O documento discute a recuperação de áreas degradadas e a importância das matas ciliares. Ele fornece definições de termos como meio ambiente, recursos naturais, ecossistema e área degradada. Também descreve a importância das matas ciliares para a proteção dos recursos hídricos e a qualidade da água e explica os passos para recuperar as matas ciliares degradadas.
8. O QUE É MEIO AMBIENTE ?
Conjunto de condições que afetam a existência, desenvolvimento
e bem-estar dos seres vivos, incluindo não apenas o lugar no
espaço, mas todas as condições físicas, químicas e biológicas
(ambientes naturais e artificiais)
(Atlas do Meio Ambiente do Brasil, 1994)
Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações
de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas
(art. 3° da Lei 6938/81).
DEFINIÇÕES
9. DEFINIÇÕES
• MEIO AMBIENTE FÍSICO OU NATURAL: o solo, a água , o ar
atmosférico, a flora e a fauna.
• MEIO AMBIENTE FÍSICO CULTURAL: manifestações culturais
(patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, turístico
e geológico).
• MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL: espaço urbano construído
(conjunto de edificações) e equipamentos públicos.
• MEIO AMBIENTE DO TRABALHO: espaço e local e a qualidade
das tarefas no exercício profissional.
Fonte: www.esite.pt
10. O QUE SÃO RECUROS NATURAIS ?
São elementos da natureza com utilidade para o Homem, com o
objetivo do desenvolvimento da civilização, sobrevivência e
conforto da sociedade.
(E.F. Schumacher, 1970)
Fonte:
ww.google.com.br
DEFINIÇÕES
11. Os recursos naturais podem ser:
1 - Renováveis: elementos naturais que usados da forma correta podem
se renovar. Exemplos: animais, vegetação, água.
2 - Não-renováveis: São aqueles que de maneira alguma não se renovam,
ou demoram muito tempo para se transformar. Exemplos: petróleo, ferro,
ouro.
3 - Inesgotaveis: Recursos que não se acabam, como o Sol e o vento.
DEFINIÇÕES
12. Ecossistema:
“unidade funcional básica na ecologia, que abrange todos os organismos
que funcionam em conjunto (comunidade biótica), numa dada área,
interagindo com o ambiente físico de tal forma que um fluxo de energia
produza estruturas bióticas claramente definidas e uma ciclagem de
materiais entre as partes vivas e não vivas.”
Odum (1985);
Fonte:
ww.google.com.br
DEFINIÇÕES
13. Área Degrada:
Área impossibilitada de retornar por uma trajetória natural, a um
ecossistema que se assemelhe a um estado conhecido antes, ou para outro
estado que poderia ser esperado, conforme Instrução Normativa
nº04/2011 do IBAMA;
DEFINIÇÕES
Área Alterada ou Pertubada:
área que após o impacto ainda mantém meios de regeneração biótica, ou
seja, possui capacidade de regeneração natural, conforme Instrução
Normativa nº 04/2011 do IBAMA;
Figuras (a): Rio Corrente assoreado
Foto:
Sebastião
Nascimento,
2013
Figuras (b): Agricultura às margens do Rio Corrente
Foto:
Sebastião
Nascimento,
2013
14. Recuperação:
restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a
uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição
original, conforme Lei nº 9.985 de 2000;
DEFINIÇÕES
Restauração:
restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o
mais próximo possível da sua condição original, conforme Lei nº 9.985 de
2000;
Segundo a Sociedade Internacional para a Restauração Ecológica (2004),
os termos degradação, dano, destruição e transformação representam
desvios do normal ou do estado desejado de um ecossistema.
15. Resiliência e Estabilidade:
Resiliência é a capacidade de um ecossistema se recuperar de flutuações
internas provocadas por distúrbios naturais ou antrópicos enquanto que
estabilidade é a capacidade de tolerar e absorver mudanças, mantendo
sua estrutura e seu padrão geral de comportamento, conforme TIVY
(1993 apud Engel & Parrotta 2003).
Conservação da Natureza:
É o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação, a
manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do
ambiente natural, garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral;
conforme a Lei Federal N°9.985 de 2000
DEFINIÇÕES
17. 1. O que é mata ciliar?
