O plano de aula destaca os procedimentos utilizados para o desenvolvimento da aula que enfocou a temática “Cangaço”. A aula se deu por meio da discussão de um texto introdutório intitulado “O cangaço”, da exibição de slides de mesmo título e de slides sobre paródias, quando posteriormente foi desenvolvida uma oficina de paródias musicais sobre a temática mencionada. O plano de aula foi aplicado na turma do 9º Ano “C” do Ensino Fundamental II, no turno da manhã, em 02 de outubro de 2017, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena.
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PLANO DE AULA – PRIMEIRA REPÚBLICA: O CANGAÇO ATRAVÉS DE PARÓDIAS.
1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena
Série: 9º Ano/C/Ensino Fundamental II
Data: 02/10/2017 Carga horária: 01 aula de 45 minutos
Professor Supervisor: Thiago Acácio Raposo
Bolsistas: Donizete Emanoel de Couto Rodrigues; Marília Cristina de Queiroz; Mylla
Christtie Montenegro Bezerra; Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes; Valdeir Alves
dos Santos.
PLANO DE AULA
Tema:
Primeira República: O cangaço.
Eixo de problematização:
Qual a perspectiva crítica dos alunos acerca do movimento ocorrido na Primeira
República – o cangaço?
Objetivo Geral:
Analisar a capacidade de reflexão dos alunos sobre as construções históricas em
torno do cangaço e da sua figura de destaque: Lampião, por meio da criação de
paródias musicais pelos mesmos.
Objetivos Específicos:
2. Compreender os contextos espacial, social e temporal nos quais se desenvolveu
o cangaço;
Analisar as perspectivas históricas construídas para os cangaceiros/Lampião;
Estimular a capacidade crítica e criativa do aluno.
Justificativa:
O semiárido brasileiro abrange a maior parte dos estados da região Nordeste e
caracteriza-se pelo baixo índice de chuvas, que quando ausentes por um longo período
provocam a seca. Distante dos centros urbanos, no período conhecido como Primeira
República (1889-1930), a ausência do “olhar” do poder público para o semiárido abriu
espaço para a figura do “coronel”.
Os coronéis possuíam seus jagunços armados para proteção pessoal e para
cumprirem seus “mandos e desmandos”. Não obstante, alguns jagunços decidiram
montar o seu próprio bando, com regras próprias, chefiadas por um líder que
respeitavam e a quem obedeciam, desencadeando o movimento conhecido como
cangaço.
Os sujeitos entraram para o cangaço pelos mais variados motivos, mas como
teoricamente os cangaceiros se voltaram contra os coronéis, muitas pessoas os
consideraram e os consideram como os defensores do povo das injustiças cometidas
pelos coronéis na época. Se para alguns, os cangaceiros foram justiceiros e defensores
dos mais humildes, para outros foram verdadeiros bandidos. Os cangaceiros roubavam,
torturavam, sequestravam e matavam. Eles realmente enfrentaram muitos coronéis, mas
também acobertavam e até defendiam coronéis aliados, levando a crer que não se
manifestaram contra a estrutura da sociedade da época, nem contra o coronelismo, mas
defendiam interesses próprios.
Um cangaceiro de destaque foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que em
alguns momentos também foi retratado como herói e em outros momentos foi colocado
como bandido. A saga do cangaço, presente no imaginário social, foi divulgada por
meio de várias produções, tais como folhetos de cordel, xilogravuras, folclore,
romances, música, teatro, cinema, quadrinhos, games, dentre outras, as quais
alimentaram e alimentam a dualidade herói/bandido atribuída aos cangaceiros.
Nessa perspectiva, faz-se importante discutir com o aluno as construções
históricas empreendidas em torno da figura do cangaço/cangaceiro/Lampião,
3. estimulando-os a refletir criticamente ao ressignificar o assunto de História, através da
confecção de paródias musicais. Trata-se de uma metodologia mais interessante para o
perfil de alunos foco da intervenção pedagógica – geralmente, adolescentes inquietos,
imediatistas, mas com grande potencial criativo oculto.
Metodologia:
Primeiramente será discutido com os alunos um texto introdutório intitulado “O
cangaço”. Posteriormente será feita a exibição de slides de mesmo título destacando
materiais diversos que enfocam perspectivas diferentes acerca do
cangaço/cangaceiro/Lampião. Segue-se com a apresentação de slides abordando o
significado, objetivo, tipologia, estrutura e exemplos de paródias, bem como dicas que
facilitam sua construção. Depois de concedido esse aparato aos alunos, será solicitado
que os mesmos construam paródias musicas – individualmente ou em grupos – que
abordem qualquer aspecto da temática “cangaço”.
Recursos Didáticos:
TV;
Pen-drive;
Slides em Power Point;
Apostilas;
Folhas de papel A4.
Avaliação:
A avaliação se dará através da observação dos alunos no momento da construção
das paródias, atentando para interação do grupo – quando a atividade se
processar em equipe – e para a participação de cada aluno no desenvolvimento
da atividade. A avaliação se pautará também por meio da análise das paródias
construídas.
Referências
ALMEIDA, Erivelton Nunes de. A evolução da criminalidade no semiárido nordestino:
do cangaço ao crime organizado. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA
DIVERSIDADE DO SEMIÁRIDO, 1., 2016, Campina Grande. Anais... Campina
Grande: Realize, 2016. p. 1-9, v. 1. Disponível em: