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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
LICENCIATURA EM BIOLOGIA APLICADA E ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
TERRESTRE
Disciplina: Habilidades de Estudo
Tema: Consumo das drogas psico-activas na academia
Discentes:
Assuçena Fernando Nhamussua
Carlos Sitoe Júnior
Cleise Saque António Ngale
Larcher Carlos Gove
Líria Lateiro de Sousa
Yundy Michaque Timane
Docente: Msc. Jussiline Fonseca
Maputo, aos 22 de Março de 2023
Introdução
• Os jovens, em particular os estudantes universitários, constituem pelas mais
variadas razões um grupo de risco no que concerne ao consumo de substâncias
psicoativas. Há diversos estudos que relatam níveis elevados de consumo de
substâncias psicoativas entre os estudantes universitários.
• O consumo de substâncias psicoativas e a perceção do risco associado ao seu
consumo são influenciados por diversos factores. Importa deste modo analisar
esses fatores numa população com características especiais (Duarte, 2016).
• Parece que já é senso comum que o problema de drogas, não só no Brasil como no
mundo inteiro, está relacionado ao conjunto de três elementos: o individuo, a
substância e a sociedade onde este encontro acontece (CRPSP, 2011).
Objectivos
Geral
•Falar do consumo das drogas psico-activas na academia;
Específicos
•Definir os conceitos de substâncias psico-activas, tóxico-dependência, abstinência,
desintoxicação;
•Caracterizar os diferentes tipos de subtâncias psico-activas;
•Classificar os diferentes tipos de substâncias psico-activas;
•Indetificar o efeito negativo que drogas produzem tanto a nivel individual, como para
sociedade em geral.
Drogas
Segundo o SENAD (2014), drogas são substâncias psicoativas utilizadas para
produzir alterações nas sensações, no grau de consciência ou no estado emocional.
Drogas psicoativas ou psicotrópicas são aquelas que modificam o funcionamento do
cérebro. Ser ou não legalizada não determina se uma substância é ou não droga.
Cigarro e bebidas alcoólicas são drogas.
Substâncias psico-activas
É definida como uma substância que, quando ingerida, pode alterar o humor,
comportamento e processos cognitivos. Esta expressão e outra equivalente,
substância psicotrópica, são as expressões mais neutrais e descritivas para referir
toda uma classe de substâncias, lícitas e ilícitas. A designação psico-activa não
implica necessariamente que é geradora de dependência (OIT, 2008).
OMS (Organização Mundial da Saúde), define droga como toda a substância que,
pela sua natureza química, afecta a estrutura e funcionamento do organismo
(Cardoso, 2007).
• Tóxico-depedência
• Segundo Cardoso (2007), a OMS define como sendo um estado de
intoxicação crónica do organismo que é prejudicial ao indivíduo e à
sociedade e que é produzido pela administração de uma “droga”
(natural ou sintética) e se caracteriza por um desejo ou necessidade
incoercível de continuar.
• OMS – é um estado de necessidade produzido pelo uso repetitivo, ou
seja, constante de drogas (Cardoso, 2007).
• Abstinência
• (Anton,2000) pessoas que não tiveram nenhuma relação com a
substancia e nunca utilizaram em nenhuma ocasião, para nenhuma
finalidade.
• Síndrome de abstinência
• Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas maneiras e cuja
gravidade é variável, ocorrem quando de uma abstinência absoluta ou
relativa de uma substância psicoativa consumida de modo prolongado.
• Desintoxicação
• Segundo SUS (2015), a desintoxicação médica é apenas a primeira etapa do
tratamento para a dependência e, por si só, pouco faz para modificar o uso
de drogas em longo prazo. A desintoxicação médica trata cuidadosamente
de sintomas físicos agudos da síndrome de abstinência, que ocorrem quando
se deixa de usar alguma droga.
Caracterização e classificação dos diferentes
tipos de substâncias psico-activas
A classificação de Delay e Denicker. as substancias psico-activas são classificadas
em:
• Substâncias Psicoanaléticas (estimulantes do S.N.C): este tipo de drogas tem um
efeito altamente estimulante sobre o S.N.C. e compreendem as anfetaminas, base
livre ou crack, cocaína, cafeína e a nicotina.
• Substâncias Psicodisléticas (perturbadoras do S.N.C.): dentro deste grupo
enquadram-se os derivados da cannabis, os voláteis e inalantes, a marijuana, o
haxixe, e os alucinogéneos (LSD, ecstasy, cogumelos mágicos, GHB,…);
• Substâncias Psicoléticas (depressoras do S.N.C.): este tipo de drogas, das quais o
álcool faz parte, é provavelmente a mais utilizada e conhecida por parte das pessoas.
Existem mais tipos de drogas depressoras, tais como: os barbitúricos e outros
tranquilizantes/hipnóticos, benzodiazepinas e Opiáceos (morfina, heroína, ópio,
metadona, codeína, buprenorfina,…).
• Classificação segundo a acção no sistema nervoso central (SNC)
• A Classificação Internacional de Doenças, CID-10, (OMS, 1993) descreve as
drogas de acordo com a ação sobre o sistema nervoso central (Oliveira, 2007).
