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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147 
86 
Educação e Tecnologia 
Escola SENAI Suíço 
- Brasileira: curso 
superior em mecânica 
de precisão amplia 
oportunidades 
Negócios da Indústria 
ISO 26000: Brasil e 
Suécia na vanguarda 
socioambiental 
Soluções de Usinagem I 
BRAFFEMAM 
Bons resultados reforçam parcerias
abril.2012/86
Índice edição 86 04/2012 
4 Soluções de Usinagem I 18 Soluções de Usinagem II 
04 Soluções de Usinagem 1 
Braffemam: parceria de resultados 
12 Negócios da Indústria 
ISO 26000 - Brasil e Suécia em colaboração 
18 Soluções de Usinagem 2 
Rosqueamento de alta performance com o uso de machos de corte 
22 Educação e Tecnologia 
Os novos rumos da mecânica 
30 Conhecendo um Pouco Mais 
Jovens empreendedores 
32 Nossa Parcela de Responsabilidade 
Conecte-se 
34 Anunciantes / Distribuidores / Fale com Eles 
12 Negócios da Indústria 
22 Educação e Tecnologia 30 Conhecendo um Pouco Mais 
Acompanhe a Revista O Mundo da Usinagem 
digital em:www.omundodausinagem.com.br 
Contato da Revista OMU 
Você pode enviar suas sugestões de 
reportagens, críticas, reclamações ou 
dúvidas para o e-mail da revista 
O Mundo da Usinagem: 
faleconosco@omundodausinagem.com.br ou 
ligue para: 0800 777 7500 
EXPEDIENTE 
O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de seis edições ao ano e distribuição 
gratuita para 15,000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP 
Editor-chefe: Fernando Oliveira 
Co-editora: Vera Natale 
Coordenação editorial, redação, produção gráfica e revisão: Ação e Contexto (Fernando Sacco, Gustavo R. Sanchez, João M. S. B. 
Meneses, Renato Neves, Thais Kuperman, Vivian Camargo) 
Jornalista responsável: Fernando Sacco - MTB 49007/SP 
Projeto gráfico: Renato Neves 
Impressão: Ipsis Gráfica e Editora 
Ferramenta Silent Tools 
Crédito: AB Sandvik Coromant 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 3
soluções de usinagem I 
Braffemam 
Entrosamento entre cliente e fornecedor 
promove o desenvolvimento de ambos 
Torneamento/faceamento de uma das 
peças para máquinas Braffemam 
utilizando porta-ferramenta 
CoroTurn RC Fixação Rígida, 
com pastilha WNMG ambos 
da Sandvik Coromant 
4 o mundo da usinagem abril.2012/86 
Gilmário Daru
Fresa CoroMill 365 para usinagem de diversos componentes de máquinas de corte e 
dobra Braffemam 
ca pelo nível de assistência técnica 
que proporciona, tendo inclusive 
elaborado um manual técnico de 
aplicação para prensas viradeiras. 
Ainda que pareça ser um proces-so 
de menor importância quando 
comparado à usina-gem 
em máquinas 
CNC, são poucos os 
que detêm expertise 
em máquinas para 
corte e dobra. Não 
raro, alguém acaba 
danificando partes 
da máquina ou ge-rando 
refugos por 
ignorar como operá-la 
ou porque des-conhece 
a tecnolo-gia 
específica da aplicação desse 
tipo de máquina. Mesmo a norma 
NR12, que procura orientar a cons-trução 
de prensas, ainda deixa la-cunas 
que, segundo a engenharia 
da empresa, deveria contemplar. 
De acordo com Nézio P. de Sou-za, 
um dos diretores da empresa, o 
perfil dos clientes mudou bastante 
desde que a empresa foi fundada. 
No passado, o empreendedor, de 
posse de algum capital, concebia 
a ideia de produzir determinados 
componentes, comprava algumas 
máquinas e começava a buscar clien-tes. 
Nesse período, um prazo de 
entrega de 30 a 60 dias para uma 
dobradeira, por exemplo, era per-feitamente 
aceitável. 
Hoje, o processo se inverteu: 
tudo é muito veloz. O empreende-dor 
participa de uma concorrência 
com base em um estudo prévio, 
contemplando plano de produção, 
previsão de custos e ganhos pos-síveis; 
faz uma análise de investi-mentos 
e, se necessário, parte em 
busca de uma máquina que o aten-da 
a contento. 
Nesse tipo de situação, no entan-to, 
a fim de dar conta do prazo pro- 
Localizada no Parque Industrial 
Botiatuva, Campo Largo, Paraná, 
em uma área de 80.000 m² e instala-ções 
de 12.000 m², a Braffemam – Fá-brica 
Brasileira de Máquinas e Ar-tefatos 
Metalúrgicos Ltda – produz 
máquinas de corte, dobra, estampa-ria 
e reciclagem. Entre os principais 
produtos, destacam-se: as prensas 
hidráulicas tipo “C”; as prensas vi-radeiras; 
as prensas enfardadeiras, 
muito utilizadas em processos de 
reciclagem e as guilhotinas. Fabri-cantes 
pioneiros na introdução de 
máquinas hidráulicas no segmen-to, 
todos os produtos são fruto de 
know-how próprio e podem ter co-mando 
acionado via CNC (Coman-do 
Numérico Computadorizado), 
com memória de processos e até 
3 eixos programáveis - x, y e r 
- ou via CLP (Controladores Ló-gicos 
Programáveis). As prensas 
viradeiras que pro-duzem, 
garantem 
precisão na casa de 
0,1 mm e repetibili-dade 
de 100%. 
Com 25 anos de 
existência e aproxi-madamente 
90 fun-cionários, 
a empresa 
vem conseguindo 
se destacar graças à 
habilidade que pos-sui 
de interpretar as 
necessidades do mercado e à com-petência 
adquirida para se adaptar 
às exigências impostas a toda em-presa 
que tenha de enfrentar uma 
concorrência agressiva e globaliza-da. 
A companhia também se desta- 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 5 
Gilmário Daru 
A usinagem 
responde por 20% 
a 30% dos custos 
totais de produção 
e é a operação 
mais demorada 
Gilmário Daru
soluções de usinagem I 
metido, o investidor não tem tempo 
para esperar e, sendo assim, com-pra 
de quem tem máquinas para 
pronta entrega. Há investidores que 
nem se importam tanto com marca, 
preço ou qualidade, desde que a 
máquina resista até o final do pro-jeto 
e o fornecedor possa entregá-la 
imediatamente. 
Esse fato pressiona empresas 
como a Braffemam, que prima pela 
qualidade e a tecnologia de seus 
produtos. Segundo Nézio de Sou-za, 
ciente dessa situação, a empre-sa 
mantém de 50 a 60 máquinas em 
estoque, prontas para entrar em 
operação. Esse fato tem contribuí-do 
para o aumento do faturamento 
da empresa. O cliente vem, escolhe, 
compra e pode levar a máquina na 
hora se assim o desejar. 
Outro fato é a inversão da ten-dência 
à terceirização. Muitas 
empresas estão internalizando a 
produção de peças e componentes 
antes subcontratados. Talvez isso 
venha ocorrendo devido à maior 
possibilidade de controle de pra-zos 
e custos que a verticalização 
pode oferecer. Entre essas empre-sas 
existem muitas que, dado o 
bom relacionamento de longa data, 
optam pelos produtos Braffemam. 
Como é praxe nesse mercado, a 
empresa tem sofrido com os altos im-postos 
nacionais e com a concorrência 
vinda de outros países, como Turquia 
e China, ou com produtos de mar-cas 
europeias, porém produzidos na 
China. O diretor afirma que “no pas-sado 
concorríamos com duas ou três 
marcas, hoje precisamos vencer mais 
de vinte, contudo, o número de fa-bricantes 
nacionais é praticamente o 
mesmo”. Nesse caso, o diferencial da 
empresa de Campo Largo, além da 
qualidade, são os serviços. Estando 
em solo nacional e falando o mesmo 
idioma, o atendimento é muito mais 
rápido. O trânsito de informações, a 
reposição de peças, a assistência téc-nica 
permanente, ou mesmo um trei-namento, 
quando necessário, é muito 
mais acessível e prático. 
Embora o avanço da tecnologia te-nha 
barateado itens como os compo-nentes 
eletrônicos, a matéria-prima 
ainda é um item de custo significati-vo, 
uma vez que são usadas chapas de 
aço estrutural ASTM A 36 com certi-ficação. 
Do ponto de vista da fabrica-ção, 
a usinagem responde por 20% a 
30% dos custos totais de produção e é 
a operação mais demorada pois, em 
Gilmário Daru 
6 o mundo da usinagem abril.2012/86 
Gilmário Daru 
Máquina de corte produzida pela Braffeman 
Máquinas de dobra Braffeman, na linha de montagem
geral, é por ela que se começa a pro-dução. 
O tempo médio de fabricação 
- lead time - de uma dessas prensas 
é de aproximadamente três meses 
apesar de, em situações especiais, ser 
possível diminuir esse tempo para 30 
dias. Cerca de 80% de todo o trabalho 
é executado internamente. Os outros 
20% correspondem a alguns compo-nentes 
que são obtidos com terceiros, 
como os motores elétricos e os CLPs, 
por exemplo. 
Para manter o ritmo de produção 
em níveis adequados, há um PCP 
(Planejamento e Controle da Pro-dução) 
muito bem elaborado para o 
suprimento de peças e componen-tes 
adquiridos fora da empresa. Por 
um lado, é preciso estar apto a res-ponder 
rapidamente às oscilações 
de demanda do mercado, por outro, 
é preciso trabalhar de modo enxu-to, 
sem que haja sobras ou falta de 
estoques. Esse tem sido um desafio 
que a Braffemam tem enfrentado a 
contento e com a simplicidade que a 
prática de produção lhe proporcio-nou. 
Dividindo os estoques em três 
níveis, A, B e C e separados por kits 
correspondentes a cada modelo de 
máquina a ser montado, sem inves-timentos 
em softwares complexos e 
caros consegue-se produzir com efi-cácia 
e a custos competitivos. 
Há uma vasta gama de mate-riais 
utilizados na fabricação das 
prensas, como materiais fundidos, 
laminados, bronze, plastiprene, 
entre outros. Um cuidado especial 
é tomado quanto ao material uti-lizado 
e o tratamento térmico das 
Supervisor Adriano Wagner Velho e operador Geferson Marques Oliveira discutem 
como melhorar os processos de fabricação 
ferramentas de dobra e corte. A lâ-mina 
da guilhotina, por exemplo, é 
produzida por um fornecedor es-pecializado 
nesse tipo de aplicação. 
Em geral, é utilizado o aço VF800, 
similar aos aços VW3 ou VC131, 
frequentemente utilizados em fer-ramentas 
de corte e repuxo. 
Prensas hidráulicas podem ser 
aplicadas na fabricação de uma 
grande variedade 
de peças de diferen-tes 
formas, tama-nhos, 
espessuras e 
pesos e, para isso, 
a empresa supre o 
mercado com pren-sas 
que proporcio-nam 
pressões máxi-mas 
que vão de 15 
a 600 toneladas. No 
caso das guilhoti-nas, 
A maior parte da 
usinagem é feita 
em máquinas CNC, 
tecnologia que 
garante rapidez e 
precisão 
a capacidade da máquina é me-dida 
pela espessura de corte. Nessa 
categoria as prensas trabalham com 
chapas de até ½ polegada (12,7 mm). 
Frequentemente, quem investe em 
uma guilhotina investe também 
em uma prensa viradeira, ou seja, 
compra um casal de máquinas, pois 
é natural que componentes feitos 
de chapas necessitem ser cortados 
e também dobrados, como no caso 
da produção de cubas de pia ou de 
carrinhos de mão (carriolas). 
Apesar de se con-centrar 
na produção 
e venda de sua linha 
de produtos, a em-presa 
também pres-ta 
serviços na área 
de corte e repuxo, 
mantendo uma linha 
de máquinas para 
atender a esse tipo 
de demanda do mer-cado, 
pois há casos 
de clientes que preferem pagar para 
que executem a peça, ao invés de 
comprarem prensas para esse fim. O 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 7 
Gilmário Daru
soluções de usinagem I 
Ivo Duze, da 
Coromant, e 
Nezio de Souza, 
diretor Braffeman, 
acertam detalhes 
sobre otimização 
dos processos de 
usinagem 
cliente investe na matriz (ferramenta 
de corte e repuxo) e leva para prensar 
na Braffemam. 
A maior parte da usinagem é 
feita em máquinas CNC, tecnologia 
que garante rapidez e precisão. No 
caso das engrenagens, costuma-se 
usinar todo o componente menos os 
dentes, que são enviados para se-rem 
cortados por terceiros. 
Ao ser perguntado sobre qual 
é, entre as variáveis de marketing, 
aquela que exerce maior persua-são 
sobres os clientes na hora da 
compra, Nézio de Souza relatou 
que “ter um site bonito na Internet, 
possuir catálogos e anúncios bem 
feitos são fatores que ajudam, mas 
muitos clientes acabam tomando a 
decisão de compra depois de visitar 
outras empresas que trabalham há 
anos com os produtos Braffemam 
e manifestam satisfação quanto ao 
desempenho e aos baixos custos 
de manutenção de tais máquinas”, 
ou seja, as informações colhidas no 
campo, conversando com operado-res, 
e demais dados obtidos com 
terceiros dignos de crédito consti-tuem 
importante arma de vendas. 
Ciente disso, ao receber visita de 
algum cliente em potencial, a em-presa 
costuma oferecer uma lista 
dos atuais usuários que possam ser 
eventualmente visitados. Com mais 
de mil máquinas colocadas no mer-cado, 
não é muito difícil encontrar 
boas referências. 
A precisão dos componentes 
garante a qualidade das máquinas 
como um todo. A usinagem tem pa-pel 
importante no processo, já que de 
15% a 50% do volume bruto de mui-tos 
desses componentes são transfor-mados 
em cavacos. Com todo esse 
volume de cavacos a ser removido, 
torna-se interessante uma boa assis-tência, 
principalmente no momento 
da escolha e da aplicação das ferra-mentas 
de corte. Embora o contato 
com fornecedores de ferramentas de 
metal duro tenha iniciado quando a 
empresa ainda contava apenas com 
os tornos convencionais, foi com a 
introdução das máquinas CNC que 
esse relacionamento se intensificou. 
Máquinas mais sofisticadas exigem 
maior rigor técnico na escolha da ge-ometria 
da ferramenta, tanto quanto 
dos respectivos parâmetros de corte. 
O objetivo é obter o retorno do in-vestimento 
o quanto antes. Em má-quinas 
CNC, sempre que possível, a 
usinagem deve ser mais suave, mais 
precisa, mais rápida e com um bom 
fluxo de escoamento de cavacos. 
Gilmário Daru 
A usinagem de perfis roscados exigem ferramentas de precisão como o porta-ferramenta 
CoroThread 266 , específico para rosqueamento interno 
Gilmário Daru 
8 o mundo da usinagem abril.2012/86
soluções de usinagem I 
Ivo Marin Duze, da Gale Ferramentas, e Adriano Wagner Velho, supervisor de 
usinagem da Braffemam: trabalho em conjunto 
Proporcionar esse tipo de resultado 
é justamente a especialidade dos re-presentantes 
da Sandvik Coromant. 
Esse foi um dos principais fatores 
que contribuíram para a intensifica-ção 
do relacionamento da Gale com 
a Braffemam. 
Ivo Marin Duze, vendedor téc-nico 
da Gale Ferramentas Ltda – re-presentante 
da Sandvik Coromant 
na região –, tem acompanhado de 
perto o desenvolvimento da usi-nagem 
na Braffemam. Partindo de 
uma participação ínfima, a Gale foi 
conquistando a posição de fornece-dora 
preferencial, graças não só ao 
desempenho superior das pastilhas 
de metal duro da Sandvik Coromant 
mas, sobretudo, devido à assistência 
técnica prestada por Ivo Duze, que 
acompanha regularmente o fluxo da 
produção nas linhas CNC. Em tra-balho 
conjunto com Adriano Wag-ner 
Velho, supervisor de usinagem, 
Gilmário Daru 
discutem alternativas de processos 
e estratégias de corte, que acabam 
contribuindo para a redução dos 
tempos de fabricação, melhor con-trole 
da formação de cavacos e au-mento 
da vida útil das pastilhas. 
Em usinagem é possível se obter 
grandes melhorias em produtivida-de 
com pequenos ajustes nos parâ-metros 
de corte, troca de geometrias 
de quebra-cavacos, ou substituição 
da classe de metal duro mas, além 
disso, existem ainda detalhes que 
só podem vir à tona estando-se ao 
pé da máquina e discutindo-se al-ternativas 
com o pessoal que atua 
direto no chão de fábrica. Cada pe-quena 
alteração no conjunto máqui-na 
/ ferramenta / fixação / peça pode 
resultar em sensíveis melhorias nos 
processos como um todo, mas só a 
persistência na busca do intervalo de 
máxima eficiência produtiva do con-junto 
é que poderá levar a esse ponto 
e, sem um bom trabalho de coopera-ção, 
isso não é possível. 
