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O CLLES
TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Nº 002/2013,
ENTRE ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE RORAIMA E INSTITUTO
SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FACETEN-ISEF
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR
DISCIPLINA: PROJETO DE PESQUISA “CONCLUSÃO”
ALUNOS
STONES DE MOURA
RAIMUNDO LEONDRI DA COSTA MAIA
ANTONIO ALVES DE MELO
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EVASÃO DO ALUNADO NA
ESCOLA ESTADUAL MARIA SÔNIA DE BRITO OLIVA
Boa Vista – RR
2014.2
1
PROJETO DE PESQUISA
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EVASÃO DO ALUNADO NA
ESCOLA ESTADUAL MARIA SÔNIA DE BRITO OLIVA
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de
Especialização em Gestão Escolar pela Universidade
Estadual de Roraima – Escoleges, com parceria com a
faceten-isef, como requisito para obtenção de nota
referente à disciplina de projeto de pesquisa “conclusão”,
ministrada pelo Professor: Rildo.
Boa Vista – RR
2014.2
2
SUMÁRIO
Tema..................................................................................................................03
Delimitação do Tema.........................................................................................03
Problema da Pesquisa.......................................................................................03
Justificativa........................................................................................................03
Hipóteses...........................................................................................................05
Objetivos............................................................................................................05
Referencial Teórico............................................................................................05
Metodologia da Pesquisa...................................................................................14
Referências........................................................................................................18
3
1. TEMA:
Evasão escolar: um fenômeno em ascensão.
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA:
Fatores que contribuem para a evasão do alunado na Escola Estadual
Maria Sônia de Brito Oliva.
3. PROBLEMA DA PESQUISA:
Quais são os fatores que colaboram para a evasão dos alunos na Escola
Estadual Maria Sônia de Brito Oliva?
4. JUSTIFICATIVA:
A escola desempenha papel fundamental para a formação dos sujeitos
sob os aspectos moral, intelectual e social. Sendo um lugar de encontro de
várias culturas e saberes refletidos na sociedade, desta forma, deve estar
preparada para receber não apenas um aluno pronto e, sim um indivíduo
complexo, que possui suas características, dificuldades e particularidades,
um ser único.
Entretanto, vale ressaltar que tão importante quanto promover o
acesso a escola é oferecer aos alunos as oportunidades para
permanecerem na instituição de ensino.
Neste sentido, a relevância do referente projeto de pesquisa reside em
discutir sobre os fatores que contribuem para a evasão dos alunos na
Instituição de ensino pesquisada, objetivando colaborar para a
conscientização do trabalho em conjunto da gestão e comunidade escolar no
enfrentamento deste fenômeno, garantindo o direito à educação para todos.
Conforme defende a Declaração Universal dos Direitos Humanos de
1948, a qual determina que “todos os seres humanos nascem livres e iguais
em dignidade e direitos”, Art. I – “e que todo ser humano tem direito a
instrução”.
4
Sob esta perspectiva, o presente projeto visa promover a reflexão da
relevância de uma gestão democrática e participava para o pleno
desenvolvimento do ensino e consequentemente para a vida dos sujeitos.
Ao discutir sobre uma concepção do conhecimento significativo,
perpassamos por alguns fatores essencialmente importantes para o processo
de ensino – aprendizagem, como: a utilização dos materiais didáticos, a
metodologia de ensino, participação da família na escola e as dificuldades de
aprendizagem.
Destaca-se como foco das reflexões da docência acerca do processo de
ensino-aprendizagem como desenvolver junto aos alunos uma relação de
confiança e respeito mútuo para poder aproximar-se e conhecer suas reais
dificuldades e necessidades em relação aos estudos.
Desta forma, entende-se que a busca por novas e melhores práticas
de ensino permeiam constantemente a ação educativa dos professores,
sempre preocupados em desenvolver metodologias e abordar conteúdos
que promovam conhecimento significativo para o aluno.
Mas tão importante quanto o papel do professor-colaborador e mediador
dos conhecimentos é o apoio familiar na conclusão dos estudos dos alunos,
visto que é considerado o elo mais forte entre os sujeitos. Segundo Leonardo
(2007) a família é a base, a unidade e a geradora de valores e referenciais para
o filho, deste modo precisa estar bem estruturada, onde haja espaço para
diálogo e o equilíbrio das relações, pois cabe aos pais instruir e formar este
indivíduo.
Neste contexto, se observa quão fundamental é o acompanhamento dos
pais para o sucesso acadêmico dos filhos. Esta participação familiar só é
possível devido à gestão democrática contemplada na escola, onde se busca
tornar-se mediadora entre o conhecimento, família e sociedade.
Deste modo o referente projeto visa promover a discussão do
enfrentamento da evasão escolar, bem como contribuir para a contemplação
de uma educação de qualidade e humanizada.
5
5. HIPÓTESES:
 Os alunos sentem-se desmotivados devido à contemplação de
aulas descontextualizadas.
 As dificuldades de aprendizagem dos discentes não são
trabalhadas com o auxílio do professor, família e gestão escolar.
 A falta de materiais didáticos compromete a concepção dos
conhecimentos.
 Falta de apoio da família aos estudos dos filhos.
 Desinteresse pelos estudos por parte dos alunos.
6. OBJETIVOS:
6.1 Objetivo Geral:
Discutir sobre a relevância do trabalho em conjunto da gestão e
comunidade no enfrentamento da evasão dos alunos na Escola Estadual Maria
Sônia Brito de Oliva.
6.2 Objetivos Específicos:
 Identificar os principais fatores que colaboram para a evasão
escolar.
 Conscientizar os pais sobre a importância do apoio familiar para a
conclusão dos estudos dos filhos.
 Discutir e socializar sobre o enfrentamento da evasão escolar em
união: gestão e comunidade.
 Refletir sobre a relevância de uma gestão democrática e
participativa.
7. REFERÊNCIAL TEÓRICO:
A Constituição Federal de 1988 garante a “educação um direito de
todos e dever do Estado e da família” (Art. 205), tendo a escola papel
fundamental no exercício desse direito e desse dever.
6
A escola vai além da concepção de conteúdos, ela transmite valores
éticos, sociais e morais. Portanto, espera-se que a instituição comprometida
com o pleno desenvolvimento do aluno seja aquela que tenha uma gestão
democrática e participativa, centrada na aprendizagem, particularidades e
dificuldades vivenciadas pelo discente.
Nesta perspectiva, entende-se que a escola recebe um indivíduo
complexo, não apenas um aluno o qual deve ser transmitido o conhecimento,
desta maneira, desempenha papel importante para a formação acadêmica,
pessoal e social dos mesmos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei - 9394̸96 destaca em
seus artigos 14 e 15 os princípios norteadores da gestão democrática, veja:
Art. 14. Os Sistemas de Ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com
as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I Participação dos profissionais da educação na elaboração do
Projeto Político Pedagógico da escola.
II Participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares
públicas de educação básica que os integram progressivos graus de
autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira,
observados as normas gerais de direito financeiro público.
