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RELATÓRIO DE
ACOMPANHAMENTO
DO COMÉRCIO EXTERIOR
DA BAHIA
NOVEMBRO 2012
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012




Destaques




1) As exportações brasileiras caíram 4,9%;                       6) As exportações baianas totalizaram US$ 8,1 bilhões, com
                                                                 queda de 0,2%;
2) As importações brasileiras apresentaram queda de 1,2%;
                                                                 7) As importações baianas alcançaram US$ 5,7 bilhões, com
3) A maior queda das exportações frente às importações fez com   queda de 0,9%;
que o saldo da balança comercial registrasse queda expressiva
de 31,8%;                                                        8) A menor queda das exportações baianas em comparação com
                                                                 o desempenho das exportações brasileiras nos primeiros nove
4) O desempenho do comércio exterior brasileiro nos primeiros    meses de 2012 deve ser relativizada, por conta da base de
nove meses de 2012 mostra reversão da retomada de crescimento    comparação deprimida de igual período do ano anterior, quando
(iniciada em 2010), refletindo o novo acirramento da crise nos   ocorreu uma redução do ritmo de crescimento das exportações
principais mercados do mundo.                                    (sobretudo da seção petroquímica) causada pelo impacto
                                                                 negativo da interrupção do fornecimento de energia elétrica.
5) De acordo com dados da Funcex, a redução do valor total
das exportações brasileiras no período analisado decorreu da
queda dos preços (-3,6%) e, em segundo plano, da redução das
quantidades vendidas (-0,9%).




                                   FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                           CIN - Centro Internacional de Negócios
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012




1.	 Desempenho do Comércio Exterior Brasileiro (Janeiro a Setembro 2012)
A tabela abaixo resume o desempenho do comércio exterior brasileiro            a consequente redução da corrente de comércio (-3,2% sobre igual período
nos primeiros nove meses de 2012 em relação a igual período do ano             do ano anterior). A maior retração das exportações frente às importações
anterior. Vê-se que exportações e importações apresentaram queda, com          ocasionou queda de 31,8% do saldo da balança comercial.



                                                        Comércio Exterior no Brasil

                                                                     Em US$ milhões fob                             Var.(%)

                                                            Jan - Set 2011            Jan - Set 2012                     (b/a)

                  1. Exportações                               189.999,0                    180.596,2                      -4,9

                  2. Importações                               166.936,0                    164.871,8                      -1,2

                  3. Balança Comercial (1-2)                    23.062,9                     15.724,4                     -31,8
                  4. Corrente de Comércio (1+2)                356.935,0                    345.468,0                      -3,2

                  Fonte: SECEX ; elaboração FIEB/ SDI


As exportações brasileiras alcançaram US$ 180,6 bilhões nos                    Da observação da corrente de comércio brasileira em 12
primeiros nove meses de 2012, registrando queda de 4,9% em                     meses, vê-se que esta apresenta uma trajetória de crescimento
relação ao mesmo período de 2011, enquanto as importações                      até maio, quando alcançou o maior valor da série (US$ 491
alcançaram US$ 164,9 bilhões, com redução de 1,2% na                           bilhões). A partir de junho inicia-se um período de declínio,
mesma base de comparação. O saldo da balança comercial                         retornando em setembro de 2012 ao nível de outubro de 2011.
foi de US$ 15,7 bilhões, com queda de 31,8%. Os gráficos a                     Quanto ao saldo comercial em 12 meses, registra-se queda a
seguir mostram a evolução da corrente de comércio e do saldo                   partir de dezembro de 2011, em virtude da maior recuperação
comercial.                                                                     das importações frente às exportações. Em setembro de 2012,
                                                                               o saldo comercial em 12 meses ficou bem abaixo do verificado
                                                                               em igual mês de 2011.

                           Brasil: evolução da corrente de comércio em 12 meses (em US$ bilhões)
                        Brasil: evolucão da corrente de comércio em 12 meses (em US$ bilhões)


  500
                                                                       490,7        490,5    491,0
                                                             487,9                                      486,0
  490                                               485,8                                                         483,8
                                           482,3
                                 478,3                                                                                      476,9
  480
                      470,5                                                                                                           470,8
  470
           463,5

  460


  450
         set/11     out/11    nov/11     dez/11    jan/12   fev/12    mar/12     abr/12     mai/12   jun/12     jul/12    ago/12    set/12




                                          FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                                  CIN - Centro Internacional de Negócios
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012



                   Brasil: evolução do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ bilhões)
                          Brasil: evolucão do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ bilhões)


                         31,038    31,325
          32   30,510
                                             29,796
          30                                                             29,082
                                                               28,614               28,103
                                                      28,099
                                                                                             27,531
          28

          26
                                                                                                      23,907    23,646
          24                                                                                                             22,994
                                                                                                                                   22,477

          22

          20

          18
               set/11   out/11    nov/11    dez/11    jan/12   fev/12   mar/12     abr/12    mai/12   jun/12   jul/12    ago/12   set/12