• Estimulantes
• São drogas que, uma vez introduzidas no organismo, aceleram a atividade
cerebral. Há aumento da vigília, da atenção, aceleração do pensamento e euforia.
Seus usuários tornam-se mais ativos, “ligados” Causam elevação da pressão e dos
batimentos cardíacos A intoxicação pode resultar em acidentes vasculares e
paradas cardíacas. Exemplos: anfetaminas(remédios para emagrecer), cafeína,
cocaína, ecstasy e nicotina (MJC, 2017). Depressoras
• Depressoras
• São drogas que, uma vez introduzidas no organismo, são
capazes de lentificar ou diminuir a atividade do cérebro,
podendo possuir também, alguma propriedade analgésica.
Pessoas sob o efeito dessas substâncias tornam-se sonolentas,
lerdas, desatentas e desconcentradas. Se as doses forem altas,
pode sobrevir o coma e até a morte. Exemplos: álcool,
opiáceos (heroína e morfina), tranquilizantes, inalantes ou
solventes (cola) e indutores de sono (MJC, 2017).
• Perturbadoras
• São drogas que, uma vez introduzidas no organismo, modificam o
sentido da realidade, provocando alterações na percepção, emoções e
pensamento. O humor do usuário pode variar de um estado eufórico
(marcado por risos motivados, fala solta e sensação de bem-estar) a
sintomas de mal-estar psíquico como tristeza, sensação de pânico e
perda do controle (medo de enlouquecer). O consumo pode
desencadear também quadros psicóticos permanentes em pessoas
predispostas a essas doenças ou novas crises em indivíduos portadores
de doenças psiquiátricas (transtorno bipolar esquizofrenia). Exemplos:
anticolinérgicos, LSD(ácido), maconha, chá de cogumelo, trombeta,
lírios e etc. (MJC, 2017).
• Classificação segundo a produção e segundo a Lei
Segundo Seidl (1999) citado em (Malbergier & Amaral, 2013), as drogas
podem ser classificadas de acordo com a produção e com a Lei.
• Drogas Naturais
• São originadas de plantas, disponíveis na natureza, como os cogumelos e
a trombeteira, consumidas em forma de chá.
• Drogas Semissintéticas
• São extraídas de plantas, mas exigem algum tipo de processamento para
serem consumidas. Como exemplo, tem-se a maconha, a cocaína, o
álcool e o tabaco.
• Drogas Sintéticas
• São produzidas artificialmente em laboratório, como o ecstasy, o LSD
e os benzodiazepínicos.
• Algumas são fabricadas pela indústria farmacêutica com finalidade
médica (SEIDL, 1999).
Classificação de acordo com a Lei (Malbergier & Amaral, 2013):
Lícitas
• Não há nenhuma proibição na legislação quanto à produção, uso e
comercialização. São chamadas drogas legais e em geral têm seu uso
aceito socialmente e às vezes até estimulado em determinadas
culturas, como exemplo tem-se o álcool, tabaco e café.
• Ilícitas
• São as drogas proibidas por leis específicas e que têm a produção, a
comercialização e o consumo considerados como crime. A maconha, a
cocaína e o crack são exemplos de drogas ilícitas ou ilegais.
• Efeitos do uso das principais substâncias psico-activas
• Segundo SENAD (2014), os efeitos produzidos pelo uso de uma
substância psicoativa dependem de diversos fatores: tipo e quantidade
da substância utilizada; via de utilização da substância; características
biopsicológicas do usuário; condições ambientais onde se dá o uso da
substância. Listamos, entretanto, apenas como diretrizes gerais, os
efeitos que mais se associam à utilização de algumas substâncias
psicoativas, assim como os quadros clínicos mais frequentemente
observados.
•
• Cocaína (cocaína, “pó”, “brilho”, crack, pasta-base)
• É um alcalóide contido nas folhas do arbusto Erythroxylum coca. Quimicamente, é
um derivado da tropina, a benzoilmetil-ecgonina.
• É um potente estimulante cerebral, cuja ação é muito semelhante a das anfetaminas.
Provoca sensações de grande força muscular e vivacidade mental. Em alta dose, pode
causar excitação eufórica e experiência de alucinação (Silva, 1997).
• Efeitos: excitação, euforia, diminuição do cansaço, irritabilidade, insônia, perda do
apetite, hipervigilância, logorreia (falar exageradamente), agitação psicomotora,
exacerbação simpatomimética (coração acelerado, febre, pupilas dilatadas, suor,
hipertensão arterial).
• Intoxicação: pode ocasionar crise de pânico, crise hipertensiva,
convulsões, hipertermia (febre) e choque cardiovascular. Os usuários
crônicos podem tolerar doses muito mais altas do que sujeitos pouco
habituados ao consumo, de forma que a dose letal é variável e
imprevisível. As causas de morte nas intoxicações estão mais
frequentemente associadas a quadros vasculares do Sistema Nervoso
Central (acidente vascular encefálico) e a eventos cardiovasculares
(arritmias, isquemias e infarto).
