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2T12 • COMPROMISSO Liderança• 1
CONVERSA
Educação ontem, hoje e sempre
“Não existe povo, tribo, sociedade que não tenha educação. Todos os povos têm
educação pois todos desenvolvem meios de comunicação (linguagens diversas), tecno-
logias de produção econômica (como maquinarias, formas de utilização do solo, enfim,
domínio da natureza), sistema de parentesco (que existe em toda sociedade, mas difere
de um povo para outro povo, afinal a definição de quem é nosso parente não é uma
determinação biológica, mas cultural, social). Todos os povos têm educação pois pos-
suem práticas rituais sejam elas cívicas, religiosas etc. E procuram reproduzir tudo isso
por meio de outra invenção social que é o ensino, isto é, a capacidade de se transmitir
conhecimentos a outra pessoa, de dialogar para se chegar a um consenso ou dissenso, de
construir conjuntamente teorias, explicações, verdades, para o bem de todos.
Na Bíblia encontramos exemplos desse processo educacional desde os primórdios da
HistórianoAntigoTestamento. EmDeuteronômio6.1-9,temosumexemplodaimportân-
ciadoensinoedaresponsabilidadedospaisedacomunidadedesocializarascriançasdentro
dos conhecimentos fundamentais do grupo. Um exemplo do Novo Testamento, além, da
própria vida e ministério de Jesus que foi amplamente dedicado ao ato de ensinar (como o
exemploexplícitodeMateus5-7),éodaigrejaprimitiva.SegundoAtos5.42:“Etodososdias,
no templo e de casa em casa cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus o Cristo”.
A história da educação não para entre o povo de Deus. Ela perpassa toda a caminha-
da da igreja em dois mil anos de História. Lembramos neste mês de abril, por exemplo,
da Escola Dominical e de seu fundador Robert Raikes, que em 1780 estabeleceu a pri-
meira escola daquilo que hoje conhecemos como EBD.
EntreosbatistasdoBrasilaeducaçãoétambémumaprioridade.Temosorganizaçõesdi-
versas que trabalham para fomentar o desenvolvimento educacional das pessoas. Entre estas
destacamos a EBD (para estudo da Bíblia) e a Divisão de Crescimento Cristão para estudo
de outros muitos temas, confrontando-os com a posição bíblica, para edificação dos servos
de Deus e sua capacitação para serem agentes de transformação evangélica na sociedade.
Estas organizações poderão ser aprimoradas, modificadas, extinguidas até. Organi-
zações nascem e morrem. O que não se pode deixar de ter é educação e aqui falamos
especificamente de educação religiosa. Todas as igrejas precisam ter programas sérios,
sistemáticos e continuados de educação, para isso necessitam criar estruturas para tal. O
que não se pode fazer é acabar com organizações de educação e não se colocar outras –
reconhecidamente melhores – em seu lugar.
Clemir Fernandes
Redator
As sugestões didáticas desta edição, que certamente ajudarão o trabalho do pro-
fessor, foram produzidas pela professora Eva Souza da Silva, conhecida e respeitada
educadora da PIB de Nova Iguaçu, RJ.
2 • COMPROMISSO Liderança • 2T12
Revista dirigida a professores de adultos na Es-
cola Bíblica Dominical. Contém sugestões di-
dáticas das lições da EBD e, eventualmente,
outras seções de interesse daqueles que tra-
balham com os adultos na igreja
Escola Bíblica Dominical
ANO CVI – Nº 422 – Abr.Mai.Jun de 2012
Publicação trimestral da JUERP
Junta de Educação Religiosa e Publicações da
Convenção Batista Brasileira
CGC (MF): 33.531.732/0001-67
Endereços
CaixaPostal320–20001-970–RiodeJaneiro,RJ
Tel.: (21) 2298-0960 e 2298-0966
Telegráfico – BATISTAS
Eletrônico – editora@juerp.org.br
Site – www.juerp.org.br
Direção Geral
Almir dos Santos Gonçalves Júnior
Conselho Editorial
Carrie Lemos Gonçalves, Celso Aloísio Santos
Barbosa, Ebenézer Soares Ferreira, Francisco
Mancebo Reis, Gilton Medeiros Vieira, Ivone
Boechat de Oliveira, João Reinaldo Purim, José
A. S. Bittencourt, Lael d’Almeida, Margarida
Lemos Gonçalves, Pedro Moura, Roberto Alves
de Souza e Silvino Carlos Figueira Netto
Coordenação Editorial
Solange Cardoso Abreu d’Almeida (RP/16897)
Redação
Clemir Fernandes Silva
Conselho Geral da CBB
Sócrates Oliveira de Souza
Produção Editorial
Studio Anunciar – (Arte de capa com imagens 1285320_68586877 e
1372604_57661842 de www.sxc.hu)
Produção Gráfica
Willy Assis Produção Gráfica
Distribuição
EBD– Marketing e Consultoria Editorial Ltda.
