SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 50
Downloaden Sie, um offline zu lesen
BIOLOGIA 01
Prof. Carolina Almeida
EIXO I CITOLOGIA
Origem e Evolução das Células
A invenção do microscópio possibilitou a
descoberta das células, as unidades que
constituem os seres vivos (AMABIS e MARTHO,
2006).
Leeuwennhoek fabricou dezenas de
microscópios, com isso ele observou diversos
tipos de material biológico, como embriões de
plantas, glóbulos vermelhos e espermatozoides
de animais (AMABIS e MARTHO, 2006).
No século XIX generalizou-se a noção de
que todos os organismos são constituídos por
uma ou mais células, a chamada Teoria Celular
(CÉSAR e SEZAR, 2005).
A Teoria Celular admite que, apesar das
diferenças quanto à forma e à função, todos os
seres vivos têm em comum o fato de serem
constituídos por células (AMABIS e MARTHO,
2006).
As três premissas da Teoria Celular são:
Modelo esquemático de uma célula eucariotica
Admite-se que as primeiras células que
surgiram na terra foram os procariontes. Isto
deve ter ocorrido a cerca de 3 bilhões de anos.
Naquela época a atmosfera provavelmente
continha vapor d‘água, amônia, metano,
hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e gás
carbônico, o oxigênio livre só apareceu muito
depois.
O registro fóssil da primeira célula
eucariótica data de 1,7 bilhão de anos, mas
supõem-se que os eucariontes tenham surgidos
um pouco antes.
As primeiras células eucarióticas teriam
surgido a partir das células procarióticas que
passaram a desenvolver evaginações e
invaginações da membrana plasmática. Esses
dobramentos teriam dado origem às várias
estruturas citoplasmáticas delimitadas por
membrana e a carioteca ou envelope nuclear,
que separa material genético do citoplasma,
formando o núcleo.
1. Todos os seres vivos são formados
por células e por estruturas que elas
produzem, elas são as unidades
morfológicas dos seres vivos.
2. As atividades essenciais que
caracterizam a vida ocorrem no
interior das células, estas são
unidades fisiológicas dos seres
vivos.
3. Novas células forma-se apenas pela
Célula Eucariótica e procariótica
A célula procariótica é muito mais simples do
que a eucariótica e encontra-se apenas nas
bactérias. Dependendo do tipo de célula que
apresentam, os organismos são classificados em
procariontes e eucariontes (CÉSAR e SEZAR,
2005).
Basicamente, a diferença entre procariontes
e eucariontes é: as células procarióticas têm
seu material genético ―solto‖ no interior da célula,
e as células eucarióticas tem seu material
genético envolvido por uma membrana chamada
carioteca, o que separa o DNA do citoplasma.
Estrutura e Fisiologia Celular
PARTES FUNDAMENTAIS
DA CÉLULA
1. Membrana Plasmática
2. Citoplasma
3. Núcleo
1. Membrana Plasmática
Em todos os tipos de células encontramos a
membrana plasmática, que contém e delimita o
espaço celular, isolando-o do ambiente ao redor.
É constituída basicamente por duas camadas
moleculares de fosfolipídios com moléculas de
proteínas incrustadas.
Membrana plasmática
Funções:
 Individualidade a cada célula;
 Forma ambientes únicos e especializados;
 Troca de informações com o meio;
 Movimento;
 Reconhecimento celular;
 Aderência celular;
 Permeabilidade seletiva.
 Constituição lipoprotéica:
Principais lipídios encontrados:
Fosfolipídios
Função: barreira de entrada na célula
Colesterol
Função: Dá fluidez à membrana
Proteínas:
Funções: Formação de poros para a
passagem de moléculas de água; Transporte de
substancia para dentro ou fora da célula;
Reconhecimento de certas substancias do meio
ou outras células. Ex.: receptores hormonais.
Processos de troca entre a célula e
o meio externo
Processos
passivos
Processos
ativos
Endocitoses e
exocitoses
Difusão Bomba de Endocitose:
simples Sódio-Potássio Fagocitose →
solidos;
Pinocitose →
liquidos.
Difusão
facilitada
Osmose Exocitose
Processos passivos
Difusão simples:
Tem relação com o soluto.
Condições para ocorrência:
A membrana deve ser permeável a essa
substancia;
Deve haver diferença de concentração.
Movimento de partículas de onde elas estão
mais concentradas para onde estão menos
concentradas.
Ilustração do processo de difusão simples
Difusão facilitada:
Tem relação com o soluto
É mais rápido que o processo de difusão
simples
Atuação de proteínas da membrana:
Permeases
Ilustração do processo de difusão facilitada
Osmose:
Tem relação com o solvente;
Concentração de soluções;
O solvente difunde-se do meio de menor
concentração para o de maior concentração.
Osmose
Processo Ativo
Características:
Há gasto de energia - ATP
Ocorre contra o gradiente de concentração
Bomba de sódio-potássio
Processos por vesícula
Incorporação de partículas maiores;
Envolve deformação e fusão;
Endocitose:
Fagocitose → solidos;
Pinocitose → liquidos.
Exocitose.
Processo por vesículas
1. Citoplasma
Os primeiros citologistas acreditavam que o
interior da célula viva era preenchido por um
fluído viscoso, no qual o núcleo estava
mergulhado. Esse fluído recebeu o nome de
citoplasma. Hoje sabemos que, além da parte
fluída, contém diversos tipos de estruturas cada
qual com funções específicas (AMABIS e
MARTHO, 2006).
Citoplasma
MITOCÔNDRIAS
É onde ocorre a respiração celular, o
principal processo de obtenção de energia dos
seres vivos. (AMABIS e MARTHO, 2006).
Moléculas orgânicas são quebradas
liberando energia que é então transferida para
formar ATP.
Mitocôndria
LISOSSOMOS
Estrutura que apresenta enzimas digestivas
capazes de digerir um grande número de
produtos orgânicos.
Realiza a digestão intracelular.
Lisossomos
PEROXISSOMOS
São pequenas vesículas semelhantes aos
lisossomos.
Sua enzima principal é a peroxidase
(catalase). Esta enzima degrada as moléculas de
peróxido de hidrogênio (água oxigenada) que se
formam como resultado do metabolismo celular.
Desintoxicação celular.
Peroxissomo
CENTRÍOLO
O centríolo é um cilindro cuja parede é
constituída por nove conjuntos de três
microtúbulos (tubulina) e geralmente ocorrem
aos pares nas células.
É responsável pela divisão celular
―orientando‖o deslocamento dos cromossomos
para as células que estão sendo formadas.
Originam os Cílios e flagelos.
RIBOSSOMOS
Ribossomos são os locais de síntese de
proteína. Organela não membranosa que é
composta de RNA ribossômico e proteínas.
Encontras-se presente nos eucariontes e nos
procariontes.
São encontrados livres no citosol ou na forma
de polissomos, na forma de polissomos presos
ao retículo endoplasmático rugoso (RER), dentro
das mitocôndrias e cloroplastos.
Ribossomo e a formação de proteínas
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
Atua como transportador de substâncias.
Formado por um sistema de membranas
intracelulares encontrado em células eucarióticas,
dividido em :
• Retículo Endoplasmático Rugoso
(RER).
• Retículo Endoplasmático Liso (REL)
(agranular).
Retículo Endoplasmático Rugoso (RER)
Com função de armazenamento e transporte
de substâncias;
Se encontram aderidos a sua superfície
externa os ribossomos;
Local de produção de proteínas, as quais
serão transportadas internamente para o
Complexo de Golgi.
Retículo endoplasmático rugoso
Retículo Endoplasmático Liso (REL)
Com função de armazenamento e transporte
de substâncias;
Responsável pela síntese de lipídios;
Formado por sistema tubular.
Retículo endoplasmático liso
APARELHO DE GOLGI
O aparelho de Golgi atua como centro de
armazenamento, transformação, empacotamento
e remessa de substâncias na célula. Muitas das
substâncias que passam pelo aparelho de Golgi
serão eliminadas da célula, indo atuar em
Secreção celular.
Complexo de Golgi
CLOROPLASTOS
Exclusivo das células eucariontes vegetais.
Responsável pela fotossíntese - Clorofila.
VACÚOLOS
Nas células vegetais, as principais funções
do vacúolo são armazenar substâncias e
garantir a regulação osmótica da célula. Além
dessas funções, podemos atribuir aos vacúolos o
papel da retirada de produtos tóxicos do
citoplasma da célula, a degradação de
macromoléculas, manutenção do pH da célula e
a reciclagem de componentes celulares.
Vacúolo
2. Núcleo
 Presentes nas células eucariontes.
 Controla todas as funções celulares.
 Local onde se encontra o material
genético e os cromossomos.
 Possui parede dupla e cheia de poros.
 Pode conter um ou mais nucléolos.
Componentes do Núcleo
NÚCLEO CELULAR
O núcleo celular é o ―armazém‖ de todas as
informações sobre a função e estrutura da célula
e do organismo. Todas essas informações estão
contidas na cromatina, material filamentoso
composto principalmente de DNA, substâncias
com propriedades especiais, associados a
proteínas (CÉSAR e SEZAR, 2005).
Fitas de cromatina
Componentes do Núcleo
A carioteca é característica de células
eucariontes, ela é uma membrana lipoprotéica
dupla, existem na carioteca numerosos poros
que regulam o trânsito de moléculas grandes
entre o citoplasma e o núcleo.
Núcleo celular
O sulco nuclear é um liquido semelhante
ao hialoplasma, no qual devido a presença de
água, enzimas e várias substâncias, ocorrem
reações químicas variadas (CÉSAR e SEZAR,
2005).
Os nucléolos são corpúsculos sem
membrana, muito ricos em RNA ribossômico, um
tipo de ácido nucleico, o qual associado a
proteínas serve para formar novos ribossomos
(CÉSAR e SEZAR, 2005).
Os cromossomos são os responsáveis
por carregar toda a informação que as células
necessitam para seu crescimento,
desenvolvimento e reprodução. Localizados no
núcleo celular, eles são constituídos por DNA,
que, em padrões específicos, são denominados
genes (CÉSAR e SEZAR, 2005).
O cromossomo da figura é duplo, cada
metade desse cromossomo se chama cromátide,
estas são presas por uma região estreitada
chamada centrômero. As duas cromátides são
absolutamente idênticas, se chamando
cromátides-irmãs (CÉSAR e SEZAR, 2005).
Cromossomos
As células de um organismo apresentam sempre
o mesmo número de cromossomos, que é
característico da espécie. A maioria contém dois
cromossomos de cada tipo, idênticos na forma e
função são chamados de cromossomos
homólogos (CÉSAR e SEZAR, 2005).
Quando uma célula tem dois cromossomos de
cada tipo ela é chamada diploide, ou 2n, sendo
que n representa o número de tipos de
cromossomos.
As que contém um cromossomos são chamadas
haploides (n). Um exemplo dessa célula são os
gametas (espermatozoide e óvulos) Estes tem
23 cromossomos sendo um de cada tipo,
enquanto as outras células do nosso organismo
tem 23 cromossomos, porém dois de cada tipo
(CÉSAR e SEZAR, 2005).
DIVISÃO CELULAR
Mitose
A mitose é um processo continuo de
divisão celular, que vamos dividir em quatro
fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. O
final da mitose, com a separação do citoplasma
é chamado de citocinese (CÉSAR e SEZAR,
2005).
Prófase
Ocorrem aqui os seguintes eventos:
1. Os centríolos, já duplicados, afastam-se
gradativamente, atingindo os pólos da
célula. Em torno deles, aparecem fibras
que constituem o áster. Entre os
centríolos que se afastam, formam-se as
fibras de fuso mitótico. Tanto as fibras do
áster como as do fuso são na realidade
microtúbulos do citoesqueleto.
2. 2. O nucléolo fica cada vez menos visível
e acaba se desintegrando, sendo seu
material (RNA ribossômico), distribuído
pela célula.
3. O núcleo aumenta de volume, por fim a
membrana nuclear se desorganiza
4. Durante todos os eventos anteriores, os
cromossomos, já duplicados, sofrem um
processo de espiralação crescente. As
cromátides ficam visíveis. Por sim, os
cromossomos predem-se as fibras do
fuso pelo centrômero.
Esquematização da Prófase
Metáfase
Os cromossomos atingem seu grau
máximo de espiralação e colocam-se no plano
equatorial. No final da metáfase, as cromátides
se separam, tendo agora cada uma delas um
centrômero próprio e constituindo dois
cromossomos-irmãos.
Esquematização da metáfase
Anáfase
As fibras do fuso encurtam, os
cromossomos-irmãos migram cada um para um
pólo da célula.
Esquematização da Anáfase
Telófase
Cada conjunto cromossômico atinge um dos
pólos. Os cromossomos desespiralam-se
gradativamente, e duas novas carioteca
reconstituem-se a partir das membranas do
retículo endoplasmático. Novos nucléolos são
produzidos por um cromossomo especial, o
organizador de nucléolo. A membrana
plasmática se invagina, formando um sulco.
Termina a cariocinese (divisão dos núcleos) e
começa agora citocinese (divisão do citoplasma),
com distribuição mais ou menos equitativa dos
orgânulos entre as células-filhas.
Esquematização da Telófase
Meiose
Enquanto a mitose mantém o número de
cromossomos nas células-filhas, o processo de
meiose o reduz a metade. A meiose sempre
parte de uma célula diplóide e dá origem a
quatro células haplóides (CÉSAR e SEZAR,
2005).
A importância da redução dos
cromossomos fica evidente quando lembramos
que na fecundação, os gametas masculinos e
femininos se fundem, restabelecendo o número
diploide da espécie.
No processo de meiose, ocorre uma
única duplicação cromossômica e duas divisões.
Isso faz com que o número de cromossomos se
reduza a metade. A figura a seguir exemplifica a
diferença entre a mitose e a meiose.
Diferença entre mitose e meiose
A meiose consta de duas divisões
celulares, que chamaremos de Divisão I e
Divisão II. Cada uma delas é subdividida nas
mesmas fases da mitose. A prófase I é mais
complexa que uma prófase comum, e se divide
em 5 períodos (CÉSAR e SEZAR, 2005).
DIVISÃO I
Prófase I:
1. Leptóteno
2. Zigóteno
3. Paquíteno
4. Diplóteno
5. Diacinese
Metáfase I
Anáfase I
Telófase I
INTERCINESE
DIVISÃO II
Prófase II
Metáfase II
Anáfase II
Telófase II
MEIOSE I
Prófase I
1. Leptóteno
Devido a sua espiralação, os
cromossomos ficam visíveis. Apesar de
duplicados desde a intérfase, eles aparecem
ainda como filamentos simples, bem
individualizados.
2. Zigóteno
Os cromossomos homólogos se atraem,
emparelhando-se. Esses pareamentos é
conhecido como sinapse e ocorre ponto por
ponto. O pareamento de cromossomos
homólogos não ocorre na mitose.
3. Paquíteno
Aqui, as duas cromátides de cada
cromossomo tornam-se visíveis. Os dois
homólogos, pareados mostram, então, quatro
filamentos, que, em conjunto chamamos de
tétrades ou bivalentes.
4. Diplóteno
Nessa fase podem ocorrer quebras em
regiões correspondentes das cromátides
homólogas, e os pedaços quebrados unem-se
em posição trocada. Esse fenômeno é chamado
de crossing over ou permuta.
5. Diacinese
Os pares de homólogos estão
praticamente separados. Os quiasmas
―deslizam‖ para as extremidades dos
cromossomos. Aumente ainda mais a
espiralação.
Profáse I
Metáfase I:
Fuso de divisão está completamente
formado. Cromossomos homólogos pareados no
equador celular. Cromossomos ainda desfazem
os últimos quiasmas.
Anáfase I:
Deslocamento dos cromossomos (com
duas cromátides cada) para pólos opostos da
células.
Telófase I:
Os cromossomos se descondensam, os
nucléolos reaparecem, a carioteca se reorganiza
surgindo dois novos núcleos. O fuso se desfaz.
Ocorre a citocinese.
INTERCINESE
É uma fase que pode ou não existir
dependendo do tipo de célula que está sofrendo
meiose
Meiose I
MEIOSE II
A Meiose II é extremamente semelhante
à Mitose. A formação de células haplóides, a
partir de outras células haplóides, só é possível
porque ocorre, durante a Meiose II, a separação
das cromátides que formam as cromátides-
irmãs. Cada uma dessas cromátides dirige-se
para um pólo diferente e já passa a se chamar
cromossomo-filho. As fases da Meiose II são:
Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II.
1. Prófase II:
Há condensação dos cromossomos
duplos. Fragmentação da carioteca e do
nucléolo. Formação do fuso. Deslocamento dos
cromossomos para o equador celular.
2. Metáfase II:
Organização dos cromossomos duplos no
equador celular.
3. Anáfase II:
Ocorre separação dos centrômeros.
Duplicação dos cromossomos, que retornam aos
pólos.
4. Telófase:
A carioteca reaparece e envolve os
cromossomos simples em cada pólo. Ocorre
citocinese final com formação de quatro células-
filhas haplóides.
Meiose II
Vamos exercitar
01. (Fuvest-2001) A vinblastina é um
quimioterápico usado no tratamento de
pacientes com câncer. Sabendo-se que essa
substância impede a formação de microtúbulos,
pode-se concluir que sua interferência no
processo de multiplicação celular ocorre na
(A) condensação dos cromossomos.
(B)descondensação dos cromossomos.
(C) duplicação dos cromossomos.
(D) migração dos cromossomos.
(E) reorganização dos nucléolos.
ANOTAÇÕES IMPORTANTES.
GABARITO D
EIXO II DNA E BIOTECNOLOGIA
CODIFICAÇÃO DO DNA E RNA
Ácido Nucléico:
São moléculas responsáveis pelo
armazenamento e transmissão das
características de um ser vivo, bem como pelo
controle direto ou indireto de todos os processos
que ocorrem em um organismo.
São eles:
Tanto o DNA quanto RNA são formados
por unidades menores denominadas
nucleotídeos. Imagine que eles são uma escada,
os nucleotídeos seriam os degraus.
Esquema da estrutura dos nucleotídeos
Esquematicamente é como se eles
ficassem nessa forma:
Esquematização da ligação dos nucleotídeos
Os nucleotídeos são formados por:
GRUPO FOSFATO
CABOIDRATO (PENTOSE)
DNA: DESOXIRRIBOSE
RNA: RIBOSE
BASE NITROGENADA:
DNA: Timina, Adenina, Citosina e Guanina.
RNA: Uracila, Adenina, Citosina e
Guanina.
As bases nitrogenadas são ligadas por
pontes de hidrogênio:
Adenina se liga Timina por 2 pontes de
hidrogênio.
Citosina se liga a Guanina por 3 pontes
de hidrogênio.
Pontes de hidrogêni
DNARNA
DUPLICAÇÃO DO DNA
O DNA se origina da duplicação, processo
esse que a gente já estudou lá na divisão celular,
aquele que ocorre antes da mitose. Lembra?
Agora nós vamos entender como esse
processo acontece.
A duplicação acontece antes de uma
divisão celular e é importante a fim de garantir
que as células oriundas da divisão recebam
materiais genéticos idênticos e em igual
quantidade.
É semiconservativa
Enzima DNA-polimerase: responsável
pela quebra das pontes de hidrogênio do DNA,
separando-o em dois. Cada molécula inicial do
DNA, forma duas novas moléculas.
A DNApolimerase serve como uma
tesoura que vai cortando as pontes de
hidrogênio, além disso eu tenho nucleotídeos
solto ali no nucleoplasma, quando eu corto, esses
nucleotídeos vão se ligando conforma as suas
bases e formando 2 novos DNA‘s.
TRANSCRIÇÃO DO RNA
Transcrição: envolve a capacidade da fita
de DNA originar moléculas de RNA. A transcrição
envolve certos trechos do DNA, os genes, e
ocorre durante a vida normal da célula.
Esse processo é o primeiro passo da
expressão gênica, transforma o que é informação
(DNA) em uma característica do organismo.
A transcrição inicia com a abertura da fita
de DNA. A RNA polimerase vai encaixar o
nucleotídeo complementar aos da fita molde.
Esquema da transcrição do RNA
Porcentagem das bases nitrogenadas:
%A = %T
%C = %G
%A + %T + %C + %G = 100%
RNA: existem 3 tipos:
- RNAm (mensageiro): Possui uma
sequência de bases que codifica uma proteína. É
o único RNA que será traduzido.
- RNAr (ribossomal): faz parte da síntese
de proteína.
-RNAt (transportador): transporta os
aminoácidos até o ribossomo.
3 tipos de RNA em atividade
3 tipos de RNA
Vamos exercitar?
1. (PUC-PR) No esquema abaixo sobre a
estrutura do DNA, os números 1, 2 e 3
representam, respectivamente:
(A) Base nitrogenada, desoxirribose e fosfato;
(B) Base nitrogenada, fosfato e desoxirribose;
(C) Fosfato, desoxirribose e base nitrogenada;
(D) Fosfato, base nitrogenada e desoxirribose;
(E) Desoxirribose, fosfato e base nitrogenada.
2. (Uerj) ―Testes genéticos: a ciência se antecipa
à doença. Com o avanço no mapeamento de 100
mil genes dos 23 pares de cromossomos do
núcleo da célula (Projeto Genoma, iniciado em
1990, nos EUA), já é possível detectar por meio
de exames de DNA (ácido desoxirribonucleico) a
probabilidade de uma pessoa desenvolver
doenças [...].‖
Sabe-se que o citado mapeamento é
feito a partir do conhecimento da sequência de
bases do DNA. O esquema abaixo que representa
o pareamento típico de bases encontradas na
molécula de DNA é:
Gabarito: 1.C 2.
BIOTECNOLOGIA
Biotecnologia é o conjunto de
conhecimentos que permite a utilização de
agentes biológicos (organismos, células,
organelas, moléculas) para obter bens ou
assegurar serviços.
PROJETO GENOMA HUMANO
Capas de revista sobre o Projeto Genoma
O Projeto Genoma Humano (PGH) teve
por objetivo o mapeamento do genoma humano,