• Outros quadros associados: transtorno psicótico induzido por substâncias, com
alucinações e delírios, transtornos neuropsiquiátricos (em usuários crônicos é
importante realizar avaliação das funções cognitivas e, se necessário, exames de
neuroimagem). As funções cognitivas são avaliadas através de exames
neuropsicológicos que frequentemente incluem testes padronizados.
• Problemas clínicos adicionais: quadros relacionados ao uso de agulhas
contaminadas (endocardite, tétano, abscessos, hepatites virais, êmbolos, infecção
pelo HIV, etc.); comprometimento do septo nasal nos sujeitos que fazem uso por
aspiração (forma inalada); o abuso durante a gravidez pode desencadear abortos
espontâneos, trabalho de parto prematuro e placenta prévia (placenta em
localização inadequada dentro do útero, facilitando hemorragias e abortamento).
• Abstinência: sintomas inespecíficos, cuja remissão ocorre em horas ou dias após
a interrupção do uso. Podem ocorrer reações depressivas importantes, além de
fissura intensa.
• Anfetaminas e substâncias análogas (anorexígenos1 , metanfetamina, ice2
MDMA3 ou ecstasy).
• As anfetaminas são compostos sintéticos, derivados químicos da efedrina,
alcalóide natural das plantas do gênero Ephedra. Têm propriedades
euforizantes por estimular o sistema nervos central, contrapondo-se aos efeitos
dos depressores Silva (1997).
• Efeitos: semelhantes aos da cocaína.
• Intoxicação: efeitos cérebro-vasculares, cardíacos e gastrointestinais estão
entre os sintomas mais sérios associados com o abuso de doses altas de
anfetaminas. Um continuum de sintomas neurológicos está associado a
doses gradativamente maiores de anfetamina, desde cãibras até convulsões,
coma e morte. Os efeitos psíquicos incluem inquietação, disforia, insônia e
confusão mental. Substâncias como MDMA e ecstasy podem acarretar
síndrome hipertérmica (aumento da temperatura corporal), que pode ser
fatal; insuficiência hepática causada por hepatite tóxica, que pode ser
irreversível; e morte relacionada a problemas cardíacos, como fibrilação
ventricular (arritmia). Outros quadros associados: semelhantes aos quadros
descritos para a cocaína.
• 4. Problemas clínicos adicionais: emagrecimento; o uso durante a gravidez
pode causar abortos espontâneos e baixo peso ao nascer.
• Abstinência: sintomas inespecíficos, como irritabilidade, hipersonia (excesso de
sono) e fadiga.
• Ópio e derivados (opioides e opiáceos).
• O ópio é obtido a partir de um tipo de papoula originária do Oriente. Substâncias
derivadas do ópio são denominadas opiáceos (morfina, codeína e heroína),
enquanto substâncias sintetizadas em laboratório semelhantes aos opiáceos são
denominadas opioides (meperidina, metadona). Embora os derivados do ópio
sejam medicamentos muito utilizados na medicina, existe grande potencial de
abuso e dependência.
• Efeitos: sensação de prazer extremo, seguida de sonolência e estupor; miose
(pupilas contraídas).
• Intoxicação: depressão do SNC, diminuição do funcionamento global do cérebro
(depressão respiratória, hipotensão, sonolência e coma). Os casos de
superdosagem, que podem ocorrer acidentalmente ou em tentativas de suicídio,
representam situações de alto risco
• Outros quadros associados: depressão. Em geral o ópio e seus
derivados não desencadeiam quadros psicóticos, ao contrário da
maioria das outras drogas.
• Problemas clínicos adicionais: arritmias cardíacas, úlceras gástricas,
anemias, alterações das concentrações plasmáticas de elementos
químicos (sobretudo de potássio), pneumonias, tuberculose,
broncoespasmos e sibilos (especialmente após a inalação da fumaça de
um opiáceo), anormalidades do funcionamento sexual, causadas pela
diminuição de testosterona, observada durante o uso crônico de
opiáceos, podendo persistir por até um mês após a interrupção do uso.
• Abstinência: os derivados do ópio estão entre as substâncias cuja
interrupção do uso habitual pode desencadear síndrome de abstinência
típica e grave. Embora seja um quadro clinicamente dramático, a
abstinência desses produtos raramente leva à morte, a menos que o
usuário apresente uma doença preexistente grave, como doença
cardíaca, por exemplo
• Alucinógenos (LSD, cogumelos, mescalina)
Causa excitação, alucinação, euforia, por vezes delírios. Em caso de consumo excessivo pode
causar ansiedade, perda de identidade, hipotermia, tarquicardia, borramento visual e
flashbacks.
Em gravidas pode causar aborto espontâneo ou má formação congénita.
Anticolinérgicos (biperideno-Akinenton)
Causa sensação de bem estar. Em caso de excesso não consegue olhar diretamente para a luz,
dificuldades em engolir e boca seca.
Barbitúricos
Causa sensação de embriaguez alcoólica, pupilas dilatadas, desatenção.
Consumo excessivo causa hiperexicitatibilidade, taquicardia, sudorese, aumenta da frequência
respiratória.