Os referidos princípios I e II do Art. 14 são primordiais para a plena
efetivação de uma gestão democrática escolar. Justificam-se pelo fato de
garantir aos profissionais da educação e os demais participantes da
comunidade escolar participar no processo de elaboração do Projeto Político
Pedagógico - PPP, deste modo, em conjunto, decidirem as melhores
estratégias, normas e regras que farão parte do processo de ensino –
aprendizagem com qualidade, isto é o que torna uma gestão democrática e
participava centrada no aluno por um bem maior.
Conforme Libâneo (2004), o PPP é o documento que apresenta os
objetivos, as diretrizes e as ações do processo educativo desenvolvido na
escola, bem como as exigências legais, sociais, os propósitos e expectativas
da comunidade.
7
Neste prisma, entende-se a relevância da participação da comunidade
nas tomadas de decisões no contexto escolar, visto que este trabalho em
conjunto pode favorecer na apreciação das soluções dos problemas advindos
da escola.
Para Libâneo (2006, p.39), “a escola é parte integrante do todo social,
agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da sociedade”. Isto
é, faz-se necessário a participação da comunidade escolar pela busca de uma
educação de qualidade, centrando o foco das preocupações no pleno
desenvolvimento dos alunos e isto consequentemente vai refletir de modo
propositivo na sociedade.
Sob esta perspectiva, destaca-se outro fator de suma importância: a
participação dos pais no acompanhamento dos estudos dos filhos, bem como a
verificação por parte destes se a finalidade da educação está sendo alcançada:
[...] A finalidade da educação é o cultivo individual, o desenvolvimento
das aptidões individuais que preparam o indivíduo para ocupar um
lugar na organização social. Cada indivíduo é dotado de uma
natureza humana única, universal, que independe da estrutura social.
O processo educativo visa despertar a essência humana contida em
cada um, desabrochar a natureza individual. (LIBÂNEO, 2006, p. 65).
Neste sentido, a atividade educativa visa, portanto, à humanização dos
sujeitos para a compreensão da cultura da sociedade por meio da auto-reflexão
e compreensão de seu papel social.
Para o autor anteriormente citado, o processo de ensino-aprendizagem
deve ter como priori o desenvolvimento das habilidades, capacidades e
competências dos alunos e, principalmente lhe oferecer bases para construir
sua autonomia.
Nesta perspectiva, cita-se que o conhecimento é entendido como
estando sempre em processo de construção, isto significa dizer que o aprender
se renova, soma-se, criam-se novas bases e, estes conhecimentos se
constroem a partir da interação dos sujeitos com o mundo físico e social, se
antes a ênfase estava centrada no ensinar, agora está centrada no aprender,
veja:
8
Construtivista porque compreende o conhecimento como
estando sempre em processo de construção, transformando-se
mediante a ação do indivíduo no mundo, da ação do sujeito
sobre o objeto, de sua transformação em sujeito ativo em
processo de permanente construção. [...]
Interacionista porque reconhecem que o sujeito e objetos são
organismos vivos, ativos, abertos, em constante intercâmbio
com o meio ambiente, como estruturas dissipadoras de
energia, mediantes processos interativos indissociáveis e
modificadores das relações sujeito-objeto e sujeito-sujeito, a
partir dos quais um modifica o outro e os sujeitos se modificam
entre si. Sociocultural porque compreende que o “ser” faz na
relação, que o conhecimento é produzido na interação com o
mundo físico e social com base no contato do indivíduo com a
sua realidade, com os outros, incluindo aqui a dimensão social,
dialógica inerente a própria construção do pensamento. [...]
Transcendente porque significa a tentativa de ir mais além de
ultrapassar-se, superar-se, entrar em comunhão com a
totalidade indivisível, compreender-se como parte integrante do
universo, onde todas as coisas se tocam entre si. (MORAIS,
1997, p. 25).
Sob este ponto de vista, considera-se que a escola desempenha papel
fundamental para o desenvolvimento dos sujeitos, visto que busca contribuir
para sua formação intelectual e social, bem como prepará-los para enfrentar os
possíveis desafios que encontrarão no decurso de suas vidas.
Entretanto, como citado anteriormente, é imprescindível o apoio familiar
para o sucesso acadêmico dos filhos, por esta ser a base geradora de valores
dos sujeitos, vejamos a importância da família para a efetivação de um
processo de ensino-aprendizagem de qualidade:
O acompanhamento da vida escolar dos filhos pelos pais, segundo
estudos, é um fator importante para a aprendizagem e para o
sucesso acadêmico de crianças e jovens (Polônia e Dessen, 2005;
Marques, 2002). Há, inclusive, pesquisas ressaltando a necessidade
de a escola incentivar e favorecer a participação da família na vida
escolar, porque identificam que a boa relação família-escola é um dos
fatores que melhoram as condições de aprendizado (Lopez, 2002;
Marques, 2002; Paro 2000; Bhering e Blatchford, 1999). Outras ainda
mostram que, mesmo numa boa instituição escolar, com bons
programas curriculares, a aprendizagem dos alunos só se evidencia
quando estes têm a atenção e o acompanhamento dos pais.
(Disponível em: WWW.pepsic.bvsalud.org acessado em 12 de
novembro de 2014).
Neste contexto, discuti-se que mesmo que a instituição apresente
programas curriculares excelentes, a aprendizagem do aluno apenas se
evidencia quando há o acompanhamento dos pais. Polity (1998) explica que ao
9
ser contemplada uma aprendizagem satisfatória é preciso analisar o estudante,
a escola e a família, por acreditar que dentro do seio familiar são amenizados
ou multiplicados os conflitos e isto reflete no rendimento escolar dos discentes.
Vale ressaltar que dentre os fatores que colaboram para a evasão escolar
está à falta de apoio da família para conclusão dos estudos dos filhos. Isto
ocorre em boa parte devido a desestrutura familiar. Polity (1998) defende que o
campo do conhecimento está diretamente relacionado ao campo afetivo e
emocional, logo, quando o aluno não tem base familiar, a concepção dos
conhecimentos fica comprometida.
Portanto, se compreende a necessidade da escola em garantir uma
boa relação com a família, colocando-se como parceria no desenvolvimento
dos alunos, apresentando atitudes livres de preconceitos e aberta às
discussões em vista de solucionar os problemas advindos do âmbito
educacional.
Outros fatores podem contribuir para a evasão escolar como: a falta de
materiais didáticos, dificuldades de aprendizagem, a contemplação de aulas
descontextualizadas, o que consequentemente pode resultar no desinteresse
pelos estudos por parte dos discentes.
No que tange a relevância dos materiais didáticos para o processo de
ensino-aprendizagem, pode-se citar Zabala (2007), o qual expõe que a
utilização dos diferentes materiais didáticos pode contribuir nas condições do
aprender, no concurso das experiências, na contraposição de ideias, no
desenvolvimento da atividade mental para a compreensão dos conceitos e
princípios estudados.
Para o autor antes citado, os recursos didáticos mais utilizados em sala
de aula são os livros, em muitas situações o único, estes devem ser
considerados pelo docente como um apoio e não como uma cartilha que deve
ser seguida a risca. O autor acrescenta que o livro é uma importante fonte de
pesquisa tanto quanto os materiais publicados em mídia, como as músicas, os
filmes e as revistas.