e a identificação de todos os nucleotídeos que o
compõem. Consistiu num esforço mundial para
se decifrar o genoma.
O projeto foi fundado em 1990, com um
financiamento de 3 milhões de dólares do
Departamento de Energia dos Estados Unidos e
dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados
Unidos, e tinha um prazo previsto de 15 anos.
Primeiro esboço do genoma foi anunciado
em 26 de Junho de 2000, dois anos antes do
previsto.
Em 14 de Abril de 2003, um
comunicado de imprensa conjunto anunciou
que o projeto foi concluído com sucesso, com
o sequenciamento de 99% do genoma
humano, com uma precisão de 99,99%.
As pesquisas concluíram que o Genoma
Humano é formado por aproximadamente 3
bilhões de pares de nucleotídeos, que estão
distribuídos nos 24 cromossomos humanos.
Porém apenas 3% desses pares de bases são
capazes de transcrever para moléculas de RNA,
o que aproxima o ser humano de outros animais
quanto à quantidade de genes funcionais.
Também mostrou a semelhança de vários genes
humanos com outras espécies de seres vivos,
como bactérias, vírus, vermes, moscas e
camundongos
COM O CONHECIMENTO DO GENOMA
HUMANA VEIO OUTRAS TECNOLOGIAS
APLCADAS A BIOLOGIA QUE NÓS VAMOS
CONHECER AGORA.
.
Charge sobre Projeto Genoma
TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE
Permite transplantar genes de uma
espécie para outra e criar uma molécula de DNA
que não existe na natureza.
Utilizando enzimas de restrição Paul Berg
conseguiu ―cortar‘‘ o DNA de dois
microrganismos e ‗‘soldá-los‖.
Enzimas de restrição são como ‗‘tesouras
de biológicas‘‘
Esquematização do DNA Recombinante
Quando eu modifico o DNA de um
organismo ele passa esse DNA para seus filhos
por meio da divisão celular.
Técnica do DNA Recombinante
Essa tecnologia atualmente é empregada
para fabricação de medicamentos, vacinas,
combustíveis entre outros.
1. Um novo método para produzir insulina
artificial que utiliza tecnologia de DNA
recombinante foi desenvolvido por pesquisadores
do Departamento de Biologia Celular da
Universidade de Brasília (UnB) em parceria com
a iniciativa privada. Os pesquisadores
modificaram geneticamente a bactéria
Escherichia coli para torná-la capaz de sintetizar
o hormônio. O processo permitiu fabricar insulina
em maior quantidade e em apenas 30 dias, um
terço do tempo necessário para obtê-la pelo
método tradicional, que consiste na extração do
hormônio a partir do pâncreas de animais
abatidos.
Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível
em: http://cienciahoje.uol.com.br (adaptado).
A produção de insulina pela técnica do
DNA recombinante tem, como consequência:
(A) o aperfeiçoamento do processo de extração
de insulina a partir do pâncreas suíno.
(B) a seleção de microrganismos resistentes a
antibióticos.
(C) o progresso na técnica da síntese química de
hormônios.
(D) impacto favorável na saúde de indivíduos
diabéticos.
(E) a criação de animais transgênicos.
TRANSGÊNICOS
Símbolo dos transgênicos
Organismos geneticamente modificados
(OGM) são, segundo definição do Ministério da
Agricultura, todo e qualquer organismo que teve
seu material genético (DNA) modificado por meio
de técnicas aplicadas pela engenharia genética,
em laboratórios. Dentre os OGM, existe um
grupo chamado transgênico, que envolve
organismos que contêm um ou mais genes
transferidos artificialmente de outra espécie.
Prós e contras dos organismos transgênicos
Os defensores dos OGM, como a
empresa Monsanto, afirmam que a produção de
alimentos mais resistentes e nutritivos é um
diferencial para combater o problema da fome,
principalmente em um contexto de crescimento
populacional e, nesse caso, o Brasil torna-se
objeto de muita atenção, uma vez que é uma das
maiores fronteiras agrícolas do mundo.
Já os críticos dos transgênicos, como
o Greenpeace e o Instituto de Defesa do
Consumidor (IDEC), que promovem movimentos
contrários ao uso dos OGM, relatam que os
mesmos podem trazer consequências ainda
desconhecidas à saúde humana, tais como
possíveis alergias e resistência a antibióticos. No
caso do meio ambiente, as consequências
podem ser ainda mais sérias, gerando perda de
biodiversidade, empobrecimento dos solos e
estimulando o aparecimento de superpragas.
Alimentos que contém transgênicos
2. (ENEM 2012) O milho transgênico é
produzido a partir da manipulação do milho
original, com a transferência, para este, de um
gene de interesse retirado de outro organismo de
espécie diferente.
A característica de interesse será
manifestada em decorrência
(A) do incremento do DNA a partir da duplicação
do gene transferido.
(B) da transcrição do RNA transportador a partir
do gene transferido.
(C) da expressão de proteínas sintetizadas a
partir do DNA não hibridizado.
(D) da síntese de carboidratos a partir da
ativação do DNA do milho original.
(E) da tradução do RNA mensageiro sintetizado
a partir do DNA recombinante.
ANÁLISE DE DNA: TESTE DE PATERNIDADE
E RESOLUÇÃO DE CRIMES
Através do DNA é possível identificar
pessoas para esclarecer uma possível
participação em um crime e também na
realização de testes de paternidade. É
importante lembrar que, com exceção dos
gêmeos univitelinos, o DNA de cada pessoa é
único.
Quando amostras de DNA são obtidas
através de pelos, sangue, pedaços de pele,
esperma etc., é possível o isolamento
do DNA utilizando enzimas de restrição. Após o
uso das enzimas, o DNA fica fragmentado, ou
seja, separado em pequenos pedacinhos. Em
seguida, esses pequenos pedaços são
separados em um processo chamado
de eletroforese, que utiliza corrente
elétrica. Após o término da eletroforese, um
equipamento que utiliza luz ultravioleta e corante
específico traduz a imagem do DNA, que então
poderá ser estudada pelos pesquisadores.
As faixas observadas são únicas para
cada pessoa e por isso ela é chamada de
impressão digital de DNA ou impressão
digital genética.
Técnica da Eletroforese
Após a Eletroforese, com ajuda de um
corante e luz ultravioleta o legista irá visualizar o
DNA nessa forma.
Visualização por ultravioleta da Impressão
genética
Para fazer a análise, por exemplo, em um
teste de paternidade o legista vai fazer o
processo da eletroforese no material biológico da
criança, da mãe e do pai. Um indivíduo recebe
parte das informações do pai e outra parte da
mãe durante o processo de fecundação, a parti
disso ele vai fazer uma comparação com o
material dos 3.
Esquema da análise da Impressão Genética
De forma mais complexa fica assim:
Análise da Impressão genética
3. TESTE DE DNA CONFIRMA
PATERNIDADE DE BEBÊ PERDIDO NO
TSUNAMI
Um casal do Sri Lanka que alegava ser os
pais de um bebê encontrado após o tsunami que
atingiu a Ásia, em dezembro, obteve a
confirmação do fato através de um exame de
DNA. O menino, que ficou conhecido como "Bebê
81" por ser o 810
sobrevivente a dar entrada no
hospital de Kalmunai, era reivindicado por nove
casais diferentes.
"Folha online", 14/02/2005 (adaptado).
Algumas regiões do DNA são sequências
curtas de bases nitrogenadas que se repetem no
genoma, e o número de repetições dessas regiões
varia entre as pessoas. Existem procedimentos
que permitem visualizar essa variabilidade,
revelando padrões de fragmentos de DNA que
são "uma impressão digital molecular". Não
existem duas pessoas com o mesmo padrão de
fragmentos com exceção dos gêmeos
monozigóticos. Metade dos fragmentos de DNA
de uma pessoa é herdada de sua mãe e metade,
de seu pai.
Com base nos padrões de fragmentos de
DNA representados a seguir, qual dos casais
pode ser considerado como pais biológicos do
Bebê 81?
A resolução de crimes por DNA se dar
pela mesma premissa, o material biológico
encontrado na cena do crime é comparado com
o do suspeito, esse caso a impressão genética
será idêntica.
Impressão Genética na Criminologia
Células-tronco
São as células com capacidade de auto-
replicação, isto é, com capacidade de gerar
uma cópia idêntica a si mesma e com potencial
de diferenciar-se em vários tecidos.
Quanto a sua classificação, podem ser:
- Totipotentes, aquelas células que são
capazes de diferenciarem-se em todos os 216
tecidos que formam o corpo humano.
-Pluripotentes ou multipotentes, aquelas
células capazes de diferenciar-se em quase
todos os tecidos humanos, excluindo a
placenta e anexos embrionários, ou seja, a
partir de 32 - 64 células.
- Oligotentes, aquelas células que se
diferenciam em poucos tecidos.
-Unipotentes, aquelas células que se
diferenciam em um único tecido.
Quanto a sua natureza, podem ser:
-Adultas, extraídas dos diversos tecidos
humanos, tais como, medula óssea, sangue,
fígado, cordão umbilical, placenta etc.
-Embrionárias, só podem ser encontradas
nos embriões humanos e são classificadas
como totipotentes ou pluripotentes, dado seu
alto poder de diferenciação.
Podem ser obtidas:
- Por Clonagem Terapêutica é a técnica
de manipulação genética que fabrica embriões
a partir da transferência do núcleo da célula já
diferenciada, de um adulto ou de um embrião,
para um óvulo sem núcleo.
- Do Corpo Humano as células-tronco
adultas são fabricadas em alguns tecidos do
corpo, como a medula óssea, sistema nervoso
e epitélio, mas possuem limitação quanto a
diferenciação em tecidos do corpo humano.
- De Embriões Descartados (inviáveis
para implantação) e Congelados nas clínicas
de reprodução assistida.
Fontes de células-tronco
CLONAGEM
Clonagem Reprodutiva
A clonagem reprodutiva se refere à
produção se seres vivos geneticamente
idênticos, ou seja, produção cópias idênticas de
seres vivos, sejam eles animais, vegetais ou
humanos. O organismo formado é
geneticamente idêntico ao organismo doador da
célula somática. Assim que a ovelha Dolly foi
clonada. A célula somática utilizada é de
uma glândula mamária.
O objetivo desta técnica é
produzir células-tronco para o tratamento de
doenças e produção de órgãos para transplante.
O processo de produção de uma célula é muito
parecido com a clonagem reprodutiva, porem a
célula não é implantada no útero. As células-
tronco embrionárias podem se diferenciar em
todos os tipos de tecidos e são chamadas de
multifuncionais, já as adultas não possuem esta
capacidade, cada uma dá origem ao mesmo
órgão.
Gabarito: 1. D 2. E 3. C
EIXO III ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso pode ser comparado a
uma rede de comunicação em que as
mensagens são os pulsos elétricos que viajam
rapidamente por cabos transmissores, os nervos,
estabelecendo a comunicação entre as partes do
corpo e uma ―estação central‖ formada pelo
encéfalo e pela medula espinal.
Organização do Sistema Nervoso Humano
Divisão Partes Funções Gerais
Sistema
Nervoso
Central
(SNC)
Encéfalo
e medula
Processamento e
integração de
informações.
Sistema
Nervoso
Periférico
(SNP)
Nervos e
Gânglios
Condução de
informações entre os
órgãos receptores de
estímulos , o SNC e
órgãos efetuadores
(músculos).
Divisão do sistema nervoso
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
As principais partes do encéfalo humano
plenamente diferenciado são: cérebro,
mesencéfalo, cerebelo, ponte e bulbo.
Sistema nervoso central
Pode-se dividir o sistema nervoso em
sistema nervoso da vida de relação, ou somático
e sistema nervoso da vida vegetativa, ou
visceral. O sistema nervoso da vida de relação é
aquele que se relaciona com organismo com o
meio ambiente. Apresenta um componente
aferente e outro eferente.
O componente aferente conduz aos
centros nervosos impulsos originados em
receptores periféricos, informando-os sobre o
que passa no meio ambiente. O componente
eferente leva aos músculos estriados
esqueléticos o comando dos centros nervosos
resultando em movimentos voluntários.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
O sistema nervoso periférico é formado
por nervos que se originam no encéfalo e na
medula espinal. Sua função é conecta o sistema
nervoso central com o resto do corpo. Existem
dois tipos de nervos: os cranianos e raquidianos.
Nervos Cranianos: distribuem-se em 12
pares que saem do encéfalo, e sua função é
transmitir mensagens sensoriais e motoras para
cabeça e pescoço.
Nervos cranianos
Nervos Raquidianos: são 31 pares de
nervos que saem da medula espinal. São
formados por neurônios sensoriais que recebem
estímulos do ambiente, e neurônios motores que
levam impulsos do SNC para músculos e
glândulas.
Nervos raquidianos
O SNP se divide em sistema nervoso
somático e sistema nervoso autônomo.
Sistema Nervoso Somático: regula as
ações voluntárias, ou seja, que estão sob
controle da nossa vontade como os músculos
esqueléticos.
Sistema Nervoso Autônomo: atua de
modo integrado com o sistema nervoso central e
apresenta duas divisões: sistema nervoso
simpático que estimula o funcionamento dos
órgãos e o sistema nervoso parassimpático que
inibe seu funcionamento,.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
O coração e os vasos sanguíneos e o
sangue formam o sistema cardiovascular ou
circulatório. A circulação do sangue permite o
transporte e a distribuição de nutrientes, gás
oxigênio e hormônios para as células de vários
órgãos. O sangue também transporta resíduos
do metabolismo para que possam ser eliminados
do corpo.
O CORAÇÃO
O coração de uma pessoa tem o tamanho
aproximado de sua mão fechada, e bombeia o
sangue para todo o corpo, sem parar; localiza-se
no interior da cavidade torácica, entre os dois
pulmões. O ápice (ponta do coração) está
voltado para baixo, para a esquerda e para
frente. O peso médio do coração é de
aproximadamente 300 gramas, variando com o
tamanho e o sexo da pessoa.
Observe o esquema do coração humano,
existem quatro cavidades:
Átrio direito e átrio esquerdo, em sua
parte superior;
Ventrículo direito e ventrículo
esquerdo, em sua parte inferior.
O sangue que entra no átrio direito passa
para o ventrículo direito e o sangue que entra no
átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo.
Um átrio não se comunica com o outro átrio,
assim como um ventrículo não se comunica com
o outro ventrículo. O sangue passa do átrio
direito para o ventrículo direito através da valva
atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo
para o ventrículo esquerdo através da valva
atrioventricular esquerda.
Coração
Existem três tipos básicos de vasos
sanguíneos em nosso corpo: artérias, veias e
capilares.
VASOS SANGUÍNEOS
Artérias
As artérias são vasos de paredes
relativamente espessa e muscular, que
transporta sangue do coração para os diversos
tecidos do corpo. A maioria das artérias
transporta sangue oxigenado (rico em gás
oxigênio), mas as artérias pulmonares
transportam sangue não oxigenado (pobre em
gás oxigênio) do coração até os pulmões. A
aorta é a artéria mais calibrosa (de maior
diâmetro) do corpo humano.
Veias
As veias são vasos de paredes
relativamente fina, que transportam sangue dos
diversos tecidos do corpo para o coração. A
maioria das veias transporta sangue não
oxigenado, mas as veias pulmonares
transportam sangue oxigenado dos pulmões
para o coração. As veias cavas superior e
inferior são as mais calibrosas do corpo humano.
Os vasos capilares – muito finos (são
microscópicos) e permeáveis – estão presentes
nos tecidos do corpo humano, cedendo
nutrientes, gás oxigênio e hormônios às células.
Além disso, recolhem gás carbônico e resíduos
do metabolismo celular.
Pequena circulação- Também chamada
circulação pulmonar, compreende o trajeto do
sangue desde o ventrículo direito até o átrio
esquerdo. Nessa circulação, o sangue passa
pelos pulmões, onde é oxigenado.
Grande circulação- Também chamada
de circulação sistêmica, compreende o trajeto do
sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio
direito; nessa circulação, o sangue oxigenado
fornece gás oxigênio os diversos tecidos do
corpo, além de trazer ao coração o sangue não
oxigenado dos tecidos.
SANGUE
Você já sabe que o sangue transporta
nutrientes, gases respiratórios, hormônios e
resíduos do metabolismo. Embora o sangue
pareça um líquido vermelho completamente
homogêneo, ao microscópio óptico podemos
observar que ele é constituído basicamente de:
plasma, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e
plaquetas.
Componentes sanguíneos
Glóbulos vermelhos
Os glóbulos vermelhos são também
denominados eritrócitos ou hemácias.
Hemácias
As hemácias são as mais numerosas
células sanguíneas. No ser humano, existem
cerca de 5 milhões delas por milímetro cúbito de
sangue. Elas são produzidas na medula óssea
vermelha dos ossos. Não possuem núcleo e
apresentam a forma de disco côncavo em ambos
os lados. A forma discóide e a concavidade em
ambos os lados garantem uma superfície
relativamente grande para a captação e a
distribuição de gás oxigênio.
A cor vermelha das hemácias se deve à
presença do pigmento hemoglobina. O gás
oxigênio se combina com a hemoglobina,
formando a oxiemoglobina. Nos tecidos, essa
combinação é desfeita e o gás oxigênio passa
para o interior das células. Assim, as hemácias
promovem o transporte e a distribuição de gás
oxigênio para todas as partes do corpo.
Glóbulos brancos
Os glóbulos brancos ou leucócitos são as
células de defesa do organismo que destroem os
agentes estranhos, por exemplo, as bactérias, os
vírus e as substâncias tóxicas que atacam o
nosso organismo e causam infecções ou outras
doenças. Leucócito é uma palavra composta, de
origem grega, que significa ―célula branca‖: leuco
significa ―branco‖ e cito, ―célula‖.
Tipos de glóbulos brancos
Plaquetas
As plaquetas são fragmentos celulares
bem menores que as células sanguíneas, ou
seja, menores que as hemácias e os leucócitos.
As plaquetas atuam na coagulação do sangue.
Quando há um ferimento com rompimento do
vaso sanguíneo, ocorre uma série de eventos
que impedem a perda de sangue.
A coagulação ou formação de coágulo,
que faz parte desse processo, se dá quando
filamentos de uma proteína do plasma
transformada, formam uma espécie de rede e
impedem a passagem do sangue. O coágulo
evita hemorragia, isto é, a perda de sangue que
pode ocorrer na superfície do corpo – por
exemplo, na pele do braço ou da mão – ou nos
órgãos internos, como estômago e intestino. À
medida que o vaso sanguíneo vai se
cicatrizando, o coágulo seca e é reabsorvido
pelo organismo.
Processo de coagulação
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório humano é formado
pelos seguintes órgãos, em sequência: nariz,
faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões.
Anatomia sistema respiratório
Na respiração ocorrem dois tipos de
movimento: a inspiração e a expiração de ar. Na
inspiração, o ar atmosférico penetra pelo nariz e
chega aos pulmões; na expiração, o ar presente
nos pulmões é eliminado para o ambiente
externo.
Movimentos respiratórios
O ar entra em nosso corpo por duas
cavidades existentes no nariz: as cavidades
nasais direita e esquerda. Elas são separadas
completamente por uma estrutura chamada
septo nasal; comunicam-se com o exterior pelas
aberturas denominadas narinas e com a faringe
pelos cóanos. As cavidades nasais são
revestidas internamente pela mucosa nasal.
Essa mucosa contém um conjunto de pêlos junto
as narinas e fabrica uma secreção viscosa
chamada muco.
Faringe: é um canal comum aos
sistemas digestório e respiratório e comunica-se
com a boca e com as fossas nasais. O ar
inspirado pelas narinas ou pela boca passa
necessariamente pela faringe, antes de atingir a
laringe.
Laringe: é um tubo sustentado por peças
de cartilagem articuladas, situado na parte
superior do pescoço, em continuação à faringe.
O pomo-de-adão, saliência que aparece no
pescoço, faz parte de uma das peças
cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe
chama-se glote. Acima dela existe uma espécie
de cartilagem denominada epiglote, que funciona
como válvula. Quando nos alimentamos, a
laringe sobe e sua entrada é fechada pela
epiglote. Isso impede que o alimento ingerido
penetre nas vias respiratórias.
O epitélio que reveste a laringe apresenta
pregas, as cordas vocais, capazes de produzir
sons durante a passagem de ar.
Traqueia: é um tubo de
aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10- 12
centímetros de comprimento, cujas paredes são
reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se
na sua região inferior, originando os brônquios,
que penetram nos pulmões. Seu epitélio de
revestimento muco-ciliar adere partículas de