Caixa Postal 28.506 – Cep: 21832-970
Tel.: (21) 2104-0044 – Fax: 0800.216768
E-mail: distribuidora@ebd-1.com.br
Nossa missão: “Viabilizar a
cooperação entre as igrejas
batistas no cumprimento
de sua missão como
comunidade local”
LIDERANÇA
ISSN 1984-8390
SUMÁRIO
Introdução ao trimestre
EBD 1 – “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres
extraordinários”
EBD 2 – “Cristo vive em mim”
EBD 3 – “O justo viverá pela fé”
EBD 4 – “Filho e herdeiro por Deus”
EBD 5 – “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”
EBD 6 – “Pela graça sois salvos”
EBD 7 – “A Deus seja a glória”
EBD 8 – “Há um só corpo e um só Espírito”
EBD 9 – “Andeis como sábios”
EBD 10 – “O viver é Cristo e o morrer é lucro”
EBD 11 – “Prossigo para o alvo”
EBD 12 – “Damos sempre graças a Deus”
EBD 13 – “Tratai ao empregados com equidade”
Introdução ao trimestreIntrodução ao trimestre
COMPROMISSO
3
5
9
13
17
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23
26
29
32
35
39
42
46EBD 13 – “Tratai ao empregados com equidade”
2T12 • COMPROMISSO Liderança• 3
TEMA DO TRIMESTRE
Estas quatro cartas contêm o que poderíamos chamar de âmago escritu-
rístico do apóstolo Paulo. Por uma questão que não sabemos imagina sequer,
o cânon bíblico neotestamentário as inseriu exatamente dentre as cartas es-
critas às igrejas, após as duas epístolas maiores (Romanos e 1/2Coríntios),
e antes das duas epístolas escritas à igreja de Tessalônica, onde ele escreve
sobre o último passo da vida cristã, a ressurreição.
Na carta aos gálatas, ele aborda com proficiência a liberdade cristã em
contraposição aos ditames retrógrados que os legalistas judeus queriam im-
por à igreja que se constituia.
Na carta aos efésios, ele faz o mais belo discurso sobre a santidade cristã,
e como com ela o crente poderia enfrentar o mundo, certo da vitória sobre
o mal e o pecado.
Na carta aos filipenses ele vai descrever sobre o poder que Deus dá ao
crente e à sua Igreja, de forma que ele saiba dai para frente, e em todas as
épocas que, “pode todas as coisas naquele que lhe fortalece”.
Na carta aos colossenses ele vai expor sobre como com tais armas – liber-
dade, santidade e sabedoria – o crente poderia desenvolver uma vivência de
fraternidade e amor com seus irmãos em Cristo.
A pregação do evangelho demonstrava-se eficaz a ponto de causar em al-
guns, o desejo de copiarem os feitos do apóstolo inspirado, pois o texto de
Atos dos Apóstolos nos evidencia que “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia mila-
gresextraordinários”.EmÉfeso,umjudeudenomeCeva,umdossacerdotesna
sinagoga, que tinha sete filhos, se deixando impressionar pelos feitos de Paulo,
sem no entanto crerem na verdade que Paulo pregava, tentaram copiá-lo, sen-
As cartas de Paulo (III)
Gálatas, Efésios, Filipenses e Colossenses
4 • COMPROMISSO Liderança • 2T12
doentãodesmascaradosdeformacontundenteporumdemônioquetentavam
expulsar de alguém, que lhes inquiriu antes de escorraçá-los:“Respondendo, po-
rém, o espírito maligno, disse: A Jesus conheço, e sei quem é Paulo; mas vós, quem
sois?” – At 19.15
Este e outros textos de Paulo, nestas cartas, nos ensinam que o maligno nos
conhece. Sabe quem somos, quando na verdade nos refugiamos no Senhor
como nosso Deus e Protetor. Ele nos respeita e sabe do poder de que, pela pre-
sença de Cristo em nós, somos portadores.Os demônios que dominavam sobre
Legião, os evangelhos narram, sabiam que estavam diante de Cristo, o Filho
de Deus. Esses espíritos malignos de Éfeso sabiam quem era Paulo, o grande
apóstolo dos gentios que sobre eles prevalecia.
