PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
Rascunho Stuart Hall: "Identidade Cultural na Pós-modernidade". cap. III e IV
1. Stuart Hall origem Kingston, 3 de fevereiro de 1932; em 1951 mudou-se para Inglaterra. Entre
1979 e 1997, Hall foi professor na Open University, onde em 1992, lança o livro “A identidade cultural na
Pós-modernidade”.
Stuart Hall foca sua análise sobre a seguinte questão: “Como as identidades culturais estão [S1] Comentário: Slide 1
sendo afetadas ou deslocadas pelo processo de globalização?” (HALL, 2005, p. 47). Esta questão
será o ponto chave para o autor trabalhar a identidade nacional como uma forma particular de
identidade cultural imaginada, e, a resposta a esta questão será fornecida pelo próprio autor no
capítulo conseguinte.
As nações produzem, segundo o autor, “sistema[s] de representação cultural.” (HALL, [S2] Comentário: Slide 2
2005, p. 49); adentrado neste sistema encontramos a língua, costumes, regras e valores. Deste
modo, as identidades nacionais são construídas e solidificadas dia após dia através de um ideal de
unidade nacional que é sustentado pelo seu imaginário histórico; (de uma tradição inventada
valores e normas [Hobsbawm e Ranger]), o desejo de seus grupos de manter a unidade (contrato ?)
e pela transferência hereditária da identidade cultural.
O autor discorre que as culturas nacionais são comunidades imaginadas, porque não
constituem um conglomerado uníssono de culturas. As representações nacionais não condizem com
a totalidade de culturas presentes no seio de uma nação. Hall afirma que as nações modernas têm [S3] Comentário: Slide 3
um caráter cultural híbrido (HALL, 2005, p. 62); que há dentro do universo nacional a presença de
múltiplas identidades culturais que são divergentes. O que ocorre, então, é a predominância de uma
identidade que é compartilhada por todos os membros de uma mesma nação, porque a cultura
nacional é segundo Hall um “dispositivo discursivo que representa a diferença como unidade ou
identidade” (HALL, 2005, p. 62).
O autor, no capítulo seguinte – sobre a globalização – responde a questão sobre o [S4] Comentário: Slide 4
deslocamento das identidades culturais. Ele atribui ao processo globalizante o fator motivacional
que provoca este deslocamento. A globalização promove diálogos entre as identidades nacionais em
um campo de embates culturais cada vez mais velozes, pois ela provoca constantes modificações no
eixo espaço-tempo. De modo a elucidar esta questão, Hall discorre sobre a diferenciação que [S5] Comentário: Slide 5
Giddens atribui às categorias “espaço” e “lugar”. Com os devidos cuidados axiológicos que esse
ponto lhe promove, torna-se possível para o autor afirmar, legitimado por Harvey, que com a noção
de espaço é deturpada com a constante modificação que se dá no sentido de tempo. A pós-
modernidade realiza, portanto, uma diferenciação no sentido de espaço e lugar. Se antes essas
noções eram fixas, agora, com a pós-modernidade, o tempo flui; é otimizado; a distancia espacial
não mais perpassa o atlas.
2. O processo globalizador não apenas liga os continentes como também promove uma nova [S6] Comentário: Slide 6
forma de identidade. Uma identidade universal que se solidifica graças ao consumo – que atinge
níveis globais – e aos fluxos de cultura que esta globalização consegue promover com a quebra da
antiga noção de espaço. Não obstante, este processo é nomeado por Hall como homogeneização
cultural. Como cita Hall (p. 75) é a “difusão do consumismo” “que contribui para” o
“fenômeno de supermercado cultural” onde “somos confrontados por uma gama de diferentes
identidades” que, como afirma o autor, aparenta haver a possibilidade de escolher dentre a qual
preferimos.
Contudo, dentre as conseqüências do efeito globalizador, Hall cita três que lhe parecem [S7] Comentário: Slide 7
possíveis:
1) Que a desintegração das identidades nacionais resulta do crescimento da
homogeneização cultural;
Hall, no entanto, afirma que as identidades nacionais permanecem fortes (p. 73) na
pós-modernidade, principalmente no que diz respeito à suas atribuições legais e de
direito – como cita, à cidadania.
2) A resistência, que é promovida no âmbito das identidades nacionais e locais contra a
globalização; fortalecendo, portanto as culturas regionais e locais como forma de afirmar
a identidade primeira;
3) E o surgimento das identidades híbridas (que será abordado pelo Diego).
Por fim, o autor está a discutir que ocorreram sempre tensões entre formas de identificações [S8] Comentário: Slide 8
particularistas – ou seja, nacionais, locais – e identificações universais. Que a modernidade é,
citando mais uma vez Giddens, “inerentemente globalizante” (Giddens apud Hall, 2005, p. 68)