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LITERATURA
LITERATURA
NA IDADE MÉDIA1
2
UMA BREVE RETROSPECTIVAUMA BREVE RETROSPECTIVA
1º - O que é literatura1º - O que é literatura
Literatura e linguagem
Polissemia
O poder das imagens e dos sons
Funções da literatura -A literatura como:
Denúncia social
Investigação psicológica
Entretenimento
Direito
3
2º- GÊNEROS LITERÁRIOS2º- GÊNEROS LITERÁRIOS
Lírico
Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos
dos gregos.
Textos de caráter emocional, centrados na subjetividade dos sentimentos
da alma. Tem a presença do “eu-lírico”, a voz que fala no poema . O
emissor é personagem única desse tipo de mensagem,
Dramático – Tragédia e comédia
Drama, em grego, significa "ação".
Textos feitos para serem representados.
O Gênero Dramático se assenta em três eixos importantes: o ator, o texto e o
público sem o que não há espetáculo teatral.
Segundo Aristóteles é a palavra representada
Épico
gênero épico: narrações de fatos grandiosos, centrados na figura de um herói.
Tem a presença de um narrador
Segundo Aristóteles, a palavra narrada.
ESCOLAS LITERÁRIAS (ESCOLAS LITERÁRIAS ( Estilo de época)Estilo de época)
4
• TrovadorismoTrovadorismo
• HumanismoHumanismo
• ClassicismoClassicismo
• BarrocoBarroco
• ArcadismoArcadismo
• RomantismoRomantismo
• RealismoRealismo
• NaturalismoNaturalismo
• ParnasianismoParnasianismo
• SimbolismoSimbolismo
• Pré-ModernismoPré-Modernismo
• ModernismoModernismo
• Pós-modernismoPós-modernismo
ESCOLAS LITERÁRIAS (ESCOLAS LITERÁRIAS ( Estilo deEstilo de
época)época)
Chamamos de Escola literária (Estilo de época) as
manifestações literárias ligadas por denominadores comuns,
ou seja, obras que tenham características afins.
Entre essas características está a língua, o tema, a estética (as
figuras de linguagens recorrentes, por exemplo), o papel
social, a natureza social (o contexto social), a natureza
psíquica ou filosófica, o conjunto de autores (conscientes de
seu fazer literário) e o público.
Esses denominadores juntos formam um sistema com
continuidade literária (um projeto literário) que, situado
cronologicamente, estabelece o que chamamos de:
Escola de época
Escola Literária
Movimento literário
Estilo de época. 5
6
Para ser considerado um movimento literário, a produção
literária tem que, necessariamente, fazer parte de um projeto
literário (de um sistema). Assim, textos de autores com as
mesmas características num mesmo período histórico, sob
mesmo contexto social e sob mesma influência filosófica
pertencem a uma mesma Escola literária, ou seja, a um mesmo
Estilo de época. (Livro, pp.39 -46).
Portanto...
Literatura é expressão de uma épocaLiteratura é expressão de uma época
Observe como o mesmo tema GUERRA é tratado de forma
distinta nas três obras destacadas no livro didático.
 Bomba atômica: explosão vermelha (p.39).
Gordons e Greys na frente de batalha (p.40).
A esperança (fragmento) (p.41).
UM MESMO TEMA : DIFERENTES OLHARES, DIFERENTESUM MESMO TEMA : DIFERENTES OLHARES, DIFERENTES
LINGUAGENSLINGUAGENS
O estudo e a descrição das características estéticas de
diferentes escolas ou movimentos literários recebem
o nome de
HISTORIOGRAFIA LITERÁRIAHISTORIOGRAFIA LITERÁRIA
Observar o quadro no livro, p.44, 45. 7
Resumo simplificado das escolasResumo simplificado das escolas
literáriasliterárias
Trovadorismo:Trovadorismo: Escola literária existente na época da Idade Média,
baseava-se em cantigas preparadas para divertir o povo e a nobreza. Teve
forte influência da Igreja Católica, já que era ela quem controlava as
expressões artísticas e culturais da época.
Humanismo: Humanismo: Foi um movimento cultural que, além do estudo e da
imitação dos autores greco-latinos, fez do homem objeto de conhecimento,
reivindicando para ele uma posição de importância no contexto do
universo, sem, contudo, negar o valor supremo de Deus.
Classicismo:Classicismo:  Foi o movimento literário que resgatou os valores e as
culturas greco-latinos de forma mais intensa,  exalta sua nação ao invés da
mitologia antiga como faziam os clássicos, o poeta Camões, através da obra
Lusíadas relatou a História de Portugal contando  histórias dos bravos
guerreiros.
Barroco: Barroco: Foi um movimento literário da Contrarreforma, ou seja, da
transformação da Igreja Católica, em detrimento da Protestante. Os autores
barrocos expressam o conflito interno que as pessoas viviam na época, os
principais foram: Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira.
8
9
Arcadismo: Arcadismo:  Foi um movimento resultado de uma reação antibarroca, surgindo
nos finais do Século XVIII. Retomou algumas características literárias do
Classicismo, como o equilíbrio e a racionalidade, ficando também conhecida
como Neoclassicismo.
Romantismo:Romantismo:    Foi o movimento da expressão burguesa nas artes, nas ciências e
na cultura. Defendendo a liberdade de expressão, inspirado na frase célebre da
Revolução francesa "Liberdade, igualdade e fraternidade".
Realismo:Realismo:  É uma reação contra o romantismo: o romantismo era a apoteose do
sentimento; o Realismo é anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte
que pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houver na nossa
sociedade". Eça de Queiroz.
Naturalismo:Naturalismo:  Pode ser considerado como um realismo mais radical, pois
também utilizava a literatura para descrever a realidade, porém com a
diferença de se munir de teorias científicas poderosíssimas para constituir seu
ponto de vista em relação ao mundo: o materialismo e o determinismo.
Parnasianismo: Parnasianismo:  Foi a escola literária que consagrou o labor do poeta. Foi este
movimento que retornou ao clássico, buscando sempre a perfeição poética e
estética em suas obras. Refletiu bastante através da poesia sobre o próprio ato
10
Simbolismo:Simbolismo: O que mais caracterizou essa escola  foi o seu misticismo. Os poetas
simbolistas não tentavam fazer poesias compreensíveis, pois eles queriam que os
leitores se sensibilizassem para a construção poética, por isso utilizavam muitos
símbolos, metáforas, linguagem figurada que sugerissem sensações aos leitores.
Pré-Modernismo: Pré-Modernismo:  "Atualmente, nessa hora de tristes apreensões para o mundo inteiro,
não devemos deixar de pregar, seja como for, o ideal de fraternidade e de justiça entre
os homens e um sincero entendimento entre eles. E o destino da literatura é tornar
sensível, assimilável, vulgar, esse grande ideal de pouco a todos, para que ela cumpra
ainda uma vez a sua missão." Lima Barreto.
Modernismo: Modernismo:  Foi um movimento que buscou arrancar-se das correntes estéticas do
parnasianismo. Os autores modernistas refutavam tudo o que era antigo para construir
uma nova poética, livre de qualquer tipo de regras. Teve forte influência das
Vanguardas europeias, que eram movimentos artísticos que se iniciaram na Europa e se
espalharam pelo mundo declarando seu amor estético pela liberdade.