E nós? Quem somos nós? Será que se nos defrontarmos com situações te-
nebrosas, as trevas do mal saberão que estão diante de alguém crente, temente
a Deus, seguidor de Cristo Jesus, portador do Espírito Santo em seu ser? Você e
eu temos evidenciado para o mundo a presença deste poder em nossa vida? Que,
pornossacondutanasociedadeepornossaatitudeíntimadeféecomunhãocom
Deus, o mundo veja a evidência necessária de vidas santas e separadas.
Quando o evangelho é pregado, aqueles que o fazem esperam sempre
uma reação por parte daqueles que o ouvem. Foi isto que aconteceu com
a pregação de Paulo nestas quatro cidades. Sim, se a mensagem de Cristo
é transmitida, os seus mensageiros aguardam que, pelo poder do Senhor, a
transformação aconteça na vida dos seus ouvintes.
Paulo, por certo, esperava que isto acontecesse em Éfeso e em todas as de-
mais cidades por onde passava. Embora por parte dos judeus mais renitentes
isto não tenha acontecido, sendo este o motivo inclusive para ele ter deixado
a sinagoga onde primeiramente pregava ali nesta cidade, o apóstolo vai ver
esta reação tão esperada pelo pregador do evangelho, por parte do povo que
vivia naquela cidade tão pagã: “E muitos dos que haviam crido vinham, confes-
sando e revelando os seus feitos.” – At 19.18.
Será que nós hoje quando ensinamos ou pregamos temos esta mesma re-
ação por parte dos nossos ouvintes? – Que o Senhor nos inspire a sermos
pregoeiros fiéis de sua Palavra para que tal aconteça.
2T12 • COMPROMISSO Liderança• 5
Texto bíblico – Atos 14.1-7; 20-23; 16.1-15; 19.1-22 • Texto áureo – Atos 19.11
Objetivos
Através do estudo desta lição o aluno deverá:
• Entender como se deu a expansão do evangelho
• Entender que a obra de missões para ser vitoriosa deve ser feita sob a
direção do Senhor.
• Ter a vida do apóstolo Paulo como um exemplo a ser seguido.
EBD 1 • 1 de abril
Materialdidáticoemétododeensino
Bíblia, mapa das viagens missioná-
riasdePaulo,cartazesequadro-de-giz.
Para introduzir o trimestre suge-
rimos o método expositivo interca-
lado com perguntas.
Para você pensar
“Quando o livro de Atos apre-
senta o mais eficiente missionário de
todos os tempos, está falando de um
ex-perseguidor dos cristãos, o apósto-
lo Paulo. A sua conversão também se
transformou numa espécie de conver-
sãoparaaigrejacristãprimitiva.Antes
de Paulo a igreja não era mais do que
uma pequena e perseguida seita judai-
ca com alguns seguidores consagra-
dos, mas com impacto insignificante
no mundo além das fronteiras da Pa-
lestina. Depois da assombrosa carreira
de Paulo, a igreja estava presente em
todos os rincões do Império Romano.
Antes de Paulo, os líderes da igre-
ja tinham dúvida de que a redenção
pudesse ser oferecida aos que estavam
fora da lei judaica. Depois de Paulo,
a igreja havia se convertido numa co-
munidade quase que completamente
gentílica, orgulhosa de sua herança
judaica, porém aberta à plena partici-
pação de qualquer gentio que cresse.
Paulo assumiu a direção da campa-
nha para conceder aos gentios a plena
“Deus, pelas mãos de Paulo,
fazia milagres extraordinários”
O apóstolo lidera a expansão do evangelho
6 • COMPROMISSO Liderança • 2T12
aceitação na igreja sem submetê-los à
lei judaica. Ele mesmo havia sido li-
bertado da escravidão das leis limita-
doras, e insistia em uma vida baseada
no livre perdão de Deus, em vez de
no legalismo. Através da sua brilhan-
te carreira o evangelho se espalhou e
a igreja teve um grande crescimento”.
(Bíblia Devocional de Estudo).
Desenvolvimento do estudo
1 Colocar no quadro um cartaz
com o tema de hoje:
DEUS, PELAS MÃOS DE
PAULO, FAZIA MILAGRES
EXTRAORDINÁRIOS
2 Apresentar o mapa da 1a
Via-
gem Missionária de Paulo. Locali-
zar a cidade de Antioquia da Síria e
comentar que na Era Apostólica, a
Igreja de Antioquia da Síria foi um
exemplo de uma igreja viva e ativa.
Era constituída por gentios conver-
tidos (At 11.19-30). Naquela cidade,
os discípulos de Jesus foram chama-
dos de cristãos pela primeira vez (At
11.26). Nela havia excelentes prega-
dores e mestres, entre os quais Paulo
e Barnabé, separados pelo Espírito
Santo para a obra missionária (At
13.1-3).
3 À seguir apresentar um pano-
rama da primeira viagem missioná-
ria de Paulo e seus principais acon-
tecimentos.