Desta forma, a utilização dos diferentes materiais didáticos colabora
para o desenvolvimento do senso crítico do estudante, para a percepção de
10
mundo e, para o professor é considerado como um ponto de referência, um
guia orientador e facilitador do processo de ensino aprendizagem.
Considera-se os materiais didáticos como um suporte para o ensino, as
funções que estes recursos desempenham dependem de suas características
e das formas pelos quais eles participam no desenvolvimento da aula, o qual
se constitui como uma das mediações entre professores e alunos.
Deste modo, se compreende que a escolha dos materiais didáticos a ser
utilizado em sala de aula é acompanhada de intencionalidade e finalidade, no
entanto, para a seleção destes recursos faz-se necessário que haja a reflexão
dos objetivos e das metas a serem alcançadas com o uso destes elementos.
Bem como um olhar profundo dos conteúdos a ser contemplado e, mais que
isto, visar o desenvolvimento das potencialidades do educando.
Em relação à apreciação de aulas descontextualizadas como um dos
fatores que colaboram para o desinteresse pelos estudos por parte dos alunos
pode-se citar Demo (1994), o autor explica que ao ser desenvolvido este tipo
de aula os objetivos do ensino não são alcançados, como o de formar um ser
crítico e reflexivo, tão pouco desenvolver suas habilidades e capacidades,
resume-se tão somente à mecanização dos estudos.
Neste sentido, a concepção do conhecimento significativo fica a margem
de suas reais propostas como o de contribuir para a construção da autonomia e
o reconhecimento destes estudos como algo importante para a vida dos
sujeitos, tornando-se um processo educativo desmotivador para o aluno.
Segundo Soares (2004, p. 87), "não há método ideal. Na noção de
método não pode estar à pretensão de caminho a ser seguido a ferro e fogo,
mas de instrumento da aprendizagem, tão flexível quanto à própria
aprendizagem, à qual serve."
Ou seja, para que o aluno se sinta parte integrante do processo de
ensino-aprendizagem o professor deve refletir sobre o desenvolvimento de
metodologias mais dinâmicas e atraentes para eles, que seja capaz de oferecê-
los um conhecimento significativo e promover o diálogo. Isto é, ser flexível ao
repensar em sua práxis pedagógica e, se preciso for rever sua forma de
abordar os conteúdos em sala de aula.
11
Espera-se, em uma prática de ensino mais dinâmica, que o aluno
possa não só dar significado, mas compreender o que esta sendo
ensinado. Optando por uma metodologia de ensino que envolva o
aluno na construção do conhecimento, espera-se que ele estude a
partir de situações do cotidiano e relacione o conhecimento
aprendido para analisar a realidade, que pode ser a local ou global.
(CASTELLAR E VILHENA, 2012, p. 06).
Sendo contempladas aulas contextualizadas a realidade do aluno, o qual
seja valorizado seus conhecimentos prévios, despertando nos discentes a
criticidade em relação aos conhecimentos já adquiridos com os novos
conceitos.
Tão importante quanto os fatores que colaboram para a evasão escolar
apontados anteriormente está à dificuldade de aprendizagem, esta por sua vez
refleti no individualismo do discente dentro de sala de aula, visto que se
reprime ao dividir suas dúvidas com os demais alunos ou até mesmo com os
professores.
De acordo com Patto (1993), as dificuldades de aprendizagem estão na
base do fracasso escolar, caracterizado pelo alto índice de repetição e de
evasão, o autor expõe que estes transtornos são advindos de fatores como:
físico, cognitivo, emocional, familiar e comportamental.
Este fenômeno é percebido primeiramente pelos pais devido à
convivência com as crianças, os quais ocupam posição privilegiada para
detectar estes problemas, tendo uma série de informações dos detalhes do
crescimento, contribuindo para o diagnóstico e tratamento dos filhos. O docente
também pode identificar o aluno que necessita de mais tempo e de
monitoração para entender os conteúdos.
Desta forma, recomenda-se que o docente deva tomar providências no
sentido de maximizar a aprendizagem do educando com dificuldades, como: a
escolha de atividades nas quais o sucesso seja vivenciado; clareza na
apresentação dos objetivos; verificação constante da compreensão por parte
dos alunos, repetição frequente de instruções, remoção de distrações, entre
outros, conforme frisa Dembo (1994).
12
Logo, entende-se que o educador necessita reavaliar sua atuação e, que
suas reflexões devam estar centralizadas nas reais potencialidades e
dificuldades dos alunos, bem como nos fatores que estejam interferindo no
aprender. Focando em estratégias juntamente com os pais e gestão escolar,
com o objetivo de promover um ambiente de respeito e de autoconfiança aos
discentes.
O termo “estratégias” aqui utilizado consiste num conjunto de
procedimentos que objetivam facilitar a aprendizagem, o qual engloba os
segmentos cognitivos, metacognitivos e de apoio. Segundo Da Silva (1997), o
acesso a estas estratégias possibilitam aos alunos diminuir suas dificuldades
pessoais e aprender a controlar melhor os fatores ambientais que interferem no
rendimento escolar satisfatório.
Mas tão fundamental quanto reconhecer os elementos que podem
interferir na concepção da aprendizagem, é a reflexão e a conscientização de
como transformar esta realidade e oferecer oportunidades para os alunos
concluírem os estudos.
De acordo com o Ministério da Educação e Cultura – MEC, a taxa de
evasão escolar em 2012 atingiu 24,3% em 2012, o que colocou o Brasil em 3˚
lugar num ranque de 100 países em relação ao abandono escolar, conforme
dados oficiais do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (2013).
Preocupados com o fenômeno da evasão escolar, o MEC criou
programas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, o Pacto
Nacional do Ensino Fundamental e o Pacto Nacional do Ensino Médio,
objetivando desenvolver uma série de ações em conjunto com as secretarias
estaduais de educação, tendo como priori capacitar professores e coordenação
pedagógica nas escolas públicas.
Segundo o Programa das Nações Unidas – PNUD (2012), de cada
quatro alunos que iniciam os estudos no Brasil um desiste antes de completar a
última série. Dentre os principais motivos que colaboram para o abandono
escolar destacados pelo PNUD são: desinteresse pelos estudos, falta de
participação dos pais na escola, dificuldades dos alunos (de aprendizagem ou
econômicos).
13
Vale ressaltar que alguns alunos se ausentam da escola sem apresentar
nenhuma justificativa, neste sentido, compete à escola acompanhar a
frequencia do alunado e garantir a permanência destes na instituição de
ensino, visto que a evasão escolar feri os princípios defendidos pela LDB de
1996 e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, os quais defendem uma
educação para todos.
Um dos caminhos a ser seguido para garantir a permanência dos alunos
na escola, conforme Polity (1998) é colocá-lo no centro das atenções, para
tanto se faz necessário um trabalho realizado em união, pais, professores e
gestão escolar pela busca das soluções dos problemas advindos neste
contexto.
Daí a importância de ser contemplada uma gestão democrática e
participava, onde os membros da comunidade tenham acesso e efetiva
colaboração nas tomadas de decisões da escola, no qual a gestão
desempenha papel fundamental de mediadora entre o conhecimento, a família
e a sociedade, conforme frisado anteriormente.