Ivo Duze reputa o seu sucesso 
na aplicação dos produtos Sandvik 
Coromant junto à Braffemam ao bom 
relacionamento e à confiança que foi 
desenvolvendo com o pessoal da fá-brica, 
pois a cada resultado positivo 
que obtinha, conseguia o aval para 
uma nova sugestão de melhoria e 
assim foi aos poucos se integrando 
como um suporte bem-vindo no en-frentamento 
diário dos desafios im-postos 
pela usinagem. Nem sempre 
se consegue esse nível de interação 
entre fornecedores e clientes, contu-do, 
quando isso é possível, a soma 
de experiências de quem produz 
com quem fornece o ferramental in-variavelmente 
resulta em um mútuo 
comprometimento que leva à me-lhoria 
da competitividade. 
Engo. Francisco Marcondes 
10 o mundo da usinagem abril.2012/86 
Gilmário Daru 
Porta-ferramenta CoroThread 266 
e respectivas pastilhas usados na 
confecção de rosca trapezoidal, em 
fusos e porcas, componentes das 
máquinas Braffemam
Norma lançada em 2010 prevê diretrizes 
de responsabilidade social 
tais era uma poderosa ferramenta 
competitiva, sendo capaz de redu-zir 
custos e agregar status à imagem 
da empresa. 
Nesse sentido, o Brasil foi um 
dos primeiros países a definir dire-trizes 
para esse campo, ao elaborar 
a norma ABNT NBR 16001:2004, 
que estabelece requisitos para um 
Sistema de Gestão da Responsabi-lidade 
Social. 
Porém, ainda não havia um 
modelo global de gestão capaz 
de definir diretrizes de compor-tamento 
socialmente responsável 
e, muitas das vezes, as políticas 
eram deliberadas pelas próprias 
empresas ou suas associações, 
podendo ser um entrave para o 
comércio exterior. 
“Imagine uma empresa expor-tadora 
que deva atender requisitos 
sociais de dez países diferentes, ou 
de cinquenta organizações espalha-das 
pelo mundo. Essa pluralidade 
de modelos pode causar um gran-de 
impacto na organização interna 
de uma corporação”, explica José 
Carlos Barbieri, professor do De-partamento 
de Administração da 
Produção e Operações da Fundação 
Getulio Vargas (FGV-EAESP). 
negócios da indústria 
ISO 26000 
Brasil e Suécia 
em colaboração 
O entendimento de que corpora-ções 
são agentes sociais no proces-so 
de desenvolvimento não é novo. 
Entre as décadas de 1950 e 1960, 
empresas dos Estados Unidos e da 
Europa começaram a elaborar seus 
primeiros relatórios sociais, tornan-do 
públicas as condutas relativas ao 
capital humano, tecnológico e ao 
meio ambiente. 
Já nos anos 1990, época em que 
os investimentos sociais e a filantro-pia 
corporativa ganharam destaque 
junto à opinião pública, muitas em-presas 
se deram conta de que a ado-ção 
de boas práticas socioambien- 
Petrobras e ABNT realizam Seminário sobre 
a ISO 26000. Ao centro, coordenadora do 
Relatório de Sustentabilidade da Petrobras 
e representante da Indústria na delegação 
brasileira na ISO 26000, Ana Paula Grether 
12 o mundo da usinagem abril.2012/86
Pensando nisso, a ISO começou 
a elaborar a norma de gestão sobre 
responsabilidade social. O pon-to 
de partida foi uma conferência 
realizada em 2004 em Estocolmo, 
na Suécia, na sede do Swedish Ins-titute 
of Standardization (SIS), o 
instituto de padrão sueco, quando 
se decidiu pela elaboração da nor-ma 
ISO 26000. O engenheiro Jorge 
Cajazeiras, gerente corporativo de 
Competitividade da Suzano Papel 
e Celulose, foi eleito presidente do 
grupo. Sua escolha reconhecia os 
esforços do Brasil pelo lançamento 
da ABNT NBR 16001 em 2004. Vale 
Eliane Belfor, diretora-titular do Comitê 
de Responsabilidade Social da 
Fiesp: “Elaboração da norma reuniu 
representantes oriundos de diferentes 
grupos de partes interessadas” 
Everton Amaro Agência Petrobras 
ressaltar que, pela primeira vez, 
um país em desenvolvimento esta-ria 
à frente da coordenação de uma 
norma internacional. 
Já a Suécia, país reconhecido por 
ter uma educação voltada à sensi-bilização 
sobre desenvolvimento 
sustentável, cidadania e direitos hu-manos, 
assumiu a vice-presidência 
e o secretariado do grupo, na pes-soa 
de Staffan Söderberg, consul-tor 
de sustentabilidade da empresa 
sueca Skanska AB. O secretariado 
foi delegado à Kristina Sandberg, 
executiva do SIS, o instituto de pa-drão 
sueco. 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 13
negócios da indústria 
A parceria entre Brasil e Suécia 
para discussão da norma durou seis 
anos e se transformou no maior fó-rum 
global sobre responsabilidade 
social. As oito reuniões realizadas 
se estenderam para países como 
Tailândia, Portugal, Áustria, Aus-trália 
e Brasil. 
Uma das inovações trazidas pela 
parceria foi a premissa da discus-são 
coletiva (multistakeholder), bem 
como a união de forças entre um 
país desenvolvido e outro em pro-cesso 
de desenvolvimento. 
Para Rob Steele, secretário-geral 
da ISO, “caso não houvesse esse 
envolvimento o cenário seria dife-rente. 
Organizações de países de-senvolvidos 
ou com controle muito 
significativo sobre a cadeia de su-primentos 
poderiam impor sua de-finição 
de responsabilidade social 
(...) então as discussões levaram 
em conta necessidades e o contexto 
social de todos os envolvidos”. 
O resultado desse trabalho con-cretizou- 
se em novembro de 2010 
com o lançamento da norma em 
Genebra, na Suíça.Um mês depois, 
em 8 de dezembro, a norma foi ofi-cializada 
no Brasil em cerimônia na 
sede da Federação das Indústrias 
do Estado de São Paulo (Fiesp), 
mostrando o valor da ISO 26000 na 
cadeia produtiva nacional. 
Foco no 
desenvolvimento 
humano 
A ISO 26000 trata de diretrizes 
para empresas de todos os ramos, 
portes, origens e culturas. A nor-ma 
contempla sete temas centrais, 
que vão da governança organiza-cional 
até o envolvimento e o de-senvolvimento 
da comunidade. 
Para cada um deles existem diver-sas 
questões associadas (ver box). 
Cabe a cada empresa elencar os 
pontos pertinentes e prioritários à 
sua área de atuação. 
Participaram do desenvolvi-mento 
da norma 450 especialistas 
de 99 países (o maior comitê da his-tória 
da ISO), como explica a dire-tora- 
titular do Comitê de Respon-sabilidade 
Social da Fiesp, Eliane 
Belfor: “Esses representantes eram 
oriundos de diferentes grupos de 
partes interessadas, tais como con-sumidores, 
governos, indústrias, 
trabalhadores, academia, ONGs, 
além de órgãos como Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), 
Organização Mundial da Saúde 
(OMS), Organização das Nações 
Unidas (ONU), entre outros”. 
Ao contrário das normas mais 
conhecidas, a ISO 26000 é orientati-va 
e não certificadora, ou seja, não 
depende da avaliação de órgãos 
certificadores e nem dispõe de selos 
que atestem a adesão a ela. 
“Se alguma organização disser 
que tem um selo ou certificado da 
ISO 26000 está cometendo um equí-voco 
e indo contra o que a norma 
estabelece. A empresa poderá sim, 
por exemplo, declarar que utiliza a 
ISO 26000 como guia para integrar 
a responsabilidade social em seus 
valores e práticas”, alerta Andréa 
Santini Henriques, pesquisadora da 
Diretoria da Qualidade do Inmetro, 
empresa que participou da elabora-ção 
da norma como especialista da 
categoria Governo. 
Da teoria à prática 
Para a indústria brasileira, a ISO 
26000 promete ser uma importante 
ferramenta para balizar a gestão so-cioambiental. 
A Petrobras foi uma 
das pioneiras na adoção da norma, 
Arquivo Pessoal 
Presidente do grupo que elaborou a norma 
ISO 26000, engenheiro Jorge Cajazeiras, 
gerente corporativo de Competitividade da 
Suzano Papel e Celulose 
14 o mundo da usinagem abril.2012/86
Petrobras: companhia de Petróleo e Gás também vai elaborar um programa de avaliação dos 
seus fornecedores em relação aos princípios de responsabilidade social da ISO 26000 
participando da delegação brasilei-ra 
como representante do segmento 
Indústria. A empresa se baseou na 
norma para a implementação dos 
programas Petrobras Agenda 21, 
Petrobras Desenvolvimento e Cida-dania 
e Petrobras Ambiental. Além 
disso, 80 requisitos de excelência em 
responsabilidade social aprovados 
pela Diretoria Executiva da empresa 
em 2009 foram guiados pela diretriz. 
“A ISO 26000 foi uma referên-cia 
para a política de responsabili-dade 
social da Petrobras constru-ída 
em 2007. O momento atual é 
de capacitação de nossos públicos 
interno e fornecedores” explica 
Ana Paula Grether, coordenadora 
de Práticas de Responsabilidade 
Social da Petrobras. A companhia 
de Petróleo e Gás também vai ela-borar 
um programa de avaliação 
dos seus fornecedores em relação 
aos princípios de responsabilida-de 
social da ISO 26000. 
No Brasil, além da Petrobras, 
empresas como Eletrobras e Suza-no 
já têm trabalhado internamente 
no desenvolvimento da norma. Ór-gãos 
como o Banco Nacional de De-senvolvimento 
Econômico e Social 
(BNDES) e o Conselho Superior de 
Justiça do Trabalho (CSJT) também 
estão reformulando sua política de 
responsabilidade socioambiental e 
incluindo a ISO 26000 em seu pla-nejamento 
estratégico. 
Por ser uma norma orientativa 
e não certificadora, é difícil avaliar 
sua real adesão por parte das em-presas, 
entretanto, alguns números 
falam por si: 
Agência Petrobras 
Ana Paula Grether, coordenadora de 
Práticas de Responsabilidade Social 
da Petrobras: “O momento atual é de 
capacitação de nossos públicos interno 
e fornecedores” 
Agência Petrobras 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 15
negócios da indústria 
Arquivo Pessoal 
José Carlos Barbieri, professor do 
departamento de Administração da 
Produção e Operações da Fundação 
Getulio Vargas (FGV-EAESP) 
Temas centrais da ISO 26000 
Internacional do Trabalho (OIT), 
sendo que maioria delas já foi in-corporada 
na legislação trabalhista 
brasileira, o que facilita a adesão. 
Na prática, a adesão da norma às 
políticas corporativas também bene-ficia 
a gestão e a produtividade, já 
que afeta positivamente a força de 
trabalho e propicia oportunidades 
nos mercados interno e externo. Essa 
adoção, preveem os especialistas, faz 
parte de um movimento natural que 
responde, sobretudo, aos anseios da 
própria sociedade. 
Fernando Sacco 
Jornalista 
• A norma já foi adotada por 36 países; 
• Outros 17 países planejam sua 
adoção; 
• Já foram vendidos 10 mil textos 
da norma. 
“Vale frisar que empresas que 
possuem suas práticas certificadas 
pelas normas 9000 e 14000 já cum-prem 
parte dos requisitos exigidos. 
Cabe a elas adaptar seu sistema de 
governança, adicionando itens con-templados 
na ISO 26000 que aper-feiçoem 
as práticas adotadas”, re-força 
Barbieri. 
Além disso, as questões relacio-nadas 
ao trabalho são fundamenta-das 
nas convenções da Organização 
Governança organizacional: trata de processos e estruturas 
de tomada de decisão, delegação de poder e controle. O tema 
é, ao mesmo tempo, algo sobre o qual a organização deve agir 
e uma forma de incorporar os princípios e práticas da respon-sabilidade 
social à sua forma de atuação cotidiana. 
Direitos humanos: inclui due dilligence, ou seja, situações 
de risco para os Direitos Humanos; como evitar cumplici-dade; 
resolução de queixas; discriminação e grupos vulne-ráveis; 
direito civis e políticos, direitos econômicos, sociais 
e culturais; princípios e direitos fundamentais do trabalho. 
Práticas trabalhistas: refere-se tanto a emprego direto 
quanto ao terceirizado e ao trabalho autônomo. Inclui empre-go 
e relações do trabalho; condições de trabalho e proteção 
social; diálogo social; saúde e segurança no trabalho; desen-volvimento 
humano e treinamento no local de trabalho. 
Meio ambiente: inclui prevenção da poluição; uso susten-tável 
de recursos; mitigação e adaptação às mudanças 
climáticas; proteção do meio ambiente e da biodiversida-de 
e restauração de habitats naturais. 
Práticas leais de operação: compreende práticas anticor-rupção; 
envolvimento político responsável; concorrência 
leal; promoção da responsabilidade social na cadeia de 
valor e respeito aos direitos de propriedade. 
Questões dos consumidores: incluem marketing leal, 
informações factuais e não tendenciosas e práticas con-tratuais 
justas; proteção à saúde e à segurança do con-sumidor; 
consumo sustentável; atendimento e suporte ao 
consumidor e solução de reclamações e controvérsias; 
proteção e privacidade dos dados do consumidor; acesso 
a serviços essenciais e educação e conscientização. 
Envolvimento e desenvolvimento da comunidade: refe-re- 
se à participação na educação e cultura; geração de 
emprego e capacitação; desenvolvimento tecnológico e 
acesso a tecnologias; geração de riqueza e renda; saúde 
e investimento social da comunidade. 
Fonte: Inmetro e Petrobras 
16 o mundo da usinagem abril.2012/86
soluções de usinagem II 
Rosqueamento de 
alta performance 
com o uso de 
machos de corte AB Sandvik Coromant 
Cavacos, profundidades, 
acabamento, precisão 
Os desafios 
Nos dias de hoje, a busca pela 
competitividade nos negócios é 
constante, vivemos a era da bus-ca 
por eficiência máxima e perdas 
mínimas, ou seja, máximo custo-benefício 
em todos os recursos 
aplicados. Preço não é o fator mais 
importante mas, claro, desejamos e 
precisamos fazer com que qualquer 
investimento tenha retorno certo. 
No setor de usinagem isso não é 
diferente, a concorrência global nos 
afeta cada dia mais, o que nos força 
a estar sempre “na crista da onda” 
no que se refere a ferramentas de 
última geração, buscando que elas 
tornem a totalidade do processo de 
usinagem um mar de águas tran-quilas 
para quem as utiliza. Nin-guém 
quer nem precisa de dores de 
cabeça extras com ferramentas, por 
isso elas devem fazer sua parte! 
Quando falamos de usinagem e 
de tranquilidade, lembramos daque-las 
operações que são normalmente 
as últimas nos processos e uma delas 
é o rosqueamento interno! 
Sendo uma das últimas tarefas, 
qualquer problema pode significar 
perda do componente ou tempo ex-tra 
para recuperação do mesmo, por 
isso a escolha correta não só do mé-todo 
para roscar uma peça como do 
tipo de ferramenta é fundamental. 
O macho de corte tem sido por 
décadas o mais usado, porém exis-tem 
outros métodos que comple-mentam 
e por vezes o substituem, 
como os machos laminadores ou 
as fresas para interpolar roscas, que 
viremos a tratar em outros artigos. 
A operação de rosqueamento 
com machos tem particularidades 
que a tornam desafiadora não só por 
ser, como dissemos acima, uma das 
18 o mundo da usinagem abril.2012/86
Profundidade da rosca 
Direção do Avanço 
aceleração 
Redução 
Vcs limitadas 
para 
furos cegos 
Rotação do eixo árvore 
nmax~ 3000 rpm 
Peça 
constante 
Quanto maior o rpm/Vc menor o 
tempo que o macho trabalhará em 
plena Vc 
últimas do processo e pela sua preci-são 
mas, também, por não podermos 
mexer com o avanço quando há ne-cessidade 
de solucionar algum pro-blema, 
como formação e extração de 
cavacos, ou qualidade da rosca, etc. 
Ao contrário da furação, por 
exemplo, em que se pode aumentar 
ou diminuir as Vcs (velocidades de 
corte) e avanços e, com essa combi-nação, 
melhorar a formação e extra-ção 
dos cavacos, com machos nos 
restringimos ao já limitado recurso 
do aumento ou diminuição da ve-locidade 
de corte com efeitos nem 
sempre efetivos. (Figura 2) 
Aproximadamente 40% das ope-rações 
de usinagem são de furação 
e, destas, pelo menos 50% recebem 
rosca que, na sua maioria, têm tole-râncias 
bem estreitas. Em altos vo-lumes 
de produção, o tempo gasto 
no rosqueamento é significativo. 
