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A primeira escritora a entrar para a Academia
Brasileira de Letras, eleita para a cadeira nº 5,
em 1977. Foi também jornalista, romancista,
cronista, tradutora e teatróloga. Integrou o
quadro de Sócios Efetivos da Academia
Cearense de Letras. Seu primeiro romance "O
Quinze", ganhou o prêmio da Fundação Graça
Aranha. O "Memorial de Maria Moura" foi
transformado em minissérie para televisão e
apresentado em vários países.
RACHELDEQUEIROZ
 Conceição: É uma professora solteira de 22 anos. Independente e culta,
suas leituras incluem livros sobre feminismo e socialismo. As suas ideias
avançadas são seu ponto forte.
 Vicente: É o primo da Conceição, sertanejo um pouco bruto e muito
trabalhador. É desconfiado com as pessoas da cidade.
 Chico Bento: É um vaqueiro, mas perde o trabalho por causa da seca e se
torna um retirante.
 Cordulina: É a mulher de Chico Bento.
 Mãe Nácia: É a avó de Conceição.
 A autora situa a história do romance no Ceará de 1915. O
fato histórico importante da época era a própria seca de
1915 (o que origina o título do livro);
 História contada em linha reta;
 Rara evocação do passado.
“Setembro já se acabara, com seu rude calor e sua aflita miséria; e outubro chegou,
com São Francisco e sua procissão sem fim, composta quase toda de retirantes (...)”
Cap. 22
 A história acontece no Ceará, principalmente na região de
Quixadá;
 Há também presença do espaço urbano, destacando Fortaleza,
a capital do Ceará.
"— Venha tomar seu café e depois sele a burra, que eu careço de ir no
Quixadá."
Cap. 5
 Romance narrado em terceira pessoa;
 Narrador onisciente;
 Discurso indireto livre.
“Chico Bento olhava para o cenário habitual, mas já com o desinteresse, o
desprendimento de um estrangeiro.”
Cap. 20
A história tem dois planos:
 1° plano: Os fatos estão voltados para a relação afetiva
entre Vicente, um trabalhador do campo e Conceição;
 2° plano: Família do vaqueiro Chico Bento e a
história da saga de da sua família.
 Não há uso de palavreado erudito;
 Sua linguagem é natural, direta, coloquial, simples, sóbria,
condicionada ao assunto e á região, própria da linguagem
moderna brasileira;
 É uma linguagem regionalista sem vínculo obrigatório a um
falar específico (modismo comum na tendência regionalista).
— Meu senhor, pelo amor de Deus! Me deixe um pedaço de carne, um
taquinho ao menos, que dê um caldo para a mulher mais os meninos! Foi pra
eles que eu matei! Já caíram com a fome!... — Não dou nada! Ladrão sem-
vergonha! Cabra sem-vergonha! [...]
Cap. 12
 Com o enfoque na região nordestina, a obra O Quinze
possui um caráter regionalista;
 O romance contém um forte teor social, que além de
enfocar na realidade das pessoas do local, retrata a fome
e a miséria.
A generosidade matuta que vem na massa do sangue, e florescia no altruísmo
singelo do vaqueiro, não se perturbou: — Sei lá! Deus ajuda! Eu é que não
haverá de deixar esses desgraçados roerem osso podre...”
Cap. 7
 A análise psicológica das personagens e o uso do discurso
direto, revelam as dificuldades e os pensamentos do ser
humano ante os problemas sociais que são desencadeados
pela seca;
 A força da mulher do sertão possuidora de muitas faces: A
mulher forte, a mulher retirante, a mulher apaixonada e a
mulher enquanto mãe;
 A força da religiosidade sertaneja.
 Contexto histórico : Os campos de concentração;
—Tia Inácia vai bem. Conceição faz parte da comissão de senhoras que distribuem
socorros no Campo de Concentração. — Certo? Você viu como é? Imagino o horror!
— Não tive tempo de ir ver; ela até me convidou...”
Cap. 17
 Interesse na situação social de retratar
detalhadamente a seca de 1915;
 Neorrealismo e prosa regionalista: Na obra a prosa
regionalista nordestina e o neorrealismo possuem
profundas ligações.
“Que custo, atravessar aquele atravancamento de gente imunda, de
latas velhas, e trapos sujos!”
Cap. 12
 O Quinze é um filme brasileiro de 2004, um drama dirigido por Jurandir de
Oliveira;
ALMEIDA, José Maurício Gomes de. A tradição regionalista no romance brasileiro. Rio de
Janeiro: Achiamé, 1981.
BOSI, Alfredo. “Rachel de Queiroz”. In: História concisa da literatura brasileira. São Paulo:
Cultrix, 1970.
MONTEIRO, Casais Adolfo. Diário do Nordeste: Temáticas de “O Quinze”. Disponível em:
<http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/tematicas-de-o-quinze-
1.517616>
O QUINZE. Longa metragem. Direção, roteiro, montagem, elenco: Jurandir Oliveira, 2007.
OLIVA, Osmar Pereira. Rachel de Queiroz e o Romance de 30: ressonâncias do socialismo e
do feminismo. Caderno Pagu, Montes Claros, 43, julho-dezembro de 2014: 385-415.