É o nome que se dá à vegetação que se desenvolve às margens
dos rios, riachos, córregos, lagoas ou outros corpos d’água;
Assim como os cílios protegem nossos olhos, as matas ciliares
protegem os rios, servindo como filtro, mantendo a qualidade
e a quantidade das águas;
MATAS CILIARES
Figura: Rio Corrente
Foto:
Sebastião
Nascimento,
2013
Figura: Canal de marapendi, RJ
18. 2. Qual a importância das matas ciliares?
Servem de proteção para rios, riachos, córregos, lagos e
lagoas, agindo como barreira física contra:
Erosão;
Contaminação por agrotóxicos e resíduos de fertilizantes;
Abrigo a diversos animais, seja para reprodução e
alimentação, seja como refúgio em épocas de seca;
Enchentes
MATAS CILIARES
Figura (a): Aplicação de agrotóxico
Fonte:
www.google.com.br
Figura (b): Erosão (deslizamento) Figura (c): Enchentes
19. 2. Qual a importância das matas ciliares?
MATAS CILIARES
As matas ciliares desempenham
múltiplas funções no ecossistema
Mata Ciliar tem relação direta com
a QUALIDADE DA ÁGUA
Figura: Mata ciliar
Fonte:
Instituto
Socioambiental
20. 3. Como estão nossas matas ciliares?
Mesmo protegidas por lei, as matas ciliares estão sendo
degradadas, desde a chegada dos portugueses e início do processo
de interiorização do Brasil.
Dentre as causas da degradação das matas ciliares, destacam-se:
Crescimento desordenado das cidades;
Aumento da agricultura e da pecuária;
Extração de madeira sem manejo adequado;
Queimadas e incêndios criminosos;
Mineração sem ordenamento adequado;
As olarias e a instalação de indústrias nas margens dos rios.
MATAS CILIARES
21. 3. Como estão nossas matas ciliares?
A destruição das matas cria inúmeros problemas como:
I. Solos sujeitos à erosão, reduzindo a fertilidade e aumentando os
custos de produção;
II. Assoreamento dos rios; Risco de secar as nascentes dos rios;
III.Possibilidades de inundações em áreas urbanas e rurais;
IV. Poluição das águas, tornando a água não utilizável;
V. Perda da biodiversidade.
MATAS CILIARES
Figura: Poluição do leito de rio
Fonte:
Instituto
Socioambiental
Figura: Erosão (formação de voçoroca
Fonte:
msrecord.com
22. Média brasileira: 10 kg de terra pra kg de grão a cada safra. Desaparecimento de
nascentes, secas e enchentes extremas, desaparecimento dos peixes. Assoreamento e
contaminação com residios de adubos, inseticidas, fungicidas, etc. ( só falando de
agricultura)
Fonte:Adaptado de Bertoni et al, 1982)
20100
soja
40
Reflorestamen to
26600
algodão
900
café
400
pastagem
4
Mata nativa
Perda de solo por
erosão em Kg/ hectare
por ano
Tipo de
cobertura
MATAS CILIARES
3. Como estão nossas matas ciliares?
23. 4. O Que diz a lei sobre a necessidade de proteger e
recuperar as matas ciliares?
Atualmente, há muitas normas jurídicas que visam garantir a proteção
do meio ambiente e referem-se, à proteção e à recuperação do meio
ambiente e das matas ciliares. Dentre elas, pode-se citar:
I. – Constituição Federal de 1988 – cap.VI, art. 225
II. – Lei Federal nº 4.771, de 1965, que institui o Novo Código
Florestal Brasileiro.
III.– Lei Federal nº 9.433, de 1997, que institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos.
IV. – Resolução CONAMA nº 302, de 2002, que trata das Áreas de
Preservação Permanente.
MATAS CILIARES
24. MATAS CILIARES
4. O Que diz a lei sobre a necessidade de proteger e recuperar
as matas ciliares?
Fonte:
www.google.com.br
Figura (a): Topo de morro vegetado Figura (b): Nascente (olho d’água) Figura (c): Encosta (barranco)
25. MATAS CILIARES
Segundo o código Florestal Brasileiro (conforme Medida Provisória
2166/00), e
A Política Florestal Estadual (Lei nº 6.569/94, regulamentada pelo
Decreto nº 6.785/97), consideram-se Áreas de Preservação
Permanente:
a) As Nascentes e os Olhos
d’água num raio de 50 metros ao
seu redor.