Por isso, os machos de última 
geração trazem em seus projetos 
uma ampla gama de micro e macro 
detalhes na geometria, que tornam 
a vida dos usinadores de roscas 
mais tranquila. A seguir, alguns 
desses recursos: 
2 
Coberturas de atrito 
superficiais 
Tratamentos 
superficiais 
• Oxidação a Vapor 
• Nitretação 
• Polimento dos canais e 
• Rebarbação das arestas 
• Com coeficientes reduzidos ao máximo para 
proporcionar formação e escoamento mais 
suaves de cavacos 
• Com dureza superficial altíssima, que torna 
a vida útil da ferramenta mais longa 
• Espessuras muito pequenas para evitar 
arredondamento da aresta 
dos filetes 
de corte 
4 
AB Sandvik Coromant 
3 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 19 
AB Sandvik Coromant
soluções de usinagem II 
Substratos 
• HSS com adição de Cobalto, que 
permite trabalhos com maiores Vcs 
• HSS sinterizado com micro estrutu-ra, 
que proporciona uma vida mais 
longa do macho 
• Metal duro microgrão 
Geometrias 
• Diferentes ângulos de hélice e de canais dedicados aos diferentes tipos de materiais 
• Canais mais amplos e mais longos 
• Combinação de raios nos canais e ângulos de saída que tornam a formação dos cavacos mais controlada 
• Ângulos de detalonamento específicos 
• Alívios nas partes traseiras das roscas para permitir maiores profundidades sem riscos de quebras dos filetes 
• Com ou sem refrigeração interna 
É comum nos depararmos com negligências 
durante o processo de usinagem, como desco-nhecimento 
das características do material a 
ser usinado, dados de corte incorretos, proces-sos 
mal elaborados, aplicação de brocas com 
geometrias tão inadequadas que deixam a su-perfície 
do furo a ser roscado mais dura, 
uso de mandris porta-ferramentas de má 
qualidade, etc. Os resultados vão desde 
quebras, má qualidade da rosca, vida útil 
baixa, uma dor de cabeça muitas vezes 
desnecessária para os usuários. 
AB Sandvik Coromant 
AB Sandvik Coromant 
Convencional HSS Co 
Grãos: 10-20 μm Grãos: 1-3μm 
Muito finos e homogêneos 
Escala: 1000-x 
HSS-Co-PM 
5 
Canais mais longos 
e com ângulo de 
hélice acentuado 
Chanfro 
traseiro de 
proteção 
Refrigeração 
interna 
20 o mundo da usinagem abril.2012/86
Fixação dos 
machos 
Por falar em sistema de fixação, 
devemos ressaltar que todas as van-tagens 
citadas acima podem tanto 
ser anuladas (com a má qualidade 
de um madril porta-machos) como 
maximizadas com o uso adequado 
da fixação no rosqueamento. 
Na atualidade, com máquinas 
CNC modernas, a maior parte dos 
rosqueamentos é rígida, ou seja, ma-cho 
e máquina sincronizados. É um 
dos melhores métodos que, no entan-to, 
pode ser melhorado com o uso de 
Mandris porta-machos específicos. 
Mandris porta- 
-machos para 
rosqueamento 
rígido/ 
sincronizado 
Como foi dito anteriormente, de 
nada adianta a última geração de 
machos se o que os cerca não esti-ver 
de acordo e a fixação é um bom 
exemplo disso. 
Mesmo o sistema sincronizado 
sendo um dos melhores, ocorrem 
pequenas diferenças (normais e na-turais 
até em máquinas novas) entre 
o sincronismo da máquina e o passo 
do macho; ocorrem também desvios 
devido a máquinas mais velhas com 
folgas em que as diferenças são bem 
maiores, o que afeta negativamente 
a vida útil da ferramenta. 
Com o uso da fixação correta, 
pode-se aumentar a vida útil sig-nificativamente. 
Um dos melho-res 
mandris para esse fim é o com 
compensação microflutuante, que 
devido a um sistema interno de 
compensação, pode tanto se con-trair 
como expandir, compensando 
as diferenças e maximizando o de-sempenho 
do macho. 
Como se pode observar, são mui-tos 
os recursos disponíveis para que 
tenhamos o melhor custo-benefício 
e um final feliz no processo de ros-queamento 
de um componente, 
mas para isso é preciso que se apli-que 
a ferramenta correta com os da-dos 
de corte corretos e o recomen-dável 
é que a escolha e aplicação 
desses passos tenham respaldo de 
um fornecedor com tecnologia e ex-periência 
comprovadas, para que as 
outras variáveis envolvidas sejam 
observadas antes que provoquem 
refugo, perda de tempo e conse-quentes 
quedas de produtividade. 
Marcos Soto 
Gerende Técnico 
Ferramentas Rotativas Sandvik Coromant 
AB Sandvik Coromant 
AB Sandvik Coromant 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 21
educação e tecnologia 
Os novos rumos 
da mecânica 
SENAI inaugura curso superior de tecnologia em mecânica 
de precisão na Escola Suíço-Brasileira Paulo Ernesto Tolle 
Uma instituição que ao longo 
de 70 anos foi responsável pela 
formação de 55 milhões de alunos 
dispensa apresentações. Em 2012, 
o Serviço Nacional de Aprendiza-gem 
Industrial (SENAI) não come-mora 
apenas suas sete décadas de 
existência. Mais do que isso, a ins-tituição 
celebra a abertura de novas 
portas para o desenvolvimento da 
indústria metalmecânica. 
Trata-se do amadurecimento de 
um dos cursos mais tradicionais da 
rede, o de mecânica de precisão. A 
história do curso se funde com a 
inauguração da Escola SENAI Suí-ço- 
Brasileira, atualmente acrescida 
do nome Paulo Ernesto Tolle, em 
homenagem ao visionário educa-dor, 
membro da comissão de orga-nização 
do ITA em 1948 e diretor do 
SENAI de 1970 a 1992. 
No início da década de 1970, 
o curso começou a ser ministrado 
pela instituição e ao longo de qua-tro 
décadas foi responsável pela for-mação 
de milhares de profissionais 
que hoje integram todos os escalões 
da indústria nacional. Assim como 
seus alunos, o curso também ama-dureceu 
e em janeiro de 2012 teve 
início a formação superior de tecno-logia 
em mecânica de precisão. 
22 o mundo da usinagem abril.2012/86
“O perfil de tecnólogos responde 
a uma antiga demanda de mercado. 
Por conta disso, começamos em 
2006 a fazer um levantamento jun-to 
às empresas sobre a necessidade 
de um profissional mais completo 
na área de mecânica de precisão”, 
explica Osvaldo Luiz Padovan, di-retor 
da unidade. 
Diferentemente do módulo téc-nico, 
que é gratuito e tem duração 
Alunos do 
curso técnico 
recebendo 
orientação na 
bancada 
Vivian Camargo Vivian Camargo 
Furadeiras 
e fresadoras 
utilizadas 
na prática 
profissional 
de dois anos, o curso superior é 
pago, se estende por três anos e tem 
como foco a formação de tecnólo-gos 
com ênfase em gestão do pro-cesso 
da mecânica de precisão em 
ambiente corporativo. 
Para isso, a grade tradicional do 
curso técnico foi ampliada e, além 
de matérias como processos de fa-bricação 
e automação industrial, fo-ram 
incorporadas disciplinas como, 
por exemplo, comunicação. “Com 
certeza esses alunos serão muito 
rapidamente absorvidos pelo mer-cado 
e estarão em posição de desta-que 
no futuro”, orgulha-se o diretor 
da unidade. 
O perfil do tecnólogo envolve o 
planejamento e gerenciamento nos 
níveis tático e operacional de ações 
relativas à produção, além do de-senvolvimento 
de projetos relativos 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 23
Vivian Camargo 
educação e tecnologia 
Desenho da maquete que, no salão de aprendizado, reproduz sua estrutura. O ingresso 
(1º Semestre) se dá pelo lado esquerdo e a cada novo semestre corresponde um espaço 
de aprendizado 
a sistemas mecânicos de precisão. 
Além disso, o profissional está ga-baritado 
trabalho e atuar na comercialização 
de produtos ou serviços antes, du-rante 
a gestão tecnológica da empresa. 
Osvaldo Padovan, diretor da Escola 
SENAI Suíço-Brasileira P.E.Tolle, como 
a maioria dos professores, ex-aluno 
do SENAI 
Com a palavra, os ex-alunos 
Ilustração Ação e Contexto 
Danilo Miranda, engenheiro de com-pras 
sênior da Bosch e aluno do curso 
técnico de mecânica de precisão entre 
1996 e 1999: 
“Durante estes 12 anos de trabalho 
minha rotina envolve discussões técni-cas, 
nas quais aplico tudo o que aprendi 
na época em diferentes áreas: plástico, 
aço, usinagem, retífica, etc. E é nítida 
a diferença do egresso de uma escola 
técnica de boa qualidade como o SENAI, 
em comparação com alguém que vem 
de um ensino médio regular. Muitas ve-zes 
as pessoas não têm sequer noção 
de metrologia. E em uma área técnica 
isso faz total diferença”. 
para coordenar equipes de 
e após a venda, de acordo com 
Marcelo Figueiredo, gerente de qua-lidade 
da Aker Solutions, aluno do curso 
técnico de mecânica de precisão entre 
1996 e 1999: 
“A escola possuía uma ideologia 
muito interessante na época, possi-bilitando 
um estudo de qualidade em 
período integral com ótimos professo-res 
tanto da área técnica quanto do 
ensino médio. Tudo isso foi funda-mental 
para que eu tivesse uma base 
sólida de conhecimento, que me pos-sibilitou 
entrar na faculdade e progre-dir 
profissionalmente”. 
Sidney Harb, Sales developer da 
Sandvik Coromant, aluno do curso de 
Os 35 estudantes ingressos após o 
primeiro vestibular iniciaram as aulas 
em janeiro e o curso, que já é reconhe-cido 
pelo Ministério da Educação, está 
sendo ministrado no período noturno. 
Os novos estudantes têm à 
disposição toda a tecnologia ofe- 
aprendizagem industrial entre 1977 e 
1979 e do curso técnico de mecânica 
de precisão entre 1980 e 1983 
“Quando fiz o curso técnico no início da 
década de 1980 as aulas específicas de 
mecânica eram dadas em conjunto com 
as disciplinas regulares do ensino médio. 
Existia nessa época uma ligação muito 
grande entre o conteúdo tradicional e o 
técnico. A parte atuante, diferentemente 
da engenharia, sempre foi muito forte. 
Aprendemos desde soldagem manual 
até a manutenção das máquinas, a parte 
eletrônica. Lembro que utilizávamos equi-pamentos 
de última geração, muitos dos 
quais não haviam nem na indústria”. 
24 o mundo da usinagem abril.2012/86
Qual a cor da sua capa? 
Os alunos da Escola SENAI Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle que cursaram a 
instituição até meados de 2000 conhecem bem a importância da capa. 
Cada nova turma recebia uma cor de capa diferente – verde, cinza, laranja ou 
cáqui. Assim, era possível distinguir a qual turma cada aluno pertencia. 
“Era uma espécie de grau de hierarquia”, relembra Sidney Harb. “Nós leváva-mos 
a cor até o último ano e quando a turma se formava a cor voltava a designar 
A prática foi abolida quando o curso técnico se dissociou do ensino médio e 
Se você foi ex-aluno da escola deve se lembrar bem qual foi a cor da sua 
capa. E que tal reencontrar os colegas novamente? 
Ex-alunos da Escola SENAI Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle podem procurar a 
instituição para promover reuniões de antigas turmas. Entre em contato pelo e-mail 
senaisuico@sp.senai.br ou no telefone (11) 5642-3400. 
Vivian Camargo 
alunos do primeiro ano”. 
a duração passou de 4 para 2 anos. 
a distribuição das máquinas obede-ce 
à lógica da progressão do conhe-cimento. 
À medida que o estudante 
evolui tecnicamente, ele avança nos 
diferentes ambientes. 
“É a teoria questionando a prá-tica 
e a prática questionando a teo-ria”, 
resume Padovan. 
Vivian Camargo 
recida aos demais alunos dos cur-sos 
técnicos: biblioteca com banco 
de dados técnico, acervo digital, 
intranet, laboratórios de metro-logia 
e de usinagem. E é na prá-tica 
da usinagem que os alunos 
se destacam. 
“No primeiro semestre os futu-ros 
tecnólogos já têm contato com 
máquinas convencionais: tornos, 
fresadoras e retificadoras cilíndri-cas 
e planas”, explica José Carlos 
Medeiros, que há 36 anos trabalha 
na escola e hoje é instrutor do curso 
técnico de mecânica de precisão. 
De acordo com a evolução do cur-so, 
novas tecnologias são apresentadas 
e no último semestre os estudantes 
participam de oficinas de usinagem 
avançada no laboratório denominado 
high speed. Nesse ambiente, é possível 
desenvolver técnicas de programação 
e operação em máquinas 5 eixos. 
Todos os laboratórios se encon-tram 
em um mesmo espaço físico e 
Escola SENAI 
Suíço-Brasileira 
A Escola SENAI Suíço-Brasileira 
Paulo E. Tolle faz parte de uma rede 
que hoje soma 797 unidades espalha-das 
pelo Brasil (471 fixas e 326 mó- 
Arquivo Senai 
Peças usinadas pelos alunos Laboratório de Metrologia 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 25
Arquivo Senai 
educação e tecnologia 
Espaço de leitura na biblioteca da escola 
veis). A unidade finalizou 2011 com 
11.400 matrículas – sendo que nos 
cursos técnicos 20% são mulheres. 
Criada em 1973, atualmente a es-cola 
conta com 62 professores fixos, 
um coordenador para atividades 
técnicas e outro para pedagógicas, 
além de dois orientadores de práti-cas 
profissionais. 
Os convênios continuam a ser 
praticados e se tornaram uma via 
de mão dupla para a instituição. A 
origem dessa prática remonta à par-ceria 
entre Brasil e Suíça em 1973, 
época em que empresas brasileiras 
e suíças uniram forças para capaci-tar 
docentes e elaborar os progra-mas 
do curso – daí o nome Escola 
Suíço-Brasileira. 
Ao longo do tempo, a insti-tuição 
consolidou sua imagem 
como provedora de soluções na 
atualizamos nossos profissionais e 
também nossos alunos”. 
A escola hoje mantém parcerias 
com empresas fabricantes de equi-pamentos 
e de ferramentas nas áreas 
de usinagem e controle dimensional. 
O sucesso desse modelo se re-flete 
dentro da instituição. Apro-ximadamente 
70% do corpo do-cente 
é formado por ex-alunos, 
prova da alta qualidade técnica 
do curso e adequação às deman-das 
do mercado. 
A continuidade e a tradição mar-cam 
forte presença na Suíço-Brasi-leira 
P.E.Tolle, que orgulhosamente 
mantém máquinas de mais de 40 
anos, ainda plenamente operantes, 
e que causaram surpresa até mes-mo 
aos seus fabricantes, em recen-te 
visita à escola. Nesse ambiente, 
as portentosas CNCs estão ali para 
mostrar que tradição e inovação 
não deveriam ser jamais dissocia-das: 
a parceria dá certo. 
Fernando Sacco 
Jornalista 
Interessado? 
Então fique atento: 
As inscrições para o curso 
superior de tecnologia em 
mecânica de precisão acontecem 
entre 9 de abril e 9 de maio. Para 
participar do vestibular basta ter 
o ensino médio completo. 
área da educação, destacando-se 
como referência até para outros 
países que buscam aperfeiçoar 
seus sistemas de educação pro-fissional. 
Atualmente, através da 
celebração de convênios, o SENAI 
auxilia outros países na estrutu-ração 
de seus sistemas de educa-ção 
profissional. 
A escola também continua 
aberta às parcerias com empresas 
e aproveita esse mecanismo para 
atualização, como explica Pado-van: 
“Sempre que novas tecno-logias 
aparecem no mercado nós 
adotamos essa sistemática. As in-dústrias 
sabem disso e nos procu-ram 
quando necessitam capacitar 
sua força de trabalho. Os equipa-mentos 
são trazidos para dentro 
da unidade, em comodato, e assim 
formamos pessoas para empresas, 
26 o mundo da usinagem abril.2012/86
NOVO ESTILO MAZAK: 
Identidade e padronização 
no design como foco na 
ergonomia. 
MÁQUINAS INTELIGENTES: 
Controles que auxiliam na 
operação e manutenção das 
máquinas, proporcionando 
mais eficiência e segurança. 
CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS: 
Mínimo impacto ao meio ambiente da 
fabricação ao uso das máquinas. 
SUPORTE: 
Suporte completo, desde a 
escolha da melhor solução até 
o pós-venda e treinamento de 
utilização e manutenção. 
ProdutIvIdade + PreCISão 
= PERfEIÇãO 
DESCUBRA 
MAZAK 
INteGreX i-200 
TECNOLOGIA AVANÇADA: 
Liderança e alta tecnologia em 
máquinas-ferramenta. Flexibilidade 
para produzir extensa gama de 
peças. automação a serviço da 
produtividade. 
Descubra os diferenciais que só quem é líder pode proporcionar. 
Centro Técnico Caxias do Sul 
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tels.: +55 (19) 3464 9100 
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Vivian Camargo 
Vivian Camargo 
educação e tecnologia 
SENAI: Educação de Precisão 
Fazendo uma análise conceitual do 
curso técnico em mecânica de precisão, 
bem como se valendo de elementos 
comparativos para tal, podemos enume-rar 
algumas características que fazem 
da Escola SENAI Suíço-Brasileira Paulo 
E. Tolle uma referência no ensino técnico. 
O processo pedagógico da escola 
preconiza a dialética da prática versus 
teoria, na qual a relação do aluno com 
as experiências na prática se faz parte 
integrante do processo de teorização, 
em caminhada conjunta. 
Essa metodologia, denominada in-ternamente 
“Engenharia Pedagógica”, 
não pode deixar de ser comparada à te-oria 
da práxis de Piaget, suíço estudioso 
do processo de construção do conheci-mento, 
que demonstrou, ao longo das 
décadas de 1930-1970, que o diálogo 
entre o aprender e o pôr em prática se 
permeiam e se completam, consideran-do 
a prática como meio de apropriação 
dos conceitos vistos na teoria. 