1a
Viagem Missionária de Paulo
Companheiro de Viagem – Bar-
nabé
Locais por onde passaram: An-
tioquia da Pisídia, Icônio, Listra e
Derbe, cidades da Galácia Romana.
Principais acontecimentos:
• Evangelizavam nas sinagogas e
sofriam oposição. Nisto, entenderam
que Deus queria usá-los para evange-
lizar os gentios (At 13.46, 47)
• Paulo sofreu apedrejamento em
Listra, mas isto não os desanimaram.
• Foram usados por Deus para
a realização de milagres (At 14.3 e
9), rejeitaram a adoração dos pagãos
(At. 14.15) e eram ousados no teste-
munhar e vidas se converteram.
• Visitaram os fiéis do sul da Ga-
lácia. Fortaleceram a fé dos irmãos e
falaram das tribulações que viriam.
4Orientaram na eleição de pastores
em cada igreja, mediante a oração
(At 14.20-23).
• Concílio de Jerusalém – Pau-
lo e Barnabé voltaram de sua viagem
missionária entre os gentios, contan-
do com muita alegria as muitas con-
versões que ocorreram. Neste mo-
mento surge a controvérsia suscitada
2T12 • COMPROMISSO Liderança• 7
pelos judaizantes, que eram cristãos
legalistas. Ensinavam que os gentios
só deveriam ser batizados depois de
circuncidados, pois criam que este
rito judaico era necessário para a sal-
vação. Foi convocado o concílio para
resolver a questão. Pedro, Paulo e
Barnabé defenderam a evangelização
dos pagãos, sem obrigá-los a passar
pela circuncisão.
4 Perguntar:
a) Qual era a intenção dos judai-
zantes legalistas? (Pretenderam criar
dissensões entre os apóstolos Pedro e
Paulo, fazendo comparações e exal-
tando Pedro).
b) Como isso tem ocorrido em
nossas igrejas hoje?
5 À seguir apresentar um pano-
rama da segunda viagem missionária
de Paulo e seus principais aconteci-
mentos.
2a
Viagem Missionária de Paulo
Companheiros de Viagem – Si-
las, Timóteo e Lucas
Locais por onde passaram: Nor-
te e Sul da Galácia, Trôade, Macedô-
nia, Acaia, Filipos, Tessalônica, Be-
réia, Atenas, Corinto e Éfeso.
Principais acontecimentos:
• No norte, fortaleceram as igre-
jas locais (At 15.36-41).
•VisitaramasigrejasdosuldaGa-
lácia, transmitindo-lhes as recomen-
dações do Concílio de Jerusalém.
• Timóteo foi circuncidado por
Paulo que agiu assim para que Timó-
teo, sendo meio-judeu, após a circun-
cisão, pudesse pregar livremente nas
sinagogas. “Aqui era uma questão de
serviço eficiente, não como essencial
à salvação”.
•Percorreram aregiãofrígio-gálata,
quandooEspíritoSantoosimpediude
continuarapregarnaÁsia(At.16:6).
•Oroteirodaviagemfoimudado
duas vezes, pela ação do Espírito San-
to (At. 16:6-7). Por isso, Paulo não
visitou a cidade de Colossos.
•EmFiliposaconteceramdoisfatos:
– Evangelizaram mulheres. Con-
verteu-se Lídia, a vendedora de púr-
pura. Depois do batismo de Lídia e
de sua família, ela os hospedou em
sua casa, onde começou a se reunir a
igreja de Filipos (At 16.13-15).
– Expulsaram um demônio, fo-
ram presos, açoitados e à noite um
terremoto abriu as portas do cárcere,
mas os presos não fugiram. Conver-
teram-se o carcereiro e sua família e
foram batizados na mesma noite.
• Alcançou centros urbanos como
Atenas, Corinto e Éfeso onde deixou
o casal Priscila e Áquila.
8 • COMPROMISSO Liderança • 2T12
6 À seguir apresentar um pano-
rama da terceira viagem missionária
de Paulo e seus principais aconteci-
mentos.
3a
Viagem Missionária de Paulo
Local por onde passou: Éfeso.
Principais acontecimentos:
• Em Éfeso enfrentou os adora-
dores da deusa Diana, cujo templo
era uma das 7 maravilhas do mundo
antigo, lugar de romarias dos pagãos.
Foi um ministério marcado pelo
batismo dos 12 varões que foram
discípulos de João (At 19.1-7), ensi-
no da Palavra na escola de Tirano e
milagres. Houve muitas conversões
• Os que vieram do paganismo
queimaram em publico os seus livros
de artes mágicas
• Foi a Mileto, onde se despediu
dos anciãos de Éfeso, com um dos
seus mais belos sermões.