Neste sentido, entende-se que o apoio da gestão às práticas docentes
torna-se essencial para um processo de ensino-aprendizagem de qualidade,
tanto quanto buscar oferecer espaços para o diálogo com a família visando o
pleno desenvolvimento dos alunos.
Deste modo, propiciar condições favoráveis para a efetiva contemplação
de um conhecimento significativo, isto perpassa pelo reconhecimento de alguns
fatores importantes como: se a estrutura física escolar está adequada aos
estudos, a disponibilidade de materiais didáticos, a práxis pedagógica dos
professores, participação da família nos estudos dos filhos, entre outros pontos
relevantes para o processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, entende-se a importância da escola compreender que cada
aluno é um ser único, dotado de valores, de direitos e deveres, que possui suas
dificuldades e particularidades. Desta forma, a instituição de ensino deve estar
14
aberta para recebê-los, consciente do seu papel como formadora de cidadãos,
visando contribuir para a construção da autonomia dos alunos e
consequentemente para participarem de modo propositivo na sociedade.
8. METODOLOGIA DA PESQUISA:
8.1 Tipo de Pesquisa
O referente projeto utilizou a pesquisa de natureza aplicada por
objetivar conscientizar sobre o fenômeno da evasão escolar na Instituição de
ensino pesquisada, almejando intervir nesta realidade e garantir o acesso e a
permanência dos alunos na escola, deste modo colaborando para a realização
de uma educação para todos concomitante a melhoria do processo de ensino-
aprendizagem.
Conforme Lakatos e Marconi (2009), a pesquisa de natureza aplicada
tem como característica seu interesse prático e que seus resultados ou
soluções sejam aplicados na realidade analisada, contribuindo para a
intervenção do contexto pesquisado.
Neste sentido, torna-se relevante o trabalho em conjunto do gestor,
professores, pais e alunos na socialização das discussões sobre os fatores que
colaboram para a evasão escolar, com o objetivo de buscar soluções para
estes fenômenos e consequentemente transformar esta realidade.
As análises destes fenômenos necessitam de um estudo complexo das
atitudes e dos comportamentos dos indivíduos que fazem parte desta pesquisa,
desta forma, o referente projeto fez uso da abordagem qualitativa, visto que
este tipo de pesquisa é apropriado aos estudos complexos e de cunho social
que não tende a quantificação, como destaca Minayo (2007, p.21) a “pesquisa
qualitativa trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das
aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes”.
Esta pesquisa fez uso do método indutivo devido ter se baseado em
estudos que generalizam as propriedades comuns a certo número de casos,
partindo de uma particularidade para uma questão mais ampla. Lakatos e
Marconi (2006, p. 86) explicam que “a indução é um processo mental que parte
15
de dados particulares, suficientes constatados e infere-se uma verdade geral
ou universal, não contida nas partes examinadas”.
8.2 Instrumento de Coleta de Dados
O questionário foi o instrumento de coleta de dados utilizado nesta
pesquisa, sendo estes compostos por 10 (dez) questões dos tipos abertas e
fechadas. As quais serão apresentadas perguntas como: Quais são os
principais fatores que contribuem para a evasão escolar? Em sua
compreensão, que tipo de ação deve ser desenvolvido pela gestão para
conscientizar o alunado sobre a evasão escolar? Em sua opinião, qual é o
papel da família em relação à evasão escolar? Entre outras.
As alternativas do tipo fechadas visam colaborar ao pesquisado que
apresenta dificuldades para expressar seus pensamentos por meio da escrita,
escolher a questão que se ajusta às suas características. Conforme frisa
Richardson (2008, p. 19), “são aqueles instrumentos em que as perguntas ou
afirmações apresentem categorias ou alternativas de respostas fixas e
preestabelecidas. O entrevistado deve responder à alternativa que mais se
ajusta às suas características, idéias ou sentimentos”.
As perguntas do tipo abertas objetivam auxiliar o entrevistado expor
suas reflexões e acrescentar informações que podem colaborar para a
reformulação e determinação das alternativas fechadas. Richardson (2008),
explica que as perguntas abertas permitem ao entrevistado ter liberdade para
justificar sua perspectiva a acerca de um tema, argumentando de acordo seu
entendimento.
8.3 Lócus da Pesquisa
A referente pesquisa foi contemplada na Escola Estadual Maria Sônia de
Brito Oliva, criada pelo Decreto Lei N˚ 1824 - E, inaugurada em 18 de janeiro
de 1998. Situada na Avenida: S-24, N˚: 559, Bairro: Senador Helio Campos,
Zona oeste da cidade de Boa Vista – RR.
A escola foi criada inicialmente com o objetivo de contemplar o ensino
de modo integral, no entanto, com o decorrer do tempo esta forma foi
modificada, resultando na fragmentação dos estudos por turno.
16
Atualmente a Instituição de ensino funciona nos três turnos, manhã,
tarde e noite desenvolvendo o ensino nas modalidades do Fundamental Regular
e a Educação de Jovens e Adultos - EJA (Fundamental e Médio), atendendo em
média cerca de 750 (setecentos e cinquenta) alunos.
No que tange ao quadro de colaboradores da escola, esta apresenta em
média 76 funcionários, os quais desempenham funções administrativa,
pedagógica e de apoio.
Em relação à estrutura física da escola organiza-se da seguinte forma:
(uma) sala da gestão, (uma) sala da coordenação pedagógica, (uma) sala dos
professores, (uma) sala da orientação educacional, (uma) sala da secretaria,
(quatorze) salas de aulas, (uma) biblioteca, (uma) sala de vídeo, (uma) copa,
(um) refeitório, (quatro) banheiro para professores, (quatro) banheiros para
alunos, (um) depósito e (uma) quadra coberta.
8.4 Participantes da Pesquisa
A citada pesquisa contou com a participação de (um) gestor, (um)
orientador educacional e duas turmas dos 7˚ anos da Modalidade de Ensino
Fundamental Regular , compostas por 36 alunos no total, no qual (onze são do
sexo feminino e vinte cinco do sexo masculino) com idade média entre 12 e 16
anos.
17
9. CRONOGRAMA
Projeto de
Pesquisa
Dezembro Janeiro Fevereiro
Observação
do contexto
escolar
x x
Elaboração e
organização
dos
documentos
x x
Aplicação
dos
instrumentos
de Coletas
de Dados
x x
Revisão do
Projeto x
Entrega do
Projeto
x
18
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2007.
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crítico - social dos conteúdos. 21ᵃ Ed, Loyola, São Paulo: 2006.
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Familiares. In: SIMPÓSIO PARANAENSE SOBRE DISTÚRBIOS DA
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19
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS – PNUD, 2012.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Método e Técnica. 3ᵃ Ed,
Atlas, São Paulo: 2008.
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WWW.pepsic.bvsalud.org. Acessado em 12 de novembro de 2014.
ZABALA, Antônio. Prática educativa. 1ᵃ Ed. Artmed, Porto Alegre: 2007.