O projeto pedagógico correspon-de 
à própria estrutura física dos 
ambientes de aprendizado, o que 
permite transparência, rapidez e co-municabilidade 
entre os educandos 
e os educadores. 
Essa infraestrutura é dividida de 
maneira singular, onde os laboratórios 
(Metrologia, High Speed, entre outros) 
e a plataforma/oficina (Torneamento, 
Fresamento e Retificação) das aulas 
práticas são centralizados, fazendo 
com que as outras estruturas subja-centes 
(incluindo as salas de aula te-órica) 
atuem como apoio no input de 
práticas e procedimentos ao longo dos 
quatro períodos neste processo conti-nuado 
de aprendizagem. 
Assessorias para elaboração de pro-jetos 
específicos de empresas privadas 
também fazem parte dos “obstáculos” 
a que os educandos são submetidos ao 
longo do curso, transformando esses 
Monografia de final de curso, com o 
resultado usinado 
desafios em laboratórios reais para a 
formação de um bom profissional. 
O corpo docente especificamente 
técnico recebe capacitação humaniza-da 
para aprimoramento da prática do 
ensino e aproximação com os educan-dos. 
Dessa maneira, eliminam-se pro-blemas 
com a linguagem e a absorção 
de conteúdo por parte destes. 
Conversa informal com os educan-dos 
José Aparecido Silva Gomes e Ivan 
Costa, no Laboratório de Metrologia, 
confirma que materiais bibliográficos 
e demais informações, bem como o 
acesso a eles, são excelentes. Por ou-tro 
lado, o suporte da escola para o en-caminhamento 
dos formandos ao mer-cado 
específico de atuação oferece ao 
alunado perspectivas de sucesso em 
suas carreiras profissionais. A pesquisa 
orientada em laboratórios leva a solu-ções 
técnicas apresentadas nos tra-balhos 
de final de curso. Vale lembrar 
que todo o acervo técnico das unidades 
está disponível e interligado para busca 
na rede intranet das bibliotecas. 
Por fim, na minúcia do detalhe, per-cebe- 
se que cada pequena prática ado-tada 
pela escola faz parte do processo 
educacional de um verdadeiro profis-sional, 
não só em seu conhecimento 
específico e habilidades manuais, mas 
também para com a conduta e iniciati-va 
de cada educando. 
Estão ali a nos lembrar, sorridentes, 
o resultado da soma de esforços pes-soais 
em uma situação educacional 
de ponta: os premiados no World Skills 
2011 de Londres, Guilherme Augusto 
Franco de Souza, Medalha de Ouro em 
Desenho Mecânico em CAD, e Paulo 
Haji de Carvalho Bueno, Medalha de 
Prata em Tecnologia da Informação. 
Um verdadeiro ambiente educa-cional... 
um verdadeiro ambiente 
profissional. 
João M.Bezerra de Meneses 
Gestor Ambiental 
28 o mundo da usinagem abril.2012/86
abril.2012/86 o mundo da usinagem 29
conhecendo um pouco mais 
Jovens empreendedores 
Empresas juniores fomentam a dinâmica empresarial dentro 
do ambiente universitário, preparando seus integrantes 
desde cedo para os desafios do mercado de trabalho 
cursos de Matemática, Estatística, 
Psicologia, Biologia e Direito, entre 
muitos outros. 
“Os alunos ingressam nas em-presas 
juniores buscando uma ex-periência 
prática que é diferente 
daquela aprendida nos estágios por 
também incluir o desafio da ges-tão”, 
relata Carlos Nepomuceno, 
diretor presidente da Brasil Júnior 
– Confederação Brasileira de Em-presas 
Juniores. “Com o passar do 
tempo, estes jovens acabam se tor-nando 
empreendedores, desenvol-vendo 
seu lado inovador e direcio-nando 
esforços para transformar o 
ambiente ao seu redor”, acrescenta. 
Contato 
com o mercado 
Para Mariana Gazola, diretora 
de Marketing da Mecatron – Empre-sa 
Júnior do curso de Engenharia de 
Controle e Automação da Unicamp 
Em um ambiente universitá-rio, 
tão importante quanto apren-der 
aquilo que é transmitido pelos 
professores dentro da sala de aula 
é transformar estes conhecimentos 
teóricos em experiências práticas. 
Foi com esse objetivo que no final 
dos anos 60 surgiu na França, no 
âmbito da Escola Superior de Ci-ências 
Econômicas e Comerciais de 
Paris, o conceito e a primeira Em-presa 
Júnior. A ideia era envolver os 
jovens universitários em atividades 
que desenvolvessem competências 
como liderança, capacidade de ges-tão, 
oratória e trabalho em equipe. 
Anteriormente restritas aos cur-sos 
de Administração, as empresas 
juniores ganharam espaço ao lon-go 
do tempo e migraram para as 
mais diversas graduações. Além 
das tradicionais empresas juniores 
dos cursos de Administração e En-genharia, 
atualmente essas organi-zações 
também estão presentes nos 
30 o mundo da usinagem abril.2012/86 
ShutterStock
Divulgação Mecatron 
Mecatron conta com 35 estudantes-colaboradores, que recebem orientação de professores da Faculdade de Engenharia 
Mecânica da Unicamp 
– esse tipo de organização funciona 
como uma ponte entre a universi-dade 
e o mercado. “A graduação 
preza o desenvolvimento da teoria 
científica, enquanto a empresa jú-nior 
enfatiza o contato com o mer-cado”, 
avalia. 
Nos cursos de Engenharia, por 
exemplo, as empresas juniores via-bilizam 
a aplicação de conceitos e 
ferramentas técnicas em situações 
do dia-a-dia empresarial. “Elas 
fornecem aos estudantes uma pre-paração 
para os desafios que os 
engenheiros enfrentarão de fato no 
mercado”, explica Tamiris Mori, 
diretora-presidente da EESC Jr. – 
Empresa Júnior da Escola de Enge-nharia 
da USP de São Carlos. 
Para ingressar em uma empre-sa 
júnior, o estudante deve passar 
por um processo seletivo seme-lhante 
ao de qualquer outra em-presa. 
Os interessados devem se 
inscrever, passar por dinâmicas de 
grupo, entrevistas, para então se-rem 
escolhidos ou não como mem-bros 
da organização. “Além de 
pessoas aptas para o trabalho, se-lecionamos 
aquelas que demons-tram 
vontade e comprometimento 
com o aprendizado”, afirma a di-retora 
da Mecatron. 
Qualidade a 
preço acessível 
Acredita-se que o surgimento 
das empresas juniores tenha contri-buído 
para a diminuição da taxa de 
mortalidade entre micro e pequenas 
empresas. “Muitas empresas nas-ciam 
e depois de dois ou três anos 
fechavam suas portas, pois não con-seguiam 
se manter competitivas no 
mercado”, conta Wilamar Valença 
dos Santos, presidente da FEJESP 
– Federação das Empresas Juniores 
do Estado de São Paulo. 
Com os serviços prestados pelas 
empresas juniores, estas empresas 
passaram a ter acesso a projetos e 
consultoria de alta qualidade a pre-ços 
muito inferiores aos estabeleci-dos 
pelo mercado. “Como todos os 
colaboradores das empresas junio-res 
são voluntários, o preço do ser-viço 
é o custo do projeto”, destaca o 
presidente da FEJESP. 
A qualidade dos serviços, por 
sua vez, é altíssima, pois conta com 
o know-how técnico vindo das me-lhores 
universidades do País. “Os 
alunos têm a vantagem de estarem 
constantemente em contato com 
as novidades e últimas tecnologias 
da área”, aponta Wilamar Valença 
dos Santos. “Por isso, as empresas 
juniores são ótimas opções de con-sultoria 
para quem está abrindo um 
negócio”, conclui. 
Além disso, os projetos contam 
com a orientação e o acompanha-mento 
de professores ou de alunos 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 31
Divulgação Brasil Júnior 
conhecendo um pouco mais 
Com os serviços 
prestados pelas 
empresas juniores, 
micros e pequenas 
empresas têm acesso a 
projetos e consultoria 
de alta qualidade a 
preços mais acessíveis 
mais próximos de se graduarem, com 
quem os estudantes validam os resul-tados, 
a fim de garantirem a qualida-de 
final do serviço. Outra forma de 
aprendizado para os empresários ju-niores 
se dá com o acúmulo de expe-riências 
e com o feedback dos clientes. 
Análise de 
prioridades 
Como às vezes pode ocorrer de a 
demanda ser maior do que a capaci-dade 
da empresa júnior, alguns crité-rios 
são estabelecidos para determi-nar 
quais projetos terão prioridade. 
“Na Mecatron, os projetos pas-sam 
por uma análise de viabilidade, 
na qual são estudados três fatores 
principais: financeiro (retorno do 
projeto para a empresa), mercado 
(área do portfólio da empresa em 
que o projeto se encontra) e pro-dução 
(recursos disponíveis para a 
realização do projeto)”, explica Ma-riana 
Gazola. 
A EESC Jr. implementou em 
2011 um plano interno com o obje-tivo 
de definir os projetos que po-deriam 
ser realizados, aumentando 
a agilidade de seus gerenciamen-tos. 
“Passamos a analisar variáveis 
como lucro e viabilidade financeira, 
entre outras”, conta Tamiris. “Com 
a redução e definição do portfólio 
foi possível também selecionar pro-jetos 
de maior potencial comercial 
no mercado”, explica. 
O Movimento Empresa Júnior 
brasileiro conta atualmente com 
mais de 170 empresas divididas em 
núcleos, federações e integradas 
por meio da confederação brasilei-ra 
– a Brasil Júnior. Criada em 2003, 
essa entidade tem como função re- 
Mudando a cara do País 
Carlos Nepomuceno, Brasil Júnior: 
“Alunos ingressam nas empresas juniores 
buscando uma experiência diferente 
daquela aprendida nos estágios" 
presentar o movimento perante o 
governo federal e os conselhos de 
profissionais, além de regulamen-tar 
as empresas juniores filiadas. 
À época, existiam no Brasil mais 
de 23.000 empresários juniores em 
quase 600 empresas juniores. 
“A Brasil Júnior procura fomen-tar 
a geração de negócios e parce-rias 
e facilitar a difusão de conhe-cimento 
por meio de programas e 
projetos de desenvolvimento das 
Membros das empresas juniores são pessoas que acreditam que podem mudar o País por meio do seu próprio de-senvolvimento. 
Assim, as empresas juniores procuram formar profissionais preparados para a realidade do mercado e do 
mundo, sendo constantemente estimulados a darem um retorno à sociedade da qual fazem parte. 
Por isso, algumas dessas organizações desenvolvem projetos sociais, que têm como objetivo auxiliar diversos aspec-tos 
da população envolvida. 
32 o mundo da usinagem abril.2012/86
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50 anos de existência, o desenvolvimento de novas tecnologias e 
conceitos continua sendo ambição dos nossos engenheiros e 
técnicos, motivados pelos resultados obtidos e bem visíveis: mais de 
17.000 máquinas produzidas, a fidelidade de clientes nos 5 
continentes e uma estrutura invejável de apoio em tecnologia de 
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conhecendo um pouco mais 
empresas juniores”, destaca Carlos 
Nepomuceno, presidente em exer-cício 
da instituição. 
A confederação também é res-ponsável 
pela organização do En-contro 
Nacional de Empresas Junio-res 
(ENEJ), que acontece uma vez ao 
ano. O evento conta com a presen-ça 
de personalidades importantes 
do mundo corporativo, que vão ao 
evento para explicar o funcionamen-to 
de determinado setor e transmitir 
suas experiências profissionais. 
Outro ponto importante é a pro-moção 
da interação entre as empre-sas 
juniores, já que diversas vezes 
essas organizações experimentam 
dificuldades e práticas semelhantes 
e, portanto, podem ser beneficiadas 
mutuamente com a troca de conheci- 
O grande universo das juniores da USP, 
maior universidade da América Latina 
O Núcleo das Empresas Juniores da USP –http://nu-cleouspjr. 
com.br– congrega 21 empresas juniores sob 
o seguinte lema: Empresa Júnior sim. Amadora, não. 
No início da década de 1990, a USP contava com 
apenas dez empresas juniores e hoje elas começam 
a aparecer até mesmo em áreas que se mantinham 
tradicionalmente distantes do mundo empresarial, 
como a FFLCH-Faculdade de Filosofia, Letras e Ciên-cia 
Humanas, que já tem a sua: o Instituto Júnior de 
Pesquisas Sociais, que se dedica ao estudo e formu-lação 
de projetos de uma ampla gama de estudos so-ciais, 
das pequenas comunidades à sustentabilidade 
socioambiental, pesquisas de opinião, etc. 
A menção à ausência de amadorismo não é recur-so 
de marketing. Essas empresas congregam alunos 
com forte motivação, clara capacidade de entender a 
sociedade e o mercado e capazes de submeter seus 
projetos, sem dependências e sem falsa modéstia, 
aos seus mestres, normalmente grandes especialis-tas 
em suas áreas. 
Uma delas, a FEA USP Jr, levou todos os primeiros 
prêmios no Encontro Paulista de Empresas Juniores, 
realizado em julho de 2011: Projeto Interno, Projeto 
Externo e Modelo de Gestão, firmando-se como a me-lhor 
empresa júnior do estado de São Paulo. 
Por enquanto.... porque essas empresas são verdadeiros 
laboratórios de formação, em constante aprimoramento, 
onde os contratantes recebem trabalho de primeira qua-lidade, 
com supervisão de ponta e... preço júnior. 
mento. “No evento são ministradas 
palestras, workshops e apresentações 
de casos de sucesso de empresas ju-niores 
com o objetivo de comparti-lhar 
experiências, contribuindo para 
o desenvolvimento do movimento”, 
finaliza Wilamar Valença dos Santos. 
Thais Paiva 
Jornalista 
Consulte-as: 
COM ARTE Jr. Curso de Editoração da Escola de Comunicações e Artes 
ECA Jr. Escola de Comunicações e Artes 
EESC Jr. Escola de Engenharia de São Carlos 
ESALQ Jr. Consultoria Escola Superior de Agronomia Luiz de Quei-roz- 
Piracicaba 
FARMA Jr. Faculdade de Farmácia 
FEA Jr. Faculdade de Economia e Administração 
IAG Jr. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas 
ICMC Jr. ESALQ Jr. Florestal Escola Superior de Agronomia Luiz de 
Queiroz-Piracicaba 
IFSC Jr. Instituto de Física de São Carlos 
IJPS Jr. Departamento de Ciências Sociais, FFLCH 
INFOBIO Jr. Curso de Informática Biomédica da Faculdade de Medi-cina 
de Ribeirão Preto 
IO Jr. Instituto de Oceanografia 
JORNALISMO Jr. Departamento de Jornalismo da Escola de Comu-nicações 
e Artes 
JUNIOR FEA Faculdade de Economia e Administração de Ribei-rão 
Preto 
MARKETING Jr. USP, Departamento de Marketing da Escola de Co-municações 
e Artes 
MED Jr. Faculdade de Medicina 
ODONTO Jr. Faculdade de Odontologia 
POLI Jr. Escola Politécnica 
QUIMICA USP Jr. Instituto de Química 
RI USP Jr. Instituto de Relações Internacionais 
ZOOT Jr. e Qualimentos Jr, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de 
Alimentos de Pirassununga 
Equipe Ação e Contexto 
34 o mundo da usinagem abril.2012/86
nome da matéria 
abril.2012/86 o mundo da usinagem 35
Antonio Larghi 
nossa parcela de responsabilidade 
Conecte-se 
No ano 2000 o mundo contava 
com 360 milhões de usuários na 
internet. Hoje já são mais de 2,2 bi-lhões, 
ou um terço de toda a popu-lação 
do planeta. 
No fim do ano passado a rede 
mundial de computadores já soma-va 
555 milhões de páginas na inter-net 
e sites como o Youtube romperam 
a marca de 1 trilhão de visualizações. 
Por incrível que pareça, é muito 
provável que esses 
percentuais já este-jam 
defasados en-quanto 
você lê esse 
artigo, o que prova 
que a velocidade da 
informação é avassa-ladora 
e a interação 
constante com a tec-nologia 
tornou-se tão 
Se engana 
quem pensa que 
conectividade e 
informação estão 
diretamente atreladas 
aos recursos 
individuais 
cotidiana quanto as relações humanas. 
Nesse sentido, é desnecessário 
dizer o quanto a internet tornou-se 
presente e imperativa nas nossas 
vidas, seja no ambiente de traba-lho, 
pessoal ou nos mecanismo de 
comunicação e entretenimento que 
passamos a utilizar. 
Todavia, se engana quem pensa 
que conectividade e informação estão 
diretamente atreladas aos recursos in-dividuais. 
A forma como nos propo-mos 
a participar desse processo é que 
o torna vital ou dispensável. Não de-vemos 
impor barreiras (tecnológicas 
ou de conhecimento), muito menos 
acreditar que as soluções residem só 
nas “novidades”. É importante buscar 
a utilização cada vez maior do discer-nimento 
e a participação colaborativa 
nas relações que acontecem todos os 
dias nessas redes. 