poeira e bactérias presentes em suspensão no
ar inalado, que são posteriormente varridas para
fora (graças ao movimento dos cílios) e
engolidas ou expelidas.
Pulmões: Os pulmões humanos são
órgãos esponjosos, com aproximadamente 25
cm de comprimento, sendo envolvidos por uma
membrana serosa denominada pleura. Nos
pulmões os brônquios ramificam-se
profusamente, dando origem a tubos cada vez
mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente
ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica
ou árvore respiratória.
Cada bronquíolo termina em pequenas
bolsas formadas por células epiteliais achatadas
(tecido epitelial pavimentoso) recobertas por
capilares sanguíneos, denominadas alvéolos
pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão
apoia-se no diafragma, órgão músculo-
membranoso que separa o tórax do abdômen,
presente apenas em mamíferos, promovendo,
juntamente com os músculos intercostais, os
movimentos respiratórios. Localizado logo acima
do estômago, o nervo frênico controla os
movimentos do diafragma.
Os alvéolos são estruturas elásticas,
formadas por uma membrana bem fina e
envolvida por uma rede de vasos capilares
sanguíneos.
Existem milhões de alvéolos em cada
pulmão. É em cada um deles que ocorrem as
trocas gasosas entre o pulmão e o sangue. Nos
alvéolos ocorre uma difusão dos gases por
diferença de concentração e,
consequentemente, da pressão dos gases. O
sangue que chega aos alvéolos absorve o gás
oxigênio inspirado da atmosfera. Ao mesmo
tempo, o sangue elimina gás carbônico no
interior dos alvéolos; esse gás é então expelido
do corpo por meio da expiração.
Troca gasosa (hematose)
Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio,
presente no ar inspirado, passa para o sangue
que é então distribuído pelas hemácias a todas
as células vivas do organismo. Ao mesmo
tempo, as células vivas liberam gás carbônico no
sangue. Nos pulmões, o gás carbônico passa do
sangue para o interior dos alvéolos e é eliminado
para o ambiente externo por meio da expiração.
EIXO IV DOENÇAS INFECIOSAS
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
INFLUENZA H1N1
Vírus da influenza
Vírus da Influenza pertence à família
Ortomixiviridae. São vírus RNA de hélice única,
que se subdividem em três tipos
antigenicamente distintos: A, B e C. Os tipos A,
responsáveis pela ocorrência da maioria das
epidemias de gripe, são mais suscetíveis a
variações antigênicas, razão pela qual,
periodicamente, suas variantes sofrem
alterações na estrutura genômica, contribuindo
para a existência de diversos subtipos.
Reservatório - Os reservatórios
conhecidos na natureza para o vírus da influenza
são os seres humanos, os suínos, os equinos, as
focas e as aves.
Modo de transmissão - O modo mais
comum é a transmissão direta (pessoa a
pessoa), por meio de pequenas gotículas de
aerossol expelidas pelo indivíduo infectado com
o vírus (ao falar, tossir e espirrar) às pessoas
suscetíveis. Também há evidências de
transmissão pelo modo indireto, por meio do
contato com as secreções do doente.
Período de incubação - Varia de 1 a 7
dias, sendo mais comum entre 1 a 4 dias.
Manifestações clínicas - Clinicamente, a
doença inicia-se com a instalação abrupta de
febre alta, em geral acima de 38°C, seguida de
mialgia, dor de garganta, prostração, cefaleia e
tosse seca.
Diagnóstico: é a secreção da
nasofaringe (SNF), colhido de preferência nos
primeiros três dias de aparecimento dos sinais e
sintomas até no máximo o 7° dia. (mas,
preferencialmente, até o 3° dia).
Tratamento: antivirais,
AIDS
Anatomia do vírus da AIDS
Os infectados pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV) evoluem para
uma grave disfunção do sistema imunológico, à
medida que vão sendo destruídos os linfócitos T
CD4+, uma das principais células-alvo do vírus.
A contagem de linfócitos T CD4+ é um
importante marcador dessa imunodeficiência,
sendo utilizada tanto para estimar o prognóstico
e avaliar a indicação de início de terapia
antirretroviral.
Agente etiológico - HIV-1 e HIV-2,
retrovírus da família Lentiviridae.
Reservatório - O homem.
Modo de transmissão - O HIV pode ser
transmitido por via sexual (esperma e secreção
vaginal); pelo sangue (via parenteral e vertical); e
pelo leite materno.
Período de incubação - Compreendido
entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de
sinais e sintomas da fase aguda, podendo variar
de 5 a 30 dias.
Período de latência - E o período após a
fase de infecção aguda, (até o desenvolvimento
da imunodeficiência). Esse período varia entre 5
e 10 anos, média de seis anos.
Diagnóstico: teste rápido e laboratorial
(ELISA).
Tratamento: coquetel antirretroviral.
1. (Enem 2ª aplicação 2010) A Síndrome da
Imunociência Adquirida (AIDS) é a manifestação
clínica da infecção pelo vírus HIV, que leva, em
média, oito anos para se manifestar. No Brasil,
desde a identificação do primeiro caso de AIDS
em 1980 até junho de 2007, já foram
identificados cerca de 174 mil casos da doença.
O país acumulou, aproximadamente, 192 mil
óbitos devido à AIDS até junho de 2006, sendo
as taxas de mortalidade crescentes até meados
da década de 1990 e estabilizando-se em cerca
de 11 mil óbitos anuais desde 1998. [...] A partir
do ano 2000, essa taxa se estabilizou em cerca
de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes, sendo esta
estabilização mais evidente em São Paulo e no
Distrito Federal.
Disponível em: http://www.aids.gov.br.
Acesso em: 01 maio 2009 (adaptado).
A redução nas taxas de mortalidade
devido à AIDS a partir da década de 1990 é
decorrente
(A) do aumento do uso de preservativos nas
relações sexuais, que torna o vírus HIV menos
letal.
(B) da melhoria das condições alimentares dos
soropositivos, a qual fortalece o sistema
imunológico deles.
(C) do desenvolvimento de drogas que permitem
diferentes formas de ação contra o vírus HIV.
(D) das melhorias sanitárias implementadas nos
últimos 30 anos, principalmente nas grandes
capitais.
(E) das campanhas que estimulam a vacinação
contra o vírus e a busca pelos serviços de
saúde.
DENGUE
Agente etiológico - O vírus da Dengue
(RNA). Arbovírus do gênero Flavivirus,
pertencente à família Flaviviridae, com quatro
sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e
DENV4.
Vetores hospedeiros - Os vetores são
mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o
vírus da Dengue persiste na natureza, mediante
o ciclo de transmissão homem → Aedes aegypti
→ homem.
Modo de transmissão - A transmissão
se faz pela picada da fêmea do mosquito Ae.
aegypti, no ciclo homem → Ae. aegypti →
homem. Após um repasto de sangue infectado, o
mosquito está apto a transmitir o vírus.
Período de incubação - De 3 a 15 dias;
em média, de 5 a 6 dias.
Diagnóstico - É necessária uma boa
anamnese, com realização da prova do laço,
exame clínico e confirmação laboratorial
específica.
Tratamento: é sintomático (com
analgésicos e antipiréticos), sendo indicada
hidratação oral ou parenteral, dependendo da
caracterização do paciente.
ZIKA
Descrição: É uma doença viral aguda,
transmitida principalmente por mosquitos, tais
como Aedes aegypti, caracterizada por
exantema maculopapular pruriginoso, febre
intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta
e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça.
Apresenta evolução benigna e os sintomas
geralmente desaparecem espontaneamente
após 3-7 dias.
Distribuição - O vírus Zika foi isolado
pela primeira vez em primatas não humanos em
Uganda, na floresta Zika em 1947, por esse
motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013,
evidências sorológicas em humanos foram
notificadas em países da África (Uganda,
Tanzânia, Egito, República da África Central,
Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia,
Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e
Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa).
Nas Américas, o Zika Vírus somente foi
identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile
no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no
início de 2014.
O Zika Vírus é considerado endêmico no
Leste e Oeste do continente Africano. Evidências
sorológicas em humanos sugerem que a partir
do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado
para o continente asiático.
Modo de transmissão - O principal
modo de transmissão descrito do vírus é por
vetores. No entanto, está descrito na literatura
científica, a ocorrência de transmissão
ocupacional em laboratório de pesquisa,
perinatal e sexual, além da possibilidade de
transmissão transfusional.
Tratamento - Não existe o tratamento
específico. O tratamento dos casos sintomáticos
recomendado é baseado no uso de
acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o
controle da febre e manejo da dor. No caso de
erupções pruriginosas, os anti-histamínicos
podem ser considerados. No entanto, é
desaconselhável o uso ou indicação de ácido
acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias
em função do devido ao risco aumentado de
complicações hemorrágicas descritas nas
infecções por síndrome hemorrágica como
ocorre com outros flavivírus.
Não há vacina contra o Zika vírus.
Prevenção - As medidas de prevenção e
controle são semelhantes às da dengue e
chikungunya. Não existem medidas de controle
específicas direcionadas ao homem, uma vez
que não se dispõe de nenhuma vacina ou
drogas antivirais.
Prevenção domiciliar
Deve-se reduzir a densidade vetorial, por
meio da eliminação da possibilidade de contato
entre mosquitos e água armazenada em
qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso
das fêmeas grávidas por intermédio do uso de
telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou
qualquer local que possa acumular água,
totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de
elevado risco de transmissão, a proteção
individual por meio do uso de repelentes deve
ser implementada pelos habitantes.
Individualmente, pode-se utilizar roupas
que minimizem a exposição da pele durante o
dia quando os mosquitos são mais ativos podem
proporcionar alguma proteção contra as picadas
dos mosquitos e podem ser adotadas
principalmente durante surtos, além do uso
repelentes na pele exposta ou nas roupas.
Prevenção na comunidade
Na comunidade deve-se basear nos
métodos realizados para o controle da dengue,
utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a
densidade de mosquitos vetores. Um programa
de controle da dengue em pleno funcionamento
irá reduzir a probabilidade de um ser humano
virêmico servir como fonte de alimentação
sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae.
albopictus, levando à transmissão secundária e a
um possível estabelecimento do vírus nas
Américas.
Os programas de controle da dengue
para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido
voltados para o controle de mosquitos imaturos,
muitas vezes por meio de participação da
comunidade em manejo ambiental e redução de
criadouros.
Procedimentos de controle de vetores
As orientações da OMS e do Ministério
da Saúde do Brasil para a dengue fornecem
informações sobre os principais métodos de
controle de vetores e devem ser consultadas
para estabelecer ou melhorar programas
existentes. O programa deve ser gerenciado por
profissionais experientes, como biólogos com
conhecimento em controle vetorial, para garantir
que ele use recomendações de pesticidas atuais
e eficazes, incorpore novos e adequados
métodos de controle de vetores segundo a
situação epidemiológica e inclua testes de
resistência dos mosquitos aos inseticidas.
CHIKUNGUNYA
Descrição - Febre acima de 39 graus, de
início repentino, e dores intensas nas
articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos
e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça,
dores nos músculos e manchas vermelhas na
pele.
Diagnóstico O vírus só pode ser
detectado em exames de laboratório. São três os
tipos de testes capazes de detectar o
Chikungunya: sorologia, PCR em tempo real
(RT‐PCR) e isolamento viral. Todas essas
técnicas já são utilizadas no Brasil para o
diagnóstico de outras doenças e estão
disponíveis nos laboratórios de referência da
rede pública.
Modo de transmissão - O vírus é
transmitido pela picada da fêmea de mosquitos
infectados. São eles o Aedes aegypti, de
presença essencialmente urbana, em áreas
tropicais e, no Brasil, associado à transmissão
da dengue; e o Aedes albopictus, presente
majoritariamente em áreas rurais, também
existente no Brasil e que pode ser encontrado
em áreas urbanas e peri-urbanas em menor
densidade. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao
picar uma pessoa infectada, durante o período
de viremia.
Tratamento - Até o momento não existe
um tratamento específico para Chikungunya,
como no caso da dengue. Os sintomas são
tratados com medicação para a febre
(paracetamol) e as dores articulares
(antiinflamatórios). Não é recomendado usar o
ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de
hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao
paciente, que deve beber líquidos em
abundância.
Mosquito A. aegypti
2. (Enem 2010) Investigadores das
Universidades de Oxford e da Califórnia
desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti
geneticamente modificada que é candidata para
uso na busca de redução na transmissão do
vírus da dengue. Nessa nova variedade de
mosquito, as fêmeas não conseguem voar
devido à interrupção do desenvolvimento do
músculo das asas. A modificação genética
introduzida é um gene dominante condicional,
isso é, o gene tem expressão dominante (basta
apenas uma cópia do alelo) e este só atua nas
fêmeas.
FU, G. et al. Female-specific hightiess
phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10):
4550-4554, 2010.
Prevê-se, porém, que a utilização dessa
variedade de Aedes aegypti demore ainda anos
para ser implementada, pois há demanda de
muitos estudos com relação ao impacto
ambiental. A liberação de machos de Aedes
aegypti dessa variedade geneticamente
modificada reduziria o número de casos de
dengue em uma determinada região porque
(A) diminuiria o sucesso reprodutivo desses
machos transgênicos.
(B) restringiria a área geográfica de voo dessa
espécie de mosquito.
(C) dificultaria a contaminação e reprodução do
vetor natural da doença.
(D) tomaria o mosquito menos resistente ao
agente etiológico da doença.
(E) dificultaria a obtenção de alimentos pelos
machos geneticamente modificados
FEBRE AMARELA
Agente etiológico - Vírus amarílico,
arbovírus do gênero Flavivírus e família
Flaviviridae. É um RNA vírus.
Vetores/reservatórios e hospedeiros -
O principal vetor e reservatório da FAS no Brasil
é o mosquito do gênero Haemagogus
janthinomys; os hospedeiros naturais são os
primatas não humanos (macacos). O homem
não imunizado entra nesse ciclo acidentalmente.
Período de incubação - Varia de 3 a 6
dias, após a picada do mosquito fêmea
infectado.
Diagnóstico - É clínico, epidemiológico e
laboratorial.
Tratamento - Não existe tratamento
antiviral específico. É apenas sintomático, com
cuidadosa assistência ao paciente que, sob
hospitalização, deve permanecer em repouso,
com reposição de líquidos e das perdas
sanguíneas, quando indicada.
Vírus da Febre amarela
3.(Enem 2001) A partir do primeiro semestre de
2000, a ocorrência de casos humanos de febre
amarela silvestre extrapolou as áreas
endêmicas, com registro de casos em São Paulo
e na Bahia, onde os últimos casos tinham
ocorrido em 1953 e 1948. Para controlar a febre
amarela silvestre e prevenir o risco de uma
reurbanização da doença, foram propostas as
seguintes ações:
I. Exterminar os animais que servem de
reservatório do vírus causador da doença.
II. Combater a proliferação do mosquito
transmissor.
III. Intensificar a vacinação nas áreas onde a
febre amarela é endêmica e em suas regiões
limítrofes.
É efetiva e possível de ser implementada
uma estratégia envolvendo
(A) a ação II, apenas.
(B) as ações I e II, apenas.
(C) as ações I e III, apenas.
(D) as ações II e III, apenas.
(E) as ações I, II e III.
DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
CÓLERA
Descrição - Infecção intestinal aguda,
causada pela enterotoxina do bacilo da Cólera
Vibrio cholerae. Com diarreia leve. Pode se
apresentar de forma grave, com diarreia aquosa
e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e
câimbras.
Agente etiológico - Vibrio cholerae
Reservatório - O principal é o homem.
Estudos recentes sugerem a existência de
reservatórios ambientais como plantas aquáticas
e frutos do mar.
Modo de transmissão - Ingestão de
água ou alimentos contaminados por fezes ou
vômitos de doente ou portador.
Diagnóstico: O V. cholerae pode ser
isolado a partir da cultura de amostras de fezes
de doentes ou portadores assintomáticos. Casos
de diarreia nos quais são relacionadas variáveis
com manifestações clínicas e epidemiológicas
capazes de definir o diagnóstico, sem
investigação laboratorial.
Tratamento - Formas leves e
moderadas, com soro de reidratação oral (SRO).
Formas graves, com hidratação venosa e
antibiótico.
Vibrio Cholerae
COQUELUCHE
Descrição - Doença infecciosa aguda,
transmissível, de distribuição universal, que
compromete especificamente o aparelho
respiratório (traqueia e brônquios) e se
caracteriza por paroxismos de tosse seca.
Agente etiológico - Bordetella pertussis.
Reservatório - O homem é o único
reservatório natural.
Modo de transmissão - Contato direto
da pessoa doente com pessoa suscetível
(gotículas de secreção eliminadas por tosse,
espirro ou ao falar).
Diagnóstico - O diagnóstico específico é
realizado mediante o isolamento da B. pertussis
por meio de cultura de material colhido de
nasorofaringe,
Tratamento: Antibióticos
Bordetella pertussis.
HANSENÍASE
Descrição - Doença crônica
granulomatosa, proveniente de infecção causada
pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a
capacidade de infectar grande número de
indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos
adoecem (baixa patogenicidade); essas
propriedades dependem de, além das
características intrínsecas do bacilo, de sua
relação com o hospedeiro e o grau de
endemicidade do meio.
Mycobacterium leprae
Reservatório - O homem, reconhecido
como única fonte de infecção, embora tenham
sido identificados animais naturalmente
infectados.
Modo de transmissão - A principal via
de eliminação dos bacilos dos pacientes
multibacilares (virchowianos e dimorfos) é a
aérea superior, sendo, também, o trato
respiratório a mais provável via de entrada do M.
leprae no corpo.
Período de incubação - Em média, 2 a 7
anos. Há referências a períodos mais curtos, de
7 meses, como também mais longos, de 10 ano.
Placas eritematosas
Diagnóstico - O diagnóstico é clínico e
epidemiológico, realizado por meio da análise da
história e condições de vida do paciente, do
exame dermatoneurológico, para identificar
lesões ou áreas de pele com alteração de
sensibilidade e/ou comprometimento de nervos
periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico)
A classificação operacional do caso de
Hanseníase, visando o tratamento com
poliquimioterapia é baseada no número de
lesões cutâneas de acordo com os seguintes
critérios:
Paucibacilar (PB) - Casos com até 5
lesões de pele;
Multibacilar (MB) - Casos com mais de 5
lesões de pele.
Tratamento - Os pacientes devem ser
tratados em regime ambulatorial.
Nos serviços básicos de saúde,
administra-se uma associação de
medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS).
A PQT/OMS mata o bacilo e evita a evolução da
doença, prevenindo as incapacidades e
deformidades por ela causadas, levando à cura.
É administrada através de esquema padrão, de
acordo com a classificação operacional do
doente em paucibacilar e multibacilar.
LEPTOSPIROSE
Descrição - Doença infecciosa febril de
início abrupto, que pode variar desde formas
assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos
graves associados a manifestações fulminantes.
Didaticamente, as apresentações clínicas da
Leptospirose foram divididas considerando as
fases evolutivas da doença: fase precoce (fase
leptospirêmica) e fase tardia (fase imune).
Agente etiológico - Bactéria helicoidal
(espiroqueta) aeróbica obrigatória
do gênero Leptospira,
Leptospira
Reservatório - Os seres humanos são
