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Jornal da Manhã (Uberaba), 16/01/2011
Entrevista especial
Recém-nomeado secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio
Rodrigues é hoje a principal liderança do PSDB na região e um dos tucanos de maior expressão
nas Minas Gerais. Dono de uma biografia política construída dentro de uma única legenda –
coisa rara hoje em dia –, onde se elegeu deputado por cinco vezes e agora chega a um cargo no
Executivo, ele ainda encontra tempo para se dedicar à poesia. Sua verve artística lhe rendeu,
recentemente, uma cadeira na Academia de Letras do Triângulo Mineiro.

Mas, como bom mineiro, Narcio diz que chegou muito acima de onde imaginava e o que vier
daqui para a frente é lucro. Modéstia à parte, o peessedebista se diz um soldado do Grupo Aécio
Neves e que sua missão, no momento, é fazer uma administração eficiente em Minas Gerais na
área de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Nesta entrevista ao Jornal da Manhã, ele falou de
tudo um pouco, sem meias-palavras, até mesmo que cria suas poesias nas reuniões cujos temas
não lhe interessam. Boa leitura!

Jornal da Manhã – Quais as expectativas do senhor à frente da Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior e quais desafios o cargo lhe impõe?
Narcio Rodrigues da Silveira – Diria que, nos últimos oitos anos, Minas se preparou, criou uma
plataforma para dar um salto de qualidade. A reorganização do Estado, o ajuste fiscal, o choque
de gestão, tudo isso resultou na preparação de Minas para que a gente possa, efetivamente,
perseguir a qualidade de vida. Como a meta do governo Antonio Anastasia é fazer uma gestão
dedicada à cidadania, entendo que tudo que vamos empreender em Minas na busca da qualidade
de vida passa necessariamente de forma transversal pela Ciência e Tecnologia. A pasta é
estratégica para o futuro que nós queremos construir em Minas Gerais.

JM – Como fazer isso?
Narcio – Eu tenho dito que a Ciência e a Tecnologia têm que ser feitas para melhorar a Medicina
e a Saúde. Têm que ser ferramentas para melhorar a Educação, democratizar o acesso ao Ensino
Superior e o desempenho dos atletas no esporte, atender o deficiente, com a Rede Apae, que nós
queremos criar para estimular o superdotado, já que em Minas não tem nenhuma ação voltada
para eles, mesmo com várias incidências na área. Temos ainda que patrocinar mecanismos que
façam com que a Ciência e a Tecnologia promovam a inovação tecnológica na área empresarial,
portanto, gerando desenvolvimento, e a inclusão digital, que é inserir as pessoas nesse mundo,
hoje absolutamente necessário para se sentir cidadão.



JM – Mas o senhor já disse que é preciso, primeiro, identificar as potencialidades e vocações
regionais para que essas ações surtam efeito...
Narcio – Eu estou separando a minha atuação na secretaria em dois compartimentos: um voltado
exatamente para a Ciência e a Tecnologia e outro para a articulação na área de Ensino Superior.
Data: 17 de janeiro

Acho que o meu papel é muito menos de mandar e muito mais de coordenar um processo em que
possamos responsabilizar as universidades públicas federais para uma atuação coordenada que
amplie a oferta do Ensino Superior em Minas Gerais. Já com o poder de decisão, vamos atuar na
consolidação das duas universidades públicas estaduais: a Unimontes, com sede em Montes
Claros (norte do Estado), e a Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), em Belo
Horizonte. Com essa estrutura de universidades, 13 no total, mais a rede de institutos federais,
temos que coordenar um grande programa de Ensino Superior. E ele tem que se pautar
fundamentalmente pelo mapeamento das necessidades e a definição – do ponto de vista
econômico – das vocações e, com isso, estabelecer um programa de arranjo produtivo local

JM – São muitas as barreiras junto às universidades?
Narcio – As universidades têm uma natureza extremamente centralizada, voltada para o seu
próprio umbigo, e nós precisamos fazer com que elas se voltem fundamentalmente para as
comunidades. A extensão universitária tem que ser uma obrigação, uma contrapartida das
instituições públicas para a sociedade.

JM – Logo que o governador anunciou seu secretariado, alguns críticos disseram que ele
privilegiou mais o lado político do que técnico. É possível dissociar política da técnica ou é
preciso juntá-las?
Narcio – Não tenho dúvidas de que o Brasil será melhor quando os políticos forem mais técnicos
e os técnicos, mais políticos. O grande êxito que Minas está encontrando hoje é porque Aécio
Neves, que é essencialmente político, mostrou visão técnica ao governar o Estado. E agora nós
teremos sucesso no Governo Anastasia, porque todo mundo que pensava que ele era apenas
técnico, está descobrindo nele um grande articulador político. A minha qualificação para a
secretaria é decorrente do fato de que, chegando como político ao Congresso, procurei me
aperfeiçoar no tema da Ciência e Tecnologia, da Pesquisa e do Ensino Superior. Por isso,
acredito que essa é uma discussão vazia.