O desempenho do comércio exterior brasileiro nos primeiros                       O desempenho negativo das exportações brasileiras em
nove meses de 2012 mostra reversão da retomada                                   2012 reflete o recrudescimento da crise internacional, cujos
de crescimento (iniciada em 2010), refletindo o novo                             movimentos cíclicos de recuperação e contração já se arrastam
acirramento da crise nos principais mercados do mundo. Nesse                     por quase quatro anos. Neste ano, há um novo momento de
contexto, todas as principais categorias por fator agregado                      contração, com previsão de baixo crescimento da economia
apresentam queda: produtos básicos (-5,4%), produtos                             mundial e, em consequência, do volume de transações de
semimanufaturados (-11%) e manufaturados (-2,5%).                                bens e serviços internacionais. De acordo com levantamento
                                                                                 do FMI (ver gráfico a seguir), o comércio mundial que vinha
Os resultados negativos dessas categorias refletem a                             crescendo num patamar de 8% a 10% até 2008 apresentou
queda das principais commodities vendidas pelo País, cuja                        forte declínio em 2009, registrando redução de 10,4% do
participação na pauta de exportação brasileira é expressiva.                     volume transacionado, recuperando-se no ano seguinte. A
Os dez produtos mais vendidos para o exterior nos primeiros                      partir de 2011, novamente as trocas internacionais voltaram
nove meses de 2012 responderam por 47,5% do total do valor                       a apresentar baixo crescimento, tendência que deve persistir
exportado pelo País. Os três principais produtos - minério de                    em 2012 e se prolongar para 2013 e 2014 (embora com uma
ferro, soja e óleos brutos de petróleo – foram responsáveis                      lenta recuperação).
por 30,5% do valor exportado, sendo que o minério de ferro
respondeu por 12,7% do valor total exportado pelo País.                          Neste cenário pouco favorável ao setor exportador,
Desses dez produtos, seis apresentaram queda no período                          torna-se imprescindível buscar medidas que aumentem a
analisado. Deve-se destacar a redução das exportações de                         competitividade dos produtos brasileiros, sobretudo nos
minério de ferro, de -25,4%, impulsionada pela queda de                          aspectos pós-produção, ou seja, nas condições que estão fora
preços e quantidades (-22,7% e -3,5%, respectivamente).                          das fábricas e fazendas. A indústria e a agropecuária brasileira
                                                                                 são reconhecidamente competitivas, mas a produção para
De acordo com dados da Funcex, a redução do valor total                          chegar até o navio sofre com custos adicionais, certamente
das exportações brasileiras no período analisado decorreu da                     dos maiores do mundo. Sem alterar essas condições, o País
queda dos preços (-3,6%) e, em segundo plano, da redução                         deverá se contentar em um longo período de exportações no
das quantidades vendidas (-0,9%).                                                patamar de US$ 250 bilhões.




                                       FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                               CIN - Centro Internacional de Negócios
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012




2.	 Desempenho do Comércio Exterior Baiano (Janeiro a Setembro 2012)
Nos primeiros nove meses de 2012, as exportações baianas          A redução de US$ 15,1 milhões das vendas externas baianas no
totalizaram US$ 8,1 bilhões, com queda de 0,2% em relação ao      acumulado entre janeiro e setembro de 2012, na comparação
verificado em igual período do ano anterior, e as importações     com igual período do ano anterior, resultou principalmente das
US$ 5,7 bilhões, registrando redução de 0,9% em relação ao        menores vendas de catados de cobre refinado, automóveis,
verificado nos primeiros nove meses de 2011. O desempenho         celulose, ésteres de metila do ácido acrílico, ouro, acrilonitrila,
inferior das importações em relação às exportações resultou       resíduos de metais preciosos, dentre outros. A redução de US$
numa alta de 1,5% do saldo comercial no período analisado,        50,3 milhões das importações baianas, na mesma comparação
mas levou a uma queda de 0,5% na corrente de comércio baiana      intertemporal, pode ser creditada às menores compras de
em relação ao registrado em igual período do ano anterior.        nafta petroquímica, sulfetos de minérios de cobre, trigo,
Nos primeiros nove meses de 2012, as exportações baianas          automóveis, óleos de palmiste, dentre outros.
alcançaram 4,5% do valor total das exportações brasileiras e
as importações 3,5% do valor total das importações brasileiras.   A tabela a seguir resume o desempenho do comércio exterior
                                                                  baiano nos primeiros nove meses de 2012, em comparação
A menor queda das exportações baianas em comparação com           com igual período do ano anterior.
o desempenho das exportações brasileiras nos primeiros nove
meses de 2012 deve ser relativizada, por conta da base de
comparação deprimida de igual período do ano anterior,
quando ocorreu uma redução do ritmo de crescimento das
exportações (sobretudo da seção petroquímica) causada pelo
impacto negativo da interrupção do fornecimento de energia
elétrica.

                                                Comércio Exterior baiano


                                                      Valor (em US$ milhões)                             Var. (%)

                                               Jan - Set 11(a)            Jan - Set 12(b)                   (b/a)

        1. Exportações                                 8.126,9                    8.111,8                       -0,2

        2. Importações                                 5.770,4                    5.720,1                       -0,9

        3. Balança Comercial (1-2)                     2.356,5                    2.391,7                        1,5

        4. Corrente de Comércio (1+2)                13.897,3                    13.831,9                       -0,5

        Fonte: SECEX ; elaboração FIEB/ SDI




                                   FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                           CIN - Centro Internacional de Negócios
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012




Os gráficos a seguir mostram a evolução da corrente de comércio e                           nos últimos meses da série. O saldo da balança comercial baiana em
a trajetória do saldo comercial em 12 meses. Nota-se que a corrente                         12 meses alcançou US$ 3,3 bilhões em setembro, ficando acima do
de comércio baiana, após longo período de alta, apresentou queda                            registrado em agosto.


                              Bahia: evolução da corrente de comércio em 12 meses (em US$ bilhões)
                                 Bahia: evolucão da corrente de comércio em 12 meses (em US$ milhões)

                                                                                           19.799       19.805
                                                                                19.432                            19.634
      20.000                                                                                                                  19.293      19.268
                                                                    19.105                                                                           19.058
                                             18.578     18.784                                                                                                   18.701
      19.000                    18.230
                    17.905
      18.000

      17.000

      16.000

      15.000

      14.000

      13.000

      12.000
                   set/11      out/11      nov/11      dez/11      jan/12      fev/12     mar/12      abr/12     mai/12      jun/12      jul/12     ago/12     set/12




                        Bahia: evolução do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ bilhões)
                             Bahia: evolucão do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ milhões)


   3.600                                                                     3.497
                                                                 3.353                                                                  3.331                   3.302
                                                      3.249                              3.264                              3.197                   3.268
                                          3.173                                                      3.189
   3.300                                                                                                         3.112

   3.000        2.864        2.899


   2.700

   2.400

   2.100

   1.800
               set/11       out/11      nov/11      dez/11      jan/12      fev/12      mar/12      abr/12     mai/12      jun/12      jul/12      ago/12     set/12




    A Bahia foi responsável por 59,3% do valor total exportado pela Região Nordeste nos primeiros nove meses de 2012
    e por 32% das importações da Região no período.