apenas hospedeiros acidentais e terminais
dentro da cadeia de transmissão. O principal
reservatório é constituído pelos roedores
sinantrópicos das espécies Rattus norvegicus
(ratazana ou rato-de-esgoto), Rattus rattus (rato
de telhado ou rato preto) e Mus musculus
(camundongo ou catita). O R. norvegicus é o
principal portador do sorovar
Icterohaemorraghiae, um dos mais patogênicos
para o homem. Outros reservatórios de
importância são: caninos, suínos, bovinos,
equinos, ovinos e caprinos.
Modo de transmissão - A infecção
humana resulta da exposição direta ou indireta à
urina de animais infectados. A penetração do
microrganismo ocorre através da pele com
presença de lesões, da pele íntegra imersa por
longos períodos em água contaminada ou
através de mucosas. O elo hídrico é importante
na transmissão da doença ao homem.
Raramente a transmissão ocorre pelo contato
direto com sangue, tecidos e órgãos de animais
infectados, transmissão acidental em
laboratórios e ingestão de água ou alimentos
contaminados. A transmissão entre humanos é
muito rara e de pouca relevância epidemiológica,
podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue,
secreções e tecidos de pessoas infectadas.
Período de incubação - De 1 a 30 dias
(em média, de 5 e 14 dias).
Diagnóstico - A suspeita clínica deve ser
confirmada por métodos laboratoriais
específicos. Na fase precoce, as leptospiras
podem ser visualizadas no sangue por meio de
exame direto, de cultura em meios apropriados,
inoculação em animais de laboratório ou
detecção do DNA do microrganismo, pela
técnica da reação em cadeia da polimerase
(PCR).
Tratamento – antibióticos.
Modo de transmissão da leptospirose
1. (ENEM 2012) Medidas de saneamento
básico são fundamentais no processo de
promoção de saúde e qualidade de vida da
população. Muitas vezes, a falta de saneamento
está relacionada com o aparecimento de várias
doenças. Nesse contexto, um paciente dá
entrada em um pronto atendimento relatando
que há 30 dias teve contato com águas de
enchente. Ainda informa que nesta localidade
não há rede de esgoto e drenagem de águas
pluviais e que a coleta de lixo é inadequada. Ele
apresenta os seguintes sintomas: febre, dor de
cabeça e dores musculares.
Disponível em: http://portal.saude.gov.br.
Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).
Relacionando os sintomas apresentados
com as condições sanitárias da localidade, há
indicações de que o paciente apresenta um caso
de
(A) difteria.
(B) botulismo.
(C) tuberculose.
(D) leptospirose.
(E)meningite meningocócica.
TUBERCULOSE
Descrição - A Tuberculose é um
problema de saúde prioritário no Brasil. O agravo
atinge a todos os grupos etários, com maior
predomínio nos indivíduos economicamente
ativos (15 - 54 anos) e do sexo masculino.
Doença infecciosa, atinge, principalmente, o
pulmão. A Tuberculose primária ocorre durante
uma primo-infecção, e pode evoluir tanto a partir
do foco pulmonar, quanto do foco ganglionar ou,
então, em consequência da disseminação
hematogênica, o que acontece em 5% dos
primo-infectados, em geral nos primeiros dois
anos após a infecção.
Agente etiológico - M. tuberculosis,
também conhecido como bacilo de Koch (BK). O
complexo M. tuberculosis é constituído de várias
espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum
e M. microti. Mycobacterium tuberculosis.
Reservatório - O reservatório principal é
o homem. Em algumas regiões, o gado bovino
doente.
Modo de transmissão - A Tuberculose é
transmitida de pessoa a pessoa, principalmente,
através do ar. A fala, o espirro e, principalmente,
a tosse de um doente de Tuberculose pulmonar
bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos
variados, contendo no seu interior o bacilo.
Tratamento - O tratamento da
Tuberculose deve ser feito em regime
ambulatorial, supervisionado, no serviço de
saúde mais próximo à residência do doente.
Antes de iniciar a quimioterapia, é necessário
orientar o paciente quanto ao tratamento.
Rx de paciente com Tuberculose
DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
E PARASITAS
DOENÇA DE CHAGAS
Descrição - Doença parasitária com curso
clínico bifásico (fases aguda e crônica), podendo
se manifestar sob várias formas.
Agente etiológico - Trypanosoma cruzi,
protozoário flagelado da família
Trypanosomatidae, caracterizado pela presença
de um flagelo.
Vetores - Triatomíneos hematófagos que,
dependendo da espécie, podem viver em meio
silvestre, no peridomicílio ou no intradomicílio.
São também conhecidos como
―barbeiros‖ ou ―chupões‖.
Barbeiro
Modo de transmissão - A forma vetorial
ocorre pela passagem do protozoário das
excretas dos triatomíneos através da pele lesada
ou de mucosas do ser humano, durante ou logo
após o repasto sanguíneo.
A transmissão oral ocorre a partir da
ingestão de alimentos contaminados com T.
cruzi. Esta forma, frequente na região
Amazônica, tem sido implicada em surtos
intrafamiliares em diversos estados brasileiros e
tem apresentado letalidade elevada.
A transmissão vertical ocorre em função
da passagem do T. cruzi de mulheres infectadas
para seus bebês, durante a gestação ou o parto.
A transmissão acidental ocorre a partir do
contato de material contaminado (sangue de
doentes, excretas de triatomíneos) com a pele
lesada ou com mucosas, geralmente durante
manipulação em laboratório sem equipamento
de biossegurança.
Diagnóstico - Determinado pela
presença de parasitos circulantes em exames
parasitológicos diretos de sangue periférico
(exame a fresco, esfregaço, gota espessa).
Tratamento – medicação antiparasitária.
T. Cruzy
2. (ENEM 2012) A doença de Chagas afeta
mais de oito milhões de brasileiros, sendo
comum em áreas rurais. É uma doença causada
pelo protozoário Trypanosoma cruzi e
transmitida por insetos conhecidos como
barbeiros ou chupanças.
Uma ação do homem sobre o meio
ambiente que tem contribuído para o aumento
dessa doença é
(A) o consumo de carnes de animais silvestres
que são hospedeiros do vetor da doença.
(B) a utilização de adubos químicos na
agricultura que aceleram o ciclo reprodutivo do
barbeiro.
(C) a ausência de saneamento básico que
favorece a proliferação do protozoário em
regiões habitadas por humanos.
(D) a poluição dos rios e lagos com pesticidas
que exterminam o predador das larvas do inseto
transmissor da doença.
(E) o desmatamento que provoca a migração ou
o desaparecimento dos animais silvestres dos
quais o barbeiro se alimenta.
ESQUITOSSOMOSE MANSÔNICA
Descrição - A Esquistossomose
Mansônica é uma doença parasitária, causada
pelo trematódeo Schistosoma mansoni, cuja
sintomatologia clínica depende de seu estágio de
evolução no homem. A fase aguda pode ser
assintomática ou apresentar-se como dermatite
cercariana, caracterizada por micropápulas
eritematosas e pruriginosas, até cinco dias após
a infecção. Com cerca de 3 a 7 semanas após a
exposição, pode ocorrer a febre de Katayama,
caracterizada por linfodenopatia, febre, anorexia,
dor abdominal e cefaleia. Esses sintomas podem
ser acompanhados de diarreia, náuseas, vômitos
ou tosse seca, ocorrendo hepatomegalia. Após
seis meses de infecção, há risco do quadro
clínico evoluir para a fase crônica.
Agente etiológico - Schistosoma
mansoni, um helminto pertencente à classe dos
Trematoda, família Schistosomatidae e gênero
Schistosoma.
Reservatório - No ciclo da doença, estão
envolvidos dois hospedeiros, um definitivo e o
intermediário.
Hospedeiro definitivo - O homem é o
principal hospedeiro definitivo e nele o parasita
apresenta a forma adulta, reproduzindo-se
sexuadamente, possibilitando a eliminação dos
ovos do S. mansoni, no ambiente, pelas fezes,
ocasionando a contaminação das coleções
hídricas.
Os primatas, marsupiais (gambá),
ruminantes, roedores e lagomorfos (lebres e
coelhos), são considerados hospedeiros
permissivos ou reservatórios, porém, não está
clara a participação desses animais na
transmissão.
Hospedeiro Intermediário - No Brasil,
são os caramujos do gênero Biomphalaria: B.
glabrata, B. tenagophila, B. straminea.
Modo de transmissão - Os ovos do S.
mansoni são eliminados pelas fezes do
hospedeiro infectado (homem). Na água,
eclodem, liberando uma larva ciliada
denominada miracídio, que infecta o caramujo.
Após 4 a 6 semanas, a larva abandona o
caramujo, na forma de cercária, ficando livre nas
águas naturais. O contato humano com águas
infectadas pelas cercárias é a maneira pela qual
o indivíduo adquire a Esquistossomose.
Diagnóstico - Além do quadro clínico-
epidemiológico, deve ser realizado exame
coprológico.
Tratamento – medicação antiparasitária.
3. (ENEM-2015) Euphorbia mili é uma
planta ornamental amplamente disseminada no
Brasil e conhecida como coroa-de-cristo.
O estudo químico do látex dessa espécie
forneceu o mais potente produto natural
moluscicida, a miliamina A. Atividade
moluscicida do látex de Synadenium carinatum
boiss. (Euphorbiaceae) sobre Biomphalaria
glabrata e isolamento do constituinte majoritário.
Revista Eletrônica de Farmácia. n. 3. 2010
(adaptado).
O uso desse látex em água infestada por
hospedeiros intermediários tem potencial para
atuar no controle da
(A) dengue.
(B) malária.
(C) elefantíase.
(D) ascaridíase.
(E) esquistossomose.
FILARÍASE OU ELEFANTÍASE
Descrição - A Filariose causada pela
Wuchereria bancrofti se manifesta clinicamente
no homem sob várias formas.
Agente etiológico - Wuchereria
bancrofti, nematódeo que vive nos vasos
linfáticos dos indivíduos infectados.
Wuchereria bancrofti
Reservatório - O homem.
Modo de transmissão - Pela picada dos
mosquitos transmissores com larvas infectantes.
No Brasil, o Culex quinquefasciatus é o principal
transmissor. Em geral, as microfilárias têm
periodicidade para circular no sangue periférico,
sendo mais detectadas à noite, entre às 23h e
1h.
Diagnóstico - O teste de rotina é feito
pela pesquisa da microfilária no sangue
periférico, pelo método da gota espessa
(periodicidadenoturna, das 23h à 1h).
Tratamento – medicações
antiparasitárias.
Paciente com elefantíase
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
Descrição - Doença infecciosa, não
contagiosa, causada por protozoários do gênero
Leishmania, de transmissão vetorial, que
acomete pele e mucosas. É primariamente uma
infecção zoonótica que afeta outros animais que
não o homem, o qual pode ser envolvido
secundariamente.
Lesões causadas pela Leshimaniose
Agente etiológico - Há várias espécies
de leishmanias envolvidas na transmissão. Nas
Américas, são atualmente reconhecidas 11
espécies dermotrópicas de Leishmania
causadoras de doença humana e 8 espécies
descritas, somente em animais. No Brasil, já
foram identificadas 7 espécies, sendo 6 do
subgênero Viannia e 1 do subgênero
Leishmania.
As mais importantes são Leishmania
(Viannia) braziliensis, L. (L.) amazonenses e L.
(V.) guyanensis.
Leshimania
Hospedeiros e reservatórios -
Marsupiais, roedores, preguiça, tamanduá,
dentre outros.
Modo de transmissão - Pela picada da
fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes
espécies de importância médico-sanitária do
gênero Lutzomyia. São conhecidos
popularmente como mosquito palha, tatuquira,
birigui, entre outros.
Flebotomíneo
Tratamento - A droga de primeira
escolha é o antimonial pentavalente.
4. (Enem 2ª aplicação 2010) Em 2009, o
município maranhense de Bacabal foi fortemente
atingido por enchentes, submetendo a
população local a viver em precárias condições
durante algum tempo. Em razão das enchentes,
os agentes de saúde manifestaram, na ocasião,
temor pelo aumento dos casos de doenças
como, por exemplo, a malária, a leptospirose, a
leishmaniose e a esquistossomose.
―Cidades inundadas enfrentam aumento de
doenças‖. Folha Online. 22 abr. 2009. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br.Acesso: em 28 abr. 2010
(adaptado).
Que medidas o responsável pela
promoção da saúde da população afetada pela
enchente deveria sugerir para evitar o aumento
das doenças mencionadas no texto,
respectivamente?
(A) Evitar o contato com a água contaminada por
mosquitos, combater os percevejos hematófagos
conhecidos como barbeiros, eliminar os
caramujos do gênero Biomphalaria e combater o
mosquito Anopheles.
(B) Combater o mosquito Anopheles, evitar o
contato com a água suja acumulada pelas
enchentes, combater o mosquito flebótomo e
eliminar caramujos do gênero Biomphalaria.
(C) Eliminar os caramujos do gênero
Biomphalaria, combater o mosquito flebótomo,
evitar o contato com a água suja acumulada
pelas enchentes e combater o mosquito Aedes.
(D) Combater o mosquito Aedes, evitar o contato
com a água suja acumulada pelas enchentes,
eliminar os caramujos do gênero Biomphalaria e
combater os percevejos hematófagos
conhecidos como barbeiros.
(E) Combater o mosquito Aedes, eliminar os
caramujos do gênero Biomphalaria, combater o
mosquito flebótomo e evitar o contato com a
água contaminada por mosquitos.
LESHIMONIOSE VISCERAL
Descrição - Protozoose cujo espectro
clínico pode variar desde manifestações clínicas
discretas até as graves, que, se não tratadas,
podem levar a óbito. A Leishmaniose Visceral
(LV), primariamente, era uma zoonose
caracterizada como doença de caráter
eminentemente rural.
Mais recentemente, vem se expandindo
para áreas urbanas de médio e grande porte e
se tornou crescente problema de saúde pública
no país e em outras áreas do continente
americano, sendo uma endemia em franca
expansão geográfica.
Agente etiológico – Protozoário
tripanosomatídeos do gênero Leishmania,
espécie Leishmania chagasi, parasita intracelular
obrigatório.
Modo de transmissão - No Brasil, a
forma de transmissão é através da fêmea de
insetos flebotomíneos das espécies de
Lutzomyia longipalpis e L. cruzi, infectados. A
transmissão ocorre enquanto houver o
parasitismo na pele ou no sangue periférico do
hospedeiro.
Diagnóstico - Clínico-epidemiológico e
laboratorial. Esse último, na rede básica de
saúde, baseia-se em, baseia-se principalmente
em exames imunológicos e parasitológicos.
Tratamento - medicação antiparasitária.
MALÁRIA
Descrição - Doença infecciosa febril
aguda, cujos agentes etiológicos são
protozoários transmitidos por vetores.
Agente etiológico - No Brasil, três
espécies de Plasmodium causam Malária em
seres humanos: P. malariae, P. vivax e P.
falciparum. A Malária por Plasmodium ovale
ocorre apenas no continente africano, porém,
ocasionalmente, casos importados podem ser
diagnosticados no Brasil.
Reservatório - O homem é o único
reservatório com importância epidemiológica
para a Malária humana.
Vetores - Mosquito pertencente à ordem
Diptera, infraordem Culicomorpha, família
Culicidae, gênero Anopheles Meigen
Modo de transmissão - Por meio da
picada da fêmea do mosquito Anopheles,
infectada pelo Plasmodium. Os vetores são mais
abundantes nos horários crepusculares, ao
entardecer e ao amanhecer. Todavia, são
encontrados picando durante todo o período
noturno, porém em menor quantidade em
algumas horas da noite. Não há transmissão
direta da doença de pessoa a pessoa
Tratamento - O tratamento da Malária
visa a atingir o parasito em pontos-chave de seu
ciclo evolutivo, os quais podem ser
didaticamente resumidos em: interrupção da
esquizogonia sanguínea, responsável pela
patogenia e manifestações clínicas da infecção,
destruição de formas latentes do parasito no
ciclo tecidual.
GABARITO 1.C 2.C 3.D 4.D 5.E 6.E 7.B
REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano. Fundamentos
da biologia moderna. Moderna: São Paulo, 4ª
ed., 2006.
BRASIL. Doenças infecciosas e
parasitárias: guia de bolso. Ministério da Saúde:
Brasília , 8ª ed., 2010
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia:
citologia e histologia. Ática: São Paulo, 2005.
SILVA JUNIOR, Cezár; SASSON, Sezar.
Biologia. São Paulo: Saraiva, 8. Ed. 2005.
LINHARES, Sérgio;
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje:
genética, evolução e ecologia. Ática: São Paulo,
2013.
EDIÇÃO ENEM 2016
1. O paclitaxel é um triterpeno poli-
hidroxilado que foi originalmente isolado da
casca de Taxus brevifolia, árvore de crescimento
lento e em risco de extinção, mas agora é obtido
por rota química semissintética. Esse fármaco é
utilizado como agente quimioterápico no
tratamento de tumores de ovário, mama e
pulmão. Seu mecanismo de ação antitumoral
envolve sua ligação à tubulina interferindo com a
função dos microtúbulos.
KRETZER, I. F. Terapia antitumoral combinada de
derivados do paclitaxel e etoposídeo associados à
nanoemulsão lipídica rica em colesterol - LDE.
Disponível em: www.teses.usp.br. Acesso em: 29 fev.
2012 (adaptado).
De acordo com a ação antitumoral descrita, que
função celular é diretamente afetada pelo
paclitaxel?
(A) Divisão celular.
(B) Transporte passivo.
(C) Equilíbrio osmótico.
(D) Geração de energia.
(E) Síntese de proteínas
2. Em 1950, Erwin Chargaff e colaboradores
estudavam a composição química do DNA e
observaram que a quantidade de adenina ( A) é
igual à de timina ( T), e a quantidade de guanina
( G) é igual à de citosina ( C) na grande maioria
das duplas fitas de DNA. Em outras palavras,
esses cientistas descobriram que o total de
purinas (A + G) e o total de pirimidinas ( C) + T)
eram iguais.
Um professor trabalhou esses conceitos em sala
de aula e apresentou como exemplo uma fita
simples de DNA com 20 adeninas, 25 timinas, 30
guaninas e 25 citosinas.
Qual a quantidade de cada um dos nucleotídeos,
quando considerada a dupla fita de DNA
formada pela fita simples exemplificada pelo
professor?
(A) Adenina: 20; Timina: 25; Guanina: 25;
Citosina: 30.
(B) Adenina: 25; Timina: 20; Guanina: 45;
Citosina: 45.
(C) Adenina: 45; Timina: 45; Guanina: 55;
Citosina: 55.
(D) Adenina: 50; Timina: 50; Guanina: 50;
Citosina: 50.
(E) Adenina: 55; Timina: 55; Guanina: 45;
Citosina: 45.
3. A sombra do cedro vem se encostar no
cocho. Primo Ribeiro levantou os ombros;
começa a tremer. Com muito atraso. Mas ele
tem no baço duas colmeias de bichinhos
maldosos, que não se misturam, soltando
enxames no sangue em dias alternados. E assim
nunca precisa de passar um dia sem tremer.
ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1984.
O texto de João Guimarães Rosa descreve as
manifestações das crises paroxísticas da malária
em seu personagem. Essas se caracterizam por
febre alta, calafrios, sudorese intensa e
tremores, com intervalos de 48 h ou 72 h,
dependendo da espécie de Plasmodium. Essas
crises periódicas ocorrem em razão da
(A) lise das hemácias, liberando merozoítos e
substâncias denominadas hemozoínas.
(B) invasão das hemácias por merozoítos com
maturação até a forma esquizonte.
(C) reprodução assexuada dos esporozoítos no
fígado do indivíduo infectado.
(D) liberação de merozoítos dos hepatócitos para
a corrente sanguínea.
(E) formação de gametócitos dentro das
hemácias.
4. Suponha que uma doença desconhecida
esteja dizimando um rebanho bovino de uma
cidade e alguns veterinários tenham conseguido
isolar o agente causador verificando que se trata
se um ser unicelular e procarionte. Para
combater a doença, os veterinários devem
administrar, nos bovinos contaminados
(A) vacinas.
(B) antivirais.
(C) fungicidas.
(D) vermífugos.
(E) antibióticos.
5. Companheira viajante Suavemente
revelada? Bem no interior de nossas células,
uma clandestina e estranha alma existe.
Silenciosamente, ela trama e aparece cumprindo
seus afazeres domésticos cotidianos,
descobrindo seu nicho especial em nossa fogosa
cozinha metabólica, mantendo entropia em
apuros, em ciclos variáveis noturnos e diurnos.
Contudo, raramente ela nos acende, apesar de
sua fornalha consumi-la. Sua origem?
Microbiana, supomos. Julga-se adaptada às
células eucariontes, considerando-se como
escrava — uma serva a serviço de nossa
verdadeira evolução.
McMURRAY, W. C. The traveler. Trends in
Biochemical Sciences, 1994 (adaptado).
A organela celular descrita de forma poética no
texto é o(a)
(A) centríolo.
(B) lisossomo.
(C) mitocôndria.
(D) complexo golgiense.
(E) retículo endoplasmático liso
GABARITO: 1.A 2.C 3.A 4.E 5.C
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E AÇÕES COMUNITÁRIAS
DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO
PROGRAMA DE INCLUSÃO, ACESSO E PERMANÊNCIA
__________________________________________________________________________________________________________________________________
Página 50 de 50

