1. Sobre a FAPESC
Vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, a
FAPESC (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa
Catarina) é responsável pelo fomento à pesquisa científica e tecnológica catarinense,
além de estimular a inovação em empresas, no governo e nas outras esferas da
sociedade. Com isso, estimula o avanço de todas as áreas do conhecimento, para o
equilíbrio regional e a melhoria da qualidade de vida em Santa Catarina.
A FAPESC repassa recursos do governo estadual e de outras fontes, principalmente
para financiar projetos de pesquisa e inovação (cerca de 1.400 estão em andamento).
Aproximadamente 4 mil pesquisadores desenvolvem trabalhos que envolvem
255 entidades, com apoio desta Fundação, responsável também por abrir novas
chamadas públicas e manter os estudos de 530 bolsistas, do ensino médio à pós-
graduação.
Para se candidatar a bolsas ou aos recursos oferecidos para Fapesc, basta ler
as chamadas públicas anunciadas no site www.fapesc.sc.gov.br.
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Um dos maiores programas da Fundação é a Rede Catarinense de Ciência e
Tecnologia, que integra todos os 293 municípios do Estado. A rede garante, a mais
de 1 milhão de pessoas, conexões gratuitas à internet em quase 2 mil pontos do
território catarinense (escolas, museus, bibliotecas e outros locais públicos).
Outros exemplos:
Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde, pelo qual os usuários
do SUS são beneficiados com inovações médicas e melhorias no atendimento.
Entre as mais de 100 pesquisas resultantes,vale citar um sistema de
diagnóstico de câncer de pele via imagens através da telemedicina, que
viabiliza o envio de exames e sua análise por meio da internet,
dispensando deslocamentos dos pacientes. A penúltima chamada pública
bateu recorde: R$5 milhões foram oferecidos pelo programa, sendo R$3
milhões do Ministério da Saúde, R$1 milhão da FAPESC e R$1 milhão da
Secretaria do Estado da Saúde. Como não houve projetos aprovados para tal
volume de recursos, o residual deu origem ao que seria a última chamada
pública do PPSUS, lançada em 2010.
Programa de Apoio a Núcleos de Excelência – provê verbas para
pesquisadores de competência internacional desenvolver estudos na fronteira
do conhecimento. O próprio reitor da UFSC, Álvaro Prata, coordena um
grupo contemplado pelo PRONEX, na área da refrigeração.
Outro programa federal rendeu a instalação de 4 Institutos Nacionais de
Ciência e Tecnologia em SC, reconhecidos como estratégicos no Sistema
Nacional de C&T. Eles promoverão o desenvolvimento do estado em áreas
estratégicas como tecnologia da informação e refrigeração, por facilitarem a
incorporação das inovações por parte de empresas.
Quatro institutos têm sedes na UFSC: INCT em Catálise em Sistemas
Moleculares e Nanoestruturados; INCT em Convergência Digital; INCT
em Refrigeração e Termofísica e INCT Brasil Plural. Eles são
2. financiados pelo governo federal (CNPq, R$10.594.668.71) e pelo
governo estadual (FAPESC, R$8.744.668,70). A Fapeam entra com
R$600 mil para financiar o Instituto Nacional de Pesquisas Brasil Plural,
um esforço conjunto de vários pesquisadores, de diferentes Instituições,
campos e especialidades da antropologia, entendida em seu sentido
amplo, para propor e refletir sobre uma outra imagem sociocultural do
Brasil, a partir de uma comparação entre a Amazônia e o Sul do Brasil.
O Programa Universal é um dos mais tradicionais e foi criado ainda na época
da Funcitec, em 2002. Só no ano passado, foram concluídos 123 projetos,
entre eles um que resultou em nova tecnologia para produzir biodiesel a
partir de gordura animal e outro que propôs soluções para os problemas
sofridos por educadores, da ansiedade até depressão.
Uma pesquisa desenvolvida por conta do Programa Jovens Pesquisadores já
está dando resultados promissores para a recuperação de paraplégicos.
Ela prevê a injeção de medicamentos na medula espinhal, associada ao uso de
um material de origem bacteriana capaz de estimular a regeneração da coluna
vertebral.
Mediante apoio a incubadoras e parques tecnológicos, a FAPESC fomenta
áreas tão distintas como entretenimento digital, biotecnologia, rastreamento
veicular via satélite, software para telecomunicações e tecnologia da
informação. De acordo com a vocação de cada região, as incubadoras
espalhadas pelo Estado desenvolvem projetos inovadores como a urna
eletrônica, aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral para uso em todo
país.
Um estudo sobre as causas dos acidentes provocados por mau uso da
eletricidade em minas de carvão está sendo financiado com recursos do
programa Valorização do Carvão Mineral. Outro foca na proteção humana para
evitar choques ou mesmo mortes por descargas elétricas nas minas. Há 21
outras pesquisas em andamento. Todos os estudos são conduzidos por alunos
economicamente carentes.
Programas de bolsas viabilizam desde a iniciação científica até pesquisas de ponta
Bolsas de iniciação científica (para aproximadamente 210 alunos, do ensino
médio à universidade).
Prêmio Mérito Universitário Catarinense: estimula a produção científica ainda
durante a fase de graduação, dando a cerca de 330 alunos bolsas no valor
mensal de R$350, ao longo de um ano.
Antiga reivindicação da comunidade acadêmica, a FAPESC instituiu programa de
bolsas com recursos oriundos exclusivamente do seu orçamento e permite a 145
bolsistas realizar mestrados e doutorados.
3. A FAPESC vem fortalecendo a agricultura catarinense ao fomentar a pesquisa sobre
algumas culturas de destaque em nosso Estado. É o caso do incentivo aos
programas de melhoramento genético e do lançamento de novas cultivares, que
incrementam a competitividade catarinense no mercado agrícola.
Vejamos alguns casos:
Estudos sobre a cultura do arroz irrigado resultaram na duplicação dos
índices de produção do cereal na última década, aumentando a renda de
8.000 famílias;
As novas cultivares de maçã e feijão fizeram de Santa Catarina um destaque a
nível internacional;
As novas variedades de milho e as cultivares de goiaba serrana deram mais
uma alternativa econômica para evitar o êxodo rural.
A FAPESC também ajuda a aumentar qualidade dos vinhos catarinenses. Os
que combinam uvas cultivadas no Planalto Serrano Catarinense - cujas
altitudes e oscilações de temperatura favorecem a elaboração de vinhos com
cor e sabor intensos - renderam bebidas vendidas ao preço de R$100 por
garrafa.
A FAPESC trata ainda de ações voltadas ao estado como um todo, como o Inventário
Florístico-Florestal Catarinense, um levantamento do que sobrou de florestas e de
plantas epífitas no território catarinense. Os dados obtidos poderão orientar a
formulação de políticas públicas para preservação e uso sustentável dos
recursos florestais. O inventário foi conduzido pela FURB, em parceria com a Epagri,
a Secretaria de Estado da Agricultura e a UFSC (por citar alguns parceiros da
FAPESC).