JM – O Parque Tecnológico de Uberaba agora avança?
Narcio – Está nas nossas prioridades. O deputado Paulo Piau vem liderando esse tema. Nós
trabalhamos juntos para colocar recursos no orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia
em 2011, mas, independentemente deste dinheiro federal, existe um programa de parques
tecnológicos no Estado, na minha secretaria. Já estamos implementando o parque de Belo
Horizonte, o de Itajubá está em fase final de implantação e daremos um grande impulso, esse
ano, aqui em Uberaba, para uma melhor ocupação da Univerdecidade. É uma tristeza ver um
projeto tão bem concebido pelo ex-prefeito Luiz Guaritá Neto ainda não ter se convertido em
uma grande cidade tecnológica como Uberaba e região precisam.

JM – O senhor falou do senador eleito Aécio Neves. Como avalia o efeito Clésio Andrade na
bancada mineira no Senado, que seria de oposição e agora não terá mais essa composição?
Narcio – O Clésio é uma figura secundária na política do Estado. Ele virou senador por um
acidente do destino (morte do Eliseu Resende). O que nós, de Minas, esperávamos era que ele
assumisse agradecendo quem lhe deu o mandato. Foi graças à articulação de Aécio, em 2006,
quando o reelegemos governador e Anastasia seu vice, e Eliseu senador – mais os suplentes –,
que ele chegou ao Senado. Naquela campanha estávamos lutando contra o PT e contra o Newton
Data: 17 de janeiro

Cardoso (candidato do PMDB à única vaga do Senado em disputa no pleito daquele ano) e hoje
vemos o novo senador de Minas diminuir a importância do cargo em troca da perspectiva de
espaço no Governo Dilma de forma subserviente e servil na cena política, que nada serve ao
Estado.

JM – O senhor diria que o Clésio está praticando a chamada “política miúda”?
Narcio – Sem dúvida! A política da troca de favor, de espaço, de cargo, de tudo que um senador
por Minas não pode fazer. Um Senado que tinha Eliseu Resende, que terá Aécio Neves e Itamar
Franco, é de altíssima estatura. Nós compreendemos que a morte de Eliseu desfalca Minas e
esperávamos mais do Clésio Andrade. Imaginávamos que ele teria a visão de que o Senado
merece respeito. No dia em que ele disputar votos, talvez tenha autoridade para falar.

JM – O prefeito Anderson Adauto disse em recente entrevista ao Jornal da Manhã que para 2012
é preciso que surjam novas lideranças na política. O senhor acredita que é preciso o mesmo para
o pleito de 2014? O senhor se vê como uma dessas novas lideranças no Estado?
Narcio – Não coloco isso. Tenho uma visão muito clara de que política é feita em etapas. Digo
lembrando que o Aécio só foi presidente da Câmara [2001 a 2002] porque foi um bom líder do
PSDB; só foi governador de Minas porque foi um bom presidente da Câmara, e será um
excelente senador porque acumulou uma experiência extraordinária nesses últimos oito anos à
frente do Governo do Estado, o que lhe dá condições de debater os grandes temas nacionais. E
vai chegar à Presidência da República por tudo que acumulou na sua biografia. Eu fui
parlamentar por quatro mandatos e nesse quinto estou tendo essa experiência e espero dar a
minha contribuição para Minas Gerais. Sei das minhas limitações, que são enormes. Num projeto
político, digo sempre que a gente tem que deixar as coisas acontecerem. Eu não esperava
disputar a quinta eleição; não imaginava ser secretário de Estado, já que em um primeiro
momento eu estava motivado com a ideia de voltar a atuar no Congresso ao lado do próprio
Aécio, que depois concordou que a minha vinda para Minas seria extremamente salutar para o
nosso projeto político. Então, digo que eu sou um soldado desse grupo. Estou jogando em um
time faz muito tempo e vou continuar nele. O dia que não servir mais, saio da vida pública.

JM – Mas, na construção dessa biografia, existe um sonho de chegar ao Governo de Minas, ao
Senado?
Narcio – Com a maior segurança do mundo e a simplicidade de jornalista e de mineiro, digo: eu
cheguei muito acima de onde imaginava. Não esperava jamais ter cinco mandatos parlamentares,
chegar ao primeiro escalão do Governo e ser secretário de Estado. O que vier agora é lucro na
minha vida pública. Não vou me indispor com o destino dizendo que não serei outra coisa no
futuro, mas não alimento nenhuma vaidade com isso.



JM – Que papel o senhor espera da oposição no Governo Dilma Rousseff?
Narcio – Eu tenho uma impressão muito boa da presidente recém-empossada. Tenho a visão de
que o presidente Lula ficou oito anos no palanque e deixou de governar por isso. Ele fez uma
grande orquestração nacional, mas não se aprofundou nos temas mais importantes do país, que
são as reformas. Se não fizermos as reformas da previdência, tributária, trabalhista, sindical e
Data: 17 de janeiro

política, vamos deixar o país no mesmo ponto em que se encontra: um gargalo enorme para o seu
crescimento. Nós temos a ilusão de dizer que o Brasil está crescendo bem, mas se formos
comparar com o que está acontecendo hoje com a China, veremos que estamos andando a passos
de tartaruga. Tenho a impressão de que a presidente Dilma inaugura uma nova etapa, de visão de
que é preciso ter uma gestão pública mais eficiente. Governar para valer e assumir a
responsabilidade de fazer as reformas. Nesse ambiente não há espaço para ideologia, partido,
oposição. Entendo que a chegada de Aécio a Brasília vai inaugurar uma nova etapa nas relações
entre PT e PSDB e entre Governo e oposição.