QUEIROZ, Rachel. O quinze. São Paulo: Siciliano, 1993.

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Rachel de Queiroz - O Quinze

  • 1.
  • 2. A primeira escritora a entrar para a Academia Brasileira de Letras, eleita para a cadeira nº 5, em 1977. Foi também jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga. Integrou o quadro de Sócios Efetivos da Academia Cearense de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze", ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha. O "Memorial de Maria Moura" foi transformado em minissérie para televisão e apresentado em vários países. RACHELDEQUEIROZ
  • 3.  Conceição: É uma professora solteira de 22 anos. Independente e culta, suas leituras incluem livros sobre feminismo e socialismo. As suas ideias avançadas são seu ponto forte.  Vicente: É o primo da Conceição, sertanejo um pouco bruto e muito trabalhador. É desconfiado com as pessoas da cidade.  Chico Bento: É um vaqueiro, mas perde o trabalho por causa da seca e se torna um retirante.  Cordulina: É a mulher de Chico Bento.  Mãe Nácia: É a avó de Conceição.
  • 4.  A autora situa a história do romance no Ceará de 1915. O fato histórico importante da época era a própria seca de 1915 (o que origina o título do livro);  História contada em linha reta;  Rara evocação do passado. “Setembro já se acabara, com seu rude calor e sua aflita miséria; e outubro chegou, com São Francisco e sua procissão sem fim, composta quase toda de retirantes (...)” Cap. 22
  • 5.  A história acontece no Ceará, principalmente na região de Quixadá;  Há também presença do espaço urbano, destacando Fortaleza, a capital do Ceará. "— Venha tomar seu café e depois sele a burra, que eu careço de ir no Quixadá." Cap. 5
  • 6.  Romance narrado em terceira pessoa;  Narrador onisciente;  Discurso indireto livre. “Chico Bento olhava para o cenário habitual, mas já com o desinteresse, o desprendimento de um estrangeiro.” Cap. 20
  • 7. A história tem dois planos:  1° plano: Os fatos estão voltados para a relação afetiva entre Vicente, um trabalhador do campo e Conceição;  2° plano: Família do vaqueiro Chico Bento e a história da saga de da sua família.
  • 8.  Não há uso de palavreado erudito;  Sua linguagem é natural, direta, coloquial, simples, sóbria, condicionada ao assunto e á região, própria da linguagem moderna brasileira;  É uma linguagem regionalista sem vínculo obrigatório a um falar específico (modismo comum na tendência regionalista). — Meu senhor, pelo amor de Deus! Me deixe um pedaço de carne, um taquinho ao menos, que dê um caldo para a mulher mais os meninos! Foi pra eles que eu matei! Já caíram com a fome!... — Não dou nada! Ladrão sem- vergonha! Cabra sem-vergonha! [...] Cap. 12
  • 9.  Com o enfoque na região nordestina, a obra O Quinze possui um caráter regionalista;  O romance contém um forte teor social, que além de enfocar na realidade das pessoas do local, retrata a fome e a miséria. A generosidade matuta que vem na massa do sangue, e florescia no altruísmo singelo do vaqueiro, não se perturbou: — Sei lá! Deus ajuda! Eu é que não haverá de deixar esses desgraçados roerem osso podre...” Cap. 7
  • 10.  A análise psicológica das personagens e o uso do discurso direto, revelam as dificuldades e os pensamentos do ser humano ante os problemas sociais que são desencadeados pela seca;  A força da mulher do sertão possuidora de muitas faces: A mulher forte, a mulher retirante, a mulher apaixonada e a mulher enquanto mãe;  A força da religiosidade sertaneja.
  • 11.  Contexto histórico : Os campos de concentração; —Tia Inácia vai bem. Conceição faz parte da comissão de senhoras que distribuem socorros no Campo de Concentração. — Certo? Você viu como é? Imagino o horror! — Não tive tempo de ir ver; ela até me convidou...” Cap. 17
  • 12.  Interesse na situação social de retratar detalhadamente a seca de 1915;  Neorrealismo e prosa regionalista: Na obra a prosa regionalista nordestina e o neorrealismo possuem profundas ligações. “Que custo, atravessar aquele atravancamento de gente imunda, de latas velhas, e trapos sujos!” Cap. 12
  • 13.  O Quinze é um filme brasileiro de 2004, um drama dirigido por Jurandir de Oliveira;
  • 14. ALMEIDA, José Maurício Gomes de. A tradição regionalista no romance brasileiro. Rio de Janeiro: Achiamé, 1981. BOSI, Alfredo. “Rachel de Queiroz”. In: História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1970. MONTEIRO, Casais Adolfo. Diário do Nordeste: Temáticas de “O Quinze”. Disponível em: <http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/tematicas-de-o-quinze- 1.517616> O QUINZE. Longa metragem. Direção, roteiro, montagem, elenco: Jurandir Oliveira, 2007. OLIVA, Osmar Pereira. Rachel de Queiroz e o Romance de 30: ressonâncias do socialismo e do feminismo. Caderno Pagu, Montes Claros, 43, julho-dezembro de 2014: 385-415. QUEIROZ, Rachel. O quinze. São Paulo: Siciliano, 1993.