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Projeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolar

  • 1. 0 O CLLES TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Nº 002/2013, ENTRE ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE RORAIMA E INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FACETEN-ISEF CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR DISCIPLINA: PROJETO DE PESQUISA “CONCLUSÃO” ALUNOS STONES DE MOURA RAIMUNDO LEONDRI DA COSTA MAIA ANTONIO ALVES DE MELO FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EVASÃO DO ALUNADO NA ESCOLA ESTADUAL MARIA SÔNIA DE BRITO OLIVA Boa Vista – RR 2014.2
  • 2. 1 PROJETO DE PESQUISA FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EVASÃO DO ALUNADO NA ESCOLA ESTADUAL MARIA SÔNIA DE BRITO OLIVA Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Especialização em Gestão Escolar pela Universidade Estadual de Roraima – Escoleges, com parceria com a faceten-isef, como requisito para obtenção de nota referente à disciplina de projeto de pesquisa “conclusão”, ministrada pelo Professor: Rildo. Boa Vista – RR 2014.2
  • 3. 2 SUMÁRIO Tema..................................................................................................................03 Delimitação do Tema.........................................................................................03 Problema da Pesquisa.......................................................................................03 Justificativa........................................................................................................03 Hipóteses...........................................................................................................05 Objetivos............................................................................................................05 Referencial Teórico............................................................................................05 Metodologia da Pesquisa...................................................................................14 Referências........................................................................................................18
  • 4. 3 1. TEMA: Evasão escolar: um fenômeno em ascensão. 2. DELIMITAÇÃO DO TEMA: Fatores que contribuem para a evasão do alunado na Escola Estadual Maria Sônia de Brito Oliva. 3. PROBLEMA DA PESQUISA: Quais são os fatores que colaboram para a evasão dos alunos na Escola Estadual Maria Sônia de Brito Oliva? 4. JUSTIFICATIVA: A escola desempenha papel fundamental para a formação dos sujeitos sob os aspectos moral, intelectual e social. Sendo um lugar de encontro de várias culturas e saberes refletidos na sociedade, desta forma, deve estar preparada para receber não apenas um aluno pronto e, sim um indivíduo complexo, que possui suas características, dificuldades e particularidades, um ser único. Entretanto, vale ressaltar que tão importante quanto promover o acesso a escola é oferecer aos alunos as oportunidades para permanecerem na instituição de ensino. Neste sentido, a relevância do referente projeto de pesquisa reside em discutir sobre os fatores que contribuem para a evasão dos alunos na Instituição de ensino pesquisada, objetivando colaborar para a conscientização do trabalho em conjunto da gestão e comunidade escolar no enfrentamento deste fenômeno, garantindo o direito à educação para todos. Conforme defende a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a qual determina que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, Art. I – “e que todo ser humano tem direito a instrução”.
  • 5. 4 Sob esta perspectiva, o presente projeto visa promover a reflexão da relevância de uma gestão democrática e participava para o pleno desenvolvimento do ensino e consequentemente para a vida dos sujeitos. Ao discutir sobre uma concepção do conhecimento significativo, perpassamos por alguns fatores essencialmente importantes para o processo de ensino – aprendizagem, como: a utilização dos materiais didáticos, a metodologia de ensino, participação da família na escola e as dificuldades de aprendizagem. Destaca-se como foco das reflexões da docência acerca do processo de ensino-aprendizagem como desenvolver junto aos alunos uma relação de confiança e respeito mútuo para poder aproximar-se e conhecer suas reais dificuldades e necessidades em relação aos estudos. Desta forma, entende-se que a busca por novas e melhores práticas de ensino permeiam constantemente a ação educativa dos professores, sempre preocupados em desenvolver metodologias e abordar conteúdos que promovam conhecimento significativo para o aluno. Mas tão importante quanto o papel do professor-colaborador e mediador dos conhecimentos é o apoio familiar na conclusão dos estudos dos alunos, visto que é considerado o elo mais forte entre os sujeitos. Segundo Leonardo (2007) a família é a base, a unidade e a geradora de valores e referenciais para o filho, deste modo precisa estar bem estruturada, onde haja espaço para diálogo e o equilíbrio das relações, pois cabe aos pais instruir e formar este indivíduo. Neste contexto, se observa quão fundamental é o acompanhamento dos pais para o sucesso acadêmico dos filhos. Esta participação familiar só é possível devido à gestão democrática contemplada na escola, onde se busca tornar-se mediadora entre o conhecimento, família e sociedade. Deste modo o referente projeto visa promover a discussão do enfrentamento da evasão escolar, bem como contribuir para a contemplação de uma educação de qualidade e humanizada.
  • 6. 5 5. HIPÓTESES:  Os alunos sentem-se desmotivados devido à contemplação de aulas descontextualizadas.  As dificuldades de aprendizagem dos discentes não são trabalhadas com o auxílio do professor, família e gestão escolar.  A falta de materiais didáticos compromete a concepção dos conhecimentos.  Falta de apoio da família aos estudos dos filhos.  Desinteresse pelos estudos por parte dos alunos. 6. OBJETIVOS: 6.1 Objetivo Geral: Discutir sobre a relevância do trabalho em conjunto da gestão e comunidade no enfrentamento da evasão dos alunos na Escola Estadual Maria Sônia Brito de Oliva. 6.2 Objetivos Específicos:  Identificar os principais fatores que colaboram para a evasão escolar.  Conscientizar os pais sobre a importância do apoio familiar para a conclusão dos estudos dos filhos.  Discutir e socializar sobre o enfrentamento da evasão escolar em união: gestão e comunidade.  Refletir sobre a relevância de uma gestão democrática e participativa. 7. REFERÊNCIAL TEÓRICO: A Constituição Federal de 1988 garante a “educação um direito de todos e dever do Estado e da família” (Art. 205), tendo a escola papel fundamental no exercício desse direito e desse dever.
  • 7. 6 A escola vai além da concepção de conteúdos, ela transmite valores éticos, sociais e morais. Portanto, espera-se que a instituição comprometida com o pleno desenvolvimento do aluno seja aquela que tenha uma gestão democrática e participativa, centrada na aprendizagem, particularidades e dificuldades vivenciadas pelo discente. Nesta perspectiva, entende-se que a escola recebe um indivíduo complexo, não apenas um aluno o qual deve ser transmitido o conhecimento, desta maneira, desempenha papel importante para a formação acadêmica, pessoal e social dos mesmos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei - 9394̸96 destaca em seus artigos 14 e 15 os princípios norteadores da gestão democrática, veja: Art. 14. Os Sistemas de Ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I Participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola. II Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observados as normas gerais de direito financeiro público. Os referidos princípios I e II do Art. 14 são primordiais para a plena efetivação de uma gestão democrática escolar. Justificam-se pelo fato de garantir aos profissionais da educação e os demais participantes da comunidade escolar participar no processo de elaboração do Projeto Político Pedagógico - PPP, deste modo, em conjunto, decidirem as melhores estratégias, normas e regras que farão parte do processo de ensino – aprendizagem com qualidade, isto é o que torna uma gestão democrática e participava centrada no aluno por um bem maior. Conforme Libâneo (2004), o PPP é o documento que apresenta os objetivos, as diretrizes e as ações do processo educativo desenvolvido na escola, bem como as exigências legais, sociais, os propósitos e expectativas da comunidade.