JM – Mas o presidente nacional do seu partido, deputado federal Sérgio Guerra, divulgou uma
nota dizendo que a composição do Governo Dilma visou a atender interesses partidários e que
sua administração será sustentada por favorecimentos...
Narcio – Quando digo que vamos mudar o formato de fazer oposição não quer dizer que vamos
deixar essa posição de lado. Houve um loteamento de cargos, a guerra de foice no escuro ainda
está acontecendo, com o PT e o PMDB num flagrante desentendimento, ao contrário de Minas
Gerais, que tem um governo que é fruto de uma aliança programática. Quem vem somar
conosco tem que ter perfil e compromisso com o programa de governo de Anastasia. A crítica de
Sérgio Guerra é procedente. Nós vamos apontar o dedo para as feridas, mas também estaremos
ao lado do governo naquilo que faz o país avançar. Se a presidente chamar o grupo que é
liderado pelo Aécio para construir soluções para o país, vai encontrar boa vontade da nossa parte.
Não seremos o que o PT foi conosco no Governo Fernando Henrique Cardoso, votando contra a
Lei de Responsabilidade Fiscal, a privatização, contra temas que são importantíssimos para o
país.

JM – E a relação com o Democratas, partido em crise nacional?
Narcio – O DEM é nosso parceiro preferencial. Sempre teremos proximidade com eles.
Naturalmente o DEM está buscando a sua própria identidade nesse novo quadro partidário. Há
no DEM alguns políticos que querem levar a oposição à radicalização de posições, mas, para
nós, do PSDB, não é o caminho a perseguir. Nosso objetivo hoje é mais de esperar o Governo
Dilma mostrar a que veio do que ficar apostando no pior, torcendo para que não dê certo.

JM – O que, na opinião do senhor, difere o PSDB do PT?
Narcio – Compreendemos que tanto eles como nós construímos história no Brasil, mas a nossa
briga com o PT é pautada fundamentalmente em duas diferenças: a primeira é que somos
diferentes na forma de governar, na gestão. Não governamos com os companheiros, governamos
com os competentes, em cima de resultados. No governo Lula era preciso perder a eleição para
ser ministro. Não existe esse tipo de compensação no nosso projeto. Eu terei que prestar contas
do meu trabalho, porque a sociedade mineira vai cobrar do governador e ele de mim. E a outra
diferença básica que marca a nossa atitude é a ética. Para nós essa é uma questão essencial. Nós,
do PSDB, somos éticos pela própria natureza. É isso que nos une no partido. Onde nós
governamos, a população aprova, seja pela gestão ou pela ética. Essas são as marcas do PSDB, e
penso que está crescendo no Brasil a visão das nossas diferenças, e quanto mais evidenciá-las,
mais chances teremos, em curtíssimo espaço de tempo, de ver o senador Aécio Neves disputando
e vencendo a Presidência da República, devolvendo a Minas a oportunidade de governar o
Brasil.
Data: 17 de janeiro

JM – Quem vai comandar o PSDB/Minas, já que o senhor tem que deixar o posto, por força do
estatuto?
Narcio – Teremos uma convenção no dia 20 de março. Quando acabar o recesso parlamentar,
vamos começar a discutir, mas deve ser um deputado federal eleito. Temos três nomes: Marcos
Pestana [ex-secretário de Saúde], Domingos Sávio [ex-deputado estadual e ex-prefeito de
Divinópolis, cidade do Centro-Oeste mineiro] e Eduardo Azeredo [senador no final do mandato
e ex-governador de Minas]. Qualquer um deles é extremamente qualificado e saberá conduzir o
partido no Estado.

JM – E no diretório do PSDB em Uberaba, vêm mudanças pela frente?
Narcio – Precisamos oxigenar o partido. É meta a reestruturação ao longo deste primeiro
semestre para chegarmos prontos às próximas eleições municipais. É desejável ter candidato
próprio em 2012, senão vamos compor uma grande aliança. O PSDB vai para o pleito e, tenho
certeza, com a participação efetiva do Fahim Sawan.

JM – O senhor fala sempre das suas origens, que nasceu na região do Chatão, às margens do rio
Grande. O que tudo isso tem de mais significativo na sua vida?
Narcio – A minha vida é muito telúrica. Nasci na roça, onde vivi até os seis anos. Eu digo que
saí da fazenda, mas a fazenda não saiu de mim. Isso me inspira constantemente. Essa minha
ligação com o meio ambiente, essa busca da Unesco para que venha para o Brasil, tudo tem a ver
com a minha origem. Meu pai foi o homem que mais plantou árvores que eu conheço. Nosso
sítio em Frutal foi todo plantado por ele e quando me sinto angustiado no meio da cidade,
quando me sinto estranho no ninho, vou para lá. Sou muito família. Não conseguiria sobreviver
na política se não fosse a poesia, porque tudo é passageiro; eu estou deputado, estou secretário.
Ao passo que eu sou jornalista, sou humano e cada dia me aprofundo mais nessa visão, ainda
mais depois que me tornei avô da Ana Maria, para quem preciso deixar marcas não do político,
mas de quem tem visão humana. Não há homem que se realiza em si mesmo, mas apenas quando
conseguimos fazer os outros felizes. Isso é muito claro na minha vida política, quando vou
decidir algo, sempre penso a quem vai fazer bem. Do contrário, se vai servir a interesses escusos,
eu recuo.




