Apresentação realizada durante seminário: Internacionalização: o Caminho para o Aumento da Competitividade Empresarial, que aconteceu na FIEB, no dia 28/03/2012, em parceria com instituições como SEBRAE, BNDES, FGV, entre outras.
Technological Innovation Creating Opportunities for Development
Apresentação - Luiz Petitinga - Desenbahia
1. Crédito como um dos
elementos de competitividade
das empresas
Luiz Petitinga
Presidente da Desenbahia
2. Estrutura da Apresentação
Competitividade e Crédito
Instrumentos de promoção do crédito
Atuação dos bancos públicos
Desenbahia: apoio às MPMEs
3. Crédito e Competitividade
A competitividade de um país poder de competição
de suas empresas.
Fatores externos:
Estabilidade Macroeconômica
Infraestrutura Adequada
Sistema político-institucional eficiente
Fatores internos:
Capacidade de formular e implementar estratégias
Minimização de custos: busca por fontes de recursos
competitivos.
4. Crédito e Competitividade
Financiamento de longo prazo afeta a produtividade:
Aumenta a propensão das firmas a investir em projetos de
alto retorno, mas de longa maturação;
De Negri e Alvez (2008): Após 3 anos do financiamento, a
taxa de crescimento das empresas financiadas é 57%
maior do que a média desta taxa entre as não financiadas
com características similares.
Coelho e De Negri (2011): as diferentes linhas de
financiamento do BNDES afetam em média positivamente
as taxas de crescimento da produtividade total de fatores,
produtividade do trabalho, do número de empregados e da
receita liquida de vendas das empresas financiadas.
5. Crédito e Competitividade
Em países onde o mercado de capitais é desenvolvido e os
serviços financeiros ofertados são de qualidade, as empresas
detêm um fator adicional de competitividade em relação as
demais firmas de países com sistemas menos desenvolvidos.
Países em desenvolvimento são caracterizados também pela
situação de seu sistema financeiro, que da mesma forma está
em desenvolvimento.
Dois aspectos do desenvolvimento financeiro podem ser
destacados: profundidade dos mercados financeiros e
restrições de crédito.
Ambos estão relacionados. Maior profundidade distribui
melhor o risco não só entre setores da economia, mas
também entre indivíduos.
6. Crédito e Competitividade
O desenvolvimento financeiro:
o Reduz as restrições de crédito sobre os investidores,
melhorando suas oportunidades de investimento.
o Afeta a alocação de recursos na sociedade e a distribuição
de renda.
Instituições ou políticas públicas podem atuar diretamente
sobre as falhas do sistema financeiro, acelerando o
crescimento econômico.
7. Instrumentos de promoção do crédito
Objetivo: reduzir as restrições de crédito.
As empresas brasileiras, salvo os grandes grupos,
apresentam sérios problemas estruturais em relação à
captação sob condições competitivas.
As MPEs possuem também dificuldades em oferecer
garantias.
Para facilitar o acesso dessas empresas, algumas inovações
têm surgido no mercado financeiro brasileiro.
o Fundos de Aval
o Sociedades de Garantia de Crédito
8. Instrumentos de promoção do crédito
Fundos de Aval
Objetivo: garantir aos bancos parte do valor financiado
pelas empresas, através da concessão de garantias;
Aumentar o acesso das MPEs, que geralmente apresentam
dificuldades em oferecer garantias;
Possibilitam a redução da taxa de juros e ampliação do
prazo de amortização;
Alguns fundos de aval: Fundo de Aval da Micro e Pequena
Empresa – FAMPE/SEBRAE; Fundo Garantidor para
Investimentos – FGI/BNDES; Fundo de Garantia de
Operações – FGO/BB.
9. Instrumentos de promoção do crédito
Principais vantagens :
o Suprem as dificuldades da ausência ou insuficiência de
garantia;
o Reduz o risco da operação, o que possibilita uma redução da
taxa de juros e/ou aumento dos prazos de amortização e
empréstimo;
o Ampliação do volume de operações e da carteira de clientes,
para os bancos;
o Redução dos custos jurídicos, principalmente, os decorrentes
de inadimplementos;
10. Instrumentos de promoção do crédito
Sociedades de Garantia de Crédito
Objetivo: complementar as garantias exigidas aos seus
associados e fornecer aval técnico, comercial e assessoria
financeira.
