O documento descreve um plano de aula para analisar as consequências do processo abolicionista no Brasil, seus principais personagens como Joaquim Nabuco, e as deficiências da Lei Áurea na inserção dos ex-escravos na sociedade. Os objetivos são compreender o processo abolicionista, a importância de Nabuco, e como a Lei Áurea fraca levou a problemas sociais para os negros. A aula usará vídeos, biografias e uma atividade para reescrever a Lei Áurea.

1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena
Série: 9º Ano/A/Ensino Fundamental II
Data: 02/08/2017 Carga horária: 01 aula de 45 minutos
Professor Supervisor: Thiago Acácio Raposo
Bolsistas: Donizete Emanoel de Couto Rodrigues; Marília Cristina de Queiroz; Mylla
Christtie Montenegro Bezerra; Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes; Valdeir Alves
dos Santos.
PLANO DE AULA
Tema:
 A abolição da escravatura e seus personagens e a deficiência da Lei Áurea na
inserção dos ex-escravos na sociedade.
Eixo de problematização:
 O desenvolvimento da atividade teve por objetivo chamar atenção do alunado
para a deficiência em torno da Lei Áurea, além de despertar o interesse e a
importância que Joaquim Nabuco teve nesse contexto.
Objetivo Geral:
 Analisar as principais consequências do processo abolicionista, seus
personagens, as fantasias em torno de alguns desses e as consequências de uma
lei fraca.

2. Objetivos Específicos:
 Compreender o processo abolicionista;
 Entender a importância de Joaquim Nabuco nesse processo;
 Abarcar nesse meio as consequências drásticas de uma Lei Áurea Fraca;
 Fazer com que os alunos vejam que, como consequência de uma abolição
maquiada, os problemas sociais só aumentaram, principalmente para população
negra;
 Analisar a perspectiva dos alunos diante do conteúdo apresentado.
Justificativa:
Diante da situação que o Brasil se encontrava no início da década de 1880 a
escravidão era algo inviável. Potências mundiais na época, como os Estados Unidos já
tinham posto um fim a essa prática décadas antes. Além disso, o movimento
abolicionista ganhou força e o apoio de algumas camadas populares.
Dentro desse contexto surge à figura de Joaquim Nabuco, deputado na década
de 1880 pela província pernambucana. Nabuco foi um dos líderes do movimento
abolicionista, tendo como uma de suas façanhas a criação da Sociedade Antiescravidão
Brasileira, além da publicação de “O Abolicionismo” em 1883.
A então princesa regente do império brasileiro, Isabel, que substituía seu pai,
Pedro II que naquelas datas do século XIX encontrava-se na Europa, sofria de todos os
lados uma pressão quase que insuportável para o fim da escravidão e assim ela fez, em
um Domingo, dia 13 de Maio de 1888 proclamou a abolição da escravidão.
A crítica em torno da Lei Áurea se desenvolve por esta ter sido uma lei fraca,
que com seus dois artigos, tinha como exclusivo objetivo por fim a escravidão, sem que
fosse dado qualquer tipo de amparo ao escravo recém-liberto, ocasionando assim
consequências quase que imediatas, como a criação de favelas e cortiços.
Em meio a esse contexto surge e ainda hoje perdura a comunidade do Morro da
Previdência, formado no início do século XX por pessoa, em sua maioria ex-escravos,
escarnados do campo e sem perspectiva de trabalho no meio urbano, se amontoavam em
locais como esses, agravando-se ainda pelo projeto de urbanização que o Brasil aderiu
no pós-abolicionismo.

3. Metodologia:
Será apresentado aos alunos um vídeo que retrata a cena da assinatura da lei que
punha fim a escravidão, mostrando a tensão daquele momento. Em seguida os alunos
receberão a biografia de Joaquim Nabuco, ressaltando sua importância nesse processo.
Por fim, mas não menos importante o preenchimento de uma nova Lei Áurea, essa
composta pelos próprios alunos.
Recursos Didáticos:
 Vídeo;
 Lei Áurea Modificada;
 Biografia.
Avaliação:
 A avaliação se dará através da análise das leis refeitas pelos alunos.
Referências
JÚNIOR, Alfredo Boulos. História Sociedade & Cidadania, 9º ano – 1° Edição. – São
Paulo: FTD, 2006. – (coleção História, Sociedade & Cidadania).
CHIQUINHA GONZAGA. Direção: Jayme Monjardim, Luiz Armando Queiroz e
Marcelo Travesso, Produção: César Muniz e Marcílio Moraes. Rio de Janiero/BR:
Globo, 1999, 1 disco.
NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Disponível em:
http://www.culturabrasil.org/oabolicionismo.htm. Acesso em: 02 ago. 2017.