  • 8. 7 Neste prisma, entende-se a relevância da participação da comunidade nas tomadas de decisões no contexto escolar, visto que este trabalho em conjunto pode favorecer na apreciação das soluções dos problemas advindos da escola. Para Libâneo (2006, p.39), “a escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da sociedade”. Isto é, faz-se necessário a participação da comunidade escolar pela busca de uma educação de qualidade, centrando o foco das preocupações no pleno desenvolvimento dos alunos e isto consequentemente vai refletir de modo propositivo na sociedade. Sob esta perspectiva, destaca-se outro fator de suma importância: a participação dos pais no acompanhamento dos estudos dos filhos, bem como a verificação por parte destes se a finalidade da educação está sendo alcançada: [...] A finalidade da educação é o cultivo individual, o desenvolvimento das aptidões individuais que preparam o indivíduo para ocupar um lugar na organização social. Cada indivíduo é dotado de uma natureza humana única, universal, que independe da estrutura social. O processo educativo visa despertar a essência humana contida em cada um, desabrochar a natureza individual. (LIBÂNEO, 2006, p. 65). Neste sentido, a atividade educativa visa, portanto, à humanização dos sujeitos para a compreensão da cultura da sociedade por meio da auto-reflexão e compreensão de seu papel social. Para o autor anteriormente citado, o processo de ensino-aprendizagem deve ter como priori o desenvolvimento das habilidades, capacidades e competências dos alunos e, principalmente lhe oferecer bases para construir sua autonomia. Nesta perspectiva, cita-se que o conhecimento é entendido como estando sempre em processo de construção, isto significa dizer que o aprender se renova, soma-se, criam-se novas bases e, estes conhecimentos se constroem a partir da interação dos sujeitos com o mundo físico e social, se antes a ênfase estava centrada no ensinar, agora está centrada no aprender, veja:
  • 9. 8 Construtivista porque compreende o conhecimento como estando sempre em processo de construção, transformando-se mediante a ação do indivíduo no mundo, da ação do sujeito sobre o objeto, de sua transformação em sujeito ativo em processo de permanente construção. [...] Interacionista porque reconhecem que o sujeito e objetos são organismos vivos, ativos, abertos, em constante intercâmbio com o meio ambiente, como estruturas dissipadoras de energia, mediantes processos interativos indissociáveis e modificadores das relações sujeito-objeto e sujeito-sujeito, a partir dos quais um modifica o outro e os sujeitos se modificam entre si. Sociocultural porque compreende que o “ser” faz na relação, que o conhecimento é produzido na interação com o mundo físico e social com base no contato do indivíduo com a sua realidade, com os outros, incluindo aqui a dimensão social, dialógica inerente a própria construção do pensamento. [...] Transcendente porque significa a tentativa de ir mais além de ultrapassar-se, superar-se, entrar em comunhão com a totalidade indivisível, compreender-se como parte integrante do universo, onde todas as coisas se tocam entre si. (MORAIS, 1997, p. 25). Sob este ponto de vista, considera-se que a escola desempenha papel fundamental para o desenvolvimento dos sujeitos, visto que busca contribuir para sua formação intelectual e social, bem como prepará-los para enfrentar os possíveis desafios que encontrarão no decurso de suas vidas. Entretanto, como citado anteriormente, é imprescindível o apoio familiar para o sucesso acadêmico dos filhos, por esta ser a base geradora de valores dos sujeitos, vejamos a importância da família para a efetivação de um processo de ensino-aprendizagem de qualidade: O acompanhamento da vida escolar dos filhos pelos pais, segundo estudos, é um fator importante para a aprendizagem e para o sucesso acadêmico de crianças e jovens (Polônia e Dessen, 2005; Marques, 2002). Há, inclusive, pesquisas ressaltando a necessidade de a escola incentivar e favorecer a participação da família na vida escolar, porque identificam que a boa relação família-escola é um dos fatores que melhoram as condições de aprendizado (Lopez, 2002; Marques, 2002; Paro 2000; Bhering e Blatchford, 1999). Outras ainda mostram que, mesmo numa boa instituição escolar, com bons programas curriculares, a aprendizagem dos alunos só se evidencia quando estes têm a atenção e o acompanhamento dos pais. (Disponível em: WWW.pepsic.bvsalud.org acessado em 12 de novembro de 2014). Neste contexto, discuti-se que mesmo que a instituição apresente programas curriculares excelentes, a aprendizagem do aluno apenas se evidencia quando há o acompanhamento dos pais. Polity (1998) explica que ao
  • 10. 9 ser contemplada uma aprendizagem satisfatória é preciso analisar o estudante, a escola e a família, por acreditar que dentro do seio familiar são amenizados ou multiplicados os conflitos e isto reflete no rendimento escolar dos discentes. Vale ressaltar que dentre os fatores que colaboram para a evasão escolar está à falta de apoio da família para conclusão dos estudos dos filhos. Isto ocorre em boa parte devido a desestrutura familiar. Polity (1998) defende que o campo do conhecimento está diretamente relacionado ao campo afetivo e emocional, logo, quando o aluno não tem base familiar, a concepção dos conhecimentos fica comprometida. Portanto, se compreende a necessidade da escola em garantir uma boa relação com a família, colocando-se como parceria no desenvolvimento dos alunos, apresentando atitudes livres de preconceitos e aberta às discussões em vista de solucionar os problemas advindos do âmbito educacional. Outros fatores podem contribuir para a evasão escolar como: a falta de materiais didáticos, dificuldades de aprendizagem, a contemplação de aulas descontextualizadas, o que consequentemente pode resultar no desinteresse pelos estudos por parte dos discentes. No que tange a relevância dos materiais didáticos para o processo de ensino-aprendizagem, pode-se citar Zabala (2007), o qual expõe que a utilização dos diferentes materiais didáticos pode contribuir nas condições do aprender, no concurso das experiências, na contraposição de ideias, no desenvolvimento da atividade mental para a compreensão dos conceitos e princípios estudados. Para o autor antes citado, os recursos didáticos mais utilizados em sala de aula são os livros, em muitas situações o único, estes devem ser considerados pelo docente como um apoio e não como uma cartilha que deve ser seguida a risca. O autor acrescenta que o livro é uma importante fonte de pesquisa tanto quanto os materiais publicados em mídia, como as músicas, os filmes e as revistas. Desta forma, a utilização dos diferentes materiais didáticos colabora para o desenvolvimento do senso crítico do estudante, para a percepção de
  • 11. 10 mundo e, para o professor é considerado como um ponto de referência, um guia orientador e facilitador do processo de ensino aprendizagem. Considera-se os materiais didáticos como um suporte para o ensino, as funções que estes recursos desempenham dependem de suas características e das formas pelos quais eles participam no desenvolvimento da aula, o qual se constitui como uma das mediações entre professores e alunos. Deste modo, se compreende que a escolha dos materiais didáticos a ser utilizado em sala de aula é acompanhada de intencionalidade e finalidade, no entanto, para a seleção destes recursos faz-se necessário que haja a reflexão dos objetivos e das metas a serem alcançadas com o uso destes elementos. Bem como um olhar profundo dos conteúdos a ser contemplado e, mais que isto, visar o desenvolvimento das potencialidades do educando. Em relação à apreciação de aulas descontextualizadas como um dos fatores que colaboram para o desinteresse pelos estudos por parte dos alunos pode-se citar Demo (1994), o autor explica que ao ser desenvolvido este tipo de aula os objetivos do ensino não são alcançados, como o de formar um ser crítico e reflexivo, tão pouco desenvolver suas habilidades e capacidades, resume-se tão somente à mecanização dos estudos. Neste sentido, a concepção do conhecimento significativo fica a margem de suas reais propostas como o de contribuir para a construção da autonomia e o reconhecimento destes estudos como algo importante para a vida dos sujeitos, tornando-se um processo educativo desmotivador para o aluno. Segundo Soares (2004, p. 87), "não há método ideal. Na noção de método não pode estar à pretensão de caminho a ser seguido a ferro e fogo, mas de instrumento da aprendizagem, tão flexível quanto à própria aprendizagem, à qual serve." Ou seja, para que o aluno se sinta parte integrante do processo de ensino-aprendizagem o professor deve refletir sobre o desenvolvimento de metodologias mais dinâmicas e atraentes para eles, que seja capaz de oferecê- los um conhecimento significativo e promover o diálogo. Isto é, ser flexível ao repensar em sua práxis pedagógica e, se preciso for rever sua forma de abordar os conteúdos em sala de aula.
