1. Rococó - Moda
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Rio Grande do Sul
Técnico em Vestuário
História da Indumentária
Silene Fatima Haber
2. Introdução
O Rococó teve início na França como um
‘’desdobramento’’ do Barroco, ocorreu entre os anos de 1730 até
1789, durante a insurreição da Revolução Francesa. A palavra
Rococó significa prazer imediato. Segundo Stephen Jones: ‘’O
prazer era o princípio da arte Rococó que visava deleitar uma
sociedade ociosa, na qual ser tedioso era o único pecado. A vida
era baseada nos prazeres profanos da aristocracia francesa.
Frivolidade, elegância, sensualidade discreta e
exuberância são as principais características do período. As cores
delicadas e em tons pastéis também fazem parte do período. O
vermelho intenso e o turquesa do Barroco desaparecem. Há
abundância de formas, curvas e de elementos decorativos como
flores, frutas, laços, conchas e arabescos. Os exageros do Barroco
permanecem no Rococó, porém, com uma leveza maior.
3. A transição entre o Barroco e o Rococó foi chamada de
Regência (1715 – 1730). Nesse período a roupa passa a ser mais
leve e confortável. No vestuário feminino as mudanças foram
drásticas, enquanto que no masculino só detalhes foram
alterados. A moda foi influenciada pelas novas linhas da arte e
esteve associada à figura de Luís XV. As mudanças ocorreram
principalmente nos penteados. O volume das perucas diminuiu.
Elas eram empoadas com pó branco, tinham um rabo-de-cavalo
preso por um laço de fita de seda preta e eram feitas de crina de
bode ou de cavalo e de fibras vegetais. As mulheres não usam
perucas, os adornos eram feitos com o próprio cabelo, apenas
com enchimentos de crina de cavalo. Seus penteados
inicialmente eram baixos e também empoados, no entanto o que
marcou o período foram os penteados grandes, surgidos com o
passar do tempo. Eles chegaram ao extremo exagero.
Era muito comum o uso de chapéu de tricórnio preto
(chapéu com três pontas) e o uso de maquiagem leve, com as
bochechas rosadas. Luvas e leques também eram usados.
4. O uso de rendas manteve-se tanto para homens quanto
para mulheres. Babados, fitas e flores eram muito usados na
vestimenta. O vestido das mulheres era composto por um corpete
que ajustava o busto e a cintura, com decote quadrado, e
mangas até os cotovelos finalizadas com babados. Os vestidos
eram divididos em Abertos, com um recorte na parte da frente,
deixando aparecer a de baixo muito ornamentada, e Fechados,
que possuía a saia sem a abertura. Para cobrir o busto, usavam o
Fichu, que é um tecido branco quadrado, dobrado em triângulo.
As saias eram muito volumosas e cônicas. O uso de barbatanas
de baleia foi mantido. Na parte lateral dos quadris havia um
grande volume que era obtido com o Panier. Na parte das costas,
os vestidos muitas vezes tinham pregas largas, que iam dos
ombros até o chão, denominadas de Pregas à Watteau.
Os homens vestiam a toilette, que era composta de
culotte justo até os joelhos, camisa, coletes bordados e
abotoados à frente, casacas também bordadas e com botões
frontais, meias brancas e sapatos de salto, mais baixos do que os
do período anterior. Tecidos como seda e brocado ornamentados
com flores eram muito usados tanto para homens quanto para
mulheres.
5. Maria Antonieta torna-se Rainha da França em 1774,
quando Luís XVI sobe ao trono, e um ícone feminino de
excessos e moda do período.
Os decotes ficaram muito profundos e os Paniers mais
volumosos no final do Rococó, o que dificultou o cotidiano das
mulheres, que só conseguiam passar por uma porta se ela fosse
aberta em suas duas partes. No final deste período, quando
estoura a Revolução Francesa, o rei Luís e sua rainha, Maria
Antonieta são decapitados na guilhotina.
6. Bibliografia
BRAGA, João. História da moda: uma narrativa. São Paulo:
Anhembi Morumbi, 2005.
LAVER, James. A roupa e a moda: uma história concisa. São
Paulo: Companhia das Letras, 2008.
WEBER, Caroline. Rainha da moda: Como Maria Antonieta se
vestiu para a Revolução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
2008.
MACHADO, Aline. Apostila de História da Indumentária:
Idade Moderna. Erechim: IFRS, 2014.
CARVALHO, Ursula. Apostila de História da Indumentária.