                                                  FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                                          CIN - Centro Internacional de Negócios
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012




Exportações Baianas
A análise das exportações baianas indica o predomínio de                       as sete principais seções NCM foram responsáveis por 82% do
negócios capital-intensivos, a exemplo de refino, petroquímica,                valor total das exportações baianas nos primeiros nove meses
automóveis, celulose e papel, e metalurgia básica, produtores                  de 2012.
de importantes bens tradable. O gráfico a seguir mostra que

                          Exportações da Bahia por seção NCM - Janeiro a Setembro 2012
                                    Exportações da Bahia por Seção NCM - Janeiro a Setembro 2012



                                                                                        Produtos Minerais
                             Demais Seções NCM                                               20,6%
                                   28,8%




                                                                                                         Celulose e
                                                                                                        Papel e suas
                                                                                                           Obras
                                                                                                           15,4%
                        Matérias Têxteis e suas
                                Obras
                                6,8%


                                                   Produtos das Indústrias               Produtos do
                                                  Químicas ou das Indústrias            Reino Vegetal
                                                          Conexas                           14,4%
                                                           14,0%



As exportações da seção Produtos Minerais alcançaram US$                       Matérias Têxteis e suas Obras apresentaram crescimento de
1.667,8 milhões no período, contabilizando alta de 15,4% em                    41,2% em função, sobretudo, das maiores vendas de algodão
relação ao registrado em igual período de 2011, influenciadas                  (principalmente para mercados asiáticos: China, Indonésia,
pela expansão das vendas externas de óleo combustível (que                     Coréia do Sul e Vietnã).
representa 87,5% da seção), para Antilhas Holandesas, Holanda,
Cingapura, Argentina, Uruguai e Chipre. As exportações da seção                A concentração do valor das exportações num pequeno
Celulose e Papel e suas Obras apresentaram queda de 7,8%, em                   número de segmentos é uma das características que distingue
virtude das menores vendas de celulose de madeira não conífera                 a pauta baiana da brasileira, sobretudo pela presença maciça
para os principais mercados (China, Estados Unidos, Holanda,                   de produtos industrializados (71,6%, contra a média brasileira
Itália, França e Alemanha). As exportações da seção Produtos do                de 50,1%). Analisando as exportações baianas por setores das
Reino Vegetal cresceram 10,2%, refletindo principalmente os                    contas nacionais, na comparação entre o verificado nos primeiros
maiores embarques de soja (+9,6%), para os mercados da China,                  nove meses de 2012 com igual período do ano anterior, vê-
Alemanha, Japão, Espanha, dentre outros. No caso específico da                 se que houve aumento apenas das vendas de combustíveis e
seção Produtos das Indústrias Químicas, houve queda de 1,9%                    lubrificantes (14,9%), enquanto os outros setores apresentaram
por conta das reduções nos embarques de diversos produtos, tais                queda: bens intermediários (-1,1%), bens de capital (-11,9%) e
como: ésteres de metila (-83,7%), produtos à base de compostos                 bens de consumo (-23,9%).
orgânicos (-89,6%), acrilonitrila (-64%), propeno (-11,5%),
propilenoglicol (-40,6%), dentre outros. As exportações de




                                       FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                               CIN - Centro Internacional de Negócios
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                            Exportações da Bahia por países - Janeiro a Setembro 2012
                                      Exportações da Bahia por Países - Janeiro a Setembro de 2012
                                                                                       China
                                                                                       14,0%


                                                                                                Estados
                                                                                                Unidos
                                         Outros                                                  12,7%
                                         45,0%


                                                                                                Antilhas
                                                                                               Holandesas
                                                                                                 10,4%


                                                                                  Argentina
                                                                  Holanda           9,9%
                                                                   7,8%


China, Estados Unidos, Antilhas Holandesas, Argentina e Holanda        aquele mercado. O óleo combustível foi praticamente o único
responderam (nesta ordem) por mais da metade das exportações           produto baiano exportado para as Antilhas Holandesas (também
baianas nos primeiros nove meses de 2012. As vendas para               ocorreram exportações de petróleo, óleo diesel e papel kraft).
a China cresceram 13,8%, passando a ser o principal parceiro           As vendas externas para a Argentina caíram 54,6% e foram
comercial da Bahia. As vendas de celulose, soja, algodão e             concentradas em automóveis, óleo combustível (principal
catodos de cobre refinado foram responsáveis por 91% do                responsável pela queda das vendas), fios de cobre, metiloxirano,
total exportado pela Bahia para o mercado chinês. As vendas            cacau em pó e agentes orgânicos de superfície, dentre outros.
externas para as Estados Unidos cresceram 2,5%, tendo como             Os principais produtos exportados para a Holanda foram óleo
principais produtos: celulose, para-xileno, pneus e benzeno, as        combustível, celulose, éteres acíclicos, tubos de plástico e
quais responderam por mais de 63,8% das exportações para               bagaços da extração do óleo de soja.