• Preocupou-se com a entrada de
falsos cristãos na igreja. Foi alvo do
carinho dos pastores daquela igreja,
que oraram com ele, choraram, abra-
çaram-no e beijaram o apóstolo que
partiu (At. 20.17-38).
7 Comentar que Paulo sempre
se preocupava com as igrejas nas quais
havia trabalhado, ensinando a Palavra.
Visitava-as para ver como estavam.
Combatia as heresias, pessoalmente ou
por cartas. Enviava seus discípulos para
serviremnasigrejasvisitadas.Seuexem-
plo é um desafio sempre presente para
os nossos líderes, pastores e missioná-
rios.Asorientaçõesdadaspeloapóstolo
sãomuitopreciosasatéhoje(Is40.8).
Aplicação para alunos não crentes
A salvação em Cristo pela fé foi a
mensagem anunciada pelo apóstolo
Paulo durante toda a sua vida e em to-
dososlugarespelosquaispassouemui-
tos foram salvos. E essa mesma mensa-
gemdoevangelhodeCristochegouaté
nós e chega hoje especialmente a você,
receba-acomoopresentedeDeuspara
suavida,aceiteJesusCristocomoSalva-
dor.Experimenteissoagora.
Para terminar
Desafio da Semana:
Cada aluno poderá escolher um
ou mais desafios abaixo relacionados
e realizá-los nesta semana.
( ) Orar pelos missionários da
Junta de Missões Mundiais.
( ) Ligar para uma das nossa Jun-
tas Missionárias e informar-se sobre
seus projetos missionários e se ins-
crever para participar de um deles.
( ) Pregar o evangelho para uma
pessoa ainda não convertida.
2T12 • COMPROMISSO Liderança• 9
Objetivos
Através do estudo desta lição o aluno deverá:
• Compreender que o evangelho é para ser anunciado a todos os povos.
• Entender que o que constitui um apóstolo é a vocação de Deus.
• Entender que o evangelho deve ser transmitido com autoridade dada por Deus.
• Saber como agir para enfrentar as heresias e refutá-las biblicamente.
EBD 2 • 8 de abril
Materialdidáticoemétododeensino
Bíblia, cartaz com as informações
introdutórias da Carta aos Gálatas e
quadro-de-giz.
Para este tema sugerimos o méto-
do expositivo ilustrado com cartazes.
Para você pensar
“Mas, ainda que nós mesmos, ou
um anjo do céu vos anuncie outro
evangelho além do que já vos tenho
anunciado, seja anátema (1.8)”.
“Paulo está irritado. É quase possível
ver que seu rosto está vermelho, com as
marcas da tensão visíveis em seu sem-
blante. Em geral, ele saúda os leitores
brevemente e depois os elogia calorosa-
mente. Mas, nesta carta, a comoção e a
consternação substituem a calidez habi-
tual.Umacriseameaçaosgálatas,ePaulo
inicia a sua carta com uma irada expres-
sãodecondenaçãodosresponsáveis.
Paulo já podia prever o resultado
final da maneira de pensar dos gálatas:
aoenfatizaremindevidamenteasuahe-
rança judaica, logo iriam desvalorizar a
obra de Cristo. Começariam a confiar
em seu próprio esforço humano (sua
obediência à “lei”) para obter a aceita-
ção de Deus (Gálatas 3.1-5). Se os gála-
tasprosseguissemnesserumo,ofunda-
mento do evangelho se desmoronaria.
A fé em Cristo se converteria simples-
mente em mais um dos muitos passos
para a salvação, em vez de ser o único.
Opróprioevangelhoficariadeformado
(Gálatas 1. 6-9)”. (Bíblia de Estudo De-
vocional)
“Cristo vive em mim”
Texto bíblico – Gálatas 1 e 2 • Texto áureo – Gálatas 2.20
O evangelho para todas as pessoas
10 • COMPROMISSO Liderança • 2T12
Desenvolvimento do estudo
1 Iniciar a aula com algumas in-
formações introdutórias do texto do
aluno sobre a Carta aos Gálatas, a fim
de que possam conhecer o contexto
desta carta para entendê-la bem. Você
poderá preparar o cartaz abaixo.
CARTA AOS GÁLATAS
Nome do Autor Apóstolo Paulo
Destinatários Às igrejas da Galácia do Sul
Data em que foi escrita
48 d.C. seria o mais provável da sua
elaboração
Estilo Linguagem grave e forte
Características especiais
- Foi a primeira das cartas paulinas
- Documento mais antigo que conta os
princípios da história da igreja cristã,
porque foi escrito antes de Atos e dos
Evangelhos.