Benzodiazepínicos (sedativos)
Causam diminuição da coordenação motora, pulso lento e falta de ar.
Caso de abstinência pode causar taquicardia, sudorese, respiração rápida e ansiedade.
• Álcool
Pode ter efeitos como desinibição, euforia, perda da capacidade crítica;
sensação de anestesisa e sonolência . Suas possíveis consequenicas são
naúseas, vomitos, dor de cabeça, tontura, liberação da agressividade,
diminuição da atenção, da capacidade de concentração e dos reflexos.
O uso prolongado pode ocasionar doenças graves, como cirrose e
atrofiacerebral. Na abstinência(interrupçaõ do uso) podem ocorrer
termores, suor excessivo, convulsões e confusaão mental grave.
• Solventes e Inalantes
São substâncias como cola de sapateiro, esmalt, benzina, lança-perfume,
“loló”, gasolina, acetona, éter, tíner, aguarrás e tintas. Podem causar
euforia, sonolência, diminuição da fome, alucinações, tosse naúseas,
vômitos, dores musculares, visão dupla, fala enrolada, movimentos
desordenados e confusãomental. Suas possíveis consequências são
queda da pressão arterial, diminuição da respiraçaõ e dos batimenos do
coração, podendo levar à morte. O uso continuo pode causar problemas
nos rins e destruição dos neurônios
Atenção: o uso de solventes em geral é ocasional. O uso frequente e
problemático geralmente ocorre em pessoas com problemas psiquiátricos
graves ou em situações de exclusão social. Vem crescendo o relato de uso
abusivo entre universitários, especialmente entre estudantes de Medicina.
Causas do consumo de substâncias psicoativas
Causas pessoais
• baixo nível de escolaridade ;
• zonas onde vivem ;
• problemas de saúde.
Causas interpessoais
• Amizades
• relações inapropriadas com os pais ;
• Pais consumidores de substâncias psicoativas.
Princípios práticos de prevenção
• A UNESCO ( Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura
) aponta a escola como o local mais adequado para o desenvolvimento de ações
preventivas à melhoria da qualidade de vida (Aquino 1998).
• Em cima desta realidade Aquino (1998), reúne em sua obra vários comentários
práticos de especialistas concernentes à prevenção das drogas nas escolas, e
chegaram a algumas conclusões:
• A escola é, por definição um espaço de socialização do saber;
• A escola é o local onde o aluno passa boa parte da sua vida. E essa é a fase mais
rica para a aprendizagem, para mudança de posturas, atitudes e comportamentos;
Cont…
• A escola, mais do que qualquer instituição, é privilegiada como espaço educativo
de educação formal;
• A escola, em relação às drogas, pode ser um espaço para discussão e
possibilidades de informações confiáveis fortalecendo as relações pessoais e o
convívio em grupo;
• A escola tem competência para mobilizar diferentes segmentos da comunidade;
• A prática de esportes, principalmente coletivos, leva o adolescente a descobrir
validade de regras, disciplinas, espírito de grupo;
• A escola poderá criar espaços alternativos nos quais o aluno buscará a prática do
esporte, o convívio com a arte por meio de filmes e de outras atividades lúdicas.
Influencia da midia no consumo de drogas
• Se um produto é lícito, fabricado e distribuído de acordo com o ordenamento
legal, deve merecer a oportunidade de um tratamento publicitário ético. Bebidas
alcoólicas devem se comunicar sem apelos exagerados ou abuso, sem despertar a
curiosidade ou a atenção de crianças e jovens, destacando moderação no consumo.
Há outros produtos que merecem (e recebem) tratamento específico para sua
publicidade, como medicamentos, agrotóxicos e produtos alimentícios. Todos os
produtos e serviços de curso legal podem ser anunciados, sem exceção, desde que
o façam dentro de padrões legais e éticos.
• o investimento na propaganda de bebidas alcoólicas, como as cervejas, tem feito
muito barulho. O barulho das vítimas do álcool é que ainda tem sido muito pouco
escutado, quase mesmo que abafado, pelos jingles musicais ou por grandes
carnavais. De um lado, está o produtor que quer e precisa vender seu produto,
‘aquele produto que desce redondo’, e que é também classificado pela
Organização Mundial de Saúde como um dos três responsáveis pelas mais altas
taxas de mortalidade e morbidade no mundo (OMS, 2001).
Efeitos do consumo de substâncias psico-activas no
individuo e na sociedade
• de humor e de personalidade. Entre os Efeitos do consumo de substâncias psico-
activas no individuo e na sociedade
• Rosa et al., (2000) citada em (Loureiro, 2012), equaciona o problema do consumo
de ATOD a partir de três factores: as substâncias, as pessoas que as consomem e o
ambiente social circundante (tudo isto com aspectos biológicos, psicológicos e
socioculturais em jogo).
• A gravidade do problema também está no fato de que os efeitos das drogas no
corpo humano não causam danos apenas físicos, mas também psicológicos e
sociais. Entre os danos físicos, encontramos cirrose hepática, enfisema pulmonar e
danos cerebrais. Entre os prejuízos psicológicos, está a deficiência cognitiva e
transtornos danos sociais, encontramos o isolamento do usuário, o preconceito e a
discriminação, sendo que essas pessoas raramente são vistas como possuidoras de
direito (Silva, 2016).