Pós-modernismo:Pós-modernismo:
11
12
Livro, p.52
Analisar oralmente a cantiga da
p. 53 e compará-la com a imagem
da Iluminura.
IDADE MÉDIA:
ENTRE O MOSTEIRO E A CORTE
O Início: conquista de Roma , capital do Império Romano do
Ocidente, pelos comandantes germânicos no ano de 476 (Séc.
V).
Término: com a queda de Constantinopla, capital do Império
Romano do Oriente, tomada pelos turcos em 1453.
Cristianismo durante a Idade Média – herança do período de
dominação romana na Europa ( Livro, p. 54).
 Grande poder da Igreja na Idade média.
TEOCENTRISMO ( Tome nota, p. 55). 13
RELIGIÃO E CULTURA
14
Uma nova organização social
A morte do imperador Carlos Magno (814) e a consequente
desarticulação do poder central levou a sociedade medieval a
criar uma nova organização social:
O poder passa aos senhores feudais – grandes proprietários de
terras -, a quem nobres, cavaleiros, camponeses e servos se
uniam em uma relação de Vassalagem.
Com o fim das invasões na Europa, o ressurgimento das cidades
e o crescimento econômico, os cavaleiros acabam perdendo sua
função social (defender seu senhor das invasões e lutar contra
os inimigos). Era preciso dar outra função aos cavaleiros.
Código de Cavalaria: lealdade – honra- bravura e cortesia.
(Livro, p.54, 55).
15
Princípio básico da literatura medieval
TROVADORISMO
O servilismo dos vassalos ao seu Senhor Feudal (Suserano)
e dos fiéis aos dogmas da Igreja Católica dá origem ao
princípio básico da literatura medieval:
A total subserviência de um trovador a sua dama (poesia) e
do cavaleiro a sua donzela (nos romances/ novelas de
cavalaria).
TROVADORISMO: POESIA E CORTESIA
Amor cortês
Guilherme IX (Livro, p 55).
16
17
TROVADORISMOTROVADORISMO
Amor cortês
Filmes ambientados na
Idade Média
18
19
20
O PROJETO LITERÁRIO DO
TROVADORISMO
A legitimação , por meio da literatura, de uma nova ordem
que redefine, por meio da literatura, de uma nova ordem
que redefine as funções sociais dos cavaleiros na corte do
Senhor Feudal.
Os agentes do discurso
Jograis : recitadores, cantores e músicos ambulantes.
Compositores: nobres que se denominavam Trovadores.
Como a produção literária circulava?
Escritos em latim - nos mosteiros e abadia
Orais produzidos na língua local (falado/cantado) – nos castelos e
nas cortes, para divertir os nobres.
21
Os Trovadores
22
Vestimenta do homem medieval europeu
23
A NOBREZA : Vestuário
Homem Nobre: Pelote com longas cavas, Touca de pano ou seda,
Manto ou Capa, Saia justa ao corpo.
24
.
A NOBREZA: Vestuário
25
Mulher Nobre: Touca sobre o lenço passado ou véu passado sobre
o queixo. Vestido justo de manga larga
O CLERO
• vestiam túnicas e mantos
enfeitados;
• alguns tecidos eram feitos
com fios de ouro;
• certas roupas eram
enfeitadas com pedras
preciosas e pérolas.
26
O povo
27
• vestia túnicas simples e
blusas.
Camponês: Túnica curta,
camisa comprida até aos
joelhos, cordão à cintura,
botas de couro e chapéu
grande na cabeça.
Camponesa: Vestido
comprido, túnica comprida
sobre o vestido, cordão à
cintura e chapéu grande na
cabeça.
TROVADORISMO:
outros tópicos importantes
 O Trovadorismo e o público
 As regras da conduta amorosa
 O amor e a sátira no Trovadorismo
 A linguagem da vassalagem amorosa ( Livro,
p.55).
28
CRONOLOGIA Período: séculos XII a XIV
 Início: 1189 (ou 1198?)
 Cantiga da Ribeirinha,
Paio Soares de Taveirós
 Término: 1418
 Nomeação de Fernão
Lopes como guarda-
mor da Torre do
Tombo
29
30
31
32
33
CONTEXTO HISTÓRICO
Teocentrismo:
poder espiritual e cultural da
Igreja
0Cristianismo
0Cruzadas rumo ao Oriente
0Monopólio clerical
34
35
FEUDALISMO
36
37
CANCIONEIRO DA
AJUDA
POESIAS0Cantigas Lírico-
amorosas
0Cantiga de amor
0Cantiga de amigo
0Cantigas Satíricas
0Cantiga de escárnio
0Cantiga de Maldizer
38
0 Cantiga de amor
0 Origem provençal
0 Eu lírico masculino
0 Tratamento dado à
mulher: mia senhor
0 Expressão da vida da
corte
0 Convenções do amor cortês:
0 Idealização da mulher;
0 Vassalagem amorosa;
0 Expressão da coita
39
CARACTERÍSTICAS DAS CANTIGAS
0 Língua galego-português
0 Tradição oral e coletiva
0 Poesia cantada e acompanhada por instrumentos
musicais colecionada em cancioneiros
0 Autores: trovadores ( a maioria nobres)
0 Intérpretes: jograis, segréis e menestréis
Coita amorosa- dor, aflição, sofrimento por amor
Amigo – namorada
Vassalo –servidor, submisso
40
CANTIGA DE AMOR
Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
mentre me for’ como me vai,
ca já moiro por vós – e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi en saia!
Mau dia me levantei,
que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, des aquel di’, ai!
me foi a mi muin mal,
e vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
d’aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d’alfaia
nunca de vós ouve nem ei
valia d’ua correa.
(Paio Soares de Taveirós)
VOCABULÁRIO
retraia: retrate
saia: roupa íntima
guarvaia: roupa luxuosa
parelha: semelhante
Cantiga da Ribeirinha
No mundo ninguém se assemelha a mim
enquanto a minha vida continuar como vai
porque morro por vós, e ai
minha senhora de pele alva e faces rosadas,
quereis que vos descreva
quando vos eu vi sem manto
Maldito dia! me levantei
que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)
E, minha senhora, desde aquele dia, ai
tudo me foi muito mal
e vós, filha de don Pai
Moniz, e bem vos parece
de Ter eu por vós guarvaia
pois eu, minha senhora, como mimo
de vós nunca recebi
algo, mesmo que sem valor
41
Cantigas de AmorA dona que eu am’e tenho por senhor
amostráde-mh-a Deus, se vos en prazer
for,
se non, dade-mi a morte.
A que tenh’eu por lume destes olhos meus
e por que choran sempr’, amostráde-mh-a,
Deus,
se non, dáde-mi a morte.
Essa que vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, ai Deus!, fazéde-mh-a veer,
se non, dáde-mh a morte.
Ay Deus, que mi-a fezestes mais ca min
amar,
mostráde-mh-a u possa con ela falar,
se non, dade-mh a morte
Bernardo Bonaval
42
Dama que eu sirvo e que muito
adoro mostrai-ma, ai Deus! Pois que
vos imploro,
Senão, dai-me a morte.