2 Pedir aos alunos para lerem
alternadamente Gálatas 1. 1-12.
3 O texto deixa claro que não é
somente o evangelho que está sendo
atacado, mas também a autoridade
de Paulo.
4 Apresentar de forma expositi-
va a descrição desses ataques e a defe-
sa de Paulo em relação aos mesmos.
Ataque a Autoridade de Paulo
• Os cristãos da Galácia estavam
se afastando dos princípios bíblicos
que Paulo lhes ensinara.
• Deram ouvidos aos cristãos ju-
daizantes que divulgavam um “outro
evangelho”, contrário ao Evangelho
de Cristo (Gl 1.6, 7).
Defesa das Credenciais
Apostólicas de Paulo
• O apóstolo se surpreendeu que
em tão pouco tempo os gálatas se des-
viaram das boas novas da graça em
Cristo para voltar aos rudimentos da
Lei, que não poderia salvá-los.
• Enfatizou que tais perturbado-
res sofreriam a maldição.
• Afirmou que o Evangelho que
pregara não era proveniente de ho-
mens, mas veio mediante revelação
direta do Senhor Jesus (Gl 1.11, 12).
2T12 • COMPROMISSO Liderança• 11
• Relembra o que foi a sua vida
antes de encontrar-se com Jesus. Foi
perseguidor da igreja, mostrou um
zelo superior aos de sua época (G.
1.13, 14). Isto o envergonhava (1Co
15.9), mas falava disso para mostrar
a diferença entre a sua antiga manei-
ra de viver e a nova vida em Cristo.
• A tese de Paulo era que nenhum
judeu, por mais zeloso que fosse, po-
deria se salvar, a não ser que a graça de
DeusoalcançasseepelaféemJesusse
tornasse um novo homem.
• Quando Paulo soube, por reve-
lação divina, da sua missão de evan-
gelizar os gentios, não consultou ne-
nhum dos seus amigos ou parentes.
Retirou-se para a Arábia para refor-
mular todo o seu pensamento à luz
dos ensinos de Jesus (Gl 1.15-17).
• Descreveu um fato lamentável
que propiciou a Paulo a oportunida-
de de usar com firmeza a sua autori-
dade apostólica. Teve que repreen-
der o apóstolo Pedro, publicamente,
porque este se portara dissimulada-
mente. Comia com os gentios, até
que Tiago chegou. Por temer os ju-
daizantes, Pedro se afastou dos gen-
tios. Sua atitude influenciou outros,
inclusive Barnabé. Ao perceber que
não agiam bem, Paulo corrigiu com
autoridade o ato de hipocrisia (Gl
2.11-14).
• Se Pedro estivesse correto em
não comer com os gentios, então
ele, juntamente com Tiago e João
deveriam ter exigido que Tito fosse
circuncidado, o que não aconteceu
(Gl 2.3).
• Rejeitou a atitude vacilante
de Pedro, que era um retrocesso em
tudo o que se havia conseguido antes.
5 Perguntar:Queadvertênciaeste
fatotrazparanossasvidas?
No falar ou no agir, o servo de
Deus deve mostrar coerência com
os princípios bíblicos. Não podemos
exigir de ninguém o cumprimento
de normas que não nos dispomos a
cumprir. De outro modo, agiríamos
como os que dizem: “Faça o que eu
mando, mas não faça o que eu faço”.
Defesa da
Mensagem do Evangelho
• No capítulo 2.15-21 Paulo refu-
tou a heresia de que o homem é jus-
tificado pelas obras da lei, tais como:
circuncisão, restrições alimentares,
guarda do sábado e de festas do ca-
lendário judaico. A justificação é pela
fé (Gl 2.16).
• Os judeus acreditavam que to-
dos quantos não guardassem a Lei
eram pecadores. Como Paulo prega-
12 • COMPROMISSO Liderança • 2T12
va a redenção pela Graça, mediante a
fé, para ser justificado em Cristo, eles
o chamaram de “pecador”. O após-
tolo demonstrou que tal argumento
dos judaizantes levaria ao absurdo de
se concluir que Jesus seria “ministro
do pecado”, contra o que Paulo rea-
ge com veemência: “De modo ne-
nhum!” (Gl. 2.17).
• Para Paulo, a experiência cristã
não se baseia na aceitação do fato
histórico de que Jesus morreu por
nós, mas sim na fé em Jesus Cristo,
que ressuscitou dentre os mortos.
• Pela graça alcançamos a verda-
deira liberdade. Estamos livres da
pena do pecado e da condenação da
Lei.