OBRIGADO PELAATENÇÃO
DISPENSADA!

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  • 1. UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA EM BIOLOGIA APLICADA E ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE Disciplina: Habilidades de Estudo Tema: Consumo das drogas psico-activas na academia Discentes: Assuçena Fernando Nhamussua Carlos Sitoe Júnior Cleise Saque António Ngale Larcher Carlos Gove Líria Lateiro de Sousa Yundy Michaque Timane Docente: Msc. Jussiline Fonseca Maputo, aos 22 de Março de 2023
  • 2. Introdução • Os jovens, em particular os estudantes universitários, constituem pelas mais variadas razões um grupo de risco no que concerne ao consumo de substâncias psicoativas. Há diversos estudos que relatam níveis elevados de consumo de substâncias psicoativas entre os estudantes universitários. • O consumo de substâncias psicoativas e a perceção do risco associado ao seu consumo são influenciados por diversos factores. Importa deste modo analisar esses fatores numa população com características especiais (Duarte, 2016). • Parece que já é senso comum que o problema de drogas, não só no Brasil como no mundo inteiro, está relacionado ao conjunto de três elementos: o individuo, a substância e a sociedade onde este encontro acontece (CRPSP, 2011).
  • 3. Objectivos Geral •Falar do consumo das drogas psico-activas na academia; Específicos •Definir os conceitos de substâncias psico-activas, tóxico-dependência, abstinência, desintoxicação; •Caracterizar os diferentes tipos de subtâncias psico-activas; •Classificar os diferentes tipos de substâncias psico-activas; •Indetificar o efeito negativo que drogas produzem tanto a nivel individual, como para sociedade em geral.
  • 4. Drogas Segundo o SENAD (2014), drogas são substâncias psicoativas utilizadas para produzir alterações nas sensações, no grau de consciência ou no estado emocional. Drogas psicoativas ou psicotrópicas são aquelas que modificam o funcionamento do cérebro. Ser ou não legalizada não determina se uma substância é ou não droga. Cigarro e bebidas alcoólicas são drogas. Substâncias psico-activas É definida como uma substância que, quando ingerida, pode alterar o humor, comportamento e processos cognitivos. Esta expressão e outra equivalente, substância psicotrópica, são as expressões mais neutrais e descritivas para referir toda uma classe de substâncias, lícitas e ilícitas. A designação psico-activa não implica necessariamente que é geradora de dependência (OIT, 2008). OMS (Organização Mundial da Saúde), define droga como toda a substância que, pela sua natureza química, afecta a estrutura e funcionamento do organismo (Cardoso, 2007).
  • 5. • Tóxico-depedência • Segundo Cardoso (2007), a OMS define como sendo um estado de intoxicação crónica do organismo que é prejudicial ao indivíduo e à sociedade e que é produzido pela administração de uma “droga” (natural ou sintética) e se caracteriza por um desejo ou necessidade incoercível de continuar. • OMS – é um estado de necessidade produzido pelo uso repetitivo, ou seja, constante de drogas (Cardoso, 2007). • Abstinência • (Anton,2000) pessoas que não tiveram nenhuma relação com a substancia e nunca utilizaram em nenhuma ocasião, para nenhuma finalidade.
  • 6. • Síndrome de abstinência • Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas maneiras e cuja gravidade é variável, ocorrem quando de uma abstinência absoluta ou relativa de uma substância psicoativa consumida de modo prolongado. • Desintoxicação • Segundo SUS (2015), a desintoxicação médica é apenas a primeira etapa do tratamento para a dependência e, por si só, pouco faz para modificar o uso de drogas em longo prazo. A desintoxicação médica trata cuidadosamente de sintomas físicos agudos da síndrome de abstinência, que ocorrem quando se deixa de usar alguma droga.
  • 7. Caracterização e classificação dos diferentes tipos de substâncias psico-activas A classificação de Delay e Denicker. as substancias psico-activas são classificadas em: • Substâncias Psicoanaléticas (estimulantes do S.N.C): este tipo de drogas tem um efeito altamente estimulante sobre o S.N.C. e compreendem as anfetaminas, base livre ou crack, cocaína, cafeína e a nicotina. • Substâncias Psicodisléticas (perturbadoras do S.N.C.): dentro deste grupo enquadram-se os derivados da cannabis, os voláteis e inalantes, a marijuana, o haxixe, e os alucinogéneos (LSD, ecstasy, cogumelos mágicos, GHB,…); • Substâncias Psicoléticas (depressoras do S.N.C.): este tipo de drogas, das quais o álcool faz parte, é provavelmente a mais utilizada e conhecida por parte das pessoas. Existem mais tipos de drogas depressoras, tais como: os barbitúricos e outros tranquilizantes/hipnóticos, benzodiazepinas e Opiáceos (morfina, heroína, ópio, metadona, codeína, buprenorfina,…).