Essa que é a luz dos olhos meus
por quem sempre choram, mostrai-
me, ai Deus!
Senão, dai-me a morte.
Essa que entre todas fizestes
formosa,
mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu
possa,
Senão, dai-me a morte.
A que me fizesse amar mais do que
tudo,
Mostrai-ma e onde posso com ela
falar,
Senão, dai-me a morte.
(Bernardo Bonaval)
INTERTEXTUALIDADE :
Roberto Carlos
Eu tenho tanto pra te falar,                            
mas com palavras não sei dizer                     
como é grande o meu amor por você.           
E não há nada pra comparar                         
para poder lhe explicar                                  
como é grande o meu amor por você.           
Nem mesmo o céu, nem as estrelas,
nem mesmo o mar e o infinito,                        
não é maior que o meu amor,
nem mais bonito.
Eu desespero a procurar
alguma forma de lhe falar
como é grande o meu amor por você.
Nunca se esqueça nenhum segundo
que eu tenho o amor maior do mundo,
como é grande o meu amor por você. 43
Queixa – Caetano Veloso
Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza
{...}
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água 44
POESIA TROVADORESCA
0 Cantiga de amigo
0 Origem popular
0 Eu lírico feminino
0 Tratamento dado ao
namorado: amigo
0 Expressão da vida
campesina e urbana
0 Realismo: fatos comuns
à vida cotidiana
0 Amor realizado ou
possível – sofrimento
amoroso
0 Paralelismo e refrão
45
Cantigas de Amigo
0 Eu lírico feminino;
0 Ambiente popular (campo, vilas, praia etc.);
0 Tema
a) separação do namorado, que parte em alguma expedição militar e a espera de
seu retorno;
(b) a romaria a lugares santos, onde a donzela busca uma conquista amorosa,
através da dança;
(c) as bailadas, que versam exclusivamente o tema da dança;
(d) as marinhas ou barcarolas, à beira do mar;
(e) o tema das tecedeiras, no interior dos lares;
(f) e o tema das chamadas cantigas de fonte, onde as donzelas iam lavar os cabelos
ou mesmo a roupa, encontrando-se então com os namorados.
0 Amor real (saudades de quem o eu lírico teve);
0 Paralelismo (repetições parciais)
0 Refrão (repetições integrais)
0 Sentimentos de saudade do "amigo";
0 Composições com diálogo;
0 Presença das forças da natureza;
0 Composição masculina.
46
Cantigas de Amigo
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo?
E ai Deus, se verra cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado?
E ai Deus, se verra cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro?
E ai Deus, se verra cedo!
Se vistes meu amado,
por que ei gran coitado?
E ai Deus, se verra cedo!
Martim Codax
47
Ondas do mar de Vigo,
acaso vistes meu amigo? Queira
Deus que ele venha cedo! (digam
que virá cedo)
Ondas do mar agitado,
acaso vistes meu amado?
Queira Deus que ele venha cedo!
Acaso vistes meu amigo
aquele por quem suspiro?
Queira Deus que ele venha cedo!
Acaso vistes meu amado,
por quem tenho grande cuidado
(preocupado) ?
Queira Deus que ele venha cedo
INTERTEXTUALIDADE :
Tanta saudade ( wanessa camargo)
O mundo caiu no instante em que
eu me vi sem você
Eu não me toquei eu só acreditei que o amor fosse fácil
de se esquecer eu errei.
Eu tenho tanta saudade..
Sinto falta de você dizendo que eu te fiz feliz
Eu tô colhendo a tempestade que eu mesma fiz
Será que um dia desses vou te encontrar
Só pra te dizer que foi com você
Que aprendi a amar
Intertextualidade- Diálogo entre dois textos. Influência de um texto sobre
outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização
do texto citado.
48
INTERTEXTUALIDADE: Amor I love you
( Marisa Monte)
49
VALOR DA POESIA MEDIEVAL
• Interesse social e histórico;
- sentimentos de homens e mulheres;
- alguns usos e costumes da época;
- relações entre fidalgos e plebeus;
- lutas entre trovadores e jograis;
- covardia de alguns militares.
• Interesse artístico e estilístico
• Interesse para o estudo linguístico
50
POESIA TROVADORESCA
Cantigas satíricas
0 Cantiga de escárnio
0 Crítica indireta
0 Uso da ironia
0 Cantiga de Maldizer
0 Crítica direta
0 Intenção difamatória
0 Palavrões e xingamentos
51
CANTIGA DE ESCÁRNIO
52
Ai dona fea! foste-vos queixar
porque vos nunca louv’ em meu trobar
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar;
dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! se Deus mi perdom!
e pois havedes tan gran coraçon
que vos eu loe em esta razon,
vos quero já loar toda via;
e vedes queal será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
em meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já um bom cantar farei
em que vos loarei todavia;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!
Ai! dona feia! fostes vos queixar
porque nunca vos louvei em meu trovar
mas, agora quero fazer um cantar
em que vos louvarei, todavia;
e vide como vos quero louvar:
dona feia, velha e louca.
Ai! dona feia! que Deus me perdoe!
pois vós tendes tão bom coração
que eu vos louvarei, por esta razão,
eu vos louvarei, todavia;
e veja qual será a louvação:
dona feia, velha e louca!
Dona feia, eu nunca vos louvei
em meu trovar, mas muito já trovei;
entretanto, farei agora um bom cantar
em que vos louvarei todavia;
e vos direi como louvarei:
dona feia, velha e louca!
Uma Arlinda Mulher
Mamonas Assassinas
53
Te encontrei toda remelenta e estronchada
Num bar entregue às bebida
Te cortei os cabelos do sovaco e as unhas do pé
te chamei de querida
Te ensinei todos os auto-reverse da vida
e o movimento de translação que faz a terra girar
Te falei que o importante é competir
mas te mato de pancada se você não ganhar
Cantigas de Maldizer
"Dom Bernaldo, pois trazeis
convosco uma tal mulher,
a pior que conheceis
que se o alguazil souber,
açoitá-la quererá.
A prostituta queixar-se-á
e vós, assanhar-vos-ei
Vós que tão bem entendeis
o que um bom jogral entende,
por que demônio viveis
com uma mulher que se vende ?
E depois, o que fareis
se alguém a El-rei contar
a mulher com quem viveis
54
Dom Bernaldo (Bernaldo de Bonaval),
um famosos trovador (poeta nobre, pois o
pronome Dom antecedendo seu nome
indica isso), vulgarizado pelo autor da
cantiga ao ser chamado de jogral (poeta
plebeu): afinal, um poeta que anda com
a pior prostituta que conhece só pode
ser como ela, que “ se vende” (lembrando
o ditado “dize-me com quem andas e te
direi quem és” ).
A cantiga de Pero da Ponte, ainda, tem
tom ameaçador : se o alguazil ( espécie
de policial da época) souber vai querer
açoitá-la (observe a insinuação de que
Dom Bernaldo se excitará (assanhar-
vos-ei) quando a prostituta estiver
apanhando e se queixando por isso), e
se alguém (que pode ser o próprio autor
da cantiga) contar a el-rei, ele vai
querer justiçá-la. E o que Bernardo de
Bonaval fará ? Irá contra o alguazil?