Conectar-se não significa sim-plesmente 
estar na frente de um 
computador, possuir os mais avan-çados 
recursos da 
tecnologia ou se rela-cionar 
com pessoas 
através do ambiente 
virtual. Pode-se gas-tar 
muito tempo “co-nectado” 
sem nunca 
desenvolver novas 
ideias ou a elas acres-centar- 
se algo.A inte-ração 
produtiva é a construção de 
uma cadeia capaz de compartilhar 
o conhecimento e criar novos espa-ços. 
É nesse ambiente de edificação 
coletiva que se criam as bases para 
o avanço do conhecimento. 
No caso da indústria, a internet 
é uma ferramenta para prospectar 
oportunidades, ampliar o campo de 
atuação e desenvolver a inovação; no 
caso individual, um meio de manter-se 
atualizado e disseminar conheci-mento, 
além de somar forças para 
tornar reais os objetivos comuns. 
Fernando G. Oliveira 
Assim crescemos como pessoas, 
como mercado e como sociedade. 
Saber canalizar as oportunidades 
trazidas pela internet pode signfi-car 
um novo trampolim de conduta 
para uma nova realidade. Não se 
trata apenas de fazer parte de um 
ambiente comum, mas de incorpo-rar 
as mudanças trazidas e ofereci-das 
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36 o mundo da usinagem abril.2012/86
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COFAST Tel: 11 4997-1255 
Santo André - SP 
COFECORT Tel: 16 3333-7700 
Araraquara - SP 
COMED Tel: 11 2442-7780 
Guarulhos - SP 
CONSULTEC Tel: 51 3321-6666 
Porto Alegre - RS 
COROFERGS Tel: 51 3337-1515 
Porto Alegre - RS 
CUTTING TOOLS Tel: 19 3243-0422 
Campinas – SP 
DIRETHA Tel: 11 2063-0004 
São Paulo - SP 
ESCÂNDIA Tel: 31 3295-7297 
Belo Horizonte - MG 
FERRAMETAL Tel: 85 3226-5400 
Fortaleza - CE 
GALE Tel: 41 3339-2831 
Curitiba - PR 
GC Tel: 49 3522-0955 
Joaçaba - SC 
HAILTOOLS Tel: 27 3320-6047 
Vila Velha - ES 
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Campo Grande - MS 
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PRODUS Tel: 15 3225-3496 
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PS Tel: 14 3312-3312 
Bauru - SP 
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SANDI Tel: 31 3295-5438 
Belo Horizonte - MG 
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Revista da usinagem 86

  • 1. Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147 86 Educação e Tecnologia Escola SENAI Suíço - Brasileira: curso superior em mecânica de precisão amplia oportunidades Negócios da Indústria ISO 26000: Brasil e Suécia na vanguarda socioambiental Soluções de Usinagem I BRAFFEMAM Bons resultados reforçam parcerias
  • 3. Índice edição 86 04/2012 4 Soluções de Usinagem I 18 Soluções de Usinagem II 04 Soluções de Usinagem 1 Braffemam: parceria de resultados 12 Negócios da Indústria ISO 26000 - Brasil e Suécia em colaboração 18 Soluções de Usinagem 2 Rosqueamento de alta performance com o uso de machos de corte 22 Educação e Tecnologia Os novos rumos da mecânica 30 Conhecendo um Pouco Mais Jovens empreendedores 32 Nossa Parcela de Responsabilidade Conecte-se 34 Anunciantes / Distribuidores / Fale com Eles 12 Negócios da Indústria 22 Educação e Tecnologia 30 Conhecendo um Pouco Mais Acompanhe a Revista O Mundo da Usinagem digital em:www.omundodausinagem.com.br Contato da Revista OMU Você pode enviar suas sugestões de reportagens, críticas, reclamações ou dúvidas para o e-mail da revista O Mundo da Usinagem: faleconosco@omundodausinagem.com.br ou ligue para: 0800 777 7500 EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de seis edições ao ano e distribuição gratuita para 15,000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP Editor-chefe: Fernando Oliveira Co-editora: Vera Natale Coordenação editorial, redação, produção gráfica e revisão: Ação e Contexto (Fernando Sacco, Gustavo R. Sanchez, João M. S. B. Meneses, Renato Neves, Thais Kuperman, Vivian Camargo) Jornalista responsável: Fernando Sacco - MTB 49007/SP Projeto gráfico: Renato Neves Impressão: Ipsis Gráfica e Editora Ferramenta Silent Tools Crédito: AB Sandvik Coromant abril.2012/86 o mundo da usinagem 3
  • 4. soluções de usinagem I Braffemam Entrosamento entre cliente e fornecedor promove o desenvolvimento de ambos Torneamento/faceamento de uma das peças para máquinas Braffemam utilizando porta-ferramenta CoroTurn RC Fixação Rígida, com pastilha WNMG ambos da Sandvik Coromant 4 o mundo da usinagem abril.2012/86 Gilmário Daru
  • 5. Fresa CoroMill 365 para usinagem de diversos componentes de máquinas de corte e dobra Braffemam ca pelo nível de assistência técnica que proporciona, tendo inclusive elaborado um manual técnico de aplicação para prensas viradeiras. Ainda que pareça ser um proces-so de menor importância quando comparado à usina-gem em máquinas CNC, são poucos os que detêm expertise em máquinas para corte e dobra. Não raro, alguém acaba danificando partes da máquina ou ge-rando refugos por ignorar como operá-la ou porque des-conhece a tecnolo-gia específica da aplicação desse tipo de máquina. Mesmo a norma NR12, que procura orientar a cons-trução de prensas, ainda deixa la-cunas que, segundo a engenharia da empresa, deveria contemplar. De acordo com Nézio P. de Sou-za, um dos diretores da empresa, o perfil dos clientes mudou bastante desde que a empresa foi fundada. No passado, o empreendedor, de posse de algum capital, concebia a ideia de produzir determinados componentes, comprava algumas máquinas e começava a buscar clien-tes. Nesse período, um prazo de entrega de 30 a 60 dias para uma dobradeira, por exemplo, era per-feitamente aceitável. Hoje, o processo se inverteu: tudo é muito veloz. O empreende-dor participa de uma concorrência com base em um estudo prévio, contemplando plano de produção, previsão de custos e ganhos pos-síveis; faz uma análise de investi-mentos e, se necessário, parte em busca de uma máquina que o aten-da a contento. Nesse tipo de situação, no entan-to, a fim de dar conta do prazo pro- Localizada no Parque Industrial Botiatuva, Campo Largo, Paraná, em uma área de 80.000 m² e instala-ções de 12.000 m², a Braffemam – Fá-brica Brasileira de Máquinas e Ar-tefatos Metalúrgicos Ltda – produz máquinas de corte, dobra, estampa-ria e reciclagem. Entre os principais produtos, destacam-se: as prensas hidráulicas tipo “C”; as prensas vi-radeiras; as prensas enfardadeiras, muito utilizadas em processos de reciclagem e as guilhotinas. Fabri-cantes pioneiros na introdução de máquinas hidráulicas no segmen-to, todos os produtos são fruto de know-how próprio e podem ter co-mando acionado via CNC (Coman-do Numérico Computadorizado), com memória de processos e até 3 eixos programáveis - x, y e r - ou via CLP (Controladores Ló-gicos Programáveis). As prensas viradeiras que pro-duzem, garantem precisão na casa de 0,1 mm e repetibili-dade de 100%. Com 25 anos de existência e aproxi-madamente 90 fun-cionários, a empresa vem conseguindo se destacar graças à habilidade que pos-sui de interpretar as necessidades do mercado e à com-petência adquirida para se adaptar às exigências impostas a toda em-presa que tenha de enfrentar uma concorrência agressiva e globaliza-da. A companhia também se desta- abril.2012/86 o mundo da usinagem 5 Gilmário Daru A usinagem responde por 20% a 30% dos custos totais de produção e é a operação mais demorada Gilmário Daru
  • 6. soluções de usinagem I metido, o investidor não tem tempo para esperar e, sendo assim, com-pra de quem tem máquinas para pronta entrega. Há investidores que nem se importam tanto com marca, preço ou qualidade, desde que a máquina resista até o final do pro-jeto e o fornecedor possa entregá-la imediatamente. Esse fato pressiona empresas como a Braffemam, que prima pela qualidade e a tecnologia de seus produtos. Segundo Nézio de Sou-za, ciente dessa situação, a empre-sa mantém de 50 a 60 máquinas em estoque, prontas para entrar em operação. Esse fato tem contribuí-do para o aumento do faturamento da empresa. O cliente vem, escolhe, compra e pode levar a máquina na hora se assim o desejar. Outro fato é a inversão da ten-dência à terceirização. Muitas empresas estão internalizando a produção de peças e componentes antes subcontratados. Talvez isso venha ocorrendo devido à maior possibilidade de controle de pra-zos e custos que a verticalização pode oferecer. Entre essas empre-sas existem muitas que, dado o bom relacionamento de longa data, optam pelos produtos Braffemam. Como é praxe nesse mercado, a empresa tem sofrido com os altos im-postos nacionais e com a concorrência vinda de outros países, como Turquia e China, ou com produtos de mar-cas europeias, porém produzidos na China. O diretor afirma que “no pas-sado concorríamos com duas ou três marcas, hoje precisamos vencer mais de vinte, contudo, o número de fa-bricantes nacionais é praticamente o mesmo”. Nesse caso, o diferencial da empresa de Campo Largo, além da qualidade, são os serviços. Estando em solo nacional e falando o mesmo idioma, o atendimento é muito mais rápido. O trânsito de informações, a reposição de peças, a assistência téc-nica permanente, ou mesmo um trei-namento, quando necessário, é muito mais acessível e prático. Embora o avanço da tecnologia te-nha barateado itens como os compo-nentes eletrônicos, a matéria-prima ainda é um item de custo significati-vo, uma vez que são usadas chapas de aço estrutural ASTM A 36 com certi-ficação. Do ponto de vista da fabrica-ção, a usinagem responde por 20% a 30% dos custos totais de produção e é a operação mais demorada pois, em Gilmário Daru 6 o mundo da usinagem abril.2012/86 Gilmário Daru Máquina de corte produzida pela Braffeman Máquinas de dobra Braffeman, na linha de montagem
  • 7. geral, é por ela que se começa a pro-dução. O tempo médio de fabricação - lead time - de uma dessas prensas é de aproximadamente três meses apesar de, em situações especiais, ser possível diminuir esse tempo para 30 dias. Cerca de 80% de todo o trabalho é executado internamente. Os outros 20% correspondem a alguns compo-nentes que são obtidos com terceiros, como os motores elétricos e os CLPs, por exemplo. Para manter o ritmo de produção em níveis adequados, há um PCP (Planejamento e Controle da Pro-dução) muito bem elaborado para o suprimento de peças e componen-tes adquiridos fora da empresa. Por um lado, é preciso estar apto a res-ponder rapidamente às oscilações de demanda do mercado, por outro, é preciso trabalhar de modo enxu-to, sem que haja sobras ou falta de estoques. Esse tem sido um desafio que a Braffemam tem enfrentado a contento e com a simplicidade que a prática de produção lhe proporcio-nou. Dividindo os estoques em três níveis, A, B e C e separados por kits correspondentes a cada modelo de máquina a ser montado, sem inves-timentos em softwares complexos e caros consegue-se produzir com efi-cácia e a custos competitivos. Há uma vasta gama de mate-riais utilizados na fabricação das prensas, como materiais fundidos, laminados, bronze, plastiprene, entre outros. Um cuidado especial é tomado quanto ao material uti-lizado e o tratamento térmico das Supervisor Adriano Wagner Velho e operador Geferson Marques Oliveira discutem como melhorar os processos de fabricação ferramentas de dobra e corte. A lâ-mina da guilhotina, por exemplo, é produzida por um fornecedor es-pecializado nesse tipo de aplicação. Em geral, é utilizado o aço VF800, similar aos aços VW3 ou VC131, frequentemente utilizados em fer-ramentas de corte e repuxo. Prensas hidráulicas podem ser aplicadas na fabricação de uma grande variedade de peças de diferen-tes formas, tama-nhos, espessuras e pesos e, para isso, a empresa supre o mercado com pren-sas que proporcio-nam pressões máxi-mas que vão de 15 a 600 toneladas. No caso das guilhoti-nas, A maior parte da usinagem é feita em máquinas CNC, tecnologia que garante rapidez e precisão a capacidade da máquina é me-dida pela espessura de corte. Nessa categoria as prensas trabalham com chapas de até ½ polegada (12,7 mm). Frequentemente, quem investe em uma guilhotina investe também em uma prensa viradeira, ou seja, compra um casal de máquinas, pois é natural que componentes feitos de chapas necessitem ser cortados e também dobrados, como no caso da produção de cubas de pia ou de carrinhos de mão (carriolas). Apesar de se con-centrar na produção e venda de sua linha de produtos, a em-presa também pres-ta serviços na área de corte e repuxo, mantendo uma linha de máquinas para atender a esse tipo de demanda do mer-cado, pois há casos de clientes que preferem pagar para que executem a peça, ao invés de comprarem prensas para esse fim. O abril.2012/86 o mundo da usinagem 7 Gilmário Daru
  • 8. soluções de usinagem I Ivo Duze, da Coromant, e Nezio de Souza, diretor Braffeman, acertam detalhes sobre otimização dos processos de usinagem cliente investe na matriz (ferramenta de corte e repuxo) e leva para prensar na Braffemam. A maior parte da usinagem é feita em máquinas CNC, tecnologia que garante rapidez e precisão. No caso das engrenagens, costuma-se usinar todo o componente menos os dentes, que são enviados para se-rem cortados por terceiros. Ao ser perguntado sobre qual é, entre as variáveis de marketing, aquela que exerce maior persua-são sobres os clientes na hora da compra, Nézio de Souza relatou que “ter um site bonito na Internet, possuir catálogos e anúncios bem feitos são fatores que ajudam, mas muitos clientes acabam tomando a decisão de compra depois de visitar outras empresas que trabalham há anos com os produtos Braffemam e manifestam satisfação quanto ao desempenho e aos baixos custos de manutenção de tais máquinas”, ou seja, as informações colhidas no campo, conversando com operado-res, e demais dados obtidos com terceiros dignos de crédito consti-tuem importante arma de vendas. Ciente disso, ao receber visita de algum cliente em potencial, a em-presa costuma oferecer uma lista dos atuais usuários que possam ser eventualmente visitados. Com mais de mil máquinas colocadas no mer-cado, não é muito difícil encontrar boas referências. A precisão dos componentes garante a qualidade das máquinas como um todo. A usinagem tem pa-pel importante no processo, já que de 15% a 50% do volume bruto de mui-tos desses componentes são transfor-mados em cavacos. Com todo esse volume de cavacos a ser removido, torna-se interessante uma boa assis-tência, principalmente no momento da escolha e da aplicação das ferra-mentas de corte. Embora o contato com fornecedores de ferramentas de metal duro tenha iniciado quando a empresa ainda contava apenas com os tornos convencionais, foi com a introdução das máquinas CNC que esse relacionamento se intensificou. Máquinas mais sofisticadas exigem maior rigor técnico na escolha da ge-ometria da ferramenta, tanto quanto dos respectivos parâmetros de corte. O objetivo é obter o retorno do in-vestimento o quanto antes. Em má-quinas CNC, sempre que possível, a usinagem deve ser mais suave, mais precisa, mais rápida e com um bom fluxo de escoamento de cavacos. Gilmário Daru A usinagem de perfis roscados exigem ferramentas de precisão como o porta-ferramenta CoroThread 266 , específico para rosqueamento interno Gilmário Daru 8 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 9.
  • 10. soluções de usinagem I Ivo Marin Duze, da Gale Ferramentas, e Adriano Wagner Velho, supervisor de usinagem da Braffemam: trabalho em conjunto Proporcionar esse tipo de resultado é justamente a especialidade dos re-presentantes da Sandvik Coromant. Esse foi um dos principais fatores que contribuíram para a intensifica-ção do relacionamento da Gale com a Braffemam. Ivo Marin Duze, vendedor téc-nico da Gale Ferramentas Ltda – re-presentante da Sandvik Coromant na região –, tem acompanhado de perto o desenvolvimento da usi-nagem na Braffemam. Partindo de uma participação ínfima, a Gale foi conquistando a posição de fornece-dora preferencial, graças não só ao desempenho superior das pastilhas de metal duro da Sandvik Coromant mas, sobretudo, devido à assistência técnica prestada por Ivo Duze, que acompanha regularmente o fluxo da produção nas linhas CNC. Em tra-balho conjunto com Adriano Wag-ner Velho, supervisor de usinagem, Gilmário Daru discutem alternativas de processos e estratégias de corte, que acabam contribuindo para a redução dos tempos de fabricação, melhor con-trole da formação de cavacos e au-mento da vida útil das pastilhas. Em usinagem é possível se obter grandes melhorias em produtivida-de com pequenos ajustes nos parâ-metros de corte, troca de geometrias de quebra-cavacos, ou substituição da classe de metal duro mas, além disso, existem ainda detalhes que só podem vir à tona estando-se ao pé da máquina e discutindo-se al-ternativas com o pessoal que atua direto no chão de fábrica. Cada pe-quena alteração no conjunto máqui-na / ferramenta / fixação / peça pode resultar em sensíveis melhorias nos processos como um todo, mas só a persistência na busca do intervalo de máxima eficiência produtiva do con-junto é que poderá levar a esse ponto e, sem um bom trabalho de coopera-ção, isso não é possível. Ivo Duze reputa o seu sucesso na aplicação dos produtos Sandvik Coromant junto à Braffemam ao bom relacionamento e à confiança que foi desenvolvendo com o pessoal da fá-brica, pois a cada resultado positivo que obtinha, conseguia o aval para uma nova sugestão de melhoria e assim foi aos poucos se integrando como um suporte bem-vindo no en-frentamento diário dos desafios im-postos pela usinagem. Nem sempre se consegue esse nível de interação entre fornecedores e clientes, contu-do, quando isso é possível, a soma de experiências de quem produz com quem fornece o ferramental in-variavelmente resulta em um mútuo comprometimento que leva à me-lhoria da competitividade. Engo. Francisco Marcondes 10 o mundo da usinagem abril.2012/86 Gilmário Daru Porta-ferramenta CoroThread 266 e respectivas pastilhas usados na confecção de rosca trapezoidal, em fusos e porcas, componentes das máquinas Braffemam
  • 11.