  • 8. • Classificação segundo a acção no sistema nervoso central (SNC) • A Classificação Internacional de Doenças, CID-10, (OMS, 1993) descreve as drogas de acordo com a ação sobre o sistema nervoso central (Oliveira, 2007). • Estimulantes • São drogas que, uma vez introduzidas no organismo, aceleram a atividade cerebral. Há aumento da vigília, da atenção, aceleração do pensamento e euforia. Seus usuários tornam-se mais ativos, “ligados” Causam elevação da pressão e dos batimentos cardíacos A intoxicação pode resultar em acidentes vasculares e paradas cardíacas. Exemplos: anfetaminas(remédios para emagrecer), cafeína, cocaína, ecstasy e nicotina (MJC, 2017). Depressoras
  • 9. • Depressoras • São drogas que, uma vez introduzidas no organismo, são capazes de lentificar ou diminuir a atividade do cérebro, podendo possuir também, alguma propriedade analgésica. Pessoas sob o efeito dessas substâncias tornam-se sonolentas, lerdas, desatentas e desconcentradas. Se as doses forem altas, pode sobrevir o coma e até a morte. Exemplos: álcool, opiáceos (heroína e morfina), tranquilizantes, inalantes ou solventes (cola) e indutores de sono (MJC, 2017).
  • 10. • Perturbadoras • São drogas que, uma vez introduzidas no organismo, modificam o sentido da realidade, provocando alterações na percepção, emoções e pensamento. O humor do usuário pode variar de um estado eufórico (marcado por risos motivados, fala solta e sensação de bem-estar) a sintomas de mal-estar psíquico como tristeza, sensação de pânico e perda do controle (medo de enlouquecer). O consumo pode desencadear também quadros psicóticos permanentes em pessoas predispostas a essas doenças ou novas crises em indivíduos portadores de doenças psiquiátricas (transtorno bipolar esquizofrenia). Exemplos: anticolinérgicos, LSD(ácido), maconha, chá de cogumelo, trombeta, lírios e etc. (MJC, 2017).
  • 11. • Classificação segundo a produção e segundo a Lei Segundo Seidl (1999) citado em (Malbergier & Amaral, 2013), as drogas podem ser classificadas de acordo com a produção e com a Lei. • Drogas Naturais • São originadas de plantas, disponíveis na natureza, como os cogumelos e a trombeteira, consumidas em forma de chá. • Drogas Semissintéticas • São extraídas de plantas, mas exigem algum tipo de processamento para serem consumidas. Como exemplo, tem-se a maconha, a cocaína, o álcool e o tabaco.
  • 12. • Drogas Sintéticas • São produzidas artificialmente em laboratório, como o ecstasy, o LSD e os benzodiazepínicos. • Algumas são fabricadas pela indústria farmacêutica com finalidade médica (SEIDL, 1999). Classificação de acordo com a Lei (Malbergier & Amaral, 2013): Lícitas • Não há nenhuma proibição na legislação quanto à produção, uso e comercialização. São chamadas drogas legais e em geral têm seu uso aceito socialmente e às vezes até estimulado em determinadas culturas, como exemplo tem-se o álcool, tabaco e café.
  • 13. • Ilícitas • São as drogas proibidas por leis específicas e que têm a produção, a comercialização e o consumo considerados como crime. A maconha, a cocaína e o crack são exemplos de drogas ilícitas ou ilegais. • Efeitos do uso das principais substâncias psico-activas • Segundo SENAD (2014), os efeitos produzidos pelo uso de uma substância psicoativa dependem de diversos fatores: tipo e quantidade da substância utilizada; via de utilização da substância; características biopsicológicas do usuário; condições ambientais onde se dá o uso da substância. Listamos, entretanto, apenas como diretrizes gerais, os efeitos que mais se associam à utilização de algumas substâncias psicoativas, assim como os quadros clínicos mais frequentemente observados. •
  • 14. • Cocaína (cocaína, “pó”, “brilho”, crack, pasta-base) • É um alcalóide contido nas folhas do arbusto Erythroxylum coca. Quimicamente, é um derivado da tropina, a benzoilmetil-ecgonina. • É um potente estimulante cerebral, cuja ação é muito semelhante a das anfetaminas. Provoca sensações de grande força muscular e vivacidade mental. Em alta dose, pode causar excitação eufórica e experiência de alucinação (Silva, 1997). • Efeitos: excitação, euforia, diminuição do cansaço, irritabilidade, insônia, perda do apetite, hipervigilância, logorreia (falar exageradamente), agitação psicomotora, exacerbação simpatomimética (coração acelerado, febre, pupilas dilatadas, suor, hipertensão arterial).
  • 15. • Intoxicação: pode ocasionar crise de pânico, crise hipertensiva, convulsões, hipertermia (febre) e choque cardiovascular. Os usuários crônicos podem tolerar doses muito mais altas do que sujeitos pouco habituados ao consumo, de forma que a dose letal é variável e imprevisível. As causas de morte nas intoxicações estão mais frequentemente associadas a quadros vasculares do Sistema Nervoso Central (acidente vascular encefálico) e a eventos cardiovasculares (arritmias, isquemias e infarto).