Contra el-rei? Não. Se ambos souberem
que Bernaldo anda com uma prostituta
como aquela, o poeta estará perdido
("muito vos molestará" ): nem Deus
poderá salvá-lo (“Se nem Deus lhe
valerá”), nada ele poderá fazer a
respeito (“valer-lhe não podeis”). Se o
que a cantiga denuncia for de
conhecimento de muitas pessoas,
Bernaldo de Bonaval, certamente,
perderá seu prestígio literário, político, moral etc.
Geni e o zepelin – chico
buarque
Cantiga de maldizer De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
55
POESIA TROVADORESCA
0 Cancioneiro da Ajuda: composto durante o reinado do rei
Afonso III, no século XIII, contendo apenas cantigas de
amor.
0 Cancioneiro da Biblioteca Nacional: (ou Colocci-Brancuti,
dois italianos que o possuíam), engloba trovadores dos
reinados de Afonso III e de D. Dinis.
0 Cancioneiro da Vaticana: (descoberto na Biblioteca do Vaticano),
inclui todos os tipos de cantigas e contém uma produção do século XVI.
56
PROSA TROVADORESCA
0 Novelas de cavalaria
0Canções de gesta
0 Ciclos de novelas
0Ciclo Clássico
0Ciclo arturiano ou
bretão
0Ciclo carolíngeo
57
Ciclos das novelas de cavalaria
 Ciclo Clássico (novelas que narram a guerra de Tróia, as
aventuras de Alexandre, o grande)
 Ciclo arturiano ou bretão (as que apresentam o rei
Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda – A Demanda
do Santo Graal)
 Ciclo carolíngeo (a História de Carlos Magno)
58
PROSA TROVADORESCA
59
Os cavaleiros da
Távola Redonda
PROSA TROVADORESCA
60
CICLO ARTURIANO
 Rei Arthur
61
CICLO ARTURIANO
A demanda do
Santo Graal
62
AS CRUZADAS
63
OS CAMINHOS DAS CRUZADAS
64
PRINCIPAIS AUTORES
0 Paio Soares de Taveirós
0 Dom Dinis
0 Duarte da Gama
0 Martim Garcia de Guilhade
0 Martim Codax
0 João Zorro
0 Afonso Sanches (filho de D. Dinis)
0 Rui Queimado
0 Bernardo Bonaval 65
66
Os Cavaleiros
67
Costumes do homem medieval europeu
Faziam banquetes ao som de música. 68
Costumes do homem medieval europeu
69
Costumes do homem medieval europeu
A caçada era o esporte preferido da nobreza. 70
Costumes do homem medieval europeu
71
Ainda assim, eu me levantoAinda assim, eu me levanto
Você pode me riscar da História
Com mentiras lançadas ao ar.
Pode me jogar contra o chão de
terra,
Mas ainda assim, como a poeira, eu
vou me levantar.
Minha presença o incomoda?
Por que meu brilho o intimida?
Porque eu caminho como quem
possui
Riquezas dignas do grego Midas.
72
Você não queria me ver quebrada?
Cabeça curvada e olhos para o chão?
Ombros caídos como as lágrimas,
Minha alma enfraquecida pela solidão?
Meu orgulho o ofende?
Tenho certeza que sim
Porque eu rio como quem
possui
Ouros escondidos em mim.
73
Pode me atirar palavras afiadas,
Dilacerar-me com seu olhar,
Você pode me matar em nome do ódio,
Mas ainda assim, como o ar, eu vou me
levantar.
Da favela, da humilhação imposta
pela cor
Eu me levanto
De um passado enraizado na dor
Eu me levanto
Sou um oceano negro, profundo
na fé,
Crescendo e expandindo-se como
a maré.
74
Maya AngelouMaya Angelou
Deixando para trás noites de
terror e atrocidade
Eu me levanto
Em direcção a um novo dia de
intensa claridade
Eu me levanto
Trazendo comigo o dom de meus
antepassados,
Eu carrego o sonho e a esperança do
homem escravizado.
E assim, eu me levanto
Eu me levanto
Eu me levanto.
75
75
75
Questões
1. Transcreva os versos em que o tema do poema esteja
explicitado.
2. Como o eu lírico aborda esse tema? Justifique com versos do
poema.
3. Como o eu lírico reage ao preconceito? Que qualidades
podem ser identificadas em seu comportamento?
4. Associe as qualidades que você identificou a alguma(s)
passagem(ns) do texto.
76
5. É possível, a partir da leitura do poema, construir uma imagem do eu lírico.
Que experiências pode ter tido alguém que diz coisas como essa?
6. Explique como você tomou tal imagem?
7. Releia.
Sou um oceano negro, profundo na fé,
Crescendo e expandindo-se como a maré.
Explique por que esses versos podem ser interpretados como um manifesto de
orgulho pela própria raça e de esperança no futuro.
77
Cantiga de amor de refrão
78
Cantiga de amor
Cantiga de amor
de refrãode refrão
Se em partir, senhora minha,
mágoas haveis de deixar a quem
firme em vos amar foi desde a
primeira hora. se me abandonais
agora, ó formosa! que farei?
Que farei se nunca mais contemplar
vossa beleza? Morto serei de tristeza.
Se Deus me não acudir, nem de vós
conselho ouvir, ó formosa! que farei?
A Nosso Senhor eu peço quando
houver de vos perder, se me quiser
comprazer, que morte me queira
dar. Mas se a vida me poupar. Ó
formosa! Que farei?
Vosso amor me leva a tanto! Se,
partindo, provocais quebranto que
não curais a quem de amor
desespera, de vós conselho quisera:
Ó formosa! Que farei?
Natália Correia(Adap.)
ExercíciosExercícios
avaliativos
avaliativos
1. Qual é o tema tratado na cantiga?
2. Que elementos estruturais permitem classificar o texto como uma cantiga de amor?
3. Identifique o refrão da cantiga. Que sentimento do eu lírico ele reforça?
4. Uma das principais características das cantigas de amor é a relação entre o eu lírico e
sua amai Que forma de tratamento o eu lírico usa para se referir à mulher?
5. 0 que esse tratamento revela a respeito da relação entre eles?
6. Você acredita ser possível, hoje, existir um sofrimento amoroso semelhante? Por
quê?
AS QUESTÕES AMOROSAS CONTINUAM
VEJA COMO ESSE TEMA É DESENVOLVIDO
MÚSICA – FICO ASSIM SEM VOCÊ
82
Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola, Piu-Piu sem
Frajola Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes vão poder falar
Por mim.
Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu Sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
83
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê?
7. Qual é o tema desenvolvido em "Fico assim sem você"?
a) Que elementos indicam que se trata de um texto atual?
b) Poderíamos dizer que ele desenvolve um tema
semelhante ao da cantiga de Nuno Fernandes Torneol?
Por quê?
8. Quais são os sentimentos que o eu lírico expressa pela
mulher amada?
9. A relação entre o eu lírico e sua amada se dá do mesmo
modo que na cantiga de amor? Explique.