  • 12. Norma lançada em 2010 prevê diretrizes de responsabilidade social tais era uma poderosa ferramenta competitiva, sendo capaz de redu-zir custos e agregar status à imagem da empresa. Nesse sentido, o Brasil foi um dos primeiros países a definir dire-trizes para esse campo, ao elaborar a norma ABNT NBR 16001:2004, que estabelece requisitos para um Sistema de Gestão da Responsabi-lidade Social. Porém, ainda não havia um modelo global de gestão capaz de definir diretrizes de compor-tamento socialmente responsável e, muitas das vezes, as políticas eram deliberadas pelas próprias empresas ou suas associações, podendo ser um entrave para o comércio exterior. “Imagine uma empresa expor-tadora que deva atender requisitos sociais de dez países diferentes, ou de cinquenta organizações espalha-das pelo mundo. Essa pluralidade de modelos pode causar um gran-de impacto na organização interna de uma corporação”, explica José Carlos Barbieri, professor do De-partamento de Administração da Produção e Operações da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). negócios da indústria ISO 26000 Brasil e Suécia em colaboração O entendimento de que corpora-ções são agentes sociais no proces-so de desenvolvimento não é novo. Entre as décadas de 1950 e 1960, empresas dos Estados Unidos e da Europa começaram a elaborar seus primeiros relatórios sociais, tornan-do públicas as condutas relativas ao capital humano, tecnológico e ao meio ambiente. Já nos anos 1990, época em que os investimentos sociais e a filantro-pia corporativa ganharam destaque junto à opinião pública, muitas em-presas se deram conta de que a ado-ção de boas práticas socioambien- Petrobras e ABNT realizam Seminário sobre a ISO 26000. Ao centro, coordenadora do Relatório de Sustentabilidade da Petrobras e representante da Indústria na delegação brasileira na ISO 26000, Ana Paula Grether 12 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 13. Pensando nisso, a ISO começou a elaborar a norma de gestão sobre responsabilidade social. O pon-to de partida foi uma conferência realizada em 2004 em Estocolmo, na Suécia, na sede do Swedish Ins-titute of Standardization (SIS), o instituto de padrão sueco, quando se decidiu pela elaboração da nor-ma ISO 26000. O engenheiro Jorge Cajazeiras, gerente corporativo de Competitividade da Suzano Papel e Celulose, foi eleito presidente do grupo. Sua escolha reconhecia os esforços do Brasil pelo lançamento da ABNT NBR 16001 em 2004. Vale Eliane Belfor, diretora-titular do Comitê de Responsabilidade Social da Fiesp: “Elaboração da norma reuniu representantes oriundos de diferentes grupos de partes interessadas” Everton Amaro Agência Petrobras ressaltar que, pela primeira vez, um país em desenvolvimento esta-ria à frente da coordenação de uma norma internacional. Já a Suécia, país reconhecido por ter uma educação voltada à sensi-bilização sobre desenvolvimento sustentável, cidadania e direitos hu-manos, assumiu a vice-presidência e o secretariado do grupo, na pes-soa de Staffan Söderberg, consul-tor de sustentabilidade da empresa sueca Skanska AB. O secretariado foi delegado à Kristina Sandberg, executiva do SIS, o instituto de pa-drão sueco. abril.2012/86 o mundo da usinagem 13
  • 14. negócios da indústria A parceria entre Brasil e Suécia para discussão da norma durou seis anos e se transformou no maior fó-rum global sobre responsabilidade social. As oito reuniões realizadas se estenderam para países como Tailândia, Portugal, Áustria, Aus-trália e Brasil. Uma das inovações trazidas pela parceria foi a premissa da discus-são coletiva (multistakeholder), bem como a união de forças entre um país desenvolvido e outro em pro-cesso de desenvolvimento. Para Rob Steele, secretário-geral da ISO, “caso não houvesse esse envolvimento o cenário seria dife-rente. Organizações de países de-senvolvidos ou com controle muito significativo sobre a cadeia de su-primentos poderiam impor sua de-finição de responsabilidade social (...) então as discussões levaram em conta necessidades e o contexto social de todos os envolvidos”. O resultado desse trabalho con-cretizou- se em novembro de 2010 com o lançamento da norma em Genebra, na Suíça.Um mês depois, em 8 de dezembro, a norma foi ofi-cializada no Brasil em cerimônia na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostrando o valor da ISO 26000 na cadeia produtiva nacional. Foco no desenvolvimento humano A ISO 26000 trata de diretrizes para empresas de todos os ramos, portes, origens e culturas. A nor-ma contempla sete temas centrais, que vão da governança organiza-cional até o envolvimento e o de-senvolvimento da comunidade. Para cada um deles existem diver-sas questões associadas (ver box). Cabe a cada empresa elencar os pontos pertinentes e prioritários à sua área de atuação. Participaram do desenvolvi-mento da norma 450 especialistas de 99 países (o maior comitê da his-tória da ISO), como explica a dire-tora- titular do Comitê de Respon-sabilidade Social da Fiesp, Eliane Belfor: “Esses representantes eram oriundos de diferentes grupos de partes interessadas, tais como con-sumidores, governos, indústrias, trabalhadores, academia, ONGs, além de órgãos como Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas (ONU), entre outros”. Ao contrário das normas mais conhecidas, a ISO 26000 é orientati-va e não certificadora, ou seja, não depende da avaliação de órgãos certificadores e nem dispõe de selos que atestem a adesão a ela. “Se alguma organização disser que tem um selo ou certificado da ISO 26000 está cometendo um equí-voco e indo contra o que a norma estabelece. A empresa poderá sim, por exemplo, declarar que utiliza a ISO 26000 como guia para integrar a responsabilidade social em seus valores e práticas”, alerta Andréa Santini Henriques, pesquisadora da Diretoria da Qualidade do Inmetro, empresa que participou da elabora-ção da norma como especialista da categoria Governo. Da teoria à prática Para a indústria brasileira, a ISO 26000 promete ser uma importante ferramenta para balizar a gestão so-cioambiental. A Petrobras foi uma das pioneiras na adoção da norma, Arquivo Pessoal Presidente do grupo que elaborou a norma ISO 26000, engenheiro Jorge Cajazeiras, gerente corporativo de Competitividade da Suzano Papel e Celulose 14 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 15. Petrobras: companhia de Petróleo e Gás também vai elaborar um programa de avaliação dos seus fornecedores em relação aos princípios de responsabilidade social da ISO 26000 participando da delegação brasilei-ra como representante do segmento Indústria. A empresa se baseou na norma para a implementação dos programas Petrobras Agenda 21, Petrobras Desenvolvimento e Cida-dania e Petrobras Ambiental. Além disso, 80 requisitos de excelência em responsabilidade social aprovados pela Diretoria Executiva da empresa em 2009 foram guiados pela diretriz. “A ISO 26000 foi uma referên-cia para a política de responsabili-dade social da Petrobras constru-ída em 2007. O momento atual é de capacitação de nossos públicos interno e fornecedores” explica Ana Paula Grether, coordenadora de Práticas de Responsabilidade Social da Petrobras. A companhia de Petróleo e Gás também vai ela-borar um programa de avaliação dos seus fornecedores em relação aos princípios de responsabilida-de social da ISO 26000. No Brasil, além da Petrobras, empresas como Eletrobras e Suza-no já têm trabalhado internamente no desenvolvimento da norma. Ór-gãos como o Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Conselho Superior de Justiça do Trabalho (CSJT) também estão reformulando sua política de responsabilidade socioambiental e incluindo a ISO 26000 em seu pla-nejamento estratégico. Por ser uma norma orientativa e não certificadora, é difícil avaliar sua real adesão por parte das em-presas, entretanto, alguns números falam por si: Agência Petrobras Ana Paula Grether, coordenadora de Práticas de Responsabilidade Social da Petrobras: “O momento atual é de capacitação de nossos públicos interno e fornecedores” Agência Petrobras abril.2012/86 o mundo da usinagem 15
  • 16. negócios da indústria Arquivo Pessoal José Carlos Barbieri, professor do departamento de Administração da Produção e Operações da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) Temas centrais da ISO 26000 Internacional do Trabalho (OIT), sendo que maioria delas já foi in-corporada na legislação trabalhista brasileira, o que facilita a adesão. Na prática, a adesão da norma às políticas corporativas também bene-ficia a gestão e a produtividade, já que afeta positivamente a força de trabalho e propicia oportunidades nos mercados interno e externo. Essa adoção, preveem os especialistas, faz parte de um movimento natural que responde, sobretudo, aos anseios da própria sociedade. Fernando Sacco Jornalista • A norma já foi adotada por 36 países; • Outros 17 países planejam sua adoção; • Já foram vendidos 10 mil textos da norma. “Vale frisar que empresas que possuem suas práticas certificadas pelas normas 9000 e 14000 já cum-prem parte dos requisitos exigidos. Cabe a elas adaptar seu sistema de governança, adicionando itens con-templados na ISO 26000 que aper-feiçoem as práticas adotadas”, re-força Barbieri. Além disso, as questões relacio-nadas ao trabalho são fundamenta-das nas convenções da Organização Governança organizacional: trata de processos e estruturas de tomada de decisão, delegação de poder e controle. O tema é, ao mesmo tempo, algo sobre o qual a organização deve agir e uma forma de incorporar os princípios e práticas da respon-sabilidade social à sua forma de atuação cotidiana. Direitos humanos: inclui due dilligence, ou seja, situações de risco para os Direitos Humanos; como evitar cumplici-dade; resolução de queixas; discriminação e grupos vulne-ráveis; direito civis e políticos, direitos econômicos, sociais e culturais; princípios e direitos fundamentais do trabalho. Práticas trabalhistas: refere-se tanto a emprego direto quanto ao terceirizado e ao trabalho autônomo. Inclui empre-go e relações do trabalho; condições de trabalho e proteção social; diálogo social; saúde e segurança no trabalho; desen-volvimento humano e treinamento no local de trabalho. Meio ambiente: inclui prevenção da poluição; uso susten-tável de recursos; mitigação e adaptação às mudanças climáticas; proteção do meio ambiente e da biodiversida-de e restauração de habitats naturais. Práticas leais de operação: compreende práticas anticor-rupção; envolvimento político responsável; concorrência leal; promoção da responsabilidade social na cadeia de valor e respeito aos direitos de propriedade. Questões dos consumidores: incluem marketing leal, informações factuais e não tendenciosas e práticas con-tratuais justas; proteção à saúde e à segurança do con-sumidor; consumo sustentável; atendimento e suporte ao consumidor e solução de reclamações e controvérsias; proteção e privacidade dos dados do consumidor; acesso a serviços essenciais e educação e conscientização. Envolvimento e desenvolvimento da comunidade: refe-re- se à participação na educação e cultura; geração de emprego e capacitação; desenvolvimento tecnológico e acesso a tecnologias; geração de riqueza e renda; saúde e investimento social da comunidade. Fonte: Inmetro e Petrobras 16 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 17.
  • 18. soluções de usinagem II Rosqueamento de alta performance com o uso de machos de corte AB Sandvik Coromant Cavacos, profundidades, acabamento, precisão Os desafios Nos dias de hoje, a busca pela competitividade nos negócios é constante, vivemos a era da bus-ca por eficiência máxima e perdas mínimas, ou seja, máximo custo-benefício em todos os recursos aplicados. Preço não é o fator mais importante mas, claro, desejamos e precisamos fazer com que qualquer investimento tenha retorno certo. No setor de usinagem isso não é diferente, a concorrência global nos afeta cada dia mais, o que nos força a estar sempre “na crista da onda” no que se refere a ferramentas de última geração, buscando que elas tornem a totalidade do processo de usinagem um mar de águas tran-quilas para quem as utiliza. Nin-guém quer nem precisa de dores de cabeça extras com ferramentas, por isso elas devem fazer sua parte! Quando falamos de usinagem e de tranquilidade, lembramos daque-las operações que são normalmente as últimas nos processos e uma delas é o rosqueamento interno! Sendo uma das últimas tarefas, qualquer problema pode significar perda do componente ou tempo ex-tra para recuperação do mesmo, por isso a escolha correta não só do mé-todo para roscar uma peça como do tipo de ferramenta é fundamental. O macho de corte tem sido por décadas o mais usado, porém exis-tem outros métodos que comple-mentam e por vezes o substituem, como os machos laminadores ou as fresas para interpolar roscas, que viremos a tratar em outros artigos. A operação de rosqueamento com machos tem particularidades que a tornam desafiadora não só por ser, como dissemos acima, uma das 18 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 19. Profundidade da rosca Direção do Avanço aceleração Redução Vcs limitadas para furos cegos Rotação do eixo árvore nmax~ 3000 rpm Peça constante Quanto maior o rpm/Vc menor o tempo que o macho trabalhará em plena Vc últimas do processo e pela sua preci-são mas, também, por não podermos mexer com o avanço quando há ne-cessidade de solucionar algum pro-blema, como formação e extração de cavacos, ou qualidade da rosca, etc. Ao contrário da furação, por exemplo, em que se pode aumentar ou diminuir as Vcs (velocidades de corte) e avanços e, com essa combi-nação, melhorar a formação e extra-ção dos cavacos, com machos nos restringimos ao já limitado recurso do aumento ou diminuição da ve-locidade de corte com efeitos nem sempre efetivos. (Figura 2) Aproximadamente 40% das ope-rações de usinagem são de furação e, destas, pelo menos 50% recebem rosca que, na sua maioria, têm tole-râncias bem estreitas. Em altos vo-lumes de produção, o tempo gasto no rosqueamento é significativo. Por isso, os machos de última geração trazem em seus projetos uma ampla gama de micro e macro detalhes na geometria, que tornam a vida dos usinadores de roscas mais tranquila. A seguir, alguns desses recursos: 2 Coberturas de atrito superficiais Tratamentos superficiais • Oxidação a Vapor • Nitretação • Polimento dos canais e • Rebarbação das arestas • Com coeficientes reduzidos ao máximo para proporcionar formação e escoamento mais suaves de cavacos • Com dureza superficial altíssima, que torna a vida útil da ferramenta mais longa • Espessuras muito pequenas para evitar arredondamento da aresta dos filetes de corte 4 AB Sandvik Coromant 3 abril.2012/86 o mundo da usinagem 19 AB Sandvik Coromant
  • 20. soluções de usinagem II Substratos • HSS com adição de Cobalto, que permite trabalhos com maiores Vcs • HSS sinterizado com micro estrutu-ra, que proporciona uma vida mais longa do macho • Metal duro microgrão Geometrias • Diferentes ângulos de hélice e de canais dedicados aos diferentes tipos de materiais • Canais mais amplos e mais longos • Combinação de raios nos canais e ângulos de saída que tornam a formação dos cavacos mais controlada • Ângulos de detalonamento específicos • Alívios nas partes traseiras das roscas para permitir maiores profundidades sem riscos de quebras dos filetes • Com ou sem refrigeração interna É comum nos depararmos com negligências durante o processo de usinagem, como desco-nhecimento das características do material a ser usinado, dados de corte incorretos, proces-sos mal elaborados, aplicação de brocas com geometrias tão inadequadas que deixam a su-perfície do furo a ser roscado mais dura, uso de mandris porta-ferramentas de má qualidade, etc. Os resultados vão desde quebras, má qualidade da rosca, vida útil baixa, uma dor de cabeça muitas vezes desnecessária para os usuários. AB Sandvik Coromant AB Sandvik Coromant Convencional HSS Co Grãos: 10-20 μm Grãos: 1-3μm Muito finos e homogêneos Escala: 1000-x HSS-Co-PM 5 Canais mais longos e com ângulo de hélice acentuado Chanfro traseiro de proteção Refrigeração interna 20 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 21. Fixação dos machos Por falar em sistema de fixação, devemos ressaltar que todas as van-tagens citadas acima podem tanto ser anuladas (com a má qualidade de um madril porta-machos) como maximizadas com o uso adequado da fixação no rosqueamento. Na atualidade, com máquinas CNC modernas, a maior parte dos rosqueamentos é rígida, ou seja, ma-cho e máquina sincronizados. É um dos melhores métodos que, no entan-to, pode ser melhorado com o uso de Mandris porta-machos específicos. Mandris porta- -machos para rosqueamento rígido/ sincronizado Como foi dito anteriormente, de nada adianta a última geração de machos se o que os cerca não esti-ver de acordo e a fixação é um bom exemplo disso. Mesmo o sistema sincronizado sendo um dos melhores, ocorrem pequenas diferenças (normais e na-turais até em máquinas novas) entre o sincronismo da máquina e o passo do macho; ocorrem também desvios devido a máquinas mais velhas com folgas em que as diferenças são bem maiores, o que afeta negativamente a vida útil da ferramenta. Com o uso da fixação correta, pode-se aumentar a vida útil sig-nificativamente. Um dos melho-res mandris para esse fim é o com compensação microflutuante, que devido a um sistema interno de compensação, pode tanto se con-trair como expandir, compensando as diferenças e maximizando o de-sempenho do macho. Como se pode observar, são mui-tos os recursos disponíveis para que tenhamos o melhor custo-benefício e um final feliz no processo de ros-queamento de um componente, mas para isso é preciso que se apli-que a ferramenta correta com os da-dos de corte corretos e o recomen-dável é que a escolha e aplicação desses passos tenham respaldo de um fornecedor com tecnologia e ex-periência comprovadas, para que as outras variáveis envolvidas sejam observadas antes que provoquem refugo, perda de tempo e conse-quentes quedas de produtividade. Marcos Soto Gerende Técnico Ferramentas Rotativas Sandvik Coromant AB Sandvik Coromant AB Sandvik Coromant abril.2012/86 o mundo da usinagem 21