E, assim, promover a competitividade e o desenvolvimento
empresarial.
Caso de sucesso no Brasil: Associação de Garantia de Crédito
da Serra Gaúcha (AGC Serra)
o Criada em 2003 sob a forma de OSCIP na cidade de Caxias do
Sul –RS. Atua na região da Serra Gaúcha (32 municípios)
o Apoiadores: Sebrae Nacional, Sebrae Rio Grande do Sul, Banco
Interamericano de Desenvolvimento – BID, o Governo do Estado
do Rio Grande do Sul e Prefeitura Municipal de Caxias do Sul.
o Instituições financeiras conveniadas:BB, BRDES, BADESUL,
SICREDI, NBC BANK BRASIL.
12. Atuação dos bancos públicos
Instrumento de políticas públicas:
• Atenuando as falhas do sistema financeiro ao ofertarem
crédito para setores pelos quais o setor privado tem baixo ou
nenhum interesse.
• Em períodos de estagnação econômica, essas instituições
tendem a se comportar de forma anticíclica através da
provisão de crédito bancário, para propiciar um reaquecimento
da economia.
• Os bancos públicos e as IFDs tiveram papel fundamental
importância no fornecimento de crédito na crise 2008/2009.
• A relação crédito/PIB no país se elevou de cerca de 30% no
final de 2008 para aproximadamente 48,8% em fevereiro de
2012, tendo nos bancos públicos, principalmente com a
elevação do crédito direcionado, seus principais atores.
13. Atuação dos bancos públicos
BNDES e o BB têm ofertado uma variedade de linhas de
crédito à exportação, pré e pós-embarque, para MPMEs:
Objetivo: custear a produção e a comercialização dos bens
e serviços exportáveis.
Taxas competitivas e, em alguns casos, elimina os riscos
cambiais
Banco do Nordeste tem disponibilizado linha especifica
para financiar as MPMEs exportadoras do Nordeste:
Objetivo: fomentar as exportações da Região Nordeste.
Financia a aquisição de matérias-primas e insumos utilizados
no processo produtivo de indústrias e agroindústrias,
mercadorias para constituição de estoques de empresas
comerciais e insumos utilizados por empresas de prestação de
serviços.
14. Desenbahia: Apoio às MPMEs
A Desenbahia, apesar de não possuir linhas especificas
para exportadores, tem contribuído para relaxar as restrições
de crédito com as quais os micro e pequenos empresários
baianos se defrontam.
A Agência tem atuado firmemenete no sentido de expandir a
competitividade das micro, pequenas e médias empresas
baianas, buscando atender dois dos seus mais importantes
objetivos estratégicos:
Fortalecer e ampliar a base empresarial;
Expandir a competitividade das MPMEs;
15. Desenbahia: Apoio às MPMEs
Principais linhas de financiamento
Investimento Fixo:
Credifácil Fixo
Prodese
BNDES/FINAME
PSI-BK
• Taxas de juros variam entre 5% a.a. e 8% a.a.
• Prazo máximo de 12 anos, incluídos até 3 anos de carência.
• Garantias: fiança; penhor; hipoteca; propriedade fiduciária.
Giro:
Credifácil Giro
• Taxas de juros de 1,25% ao mês para MPEs.
• Prazo máximo de 18 meses, incluídos até 3 meses de carência.
• Garantias: fiança; penhor; hipoteca; propriedade fiduciária.
As aprovações para micro, pequenas e médias empresas formais, entre 2007 e 2010, representam 25% das aprovações globais, totalizando mais de R$ 260 milhões. Somente os desembolsos para micro e pequenas empresas, nos primeiros quatro meses de 2011, totalizaram R$ 10,8 milhões. A meta é liberar R$ 32 milhões em 2011 para empresas desse segmento.
As aprovações para micro, pequenas e médias empresas formais, entre 2007 e 2010, representam 25% das aprovações globais, totalizando mais de R$ 260 milhões. Somente os desembolsos para micro e pequenas empresas, nos primeiros quatro meses de 2011, totalizaram R$ 10,8 milhões. A meta é liberar R$ 32 milhões em 2011 para empresas desse segmento.