10. Que elementos formais e de conteúdo da canção
permitem compará-la a uma cantiga de amor
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Literatura ( Sônia Guedes)

  • 2. 2 UMA BREVE RETROSPECTIVAUMA BREVE RETROSPECTIVA 1º - O que é literatura1º - O que é literatura Literatura e linguagem Polissemia O poder das imagens e dos sons Funções da literatura -A literatura como: Denúncia social Investigação psicológica Entretenimento Direito
  • 3. 3 2º- GÊNEROS LITERÁRIOS2º- GÊNEROS LITERÁRIOS Lírico Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Textos de caráter emocional, centrados na subjetividade dos sentimentos da alma. Tem a presença do “eu-lírico”, a voz que fala no poema . O emissor é personagem única desse tipo de mensagem, Dramático – Tragédia e comédia Drama, em grego, significa "ação". Textos feitos para serem representados. O Gênero Dramático se assenta em três eixos importantes: o ator, o texto e o público sem o que não há espetáculo teatral. Segundo Aristóteles é a palavra representada Épico gênero épico: narrações de fatos grandiosos, centrados na figura de um herói. Tem a presença de um narrador Segundo Aristóteles, a palavra narrada.
  • 4. ESCOLAS LITERÁRIAS (ESCOLAS LITERÁRIAS ( Estilo de época)Estilo de época) 4 • TrovadorismoTrovadorismo • HumanismoHumanismo • ClassicismoClassicismo • BarrocoBarroco • ArcadismoArcadismo • RomantismoRomantismo • RealismoRealismo • NaturalismoNaturalismo • ParnasianismoParnasianismo • SimbolismoSimbolismo • Pré-ModernismoPré-Modernismo • ModernismoModernismo • Pós-modernismoPós-modernismo
  • 5. ESCOLAS LITERÁRIAS (ESCOLAS LITERÁRIAS ( Estilo deEstilo de época)época) Chamamos de Escola literária (Estilo de época) as manifestações literárias ligadas por denominadores comuns, ou seja, obras que tenham características afins. Entre essas características está a língua, o tema, a estética (as figuras de linguagens recorrentes, por exemplo), o papel social, a natureza social (o contexto social), a natureza psíquica ou filosófica, o conjunto de autores (conscientes de seu fazer literário) e o público. Esses denominadores juntos formam um sistema com continuidade literária (um projeto literário) que, situado cronologicamente, estabelece o que chamamos de: Escola de época Escola Literária Movimento literário Estilo de época. 5
  • 6. 6 Para ser considerado um movimento literário, a produção literária tem que, necessariamente, fazer parte de um projeto literário (de um sistema). Assim, textos de autores com as mesmas características num mesmo período histórico, sob mesmo contexto social e sob mesma influência filosófica pertencem a uma mesma Escola literária, ou seja, a um mesmo Estilo de época. (Livro, pp.39 -46). Portanto... Literatura é expressão de uma épocaLiteratura é expressão de uma época Observe como o mesmo tema GUERRA é tratado de forma distinta nas três obras destacadas no livro didático.  Bomba atômica: explosão vermelha (p.39). Gordons e Greys na frente de batalha (p.40). A esperança (fragmento) (p.41). UM MESMO TEMA : DIFERENTES OLHARES, DIFERENTESUM MESMO TEMA : DIFERENTES OLHARES, DIFERENTES LINGUAGENSLINGUAGENS
  • 7. O estudo e a descrição das características estéticas de diferentes escolas ou movimentos literários recebem o nome de HISTORIOGRAFIA LITERÁRIAHISTORIOGRAFIA LITERÁRIA Observar o quadro no livro, p.44, 45. 7
  • 8. Resumo simplificado das escolasResumo simplificado das escolas literáriasliterárias Trovadorismo:Trovadorismo: Escola literária existente na época da Idade Média, baseava-se em cantigas preparadas para divertir o povo e a nobreza. Teve forte influência da Igreja Católica, já que era ela quem controlava as expressões artísticas e culturais da época. Humanismo: Humanismo: Foi um movimento cultural que, além do estudo e da imitação dos autores greco-latinos, fez do homem objeto de conhecimento, reivindicando para ele uma posição de importância no contexto do universo, sem, contudo, negar o valor supremo de Deus. Classicismo:Classicismo:  Foi o movimento literário que resgatou os valores e as culturas greco-latinos de forma mais intensa,  exalta sua nação ao invés da mitologia antiga como faziam os clássicos, o poeta Camões, através da obra Lusíadas relatou a História de Portugal contando  histórias dos bravos guerreiros. Barroco: Barroco: Foi um movimento literário da Contrarreforma, ou seja, da transformação da Igreja Católica, em detrimento da Protestante. Os autores barrocos expressam o conflito interno que as pessoas viviam na época, os principais foram: Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira. 8
  • 9. 9 Arcadismo: Arcadismo:  Foi um movimento resultado de uma reação antibarroca, surgindo nos finais do Século XVIII. Retomou algumas características literárias do Classicismo, como o equilíbrio e a racionalidade, ficando também conhecida como Neoclassicismo. Romantismo:Romantismo:    Foi o movimento da expressão burguesa nas artes, nas ciências e na cultura. Defendendo a liberdade de expressão, inspirado na frase célebre da Revolução francesa "Liberdade, igualdade e fraternidade". Realismo:Realismo:  É uma reação contra o romantismo: o romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houver na nossa sociedade". Eça de Queiroz. Naturalismo:Naturalismo:  Pode ser considerado como um realismo mais radical, pois também utilizava a literatura para descrever a realidade, porém com a diferença de se munir de teorias científicas poderosíssimas para constituir seu ponto de vista em relação ao mundo: o materialismo e o determinismo. Parnasianismo: Parnasianismo:  Foi a escola literária que consagrou o labor do poeta. Foi este movimento que retornou ao clássico, buscando sempre a perfeição poética e estética em suas obras. Refletiu bastante através da poesia sobre o próprio ato
  • 10. 10 Simbolismo:Simbolismo: O que mais caracterizou essa escola  foi o seu misticismo. Os poetas simbolistas não tentavam fazer poesias compreensíveis, pois eles queriam que os leitores se sensibilizassem para a construção poética, por isso utilizavam muitos símbolos, metáforas, linguagem figurada que sugerissem sensações aos leitores. Pré-Modernismo: Pré-Modernismo:  "Atualmente, nessa hora de tristes apreensões para o mundo inteiro, não devemos deixar de pregar, seja como for, o ideal de fraternidade e de justiça entre os homens e um sincero entendimento entre eles. E o destino da literatura é tornar sensível, assimilável, vulgar, esse grande ideal de pouco a todos, para que ela cumpra ainda uma vez a sua missão." Lima Barreto. Modernismo: Modernismo:  Foi um movimento que buscou arrancar-se das correntes estéticas do parnasianismo. Os autores modernistas refutavam tudo o que era antigo para construir uma nova poética, livre de qualquer tipo de regras. Teve forte influência das Vanguardas europeias, que eram movimentos artísticos que se iniciaram na Europa e se espalharam pelo mundo declarando seu amor estético pela liberdade. Pós-modernismo:Pós-modernismo:
  • 11. 11
  • 12. 12 Livro, p.52 Analisar oralmente a cantiga da p. 53 e compará-la com a imagem da Iluminura.