Jornal da Manhã (Uberaba)

Política

Renata Gomide - 14/01/2011
Data: 17 de janeiro




Criação de agência estimula atração de investimentos


Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba (Aciu) abraçou a proposta do secretário de
Estado de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, de criação de uma Agência de
Desenvolvimento do Triângulo Mineiro, por conta da chegada do gasoduto e da planta de amônia e
ureia à cidade. O presidente da entidade – e também secretário municipal de Planejamento –, Karim
Abud Mauad, diz que uma das primeiras ações deste organismo será a atualização da base de dados
de Uberaba e região.

De acordo com ele, através desse trabalho será possível identificar os negócios já em operação no
município que podem se beneficiar com os dois empreendimentos e, principalmente, onde é possível
avançar. Karim entende que a chegada do duto e da fábrica da Petrobras configura a quarta onda de
desenvolvimento de Uberaba, a primeira aconteceu com a chegada dos bandeirantes à região, a
segunda com a introdução das raças zebuínas e a terceira com a instalação da Fosfértil (hoje Vale
Fertilizantes).


Conforme destaca, para aproveitar ao máximo essa grande oportunidade, é preciso fazer o dever de
casa e, portanto, identificar e buscar empreendimentos relacionados ao gasoduto e à amônia e ureia.
Como exemplo ele cita que Uberaba pode ter uma rede de postos para fornecer gás veicular. O
secretário e deputado federal licenciado, Narcio Rodrigues, disse, ao propor a criação da Agência, que
ela vai tratar do impacto da instalação do duto e da planta da Petrobrás e estimular a atração de
novos investimentos, além de preparar e educar a região nas questões de meio ambiente.
Data: 17 de janeiro

Primeira entidade de classe a receber a visita oficial de Narcio Rodrigues – na semana passada –, a
Aciu vai, pelo menos inicialmente, sediar esta Agência de Desenvolvimento, diz seu presidente. Karim
conta que já existe uma área para este fim com direito a estrutura, mas, dependendo do quanto este
organismo crescer, pode migrar para outro local. O dirigente classista revela que já tem parceiros
nessa empreitada, entre eles o Sebrae e o próprio Governo do Estado, através da Secretaria de
Ciência e Tecnologia, mas que esse arranjo ainda precisa ser amarrado.


Incumbido de trazer o chefe do Executivo mineiro, Antonio Augusto Anastasia, a Uberaba para a
assinatura do protocolo de intenções entre a Cemig – que fará a obra do duto – e a Petrobras, Narcio
Rodrigues afirma que é natural que a assinatura seja aqui, mas é preciso compreender o momento do
governador, que está compondo o administrativo. Ele reforça que a instalação do gasoduto é um
compromisso do ex-governador Aécio Neves, herdado por seu sucessor, que será colocado em prática
porque Minas jamais poderia se omitir nessa questão, garantindo a chegada da planta de amônia e
ureia que vai inaugurar uma nova etapa do desenvolvimento em Uberaba e no Triângulo.


Coluna Alternativa

Lídia Prata


Pró-desenvolvimento. A princípio, a Aciu poderá abrigar a Agência de Desenvolvimento do Triângulo
Mineiro, no seu prédio da Leopoldino de Oliveira. Esse detalhe ficou acertado entre o presidente Karim
Mauad e o secretário de Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior Narcio Rodrigues, sexta-feira
passada, mas ainda pode mudar. Essa Agência de Desenvolvimento vai dar suporte à instalação do
gasoduto, com investimento de R$ 3,74 bilhões para obra já anunciada oficialmente. Na avaliação do
presidente da Aciu, Uberaba precisa se preparar para coordenar de forma adequada os novos
investimentos que virão na esteira do gasoduto.

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Clipping Sectes 17 de janeiro de 2011

