1. Prof Tirza Almeida
Psicóloga
Mestre em Psicologia e processos de saúde – Pós
graduada em Psicologia da Saúde, Psicologia Infantil
e Psicologia Jurídica
Introdução ao estudo do
Desenvolvimento infantil e a
construção Histórica e Social do
conceito de Infância
2. • Filósofos propuseram explicações do
desenvolvimento baseadas em observações da vida
diária.
• Muitas dessas questões e asserções sobre a natureza
do desenvolvimento humano continuam a ser centrais
à ciência do desenvolvimento da atualidade.
Questões no estudo do
desenvolvimento
3. Duas questões fundamentais
03
Opiniões divergentes quanto a
se a mudança relacionada à
idade ocorre em estágios.
Os filósofos e os cientistas
têm debatido o grau com que
tendências inatas e fatores
ambientais influenciam o
desenvolvimento.
01
O debate
natureza-
criação
02
Estágios e
sequências
4. O DEBATE NATUREZA-CRIAÇÃO
Platão e René Descartes: Conhecimento é inato.
John Locke (empirista): no nascimento, a mente é uma lousa em branco –uma tabula rasa.
Conhecimento é criado pela experiência. Mudança do desenvolvimento é o resultado de
fatores externos, ambientais, agindo sobre uma criança cuja única característica interna
relevante é a capacidade de responder.
A noção cristã do pecado original ensina que as crianças nascem com uma natureza egoísta e
devem ser espiritualmente renascidas. Após batismo, as crianças têm acesso ao Espírito Santo,
que as ajuda a aprender a se comportar moralmente através de instrução na prática
religiosa parental e baseada na igreja.
Jean-Jacques Rousseau: todos os seres humanos são naturalmente bons e buscam
experiências que os ajudem a crescer. Os “maus” resultados, como comportamento agressivo,
eram aprendidos de outros ou surgiam quando uma criança experimentava frustração em suas
tentativas de seguir os preceitos da bondade inata com a qual ele nasceu.
John Watson: O behaviorismo define desenvolvimento em termos de mudanças de
comportamento causadas por influências ambientais.
5. Estágios e sequências
Questãodecontinuidade-descontinuidade&Mudança quantitativaequalitativa:
Se o desenvolvimento consiste apenas deadições (mudança quantitativa),então o conceito deestágios não énecessário para explicá-lo. Se odesenvolvimento envolve reorganização
ousurgimento deestratégiastotalmentenovas (mudançaqualitativa),entãooconceitodeestágiospodeserútil.
Crianca de 2 anos provavelmente não tem amigos individuais, enquanto uma de 8 anos provavelmente tem vários. mudança quantitativa (uma mudança na quantidade) de zero
amigos para alguns amigos; isso sugere que os aspectos qualitativos da amizade são os mesmos em todas as idades – ou, como os desenvolvimentalistas expressariam,
mudanças nasamizadessãodenaturezacontínua.
Poderíamos considerar as diferenças nas amizades de uma idade para outra como uma mudança qualitativa(uma mudança na espécie ou no tipo) – de desinteresse por amigos para
interesse oudeumtipo derelacionamento paraoutro.Emoutraspalavras, nesse ponto devista, asmudançasnasamizades sãodescontínuas,umavez quecadamudançarepresenta
umamudançanaqualidadedosrelacionamentos deumacriança comseuspares.
Nem sempre haja concordância sobre o que constituiria evidência da existência de estágios distintos, a descrição usual é que uma mudança de estágio envolve não apenas uma
mudança nashabilidades, masalgumamudança descontínuanaestruturasubjacente(Lerner,Theokas eBobek,2005)
Acriança emumnovoestágioabordatarefasdeformadiferente,vêomundodeformadiferente,estápreocupadacomassuntos diferentes.
6. ● A criança foi vista como um ser incapaz, sem voz e vez, sem
importância, um ser sem particularidades e especificidades, tida apenas
como um adulto em miniatura;
● Hoje podemos falar de infâncias, em que as diferentes crianças, em
função da cultura, da desigualdade social, das políticas, da raça, do
gênero, da etnia etc. são concebidas e tratadas distintamente.