4. O Que diz a lei sobre a necessidade de proteger e recuperar
as matas ciliares?
Fonte:
SMRH-BA
26. MATAS CILIARES
b) As Mata Ciliares, devendo-se proteger a vegetação em cada uma
de suas margens numa faixa de:
– 50 metros para rios com 10 a 50
metros de largura;
– 30 metros para rios com até 10
metros de largura;
Fonte:
SMRH-BA
Fonte:
SMRH-BA
27. MATAS CILIARES
b) As Mata Ciliares, devendo-se proteger a vegetação em cada uma
de suas margens numa faixa de:
– 200 metros para rios com 200 a 600
metros de largura;
– 100 metros para rios com 50 a
200 metros de largura;
210 metros
100 metros
Figura: Rio Parnaíba
Fonte:
Google
Earth,
2013
Fonte:
SMRH-BA
28. MATAS CILIARES
b) As Mata Ciliares, devendo-se proteger a vegetação em cada uma
de suas margens numa faixa de:
– 500 metros para rios com 200 a 600 metros de largura;
650 metros
100 metros
Figura: Rio Parnaíba
Fonte:
Google
Earth,
2013
29. MATAS CILIARES
c) No entorno das lagoas ou dos reservatórios d’água das zonas
rurais, devendo ter a vegetação protegida num raio de:
– 50 metros para aqueles com até 20
há de superfície (1 ha =
aproximadamente 2,3 tarefas);
– 100 metros para aqueles com até 20
há de superfície (1 ha =
aproximadamente 2,3 tarefas);
Fonte:
SMRH-BA
Fonte:
Google
Earth,
2013
Figura: Lagoa de Parnaguá, PI
30. MATAS CILIARES
c) Nos Topos de Morros e Encostas
Fonte:
Ceinfra
Figura: Topo de e encosta de Morro Vegetada
Fonte:
Ceinfra
Figura: Mata ciliar preservada
32. 5. O que está sendo feito para recuperar as matas
ciliares
Desde as últimas décadas, tem-se observado que o governo e a
sociedade estão unindo cada vez mais seus esforços para reverter o
acelerado processo de degradação dos recursos.
MATAS CILIARES
VÍDEO 1 - PARANÁ VÍDEO 3 – SANTA CATARINA
VÍDEO 2 - PIAUÍ
33. 5. O que está sendo feito para recuperar as matas
ciliares
MATAS CILIARES
34. 6. Passos para recuperação das matas ciliares?
MATAS CILIARES
As áreas de matas são responsáveis diretamente pela quantidade e
qualidade de água dos rios. Na maioria dos casos, a simples
recuperação das matas ciliares, bem como da cobertura florestal das
nascentes, já é suficiente para que aumente a quantidade de água no
rio e para que sua qualidade melhore sensivelmente.
Figura (a): Assoreamento Rio Corrente
Fonte:
Sebastião
Nascimento
Figura (b): Limpeza Poluição Rio Corrente Figura (c): Plantio de Mudas
35. 6. Passos para recuperação das matas ciliares?
MATAS CILIARES
1º Passo: Avaliação detalhada das condições do local a ser
recuperado
a) O quanto a área está degradada e as causas da degradação;
b) Presença de mata nativa por perto, para servirem de fonte de
coleta de sementes, com fins de semeadura e dispersão;
c) Aumentar o número de árvores em áreas onde existam poucas ou
recuperada, o que mostra a necessidade de isolamento temporário;
d) Se existem áreas sem mata e com erosão perto do rio, para também
se fazer a recuperação ambiental;
e) Quais as condições do solo no local, se está muito empobrecido.
36. 6. Passos para recuperação das matas ciliares?
MATAS CILIARES
2º Passo: Seleção de espécies de árvores a serem plantadas
I. Deve-se pesquisar quais espécies ocorrem na região, ou em locais
semelhantes ao da área a ser recuperada;
II. Para a recomposição, as árvores mais indicadas são aquelas que ali
existiram. Pode-se ainda reintroduzir aquelas que inicialmente
existiam naquela região e foram extintas;
III. Deve-se escolher espécies melhor adaptadas a solos pobres, com
frutos comestíveis para animais, melíferas, de crescimento rápido,
com raízes profundas e facilidade de germinação de sementes;
IV. É mais fácil iniciar a recuperação da área com um número menor de
espécies, podendo enriquecer a mata com outras espécies
posteriormente;
37. 6. Passos para recuperação das matas ciliares?