Importações Baianas
Os produtos nafta petroquímica, automóveis, sulfetos                   importações baianas no período de janeiro a setembro deste
de minério de cobre, catodos de cobre refinado, trigo e                ano.
cacau inteiro ou partido foram responsáveis por 44,2% das

                      Principais Produtos Importados pela Bahia - Janeiro a Setembro 2012
                                   Principais Produtos Importados pela Bahia - Janeiro a Setembro de 2012


                                                                                  Naftas
                                                                                  17,1%



                                                                                               Automóveis
                                                                                                 12,1%


                                   Demais
                                   55,8%
                                                                                           Sulfetos de cobre
                                                                                                 8,0%
                                                                                     Catodos de cobre
                                                                               Trigo      4,7%
                                                                               2,3%




                                   FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                           CIN - Centro Internacional de Negócios
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As importações de nafta petroquímica somaram US$ 1,016            refinado alcançaram US$ 270 milhões, sendo oriundas do Chile e
bilhão, com queda de 6,1% na comparação com igual período de      da Alemanha. As compras externas de trigo foram provenientes
2011. As importações de nafta petroquímica foram oriundas da      principalmente da Argentina e Uruguai, e, em menor escala, dos
Argélia, Venezuela, Arábia Saudita, Marrocos, dentre outros. As   Estados Unidos e Paraguai. Já as importações de cacau inteiro ou
compras externas de automóveis totalizaram US$ 912,4 milhões      partido vieram da Costa do Marfim, Gana e Indonésia. A análise
(contra US$ 921 milhões nos primeiros nove meses ano anterior),   das importações baianas por setores de contas nacionais indica
procedentes principalmente da Argentina, México e Canadá.         a predominância de bens intermediários (45,2%), seguidos por
As importações de sulfetos de minério de cobre somaram US$        combustíveis e lubrificantes (22%), bens de consumo (17,3%) e
458 milhões nos primeiros nove meses de 2012, provenientes        bens de capital (15,5%).
do Chile, Canadá e Peru. As importações de catados de cobre


                             Importações da Bahia por países - Janeiro a Setembro 2012

                              Importações da Bahia por Países - Janeiro a Setembro de 2012

                                                                               Argentina
                                                                                12,8%


                                                                                            Chile
                                                                                           10,0%

                                   Outros
                                   50,1%
                                                                                            Estados
                                                                                            Unidos
                                                                                             9,6%

                                                                                   China
                                                                                   8,8%

                                                                     Argélia
                                                                      8,6%




As importações baianas foram procedentes, principalmente, da      petróleo e nafta petroquímica. As importações da China são
Argentina, Chile, Estados Unidos, China e Argélia. A Argentina    diversificadas em muitos produtos, a exemplo de guindastes
é o maior fornecedor para a Bahia, com vendas de automóveis,      de pórtico, automóveis, ferramentas de metais comuns,
trigo, fios de alta tenacidade, nafta petroquímica, dentre        aparelhos videofônicos para gravação, aparelhos de telefonia,
outros. O Chile vendeu para a Bahia sulfetos de minério de        motores elétricos, partes de aparelhos de recepção/televisão,
cobre, matéria-prima para a produção de fios e vergalhões de      lâmpadas fluorescentes, etc. A posição de destaque da Argélia
cobre refinado, e catodos de cobre refinado, dentre outros. As    na pauta de importações da Bahia é explicada pelas compras
importações dos Estados Unidos são bem diversificadas, com        de nafta petroquímica.
destaque para: inseticidas, fósforo branco, óleos brutos de




                                   FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                           CIN - Centro Internacional de Negócios
Variação do Preço e Quantidade dos principais produtos exportados pela Bahia


                                                                                                                                                                Jan - Set 2011                             Jan - Set 2012
                                                                                                                                                                                                                                   Var. Preço Var. Quant.
                                                             NCM                                               Produto                                     Quantidade            Preço                Quantidade        Preço         (%)         (%)
                                                                                                                                                              (t)               (US$/t)                  (t)           (US$/t)

                                                          27101922        "Fuel-Oil"                                                                          2.089.965               630                2.175.527           671       6,4        4,1
                                                          12019000        Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura                                                -                 -                1.715.267           540      N/A        N/A
                                                          47032900        Pasta quim.madeira de n/conif.a soda/sulfato,semi/branq                             1.775.244               556                1.783.096           496     -10,8        0,4
                                                          52010020        Algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado                              141.384             2.151                  230.157         2.034      -5,4       62,8
                                                          23040090        Bagaços e outs.resíduos sólidos da extr.do óleo de soja                               621.131               393                  729.600           442      12,3       17,5
                                                          47020000        Pasta química de madeira para dissolução                                              296.429               919                  311.201           967       5,2        5,0
                                                          87032310        Automóveis c/motor explosão,1500<cm3<=3000,até 6 passag                                37.587             9.367                   25.244         9.475       1,2      -32,8
                                                          40111000        Pneus novos para automóveis de passageiros                                             33.304             5.002                   31.649         5.606      12,1       -5,0
                                                          29024300        P-xileno                                                                               94.654             1.542                  120.991         1.428      -7,4       27,8
                                                          29012200        Propeno (propileno) não saturado                                                   121.568,13             1.460               147.870,35         1.062     -27,2       21,6
                                                          71081310        Puro em barras, fios, perfis de sec.maciça, bulhão dourado                                  4        48.290.368                        3    53.441.150      10,7      -40,7
                                                          74081100        Fios de cobre refinado, maior dimensão da sec.transv>6mm                               11.454             9.911                   15.092         8.196     -17,3       31,8
                                                          29091990        Outs.eteres acíclicos e seus derivados halogenados,etc.                               100.813             1.254                   97.556         1.207      -3,7       -3,2




        CIN - Centro Internacional de Negócios
                                                          29022000        Benzeno                                                                                68.604             1.134                   93.575         1.168       3,0       36,4
                                                          71081210        Bulhão dourado para uso não monetário                                                    0,01        41.914.286                     2,12    51.643.017      23,2        (*)




FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                                          09011110        Café não torrado não descafeinado em grão                                              24.347             4.471                   26.137         4.006     -10,4        7,4
                                                          18050000        Cacau em pó,sem adição de açúcar ou outros edulcorantes                                19.330             5.083                   16.656         5.913      16,3      -13,8
                                                          26040000        Minérios de níquel e seus concentrados                                              23.376,72             2.594                51.314,61         1.918     -26,1      119,5
                                                          41071220        Outs.couros/peles, int.bovinos, prepars.etc.                                            3.414            20.824                    3.695        21.534       3,4        8,2
                                                          74031100        Catodos de cobre refinado/seus elementos em forma bruta                                44.375             9.440                    8.639         8.101     -14,2      -80,5

                                                        Fonte: Secex; elaboração FIEB/SDI
                                                        Nota: estes produtos representam 76% do valor exportado pela Bahia em janeiro a setmbro de 2012.      (*) Praticamente N/A (Não Aplicável).
                                                                                                                                                                                                                                                            Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012




O Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia (RACEB) é uma publicação trimestral da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), produzida pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI).

Presidente:		 José de F. Mascarenhas

Diretor Executivo:		      Alexandre Beduschi

Superintendente:		        João Marcelo Alves
      			                 (Economista, Mestre em Administração pela UFBA/ISEG-UTL, 	
      			                 Especialista em Finanças Corporativas pela New York University)


Equipe Técnica:		 Marcus Emerson Verhine
			(Mestre em Economia e Finanças pela Universidade da Califórnia)

			Carlos Danilo Peres Almeida
			(Mestre em Economia pela UFBA)

                           Ricardo Menezes Kawabe
			(Mestre em Administração Pública pela UFBA)

			Everaldo Guedes
			(Bacharel em Ciências Estatísticas - ESEB)
			

Layout e Diagramação:	    SCI - Superintendência de Comunicação Institucional




                                 Críticas e sugestões serão bem recebidas.
                                 Endereço Internet: http://www.fieb.org.br
                                 E-mail: cin-fieb@fieb.org.br
                                 Reprodução permitida, desde que citada a fonte.




                                  FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
                                          CIN - Centro Internacional de Negócios
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012




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Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2012