● Os sentidos e as relações estabelecidos com a infância são
constituídos historicamente, elaborados em diferentes tempos e
lugares e combinados, por exemplo, com os papéis e as funções de
gênero.
A construção social do conceito
de infância
7. Por que ser criança na sociedade
contemporânea é muito
diferente de ser criança nos
períodos históricos anteriores?
SER CRIANÇA
8. Origem do conceito de infância
Originaria do
latim infantia, e
significa
“incapacidade de
falar”
Fase ou etapa
de vida
Transição da criança
para a vida adulta
.
9. 1. Um período da vida
pela qual todos os
seres humanos
passam. Essa visão
não leva em conta os
aspectos sociais,
econômicos que faz
com que muitas
crianças sejam
arrancadas da sua
infância antes de se
“tornarem” adultas.
(Trabalhos
domestico, guerra,
etc)
SECULO XVII
2. Infância como
momento mágico, lúdico
onde as crianças não têm
preocupações nem
responsabilidades comuns
à vida adulta, sendo o
momento de “viver a vida
de forma descontraída,
sem preocupações”. Com
base nessa visão, a
infância não é vista como
período significativo e a
brincadeira está
presente, mas não
representa um momento
relevante. Essa visão de
infância caracteriza a
criança como um ser
inacabado, imperfeito,
vazio.
3. Infância a um
momento de
construção, formação,
desenvolvimento onde
a criança através das
descobertas de si e do
mundo se constitui
enquanto sujeito dotado
de identidade,
personalidade, caráter.
Nessa visão a infância é
relacionada a um
período singular e
significativo, no qual a
brincadeira é vista
como momento de
experimentar de se
relacionar com seus
pares.
4. Infância como uma
etapa onde a criança é
entendida como ser
histórico-social de
direitos e deveres
respeitados, sendo essa
visão defendida na
atualidade.
SÉCULO XX
Origem do conceito de infância
10. ● Infância está ligada à concepção que o adulto tem do período inicial da
vida em que vive a criança; “[...] A infância seria a condição social das
crianças”.
● O sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas
crianças, corresponde a consciência da particularidade infantil, que
distingue essencialmente a criança do adulto.
● Criança: é compreendida como um sujeito social e histórico, de
direitos, que é construído pela sociedade, pelas riquezas da cultura,
das mediações e que ativamente também é sujeito na constituição da
sociedade.
● Concebida de forma ambígua em diferentes momentos históricos,
polarizando entre autônoma e dependente, impura e inocente, capaz e
incapaz, etc.
CRIANÇA ≠ INFÂNCIA
11. ● Contrastes em relação ao sentimento de infância no decorrer dos tempos.
● A humanidade nem sempre viu a criança como ser em particular, e por muito
tempo a tratou como um “adulto em miniatura”.
O Conceito de Infância nos
séculos XIX e XX
12. ● Estudos acerca das particularidades da infância e as apreensões por introduzi-
la nos diferentes modelos sociais em curso ocorrem por volta do século XIX.
Paulatinamente, via-se construir uma concepção específica de infância
comungada com a delimitação das faixas etárias e do desenvolvimento
respectivo às crianças.
● Metade do século XIX, com a ideia de infância coligada apercepção de
desordem e ameaça e controle, há pressões no Brasil, para que o Estado
assuma a responsabilidade na criação de politicas designadas à infância.
Afim de assegurar sua proteção.
● Crianças passam a ser cuidadas, atendendo ao seu desenvolvimento, muito
mais institucionalmente, sendo preparadas para a vida adulta.
● Necessidade de maior qualificação, o estudo essencial tem inicio cada vez mais
cedo.
CRIANÇA NO SÉCULO XIX
13. ● A criança, então, passa a ter uma importância econômica em potencial, pois representa o
trabalhador do futuro.
● Devido a esse novo contexto, essa criança passa a ser priorizada, protegida e educada –
como um novo tesouro.
● Observa-se o início da escolarização e a criança é distanciada do mundo adulto.