  • 13. IDADE MÉDIA: ENTRE O MOSTEIRO E A CORTE O Início: conquista de Roma , capital do Império Romano do Ocidente, pelos comandantes germânicos no ano de 476 (Séc. V). Término: com a queda de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, tomada pelos turcos em 1453. Cristianismo durante a Idade Média – herança do período de dominação romana na Europa ( Livro, p. 54).  Grande poder da Igreja na Idade média. TEOCENTRISMO ( Tome nota, p. 55). 13
  • 15. Uma nova organização social A morte do imperador Carlos Magno (814) e a consequente desarticulação do poder central levou a sociedade medieval a criar uma nova organização social: O poder passa aos senhores feudais – grandes proprietários de terras -, a quem nobres, cavaleiros, camponeses e servos se uniam em uma relação de Vassalagem. Com o fim das invasões na Europa, o ressurgimento das cidades e o crescimento econômico, os cavaleiros acabam perdendo sua função social (defender seu senhor das invasões e lutar contra os inimigos). Era preciso dar outra função aos cavaleiros. Código de Cavalaria: lealdade – honra- bravura e cortesia. (Livro, p.54, 55). 15
  • 16. Princípio básico da literatura medieval TROVADORISMO O servilismo dos vassalos ao seu Senhor Feudal (Suserano) e dos fiéis aos dogmas da Igreja Católica dá origem ao princípio básico da literatura medieval: A total subserviência de um trovador a sua dama (poesia) e do cavaleiro a sua donzela (nos romances/ novelas de cavalaria). TROVADORISMO: POESIA E CORTESIA Amor cortês Guilherme IX (Livro, p 55). 16
  • 19. 19
  • 20. 20
  • 21. O PROJETO LITERÁRIO DO TROVADORISMO A legitimação , por meio da literatura, de uma nova ordem que redefine, por meio da literatura, de uma nova ordem que redefine as funções sociais dos cavaleiros na corte do Senhor Feudal. Os agentes do discurso Jograis : recitadores, cantores e músicos ambulantes. Compositores: nobres que se denominavam Trovadores. Como a produção literária circulava? Escritos em latim - nos mosteiros e abadia Orais produzidos na língua local (falado/cantado) – nos castelos e nas cortes, para divertir os nobres. 21
  • 23. Vestimenta do homem medieval europeu 23
  • 24. A NOBREZA : Vestuário Homem Nobre: Pelote com longas cavas, Touca de pano ou seda, Manto ou Capa, Saia justa ao corpo. 24 .
  • 25. A NOBREZA: Vestuário 25 Mulher Nobre: Touca sobre o lenço passado ou véu passado sobre o queixo. Vestido justo de manga larga
  • 26. O CLERO • vestiam túnicas e mantos enfeitados; • alguns tecidos eram feitos com fios de ouro; • certas roupas eram enfeitadas com pedras preciosas e pérolas. 26
  • 27. O povo 27 • vestia túnicas simples e blusas. Camponês: Túnica curta, camisa comprida até aos joelhos, cordão à cintura, botas de couro e chapéu grande na cabeça. Camponesa: Vestido comprido, túnica comprida sobre o vestido, cordão à cintura e chapéu grande na cabeça.
  • 28. TROVADORISMO: outros tópicos importantes  O Trovadorismo e o público  As regras da conduta amorosa  O amor e a sátira no Trovadorismo  A linguagem da vassalagem amorosa ( Livro, p.55). 28
  • 29. CRONOLOGIA Período: séculos XII a XIV  Início: 1189 (ou 1198?)  Cantiga da Ribeirinha, Paio Soares de Taveirós  Término: 1418  Nomeação de Fernão Lopes como guarda- mor da Torre do Tombo 29
  • 30. 30
  • 31. 31
  • 32. 32
  • 33. 33
  • 34. CONTEXTO HISTÓRICO Teocentrismo: poder espiritual e cultural da Igreja 0Cristianismo 0Cruzadas rumo ao Oriente 0Monopólio clerical 34
  • 36. 36
  • 38. POESIAS0Cantigas Lírico- amorosas 0Cantiga de amor 0Cantiga de amigo 0Cantigas Satíricas 0Cantiga de escárnio 0Cantiga de Maldizer 38
  • 39. 0 Cantiga de amor 0 Origem provençal 0 Eu lírico masculino 0 Tratamento dado à mulher: mia senhor 0 Expressão da vida da corte 0 Convenções do amor cortês: 0 Idealização da mulher; 0 Vassalagem amorosa; 0 Expressão da coita 39
  • 40. CARACTERÍSTICAS DAS CANTIGAS 0 Língua galego-português 0 Tradição oral e coletiva 0 Poesia cantada e acompanhada por instrumentos musicais colecionada em cancioneiros 0 Autores: trovadores ( a maioria nobres) 0 Intérpretes: jograis, segréis e menestréis Coita amorosa- dor, aflição, sofrimento por amor Amigo – namorada Vassalo –servidor, submisso 40
  • 41. CANTIGA DE AMOR Cantiga da Ribeirinha No mundo non me sei parelha, mentre me for’ como me vai, ca já moiro por vós – e ai! mia senhor branca e vermelha, queredes que vos retraia quando vos eu vi en saia! Mau dia me levantei, que vos enton non vi fea! E, mia senhor, des aquel di’, ai! me foi a mi muin mal, e vós, filha de don Paai Moniz, e bem vos semelha d’aver eu por vós guarvaia, pois eu, mia senhor, d’alfaia nunca de vós ouve nem ei valia d’ua correa. (Paio Soares de Taveirós) VOCABULÁRIO retraia: retrate saia: roupa íntima guarvaia: roupa luxuosa parelha: semelhante Cantiga da Ribeirinha No mundo ninguém se assemelha a mim enquanto a minha vida continuar como vai porque morro por vós, e ai minha senhora de pele alva e faces rosadas, quereis que vos descreva quando vos eu vi sem manto Maldito dia! me levantei que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela) E, minha senhora, desde aquele dia, ai tudo me foi muito mal e vós, filha de don Pai Moniz, e bem vos parece de Ter eu por vós guarvaia pois eu, minha senhora, como mimo de vós nunca recebi algo, mesmo que sem valor 41
  • 42. Cantigas de AmorA dona que eu am’e tenho por senhor amostráde-mh-a Deus, se vos en prazer for, se non, dade-mi a morte. A que tenh’eu por lume destes olhos meus e por que choran sempr’, amostráde-mh-a, Deus, se non, dáde-mi a morte. Essa que vós fezestes melhor parecer de quantas sei, ai Deus!, fazéde-mh-a veer, se non, dáde-mh a morte. Ay Deus, que mi-a fezestes mais ca min amar, mostráde-mh-a u possa con ela falar, se non, dade-mh a morte Bernardo Bonaval 42 Dama que eu sirvo e que muito adoro mostrai-ma, ai Deus! Pois que vos imploro, Senão, dai-me a morte. Essa que é a luz dos olhos meus por quem sempre choram, mostrai- me, ai Deus! Senão, dai-me a morte. Essa que entre todas fizestes formosa, mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu possa, Senão, dai-me a morte. A que me fizesse amar mais do que tudo, Mostrai-ma e onde posso com ela falar, Senão, dai-me a morte. (Bernardo Bonaval)