  • 1. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO COMÉRCIO EXTERIOR DA BAHIA NOVEMBRO 2012
  • 2. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 Destaques 1) As exportações brasileiras caíram 4,9%; 6) As exportações baianas totalizaram US$ 8,1 bilhões, com queda de 0,2%; 2) As importações brasileiras apresentaram queda de 1,2%; 7) As importações baianas alcançaram US$ 5,7 bilhões, com 3) A maior queda das exportações frente às importações fez com queda de 0,9%; que o saldo da balança comercial registrasse queda expressiva de 31,8%; 8) A menor queda das exportações baianas em comparação com o desempenho das exportações brasileiras nos primeiros nove 4) O desempenho do comércio exterior brasileiro nos primeiros meses de 2012 deve ser relativizada, por conta da base de nove meses de 2012 mostra reversão da retomada de crescimento comparação deprimida de igual período do ano anterior, quando (iniciada em 2010), refletindo o novo acirramento da crise nos ocorreu uma redução do ritmo de crescimento das exportações principais mercados do mundo. (sobretudo da seção petroquímica) causada pelo impacto negativo da interrupção do fornecimento de energia elétrica. 5) De acordo com dados da Funcex, a redução do valor total das exportações brasileiras no período analisado decorreu da queda dos preços (-3,6%) e, em segundo plano, da redução das quantidades vendidas (-0,9%). FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 3. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 1. Desempenho do Comércio Exterior Brasileiro (Janeiro a Setembro 2012) A tabela abaixo resume o desempenho do comércio exterior brasileiro a consequente redução da corrente de comércio (-3,2% sobre igual período nos primeiros nove meses de 2012 em relação a igual período do ano do ano anterior). A maior retração das exportações frente às importações anterior. Vê-se que exportações e importações apresentaram queda, com ocasionou queda de 31,8% do saldo da balança comercial. Comércio Exterior no Brasil Em US$ milhões fob Var.(%) Jan - Set 2011 Jan - Set 2012 (b/a) 1. Exportações 189.999,0 180.596,2 -4,9 2. Importações 166.936,0 164.871,8 -1,2 3. Balança Comercial (1-2) 23.062,9 15.724,4 -31,8 4. Corrente de Comércio (1+2) 356.935,0 345.468,0 -3,2 Fonte: SECEX ; elaboração FIEB/ SDI As exportações brasileiras alcançaram US$ 180,6 bilhões nos Da observação da corrente de comércio brasileira em 12 primeiros nove meses de 2012, registrando queda de 4,9% em meses, vê-se que esta apresenta uma trajetória de crescimento relação ao mesmo período de 2011, enquanto as importações até maio, quando alcançou o maior valor da série (US$ 491 alcançaram US$ 164,9 bilhões, com redução de 1,2% na bilhões). A partir de junho inicia-se um período de declínio, mesma base de comparação. O saldo da balança comercial retornando em setembro de 2012 ao nível de outubro de 2011. foi de US$ 15,7 bilhões, com queda de 31,8%. Os gráficos a Quanto ao saldo comercial em 12 meses, registra-se queda a seguir mostram a evolução da corrente de comércio e do saldo partir de dezembro de 2011, em virtude da maior recuperação comercial. das importações frente às exportações. Em setembro de 2012, o saldo comercial em 12 meses ficou bem abaixo do verificado em igual mês de 2011. Brasil: evolução da corrente de comércio em 12 meses (em US$ bilhões) Brasil: evolucão da corrente de comércio em 12 meses (em US$ bilhões) 500 490,7 490,5 491,0 487,9 486,0 490 485,8 483,8 482,3 478,3 476,9 480 470,5 470,8 470 463,5 460 450 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 4. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 Brasil: evolução do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ bilhões) Brasil: evolucão do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ bilhões) 31,038 31,325 32 30,510 29,796 30 29,082 28,614 28,103 28,099 27,531 28 26 23,907 23,646 24 22,994 22,477 22 20 18 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 O desempenho do comércio exterior brasileiro nos primeiros O desempenho negativo das exportações brasileiras em nove meses de 2012 mostra reversão da retomada 2012 reflete o recrudescimento da crise internacional, cujos de crescimento (iniciada em 2010), refletindo o novo movimentos cíclicos de recuperação e contração já se arrastam acirramento da crise nos principais mercados do mundo. Nesse por quase quatro anos. Neste ano, há um novo momento de contexto, todas as principais categorias por fator agregado contração, com previsão de baixo crescimento da economia apresentam queda: produtos básicos (-5,4%), produtos mundial e, em consequência, do volume de transações de semimanufaturados (-11%) e manufaturados (-2,5%). bens e serviços internacionais. De acordo com levantamento do FMI (ver gráfico a seguir), o comércio mundial que vinha Os resultados negativos dessas categorias refletem a crescendo num patamar de 8% a 10% até 2008 apresentou queda das principais commodities vendidas pelo País, cuja forte declínio em 2009, registrando redução de 10,4% do participação na pauta de exportação brasileira é expressiva. volume transacionado, recuperando-se no ano seguinte. A Os dez produtos mais vendidos para o exterior nos primeiros partir de 2011, novamente as trocas internacionais voltaram nove meses de 2012 responderam por 47,5% do total do valor a apresentar baixo crescimento, tendência que deve persistir exportado pelo País. Os três principais produtos - minério de em 2012 e se prolongar para 2013 e 2014 (embora com uma ferro, soja e óleos brutos de petróleo – foram responsáveis lenta recuperação). por 30,5% do valor exportado, sendo que o minério de ferro respondeu por 12,7% do valor total exportado pelo País. Neste cenário pouco favorável ao setor exportador, Desses dez produtos, seis apresentaram queda no período torna-se imprescindível buscar medidas que aumentem a analisado. Deve-se destacar a redução das exportações de competitividade dos produtos brasileiros, sobretudo nos minério de ferro, de -25,4%, impulsionada pela queda de aspectos pós-produção, ou seja, nas condições que estão fora preços e quantidades (-22,7% e -3,5%, respectivamente). das fábricas e fazendas. A indústria e a agropecuária brasileira são reconhecidamente competitivas, mas a produção para De acordo com dados da Funcex, a redução do valor total chegar até o navio sofre com custos adicionais, certamente das exportações brasileiras no período analisado decorreu da dos maiores do mundo. Sem alterar essas condições, o País queda dos preços (-3,6%) e, em segundo plano, da redução deverá se contentar em um longo período de exportações no das quantidades vendidas (-0,9%). patamar de US$ 250 bilhões. FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 5. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 2. Desempenho do Comércio Exterior Baiano (Janeiro a Setembro 2012) Nos primeiros nove meses de 2012, as exportações baianas A redução de US$ 15,1 milhões das vendas externas baianas no totalizaram US$ 8,1 bilhões, com queda de 0,2% em relação ao acumulado entre janeiro e setembro de 2012, na comparação verificado em igual período do ano anterior, e as importações com igual período do ano anterior, resultou principalmente das US$ 5,7 bilhões, registrando redução de 0,9% em relação ao menores vendas de catados de cobre refinado, automóveis, verificado nos primeiros nove meses de 2011. O desempenho celulose, ésteres de metila do ácido acrílico, ouro, acrilonitrila, inferior das importações em relação às exportações resultou resíduos de metais preciosos, dentre outros. A redução de US$ numa alta de 1,5% do saldo comercial no período analisado, 50,3 milhões das importações baianas, na mesma comparação mas levou a uma queda de 0,5% na corrente de comércio baiana intertemporal, pode ser creditada às menores compras de em relação ao registrado em igual período do ano anterior. nafta petroquímica, sulfetos de minérios de cobre, trigo, Nos primeiros nove meses de 2012, as exportações baianas automóveis, óleos de palmiste, dentre outros. alcançaram 4,5% do valor total das exportações brasileiras e as importações 3,5% do valor total das importações brasileiras. A tabela a seguir resume o desempenho do comércio exterior baiano nos primeiros nove meses de 2012, em comparação A menor queda das exportações baianas em comparação com com igual período do ano anterior. o desempenho das exportações brasileiras nos primeiros nove meses de 2012 deve ser relativizada, por conta da base de comparação deprimida de igual período do ano anterior, quando ocorreu uma redução do ritmo de crescimento das exportações (sobretudo da seção petroquímica) causada pelo impacto negativo da interrupção do fornecimento de energia elétrica. Comércio Exterior baiano Valor (em US$ milhões) Var. (%) Jan - Set 11(a) Jan - Set 12(b) (b/a) 1. Exportações 8.126,9 8.111,8 -0,2 2. Importações 5.770,4 5.720,1 -0,9 3. Balança Comercial (1-2) 2.356,5 2.391,7 1,5 4. Corrente de Comércio (1+2) 13.897,3 13.831,9 -0,5 Fonte: SECEX ; elaboração FIEB/ SDI FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 6. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 Os gráficos a seguir mostram a evolução da corrente de comércio e nos últimos meses da série. O saldo da balança comercial baiana em a trajetória do saldo comercial em 12 meses. Nota-se que a corrente 12 meses alcançou US$ 3,3 bilhões em setembro, ficando acima do de comércio baiana, após longo período de alta, apresentou queda registrado em agosto. Bahia: evolução da corrente de comércio em 12 meses (em US$ bilhões) Bahia: evolucão da corrente de comércio em 12 meses (em US$ milhões) 19.799 19.805 19.432 19.634 20.000 19.293 19.268 19.105 19.058 18.578 18.784 18.701 19.000 18.230 17.905 18.000 17.000 16.000 15.000 14.000 13.000 12.000 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 Bahia: evolução do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ bilhões) Bahia: evolucão do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ milhões) 3.600 3.497 3.353 3.331 3.302 3.249 3.264 3.197 3.268 3.173 3.189 3.300 3.112 3.000 2.864 2.899 2.700 2.400 2.100 1.800 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 A Bahia foi responsável por 59,3% do valor total exportado pela Região Nordeste nos primeiros nove meses de 2012 e por 32% das importações da Região no período. FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 7. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 Exportações Baianas A análise das exportações baianas indica o predomínio de as sete principais seções NCM foram responsáveis por 82% do negócios capital-intensivos, a exemplo de refino, petroquímica, valor total das exportações baianas nos primeiros nove meses automóveis, celulose e papel, e metalurgia básica, produtores de 2012. de importantes bens tradable. O gráfico a seguir mostra que Exportações da Bahia por seção NCM - Janeiro a Setembro 2012 Exportações da Bahia por Seção NCM - Janeiro a Setembro 2012 Produtos Minerais Demais Seções NCM 20,6% 28,8% Celulose e Papel e suas Obras 15,4% Matérias Têxteis e suas Obras 6,8% Produtos das Indústrias Produtos do Químicas ou das Indústrias Reino Vegetal Conexas 14,4% 14,0% As exportações da seção Produtos Minerais alcançaram US$ Matérias Têxteis e suas Obras apresentaram crescimento de 1.667,8 milhões no período, contabilizando alta de 15,4% em 41,2% em função, sobretudo, das maiores vendas de algodão relação ao registrado em igual período de 2011, influenciadas (principalmente para mercados asiáticos: China, Indonésia, pela expansão das vendas externas de óleo combustível (que Coréia do Sul e Vietnã). representa 87,5% da seção), para Antilhas Holandesas, Holanda, Cingapura, Argentina, Uruguai e Chipre. As exportações da seção A concentração do valor das exportações num pequeno Celulose e Papel e suas Obras apresentaram queda de 7,8%, em número de segmentos é uma das características que distingue virtude das menores vendas de celulose de madeira não conífera a pauta baiana da brasileira, sobretudo pela presença maciça para os principais mercados (China, Estados Unidos, Holanda, de produtos industrializados (71,6%, contra a média brasileira Itália, França e Alemanha). As exportações da seção Produtos do de 50,1%). Analisando as exportações baianas por setores das Reino Vegetal cresceram 10,2%, refletindo principalmente os contas nacionais, na comparação entre o verificado nos primeiros maiores embarques de soja (+9,6%), para os mercados da China, nove meses de 2012 com igual período do ano anterior, vê- Alemanha, Japão, Espanha, dentre outros. No caso específico da se que houve aumento apenas das vendas de combustíveis e seção Produtos das Indústrias Químicas, houve queda de 1,9% lubrificantes (14,9%), enquanto os outros setores apresentaram por conta das reduções nos embarques de diversos produtos, tais queda: bens intermediários (-1,1%), bens de capital (-11,9%) e como: ésteres de metila (-83,7%), produtos à base de compostos bens de consumo (-23,9%). orgânicos (-89,6%), acrilonitrila (-64%), propeno (-11,5%), propilenoglicol (-40,6%), dentre outros. As exportações de FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 8. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 Exportações da Bahia por países - Janeiro a Setembro 2012 Exportações da Bahia por Países - Janeiro a Setembro de 2012 China 14,0% Estados Unidos Outros 12,7% 45,0% Antilhas Holandesas 10,4% Argentina Holanda 9,9% 7,8% China, Estados Unidos, Antilhas Holandesas, Argentina e Holanda aquele mercado. O óleo combustível foi praticamente o único responderam (nesta ordem) por mais da metade das exportações produto baiano exportado para as Antilhas Holandesas (também baianas nos primeiros nove meses de 2012. As vendas para ocorreram exportações de petróleo, óleo diesel e papel kraft). a China cresceram 13,8%, passando a ser o principal parceiro As vendas externas para a Argentina caíram 54,6% e foram comercial da Bahia. As vendas de celulose, soja, algodão e concentradas em automóveis, óleo combustível (principal catodos de cobre refinado foram responsáveis por 91% do responsável pela queda das vendas), fios de cobre, metiloxirano, total exportado pela Bahia para o mercado chinês. As vendas cacau em pó e agentes orgânicos de superfície, dentre outros. externas para as Estados Unidos cresceram 2,5%, tendo como Os principais produtos exportados para a Holanda foram óleo principais produtos: celulose, para-xileno, pneus e benzeno, as combustível, celulose, éteres acíclicos, tubos de plástico e quais responderam por mais de 63,8% das exportações para bagaços da extração do óleo de soja. Importações Baianas Os produtos nafta petroquímica, automóveis, sulfetos importações baianas no período de janeiro a setembro deste de minério de cobre, catodos de cobre refinado, trigo e ano. cacau inteiro ou partido foram responsáveis por 44,2% das Principais Produtos Importados pela Bahia - Janeiro a Setembro 2012 Principais Produtos Importados pela Bahia - Janeiro a Setembro de 2012 Naftas 17,1% Automóveis 12,1% Demais 55,8% Sulfetos de cobre 8,0% Catodos de cobre Trigo 4,7% 2,3% FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 9. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 As importações de nafta petroquímica somaram US$ 1,016 refinado alcançaram US$ 270 milhões, sendo oriundas do Chile e bilhão, com queda de 6,1% na comparação com igual período de da Alemanha. As compras externas de trigo foram provenientes 2011. As importações de nafta petroquímica foram oriundas da principalmente da Argentina e Uruguai, e, em menor escala, dos Argélia, Venezuela, Arábia Saudita, Marrocos, dentre outros. As Estados Unidos e Paraguai. Já as importações de cacau inteiro ou compras externas de automóveis totalizaram US$ 912,4 milhões partido vieram da Costa do Marfim, Gana e Indonésia. A análise (contra US$ 921 milhões nos primeiros nove meses ano anterior), das importações baianas por setores de contas nacionais indica procedentes principalmente da Argentina, México e Canadá. a predominância de bens intermediários (45,2%), seguidos por As importações de sulfetos de minério de cobre somaram US$ combustíveis e lubrificantes (22%), bens de consumo (17,3%) e 458 milhões nos primeiros nove meses de 2012, provenientes bens de capital (15,5%). do Chile, Canadá e Peru. As importações de catados de cobre Importações da Bahia por países - Janeiro a Setembro 2012 Importações da Bahia por Países - Janeiro a Setembro de 2012 Argentina 12,8% Chile 10,0% Outros 50,1% Estados Unidos 9,6% China 8,8% Argélia 8,6% As importações baianas foram procedentes, principalmente, da petróleo e nafta petroquímica. As importações da China são Argentina, Chile, Estados Unidos, China e Argélia. A Argentina diversificadas em muitos produtos, a exemplo de guindastes é o maior fornecedor para a Bahia, com vendas de automóveis, de pórtico, automóveis, ferramentas de metais comuns, trigo, fios de alta tenacidade, nafta petroquímica, dentre aparelhos videofônicos para gravação, aparelhos de telefonia, outros. O Chile vendeu para a Bahia sulfetos de minério de motores elétricos, partes de aparelhos de recepção/televisão, cobre, matéria-prima para a produção de fios e vergalhões de lâmpadas fluorescentes, etc. A posição de destaque da Argélia cobre refinado, e catodos de cobre refinado, dentre outros. As na pauta de importações da Bahia é explicada pelas compras importações dos Estados Unidos são bem diversificadas, com de nafta petroquímica. destaque para: inseticidas, fósforo branco, óleos brutos de FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 10. Variação do Preço e Quantidade dos principais produtos exportados pela Bahia Jan - Set 2011 Jan - Set 2012 Var. Preço Var. Quant. NCM Produto Quantidade Preço Quantidade Preço (%) (%) (t) (US$/t) (t) (US$/t) 27101922 "Fuel-Oil" 2.089.965 630 2.175.527 671 6,4 4,1 12019000 Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura - - 1.715.267 540 N/A N/A 47032900 Pasta quim.madeira de n/conif.a soda/sulfato,semi/branq 1.775.244 556 1.783.096 496 -10,8 0,4 52010020 Algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado 141.384 2.151 230.157 2.034 -5,4 62,8 23040090 Bagaços e outs.resíduos sólidos da extr.do óleo de soja 621.131 393 729.600 442 12,3 17,5 47020000 Pasta química de madeira para dissolução 296.429 919 311.201 967 5,2 5,0 87032310 Automóveis c/motor explosão,1500<cm3<=3000,até 6 passag 37.587 9.367 25.244 9.475 1,2 -32,8 40111000 Pneus novos para automóveis de passageiros 33.304 5.002 31.649 5.606 12,1 -5,0 29024300 P-xileno 94.654 1.542 120.991 1.428 -7,4 27,8 29012200 Propeno (propileno) não saturado 121.568,13 1.460 147.870,35 1.062 -27,2 21,6 71081310 Puro em barras, fios, perfis de sec.maciça, bulhão dourado 4 48.290.368 3 53.441.150 10,7 -40,7 74081100 Fios de cobre refinado, maior dimensão da sec.transv>6mm 11.454 9.911 15.092 8.196 -17,3 31,8 29091990 Outs.eteres acíclicos e seus derivados halogenados,etc. 100.813 1.254 97.556 1.207 -3,7 -3,2 CIN - Centro Internacional de Negócios 29022000 Benzeno 68.604 1.134 93.575 1.168 3,0 36,4 71081210 Bulhão dourado para uso não monetário 0,01 41.914.286 2,12 51.643.017 23,2 (*) FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial 09011110 Café não torrado não descafeinado em grão 24.347 4.471 26.137 4.006 -10,4 7,4 18050000 Cacau em pó,sem adição de açúcar ou outros edulcorantes 19.330 5.083 16.656 5.913 16,3 -13,8 26040000 Minérios de níquel e seus concentrados 23.376,72 2.594 51.314,61 1.918 -26,1 119,5 41071220 Outs.couros/peles, int.bovinos, prepars.etc. 3.414 20.824 3.695 21.534 3,4 8,2 74031100 Catodos de cobre refinado/seus elementos em forma bruta 44.375 9.440 8.639 8.101 -14,2 -80,5 Fonte: Secex; elaboração FIEB/SDI Nota: estes produtos representam 76% do valor exportado pela Bahia em janeiro a setmbro de 2012. (*) Praticamente N/A (Não Aplicável). Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012
  • 11. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 O Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia (RACEB) é uma publicação trimestral da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), produzida pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI). Presidente: José de F. Mascarenhas Diretor Executivo: Alexandre Beduschi Superintendente: João Marcelo Alves (Economista, Mestre em Administração pela UFBA/ISEG-UTL, Especialista em Finanças Corporativas pela New York University) Equipe Técnica: Marcus Emerson Verhine (Mestre em Economia e Finanças pela Universidade da Califórnia) Carlos Danilo Peres Almeida (Mestre em Economia pela UFBA) Ricardo Menezes Kawabe (Mestre em Administração Pública pela UFBA) Everaldo Guedes (Bacharel em Ciências Estatísticas - ESEB) Layout e Diagramação: SCI - Superintendência de Comunicação Institucional Críticas e sugestões serão bem recebidas. Endereço Internet: http://www.fieb.org.br E-mail: cin-fieb@fieb.org.br Reprodução permitida, desde que citada a fonte. FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios
  • 12. Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior | RACEB - NOVEMBRO/2012 FIEB - Superintendência de Desenvolvimento Industrial CIN - Centro Internacional de Negócios