  • 16. • Outros quadros associados: transtorno psicótico induzido por substâncias, com alucinações e delírios, transtornos neuropsiquiátricos (em usuários crônicos é importante realizar avaliação das funções cognitivas e, se necessário, exames de neuroimagem). As funções cognitivas são avaliadas através de exames neuropsicológicos que frequentemente incluem testes padronizados. • Problemas clínicos adicionais: quadros relacionados ao uso de agulhas contaminadas (endocardite, tétano, abscessos, hepatites virais, êmbolos, infecção pelo HIV, etc.); comprometimento do septo nasal nos sujeitos que fazem uso por aspiração (forma inalada); o abuso durante a gravidez pode desencadear abortos espontâneos, trabalho de parto prematuro e placenta prévia (placenta em localização inadequada dentro do útero, facilitando hemorragias e abortamento). • Abstinência: sintomas inespecíficos, cuja remissão ocorre em horas ou dias após a interrupção do uso. Podem ocorrer reações depressivas importantes, além de fissura intensa.
  • 17. • Anfetaminas e substâncias análogas (anorexígenos1 , metanfetamina, ice2 MDMA3 ou ecstasy). • As anfetaminas são compostos sintéticos, derivados químicos da efedrina, alcalóide natural das plantas do gênero Ephedra. Têm propriedades euforizantes por estimular o sistema nervos central, contrapondo-se aos efeitos dos depressores Silva (1997). • Efeitos: semelhantes aos da cocaína.
  • 18. • Intoxicação: efeitos cérebro-vasculares, cardíacos e gastrointestinais estão entre os sintomas mais sérios associados com o abuso de doses altas de anfetaminas. Um continuum de sintomas neurológicos está associado a doses gradativamente maiores de anfetamina, desde cãibras até convulsões, coma e morte. Os efeitos psíquicos incluem inquietação, disforia, insônia e confusão mental. Substâncias como MDMA e ecstasy podem acarretar síndrome hipertérmica (aumento da temperatura corporal), que pode ser fatal; insuficiência hepática causada por hepatite tóxica, que pode ser irreversível; e morte relacionada a problemas cardíacos, como fibrilação ventricular (arritmia). Outros quadros associados: semelhantes aos quadros descritos para a cocaína. • 4. Problemas clínicos adicionais: emagrecimento; o uso durante a gravidez pode causar abortos espontâneos e baixo peso ao nascer.
  • 19. • Abstinência: sintomas inespecíficos, como irritabilidade, hipersonia (excesso de sono) e fadiga. • Ópio e derivados (opioides e opiáceos). • O ópio é obtido a partir de um tipo de papoula originária do Oriente. Substâncias derivadas do ópio são denominadas opiáceos (morfina, codeína e heroína), enquanto substâncias sintetizadas em laboratório semelhantes aos opiáceos são denominadas opioides (meperidina, metadona). Embora os derivados do ópio sejam medicamentos muito utilizados na medicina, existe grande potencial de abuso e dependência. • Efeitos: sensação de prazer extremo, seguida de sonolência e estupor; miose (pupilas contraídas). • Intoxicação: depressão do SNC, diminuição do funcionamento global do cérebro (depressão respiratória, hipotensão, sonolência e coma). Os casos de superdosagem, que podem ocorrer acidentalmente ou em tentativas de suicídio, representam situações de alto risco
  • 20. • Outros quadros associados: depressão. Em geral o ópio e seus derivados não desencadeiam quadros psicóticos, ao contrário da maioria das outras drogas. • Problemas clínicos adicionais: arritmias cardíacas, úlceras gástricas, anemias, alterações das concentrações plasmáticas de elementos químicos (sobretudo de potássio), pneumonias, tuberculose, broncoespasmos e sibilos (especialmente após a inalação da fumaça de um opiáceo), anormalidades do funcionamento sexual, causadas pela diminuição de testosterona, observada durante o uso crônico de opiáceos, podendo persistir por até um mês após a interrupção do uso. • Abstinência: os derivados do ópio estão entre as substâncias cuja interrupção do uso habitual pode desencadear síndrome de abstinência típica e grave. Embora seja um quadro clinicamente dramático, a abstinência desses produtos raramente leva à morte, a menos que o usuário apresente uma doença preexistente grave, como doença cardíaca, por exemplo
  • 21. • Alucinógenos (LSD, cogumelos, mescalina) Causa excitação, alucinação, euforia, por vezes delírios. Em caso de consumo excessivo pode causar ansiedade, perda de identidade, hipotermia, tarquicardia, borramento visual e flashbacks. Em gravidas pode causar aborto espontâneo ou má formação congénita. Anticolinérgicos (biperideno-Akinenton) Causa sensação de bem estar. Em caso de excesso não consegue olhar diretamente para a luz, dificuldades em engolir e boca seca. Barbitúricos Causa sensação de embriaguez alcoólica, pupilas dilatadas, desatenção. Consumo excessivo causa hiperexicitatibilidade, taquicardia, sudorese, aumenta da frequência respiratória. Benzodiazepínicos (sedativos) Causam diminuição da coordenação motora, pulso lento e falta de ar. Caso de abstinência pode causar taquicardia, sudorese, respiração rápida e ansiedade.