  • 1. Data: 17 de janeiro Minas Gerais - Belo Horizonte Fapemig lança edital para pesquisas em metrologia Página: 6 Publicado: 15-01-2011
  • 2. Data: 17 de janeiro Minas Gerais - Belo Horizonte Unimontes ganha destaque no Enade Página: 3 Publicado: 15-01-2011
  • 3. Data: 17 de janeiro Estado de Minas - Belo Horizonte - MG Surpresa na UFMG Caderno: Gerais - Página: 25e26 Publicado: 15-01-2011
  • 4. Data: 17 de janeiro Hoje em Dia - Belo Horizonte - MG Negros e índia aprovados na Unimontes Caderno: Minas - Página: 21 Publicado: 15-01-2011
  • 5. Data: 17 de janeiro Hoje em Dia - Belo Horizonte - MG Bonde do futuro revoluciona mobilidade Caderno: Minas - Página: 22 Publicado: 16-01-2011
  • 6. Data: 17 de janeiro Hoje em Dia - Belo Horizonte - MG Do Campo de guerra ao gelo polar Caderno: Minas - Página: 17 Publicado: 16-01-2011
  • 7. Data: 17 de janeiro Hoje em Dia - Belo Horizonte - MG José Geraldo de Freitas Drummond - Universidade reprovada
  • 8. Data: 17 de janeiro Hoje em Dia - Belo Horizonte - MG PT e PSDB na luta por espaços em BH Caderno: 1º Caderno - Página: 4 Publicado: 17-01-2011
  • 9. Data: 17 de janeiro O Tempo - Belo Horizonte - MG A parte - ''O PSDB é um partido nacional...'' Caderno: 1º Caderno - Página: 2 Publicado: 17-01-2011
  • 10. Data: 17 de janeiro O Tempo - Belo Horizonte – MG Por Aécio, PSDB de Minas já pensa na sucessão estadual Caderno: 1º Caderno - Página: 3 Publicado: 17-01-2011
  • 11. Data: 17 de janeiro O Tempo - Belo Horizonte - MG PSDB já condiciona o apoio a Lacerda a mais espaço na PBH Caderno: 1º Caderno - Página: 6 Publicado: 17-01-2011
  • 12. Data: 17 de janeiro
  • 13. Data: 17 de janeiro Jornal da Manhã (Uberaba), 16/01/2011 Entrevista especial Recém-nomeado secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues é hoje a principal liderança do PSDB na região e um dos tucanos de maior expressão nas Minas Gerais. Dono de uma biografia política construída dentro de uma única legenda – coisa rara hoje em dia –, onde se elegeu deputado por cinco vezes e agora chega a um cargo no Executivo, ele ainda encontra tempo para se dedicar à poesia. Sua verve artística lhe rendeu, recentemente, uma cadeira na Academia de Letras do Triângulo Mineiro. Mas, como bom mineiro, Narcio diz que chegou muito acima de onde imaginava e o que vier daqui para a frente é lucro. Modéstia à parte, o peessedebista se diz um soldado do Grupo Aécio Neves e que sua missão, no momento, é fazer uma administração eficiente em Minas Gerais na área de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Nesta entrevista ao Jornal da Manhã, ele falou de tudo um pouco, sem meias-palavras, até mesmo que cria suas poesias nas reuniões cujos temas não lhe interessam. Boa leitura! Jornal da Manhã – Quais as expectativas do senhor à frente da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e quais desafios o cargo lhe impõe? Narcio Rodrigues da Silveira – Diria que, nos últimos oitos anos, Minas se preparou, criou uma plataforma para dar um salto de qualidade. A reorganização do Estado, o ajuste fiscal, o choque de gestão, tudo isso resultou na preparação de Minas para que a gente possa, efetivamente, perseguir a qualidade de vida. Como a meta do governo Antonio Anastasia é fazer uma gestão dedicada à cidadania, entendo que tudo que vamos empreender em Minas na busca da qualidade de vida passa necessariamente de forma transversal pela Ciência e Tecnologia. A pasta é estratégica para o futuro que nós queremos construir em Minas Gerais. JM – Como fazer isso? Narcio – Eu tenho dito que a Ciência e a Tecnologia têm que ser feitas para melhorar a Medicina e a Saúde. Têm que ser ferramentas para melhorar a Educação, democratizar o acesso ao Ensino Superior e o desempenho dos atletas no esporte, atender o deficiente, com a Rede Apae, que nós queremos criar para estimular o superdotado, já que em Minas não tem nenhuma ação voltada para eles, mesmo com várias incidências na área. Temos ainda que patrocinar mecanismos que façam com que a Ciência e a Tecnologia promovam a inovação tecnológica na área empresarial, portanto, gerando desenvolvimento, e a inclusão digital, que é inserir as pessoas nesse mundo, hoje absolutamente necessário para se sentir cidadão. JM – Mas o senhor já disse que é preciso, primeiro, identificar as potencialidades e vocações regionais para que essas ações surtam efeito... Narcio – Eu estou separando a minha atuação na secretaria em dois compartimentos: um voltado exatamente para a Ciência e a Tecnologia e outro para a articulação na área de Ensino Superior.