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

Organelas Celulares I
Organelas Celulares IOrganelas Celulares I
Organelas Celulares I
 
Aula03: A SUPERFÍCIE CELULAR INTERCÂMBIO ENTRE A CÉLULA E O MEIO
Aula03: A SUPERFÍCIECELULAR INTERCÂMBIO ENTRE ACÉLULA E O MEIOAula03: A SUPERFÍCIECELULAR INTERCÂMBIO ENTRE ACÉLULA E O MEIO
Aula03: A SUPERFÍCIE CELULAR INTERCÂMBIO ENTRE A CÉLULA E O MEIO
 
Citoplasma celular
Citoplasma celularCitoplasma celular
Citoplasma celular
 
Organelas eucariontes fij_ef
Organelas eucariontes fij_efOrganelas eucariontes fij_ef
Organelas eucariontes fij_ef
 
Organelas celulares
Organelas celularesOrganelas celulares
Organelas celulares
 
Citoplasma
CitoplasmaCitoplasma
Citoplasma
 
Aula 2 noções gerais da estrutura e das funções celulares
Aula 2   noções gerais da estrutura e das funções celularesAula 2   noções gerais da estrutura e das funções celulares
Aula 2 noções gerais da estrutura e das funções celulares
 
Biomembranas
BiomembranasBiomembranas
Biomembranas
 
Eucariota
EucariotaEucariota
Eucariota
 
Estrutura celular
Estrutura celularEstrutura celular
Estrutura celular
 
Célula Eucariótica
Célula EucarióticaCélula Eucariótica
Célula Eucariótica
 
Orgânulos do citoplasma
Orgânulos do citoplasmaOrgânulos do citoplasma
Orgânulos do citoplasma
 
Organelas celulares
Organelas celularesOrganelas celulares
Organelas celulares
 
FunçõEs Celulares[1]
FunçõEs Celulares[1]FunçõEs Celulares[1]
FunçõEs Celulares[1]
 
Aula 05 membrana plasmática e transportes
Aula 05   membrana plasmática e transportesAula 05   membrana plasmática e transportes
Aula 05 membrana plasmática e transportes
 
Aula 06 citoplasma
Aula 06   citoplasmaAula 06   citoplasma
Aula 06 citoplasma
 
Célula vegetal e osmose
Célula vegetal e osmoseCélula vegetal e osmose
Célula vegetal e osmose
 
Célula eucarionte vegetal
Célula eucarionte vegetalCélula eucarionte vegetal
Célula eucarionte vegetal
 
Citoplasma e organelas citoplasmáticas
Citoplasma e organelas citoplasmáticasCitoplasma e organelas citoplasmáticas
Citoplasma e organelas citoplasmáticas
 
A1 origem-organização-celular
A1 origem-organização-celularA1 origem-organização-celular
A1 origem-organização-celular
 

Ähnlich wie Origem e Evolução das Células

Ähnlich wie Origem e Evolução das Células (20)

Células Procariontes e Eucariontes
Células Procariontes e EucariontesCélulas Procariontes e Eucariontes
Células Procariontes e Eucariontes
 
Resumão Citologia
Resumão CitologiaResumão Citologia
Resumão Citologia
 
biologia celular.pptx
biologia celular.pptxbiologia celular.pptx
biologia celular.pptx
 
Introducao citologia
Introducao citologiaIntroducao citologia
Introducao citologia
 
Introducao citologia
Introducao citologiaIntroducao citologia
Introducao citologia
 
Biologia Celular
Biologia CelularBiologia Celular
Biologia Celular
 
Introdução a citologia - Profª Monara Bittencourt
 Introdução a citologia - Profª Monara Bittencourt Introdução a citologia - Profª Monara Bittencourt
Introdução a citologia - Profª Monara Bittencourt
 
Celula (2)
Celula (2)Celula (2)
Celula (2)
 
Resumo - Organelas
Resumo - OrganelasResumo - Organelas
Resumo - Organelas
 
Biologia membrana plasmatica
Biologia membrana plasmaticaBiologia membrana plasmatica
Biologia membrana plasmatica
 
Biologia suple
Biologia supleBiologia suple
Biologia suple
 
Disci. biologia e ed. aula celula (2)
Disci. biologia e ed. aula celula (2)Disci. biologia e ed. aula celula (2)
Disci. biologia e ed. aula celula (2)
 
2.1
2.12.1
2.1
 
Celula
CelulaCelula
Celula
 
AULA DE REVISÃO.pdf
AULA DE REVISÃO.pdfAULA DE REVISÃO.pdf
AULA DE REVISÃO.pdf
 
Celula
CelulaCelula
Celula
 
A célula
A célulaA célula
A célula
 
A célula
A célulaA célula
A célula
 
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...
 
Citoplasma e organelas
Citoplasma e organelasCitoplasma e organelas
Citoplasma e organelas
 

Mehr von Tatão Ribeiro

Mehr von Tatão Ribeiro (6)

Biologia a aula-1-e-2-
Biologia a aula-1-e-2-Biologia a aula-1-e-2-
Biologia a aula-1-e-2-
 
Biologia
BiologiaBiologia
Biologia
 
Expensbio
ExpensbioExpensbio
Expensbio
 
Alessandro marcal mestrado - ano 2019
Alessandro marcal   mestrado - ano 2019Alessandro marcal   mestrado - ano 2019
Alessandro marcal mestrado - ano 2019
 
Apostila volume 1
Apostila volume 1Apostila volume 1
Apostila volume 1
 
Apostila de-biologia-2015
Apostila de-biologia-2015Apostila de-biologia-2015
Apostila de-biologia-2015
 

Kürzlich hochgeladen

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptAlberto205764
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 

Kürzlich hochgeladen (8)