  • 22. • Álcool Pode ter efeitos como desinibição, euforia, perda da capacidade crítica; sensação de anestesisa e sonolência . Suas possíveis consequenicas são naúseas, vomitos, dor de cabeça, tontura, liberação da agressividade, diminuição da atenção, da capacidade de concentração e dos reflexos. O uso prolongado pode ocasionar doenças graves, como cirrose e atrofiacerebral. Na abstinência(interrupçaõ do uso) podem ocorrer termores, suor excessivo, convulsões e confusaão mental grave.
  • 23. • Solventes e Inalantes São substâncias como cola de sapateiro, esmalt, benzina, lança-perfume, “loló”, gasolina, acetona, éter, tíner, aguarrás e tintas. Podem causar euforia, sonolência, diminuição da fome, alucinações, tosse naúseas, vômitos, dores musculares, visão dupla, fala enrolada, movimentos desordenados e confusãomental. Suas possíveis consequências são queda da pressão arterial, diminuição da respiraçaõ e dos batimenos do coração, podendo levar à morte. O uso continuo pode causar problemas nos rins e destruição dos neurônios Atenção: o uso de solventes em geral é ocasional. O uso frequente e problemático geralmente ocorre em pessoas com problemas psiquiátricos graves ou em situações de exclusão social. Vem crescendo o relato de uso abusivo entre universitários, especialmente entre estudantes de Medicina.
  • 24. Causas do consumo de substâncias psicoativas Causas pessoais • baixo nível de escolaridade ; • zonas onde vivem ; • problemas de saúde. Causas interpessoais • Amizades • relações inapropriadas com os pais ; • Pais consumidores de substâncias psicoativas.
  • 25. Princípios práticos de prevenção • A UNESCO ( Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura ) aponta a escola como o local mais adequado para o desenvolvimento de ações preventivas à melhoria da qualidade de vida (Aquino 1998). • Em cima desta realidade Aquino (1998), reúne em sua obra vários comentários práticos de especialistas concernentes à prevenção das drogas nas escolas, e chegaram a algumas conclusões: • A escola é, por definição um espaço de socialização do saber; • A escola é o local onde o aluno passa boa parte da sua vida. E essa é a fase mais rica para a aprendizagem, para mudança de posturas, atitudes e comportamentos;
  • 26. Cont… • A escola, mais do que qualquer instituição, é privilegiada como espaço educativo de educação formal; • A escola, em relação às drogas, pode ser um espaço para discussão e possibilidades de informações confiáveis fortalecendo as relações pessoais e o convívio em grupo; • A escola tem competência para mobilizar diferentes segmentos da comunidade; • A prática de esportes, principalmente coletivos, leva o adolescente a descobrir validade de regras, disciplinas, espírito de grupo; • A escola poderá criar espaços alternativos nos quais o aluno buscará a prática do esporte, o convívio com a arte por meio de filmes e de outras atividades lúdicas.
  • 27. Influencia da midia no consumo de drogas • Se um produto é lícito, fabricado e distribuído de acordo com o ordenamento legal, deve merecer a oportunidade de um tratamento publicitário ético. Bebidas alcoólicas devem se comunicar sem apelos exagerados ou abuso, sem despertar a curiosidade ou a atenção de crianças e jovens, destacando moderação no consumo. Há outros produtos que merecem (e recebem) tratamento específico para sua publicidade, como medicamentos, agrotóxicos e produtos alimentícios. Todos os produtos e serviços de curso legal podem ser anunciados, sem exceção, desde que o façam dentro de padrões legais e éticos. • o investimento na propaganda de bebidas alcoólicas, como as cervejas, tem feito muito barulho. O barulho das vítimas do álcool é que ainda tem sido muito pouco escutado, quase mesmo que abafado, pelos jingles musicais ou por grandes carnavais. De um lado, está o produtor que quer e precisa vender seu produto, ‘aquele produto que desce redondo’, e que é também classificado pela Organização Mundial de Saúde como um dos três responsáveis pelas mais altas taxas de mortalidade e morbidade no mundo (OMS, 2001).
  • 28. Efeitos do consumo de substâncias psico-activas no individuo e na sociedade • de humor e de personalidade. Entre os Efeitos do consumo de substâncias psico- activas no individuo e na sociedade • Rosa et al., (2000) citada em (Loureiro, 2012), equaciona o problema do consumo de ATOD a partir de três factores: as substâncias, as pessoas que as consomem e o ambiente social circundante (tudo isto com aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais em jogo). • A gravidade do problema também está no fato de que os efeitos das drogas no corpo humano não causam danos apenas físicos, mas também psicológicos e sociais. Entre os danos físicos, encontramos cirrose hepática, enfisema pulmonar e danos cerebrais. Entre os prejuízos psicológicos, está a deficiência cognitiva e transtornos danos sociais, encontramos o isolamento do usuário, o preconceito e a discriminação, sendo que essas pessoas raramente são vistas como possuidoras de direito (Silva, 2016).