  • 14. Data: 17 de janeiro Acho que o meu papel é muito menos de mandar e muito mais de coordenar um processo em que possamos responsabilizar as universidades públicas federais para uma atuação coordenada que amplie a oferta do Ensino Superior em Minas Gerais. Já com o poder de decisão, vamos atuar na consolidação das duas universidades públicas estaduais: a Unimontes, com sede em Montes Claros (norte do Estado), e a Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), em Belo Horizonte. Com essa estrutura de universidades, 13 no total, mais a rede de institutos federais, temos que coordenar um grande programa de Ensino Superior. E ele tem que se pautar fundamentalmente pelo mapeamento das necessidades e a definição – do ponto de vista econômico – das vocações e, com isso, estabelecer um programa de arranjo produtivo local JM – São muitas as barreiras junto às universidades? Narcio – As universidades têm uma natureza extremamente centralizada, voltada para o seu próprio umbigo, e nós precisamos fazer com que elas se voltem fundamentalmente para as comunidades. A extensão universitária tem que ser uma obrigação, uma contrapartida das instituições públicas para a sociedade. JM – Logo que o governador anunciou seu secretariado, alguns críticos disseram que ele privilegiou mais o lado político do que técnico. É possível dissociar política da técnica ou é preciso juntá-las? Narcio – Não tenho dúvidas de que o Brasil será melhor quando os políticos forem mais técnicos e os técnicos, mais políticos. O grande êxito que Minas está encontrando hoje é porque Aécio Neves, que é essencialmente político, mostrou visão técnica ao governar o Estado. E agora nós teremos sucesso no Governo Anastasia, porque todo mundo que pensava que ele era apenas técnico, está descobrindo nele um grande articulador político. A minha qualificação para a secretaria é decorrente do fato de que, chegando como político ao Congresso, procurei me aperfeiçoar no tema da Ciência e Tecnologia, da Pesquisa e do Ensino Superior. Por isso, acredito que essa é uma discussão vazia. JM – O Parque Tecnológico de Uberaba agora avança? Narcio – Está nas nossas prioridades. O deputado Paulo Piau vem liderando esse tema. Nós trabalhamos juntos para colocar recursos no orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia em 2011, mas, independentemente deste dinheiro federal, existe um programa de parques tecnológicos no Estado, na minha secretaria. Já estamos implementando o parque de Belo Horizonte, o de Itajubá está em fase final de implantação e daremos um grande impulso, esse ano, aqui em Uberaba, para uma melhor ocupação da Univerdecidade. É uma tristeza ver um projeto tão bem concebido pelo ex-prefeito Luiz Guaritá Neto ainda não ter se convertido em uma grande cidade tecnológica como Uberaba e região precisam. JM – O senhor falou do senador eleito Aécio Neves. Como avalia o efeito Clésio Andrade na bancada mineira no Senado, que seria de oposição e agora não terá mais essa composição? Narcio – O Clésio é uma figura secundária na política do Estado. Ele virou senador por um acidente do destino (morte do Eliseu Resende). O que nós, de Minas, esperávamos era que ele assumisse agradecendo quem lhe deu o mandato. Foi graças à articulação de Aécio, em 2006, quando o reelegemos governador e Anastasia seu vice, e Eliseu senador – mais os suplentes –, que ele chegou ao Senado. Naquela campanha estávamos lutando contra o PT e contra o Newton
  • 15. Data: 17 de janeiro Cardoso (candidato do PMDB à única vaga do Senado em disputa no pleito daquele ano) e hoje vemos o novo senador de Minas diminuir a importância do cargo em troca da perspectiva de espaço no Governo Dilma de forma subserviente e servil na cena política, que nada serve ao Estado. JM – O senhor diria que o Clésio está praticando a chamada “política miúda”? Narcio – Sem dúvida! A política da troca de favor, de espaço, de cargo, de tudo que um senador por Minas não pode fazer. Um Senado que tinha Eliseu Resende, que terá Aécio Neves e Itamar Franco, é de altíssima estatura. Nós compreendemos que a morte de Eliseu desfalca Minas e esperávamos mais do Clésio Andrade. Imaginávamos que ele teria a visão de que o Senado merece respeito. No dia em que ele disputar votos, talvez tenha autoridade para falar. JM – O prefeito Anderson Adauto disse em recente entrevista ao Jornal da Manhã que para 2012 é preciso que surjam novas lideranças na política. O senhor acredita que é preciso o mesmo para o pleito de 2014? O senhor se vê como uma dessas novas lideranças no Estado? Narcio – Não coloco isso. Tenho uma visão muito clara de que política é feita em etapas. Digo lembrando que o Aécio só foi presidente da Câmara [2001 a 2002] porque foi um bom líder do PSDB; só foi governador de Minas porque foi um bom presidente da Câmara, e será um excelente senador porque acumulou uma experiência extraordinária nesses últimos oito anos à frente do Governo do Estado, o que lhe dá condições de debater os grandes temas nacionais. E vai chegar à Presidência da República por tudo que acumulou na sua biografia. Eu fui parlamentar por quatro mandatos e nesse quinto estou tendo essa experiência e espero dar a minha contribuição para Minas Gerais. Sei das minhas limitações, que são enormes. Num projeto político, digo sempre que a gente tem que deixar as coisas acontecerem. Eu não esperava disputar a quinta eleição; não imaginava ser secretário de Estado, já que em um primeiro momento eu estava motivado com a ideia de voltar a atuar no Congresso ao lado do próprio Aécio, que depois concordou que a minha vinda para Minas seria extremamente salutar para o nosso projeto político. Então, digo que eu sou um soldado desse grupo. Estou jogando em um time faz muito tempo e vou continuar nele. O dia que não servir mais, saio da vida pública. JM – Mas, na construção