  • 22. educação e tecnologia Os novos rumos da mecânica SENAI inaugura curso superior de tecnologia em mecânica de precisão na Escola Suíço-Brasileira Paulo Ernesto Tolle Uma instituição que ao longo de 70 anos foi responsável pela formação de 55 milhões de alunos dispensa apresentações. Em 2012, o Serviço Nacional de Aprendiza-gem Industrial (SENAI) não come-mora apenas suas sete décadas de existência. Mais do que isso, a ins-tituição celebra a abertura de novas portas para o desenvolvimento da indústria metalmecânica. Trata-se do amadurecimento de um dos cursos mais tradicionais da rede, o de mecânica de precisão. A história do curso se funde com a inauguração da Escola SENAI Suí-ço- Brasileira, atualmente acrescida do nome Paulo Ernesto Tolle, em homenagem ao visionário educa-dor, membro da comissão de orga-nização do ITA em 1948 e diretor do SENAI de 1970 a 1992. No início da década de 1970, o curso começou a ser ministrado pela instituição e ao longo de qua-tro décadas foi responsável pela for-mação de milhares de profissionais que hoje integram todos os escalões da indústria nacional. Assim como seus alunos, o curso também ama-dureceu e em janeiro de 2012 teve início a formação superior de tecno-logia em mecânica de precisão. 22 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 23. “O perfil de tecnólogos responde a uma antiga demanda de mercado. Por conta disso, começamos em 2006 a fazer um levantamento jun-to às empresas sobre a necessidade de um profissional mais completo na área de mecânica de precisão”, explica Osvaldo Luiz Padovan, di-retor da unidade. Diferentemente do módulo téc-nico, que é gratuito e tem duração Alunos do curso técnico recebendo orientação na bancada Vivian Camargo Vivian Camargo Furadeiras e fresadoras utilizadas na prática profissional de dois anos, o curso superior é pago, se estende por três anos e tem como foco a formação de tecnólo-gos com ênfase em gestão do pro-cesso da mecânica de precisão em ambiente corporativo. Para isso, a grade tradicional do curso técnico foi ampliada e, além de matérias como processos de fa-bricação e automação industrial, fo-ram incorporadas disciplinas como, por exemplo, comunicação. “Com certeza esses alunos serão muito rapidamente absorvidos pelo mer-cado e estarão em posição de desta-que no futuro”, orgulha-se o diretor da unidade. O perfil do tecnólogo envolve o planejamento e gerenciamento nos níveis tático e operacional de ações relativas à produção, além do de-senvolvimento de projetos relativos abril.2012/86 o mundo da usinagem 23
  • 24. Vivian Camargo educação e tecnologia Desenho da maquete que, no salão de aprendizado, reproduz sua estrutura. O ingresso (1º Semestre) se dá pelo lado esquerdo e a cada novo semestre corresponde um espaço de aprendizado a sistemas mecânicos de precisão. Além disso, o profissional está ga-baritado trabalho e atuar na comercialização de produtos ou serviços antes, du-rante a gestão tecnológica da empresa. Osvaldo Padovan, diretor da Escola SENAI Suíço-Brasileira P.E.Tolle, como a maioria dos professores, ex-aluno do SENAI Com a palavra, os ex-alunos Ilustração Ação e Contexto Danilo Miranda, engenheiro de com-pras sênior da Bosch e aluno do curso técnico de mecânica de precisão entre 1996 e 1999: “Durante estes 12 anos de trabalho minha rotina envolve discussões técni-cas, nas quais aplico tudo o que aprendi na época em diferentes áreas: plástico, aço, usinagem, retífica, etc. E é nítida a diferença do egresso de uma escola técnica de boa qualidade como o SENAI, em comparação com alguém que vem de um ensino médio regular. Muitas ve-zes as pessoas não têm sequer noção de metrologia. E em uma área técnica isso faz total diferença”. para coordenar equipes de e após a venda, de acordo com Marcelo Figueiredo, gerente de qua-lidade da Aker Solutions, aluno do curso técnico de mecânica de precisão entre 1996 e 1999: “A escola possuía uma ideologia muito interessante na época, possi-bilitando um estudo de qualidade em período integral com ótimos professo-res tanto da área técnica quanto do ensino médio. Tudo isso foi funda-mental para que eu tivesse uma base sólida de conhecimento, que me pos-sibilitou entrar na faculdade e progre-dir profissionalmente”. Sidney Harb, Sales developer da Sandvik Coromant, aluno do curso de Os 35 estudantes ingressos após o primeiro vestibular iniciaram as aulas em janeiro e o curso, que já é reconhe-cido pelo Ministério da Educação, está sendo ministrado no período noturno. Os novos estudantes têm à disposição toda a tecnologia ofe- aprendizagem industrial entre 1977 e 1979 e do curso técnico de mecânica de precisão entre 1980 e 1983 “Quando fiz o curso técnico no início da década de 1980 as aulas específicas de mecânica eram dadas em conjunto com as disciplinas regulares do ensino médio. Existia nessa época uma ligação muito grande entre o conteúdo tradicional e o técnico. A parte atuante, diferentemente da engenharia, sempre foi muito forte. Aprendemos desde soldagem manual até a manutenção das máquinas, a parte eletrônica. Lembro que utilizávamos equi-pamentos de última geração, muitos dos quais não haviam nem na indústria”. 24 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 25. Qual a cor da sua capa? Os alunos da Escola SENAI Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle que cursaram a instituição até meados de 2000 conhecem bem a importância da capa. Cada nova turma recebia uma cor de capa diferente – verde, cinza, laranja ou cáqui. Assim, era possível distinguir a qual turma cada aluno pertencia. “Era uma espécie de grau de hierarquia”, relembra Sidney Harb. “Nós leváva-mos a cor até o último ano e quando a turma se formava a cor voltava a designar A prática foi abolida quando o curso técnico se dissociou do ensino médio e Se você foi ex-aluno da escola deve se lembrar bem qual foi a cor da sua capa. E que tal reencontrar os colegas novamente? Ex-alunos da Escola SENAI Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle podem procurar a instituição para promover reuniões de antigas turmas. Entre em contato pelo e-mail senaisuico@sp.senai.br ou no telefone (11) 5642-3400. Vivian Camargo alunos do primeiro ano”. a duração passou de 4 para 2 anos. a distribuição das máquinas obede-ce à lógica da progressão do conhe-cimento. À medida que o estudante evolui tecnicamente, ele avança nos diferentes ambientes. “É a teoria questionando a prá-tica e a prática questionando a teo-ria”, resume Padovan. Vivian Camargo recida aos demais alunos dos cur-sos técnicos: biblioteca com banco de dados técnico, acervo digital, intranet, laboratórios de metro-logia e de usinagem. E é na prá-tica da usinagem que os alunos se destacam. “No primeiro semestre os futu-ros tecnólogos já têm contato com máquinas convencionais: tornos, fresadoras e retificadoras cilíndri-cas e planas”, explica José Carlos Medeiros, que há 36 anos trabalha na escola e hoje é instrutor do curso técnico de mecânica de precisão. De acordo com a evolução do cur-so, novas tecnologias são apresentadas e no último semestre os estudantes participam de oficinas de usinagem avançada no laboratório denominado high speed. Nesse ambiente, é possível desenvolver técnicas de programação e operação em máquinas 5 eixos. Todos os laboratórios se encon-tram em um mesmo espaço físico e Escola SENAI Suíço-Brasileira A Escola SENAI Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle faz parte de uma rede que hoje soma 797 unidades espalha-das pelo Brasil (471 fixas e 326 mó- Arquivo Senai Peças usinadas pelos alunos Laboratório de Metrologia abril.2012/86 o mundo da usinagem 25
  • 26. Arquivo Senai educação e tecnologia Espaço de leitura na biblioteca da escola veis). A unidade finalizou 2011 com 11.400 matrículas – sendo que nos cursos técnicos 20% são mulheres. Criada em 1973, atualmente a es-cola conta com 62 professores fixos, um coordenador para atividades técnicas e outro para pedagógicas, além de dois orientadores de práti-cas profissionais. Os convênios continuam a ser praticados e se tornaram uma via de mão dupla para a instituição. A origem dessa prática remonta à par-ceria entre Brasil e Suíça em 1973, época em que empresas brasileiras e suíças uniram forças para capaci-tar docentes e elaborar os progra-mas do curso – daí o nome Escola Suíço-Brasileira. Ao longo do tempo, a insti-tuição consolidou sua imagem como provedora de soluções na atualizamos nossos profissionais e também nossos alunos”. A escola hoje mantém parcerias com empresas fabricantes de equi-pamentos e de ferramentas nas áreas de usinagem e controle dimensional. O sucesso desse modelo se re-flete dentro da instituição. Apro-ximadamente 70% do corpo do-cente é formado por ex-alunos, prova da alta qualidade técnica do curso e adequação às deman-das do mercado. A continuidade e a tradição mar-cam forte presença na Suíço-Brasi-leira P.E.Tolle, que orgulhosamente mantém máquinas de mais de 40 anos, ainda plenamente operantes, e que causaram surpresa até mes-mo aos seus fabricantes, em recen-te visita à escola. Nesse ambiente, as portentosas CNCs estão ali para mostrar que tradição e inovação não deveriam ser jamais dissocia-das: a parceria dá certo. Fernando Sacco Jornalista Interessado? Então fique atento: As inscrições para o curso superior de tecnologia em mecânica de precisão acontecem entre 9 de abril e 9 de maio. Para participar do vestibular basta ter o ensino médio completo. área da educação, destacando-se como referência até para outros países que buscam aperfeiçoar seus sistemas de educação pro-fissional. Atualmente, através da celebração de convênios, o SENAI auxilia outros países na estrutu-ração de seus sistemas de educa-ção profissional. A escola também continua aberta às parcerias com empresas e aproveita esse mecanismo para atualização, como explica Pado-van: “Sempre que novas tecno-logias aparecem no mercado nós adotamos essa sistemática. As in-dústrias sabem disso e nos procu-ram quando necessitam capacitar sua força de trabalho. Os equipa-mentos são trazidos para dentro da unidade, em comodato, e assim formamos pessoas para empresas, 26 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 27. NOVO ESTILO MAZAK: Identidade e padronização no design como foco na ergonomia. MÁQUINAS INTELIGENTES: Controles que auxiliam na operação e manutenção das máquinas, proporcionando mais eficiência e segurança. CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS: Mínimo impacto ao meio ambiente da fabricação ao uso das máquinas. SUPORTE: Suporte completo, desde a escolha da melhor solução até o pós-venda e treinamento de utilização e manutenção. ProdutIvIdade + PreCISão = PERfEIÇãO DESCUBRA MAZAK INteGreX i-200 TECNOLOGIA AVANÇADA: Liderança e alta tecnologia em máquinas-ferramenta. Flexibilidade para produzir extensa gama de peças. automação a serviço da produtividade. Descubra os diferenciais que só quem é líder pode proporcionar. Centro Técnico Caxias do Sul rua alcides Longhi, 84 - Lot. villagio Iguatemi Floresta – Caxias do Sul-rS tels.: +55 (54) 3223 5805 / 3223 5791 Mazak Sulamericana av. Juscelino K. de oliveira, 1.350 distrito Industrial - Sta. Bárbara d`oeste-SP tels.: +55 (19) 3464 9100 www.mazak.com.br
  • 28. Vivian Camargo Vivian Camargo educação e tecnologia SENAI: Educação de Precisão Fazendo uma análise conceitual do curso técnico em mecânica de precisão, bem como se valendo de elementos comparativos para tal, podemos enume-rar algumas características que fazem da Escola SENAI Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle uma referência no ensino técnico. O processo pedagógico da escola preconiza a dialética da prática versus teoria, na qual a relação do aluno com as experiências na prática se faz parte integrante do processo de teorização, em caminhada conjunta. Essa metodologia, denominada in-ternamente “Engenharia Pedagógica”, não pode deixar de ser comparada à te-oria da práxis de Piaget, suíço estudioso do processo de construção do conheci-mento, que demonstrou, ao longo das décadas de 1930-1970, que o diálogo entre o aprender e o pôr em prática se permeiam e se completam, consideran-do a prática como meio de apropriação dos conceitos vistos na teoria. O projeto pedagógico correspon-de à própria estrutura física dos ambientes de aprendizado, o que permite transparência, rapidez e co-municabilidade entre os educandos e os educadores. Essa infraestrutura é dividida de maneira singular, onde os laboratórios (Metrologia, High Speed, entre outros) e a plataforma/oficina (Torneamento, Fresamento e Retificação) das aulas práticas são centralizados, fazendo com que as outras estruturas subja-centes (incluindo as salas de aula te-órica) atuem como apoio no input de práticas e procedimentos ao longo dos quatro períodos neste processo conti-nuado de aprendizagem. Assessorias para elaboração de pro-jetos específicos de empresas privadas também fazem parte dos “obstáculos” a que os educandos são submetidos ao longo do curso, transformando esses Monografia de final de curso, com o resultado usinado desafios em laboratórios reais para a formação de um bom profissional. O corpo docente especificamente técnico recebe capacitação humaniza-da para aprimoramento da prática do ensino e aproximação com os educan-dos. Dessa maneira, eliminam-se pro-blemas com a linguagem e a absorção de conteúdo por parte destes. Conversa informal com os educan-dos José Aparecido Silva Gomes e Ivan Costa, no Laboratório de Metrologia, confirma que materiais bibliográficos e demais informações, bem como o acesso a eles, são excelentes. Por ou-tro lado, o suporte da escola para o en-caminhamento dos formandos ao mer-cado específico de atuação oferece ao alunado perspectivas de sucesso em suas carreiras profissionais. A pesquisa orientada em laboratórios leva a solu-ções técnicas apresentadas nos tra-balhos de final de curso. Vale lembrar que todo o acervo técnico das unidades está disponível e interligado para busca na rede intranet das bibliotecas. Por fim, na minúcia do detalhe, per-cebe- se que cada pequena prática ado-tada pela escola faz parte do processo educacional de um verdadeiro profis-sional, não só em seu conhecimento específico e habilidades manuais, mas também para com a conduta e iniciati-va de cada educando. Estão ali a nos lembrar, sorridentes, o resultado da soma de esforços pes-soais em uma situação educacional de ponta: os premiados no World Skills 2011 de Londres, Guilherme Augusto Franco de Souza, Medalha de Ouro em Desenho Mecânico em CAD, e Paulo Haji de Carvalho Bueno, Medalha de Prata em Tecnologia da Informação. Um verdadeiro ambiente educa-cional... um verdadeiro ambiente profissional. João M.Bezerra de Meneses Gestor Ambiental 28 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 29. abril.2012/86 o mundo da usinagem 29