MATAS CILIARES
3º Passo: Coleta e beneficiamento de sementes
1 - Demarcar áreas próximas ao local de plantio, com condições
edafoclimáticas semelhantes, e onde a mata é exuberante;
2 - Selecionar as matrizes (sem herbivorias), para servir de coleta
de sementes;
3 - Identificá-las com uma fita ou plaqueta para facilitar sua
localização em coletas posteriores;
4 - Acompanhar o período reprodutivo;
5 - Coletar frutos ou sementes em várias árvores do mesmo tipo,
evitando coletá-las apenas de uma única árvore e de uma única área;
6 - Coletar os frutos maduros, ainda nas árvores ou no chão, com
cuidado para não misturá-los;
38. 6. Passos para recuperação das matas ciliares?
MATAS CILIARES
3º Passo: Coleta e beneficiamento de sementes
7 - Retirar as sementes dos frutos. Retirar as sementes quebradas,
brocadas etc. Dependendo do tipo do fruto, devem ser lavadas;
8 - Programar para, em menor tempo, preparar as sementes para a
semeadura (quebra de dormência)
9 - As sementes não plantadas devem ser guardadas, observando sua
viabilidade. Devem ser armazenadas em condições de umidade e
temperatura adequadas.
Figura (b): Conservação de Sementes em sacos plásticos
Fonte:
www.asabrasil.org
Fonte:
www.asabrasil.org
Figura (a): Sementes Florestais diversas
39. 6. Passos para recuperação das matas ciliares?
4º Passo: Produção de mudas
A forma da produção de mudas: é por semeadura direta no campo ou nos
saquinhos plásticos com furos nas laterais ou tubetes.
I - Reprodução Sexuada = Sementes
II - Reprodução Assexuada = Estacas
Figura (a): Mudas em saco plástico e tubetes
Fonte:
José
A.
Fonseca
Figura (b): Plantio em saco plástico
O substrato (terra com adubo) usado no
saquinho pode ser composto por 2 partes
de terra de subsolo mais uma de material
orgânico (composto orgânico, esterco
bovino ou de galinha etc.).
40. 6. Passos para recuperação das matas ciliares?
4º Passo: Produção de mudas
II - Reprodução Assexuada = Estacas
Figura (a): Reprodução assexuada de mini-estacas
Fonte:
José
A.
Fonseca
Fonte:
José
A.
Fonseca
Figura (b): Canteiro a céu aberto: No chão
Recomenda-se produzir mudas a pleno
sol, simulando as condições que
encontrarão no campo, principalmente no
caso de mudas de espécies pioneiras.
41. 5º Passo: Locais de plantio
O plantio deve ser feito nas áreas degradadas, principalmente nas
nascentes, margem de rio e laçais inclinados:.
Fonte: José A. Fonseca
Figura (b): Margens de Rios
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
Figura (a): Nascentes Figura (c): Locais inclinados
42. 6º Passo: Modelos de plantio
Fonte:
www.agroflorestal.org
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
Figura (a): Sistema agroflorestal
a) Sistema florestal ambiental: plantio do maior número de espécies
de árvores da região, com objetivo principal de recuperar as funções
ecológicas da mata;
b) Sistema agroflorestal (SAF): introdução de espécies de árvores
nativas e outras de interesse econômico e não-madeiráveis
(frutíferas, meléferas, medicinais etc.) em uma mesma área, visando o
uso econômico futuro da área sem retirada da cobertura vegetal.
Figura (b): Sistema agroflorestal
43. 6º Passo: Modelos de plantio
Fonte:
José
A.
Fonseca
Figura (b): Enriquecimento ou nucleação
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
Figura (c): Locais inclinados
c) Enriquecimento e nucleação: introdução de algumas árvores nos
espaços vazios da mata já em recuperação.
d) Isolamento: consiste em isolar com cerca, uma área com grande
quantidade de mata próxima, e vegetação se recuperando
naturalmente.
44. 7º Passo: Distribuição das mudas no local de plantio
Fonte:
José
A.
Fonseca
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
Figura: Distribuição das árvores pioneiras e não pioneiras
O sombreamento das árvores pioneiras (P) permite que as árvores
não pioneiras (NP), pouco ou não tolerantes ao sol, se desenvolvam em
sua fase inicial, mas de maneira um pouco mais lenta que as primeiras.
