1. Os Parisienses sob a Ocupação Fotos a cores de André Zucca – 1940-44 64 slides – 26 fotos a cores únicas no mundo Tempo de leitura: 20 a 30 minutos Avanço manual – sem som
2. Os Parisienses sob a Ocupação Fotos a cores de André Zucca – 1940-44 Exposição na Biblioteca Histórica da Cidade de Paris, entre Abril e Julho de 2008
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6. Biblioteca Histórica da Cidade de Paris Mas o director da Biblioteca de Paris, Jean Derens , recusou o encerramento, dizendo que “isso representaria uma forma de censura, impedindo as pessoas de apreciarem estas obras excepcionais” e assim formarem a sua própria opinião.
7. Cartaz da exposição, posteriormente mandado retirar O “maire” Bertrand Delano ë , presidente do município, finalmente decidiu que a exposição prosseguiria, mas incluindo 20 painéis com explicações redigidas pelo historiador Jean-Pierre Azéma . E para dar uma satisfação aos protestatários mandou retirar da vista do público todos os cartazes relativos ao evento. Delano ë Azéma
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17. Só para quem não se lembra: De Inglaterra, o general De Gaulle apelou ao combate e comandou a Resistência
24. Vamos dar uma volta à exposição, que compreende 270 fotos, praticamente as únicas a cores que existem sobre este período histórico Comecemos então por ver esta…
25. Rua de Rivoli, sem data (sede do Alto Comando alemão em Paris)
36. Jardin du Luxembourg, 1942 Este menino, hoje homem idoso, reconheceu-se ao ver a exposição e disse que as imagens lhe pareciam enganadoras. Não deixam ver a angústia em que vivia, por seus pais andarem escondidos: pertenciam à Resistência e estavam condenados à morte.
51. Zucca trabalhou para a Signal até 1944, ano em que os alemães foram expulsos de França. Esteve preso então. Um ano depois, o seu dossier era arquivado mas ele arriscava-se a ser colocado sob “ indignidade nacional”, uma categoria criada na Libertação. Decidiu então sair de Paris e foi viver em Dreux com outro nome. Morreu em 1973.
52. U m ano depois, em 1974, a Paris Match descobria as suas fotos a cores do Paris ocupado. A Biblioteca Histórica de Paris interessou-se por esta vasta obra e dispôs-se a adquiri-la.
53. No seu espólio, a Biblioteca encontrou milhares de fotos a preto e branco, geralmente tiradas pela sua Rolleiflex em 6x6
54. Fotos de reportagem tiradas para a revista Paris Match em 1940, provavelmente como repórter de guerra
55. Fotos de reportagem Por detrás das fotos escrevia uma legenda, por vezes irónica ou simpática para com os sujeitos. “ Estas boas almas não estão, como pode parecer, a fazer bicha à porta da funerária. Sucede que a polícia não permite filas junto às lojas de alimentação, assim eles adoptam este estratagema”.
56. Fotos de reportagem: exposições de propaganda governamental sobre os judeus e sobre o comunismo
57. Fotos de reportagem Mas a legenda podia ser facciosa e oportunista: “ todos os quiosques de jornais das ruas principais proclamam a sua confiança na Signal”.
58. A revista Signal difundia-se Fora da Alemanha, em muitos países ocupados e neutros. Era claramente um Instrumento do Reich alemão, ao serviço da agência nazi denominada Propaganda Staffel. Lembro-me bem dela aqui em Portugal, em casa de gente conhecida nossa de Vila Real.
59. Zucca foi requisitado como correspondente da Signal e para ela fez a preto e branco várias reportagens sobre temas ligados com a participação da França no esforço de guerra alemão. Por iniciativa própria começou a trabalhar na reportagem sobre Paris, para a qual obteve autorizações e múltiplas facilidades, bem como a película Agfacolor, caríssima e estritamente reservada. A câmara foi a sua Leica de 35 mm. Mas esta reportagem nunca chegaria a ser publicada.
60. Diapositivos em côr André Zucca deixou centenas de diapositivos em Agfacolor, quase todos sobre a cidade de Paris. Sendo uma película de baixa sensibilidade, apenas 16 ASA, obrigava a uma iluminação abundante e quase só servia para fotos ao ar livre. O estado desse material era muito precário e carecia de intervenção pronta. Os diapositivos foram assim corrigidos, retocados e digitalizados.
63. Os direitos destas obras pertencem aos herdeiros de André Zucca, à Bibliothèque Historique de la Ville de Paris, e a Roger Violet/SP. O catálogo da Exposição foi editado pela Gallimard e Paris Bibliothèques. Se não esgotou ainda, não deve faltar muito… Há um vídeo de 2 minutos sobre a exposição e sua polémica: consultar em http://vpod.tv/France24podcasting/475716
64. Então gostaram? Se sim (ou se não), digam qualquer coisa ! Há mais… [email_address]