestante, em geral, nota-se um certo descaso para com a admirável obra sacramentária de Nosso Senhor. Ouve-se dizer que católicos estão imitando o carismatismo superemotivo protestante. Para eles vale o que foi dito. Seria o caso de dizer-lhes com São Paulo "Não tentemos o Espírito Santo" com posturas emotivas estranhas, a ver se Ele produz em nós algum efeito extraordinário; nem "O injuriemos" atribuindo-Lhe tantas coisas estranhas! 9 - No entanto, a prática constante da Igreja vê na administração correta dos Santos Sacramentos, efeitos autenticamente carismáticos de transformação espiritual. Podemos dizer que Jesus instituiu aí um verdadeiro “Carismatismo Católico”: “Quem não renascer pela água e pelo Espírito Santo, não entrará no Reino dos Céus” (Jo 3, 5). “Ide... e pregai o Evangelho a toda criatura, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinai-as a observar tudo o que vos mandei”; “quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado.” (Mt 25, 19-20; Mc 16, 15-16) 10 - De fato, a comunicação normal da alma com o Espírito Santo se faz pela graça do Sacramento do Batismo que a transforma em templo da Santíssima Trindade. Por isso, já em Pentecostes, o que os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, julgavam mais necessário fazer para cumprir a ordem do Divino Mestre, foi batizar os primeiros convertidos (At 2, 38). 11 - Mas, também os outros Sacramentos, embora de modo diverso, operam no sentido de garantir a permanência do Espírito Santo, do Pai e o Filho, na alma do fiel, ou no sentido de recuperar nela a sua habitação, quando vier perder essa divina habitação pelo pecado grave. 12 - Para os católicos que crêem no valor divino dos Santos Sacramentos e da admirável Ação do Espírito Santo em nossas almas através deles, e para outros de boa vontade, eis aqui uma bela página de verdadeira renovação carismática: “O que fizeram os Apóstolos antes de tudo, senão batizar? Eles comunicaram o Espírito Santo a todos os que tinham fé, a todos os que criam em Nosso Senhor Jesus Cristo. É assim que a Igreja, sob a influência de Cristo, sempre comunica o Espírito Santo. Todos nós O recebemos em nosso Batismo. [E se não O perdemos pelo pecado mortal, Ele continua a operar em nós através de seus dons e frutos as maravilhas de suas dádivas]. Devemos meditar com mais atenção a grande realidade de nosso Batismo que nos tornou templos de Deus e moradas do Espírito Santo. A recepção desse Sacramento opera nas almas uma grande transformação de ordem sobrenatural. Os outros Sacramentos vêm completar esta efusão do seu Espírito Santo, operada em nosso Batismo. Assim, o Sacramento da Confirmação nos comunica também, com uma maior profusão, os dons do Espírito Santo, pois temos necessidade deles para alimentar e bem exercer a nossa vida espiritual e cristã. Mas não é tudo. Com efeito, Nosso Senhor quis que dois Sacramentos, em particular, intensifiquem em nós a comunicação do seu Espírito com a efusão de seus dons, de forma freqüente. São os Sacramentos da Penitência e da Eucaristia. A Penitência reforça a graça que recebemos em nosso Batismo e purifica nossa alma de seus pecados. Pois não podemos pensar em receber abundantes graças do Espírito Santo, se O estamos contristando pelo pecado. Este Sacramento restitui, pois, a força do Espírito Santo e o poder da graça. E que direi do Sacramento da Eucaristia que nos é dado pela celebração do Santo Sacrifício da Missa, que renova a oblação sacrifical de Cristo, e nos aplica os frutos da Redenção? (...) Na Eucaristia recebemos ao mesmo tempo a santificação de nossas almas, que nos afasta do pecado, e a união com N. S. Jesus Cristo, bem como a força do Espírito Santo. Os Sacramentos do Matrimônio e da Ordem santificam a sociedade. O primeiro, santifica as famílias. O segundo, a Ordem é verdadeiro carisma. É concedido para comunicar precisamente o Espírito Santo a todas as famílias cristãs, a todas as almas. Por fim, o Sacramento da Extrema-Unção nos prepara para receber a verdadeira, plena e definitiva efusão do Espírito Santo, quando receberemos a nossa recompensa no Céu.” (Renovation Carismática - fev/1998) 13 - Portanto, supliquemos todos os dias as luzes e a força do Espírito Santo, e os seus outros dons divinos, para que Ele nos ilumine e nos fortaleça todos os dias e momentos de nossa vida, nos santifique e salve. Enfim, para que o Divino Espírito exerça em nossas almas seus verdadeiros carismas santificadores, sobretudo através dos seus Santos Sacramentos. Ajude a divulgar a Fé Católica propagando estes folhetos. Peça cópias conosco: Apostolado: Católicos Alerta! | Site: catolicosalerta.wordpress.com