  • 43. INTERTEXTUALIDADE : Roberto Carlos Eu tenho tanto pra te falar,                             mas com palavras não sei dizer                      como é grande o meu amor por você.            E não há nada pra comparar                          para poder lhe explicar                                   como é grande o meu amor por você.            Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito,                         não é maior que o meu amor, nem mais bonito. Eu desespero a procurar alguma forma de lhe falar como é grande o meu amor por você. Nunca se esqueça nenhum segundo que eu tenho o amor maior do mundo, como é grande o meu amor por você. 43
  • 44. Queixa – Caetano Veloso Um amor assim delicado Você pega e despreza Não devia ter despertado Ajoelha e não reza {...} Princesa, surpresa, você me arrasou Serpente, nem sente que me envenenou Senhora, e agora, me diga onde eu vou Senhora, serpente, princesa Um amor assim violento Quando torna-se mágoa É o avesso de um sentimento Oceano sem água 44
  • 45. POESIA TROVADORESCA 0 Cantiga de amigo 0 Origem popular 0 Eu lírico feminino 0 Tratamento dado ao namorado: amigo 0 Expressão da vida campesina e urbana 0 Realismo: fatos comuns à vida cotidiana 0 Amor realizado ou possível – sofrimento amoroso 0 Paralelismo e refrão 45
  • 46. Cantigas de Amigo 0 Eu lírico feminino; 0 Ambiente popular (campo, vilas, praia etc.); 0 Tema a) separação do namorado, que parte em alguma expedição militar e a espera de seu retorno; (b) a romaria a lugares santos, onde a donzela busca uma conquista amorosa, através da dança; (c) as bailadas, que versam exclusivamente o tema da dança; (d) as marinhas ou barcarolas, à beira do mar; (e) o tema das tecedeiras, no interior dos lares; (f) e o tema das chamadas cantigas de fonte, onde as donzelas iam lavar os cabelos ou mesmo a roupa, encontrando-se então com os namorados. 0 Amor real (saudades de quem o eu lírico teve); 0 Paralelismo (repetições parciais) 0 Refrão (repetições integrais) 0 Sentimentos de saudade do "amigo"; 0 Composições com diálogo; 0 Presença das forças da natureza; 0 Composição masculina. 46
  • 47. Cantigas de Amigo Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? E ai Deus, se verra cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amado, por que ei gran coitado? E ai Deus, se verra cedo! Martim Codax 47 Ondas do mar de Vigo, acaso vistes meu amigo? Queira Deus que ele venha cedo! (digam que virá cedo) Ondas do mar agitado, acaso vistes meu amado? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amigo aquele por quem suspiro? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amado, por quem tenho grande cuidado (preocupado) ? Queira Deus que ele venha cedo
  • 48. INTERTEXTUALIDADE : Tanta saudade ( wanessa camargo) O mundo caiu no instante em que eu me vi sem você Eu não me toquei eu só acreditei que o amor fosse fácil de se esquecer eu errei. Eu tenho tanta saudade.. Sinto falta de você dizendo que eu te fiz feliz Eu tô colhendo a tempestade que eu mesma fiz Será que um dia desses vou te encontrar Só pra te dizer que foi com você Que aprendi a amar Intertextualidade- Diálogo entre dois textos. Influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado. 48
  • 49. INTERTEXTUALIDADE: Amor I love you ( Marisa Monte) 49
  • 50. VALOR DA POESIA MEDIEVAL • Interesse social e histórico; - sentimentos de homens e mulheres; - alguns usos e costumes da época; - relações entre fidalgos e plebeus; - lutas entre trovadores e jograis; - covardia de alguns militares. • Interesse artístico e estilístico • Interesse para o estudo linguístico 50
  • 51. POESIA TROVADORESCA Cantigas satíricas 0 Cantiga de escárnio 0 Crítica indireta 0 Uso da ironia 0 Cantiga de Maldizer 0 Crítica direta 0 Intenção difamatória 0 Palavrões e xingamentos 51
  • 52. CANTIGA DE ESCÁRNIO 52 Ai dona fea! foste-vos queixar porque vos nunca louv’ em meu trobar mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar; dona fea, velha e sandia! Ai dona fea! se Deus mi perdom! e pois havedes tan gran coraçon que vos eu loe em esta razon, vos quero já loar toda via; e vedes queal será a loaçon: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora já um bom cantar farei em que vos loarei todavia; e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia! Ai! dona feia! fostes vos queixar porque nunca vos louvei em meu trovar mas, agora quero fazer um cantar em que vos louvarei, todavia; e vide como vos quero louvar: dona feia, velha e louca. Ai! dona feia! que Deus me perdoe! pois vós tendes tão bom coração que eu vos louvarei, por esta razão, eu vos louvarei, todavia; e veja qual será a louvação: dona feia, velha e louca! Dona feia, eu nunca vos louvei em meu trovar, mas muito já trovei; entretanto, farei agora um bom cantar em que vos louvarei todavia; e vos direi como louvarei: dona feia, velha e louca!
  • 53. Uma Arlinda Mulher Mamonas Assassinas 53 Te encontrei toda remelenta e estronchada Num bar entregue às bebida Te cortei os cabelos do sovaco e as unhas do pé te chamei de querida Te ensinei todos os auto-reverse da vida e o movimento de translação que faz a terra girar Te falei que o importante é competir mas te mato de pancada se você não ganhar
  • 54. Cantigas de Maldizer "Dom Bernaldo, pois trazeis convosco uma tal mulher, a pior que conheceis que se o alguazil souber, açoitá-la quererá. A prostituta queixar-se-á e vós, assanhar-vos-ei Vós que tão bem entendeis o que um bom jogral entende, por que demônio viveis com uma mulher que se vende ? E depois, o que fareis se alguém a El-rei contar a mulher com quem viveis 54 Dom Bernaldo (Bernaldo de Bonaval), um famosos trovador (poeta nobre, pois o pronome Dom antecedendo seu nome indica isso), vulgarizado pelo autor da cantiga ao ser chamado de jogral (poeta plebeu): afinal, um poeta que anda com a pior prostituta que conhece só pode ser como ela, que “ se vende” (lembrando o ditado “dize-me com quem andas e te direi quem és” ). A cantiga de Pero da Ponte, ainda, tem tom ameaçador : se o alguazil ( espécie de policial da época) souber vai querer açoitá-la (observe a insinuação de que Dom Bernaldo se excitará (assanhar- vos-ei) quando a prostituta estiver apanhando e se queixando por isso), e se alguém (que pode ser o próprio autor da cantiga) contar a el-rei, ele vai querer justiçá-la. E o que Bernardo de Bonaval fará ? Irá contra o alguazil? Contra el-rei? Não. Se ambos souberem que Bernaldo anda com uma prostituta como aquela, o poeta estará perdido ("muito vos molestará" ): nem Deus poderá salvá-lo (“Se nem Deus lhe valerá”), nada ele poderá fazer a respeito (“valer-lhe não podeis”). Se o que a cantiga denuncia for de conhecimento de muitas pessoas, Bernaldo de Bonaval, certamente, perderá seu prestígio literário, político, moral etc.