  • 12. 11 Espera-se, em uma prática de ensino mais dinâmica, que o aluno possa não só dar significado, mas compreender o que esta sendo ensinado. Optando por uma metodologia de ensino que envolva o aluno na construção do conhecimento, espera-se que ele estude a partir de situações do cotidiano e relacione o conhecimento aprendido para analisar a realidade, que pode ser a local ou global. (CASTELLAR E VILHENA, 2012, p. 06). Sendo contempladas aulas contextualizadas a realidade do aluno, o qual seja valorizado seus conhecimentos prévios, despertando nos discentes a criticidade em relação aos conhecimentos já adquiridos com os novos conceitos. Tão importante quanto os fatores que colaboram para a evasão escolar apontados anteriormente está à dificuldade de aprendizagem, esta por sua vez refleti no individualismo do discente dentro de sala de aula, visto que se reprime ao dividir suas dúvidas com os demais alunos ou até mesmo com os professores. De acordo com Patto (1993), as dificuldades de aprendizagem estão na base do fracasso escolar, caracterizado pelo alto índice de repetição e de evasão, o autor expõe que estes transtornos são advindos de fatores como: físico, cognitivo, emocional, familiar e comportamental. Este fenômeno é percebido primeiramente pelos pais devido à convivência com as crianças, os quais ocupam posição privilegiada para detectar estes problemas, tendo uma série de informações dos detalhes do crescimento, contribuindo para o diagnóstico e tratamento dos filhos. O docente também pode identificar o aluno que necessita de mais tempo e de monitoração para entender os conteúdos. Desta forma, recomenda-se que o docente deva tomar providências no sentido de maximizar a aprendizagem do educando com dificuldades, como: a escolha de atividades nas quais o sucesso seja vivenciado; clareza na apresentação dos objetivos; verificação constante da compreensão por parte dos alunos, repetição frequente de instruções, remoção de distrações, entre outros, conforme frisa Dembo (1994).
  • 13. 12 Logo, entende-se que o educador necessita reavaliar sua atuação e, que suas reflexões devam estar centralizadas nas reais potencialidades e dificuldades dos alunos, bem como nos fatores que estejam interferindo no aprender. Focando em estratégias juntamente com os pais e gestão escolar, com o objetivo de promover um ambiente de respeito e de autoconfiança aos discentes. O termo “estratégias” aqui utilizado consiste num conjunto de procedimentos que objetivam facilitar a aprendizagem, o qual engloba os segmentos cognitivos, metacognitivos e de apoio. Segundo Da Silva (1997), o acesso a estas estratégias possibilitam aos alunos diminuir suas dificuldades pessoais e aprender a controlar melhor os fatores ambientais que interferem no rendimento escolar satisfatório. Mas tão fundamental quanto reconhecer os elementos que podem interferir na concepção da aprendizagem, é a reflexão e a conscientização de como transformar esta realidade e oferecer oportunidades para os alunos concluírem os estudos. De acordo com o Ministério da Educação e Cultura – MEC, a taxa de evasão escolar em 2012 atingiu 24,3% em 2012, o que colocou o Brasil em 3˚ lugar num ranque de 100 países em relação ao abandono escolar, conforme dados oficiais do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (2013). Preocupados com o fenômeno da evasão escolar, o MEC criou programas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, o Pacto Nacional do Ensino Fundamental e o Pacto Nacional do Ensino Médio, objetivando desenvolver uma série de ações em conjunto com as secretarias estaduais de educação, tendo como priori capacitar professores e coordenação pedagógica nas escolas públicas. Segundo o Programa das Nações Unidas – PNUD (2012), de cada quatro alunos que iniciam os estudos no Brasil um desiste antes de completar a última série. Dentre os principais motivos que colaboram para o abandono escolar destacados pelo PNUD são: desinteresse pelos estudos, falta de participação dos pais na escola, dificuldades dos alunos (de aprendizagem ou econômicos).
  • 14. 13 Vale ressaltar que alguns alunos se ausentam da escola sem apresentar nenhuma justificativa, neste sentido, compete à escola acompanhar a frequencia do alunado e garantir a permanência destes na instituição de ensino, visto que a evasão escolar feri os princípios defendidos pela LDB de 1996 e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, os quais defendem uma educação para todos. Um dos caminhos a ser seguido para garantir a permanência dos alunos na escola, conforme Polity (1998) é colocá-lo no centro das atenções, para tanto se faz necessário um trabalho realizado em união, pais, professores e gestão escolar pela busca das soluções dos problemas advindos neste contexto. Daí a importância de ser contemplada uma gestão democrática e participava, onde os membros da comunidade tenham acesso e efetiva colaboração nas tomadas de decisões da escola, no qual a gestão desempenha papel fundamental de mediadora entre o conhecimento, a família e a sociedade, conforme frisado anteriormente. Neste sentido, entende-se que o apoio da gestão às práticas docentes torna-se essencial para um processo de ensino-aprendizagem de qualidade, tanto quanto buscar oferecer espaços para o diálogo com a família visando o pleno desenvolvimento dos alunos. Deste modo, propiciar condições favoráveis para a efetiva contemplação de um conhecimento significativo, isto perpassa pelo reconhecimento de alguns fatores importantes como: se a estrutura física escolar está adequada aos estudos, a disponibilidade de materiais didáticos, a práxis pedagógica dos professores, participação da família nos estudos dos filhos, entre outros pontos relevantes para o processo de ensino-aprendizagem. Portanto, entende-se a importância da escola compreender que cada aluno é um ser único, dotado de valores, de direitos e deveres, que possui suas dificuldades e particularidades. Desta forma, a instituição de ensino deve estar