6 Comentar que como nos dias
de Paulo, precisamos hoje de servos
do Senhor que tenham firmeza dou-
trinária e sejam sinceros no falar e no
agir. Que possuam a capacidade de
perceber as heresias e de refutá-las,
biblicamente, com amor e sabedoria,
para que o joio não se misture com
o trigo e para que a igreja não se di-
vida. Dessa maneira, as igrejas serão
fortalecidas no Senhor, um dos alvos
de Paulo.
Aplicação para alunos não crentes
Nos dias de hoje há muitos que
pervertem o Evangelho. O Evange-
lho de Cristo não depende de ho-
mem algum, pelo contrário, todos
os homens dependem da graça li-
bertadora de Deus, através da fé no
Cristo crucificado e ressureto, como
Senhor. Somente a fé em Cristo é ne-
cessária para a salvação.
Para terminar
Desafio da semana:
Não se deixar persuadir pelos fal-
sos mestres e falsos “irmãos” que en-
tram em nosso meio e que querem
perverter o evangelho com suas falsas
doutrinas.
Para refletir
Que liberdade é esta?
Você já notou que em geral as pessoas têm uma visão totalmente distorcida
do que nós chamamos de liberdade que gozamos como crentes?... Porque não
fazemos o que eles fazem, passam a considerarmos como “bitolados”, presos a
um esquema rígido, sem liberdade para nada, quando, nós sabemos, que é exa-
tamente o contrário. Eles é que são escravos destas atitudes e hábitos indevidos,
enquanto nós, somos livres, porque podemos praticá-los, mas não o fazemos,
simplesmente porque não os aceitamos como adequados para a vida cristã.
2T12 • COMPROMISSO Liderança• 13
Objetivos
Através do estudo desta lição o aluno deverá:
• Reconhecer que a Lei ao pode justificar ninguém.
• Compreender que o homem não é justificado pelas obras da lei; ele é justi-
ficado pela fé em Cristo.
• Reconhecer que a fé leva à liberdade em Cristo.
EBD 3 • 15 de abril
Materialdidáticoemétododeensino
Bíblia, texto para os grupos, car-
taz e quadro-de-giz.
Paraesteestudosugerimosométo-
do de trabalho em pequenos grupos.
Para você pensar
“ACartaaosGálatasé,porconse-
guinte, um protesto contra a traição.
Ela denuncia perigos sutis que po-
dem chegar finalmente a perverter
o evangelho e dividir a igreja. Pau-
lo insiste em que Jesus Cristo veio
para derrubar os muros que dividem
as pessoas; não para ergue-los. Em
Cristo, não há judeu nem grego; não
há escravo nem livre; não há homem
nem mulher ( Gálatas 3.28). É a fé
nele, e não em algum compêndio de
leis ( Gálatas 2.16), que abre a por-
ta para a aceitação de Deus”. (Bíblia
Devocional de Estudos).
Desenvolvimento do estudo
1 Colocar no quadro a seguinte
frase:
A Lei é totalmente impotente
como um meio de se alcançar
a justificação.
2 É este o argumento doutri-
nário desenvolvido pelo apóstolo
Paulo no estudo de hoje no capítulo
3 de Gálatas. Com este argumento
Paulo apresenta a posição de que o
cristão é justificado com Deus sem
qualquer obra de mérito.
3 Dividir a classe em quatro
grupos. Cada grupo irá analisar os ar-
“O justo viverá pela fé”
Impotência da lei e justificação pela fé
Texto bíblico – Gálatas 3 • Texto áureo – Gálatas 3.11
14 • COMPROMISSO Liderança • 2T12
gumentos de Paulo para conduzir os
gálatas a uma reflexão sobre as verda-
des que queria lhes ensinar, passando
pela experiência pessoal e pelo estudo
do Antigo Testamento.
4 À medida que os grupos fo-
rem finalizando sua apresentação co-
loque no quadro a conclusão de cada
argumento.
ARGUMENTOS
DOUTRINÁRIOS DE
PAULO – (Gl 3)
GRUPO 1
NA EXPERIÊNCIA DOS GÁLATAS
– OBRAS DA LEI OU FÉ?
• Quem vos fascinou ...?” . Os
cristãos da Galácia desviaram os seus
olhos de contemplar o Cristo cru-
cificado, como lhes fora transmiti-
do por Paulo, e se deixaram seduzir
pelas palavras perversas dos falsos
mestres, como se tivessem sido hip-
notizados.
• “Foi por obras da Lei que rece-
bestes o Espírito, ou pelo ouvir com fé?”
(Gl 3.2) Com esta indagação, o após-
tolo atingiu fortemente a consciência
dos gálatas. A experiência do rece-
bimento do Espírito Santo é o bem
mais precioso na vida do cristão, seja
judeu ou gentio.