  • 30. conhecendo um pouco mais Jovens empreendedores Empresas juniores fomentam a dinâmica empresarial dentro do ambiente universitário, preparando seus integrantes desde cedo para os desafios do mercado de trabalho cursos de Matemática, Estatística, Psicologia, Biologia e Direito, entre muitos outros. “Os alunos ingressam nas em-presas juniores buscando uma ex-periência prática que é diferente daquela aprendida nos estágios por também incluir o desafio da ges-tão”, relata Carlos Nepomuceno, diretor presidente da Brasil Júnior – Confederação Brasileira de Em-presas Juniores. “Com o passar do tempo, estes jovens acabam se tor-nando empreendedores, desenvol-vendo seu lado inovador e direcio-nando esforços para transformar o ambiente ao seu redor”, acrescenta. Contato com o mercado Para Mariana Gazola, diretora de Marketing da Mecatron – Empre-sa Júnior do curso de Engenharia de Controle e Automação da Unicamp Em um ambiente universitá-rio, tão importante quanto apren-der aquilo que é transmitido pelos professores dentro da sala de aula é transformar estes conhecimentos teóricos em experiências práticas. Foi com esse objetivo que no final dos anos 60 surgiu na França, no âmbito da Escola Superior de Ci-ências Econômicas e Comerciais de Paris, o conceito e a primeira Em-presa Júnior. A ideia era envolver os jovens universitários em atividades que desenvolvessem competências como liderança, capacidade de ges-tão, oratória e trabalho em equipe. Anteriormente restritas aos cur-sos de Administração, as empresas juniores ganharam espaço ao lon-go do tempo e migraram para as mais diversas graduações. Além das tradicionais empresas juniores dos cursos de Administração e En-genharia, atualmente essas organi-zações também estão presentes nos 30 o mundo da usinagem abril.2012/86 ShutterStock
  • 31. Divulgação Mecatron Mecatron conta com 35 estudantes-colaboradores, que recebem orientação de professores da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp – esse tipo de organização funciona como uma ponte entre a universi-dade e o mercado. “A graduação preza o desenvolvimento da teoria científica, enquanto a empresa jú-nior enfatiza o contato com o mer-cado”, avalia. Nos cursos de Engenharia, por exemplo, as empresas juniores via-bilizam a aplicação de conceitos e ferramentas técnicas em situações do dia-a-dia empresarial. “Elas fornecem aos estudantes uma pre-paração para os desafios que os engenheiros enfrentarão de fato no mercado”, explica Tamiris Mori, diretora-presidente da EESC Jr. – Empresa Júnior da Escola de Enge-nharia da USP de São Carlos. Para ingressar em uma empre-sa júnior, o estudante deve passar por um processo seletivo seme-lhante ao de qualquer outra em-presa. Os interessados devem se inscrever, passar por dinâmicas de grupo, entrevistas, para então se-rem escolhidos ou não como mem-bros da organização. “Além de pessoas aptas para o trabalho, se-lecionamos aquelas que demons-tram vontade e comprometimento com o aprendizado”, afirma a di-retora da Mecatron. Qualidade a preço acessível Acredita-se que o surgimento das empresas juniores tenha contri-buído para a diminuição da taxa de mortalidade entre micro e pequenas empresas. “Muitas empresas nas-ciam e depois de dois ou três anos fechavam suas portas, pois não con-seguiam se manter competitivas no mercado”, conta Wilamar Valença dos Santos, presidente da FEJESP – Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo. Com os serviços prestados pelas empresas juniores, estas empresas passaram a ter acesso a projetos e consultoria de alta qualidade a pre-ços muito inferiores aos estabeleci-dos pelo mercado. “Como todos os colaboradores das empresas junio-res são voluntários, o preço do ser-viço é o custo do projeto”, destaca o presidente da FEJESP. A qualidade dos serviços, por sua vez, é altíssima, pois conta com o know-how técnico vindo das me-lhores universidades do País. “Os alunos têm a vantagem de estarem constantemente em contato com as novidades e últimas tecnologias da área”, aponta Wilamar Valença dos Santos. “Por isso, as empresas juniores são ótimas opções de con-sultoria para quem está abrindo um negócio”, conclui. Além disso, os projetos contam com a orientação e o acompanha-mento de professores ou de alunos abril.2012/86 o mundo da usinagem 31
  • 32. Divulgação Brasil Júnior conhecendo um pouco mais Com os serviços prestados pelas empresas juniores, micros e pequenas empresas têm acesso a projetos e consultoria de alta qualidade a preços mais acessíveis mais próximos de se graduarem, com quem os estudantes validam os resul-tados, a fim de garantirem a qualida-de final do serviço. Outra forma de aprendizado para os empresários ju-niores se dá com o acúmulo de expe-riências e com o feedback dos clientes. Análise de prioridades Como às vezes pode ocorrer de a demanda ser maior do que a capaci-dade da empresa júnior, alguns crité-rios são estabelecidos para determi-nar quais projetos terão prioridade. “Na Mecatron, os projetos pas-sam por uma análise de viabilidade, na qual são estudados três fatores principais: financeiro (retorno do projeto para a empresa), mercado (área do portfólio da empresa em que o projeto se encontra) e pro-dução (recursos disponíveis para a realização do projeto)”, explica Ma-riana Gazola. A EESC Jr. implementou em 2011 um plano interno com o obje-tivo de definir os projetos que po-deriam ser realizados, aumentando a agilidade de seus gerenciamen-tos. “Passamos a analisar variáveis como lucro e viabilidade financeira, entre outras”, conta Tamiris. “Com a redução e definição do portfólio foi possível também selecionar pro-jetos de maior potencial comercial no mercado”, explica. O Movimento Empresa Júnior brasileiro conta atualmente com mais de 170 empresas divididas em núcleos, federações e integradas por meio da confederação brasilei-ra – a Brasil Júnior. Criada em 2003, essa entidade tem como função re- Mudando a cara do País Carlos Nepomuceno, Brasil Júnior: “Alunos ingressam nas empresas juniores buscando uma experiência diferente daquela aprendida nos estágios" presentar o movimento perante o governo federal e os conselhos de profissionais, além de regulamen-tar as empresas juniores filiadas. À época, existiam no Brasil mais de 23.000 empresários juniores em quase 600 empresas juniores. “A Brasil Júnior procura fomen-tar a geração de negócios e parce-rias e facilitar a difusão de conhe-cimento por meio de programas e projetos de desenvolvimento das Membros das empresas juniores são pessoas que acreditam que podem mudar o País por meio do seu próprio de-senvolvimento. Assim, as empresas juniores procuram formar profissionais preparados para a realidade do mercado e do mundo, sendo constantemente estimulados a darem um retorno à sociedade da qual fazem parte. Por isso, algumas dessas organizações desenvolvem projetos sociais, que têm como objetivo auxiliar diversos aspec-tos da população envolvida. 32 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 33. 50 anos fabricando máquinas-ferramenta EXPOSITOR: www.ergomat.com.br A inovação constante de seus produtos é uma tradição Ergomat. Aos 50 anos de existência, o desenvolvimento de novas tecnologias e conceitos continua sendo ambição dos nossos engenheiros e técnicos, motivados pelos resultados obtidos e bem visíveis: mais de 17.000 máquinas produzidas, a fidelidade de clientes nos 5 continentes e uma estrutura invejável de apoio em tecnologia de aplicação, assim como de assistência técnica constante. Rua Arnaldo Magniccaro, 364 CEP 04691-902 São Paulo - SP Fone +55 11 5633.5000 Fax +55 11 5631.8553 vendas@ergomat.com.br
  • 34. conhecendo um pouco mais empresas juniores”, destaca Carlos Nepomuceno, presidente em exer-cício da instituição. A confederação também é res-ponsável pela organização do En-contro Nacional de Empresas Junio-res (ENEJ), que acontece uma vez ao ano. O evento conta com a presen-ça de personalidades importantes do mundo corporativo, que vão ao evento para explicar o funcionamen-to de determinado setor e transmitir suas experiências profissionais. Outro ponto importante é a pro-moção da interação entre as empre-sas juniores, já que diversas vezes essas organizações experimentam dificuldades e práticas semelhantes e, portanto, podem ser beneficiadas mutuamente com a troca de conheci- O grande universo das juniores da USP, maior universidade da América Latina O Núcleo das Empresas Juniores da USP –http://nu-cleouspjr. com.br– congrega 21 empresas juniores sob o seguinte lema: Empresa Júnior sim. Amadora, não. No início da década de 1990, a USP contava com apenas dez empresas juniores e hoje elas começam a aparecer até mesmo em áreas que se mantinham tradicionalmente distantes do mundo empresarial, como a FFLCH-Faculdade de Filosofia, Letras e Ciên-cia Humanas, que já tem a sua: o Instituto Júnior de Pesquisas Sociais, que se dedica ao estudo e formu-lação de projetos de uma ampla gama de estudos so-ciais, das pequenas comunidades à sustentabilidade socioambiental, pesquisas de opinião, etc. A menção à ausência de amadorismo não é recur-so de marketing. Essas empresas congregam alunos com forte motivação, clara capacidade de entender a sociedade e o mercado e capazes de submeter seus projetos, sem dependências e sem falsa modéstia, aos seus mestres, normalmente grandes especialis-tas em suas áreas. Uma delas, a FEA USP Jr, levou todos os primeiros prêmios no Encontro Paulista de Empresas Juniores, realizado em julho de 2011: Projeto Interno, Projeto Externo e Modelo de Gestão, firmando-se como a me-lhor empresa júnior do estado de São Paulo. Por enquanto.... porque essas empresas são verdadeiros laboratórios de formação, em constante aprimoramento, onde os contratantes recebem trabalho de primeira qua-lidade, com supervisão de ponta e... preço júnior. mento. “No evento são ministradas palestras, workshops e apresentações de casos de sucesso de empresas ju-niores com o objetivo de comparti-lhar experiências, contribuindo para o desenvolvimento do movimento”, finaliza Wilamar Valença dos Santos. Thais Paiva Jornalista Consulte-as: COM ARTE Jr. Curso de Editoração da Escola de Comunicações e Artes ECA Jr. Escola de Comunicações e Artes EESC Jr. Escola de Engenharia de São Carlos ESALQ Jr. Consultoria Escola Superior de Agronomia Luiz de Quei-roz- Piracicaba FARMA Jr. Faculdade de Farmácia FEA Jr. Faculdade de Economia e Administração IAG Jr. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas ICMC Jr. ESALQ Jr. Florestal Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz-Piracicaba IFSC Jr. Instituto de Física de São Carlos IJPS Jr. Departamento de Ciências Sociais, FFLCH INFOBIO Jr. Curso de Informática Biomédica da Faculdade de Medi-cina de Ribeirão Preto IO Jr. Instituto de Oceanografia JORNALISMO Jr. Departamento de Jornalismo da Escola de Comu-nicações e Artes JUNIOR FEA Faculdade de Economia e Administração de Ribei-rão Preto MARKETING Jr. USP, Departamento de Marketing da Escola de Co-municações e Artes MED Jr. Faculdade de Medicina ODONTO Jr. Faculdade de Odontologia POLI Jr. Escola Politécnica QUIMICA USP Jr. Instituto de Química RI USP Jr. Instituto de Relações Internacionais ZOOT Jr. e Qualimentos Jr, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos de Pirassununga Equipe Ação e Contexto 34 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 35. nome da matéria abril.2012/86 o mundo da usinagem 35
  • 36. Antonio Larghi nossa parcela de responsabilidade Conecte-se No ano 2000 o mundo contava com 360 milhões de usuários na internet. Hoje já são mais de 2,2 bi-lhões, ou um terço de toda a popu-lação do planeta. No fim do ano passado a rede mundial de computadores já soma-va 555 milhões de páginas na inter-net e sites como o Youtube romperam a marca de 1 trilhão de visualizações. Por incrível que pareça, é muito provável que esses percentuais já este-jam defasados en-quanto você lê esse artigo, o que prova que a velocidade da informação é avassa-ladora e a interação constante com a tec-nologia tornou-se tão Se engana quem pensa que conectividade e informação estão diretamente atreladas aos recursos individuais cotidiana quanto as relações humanas. Nesse sentido, é desnecessário dizer o quanto a internet tornou-se presente e imperativa nas nossas vidas, seja no ambiente de traba-lho, pessoal ou nos mecanismo de comunicação e entretenimento que passamos a utilizar. Todavia, se engana quem pensa que conectividade e informação estão diretamente atreladas aos recursos in-dividuais. A forma como nos propo-mos a participar desse processo é que o torna vital ou dispensável. Não de-vemos impor barreiras (tecnológicas ou de conhecimento), muito menos acreditar que as soluções residem só nas “novidades”. É importante buscar a utilização cada vez maior do discer-nimento e a participação colaborativa nas relações que acontecem todos os dias nessas redes. Conectar-se não significa sim-plesmente estar na frente de um computador, possuir os mais avan-çados recursos da tecnologia ou se rela-cionar com pessoas através do ambiente virtual. Pode-se gas-tar muito tempo “co-nectado” sem nunca desenvolver novas ideias ou a elas acres-centar- se algo.A inte-ração produtiva é a construção de uma cadeia capaz de compartilhar o conhecimento e criar novos espa-ços. É nesse ambiente de edificação coletiva que se criam as bases para o avanço do conhecimento. No caso da indústria, a internet é uma ferramenta para prospectar oportunidades, ampliar o campo de atuação e desenvolver a inovação; no caso individual, um meio de manter-se atualizado e disseminar conheci-mento, além de somar forças para tornar reais os objetivos comuns. Fernando G. Oliveira Assim crescemos como pessoas, como mercado e como sociedade. Saber canalizar as oportunidades trazidas pela internet pode signfi-car um novo trampolim de conduta para uma nova realidade. Não se trata apenas de fazer parte de um ambiente comum, mas de incorpo-rar as mudanças trazidas e ofereci-das por ele. Foi pensando nisso que a Sandvik Coromant preparou um novo website que vai reunir lançamentos, aproxi-mar parceiros e criar um espaço de diálogo entre todos aqueles que fa-zem parte do mundo da usinagem. Aguarde novidades. Elas che-gam na velocidade da informação. Fernando Oliveira Gerente de Marketing Sandvik Coromant Acesse nosso novo site: www.sandvik.coromant.com/br 36 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 37.
  • 38. Sandvik Coromant Distribuidores ARWI Tel: 54 3026-8888 Caxias do Sul - RS ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837-9106 São Paulo - SP COFAST Tel: 11 4997-1255 Santo André - SP COFECORT Tel: 16 3333-7700 Araraquara - SP COMED Tel: 11 2442-7780 Guarulhos - SP CONSULTEC Tel: 51 3321-6666 Porto Alegre - RS COROFERGS Tel: 51 3337-1515 Porto Alegre - RS CUTTING TOOLS Tel: 19 3243-0422 Campinas – SP DIRETHA Tel: 11 2063-0004 São Paulo - SP ESCÂNDIA Tel: 31 3295-7297 Belo Horizonte - MG FERRAMETAL Tel: 85 3226-5400 Fortaleza - CE GALE Tel: 41 3339-2831 Curitiba - PR GC Tel: 49 3522-0955 Joaçaba - SC HAILTOOLS Tel: 27 3320-6047 Vila Velha - ES KAYMÃ Tel: 67 3321-3593 Campo Grande - MS MACHFER Tel: 21 3882-9600 Rio de Janeiro - RJ FALE COM ELES Ana Paula Grether (Petrobras) agrether@petrobras.com.br Andréa Santini Henriques (Inmetro) (21) 2563-2800 Adriano Wagner Velho (Braffemam) (41) 3291-1700 Eliane Belfor (Fiesp) (11) 3549-4499 Ivo Marin Duze (Gale Ferramentas) (41) 3339-2831 José Carlos Barbieri (FGV-EAESP) jose.barbieri@fgv.br Marcos Soto (Sandvik Coromant) marcos.soto@sandvik.com Anunciantes nesta edição O Mundo da Usinagem 86 Agie-Charmilles 29 Blaser 35 Deb´Maq 11 Ergomat 33 Mazak 27 Mitutoyo 3ª capa Okuma 9 Romi 17 Sandvik 4ª capa Selltis 37 Villares 2ª capa MAXVALE Tel: 12 3941-2902 São José dos Campos - SP MSC Tel: 92 3237-4949 Manaus - AM NEOPAQ Tel: 51 3527-1111 Novo Hamburgo - RS PÉRSICO Tel: 19 3421-2182 Piracicaba - SP PRODUS Tel: 15 3225-3496 Sorocaba - SP PS Tel: 14 3312-3312 Bauru - SP PS Tel: 44 3265-1600 Maringá - PR REPATRI Tel: 48 3433-4415 Criciúma - SC SANDI Tel: 31 3295-5438 Belo Horizonte - MG SINAFERRMAQ Tel: 71 3379-5653 Lauro de Freitas - BA TECNITOOLS Tel: 31 3295-2951 Belo Horizonte - MG THIJAN Tel: 47 3433-3939 Joinville - SC TOOLSET Tel: 21 2290-6397 Rio de Janeiro - RJ TRIGONAL Tel: 21 2270-4835 Rio de Janeiro - RJ TUNGSFER Tel: 31 3825-3637 Ipatinga - MG Movimento - Cursos Durante todo o ano, a Sandvik Coromant oferece cursos específicos para os profissionais do mundo da usinagem. Acesse www.sandvik.coromant.com/br, na barra principal, clique em ‘treinamento’ e confira o Programa de Treinamento 2012. Você poderá participar de palestras e também de cursos in plant, ministrados dentro de sua empresa! Mariana Gazola (Mecatron) (19) 3521 3205 Nézio P. de Souza (Braffemam) (41) 3291-1700 Osvaldo Luiz Padovan (Escola SENAI Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle) opadovan@sp.senai.br Rob Steele (ISO) steele@iso.org Sidney Harb (Sandvik Coromant) sidney.harb@sandvik.com Tamiris Mori (EESC jr) tamiris.mori@usp.br Wilamar Valença dos Santos (FEJESP) wilamarvalenca@fejesp.org.br O leitor de O Mundo da Usinagem pode entrar em contato com os editores pelo e-mail: faleconosco@ omundodausinagem.com.br ou ligue: 0800 770 5700 38 o mundo da usinagem abril.2012/86
  • 39.
  • 40. notícias Produtos disponíveis a partir de 1 de março CoroDrill®860 A broca inteiriça de metal duro mais rápida do mercado CoroDrill® 870 A broca com ponta intercam-biável diminui CoroMill®Plura e Shrink Fit com iLock™ CoroTap™ Machos de alto desempenho Fresamento seus custos torneamento seus custos GC30 e GC15 Simplique: use pastilhas Spectrum para torneamento de titânio sem riscos Leia o código QR e veja algumas das ferramentas em ação. www.sandvik.coromant.com