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 

Origem e Evolução das Células

  • 2. EIXO I CITOLOGIA Origem e Evolução das Células A invenção do microscópio possibilitou a descoberta das células, as unidades que constituem os seres vivos (AMABIS e MARTHO, 2006). Leeuwennhoek fabricou dezenas de microscópios, com isso ele observou diversos tipos de material biológico, como embriões de plantas, glóbulos vermelhos e espermatozoides de animais (AMABIS e MARTHO, 2006). No século XIX generalizou-se a noção de que todos os organismos são constituídos por uma ou mais células, a chamada Teoria Celular (CÉSAR e SEZAR, 2005). A Teoria Celular admite que, apesar das diferenças quanto à forma e à função, todos os seres vivos têm em comum o fato de serem constituídos por células (AMABIS e MARTHO, 2006). As três premissas da Teoria Celular são: Modelo esquemático de uma célula eucariotica Admite-se que as primeiras células que surgiram na terra foram os procariontes. Isto deve ter ocorrido a cerca de 3 bilhões de anos. Naquela época a atmosfera provavelmente continha vapor d‘água, amônia, metano, hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e gás carbônico, o oxigênio livre só apareceu muito depois. O registro fóssil da primeira célula eucariótica data de 1,7 bilhão de anos, mas supõem-se que os eucariontes tenham surgidos um pouco antes. As primeiras células eucarióticas teriam surgido a partir das células procarióticas que passaram a desenvolver evaginações e invaginações da membrana plasmática. Esses dobramentos teriam dado origem às várias estruturas citoplasmáticas delimitadas por membrana e a carioteca ou envelope nuclear, que separa material genético do citoplasma, formando o núcleo. 1. Todos os seres vivos são formados por células e por estruturas que elas produzem, elas são as unidades morfológicas dos seres vivos. 2. As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células, estas são unidades fisiológicas dos seres vivos. 3. Novas células forma-se apenas pela
  • 3. Célula Eucariótica e procariótica A célula procariótica é muito mais simples do que a eucariótica e encontra-se apenas nas bactérias. Dependendo do tipo de célula que apresentam, os organismos são classificados em procariontes e eucariontes (CÉSAR e SEZAR, 2005). Basicamente, a diferença entre procariontes e eucariontes é: as células procarióticas têm seu material genético ―solto‖ no interior da célula, e as células eucarióticas tem seu material genético envolvido por uma membrana chamada carioteca, o que separa o DNA do citoplasma. Estrutura e Fisiologia Celular PARTES FUNDAMENTAIS DA CÉLULA 1. Membrana Plasmática 2. Citoplasma 3. Núcleo 1. Membrana Plasmática Em todos os tipos de células encontramos a membrana plasmática, que contém e delimita o espaço celular, isolando-o do ambiente ao redor. É constituída basicamente por duas camadas moleculares de fosfolipídios com moléculas de proteínas incrustadas. Membrana plasmática Funções:  Individualidade a cada célula;  Forma ambientes únicos e especializados;  Troca de informações com o meio;  Movimento;  Reconhecimento celular;  Aderência celular;  Permeabilidade seletiva.  Constituição lipoprotéica: Principais lipídios encontrados: Fosfolipídios Função: barreira de entrada na célula Colesterol Função: Dá fluidez à membrana Proteínas: Funções: Formação de poros para a passagem de moléculas de água; Transporte de substancia para dentro ou fora da célula; Reconhecimento de certas substancias do meio ou outras células. Ex.: receptores hormonais. Processos de troca entre a célula e o meio externo Processos passivos Processos ativos Endocitoses e exocitoses Difusão Bomba de Endocitose:
  • 4. simples Sódio-Potássio Fagocitose → solidos; Pinocitose → liquidos. Difusão facilitada Osmose Exocitose Processos passivos Difusão simples: Tem relação com o soluto. Condições para ocorrência: A membrana deve ser permeável a essa substancia; Deve haver diferença de concentração. Movimento de partículas de onde elas estão mais concentradas para onde estão menos concentradas. Ilustração do processo de difusão simples Difusão facilitada: Tem relação com o soluto É mais rápido que o processo de difusão simples Atuação de proteínas da membrana: Permeases Ilustração do processo de difusão facilitada Osmose: Tem relação com o solvente; Concentração de soluções; O solvente difunde-se do meio de menor concentração para o de maior concentração. Osmose Processo Ativo Características: Há gasto de energia - ATP Ocorre contra o gradiente de concentração Bomba de sódio-potássio Processos por vesícula Incorporação de partículas maiores; Envolve deformação e fusão; Endocitose:
  • 5. Fagocitose → solidos; Pinocitose → liquidos. Exocitose. Processo por vesículas 1. Citoplasma Os primeiros citologistas acreditavam que o interior da célula viva era preenchido por um fluído viscoso, no qual o núcleo estava mergulhado. Esse fluído recebeu o nome de citoplasma. Hoje sabemos que, além da parte fluída, contém diversos tipos de estruturas cada qual com funções específicas (AMABIS e MARTHO, 2006). Citoplasma MITOCÔNDRIAS É onde ocorre a respiração celular, o principal processo de obtenção de energia dos seres vivos. (AMABIS e MARTHO, 2006). Moléculas orgânicas são quebradas liberando energia que é então transferida para formar ATP. Mitocôndria LISOSSOMOS Estrutura que apresenta enzimas digestivas capazes de digerir um grande número de produtos orgânicos. Realiza a digestão intracelular. Lisossomos PEROXISSOMOS São pequenas vesículas semelhantes aos lisossomos. Sua enzima principal é a peroxidase (catalase). Esta enzima degrada as moléculas de
  • 6. peróxido de hidrogênio (água oxigenada) que se formam como resultado do metabolismo celular. Desintoxicação celular. Peroxissomo CENTRÍOLO O centríolo é um cilindro cuja parede é constituída por nove conjuntos de três microtúbulos (tubulina) e geralmente ocorrem aos pares nas células. É responsável pela divisão celular ―orientando‖o deslocamento dos cromossomos para as células que estão sendo formadas. Originam os Cílios e flagelos. RIBOSSOMOS Ribossomos são os locais de síntese de proteína. Organela não membranosa que é composta de RNA ribossômico e proteínas. Encontras-se presente nos eucariontes e nos procariontes. São encontrados livres no citosol ou na forma de polissomos, na forma de polissomos presos ao retículo endoplasmático rugoso (RER), dentro das mitocôndrias e cloroplastos. Ribossomo e a formação de proteínas RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO Atua como transportador de substâncias. Formado por um sistema de membranas intracelulares encontrado em células eucarióticas, dividido em : • Retículo Endoplasmático Rugoso (RER). • Retículo Endoplasmático Liso (REL) (agranular). Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) Com função de armazenamento e transporte de substâncias; Se encontram aderidos a sua superfície externa os ribossomos;
  • 7. Local de produção de proteínas, as quais serão transportadas internamente para o Complexo de Golgi. Retículo endoplasmático rugoso Retículo Endoplasmático Liso (REL) Com função de armazenamento e transporte de substâncias; Responsável pela síntese de lipídios; Formado por sistema tubular. Retículo endoplasmático liso APARELHO DE GOLGI O aparelho de Golgi atua como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de substâncias na célula. Muitas das substâncias que passam pelo aparelho de Golgi serão eliminadas da célula, indo atuar em Secreção celular. Complexo de Golgi CLOROPLASTOS Exclusivo das células eucariontes vegetais. Responsável pela fotossíntese - Clorofila. VACÚOLOS Nas células vegetais, as principais funções do vacúolo são armazenar substâncias e garantir a regulação osmótica da célula. Além dessas funções, podemos atribuir aos vacúolos o papel da retirada de produtos tóxicos do citoplasma da célula, a degradação de macromoléculas, manutenção do pH da célula e a reciclagem de componentes celulares.
  • 8. Vacúolo 2. Núcleo  Presentes nas células eucariontes.  Controla todas as funções celulares.  Local onde se encontra o material genético e os cromossomos.  Possui parede dupla e cheia de poros.  Pode conter um ou mais nucléolos. Componentes do Núcleo NÚCLEO CELULAR O núcleo celular é o ―armazém‖ de todas as informações sobre a função e estrutura da célula e do organismo. Todas essas informações estão contidas na cromatina, material filamentoso composto principalmente de DNA, substâncias com propriedades especiais, associados a proteínas (CÉSAR e SEZAR, 2005). Fitas de cromatina Componentes do Núcleo A carioteca é característica de células eucariontes, ela é uma membrana lipoprotéica dupla, existem na carioteca numerosos poros que regulam o trânsito de moléculas grandes entre o citoplasma e o núcleo. Núcleo celular O sulco nuclear é um liquido semelhante ao hialoplasma, no qual devido a presença de água, enzimas e várias substâncias, ocorrem reações químicas variadas (CÉSAR e SEZAR, 2005). Os nucléolos são corpúsculos sem membrana, muito ricos em RNA ribossômico, um
  • 9. tipo de ácido nucleico, o qual associado a proteínas serve para formar novos ribossomos (CÉSAR e SEZAR, 2005). Os cromossomos são os responsáveis por carregar toda a informação que as células necessitam para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução. Localizados no núcleo celular, eles são constituídos por DNA, que, em padrões específicos, são denominados genes (CÉSAR e SEZAR, 2005). O cromossomo da figura é duplo, cada metade desse cromossomo se chama cromátide, estas são presas por uma região estreitada chamada centrômero. As duas cromátides são absolutamente idênticas, se chamando cromátides-irmãs (CÉSAR e SEZAR, 2005). Cromossomos As células de um organismo apresentam sempre o mesmo número de cromossomos, que é característico da espécie. A maioria contém dois cromossomos de cada tipo, idênticos na forma e função são chamados de cromossomos homólogos (CÉSAR e SEZAR, 2005). Quando uma célula tem dois cromossomos de cada tipo ela é chamada diploide, ou 2n, sendo que n representa o número de tipos de cromossomos. As que contém um cromossomos são chamadas haploides (n). Um exemplo dessa célula são os gametas (espermatozoide e óvulos) Estes tem 23 cromossomos sendo um de cada tipo, enquanto as outras células do nosso organismo tem 23 cromossomos, porém dois de cada tipo (CÉSAR e SEZAR, 2005). DIVISÃO CELULAR Mitose A mitose é um processo continuo de divisão celular, que vamos dividir em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. O final da mitose, com a separação do citoplasma é chamado de citocinese (CÉSAR e SEZAR, 2005). Prófase Ocorrem aqui os seguintes eventos: 1. Os centríolos, já duplicados, afastam-se gradativamente, atingindo os pólos da célula. Em torno deles, aparecem fibras que constituem o áster. Entre os centríolos que se afastam, formam-se as fibras de fuso mitótico. Tanto as fibras do áster como as do fuso são na realidade microtúbulos do citoesqueleto. 2. 2. O nucléolo fica cada vez menos visível e acaba se desintegrando, sendo seu material (RNA ribossômico), distribuído pela célula. 3. O núcleo aumenta de volume, por fim a membrana nuclear se desorganiza 4. Durante todos os eventos anteriores, os cromossomos, já duplicados, sofrem um processo de espiralação crescente. As cromátides ficam visíveis. Por sim, os cromossomos predem-se as fibras do fuso pelo centrômero.
  • 10. Esquematização da Prófase Metáfase Os cromossomos atingem seu grau máximo de espiralação e colocam-se no plano equatorial. No final da metáfase, as cromátides se separam, tendo agora cada uma delas um centrômero próprio e constituindo dois cromossomos-irmãos. Esquematização da metáfase Anáfase As fibras do fuso encurtam, os cromossomos-irmãos migram cada um para um pólo da célula. Esquematização da Anáfase Telófase Cada conjunto cromossômico atinge um dos pólos. Os cromossomos desespiralam-se gradativamente, e duas novas carioteca reconstituem-se a partir das membranas do retículo endoplasmático. Novos nucléolos são produzidos por um cromossomo especial, o organizador de nucléolo. A membrana plasmática se invagina, formando um sulco. Termina a cariocinese (divisão dos núcleos) e começa agora citocinese (divisão do citoplasma), com distribuição mais ou menos equitativa dos orgânulos entre as células-filhas. Esquematização da Telófase
  • 11. Meiose Enquanto a mitose mantém o número de cromossomos nas células-filhas, o processo de meiose o reduz a metade. A meiose sempre parte de uma célula diplóide e dá origem a quatro células haplóides (CÉSAR e SEZAR, 2005). A importância da redução dos cromossomos fica evidente quando lembramos que na fecundação, os gametas masculinos e femininos se fundem, restabelecendo o número diploide da espécie. No processo de meiose, ocorre uma única duplicação cromossômica e duas divisões. Isso faz com que o número de cromossomos se reduza a metade. A figura a seguir exemplifica a diferença entre a mitose e a meiose. Diferença entre mitose e meiose A meiose consta de duas divisões celulares, que chamaremos de Divisão I e Divisão II. Cada uma delas é subdividida nas mesmas fases da mitose. A prófase I é mais complexa que uma prófase comum, e se divide em 5 períodos (CÉSAR e SEZAR, 2005). DIVISÃO I Prófase I: 1. Leptóteno 2. Zigóteno 3. Paquíteno 4. Diplóteno 5. Diacinese Metáfase I Anáfase I Telófase I INTERCINESE DIVISÃO II Prófase II Metáfase II Anáfase II Telófase II MEIOSE I Prófase I 1. Leptóteno Devido a sua espiralação, os cromossomos ficam visíveis. Apesar de duplicados desde a intérfase, eles aparecem ainda como filamentos simples, bem individualizados. 2. Zigóteno Os cromossomos homólogos se atraem, emparelhando-se. Esses pareamentos é conhecido como sinapse e ocorre ponto por ponto. O pareamento de cromossomos homólogos não ocorre na mitose. 3. Paquíteno
  • 12. Aqui, as duas cromátides de cada cromossomo tornam-se visíveis. Os dois homólogos, pareados mostram, então, quatro filamentos, que, em conjunto chamamos de tétrades ou bivalentes. 4. Diplóteno Nessa fase podem ocorrer quebras em regiões correspondentes das cromátides homólogas, e os pedaços quebrados unem-se em posição trocada. Esse fenômeno é chamado de crossing over ou permuta. 5. Diacinese Os pares de homólogos estão praticamente separados. Os quiasmas ―deslizam‖ para as extremidades dos cromossomos. Aumente ainda mais a espiralação. Profáse I Metáfase I: Fuso de divisão está completamente formado. Cromossomos homólogos pareados no equador celular. Cromossomos ainda desfazem os últimos quiasmas. Anáfase I: Deslocamento dos cromossomos (com duas cromátides cada) para pólos opostos da células. Telófase I: Os cromossomos se descondensam, os nucléolos reaparecem, a carioteca se reorganiza surgindo dois novos núcleos. O fuso se desfaz. Ocorre a citocinese. INTERCINESE É uma fase que pode ou não existir dependendo do tipo de célula que está sofrendo meiose Meiose I MEIOSE II A Meiose II é extremamente semelhante à Mitose. A formação de células haplóides, a partir de outras células haplóides, só é possível porque ocorre, durante a Meiose II, a separação das cromátides que formam as cromátides- irmãs. Cada uma dessas cromátides dirige-se para um pólo diferente e já passa a se chamar cromossomo-filho. As fases da Meiose II são: Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II. 1. Prófase II: Há condensação dos cromossomos duplos. Fragmentação da carioteca e do
  • 13. nucléolo. Formação do fuso. Deslocamento dos cromossomos para o equador celular. 2. Metáfase II: Organização dos cromossomos duplos no equador celular. 3. Anáfase II: Ocorre separação dos centrômeros. Duplicação dos cromossomos, que retornam aos pólos. 4. Telófase: A carioteca reaparece e envolve os cromossomos simples em cada pólo. Ocorre citocinese final com formação de quatro células- filhas haplóides. Meiose II Vamos exercitar 01. (Fuvest-2001) A vinblastina é um quimioterápico usado no tratamento de pacientes com câncer. Sabendo-se que essa substância impede a formação de microtúbulos, pode-se concluir que sua interferência no processo de multiplicação celular ocorre na (A) condensação dos cromossomos. (B)descondensação dos cromossomos. (C) duplicação dos cromossomos. (D) migração dos cromossomos. (E) reorganização dos nucléolos. ANOTAÇÕES IMPORTANTES. GABARITO D
  • 14. EIXO II DNA E BIOTECNOLOGIA CODIFICAÇÃO DO DNA E RNA Ácido Nucléico: São moléculas responsáveis pelo armazenamento e transmissão das características de um ser vivo, bem como pelo controle direto ou indireto de todos os processos que ocorrem em um organismo. São eles: Tanto o DNA quanto RNA são formados por unidades menores denominadas nucleotídeos. Imagine que eles são uma escada, os nucleotídeos seriam os degraus. Esquema da estrutura dos nucleotídeos Esquematicamente é como se eles ficassem nessa forma: Esquematização da ligação dos nucleotídeos Os nucleotídeos são formados por: GRUPO FOSFATO CABOIDRATO (PENTOSE) DNA: DESOXIRRIBOSE RNA: RIBOSE BASE NITROGENADA: DNA: Timina, Adenina, Citosina e Guanina. RNA: Uracila, Adenina, Citosina e Guanina. As bases nitrogenadas são ligadas por pontes de hidrogênio: Adenina se liga Timina por 2 pontes de hidrogênio. Citosina se liga a Guanina por 3 pontes de hidrogênio. Pontes de hidrogêni DNARNA
  • 15. DUPLICAÇÃO DO DNA O DNA se origina da duplicação, processo esse que a gente já estudou lá na divisão celular, aquele que ocorre antes da mitose. Lembra? Agora nós vamos entender como esse processo acontece. A duplicação acontece antes de uma divisão celular e é importante a fim de garantir que as células oriundas da divisão recebam materiais genéticos idênticos e em igual quantidade. É semiconservativa Enzima DNA-polimerase: responsável pela quebra das pontes de hidrogênio do DNA, separando-o em dois. Cada molécula inicial do DNA, forma duas novas moléculas. A DNApolimerase serve como uma tesoura que vai cortando as pontes de hidrogênio, além disso eu tenho nucleotídeos solto ali no nucleoplasma, quando eu corto, esses nucleotídeos vão se ligando conforma as suas bases e formando 2 novos DNA‘s. TRANSCRIÇÃO DO RNA Transcrição: envolve a capacidade da fita de DNA originar moléculas de RNA. A transcrição envolve certos trechos do DNA, os genes, e ocorre durante a vida normal da célula. Esse processo é o primeiro passo da expressão gênica, transforma o que é informação (DNA) em uma característica do organismo. A transcrição inicia com a abertura da fita de DNA. A RNA polimerase vai encaixar o nucleotídeo complementar aos da fita molde. Esquema da transcrição do RNA Porcentagem das bases nitrogenadas: %A = %T %C = %G %A + %T + %C + %G = 100%
  • 16. RNA: existem 3 tipos: - RNAm (mensageiro): Possui uma sequência de bases que codifica uma proteína. É o único RNA que será traduzido. - RNAr (ribossomal): faz parte da síntese de proteína. -RNAt (transportador): transporta os aminoácidos até o ribossomo. 3 tipos de RNA em atividade 3 tipos de RNA Vamos exercitar? 1. (PUC-PR) No esquema abaixo sobre a estrutura do DNA, os números 1, 2 e 3 representam, respectivamente: (A) Base nitrogenada, desoxirribose e fosfato; (B) Base nitrogenada, fosfato e desoxirribose; (C) Fosfato, desoxirribose e base nitrogenada; (D) Fosfato, base nitrogenada e desoxirribose; (E) Desoxirribose, fosfato e base nitrogenada. 2. (Uerj) ―Testes genéticos: a ciência se antecipa à doença. Com o avanço no mapeamento de 100 mil genes dos 23 pares de cromossomos do núcleo da célula (Projeto Genoma, iniciado em 1990, nos EUA), já é possível detectar por meio de exames de DNA (ácido desoxirribonucleico) a probabilidade de uma pessoa desenvolver doenças [...].‖ Sabe-se que o citado mapeamento é feito a partir do conhecimento da sequência de bases do DNA. O esquema abaixo que representa o pareamento típico de bases encontradas na molécula de DNA é: Gabarito: 1.C 2.
  • 17. BIOTECNOLOGIA Biotecnologia é o conjunto de conhecimentos que permite a utilização de agentes biológicos (organismos, células, organelas, moléculas) para obter bens ou assegurar serviços. PROJETO GENOMA HUMANO Capas de revista sobre o Projeto Genoma O Projeto Genoma Humano (PGH) teve por objetivo o mapeamento do genoma humano, e a identificação de todos os nucleotídeos que o compõem. Consistiu num esforço mundial para se decifrar o genoma. O projeto foi fundado em 1990, com um financiamento de 3 milhões de dólares do Departamento de Energia dos Estados Unidos e dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, e tinha um prazo previsto de 15 anos. Primeiro esboço do genoma foi anunciado em 26 de Junho de 2000, dois anos antes do previsto. Em 14 de Abril de 2003, um comunicado de imprensa conjunto anunciou que o projeto foi concluído com sucesso, com o sequenciamento de 99% do genoma humano, com uma precisão de 99,99%. As pesquisas concluíram que o Genoma Humano é formado por aproximadamente 3 bilhões de pares de nucleotídeos, que estão distribuídos nos 24 cromossomos humanos. Porém apenas 3% desses pares de bases são capazes de transcrever para moléculas de RNA, o que aproxima o ser humano de outros animais quanto à quantidade de genes funcionais. Também mostrou a semelhança de vários genes humanos com outras espécies de seres vivos, como bactérias, vírus, vermes, moscas e camundongos COM O CONHECIMENTO DO GENOMA HUMANA VEIO OUTRAS TECNOLOGIAS APLCADAS A BIOLOGIA QUE NÓS VAMOS CONHECER AGORA. . Charge sobre Projeto Genoma TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE Permite transplantar genes de uma espécie para outra e criar uma molécula de DNA que não existe na natureza. Utilizando enzimas de restrição Paul Berg conseguiu ―cortar‘‘ o DNA de dois microrganismos e ‗‘soldá-los‖.
  • 18. Enzimas de restrição são como ‗‘tesouras de biológicas‘‘ Esquematização do DNA Recombinante Quando eu modifico o DNA de um organismo ele passa esse DNA para seus filhos por meio da divisão celular. Técnica do DNA Recombinante Essa tecnologia atualmente é empregada para fabricação de medicamentos, vacinas, combustíveis entre outros. 1. Um novo método para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a iniciativa privada. Os pesquisadores modificaram geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la capaz de sintetizar o hormônio. O processo permitiu fabricar insulina em maior quantidade e em apenas 30 dias, um terço do tempo necessário para obtê-la pelo método tradicional, que consiste na extração do hormônio a partir do pâncreas de animais abatidos. Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br (adaptado). A produção de insulina pela técnica do DNA recombinante tem, como consequência: (A) o aperfeiçoamento do processo de extração de insulina a partir do pâncreas suíno. (B) a seleção de microrganismos resistentes a antibióticos. (C) o progresso na técnica da síntese química de hormônios. (D) impacto favorável na saúde de indivíduos diabéticos. (E) a criação de animais transgênicos.
  • 19. TRANSGÊNICOS Símbolo dos transgênicos Organismos geneticamente modificados (OGM) são, segundo definição do Ministério da Agricultura, todo e qualquer organismo que teve seu material genético (DNA) modificado por meio de técnicas aplicadas pela engenharia genética, em laboratórios. Dentre os OGM, existe um grupo chamado transgênico, que envolve organismos que contêm um ou mais genes transferidos artificialmente de outra espécie. Prós e contras dos organismos transgênicos Os defensores dos OGM, como a empresa Monsanto, afirmam que a produção de alimentos mais resistentes e nutritivos é um diferencial para combater o problema da fome, principalmente em um contexto de crescimento populacional e, nesse caso, o Brasil torna-se objeto de muita atenção, uma vez que é uma das maiores fronteiras agrícolas do mundo. Já os críticos dos transgênicos, como o Greenpeace e o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), que promovem movimentos contrários ao uso dos OGM, relatam que os mesmos podem trazer consequências ainda desconhecidas à saúde humana, tais como possíveis alergias e resistência a antibióticos. No caso do meio ambiente, as consequências podem ser ainda mais sérias, gerando perda de biodiversidade, empobrecimento dos solos e estimulando o aparecimento de superpragas. Alimentos que contém transgênicos 2. (ENEM 2012) O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a transferência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie diferente. A característica de interesse será manifestada em decorrência (A) do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido. (B) da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido. (C) da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibridizado. (D) da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original. (E) da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante.
