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Empatia: “calçando os sapatos de alguém” ...
Você já apresentou dificuldade para entender o comportamento de uma pessoa? Já
pensou: Por que tal pessoa fez aquilo? O que aconteceu para que ela reagisse daquela
forma? Como pôde ter feito isso? Se eu estivesse no lugar dela, faria diferente! Eu acho
que ela está errada... Eu acho que ela está certa, e outras inúmeras “avaliações” que se
pode fazer sobre o comportamento do outro. Você conhece, suficientemente, a história
de vida dessa pessoa a quem está se referindo e as condições atuais nas quais ela vive
a ponto de responder a esses questionamentos de forma “justa”? E mesmo se você
tivesse alguma noção dos fatores envolvidos na ação, isso lhe dá o direito de julgar
outra pessoa (e não apenas o comportamento dela)? Pois é! Fazer isso pode resultar em
brigas, rompimentos afetivos, agressões, ofensas, abusos, demissões e outros produtos
ainda mais desastrosos desse tipo de repertório. Realizar essas interpretações de forma
pouco empática pode comprometer (e MUITO!) os relacionamentos interpessoais, quer
sejam eles familiares, amorosos, profissionais ou sociais.
Estabelecer e manter vínculo com alguém “não é mole não”! Por vezes, bem mais
fácil,outrasvezes,maisdifícil,masofatoéquequemjábuscouserelacionarcomalguém
deve ter notado o “trabalho” que dá construir uma relação satisfatória. Nesse sentido,
apresentar habilidades sociais é imprescindível para não “naufragar” no mundo dos
relacionamentos! Dentre as várias habilidades sociais relevantes para tanto, a empatia
tem sido considerada como de importância crítica para o desenvolvimento emocional
saudável. Estudos consideram déficits nessa área como um dos fatores de risco
para comportamentos antissociais, especialmente os agressivos. Mas, afinal, o que é
EMPATIA? Empatia consiste em compartilhar sentimentos positivos e negativos que
os outros experimentam e, ainda, demonstrar-lhes que os compartilha; compreender
como alguém se sente e tentar imaginar como aquele sentimento se manifestaria em
você; em síntese, significa perceber e se preocupar com a experiência do outro.
Para desenvolver e aprimorar essa e outras habilidades socioemocionais, é
importante que as necessidades físicas do indivíduo sejam satisfeitas para que ele
possa estar disponível a atentar-se ao que se passa com os demais e que, além disso,
ele seja exposto a várias oportunidades para experimentar e expressar diferentes
emoções, diminuindo a preocupação excessiva consigo mesmo. Ao invés de falar sobre
generosidade e empatia, por exemplo, uma ótima opção seria levar a criança até um
ambiente desfavorecido para doar os seus brinquedos. Contudo, atenção! Assim como
a empatia pode aumentar a probabilidade de emissão de comportamentos altruístas,
essa condição também pode intensificar respostas emocionais aversivas, o que pode
ser indevido no caso de pessoas que já se encontram vulneráveis emocionalmente.
Portanto, e necessário avaliar a pertinência da experiência em cada caso.
Outro componente fundamental para a aprendizagem desse tipo de
comportamento diz respeito às práticas parentais. Como as crianças estão sendo
educadas? Existe correspondência entre o que os pais falam e o que, de fato, fazem?
Se o objetivo é ensinar comportamento moral, por exemplo, o que adianta dizer à
criança que ela não deve mentir e pedir, no instante seguinte, que, ao atender ao
telefone, ela diga que você não está? De maneira similar, para viver em um mundo
mais empático, humanizado e menos acusatório (e ensinar isso a outras pessoas),
sugiro que comece por você: “calce os sapatos de alguém”, um pouquinho, todos os
dias. Um repertório tão complexo não se constrói da noite para o dia.
Referências
Oshiro, C. K. B., & Godoy, M. C. (2020). Arte da empatia na psicoterapia [E-book].
São Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
Weber, L. (2017). Eduque com carinho: equilíbrio entre amor e limites. Curitiba: Juruá.

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