Fonte:
ambienteacreano.blogspot.com
Figura: Sistema Agroflorestal
45. 8º Passo: Época de plantio
Fonte:
www.google.com.br 6. Passos para recuperação das matas ciliares?
Figura: Precipitação pluvial
Para o sucesso do plantio, o ideal é que seja feito no início do período
chuvoso, após as primeiras chuvas, quando o solo já se encontra
molhado o suficiente para receber as mudas.
Fonte:
porsiminas.blogspot.com
Figura: Sistema Agroflorestal
46. 9º Passo: Preparo do local para o plantio
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
a) Isolamento da área – Se existirem em animais no local, para que
haja sucesso do plantio, o primeiro passo é isolar o local para evitar
invasão pelos animais e pisoteio das mudas.
Fonte:
José
A.
Fonseca
Figura: Distribuição das árvores pioneiras e não pioneiras Figura: Atividade Pecuária nas margens de rio
Fonte:
www.google.com.br
47. 9º Passo: Preparo do local para o plantio
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
b) Controle de formigas cortadeiras – Se existirem em animais no
local, para que haja sucesso do plantio, o primeiro passo é isolar o local
para evitar invasão pelos animais e pisoteio das mudas.
48. 9º Passo: Preparo do local para o plantio
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
c) Marcação das covas / espaçamento entre as mudas – marcar as
covas de acordo com o modelo de plantio escolhido. A depender das
espécies escolhidas, o espaçamento entre as mudas pode variar.
Recomenda-se espaçamento de 2X2 m, para que as copas das árvores
fechem rapidamente e protejam o solo (2.500 plantas/ha)
Obs.: Na marcação das covas, é importante atentar para as orientações contidas
no 7º Passo – Distribuição das mudas no plantio.
Figura (b): Plantio espaçado em 2x2m
Fonte:
www.painelflorestal.com.br
Figura (a): Espaçamento mudas florestais
Fonte:
José
A.
Fonseca
49. 9º Passo: Preparo do local para o plantio
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
d) Limpeza do solo – Antes de planar, é preciso preparar a terra para
receber as mudas. O ideal é que o solo não fique completamente
desprotegido, ou seja, não é preciso tirar todo o “mato”, e sim fazer
uma limpeza do local onde será feita a cova, o coroamento, num círculo
com mais ou menos 1 m de largura.
Figura (b): Coroamento em mudas florestais
Fonte:
www.ilhasverdes.com.br
Figura (a): Limpeza da área para plantio
Fonte:
José
A.
Fonseca
50. 9º Passo: Preparo do local para o plantio
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
e) Abertura de covas – As covas deverão ter de 40 a 60 cm de largura,
por 60 cm de profundidade.
Fonte:
www.ilhasverdes.com.br
Figuras (a,b,c): Abertura de cova
Fonte:
Nascimento,
S.P.
51. 9º Passo: Preparo do local para o plantio
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
f) Preparo do solo – deve ser feito pelo menos 2 meses antes do
plantio.
• No caso de um solo muito degradado e empobrecido:
Figuras (a): Solo degradado
• Se o solo não foi muito degradado,
pode-se utilizar somente adubação
orgânica, com 3 litros de esterco de
curral ou 2 litros de esterco galinha
por cova.
Fonte: www.permaculturarj.blogspot.com
Figura (b): Preparo da área para plantio
I – Fazer análise de solo. Se não
aplicar 400 gramas por cova. A
adubação também deverá ser realizada
na cova, com 100 a 200 g de NPK (10-
10-10). Adicionar 2 litros de adubo
orgânico.
52. 10º Passo: Como plantar a muda
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
a) Cortar com cuidado as raízes que estão de fora do saquinho, usando
somente tesoura ou faca, evitando, assim, a entrada e desenvolvimento
de doenças e pragas:
Figura (a): Retirada do saco plástico Figura (b): Plantio da muda (rente ao solo) Figura (c): Aplicação de cobertura morta
53. 11º Passo: Tratos Culturais
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
I - Replantio
Algumas mudas morrem depois de algum tempo. Por isso, geralmente,
30 a 50 dias após o plantio, é necessário fazer o replantio.
II - Coroamento
retirada do “mato” que cresce próximo às mudas, ou capina/roçada ao
longo das linhas.