dessa biografia, existe um sonho de chegar ao Governo de Minas, ao Senado? Narcio – Com a maior segurança do mundo e a simplicidade de jornalista e de mineiro, digo: eu cheguei muito acima de onde imaginava. Não esperava jamais ter cinco mandatos parlamentares, chegar ao primeiro escalão do Governo e ser secretário de Estado. O que vier agora é lucro na minha vida pública. Não vou me indispor com o destino dizendo que não serei outra coisa no futuro, mas não alimento nenhuma vaidade com isso. JM – Que papel o senhor espera da oposição no Governo Dilma Rousseff? Narcio – Eu tenho uma impressão muito boa da presidente recém-empossada. Tenho a visão de que o presidente Lula ficou oito anos no palanque e deixou de governar por isso. Ele fez uma grande orquestração nacional, mas não se aprofundou nos temas mais importantes do país, que são as reformas. Se não fizermos as reformas da previdência, tributária, trabalhista, sindical e
  • 16. Data: 17 de janeiro política, vamos deixar o país no mesmo ponto em que se encontra: um gargalo enorme para o seu crescimento. Nós temos a ilusão de dizer que o Brasil está crescendo bem, mas se formos comparar com o que está acontecendo hoje com a China, veremos que estamos andando a passos de tartaruga. Tenho a impressão de que a presidente Dilma inaugura uma nova etapa, de visão de que é preciso ter uma gestão pública mais eficiente. Governar para valer e assumir a responsabilidade de fazer as reformas. Nesse ambiente não há espaço para ideologia, partido, oposição. Entendo que a chegada de Aécio a Brasília vai inaugurar uma nova etapa nas relações entre PT e PSDB e entre Governo e oposição. JM – Mas o presidente nacional do seu partido, deputado federal Sérgio Guerra, divulgou uma nota dizendo que a composição do Governo Dilma visou a atender interesses partidários e que sua administração será sustentada por favorecimentos... Narcio – Quando digo que vamos mudar o formato de fazer oposição não quer dizer que vamos deixar essa posição de lado. Houve um loteamento de cargos, a guerra de foice no escuro ainda está acontecendo, com o PT e o PMDB num flagrante desentendimento, ao contrário de Minas Gerais, que tem um governo que é fruto de uma aliança programática. Quem vem somar conosco tem que ter perfil e compromisso com o programa de governo de Anastasia. A crítica de Sérgio Guerra é procedente. Nós vamos apontar o dedo para as feridas, mas também estaremos ao lado do governo naquilo que faz o país avançar. Se a presidente chamar o grupo que é liderado pelo Aécio para construir soluções para o país, vai encontrar boa vontade da nossa parte. Não seremos o que o PT foi conosco no Governo Fernando Henrique Cardoso, votando contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, a privatização, contra temas que são importantíssimos para o país. JM – E a relação com o Democratas, partido em crise nacional? Narcio – O DEM é nosso parceiro preferencial. Sempre teremos proximidade com eles. Naturalmente o DEM está buscando a sua própria identidade nesse novo quadro partidário. Há no DEM alguns políticos que querem levar a oposição à radicalização de posições, mas, para nós, do PSDB, não é o caminho a perseguir. Nosso objetivo hoje é mais de esperar o Governo Dilma mostrar a que veio do que ficar apostando no pior, torcendo para que não dê certo. JM – O que, na opinião do senhor, difere o PSDB do PT? Narcio – Compreendemos que tanto eles como nós construímos história no Brasil, mas a nossa briga com o PT é pautada fundamentalmente em duas diferenças: a primeira é que somos diferentes na forma de governar, na gestão. Não governamos com os companheiros, governamos com os competentes, em cima de resultados. No governo Lula era preciso perder a eleição para ser ministro. Não existe esse tipo de compensação no nosso projeto. Eu terei que prestar contas do meu trabalho, porque a sociedade mineira vai cobrar do governador e ele de mim. E a outra diferença básica que marca a nossa atitude é a ética. Para nós essa é uma questão essencial. Nós, do PSDB, somos éticos pela própria natureza. É isso que nos une no partido. Onde nós governamos, a população aprova, seja pela gestão ou pela ética. Essas são as marcas do PSDB, e penso que está crescendo no Brasil a visão das nossas diferenças, e quanto mais evidenciá-las, mais chances teremos, em curtíssimo espaço de tempo, de ver o senador Aécio Neves disputando e vencendo a Presidência da República, devolvendo a Minas a oportunidade de governar o Brasil.