  • 55. Geni e o zepelin – chico buarque Cantiga de maldizer De tudo que é nego torto Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada O seu corpo é dos errantes Dos cegos, dos retirantes É de quem não tem mais nada Dá-se assim desde menina Na garagem, na cantina Atrás do tanque, no mato É a rainha dos detentos Das loucas, dos lazarentos Dos moleques do internato E também vai amiúde Com os velhinhos sem saúde E as viúvas sem porvir Ela é um poço de bondade E é por isso que a cidade Vive sempre a repetir Joga pedra na Geni Joga pedra na Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela dá pra qualquer um Maldita Geni 55
  • 56. POESIA TROVADORESCA 0 Cancioneiro da Ajuda: composto durante o reinado do rei Afonso III, no século XIII, contendo apenas cantigas de amor. 0 Cancioneiro da Biblioteca Nacional: (ou Colocci-Brancuti, dois italianos que o possuíam), engloba trovadores dos reinados de Afonso III e de D. Dinis. 0 Cancioneiro da Vaticana: (descoberto na Biblioteca do Vaticano), inclui todos os tipos de cantigas e contém uma produção do século XVI. 56
  • 57. PROSA TROVADORESCA 0 Novelas de cavalaria 0Canções de gesta 0 Ciclos de novelas 0Ciclo Clássico 0Ciclo arturiano ou bretão 0Ciclo carolíngeo 57
  • 58. Ciclos das novelas de cavalaria  Ciclo Clássico (novelas que narram a guerra de Tróia, as aventuras de Alexandre, o grande)  Ciclo arturiano ou bretão (as que apresentam o rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda – A Demanda do Santo Graal)  Ciclo carolíngeo (a História de Carlos Magno) 58
  • 60. Os cavaleiros da Távola Redonda PROSA TROVADORESCA 60
  • 62. CICLO ARTURIANO A demanda do Santo Graal 62
  • 64. OS CAMINHOS DAS CRUZADAS 64
  • 65. PRINCIPAIS AUTORES 0 Paio Soares de Taveirós 0 Dom Dinis 0 Duarte da Gama 0 Martim Garcia de Guilhade 0 Martim Codax 0 João Zorro 0 Afonso Sanches (filho de D. Dinis) 0 Rui Queimado 0 Bernardo Bonaval 65
  • 66. 66
  • 68. Costumes do homem medieval europeu Faziam banquetes ao som de música. 68
  • 69. Costumes do homem medieval europeu 69
  • 70. Costumes do homem medieval europeu A caçada era o esporte preferido da nobreza. 70
  • 71. Costumes do homem medieval europeu 71
  • 72. Ainda assim, eu me levantoAinda assim, eu me levanto Você pode me riscar da História Com mentiras lançadas ao ar. Pode me jogar contra o chão de terra, Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar. Minha presença o incomoda? Por que meu brilho o intimida? Porque eu caminho como quem possui Riquezas dignas do grego Midas. 72
  • 73. Você não queria me ver quebrada? Cabeça curvada e olhos para o chão? Ombros caídos como as lágrimas, Minha alma enfraquecida pela solidão? Meu orgulho o ofende? Tenho certeza que sim Porque eu rio como quem possui Ouros escondidos em mim. 73
  • 74. Pode me atirar palavras afiadas, Dilacerar-me com seu olhar, Você pode me matar em nome do ódio, Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar. Da favela, da humilhação imposta pela cor Eu me levanto De um passado enraizado na dor Eu me levanto Sou um oceano negro, profundo na fé, Crescendo e expandindo-se como a maré. 74
  • 75. Maya AngelouMaya Angelou Deixando para trás noites de terror e atrocidade Eu me levanto Em direcção a um novo dia de intensa claridade Eu me levanto Trazendo comigo o dom de meus antepassados, Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado. E assim, eu me levanto Eu me levanto Eu me levanto. 75 75 75
  • 76. Questões 1. Transcreva os versos em que o tema do poema esteja explicitado. 2. Como o eu lírico aborda esse tema? Justifique com versos do poema. 3. Como o eu lírico reage ao preconceito? Que qualidades podem ser identificadas em seu comportamento? 4. Associe as qualidades que você identificou a alguma(s) passagem(ns) do texto. 76
  • 77. 5. É possível, a partir da leitura do poema, construir uma imagem do eu lírico. Que experiências pode ter tido alguém que diz coisas como essa? 6. Explique como você tomou tal imagem? 7. Releia. Sou um oceano negro, profundo na fé, Crescendo e expandindo-se como a maré. Explique por que esses versos podem ser interpretados como um manifesto de orgulho pela própria raça e de esperança no futuro. 77
  • 78. Cantiga de amor de refrão 78
  • 79. Cantiga de amor Cantiga de amor de refrãode refrão Se em partir, senhora minha, mágoas haveis de deixar a quem firme em vos amar foi desde a primeira hora. se me abandonais agora, ó formosa! que farei? Que farei se nunca mais contemplar vossa beleza? Morto serei de tristeza. Se Deus me não acudir, nem de vós conselho ouvir, ó formosa! que farei?
  • 80. A Nosso Senhor eu peço quando houver de vos perder, se me quiser comprazer, que morte me queira dar. Mas se a vida me poupar. Ó formosa! Que farei? Vosso amor me leva a tanto! Se, partindo, provocais quebranto que não curais a quem de amor desespera, de vós conselho quisera: Ó formosa! Que farei? Natália Correia(Adap.)
  • 81. ExercíciosExercícios avaliativos avaliativos 1. Qual é o tema tratado na cantiga? 2. Que elementos estruturais permitem classificar o texto como uma cantiga de amor? 3. Identifique o refrão da cantiga. Que sentimento do eu lírico ele reforça? 4. Uma das principais características das cantigas de amor é a relação entre o eu lírico e sua amai Que forma de tratamento o eu lírico usa para se referir à mulher? 5. 0 que esse tratamento revela a respeito da relação entre eles? 6. Você acredita ser possível, hoje, existir um sofrimento amoroso semelhante? Por quê?
  • 82. AS QUESTÕES AMOROSAS CONTINUAM VEJA COMO ESSE TEMA É DESENVOLVIDO MÚSICA – FICO ASSIM SEM VOCÊ 82 Avião sem asa, fogueira sem brasa Sou eu assim sem você Futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola Sou eu assim sem você Por que é que tem que ser assim Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes vão poder falar Por mim. Tô louco pra te ver chegar Tô louco pra te ter nas mãos Deitar no teu abraço Retomar o pedaço Que falta no meu coração Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas Pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo Por quê? Por quê? Neném sem chupeta Romeu Sem Julieta Sou eu assim sem você Carro sem estrada Queijo sem goiabada Sou eu assim sem você
  • 83. 83 Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo. Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo Por quê?
  • 84. 7. Qual é o tema desenvolvido em "Fico assim sem você"? a) Que elementos indicam que se trata de um texto atual? b) Poderíamos dizer que ele desenvolve um tema semelhante ao da cantiga de Nuno Fernandes Torneol? Por quê? 8. Quais são os sentimentos que o eu lírico expressa pela mulher amada? 9. A relação entre o eu lírico e sua amada se dá do mesmo modo que na cantiga de amor? Explique. 10. Que elementos formais e de conteúdo da canção permitem compará-la a uma cantiga de amor 84