  • 20. ANÁLISE DE DNA: TESTE DE PATERNIDADE E RESOLUÇÃO DE CRIMES Através do DNA é possível identificar pessoas para esclarecer uma possível participação em um crime e também na realização de testes de paternidade. É importante lembrar que, com exceção dos gêmeos univitelinos, o DNA de cada pessoa é único. Quando amostras de DNA são obtidas através de pelos, sangue, pedaços de pele, esperma etc., é possível o isolamento do DNA utilizando enzimas de restrição. Após o uso das enzimas, o DNA fica fragmentado, ou seja, separado em pequenos pedacinhos. Em seguida, esses pequenos pedaços são separados em um processo chamado de eletroforese, que utiliza corrente elétrica. Após o término da eletroforese, um equipamento que utiliza luz ultravioleta e corante específico traduz a imagem do DNA, que então poderá ser estudada pelos pesquisadores. As faixas observadas são únicas para cada pessoa e por isso ela é chamada de impressão digital de DNA ou impressão digital genética. Técnica da Eletroforese Após a Eletroforese, com ajuda de um corante e luz ultravioleta o legista irá visualizar o DNA nessa forma. Visualização por ultravioleta da Impressão genética Para fazer a análise, por exemplo, em um teste de paternidade o legista vai fazer o processo da eletroforese no material biológico da criança, da mãe e do pai. Um indivíduo recebe parte das informações do pai e outra parte da mãe durante o processo de fecundação, a parti disso ele vai fazer uma comparação com o material dos 3. Esquema da análise da Impressão Genética
  • 21. De forma mais complexa fica assim: Análise da Impressão genética 3. TESTE DE DNA CONFIRMA PATERNIDADE DE BEBÊ PERDIDO NO TSUNAMI Um casal do Sri Lanka que alegava ser os pais de um bebê encontrado após o tsunami que atingiu a Ásia, em dezembro, obteve a confirmação do fato através de um exame de DNA. O menino, que ficou conhecido como "Bebê 81" por ser o 810 sobrevivente a dar entrada no hospital de Kalmunai, era reivindicado por nove casais diferentes. "Folha online", 14/02/2005 (adaptado). Algumas regiões do DNA são sequências curtas de bases nitrogenadas que se repetem no genoma, e o número de repetições dessas regiões varia entre as pessoas. Existem procedimentos que permitem visualizar essa variabilidade, revelando padrões de fragmentos de DNA que são "uma impressão digital molecular". Não existem duas pessoas com o mesmo padrão de fragmentos com exceção dos gêmeos monozigóticos. Metade dos fragmentos de DNA de uma pessoa é herdada de sua mãe e metade, de seu pai. Com base nos padrões de fragmentos de DNA representados a seguir, qual dos casais pode ser considerado como pais biológicos do Bebê 81? A resolução de crimes por DNA se dar pela mesma premissa, o material biológico encontrado na cena do crime é comparado com o do suspeito, esse caso a impressão genética será idêntica.
  • 22. Impressão Genética na Criminologia Células-tronco São as células com capacidade de auto- replicação, isto é, com capacidade de gerar uma cópia idêntica a si mesma e com potencial de diferenciar-se em vários tecidos. Quanto a sua classificação, podem ser: - Totipotentes, aquelas células que são capazes de diferenciarem-se em todos os 216 tecidos que formam o corpo humano. -Pluripotentes ou multipotentes, aquelas células capazes de diferenciar-se em quase todos os tecidos humanos, excluindo a placenta e anexos embrionários, ou seja, a partir de 32 - 64 células. - Oligotentes, aquelas células que se diferenciam em poucos tecidos. -Unipotentes, aquelas células que se diferenciam em um único tecido. Quanto a sua natureza, podem ser: -Adultas, extraídas dos diversos tecidos humanos, tais como, medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta etc. -Embrionárias, só podem ser encontradas nos embriões humanos e são classificadas como totipotentes ou pluripotentes, dado seu alto poder de diferenciação. Podem ser obtidas: - Por Clonagem Terapêutica é a técnica de manipulação genética que fabrica embriões a partir da transferência do núcleo da célula já diferenciada, de um adulto ou de um embrião, para um óvulo sem núcleo. - Do Corpo Humano as células-tronco adultas são fabricadas em alguns tecidos do corpo, como a medula óssea, sistema nervoso e epitélio, mas possuem limitação quanto a diferenciação em tecidos do corpo humano. - De Embriões Descartados (inviáveis para implantação) e Congelados nas clínicas de reprodução assistida.
  • 23. Fontes de células-tronco CLONAGEM Clonagem Reprodutiva A clonagem reprodutiva se refere à produção se seres vivos geneticamente idênticos, ou seja, produção cópias idênticas de seres vivos, sejam eles animais, vegetais ou humanos. O organismo formado é geneticamente idêntico ao organismo doador da célula somática. Assim que a ovelha Dolly foi clonada. A célula somática utilizada é de uma glândula mamária. O objetivo desta técnica é produzir células-tronco para o tratamento de doenças e produção de órgãos para transplante. O processo de produção de uma célula é muito parecido com a clonagem reprodutiva, porem a célula não é implantada no útero. As células- tronco embrionárias podem se diferenciar em todos os tipos de tecidos e são chamadas de multifuncionais, já as adultas não possuem esta capacidade, cada uma dá origem ao mesmo órgão. Gabarito: 1. D 2. E 3. C
  • 24. EIXO III ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso pode ser comparado a uma rede de comunicação em que as mensagens são os pulsos elétricos que viajam rapidamente por cabos transmissores, os nervos, estabelecendo a comunicação entre as partes do corpo e uma ―estação central‖ formada pelo encéfalo e pela medula espinal. Organização do Sistema Nervoso Humano Divisão Partes Funções Gerais Sistema Nervoso Central (SNC) Encéfalo e medula Processamento e integração de informações. Sistema Nervoso Periférico (SNP) Nervos e Gânglios Condução de informações entre os órgãos receptores de estímulos , o SNC e órgãos efetuadores (músculos). Divisão do sistema nervoso SISTEMA NERVOSO CENTRAL As principais partes do encéfalo humano plenamente diferenciado são: cérebro, mesencéfalo, cerebelo, ponte e bulbo. Sistema nervoso central Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinal. Sua função é conecta o sistema nervoso central com o resto do corpo. Existem dois tipos de nervos: os cranianos e raquidianos.
  • 25. Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais e motoras para cabeça e pescoço. Nervos cranianos Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinal. São formados por neurônios sensoriais que recebem estímulos do ambiente, e neurônios motores que levam impulsos do SNC para músculos e glândulas. Nervos raquidianos O SNP se divide em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo. Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob controle da nossa vontade como os músculos esqueléticos. Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas divisões: sistema nervoso simpático que estimula o funcionamento dos órgãos e o sistema nervoso parassimpático que inibe seu funcionamento,.
  • 26. SISTEMA CARDIOVASCULAR O coração e os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou circulatório. A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, gás oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo. O CORAÇÃO O coração de uma pessoa tem o tamanho aproximado de sua mão fechada, e bombeia o sangue para todo o corpo, sem parar; localiza-se no interior da cavidade torácica, entre os dois pulmões. O ápice (ponta do coração) está voltado para baixo, para a esquerda e para frente. O peso médio do coração é de aproximadamente 300 gramas, variando com o tamanho e o sexo da pessoa. Observe o esquema do coração humano, existem quatro cavidades: Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior; Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior. O sangue que entra no átrio direito passa para o ventrículo direito e o sangue que entra no átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo. Um átrio não se comunica com o outro átrio, assim como um ventrículo não se comunica com o outro ventrículo. O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito através da valva atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda. Coração Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso corpo: artérias, veias e capilares. VASOS SANGUÍNEOS Artérias As artérias são vasos de paredes relativamente espessa e muscular, que transporta sangue do coração para os diversos tecidos do corpo. A maioria das artérias transporta sangue oxigenado (rico em gás oxigênio), mas as artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado (pobre em gás oxigênio) do coração até os pulmões. A aorta é a artéria mais calibrosa (de maior diâmetro) do corpo humano. Veias As veias são vasos de paredes relativamente fina, que transportam sangue dos
  • 27. diversos tecidos do corpo para o coração. A maioria das veias transporta sangue não oxigenado, mas as veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões para o coração. As veias cavas superior e inferior são as mais calibrosas do corpo humano. Os vasos capilares – muito finos (são microscópicos) e permeáveis – estão presentes nos tecidos do corpo humano, cedendo nutrientes, gás oxigênio e hormônios às células. Além disso, recolhem gás carbônico e resíduos do metabolismo celular. Pequena circulação- Também chamada circulação pulmonar, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo. Nessa circulação, o sangue passa pelos pulmões, onde é oxigenado. Grande circulação- Também chamada de circulação sistêmica, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio direito; nessa circulação, o sangue oxigenado fornece gás oxigênio os diversos tecidos do corpo, além de trazer ao coração o sangue não oxigenado dos tecidos. SANGUE Você já sabe que o sangue transporta nutrientes, gases respiratórios, hormônios e resíduos do metabolismo. Embora o sangue pareça um líquido vermelho completamente homogêneo, ao microscópio óptico podemos observar que ele é constituído basicamente de: plasma, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Componentes sanguíneos Glóbulos vermelhos Os glóbulos vermelhos são também denominados eritrócitos ou hemácias. Hemácias As hemácias são as mais numerosas células sanguíneas. No ser humano, existem cerca de 5 milhões delas por milímetro cúbito de sangue. Elas são produzidas na medula óssea vermelha dos ossos. Não possuem núcleo e apresentam a forma de disco côncavo em ambos os lados. A forma discóide e a concavidade em ambos os lados garantem uma superfície relativamente grande para a captação e a distribuição de gás oxigênio. A cor vermelha das hemácias se deve à presença do pigmento hemoglobina. O gás oxigênio se combina com a hemoglobina,
  • 28. formando a oxiemoglobina. Nos tecidos, essa combinação é desfeita e o gás oxigênio passa para o interior das células. Assim, as hemácias promovem o transporte e a distribuição de gás oxigênio para todas as partes do corpo. Glóbulos brancos Os glóbulos brancos ou leucócitos são as células de defesa do organismo que destroem os agentes estranhos, por exemplo, as bactérias, os vírus e as substâncias tóxicas que atacam o nosso organismo e causam infecções ou outras doenças. Leucócito é uma palavra composta, de origem grega, que significa ―célula branca‖: leuco significa ―branco‖ e cito, ―célula‖. Tipos de glóbulos brancos Plaquetas As plaquetas são fragmentos celulares bem menores que as células sanguíneas, ou seja, menores que as hemácias e os leucócitos. As plaquetas atuam na coagulação do sangue. Quando há um ferimento com rompimento do vaso sanguíneo, ocorre uma série de eventos que impedem a perda de sangue. A coagulação ou formação de coágulo, que faz parte desse processo, se dá quando filamentos de uma proteína do plasma transformada, formam uma espécie de rede e impedem a passagem do sangue. O coágulo evita hemorragia, isto é, a perda de sangue que pode ocorrer na superfície do corpo – por exemplo, na pele do braço ou da mão – ou nos órgãos internos, como estômago e intestino. À medida que o vaso sanguíneo vai se cicatrizando, o coágulo seca e é reabsorvido pelo organismo. Processo de coagulação
  • 29. SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório humano é formado pelos seguintes órgãos, em sequência: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Anatomia sistema respiratório Na respiração ocorrem dois tipos de movimento: a inspiração e a expiração de ar. Na inspiração, o ar atmosférico penetra pelo nariz e chega aos pulmões; na expiração, o ar presente nos pulmões é eliminado para o ambiente externo. Movimentos respiratórios O ar entra em nosso corpo por duas cavidades existentes no nariz: as cavidades nasais direita e esquerda. Elas são separadas completamente por uma estrutura chamada septo nasal; comunicam-se com o exterior pelas aberturas denominadas narinas e com a faringe pelos cóanos. As cavidades nasais são revestidas internamente pela mucosa nasal. Essa mucosa contém um conjunto de pêlos junto as narinas e fabrica uma secreção viscosa chamada muco. Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar. Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10- 12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios,
  • 30. que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sanguíneos, denominadas alvéolos pulmonares. Diafragma: A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, órgão músculo- membranoso que separa o tórax do abdômen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma. Os alvéolos são estruturas elásticas, formadas por uma membrana bem fina e envolvida por uma rede de vasos capilares sanguíneos. Existem milhões de alvéolos em cada pulmão. É em cada um deles que ocorrem as trocas gasosas entre o pulmão e o sangue. Nos alvéolos ocorre uma difusão dos gases por diferença de concentração e, consequentemente, da pressão dos gases. O sangue que chega aos alvéolos absorve o gás oxigênio inspirado da atmosfera. Ao mesmo tempo, o sangue elimina gás carbônico no interior dos alvéolos; esse gás é então expelido do corpo por meio da expiração. Troca gasosa (hematose) Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio, presente no ar inspirado, passa para o sangue que é então distribuído pelas hemácias a todas as células vivas do organismo. Ao mesmo tempo, as células vivas liberam gás carbônico no sangue. Nos pulmões, o gás carbônico passa do sangue para o interior dos alvéolos e é eliminado para o ambiente externo por meio da expiração.
  • 31. EIXO IV DOENÇAS INFECIOSAS DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS INFLUENZA H1N1 Vírus da influenza Vírus da Influenza pertence à família Ortomixiviridae. São vírus RNA de hélice única, que se subdividem em três tipos antigenicamente distintos: A, B e C. Os tipos A, responsáveis pela ocorrência da maioria das epidemias de gripe, são mais suscetíveis a variações antigênicas, razão pela qual, periodicamente, suas variantes sofrem alterações na estrutura genômica, contribuindo para a existência de diversos subtipos. Reservatório - Os reservatórios conhecidos na natureza para o vírus da influenza são os seres humanos, os suínos, os equinos, as focas e as aves. Modo de transmissão - O modo mais comum é a transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de pequenas gotículas de aerossol expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus (ao falar, tossir e espirrar) às pessoas suscetíveis. Também há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções do doente. Período de incubação - Varia de 1 a 7 dias, sendo mais comum entre 1 a 4 dias. Manifestações clínicas - Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta, em geral acima de 38°C, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, cefaleia e tosse seca. Diagnóstico: é a secreção da nasofaringe (SNF), colhido de preferência nos primeiros três dias de aparecimento dos sinais e sintomas até no máximo o 7° dia. (mas, preferencialmente, até o 3° dia). Tratamento: antivirais, AIDS Anatomia do vírus da AIDS Os infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitos T CD4+, uma das principais células-alvo do vírus. A contagem de linfócitos T CD4+ é um importante marcador dessa imunodeficiência, sendo utilizada tanto para estimar o prognóstico
  • 32. e avaliar a indicação de início de terapia antirretroviral. Agente etiológico - HIV-1 e HIV-2, retrovírus da família Lentiviridae. Reservatório - O homem. Modo de transmissão - O HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção vaginal); pelo sangue (via parenteral e vertical); e pelo leite materno. Período de incubação - Compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, podendo variar de 5 a 30 dias. Período de latência - E o período após a fase de infecção aguda, (até o desenvolvimento da imunodeficiência). Esse período varia entre 5 e 10 anos, média de seis anos. Diagnóstico: teste rápido e laboratorial (ELISA). Tratamento: coquetel antirretroviral. 1. (Enem 2ª aplicação 2010) A Síndrome da Imunociência Adquirida (AIDS) é a manifestação clínica da infecção pelo vírus HIV, que leva, em média, oito anos para se manifestar. No Brasil, desde a identificação do primeiro caso de AIDS em 1980 até junho de 2007, já foram identificados cerca de 174 mil casos da doença. O país acumulou, aproximadamente, 192 mil óbitos devido à AIDS até junho de 2006, sendo as taxas de mortalidade crescentes até meados da década de 1990 e estabilizando-se em cerca de 11 mil óbitos anuais desde 1998. [...] A partir do ano 2000, essa taxa se estabilizou em cerca de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes, sendo esta estabilização mais evidente em São Paulo e no Distrito Federal. Disponível em: http://www.aids.gov.br. Acesso em: 01 maio 2009 (adaptado). A redução nas taxas de mortalidade devido à AIDS a partir da década de 1990 é decorrente (A) do aumento do uso de preservativos nas relações sexuais, que torna o vírus HIV menos letal. (B) da melhoria das condições alimentares dos soropositivos, a qual fortalece o sistema imunológico deles. (C) do desenvolvimento de drogas que permitem diferentes formas de ação contra o vírus HIV. (D) das melhorias sanitárias implementadas nos últimos 30 anos, principalmente nas grandes capitais. (E) das campanhas que estimulam a vacinação contra o vírus e a busca pelos serviços de saúde. DENGUE Agente etiológico - O vírus da Dengue (RNA). Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae, com quatro sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Vetores hospedeiros - Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o vírus da Dengue persiste na natureza, mediante o ciclo de transmissão homem → Aedes aegypti → homem. Modo de transmissão - A transmissão se faz pela picada da fêmea do mosquito Ae.
  • 33. aegypti, no ciclo homem → Ae. aegypti → homem. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus. Período de incubação - De 3 a 15 dias; em média, de 5 a 6 dias. Diagnóstico - É necessária uma boa anamnese, com realização da prova do laço, exame clínico e confirmação laboratorial específica. Tratamento: é sintomático (com analgésicos e antipiréticos), sendo indicada hidratação oral ou parenteral, dependendo da caracterização do paciente. ZIKA Descrição: É uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias. Distribuição - O vírus Zika foi isolado pela primeira vez em primatas não humanos em Uganda, na floresta Zika em 1947, por esse motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013, evidências sorológicas em humanos foram notificadas em países da África (Uganda, Tanzânia, Egito, República da África Central, Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa). Nas Américas, o Zika Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014. O Zika Vírus é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado para o continente asiático. Modo de transmissão - O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional. Tratamento - Não existe o tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus. Não há vacina contra o Zika vírus. Prevenção - As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais. Prevenção domiciliar Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato
  • 34. entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes. Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas. Prevenção na comunidade Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas. Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros. Procedimentos de controle de vetores As orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas. CHIKUNGUNYA Descrição - Febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Diagnóstico O vírus só pode ser detectado em exames de laboratório. São três os tipos de testes capazes de detectar o Chikungunya: sorologia, PCR em tempo real (RT‐PCR) e isolamento viral. Todas essas técnicas já são utilizadas no Brasil para o diagnóstico de outras doenças e estão disponíveis nos laboratórios de referência da rede pública. Modo de transmissão - O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados. São eles o Aedes aegypti, de presença essencialmente urbana, em áreas tropicais e, no Brasil, associado à transmissão da dengue; e o Aedes albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais, também existente no Brasil e que pode ser encontrado
  • 35. em áreas urbanas e peri-urbanas em menor densidade. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia. Tratamento - Até o momento não existe um tratamento específico para Chikungunya, como no caso da dengue. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância. Mosquito A. aegypti 2. (Enem 2010) Investigadores das Universidades de Oxford e da Califórnia desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti geneticamente modificada que é candidata para uso na busca de redução na transmissão do vírus da dengue. Nessa nova variedade de mosquito, as fêmeas não conseguem voar devido à interrupção do desenvolvimento do músculo das asas. A modificação genética introduzida é um gene dominante condicional, isso é, o gene tem expressão dominante (basta apenas uma cópia do alelo) e este só atua nas fêmeas. FU, G. et al. Female-specific hightiess phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10): 4550-4554, 2010. Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade de Aedes aegypti demore ainda anos para ser implementada, pois há demanda de muitos estudos com relação ao impacto ambiental. A liberação de machos de Aedes aegypti dessa variedade geneticamente modificada reduziria o número de casos de dengue em uma determinada região porque (A) diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos transgênicos. (B) restringiria a área geográfica de voo dessa espécie de mosquito. (C) dificultaria a contaminação e reprodução do vetor natural da doença. (D) tomaria o mosquito menos resistente ao agente etiológico da doença. (E) dificultaria a obtenção de alimentos pelos machos geneticamente modificados FEBRE AMARELA Agente etiológico - Vírus amarílico, arbovírus do gênero Flavivírus e família Flaviviridae. É um RNA vírus. Vetores/reservatórios e hospedeiros - O principal vetor e reservatório da FAS no Brasil é o mosquito do gênero Haemagogus janthinomys; os hospedeiros naturais são os primatas não humanos (macacos). O homem não imunizado entra nesse ciclo acidentalmente.