  • 17. Data: 17 de janeiro JM – Quem vai comandar o PSDB/Minas, já que o senhor tem que deixar o posto, por força do estatuto? Narcio – Teremos uma convenção no dia 20 de março. Quando acabar o recesso parlamentar, vamos começar a discutir, mas deve ser um deputado federal eleito. Temos três nomes: Marcos Pestana [ex-secretário de Saúde], Domingos Sávio [ex-deputado estadual e ex-prefeito de Divinópolis, cidade do Centro-Oeste mineiro] e Eduardo Azeredo [senador no final do mandato e ex-governador de Minas]. Qualquer um deles é extremamente qualificado e saberá conduzir o partido no Estado. JM – E no diretório do PSDB em Uberaba, vêm mudanças pela frente? Narcio – Precisamos oxigenar o partido. É meta a reestruturação ao longo deste primeiro semestre para chegarmos prontos às próximas eleições municipais. É desejável ter candidato próprio em 2012, senão vamos compor uma grande aliança. O PSDB vai para o pleito e, tenho certeza, com a participação efetiva do Fahim Sawan. JM – O senhor fala sempre das suas origens, que nasceu na região do Chatão, às margens do rio Grande. O que tudo isso tem de mais significativo na sua vida? Narcio – A minha vida é muito telúrica. Nasci na roça, onde vivi até os seis anos. Eu digo que saí da fazenda, mas a fazenda não saiu de mim. Isso me inspira constantemente. Essa minha ligação com o meio ambiente, essa busca da Unesco para que venha para o Brasil, tudo tem a ver com a minha origem. Meu pai foi o homem que mais plantou árvores que eu conheço. Nosso sítio em Frutal foi todo plantado por ele e quando me sinto angustiado no meio da cidade, quando me sinto estranho no ninho, vou para lá. Sou muito família. Não conseguiria sobreviver na política se não fosse a poesia, porque tudo é passageiro; eu estou deputado, estou secretário. Ao passo que eu sou jornalista, sou humano e cada dia me aprofundo mais nessa visão, ainda mais depois que me tornei avô da Ana Maria, para quem preciso deixar marcas não do político, mas de quem tem visão humana. Não há homem que se realiza em si mesmo, mas apenas quando conseguimos fazer os outros felizes. Isso é muito claro na minha vida política, quando vou decidir algo, sempre penso a quem vai fazer bem. Do contrário, se vai servir a interesses escusos, eu recuo. Jornal da Manhã (Uberaba) Política Renata Gomide - 14/01/2011
  • 18. Data: 17 de janeiro Criação de agência estimula atração de investimentos Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba (Aciu) abraçou a proposta do secretário de Estado de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, de criação de uma Agência de Desenvolvimento do Triângulo Mineiro, por conta da chegada do gasoduto e da planta de amônia e ureia à cidade. O presidente da entidade – e também secretário municipal de Planejamento –, Karim Abud Mauad, diz que uma das primeiras ações deste organismo será a atualização da base de dados de Uberaba e região. De acordo com ele, através desse trabalho será possível identificar os negócios já em operação no município que podem se beneficiar com os dois empreendimentos e, principalmente, onde é possível avançar. Karim entende que a chegada do duto e da fábrica da Petrobras configura a quarta onda de desenvolvimento de Uberaba, a primeira aconteceu com a chegada dos bandeirantes à região, a segunda com a introdução das raças zebuínas e a terceira com a instalação da Fosfértil (hoje Vale Fertilizantes). Conforme destaca, para aproveitar ao máximo essa grande oportunidade, é preciso fazer o dever de casa e, portanto, identificar e buscar empreendimentos relacionados ao gasoduto e à amônia e ureia. Como exemplo ele cita que Uberaba pode ter uma rede de postos para fornecer gás veicular. O secretário e deputado federal licenciado, Narcio Rodrigues, disse, ao propor a criação da Agência, que ela vai tratar do impacto da instalação do duto e da planta da Petrobrás e estimular a atração de novos investimentos, além de preparar e educar a região nas questões de meio ambiente.
  • 19. Data: 17 de janeiro Primeira entidade de classe a receber a visita oficial de Narcio Rodrigues – na semana passada –, a Aciu vai, pelo menos inicialmente, sediar esta Agência de Desenvolvimento, diz seu presidente. Karim conta que já existe uma área para este fim com direito a estrutura, mas, dependendo do quanto este organismo crescer, pode migrar para outro local. O dirigente classista revela que já tem parceiros nessa empreitada, entre eles o Sebrae e o próprio Governo do Estado, através da Secretaria de Ciência e Tecnologia, mas que esse arranjo ainda precisa ser amarrado. Incumbido de trazer o chefe do Executivo mineiro, Antonio Augusto Anastasia, a Uberaba para a assinatura do protocolo de intenções entre a Cemig – que fará a obra do duto – e a Petrobras, Narcio Rodrigues afirma que é natural que a assinatura seja aqui, mas é preciso compreender o momento do governador, que está compondo o administrativo. Ele reforça que a instalação do gasoduto é um compromisso do ex-governador Aécio Neves, herdado por seu sucessor, que será colocado em prática porque Minas jamais poderia se omitir nessa questão, garantindo a chegada da planta de amônia e ureia que vai inaugurar uma nova etapa do desenvolvimento em Uberaba e no Triângulo. Coluna Alternativa Lídia Prata Pró-desenvolvimento. A princípio, a Aciu poderá abrigar a Agência de Desenvolvimento do Triângulo Mineiro, no seu prédio da Leopoldino de Oliveira. Esse detalhe ficou acertado entre o presidente Karim Mauad e o secretário de Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior Narcio Rodrigues, sexta-feira passada, mas ainda pode mudar. Essa Agência de Desenvolvimento vai dar suporte à instalação do gasoduto, com investimento de R$ 3,74 bilhões para obra já anunciada oficialmente. Na avaliação do presidente da Aciu, Uberaba precisa se preparar para coordenar de forma adequada os novos investimentos que virão na esteira do gasoduto.