III - Eliminação de trepadeiras: caso estas estejam tomando conta
das mudas e prejudicando seu crescimento;
IV -Adubação de cobertura;
V – Controle de Doenças e Prgas;
V - Irrigação na época de seca: caso haja um período de estiagem
prolongado, prejudicando o desenvolvimento das mudas, principalmente
das espécies frutíferas e não pioneiras.
54. 12. Sugestões de espécies para recompor as matas ciliares
6. Passos para recuperação das matas ciliares?
Cada espécie ou tipo de planta apresenta características que a
diferem de outras, podendo haver ou não adaptação a um determinado
tipo de ambiente.
Nos quadros que seguem, temos os nomes de algumas espécies de
árvores que podem ser utilizadas para a recuperação de matas ciliares,
contendo:
55. 6. das matas ciliares?
12. Sugestões de espécies para recompor as matas ciliares
56. “Cada um de nós deve repensar os seus hábitos alimentares para
influenciar toda a cadeia alimentar. Esta é a forma de estabelecer
as bases para uma maior sustentabilidade”.
Irina Bokova
58. Engº. Agrº. M.Sc. Sebastião P. do Nascimento
E-mail: spnascimento@ifpi.edu.br
Hinweis der Redaktion
Comentar porquê os nomes dos furacões geralmente são de mulheres (por que quando passam levam tudo).
A pegada ecológica é atualmente usada ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Pode ser usado para medir e gerenciar o uso de recursos através da economia. É comumente usado para explorar a sustentabilidade do estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações.
A pegada ecológica de uma população tecnologicamente avançada é, em geral, maior do que a de uma população subdesenvolvida.
LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
A IN 04/2011 define os critérios legais para a elaboração de Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), aplicados também à recuperação
de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal (RL), detalhando o que é necessário em termos legais para a elaboração de um projeto.
– Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000 institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
Proteção física das margens dos rios
Reciclagem de elementos em condições de solos encharcados.
Interação entre os ecossistemas terrestre e aquático (temperatura da água, alimentação da fauna aquática e terrestre)
Desempenha papel de corredor genético para a flora e fauna, promovendo o fluxo de espécies dentro e entre os diferentes Biomas.
Diferentes matas ciliares: vales fechados, terraços, alagados, ilhas, banco de areia
Proteção física das margens dos rios
Reciclagem de elementos em condições de solos encharcados.
Interação entre os ecossistemas terrestre e aquático (temperatura da água, alimentação da fauna aquática e terrestre)
Desempenha papel de corredor genético para a flora e fauna, promovendo o fluxo de espécies dentro e entre os diferentes Biomas.
Diferentes matas ciliares: vales fechados, terraços, alagados, ilhas, banco de areia
Vantagens Desvantagens
Melhor direcionamento do crescimento da raiz O investimento inicial é maior
Melhor rendimento operacional Regas devem ser feitas com mais freqüência
Menor consumo de substrato A demanda de irrigação pós-plantio é maior
Uso de substrato orgânico, ao contrário dos constituídos de terra de subsolo Maior necessidade de replantio
Melhores condições de trabalho e higiene Tempo de espera no campo é curto
Melhores condições ergonométricas Retorno do tubete ao viveiro
Facilidade de remoção e manuseio das mudas O substrato deve ser específico e com características desejáveis
Menor custo de transporte das mudas do viveiro ao campo Tempo de permanência no viveiro é menor
Maior rendimento operacional do plantio
Maior produção de mudas por unidade de área
Os tubetes podem ser reutilizados
c) As espécies escolhidas devem ter crescimento rápido e, também, atrair animais vertebrados (principalmente aves) através de seus frutos, para que
sirvam como poleiros naturais e como fonte de troca de sementes trazidas de outras
áreas.
d) A medida visa restringir o acesso a animais domésticos da atividade pecuária, deixando que o movimento natural dos
animais e o vento leve as sementes e resulte na recuperação natural da área.
Para entendermos como funciona a recuperação da mata ciliar destruída é necessário entender como as florestas se recuperam naturalmente.
Se uma floresta for derrubada e se essa área for abandonada, as árvores voltam a crescer aos poucos, por etapas. Se houver uma mata próxima,
o vento, os insetos, os pássaros e a água vão levar as sementes dessa mata para a área desmatada, permitindo
que uma nova mata cresça no local.