O documento discute a interatividade na sala de aula, comparando o antigo modelo de comunicação de massa com o novo paradigma do hipertexto. Também aborda três tipos de críticas à interatividade e a importância do pensamento complexo para entendê-la.
1. SALA DE AULA INTERATIVA
Um convite ao diálogo!
MARCO SILVA
Simone Muniz Faria
2. Para o autor, existem três tipos de
críticos e suas respectivas reações
sobre a Interatividade
A primeira reação, é aquela vê a interatividade como
apenas um mero “modismo” para explicar o diálogo e a
comunicação;
A segunda reação acredita que a interatividade é
apenas a expansão tecnológica embasada em publicidade, venda
de novos equipamentos para comunicação;
A terceira reação não acredita na interatividade entre
homem e máquina e diz, que há uma rivalidade e dominação que
pode gerar a regressão do homem à condição de máquina.
3. REFLEXÃO DO AUTOR
Marcos Silva, reflete em cima
das três reações já citadas e
afirma que não são
equivocadas, porém são
simplistas, pois o assunto é
muito mais complexo.
4. ANTIGO RECEPTOR
Na comunicação de massa
(rádio, cinema, imprensa e TV), a
mensagem é fechada, porque a recepção
está separada da criação que é
apresentada. O emissor é um contador de
histórias que atrai o receptor de maneira
mais ou menos sedutora e / ou impositora
para o seu universo mental e imaginário.
Neste acaso, o receptor limita-se à
assimilação passiva ou inquieta, mas
sempre como recepção separada da
emissão.
5. HIPERTEXTO E O NOVO RECEPTOR
Teia de conexões: Novo paradigma
tecnológico. Pode-se dizer que o
hipertexto é o grande divisor de águas
entre a comunicação de massa e a
comunicação interativa. Agora o novo
receptor aprende a não aceitar
passivamente o que é transmitido. Não se
submete mais há uma programação
estática. Ele agora permite a
participação, a intervenção, a
bidirecionalidade e a multiplicidade de
conexões.
6. TERMO INTERATIVIDADE
Origem: Teve sua origem em 1970, mas só em 1980 que informatas e
teóricos buscaram expressar essa novidade do computador também ser
“conversacional”. De alfanumérica agora para janela múltiplas, móveis e
de fácil manipulação, o que determinou termo interatividade.
Comunicação e o Pensamento Complexo: Para, Morin, é importante
lembrar que Interatividade não é um conceito de informática e sim da
comunicação de modo complexo promovendo mais e melhores
interações. Em suma, é o (fundamentar-se na ausência de
fundamentos...). É um novo horizonte que se abre à busca de novas
interações que pode tomar a perspectiva da multiplicidade, da
complexidade, já que hoje em dia, não estamos tão presos a verdades
absolutas.
7. HIPERTEXTO
Foi em 1945 que o matemático Vannevar
Bush anunciou pela primeira vez a ideia de
Hipertexto. Ele imaginava um sistema que
funcionasse parecido com o raciocínio
humano.
Mas foi em 1965 que Theodore Nelson criou o termo
Hipertexto para explicar o funcionamento do computador.
Atualmente a palavra hipertexto tem sido em geral aceita
para textos ramificados e responsivos, mas muito menos
usada é a palavra correspondente "hipermídia", que
significa ramificações complexas e gráficos, filmes e sons
responsivos - assim como texto. Em lugar dela, usa-se o
estranho termo "multimídia interativa", quatro sílabas mais
longa, e que não expressa a idéia de hipertexto estendido.
8. EPISTEMOLOGIA DA COMPLEXIDADE E INTERATIVIDADE
Entendendo a Complexidade
Diálogo, multiplicidade e recursividade
“Pensar complexo é estar na perspectiva de tudo religar.” É aquilo que
Morin entende por interações entre as ciências é necessariamente, o
diálogo, a recursividade e sua complexidade.
Edgar Morin, diz que o conhecimento de toda organização biológica exige
o conhecimento das suas interações com seus ecossistemas.” É o
pensamento complexo que busca apreender essas interações a partir da
ótica da diversidade.
Morin, conclui ainda que “os produtos e os efeitos são ao mesmo
tempo, causa e efeitos daquilo que os produziu.”
Moraes e Valente (2008) apontam que o ser e sua realidade se
constituem em uma dinâmica não linear, de natureza
recursiva, retroativa, indeterminada, cujo padrão de funcionamento
acontece em rede.
9. PENSAMENTO COMPLEXO
O conceito de pensamento complexo: observar as
interações, em sua dialógica, multiplicidade e
recursividade. Diferente do novo espectador, mas sem
ele se separar. É a condição do sine qua non para o
posicionamento crítico, diante da interatividade e de sua
análise. Ou seja, é na perspectiva do pensamento
complexo diante das interações da interatividade.
10. PERSPECTIVA PARA A EDUCAÇÃO
Articulação entre comunicação interativa e educação:
sala de aula e práticas pedagógicas
“A escola é uma
instituição que há
cinco mil anos se “O professor ainda é
baseia no falar/ditar um ser superior que
do mestre.” ensina a ignorantes...”
(P. Lévy, 1993) (Paulo Freire, 1978)
11. LÓGICAS DA INTERATIVIDADE
PARA ALGUMAS ESCOLA
Marco Silva (2010), explica que a
interatividade dessas escolas estão apoiadas na oferta
de computadores ligados à internet, de softwares ditos
interativos e de equipamentos de realidade virtual, que
mais funcionam como marketing de tais escolas e tais
produtos, do que como rompimento com a prática
comunicacional de seus professores que, a despeitos
das tecnologias hipertextuais, continuam separando
emissão e recepção.
Outros
Pensadores
12. Moran (2006), assegura que há uma preocupação com o
ensino de qualidade, mais do que com a educação de
qualidade. E distingue que o ensino é organizado por
atividades didáticas para ajudar os alunos a compreender
áreas específicas do conhecimento. Já a educação, ajuda
integrar o ensino e vida, o conhecimento e ética, a
reflexão e ação e a ter a visão do mundo.
O uso da informática em educação, de acordo com
Valente (2003), não significa a soma de informática e
educação, mas a integração dessas duas áreas, mas para
isso acontecer é necessário que haja domínio dos
assuntos que estão sendo integrados.
13. SALA DE AULA INTERATIVIDADE
É o local onde o professor
interrompe a tradição do
falar/ditar deixando de identificar-
se com o contador de histórias, e
adota uma postura semelhante a
do designer de software
interativo. Ele constrói um
conjunto de territórios a serem
explorados pelos alunos e
disponibiliza coautoria e múltiplas
conexões, permitindo que o
aluno faça por si mesmo.
14. REFERÊNCIAS
MORAES, Raquel de Almeida. Informática na Educação. Rio de Janeiro:
DP&A, 2000;
MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias
audiovisuais e telemáticas. In: MASETTO, M. T,; BEHRENS. M. A. Novas
tecnologias e mediação pedagógica. 10. ed. São Paulo: Papirus, 2006.
p. 11-65;
SILVA, Marco. Sala de aula interativa: educação, comunicação, mídia
clássica, internet, tecnologias
digitais, arte, mercado, sociedade, cidadania. 5ª ed. São Paulo:
Loyola, 2010;
VALENTE, J. A. Formação de educadores para o uso da informática
na escola. Campinas, São Paulo: UNICAMP/NIED, 2003.