● Abre espaço para sentimentos que antes eram pouco vividos, uma vez que, ao ter a criança
como centro e como ser frágil, inocente, vulnerável, os responsáveis tendem a despertar mais
afeto e vínculo.
CRIANÇA NO SÉCULO XIX
14. ● Concepção mercantil da infância: intervenção cultural e
socioeconômica que generaliza e ao mesmo tempo especializa o status
da criança.
● Objetos e brinquedos adequados as necessidades de
desenvolvimento, matérias didáticos (para aprender e não
necessariamente para brincar)
● Crianças e brinquedos são padronizados: universalização uniforme do
desenvolvimento infantil.
● Crianças que “escolhem e sabem” o que querem.
● Mercado específico de roupas, produtos de higiene, brinquedos (que
preenche a dificuldade em dividir momentos lúdicos com o adulto).
CRIANÇA NO SÉCULO XX
15. ● No século XX a partir da criação de documentos e/ou instituições
relacionadas à infância, dentre eles estão o Fundo das Nações Unidas
(UNICEF- criado em 1950 com a finalidade de promover o bem estar
da criança e do adolescente em suas necessidades básicas);
● A Declaração dos Direitos da Criança (criada em 1959 pela ONU);
● A Constituição Federal de 1988, que assegura em seu Art. 227 à
criança e ao adolescente o estado de sujeitos de direitos;
● E o Estatuto da Criança e do Adolescente (instituído pela Lei
8069/90) que “reassegura” os direitos da Criança e do Adolescente, e
consequentemente a Infância como período que tem seus direitos
devidamente reservados.
CRIANÇA NO SÉCULO XX
16. ● O conceito de infância está vinculado.
● A Infância é a primeira etapa da vida onde a criança forma sua
identidade, caráter, através das descobertas de si e do mundo.
● Nesse processo a criança desenvolve-se biologicamente e
cognitivamente por meio das experiências e brincadeiras, desde que
tenham seus direitos respeitados e preservado,
● Arroyo (2013), afirma que a infância não é algo estático, é algo que
está em permanente mudança a depender do contexto social,
político, econômico em que está inserido. Por tais motivos não é
aconselhável referir-se a “infância” como única, devemos sim
compreender as “infâncias” diversas em seu tempo e sua realidade.
O Conceito de Infância Contemporânea
17. Referências
• Bee, Helen. A criança em desenvolvimento [recurso eletrônico]/Helen Bee, Denise Boyd ;
tradução: Cristina Monteiro ; revisão técnica: Antonio Carlos Amador Pereira. – 12. ed. – Dados
Eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2011.
• ARROYO, Miguel Gonzalez; SILVA, Maurício Roberto. (Org.). Trabalho-infância. Petrópolis:
Vozes, 2014.
• ARIES, Philippe. História Social da Criança e da família. Rio de Janeiro. Zahar (páginas e ).
CASTRO, M.G.B.de. Noção de criança e infância: diálogos, reflexões, interlocuções. UFF/RJ.
Artigo apresentado em Seminário do 16º COLE vinculado: 13) BRANCHER, Vantoir Roberto;
NASCIMENTO, Cláudia Terra do; OLIVEIRA, Valeska Fortes de. A construção social do conceito
de infância: algumas interlocuções históricas e sociológicas. VIDYA, v. 27, n. 1, p , jan./jun., Santa
Maria, ISSN X.
• PILETTI, N.; ROSSATO, S. M.; ROSSATO, G. Infância: Uma construção histórica. In: PILETTI, N.;
ROSSATO, S. M.; ROSSATO, G. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2018. pp. 104-
112.
• PAPALIA, D. E. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: AMGH, 2013.
20. Mercury
Our Center
Mercury is the closest planet to
the Sun and the smallest one in
the Solar System—it’s only a bit
larger than the Moon
21. Mercury is the closest
planet to the Sun and
the smallest one in the
Solar System
Our Mission and Vision
Mission
Vision
Neptune is the farthest
planet from the Sun
and the fourth-largest
in the Solar System
22. Our Values
Despite being red, Mars is
actually a cold place
Inclusiveness
Neptune is the farthest
planet from the Sun
Responsibility
Venus is the second planet
from the Sun
Patience