  • 36. Período de incubação - Varia de 3 a 6 dias, após a picada do mosquito fêmea infectado. Diagnóstico - É clínico, epidemiológico e laboratorial. Tratamento - Não existe tratamento antiviral específico. É apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicada. Vírus da Febre amarela 3.(Enem 2001) A partir do primeiro semestre de 2000, a ocorrência de casos humanos de febre amarela silvestre extrapolou as áreas endêmicas, com registro de casos em São Paulo e na Bahia, onde os últimos casos tinham ocorrido em 1953 e 1948. Para controlar a febre amarela silvestre e prevenir o risco de uma reurbanização da doença, foram propostas as seguintes ações: I. Exterminar os animais que servem de reservatório do vírus causador da doença. II. Combater a proliferação do mosquito transmissor. III. Intensificar a vacinação nas áreas onde a febre amarela é endêmica e em suas regiões limítrofes. É efetiva e possível de ser implementada uma estratégia envolvendo (A) a ação II, apenas. (B) as ações I e II, apenas. (C) as ações I e III, apenas. (D) as ações II e III, apenas. (E) as ações I, II e III.
  • 37. DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS CÓLERA Descrição - Infecção intestinal aguda, causada pela enterotoxina do bacilo da Cólera Vibrio cholerae. Com diarreia leve. Pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e câimbras. Agente etiológico - Vibrio cholerae Reservatório - O principal é o homem. Estudos recentes sugerem a existência de reservatórios ambientais como plantas aquáticas e frutos do mar. Modo de transmissão - Ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador. Diagnóstico: O V. cholerae pode ser isolado a partir da cultura de amostras de fezes de doentes ou portadores assintomáticos. Casos de diarreia nos quais são relacionadas variáveis com manifestações clínicas e epidemiológicas capazes de definir o diagnóstico, sem investigação laboratorial. Tratamento - Formas leves e moderadas, com soro de reidratação oral (SRO). Formas graves, com hidratação venosa e antibiótico. Vibrio Cholerae COQUELUCHE Descrição - Doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Agente etiológico - Bordetella pertussis. Reservatório - O homem é o único reservatório natural. Modo de transmissão - Contato direto da pessoa doente com pessoa suscetível (gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar). Diagnóstico - O diagnóstico específico é realizado mediante o isolamento da B. pertussis por meio de cultura de material colhido de nasorofaringe, Tratamento: Antibióticos Bordetella pertussis. HANSENÍASE Descrição - Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de
  • 38. indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade); essas propriedades dependem de, além das características intrínsecas do bacilo, de sua relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do meio. Mycobacterium leprae Reservatório - O homem, reconhecido como única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados. Modo de transmissão - A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares (virchowianos e dimorfos) é a aérea superior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo. Período de incubação - Em média, 2 a 7 anos. Há referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 ano. Placas eritematosas Diagnóstico - O diagnóstico é clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico) A classificação operacional do caso de Hanseníase, visando o tratamento com poliquimioterapia é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: Paucibacilar (PB) - Casos com até 5 lesões de pele; Multibacilar (MB) - Casos com mais de 5 lesões de pele. Tratamento - Os pacientes devem ser tratados em regime ambulatorial. Nos serviços básicos de saúde, administra-se uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS). A PQT/OMS mata o bacilo e evita a evolução da doença, prevenindo as incapacidades e deformidades por ela causadas, levando à cura. É administrada através de esquema padrão, de acordo com a classificação operacional do doente em paucibacilar e multibacilar. LEPTOSPIROSE Descrição - Doença infecciosa febril de início abrupto, que pode variar desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos graves associados a manifestações fulminantes. Didaticamente, as apresentações clínicas da Leptospirose foram divididas considerando as
  • 39. fases evolutivas da doença: fase precoce (fase leptospirêmica) e fase tardia (fase imune). Agente etiológico - Bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira, Leptospira Reservatório - Os seres humanos são apenas hospedeiros acidentais e terminais dentro da cadeia de transmissão. O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou rato-de-esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). O R. norvegicus é o principal portador do sorovar Icterohaemorraghiae, um dos mais patogênicos para o homem. Outros reservatórios de importância são: caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos. Modo de transmissão - A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, da pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas. O elo hídrico é importante na transmissão da doença ao homem. Raramente a transmissão ocorre pelo contato direto com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados, transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água ou alimentos contaminados. A transmissão entre humanos é muito rara e de pouca relevância epidemiológica, podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas. Período de incubação - De 1 a 30 dias (em média, de 5 e 14 dias). Diagnóstico - A suspeita clínica deve ser confirmada por métodos laboratoriais específicos. Na fase precoce, as leptospiras podem ser visualizadas no sangue por meio de exame direto, de cultura em meios apropriados, inoculação em animais de laboratório ou detecção do DNA do microrganismo, pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). Tratamento – antibióticos. Modo de transmissão da leptospirose 1. (ENEM 2012) Medidas de saneamento básico são fundamentais no processo de promoção de saúde e qualidade de vida da população. Muitas vezes, a falta de saneamento está relacionada com o aparecimento de várias doenças. Nesse contexto, um paciente dá
  • 40. entrada em um pronto atendimento relatando que há 30 dias teve contato com águas de enchente. Ainda informa que nesta localidade não há rede de esgoto e drenagem de águas pluviais e que a coleta de lixo é inadequada. Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça e dores musculares. Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado). Relacionando os sintomas apresentados com as condições sanitárias da localidade, há indicações de que o paciente apresenta um caso de (A) difteria. (B) botulismo. (C) tuberculose. (D) leptospirose. (E)meningite meningocócica. TUBERCULOSE Descrição - A Tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil. O agravo atinge a todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos economicamente ativos (15 - 54 anos) e do sexo masculino. Doença infecciosa, atinge, principalmente, o pulmão. A Tuberculose primária ocorre durante uma primo-infecção, e pode evoluir tanto a partir do foco pulmonar, quanto do foco ganglionar ou, então, em consequência da disseminação hematogênica, o que acontece em 5% dos primo-infectados, em geral nos primeiros dois anos após a infecção. Agente etiológico - M. tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch (BK). O complexo M. tuberculosis é constituído de várias espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti. Mycobacterium tuberculosis. Reservatório - O reservatório principal é o homem. Em algumas regiões, o gado bovino doente. Modo de transmissão - A Tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, através do ar. A fala, o espirro e, principalmente, a tosse de um doente de Tuberculose pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo. Tratamento - O tratamento da Tuberculose deve ser feito em regime ambulatorial, supervisionado, no serviço de saúde mais próximo à residência do doente. Antes de iniciar a quimioterapia, é necessário orientar o paciente quanto ao tratamento.
  • 41. Rx de paciente com Tuberculose DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E PARASITAS DOENÇA DE CHAGAS Descrição - Doença parasitária com curso clínico bifásico (fases aguda e crônica), podendo se manifestar sob várias formas. Agente etiológico - Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado da família Trypanosomatidae, caracterizado pela presença de um flagelo. Vetores - Triatomíneos hematófagos que, dependendo da espécie, podem viver em meio silvestre, no peridomicílio ou no intradomicílio. São também conhecidos como ―barbeiros‖ ou ―chupões‖. Barbeiro Modo de transmissão - A forma vetorial ocorre pela passagem do protozoário das excretas dos triatomíneos através da pele lesada ou de mucosas do ser humano, durante ou logo após o repasto sanguíneo. A transmissão oral ocorre a partir da ingestão de alimentos contaminados com T. cruzi. Esta forma, frequente na região Amazônica, tem sido implicada em surtos
  • 42. intrafamiliares em diversos estados brasileiros e tem apresentado letalidade elevada. A transmissão vertical ocorre em função da passagem do T. cruzi de mulheres infectadas para seus bebês, durante a gestação ou o parto. A transmissão acidental ocorre a partir do contato de material contaminado (sangue de doentes, excretas de triatomíneos) com a pele lesada ou com mucosas, geralmente durante manipulação em laboratório sem equipamento de biossegurança. Diagnóstico - Determinado pela presença de parasitos circulantes em exames parasitológicos diretos de sangue periférico (exame a fresco, esfregaço, gota espessa). Tratamento – medicação antiparasitária. T. Cruzy 2. (ENEM 2012) A doença de Chagas afeta mais de oito milhões de brasileiros, sendo comum em áreas rurais. É uma doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida por insetos conhecidos como barbeiros ou chupanças. Uma ação do homem sobre o meio ambiente que tem contribuído para o aumento dessa doença é (A) o consumo de carnes de animais silvestres que são hospedeiros do vetor da doença. (B) a utilização de adubos químicos na agricultura que aceleram o ciclo reprodutivo do barbeiro. (C) a ausência de saneamento básico que favorece a proliferação do protozoário em regiões habitadas por humanos. (D) a poluição dos rios e lagos com pesticidas que exterminam o predador das larvas do inseto transmissor da doença. (E) o desmatamento que provoca a migração ou o desaparecimento dos animais silvestres dos quais o barbeiro se alimenta. ESQUITOSSOMOSE MANSÔNICA Descrição - A Esquistossomose Mansônica é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, cuja sintomatologia clínica depende de seu estágio de evolução no homem. A fase aguda pode ser assintomática ou apresentar-se como dermatite cercariana, caracterizada por micropápulas eritematosas e pruriginosas, até cinco dias após a infecção. Com cerca de 3 a 7 semanas após a exposição, pode ocorrer a febre de Katayama, caracterizada por linfodenopatia, febre, anorexia, dor abdominal e cefaleia. Esses sintomas podem ser acompanhados de diarreia, náuseas, vômitos ou tosse seca, ocorrendo hepatomegalia. Após
  • 43. seis meses de infecção, há risco do quadro clínico evoluir para a fase crônica. Agente etiológico - Schistosoma mansoni, um helminto pertencente à classe dos Trematoda, família Schistosomatidae e gênero Schistosoma. Reservatório - No ciclo da doença, estão envolvidos dois hospedeiros, um definitivo e o intermediário. Hospedeiro definitivo - O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita apresenta a forma adulta, reproduzindo-se sexuadamente, possibilitando a eliminação dos ovos do S. mansoni, no ambiente, pelas fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas. Os primatas, marsupiais (gambá), ruminantes, roedores e lagomorfos (lebres e coelhos), são considerados hospedeiros permissivos ou reservatórios, porém, não está clara a participação desses animais na transmissão. Hospedeiro Intermediário - No Brasil, são os caramujos do gênero Biomphalaria: B. glabrata, B. tenagophila, B. straminea. Modo de transmissão - Os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado (homem). Na água, eclodem, liberando uma larva ciliada denominada miracídio, que infecta o caramujo. Após 4 a 6 semanas, a larva abandona o caramujo, na forma de cercária, ficando livre nas águas naturais. O contato humano com águas infectadas pelas cercárias é a maneira pela qual o indivíduo adquire a Esquistossomose. Diagnóstico - Além do quadro clínico- epidemiológico, deve ser realizado exame coprológico. Tratamento – medicação antiparasitária. 3. (ENEM-2015) Euphorbia mili é uma planta ornamental amplamente disseminada no Brasil e conhecida como coroa-de-cristo. O estudo químico do látex dessa espécie forneceu o mais potente produto natural moluscicida, a miliamina A. Atividade moluscicida do látex de Synadenium carinatum boiss. (Euphorbiaceae) sobre Biomphalaria glabrata e isolamento do constituinte majoritário. Revista Eletrônica de Farmácia. n. 3. 2010 (adaptado). O uso desse látex em água infestada por hospedeiros intermediários tem potencial para atuar no controle da (A) dengue. (B) malária. (C) elefantíase. (D) ascaridíase. (E) esquistossomose.
  • 44. FILARÍASE OU ELEFANTÍASE Descrição - A Filariose causada pela Wuchereria bancrofti se manifesta clinicamente no homem sob várias formas. Agente etiológico - Wuchereria bancrofti, nematódeo que vive nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados. Wuchereria bancrofti Reservatório - O homem. Modo de transmissão - Pela picada dos mosquitos transmissores com larvas infectantes. No Brasil, o Culex quinquefasciatus é o principal transmissor. Em geral, as microfilárias têm periodicidade para circular no sangue periférico, sendo mais detectadas à noite, entre às 23h e 1h. Diagnóstico - O teste de rotina é feito pela pesquisa da microfilária no sangue periférico, pelo método da gota espessa (periodicidadenoturna, das 23h à 1h). Tratamento – medicações antiparasitárias. Paciente com elefantíase LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Descrição - Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. É primariamente uma infecção zoonótica que afeta outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente. Lesões causadas pela Leshimaniose Agente etiológico - Há várias espécies de leishmanias envolvidas na transmissão. Nas Américas, são atualmente reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de Leishmania causadoras de doença humana e 8 espécies descritas, somente em animais. No Brasil, já foram identificadas 7 espécies, sendo 6 do
  • 45. subgênero Viannia e 1 do subgênero Leishmania. As mais importantes são Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (L.) amazonenses e L. (V.) guyanensis. Leshimania Hospedeiros e reservatórios - Marsupiais, roedores, preguiça, tamanduá, dentre outros. Modo de transmissão - Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. Flebotomíneo Tratamento - A droga de primeira escolha é o antimonial pentavalente. 4. (Enem 2ª aplicação 2010) Em 2009, o município maranhense de Bacabal foi fortemente atingido por enchentes, submetendo a população local a viver em precárias condições durante algum tempo. Em razão das enchentes, os agentes de saúde manifestaram, na ocasião, temor pelo aumento dos casos de doenças como, por exemplo, a malária, a leptospirose, a leishmaniose e a esquistossomose. ―Cidades inundadas enfrentam aumento de doenças‖. Folha Online. 22 abr. 2009. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br.Acesso: em 28 abr. 2010 (adaptado). Que medidas o responsável pela promoção da saúde da população afetada pela enchente deveria sugerir para evitar o aumento das doenças mencionadas no texto, respectivamente? (A) Evitar o contato com a água contaminada por mosquitos, combater os percevejos hematófagos conhecidos como barbeiros, eliminar os caramujos do gênero Biomphalaria e combater o mosquito Anopheles. (B) Combater o mosquito Anopheles, evitar o contato com a água suja acumulada pelas enchentes, combater o mosquito flebótomo e eliminar caramujos do gênero Biomphalaria. (C) Eliminar os caramujos do gênero Biomphalaria, combater o mosquito flebótomo, evitar o contato com a água suja acumulada pelas enchentes e combater o mosquito Aedes. (D) Combater o mosquito Aedes, evitar o contato com a água suja acumulada pelas enchentes, eliminar os caramujos do gênero Biomphalaria e
  • 46. combater os percevejos hematófagos conhecidos como barbeiros. (E) Combater o mosquito Aedes, eliminar os caramujos do gênero Biomphalaria, combater o mosquito flebótomo e evitar o contato com a água contaminada por mosquitos. LESHIMONIOSE VISCERAL Descrição - Protozoose cujo espectro clínico pode variar desde manifestações clínicas discretas até as graves, que, se não tratadas, podem levar a óbito. A Leishmaniose Visceral (LV), primariamente, era uma zoonose caracterizada como doença de caráter eminentemente rural. Mais recentemente, vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica. Agente etiológico – Protozoário tripanosomatídeos do gênero Leishmania, espécie Leishmania chagasi, parasita intracelular obrigatório. Modo de transmissão - No Brasil, a forma de transmissão é através da fêmea de insetos flebotomíneos das espécies de Lutzomyia longipalpis e L. cruzi, infectados. A transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do hospedeiro. Diagnóstico - Clínico-epidemiológico e laboratorial. Esse último, na rede básica de saúde, baseia-se em, baseia-se principalmente em exames imunológicos e parasitológicos. Tratamento - medicação antiparasitária. MALÁRIA Descrição - Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. Agente etiológico - No Brasil, três espécies de Plasmodium causam Malária em seres humanos: P. malariae, P. vivax e P. falciparum. A Malária por Plasmodium ovale ocorre apenas no continente africano, porém, ocasionalmente, casos importados podem ser diagnosticados no Brasil. Reservatório - O homem é o único reservatório com importância epidemiológica para a Malária humana. Vetores - Mosquito pertencente à ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família Culicidae, gênero Anopheles Meigen Modo de transmissão - Por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo Plasmodium. Os vetores são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade em algumas horas da noite. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa Tratamento - O tratamento da Malária visa a atingir o parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo, os quais podem ser didaticamente resumidos em: interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção, destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual.
  • 47. GABARITO 1.C 2.C 3.D 4.D 5.E 6.E 7.B REFERÊNCIAS AMABIS, José Mariano. Fundamentos da biologia moderna. Moderna: São Paulo, 4ª ed., 2006. BRASIL. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Ministério da Saúde: Brasília , 8ª ed., 2010 PAULINO, Wilson Roberto. Biologia: citologia e histologia. Ática: São Paulo, 2005. SILVA JUNIOR, Cezár; SASSON, Sezar. Biologia. São Paulo: Saraiva, 8. Ed. 2005. LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje: genética, evolução e ecologia. Ática: São Paulo, 2013.
  • 48. EDIÇÃO ENEM 2016 1. O paclitaxel é um triterpeno poli- hidroxilado que foi originalmente isolado da casca de Taxus brevifolia, árvore de crescimento lento e em risco de extinção, mas agora é obtido por rota química semissintética. Esse fármaco é utilizado como agente quimioterápico no tratamento de tumores de ovário, mama e pulmão. Seu mecanismo de ação antitumoral envolve sua ligação à tubulina interferindo com a função dos microtúbulos. KRETZER, I. F. Terapia antitumoral combinada de derivados do paclitaxel e etoposídeo associados à nanoemulsão lipídica rica em colesterol - LDE. Disponível em: www.teses.usp.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado). De acordo com a ação antitumoral descrita, que função celular é diretamente afetada pelo paclitaxel? (A) Divisão celular. (B) Transporte passivo. (C) Equilíbrio osmótico. (D) Geração de energia. (E) Síntese de proteínas 2. Em 1950, Erwin Chargaff e colaboradores estudavam a composição química do DNA e observaram que a quantidade de adenina ( A) é igual à de timina ( T), e a quantidade de guanina ( G) é igual à de citosina ( C) na grande maioria das duplas fitas de DNA. Em outras palavras, esses cientistas descobriram que o total de purinas (A + G) e o total de pirimidinas ( C) + T) eram iguais. Um professor trabalhou esses conceitos em sala de aula e apresentou como exemplo uma fita simples de DNA com 20 adeninas, 25 timinas, 30 guaninas e 25 citosinas. Qual a quantidade de cada um dos nucleotídeos, quando considerada a dupla fita de DNA formada pela fita simples exemplificada pelo professor? (A) Adenina: 20; Timina: 25; Guanina: 25; Citosina: 30. (B) Adenina: 25; Timina: 20; Guanina: 45; Citosina: 45. (C) Adenina: 45; Timina: 45; Guanina: 55; Citosina: 55. (D) Adenina: 50; Timina: 50; Guanina: 50; Citosina: 50. (E) Adenina: 55; Timina: 55; Guanina: 45; Citosina: 45. 3. A sombra do cedro vem se encostar no cocho. Primo Ribeiro levantou os ombros; começa a tremer. Com muito atraso. Mas ele tem no baço duas colmeias de bichinhos maldosos, que não se misturam, soltando enxames no sangue em dias alternados. E assim nunca precisa de passar um dia sem tremer. ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. O texto de João Guimarães Rosa descreve as manifestações das crises paroxísticas da malária em seu personagem. Essas se caracterizam por febre alta, calafrios, sudorese intensa e tremores, com intervalos de 48 h ou 72 h, dependendo da espécie de Plasmodium. Essas crises periódicas ocorrem em razão da
  • 49. (A) lise das hemácias, liberando merozoítos e substâncias denominadas hemozoínas. (B) invasão das hemácias por merozoítos com maturação até a forma esquizonte. (C) reprodução assexuada dos esporozoítos no fígado do indivíduo infectado. (D) liberação de merozoítos dos hepatócitos para a corrente sanguínea. (E) formação de gametócitos dentro das hemácias. 4. Suponha que uma doença desconhecida esteja dizimando um rebanho bovino de uma cidade e alguns veterinários tenham conseguido isolar o agente causador verificando que se trata se um ser unicelular e procarionte. Para combater a doença, os veterinários devem administrar, nos bovinos contaminados (A) vacinas. (B) antivirais. (C) fungicidas. (D) vermífugos. (E) antibióticos. 5. Companheira viajante Suavemente revelada? Bem no interior de nossas células, uma clandestina e estranha alma existe. Silenciosamente, ela trama e aparece cumprindo seus afazeres domésticos cotidianos, descobrindo seu nicho especial em nossa fogosa cozinha metabólica, mantendo entropia em apuros, em ciclos variáveis noturnos e diurnos. Contudo, raramente ela nos acende, apesar de sua fornalha consumi-la. Sua origem? Microbiana, supomos. Julga-se adaptada às células eucariontes, considerando-se como escrava — uma serva a serviço de nossa verdadeira evolução. McMURRAY, W. C. The traveler. Trends in Biochemical Sciences, 1994 (adaptado). A organela celular descrita de forma poética no texto é o(a) (A) centríolo. (B) lisossomo. (C) mitocôndria. (D) complexo golgiense. (E) retículo endoplasmático liso GABARITO: 1.A 2.C 3.A 4.E 5.C
  • 50. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E AÇÕES COMUNITÁRIAS DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO PROGRAMA DE INCLUSÃO, ACESSO E PERMANÊNCIA __________________________________________________________________________________________________________________________________ Página 50 de 50