  • 15. 14 aberta para recebê-los, consciente do seu papel como formadora de cidadãos, visando contribuir para a construção da autonomia dos alunos e consequentemente para participarem de modo propositivo na sociedade. 8. METODOLOGIA DA PESQUISA: 8.1 Tipo de Pesquisa O referente projeto utilizou a pesquisa de natureza aplicada por objetivar conscientizar sobre o fenômeno da evasão escolar na Instituição de ensino pesquisada, almejando intervir nesta realidade e garantir o acesso e a permanência dos alunos na escola, deste modo colaborando para a realização de uma educação para todos concomitante a melhoria do processo de ensino- aprendizagem. Conforme Lakatos e Marconi (2009), a pesquisa de natureza aplicada tem como característica seu interesse prático e que seus resultados ou soluções sejam aplicados na realidade analisada, contribuindo para a intervenção do contexto pesquisado. Neste sentido, torna-se relevante o trabalho em conjunto do gestor, professores, pais e alunos na socialização das discussões sobre os fatores que colaboram para a evasão escolar, com o objetivo de buscar soluções para estes fenômenos e consequentemente transformar esta realidade. As análises destes fenômenos necessitam de um estudo complexo das atitudes e dos comportamentos dos indivíduos que fazem parte desta pesquisa, desta forma, o referente projeto fez uso da abordagem qualitativa, visto que este tipo de pesquisa é apropriado aos estudos complexos e de cunho social que não tende a quantificação, como destaca Minayo (2007, p.21) a “pesquisa qualitativa trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes”. Esta pesquisa fez uso do método indutivo devido ter se baseado em estudos que generalizam as propriedades comuns a certo número de casos, partindo de uma particularidade para uma questão mais ampla. Lakatos e Marconi (2006, p. 86) explicam que “a indução é um processo mental que parte
  • 16. 15 de dados particulares, suficientes constatados e infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas”. 8.2 Instrumento de Coleta de Dados O questionário foi o instrumento de coleta de dados utilizado nesta pesquisa, sendo estes compostos por 10 (dez) questões dos tipos abertas e fechadas. As quais serão apresentadas perguntas como: Quais são os principais fatores que contribuem para a evasão escolar? Em sua compreensão, que tipo de ação deve ser desenvolvido pela gestão para conscientizar o alunado sobre a evasão escolar? Em sua opinião, qual é o papel da família em relação à evasão escolar? Entre outras. As alternativas do tipo fechadas visam colaborar ao pesquisado que apresenta dificuldades para expressar seus pensamentos por meio da escrita, escolher a questão que se ajusta às suas características. Conforme frisa Richardson (2008, p. 19), “são aqueles instrumentos em que as perguntas ou afirmações apresentem categorias ou alternativas de respostas fixas e preestabelecidas. O entrevistado deve responder à alternativa que mais se ajusta às suas características, idéias ou sentimentos”. As perguntas do tipo abertas objetivam auxiliar o entrevistado expor suas reflexões e acrescentar informações que podem colaborar para a reformulação e determinação das alternativas fechadas. Richardson (2008), explica que as perguntas abertas permitem ao entrevistado ter liberdade para justificar sua perspectiva a acerca de um tema, argumentando de acordo seu entendimento. 8.3 Lócus da Pesquisa A referente pesquisa foi contemplada na Escola Estadual Maria Sônia de Brito Oliva, criada pelo Decreto Lei N˚ 1824 - E, inaugurada em 18 de janeiro de 1998. Situada na Avenida: S-24, N˚: 559, Bairro: Senador Helio Campos, Zona oeste da cidade de Boa Vista – RR. A escola foi criada inicialmente com o objetivo de contemplar o ensino de modo integral, no entanto, com o decorrer do tempo esta forma foi modificada, resultando na fragmentação dos estudos por turno.
  • 17. 16 Atualmente a Instituição de ensino funciona nos três turnos, manhã, tarde e noite desenvolvendo o ensino nas modalidades do Fundamental Regular e a Educação de Jovens e Adultos - EJA (Fundamental e Médio), atendendo em média cerca de 750 (setecentos e cinquenta) alunos. No que tange ao quadro de colaboradores da escola, esta apresenta em média 76 funcionários, os quais desempenham funções administrativa, pedagógica e de apoio. Em relação à estrutura física da escola organiza-se da seguinte forma: (uma) sala da gestão, (uma) sala da coordenação pedagógica, (uma) sala dos professores, (uma) sala da orientação educacional, (uma) sala da secretaria, (quatorze) salas de aulas, (uma) biblioteca, (uma) sala de vídeo, (uma) copa, (um) refeitório, (quatro) banheiro para professores, (quatro) banheiros para alunos, (um) depósito e (uma) quadra coberta. 8.4 Participantes da Pesquisa A citada pesquisa contou com a participação de (um) gestor, (um) orientador educacional e duas turmas dos 7˚ anos da Modalidade de Ensino Fundamental Regular , compostas por 36 alunos no total, no qual (onze são do sexo feminino e vinte cinco do sexo masculino) com idade média entre 12 e 16 anos.
  • 18. 17 9. CRONOGRAMA Projeto de Pesquisa Dezembro Janeiro Fevereiro Observação do contexto escolar x x Elaboração e organização dos documentos x x Aplicação dos instrumentos de Coletas de Dados x x Revisão do Projeto x Entrega do Projeto x
  • 19. 18 REFERÊNCIAS CASTELLAR, Sônia. VILHENA, Jerusa. Ensino de geografia. 1ᵃ Ed. Cengage Learning, São Paulo: 2010. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL – 1988. Art. 205. DA SILVA e SÁ. Saber estudar e estudar para saber. Ed: 2º: Porto, São Paulo: 1998, Coleção Ciências da Educação. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS – 1948. Art. I. DEMBO,M. H. Applying Educational Psychology. Ed: 5º: New York: Longman Publishing Group: 1994. DEMO, Pedro. Educação e qualidade. Papiros, Campinas: 1994. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – 2012. FREITAS, L. A. Adolescência, Família e Drogas: a função paterna e a questão dos limites. 2ᵃ Ed. Mauad, Rio de Janeiro: 2002. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH, 2013. LAKATOS, Eva Maria e Marconi, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa. 3ᵃ Ed, Atlas, São Paulo: 2009. LEONARDO, J. B. Drogas, perguntas e respostas. Lions Clube, São Paulo: 2007. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO – Lei 9394̸96, Artigos: 14 e 15. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da escola: Teoria e Prática. 5˚ Ed, Alternativa, Goiânia: 2004. LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: A pedagogia crítico - social dos conteúdos. 21ᵃ Ed, Loyola, São Paulo: 2006. MINAYO, Maria C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 2ᵃ Ed. Hucitec, Rio de Janeiro : 2007. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC, 2012. MORAIS, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Papirus, Campinas: 1997. PATO, M. H. S. A produção do fracasso escolar: História de submissão e rebeldia. São Paulo: 1993. POLITY, Elizabeth. Distúrbios da Aprendizagem à luz das Relações Familiares. In: SIMPÓSIO PARANAENSE SOBRE DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM. Minicurso n˚12. Professora Elizabeth Polity, Curitiba: 1998.
  • 20. 19 PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS – PNUD, 2012. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Método e Técnica. 3ᵃ Ed, Atlas, São Paulo: 2008. SOARES, M. Alfabetização e letramento. 2ᵃ Ed. Contexto, São Paulo: 2004. WWW.pepsic.bvsalud.org. Acessado em 12 de novembro de 2014. ZABALA, Antônio. Prática educativa. 1ᵃ Ed. Artmed, Porto Alegre: 2007.