• “Sois vós tão insensatos que, ten-
do começado pelo Espírito, acabeis
agora pela carne?(Gl.3.3) - O após-
tolo torna a chamá-los de insensatos
e os questiona pela decadência espi-
ritual. Haviam começado pelo Espí-
rito e agora estavam acabando pela
carne, por confiarem nas práticas da
lei mosaica (Gl 3.3).
•“ Será em vão que tenhais padeci-
do tanto? Se é que isso também foi em
vão. (Gl.3.4) - Eles sofreram tribula-
ções por causa da fé .
• Por último, indaga a respeito
dos milagres que ocorreram em Ecú-
leo, Listra e Derbe (At 14.3, 8-10).
Teriam ocorrido “pelas obras da Lei
ou pelo ouvir com fé?” (Gl 3.5).
Conclusão do argumento:
• A lei não vivifica o homem, não
o transforma, logo é impotente para
a nossa salvação.
GRUPO 2
NA EXPERIÊNCIA DE ABRAÃO
– OS FILHOS DA FÉ
• Os judaizantes se baseavam no
texto de Gênesis 17.9-14, que regis-
tra o momento em que a circuncisão
foi instituída, como parte de uma
aliança perpétua.
NA EXPERIÊNCIA DOS GÁLATAS
– OBRAS DA LEI OU FÉ?
2T12 • COMPROMISSO Liderança• 15
•Noentendimentodosfalsosmes-
tres, somente seria abençoado o que
fossecircuncidado,paraquesetornasse
ummembrodafamíliadeAbraão.
•FoipelasuafénoúnicoDeusque
o Senhor o chamou para abençoá-lo e
fazer dele uma grande nação. Por-
tanto, “os que são da fé, esses são filhos
de Abraão” (Gl 3.7). Paulo se apro-
fundou no tema e demonstrou que
Deus tinha o plano de justificar pela
fé os gentios e queria abençoar todas
as nações através de Abraão, por isso
anunciou-lhe a boa nova (Gl 3.8).
Conclusão do argumento:
• O pacto abraâmico foi institu-
ído 430 anos antes da lei, e esta não
teve o poder de revogá-lo.
GRUPO 3
A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
• Em Gálatas 3.10 o apóstolo os
alertouparaofatodeque“todosquan-
tos são das obras da lei estão debaixo
da maldição” (Gl 3.10.Paulo provou
que “é evidente que pela lei ninguém é
justificado diante de Deus” (Gl 3.11a)
e concluiu com o seu principal argu-
mento,“ojustoviverádafé”(Gl 3.11).
• Em Gálatas 3.13-14 Paulo diz:
Cristo nos resgatou” (Gl 3.13). O verbo
resgatar(exagorázô)vemdeoutroverbo
que significa “comprar escravos”(1Co
6.20;7.23).Cristonoscomprou,quan-
do éramos escravos do pecado. Tirou-
-nos (para fora) da força da maldição
da lei e nos substituiu, recebendo em si
mesmoocastigodalei.
Conclusão do argumento:
• A lei guiou o povo até a chegada
daquele Descendente da promessa –
Jesus. Daí a lei tornou-se totalmente
inoperante para nos levar a Deus.
GRUPO 4
A LEI E AS PROMESSAS DE DEUS
• Nos versículos 3.15 – 29 Pau-
lo passa a discutir o relacionamento
entre Abraão e a Lei. A experiência
de fé de Abraão é muito mais antiga
do que a lei, que só veio 430 anos de-
pois das promessas feitas ao patriar-
ca. Pode a lei anular ou modificar a
promessa? De modo nenhum! Pau-
lo nos esclarece que uma vez confir-
mado, o testamento é irrevogável.
• Paulo pergunta: “Logo, para
que é a lei? (Gl 3.19)” Por causa das
nossas transgressões a lei surgiu, até
que viesse o Descendente a quem a
promessa se referiu. Se a lei pudesse
dar vida, então a justiça seria pela lei
16 • COMPROMISSO Liderança • 2T12
(Gl 3. 21b). No entanto, todos fi-
caram encerrados sob o pecado, que
a lei revelou. Ficamos aprisionados
pela lei, sob a sua tutela.
• A lei nos serviu de aio para nos
conduzir a Cristo. Somente Jesus pode
nos perdoar e nos justificar pela fé (Gl
3.19-24). A lei teve um mediador hu-
mano: Moisés, o servo, que a recebeu
lá no Monte Sinai (Gl 3.19; Hb 3.5);
a graça nos aponta para o único me-
diador entre Deus e os homens: Jesus
Cristo, o Filho, que consumou a obra
da redenção, morrendo em nosso lugar
noMonteCalvário(1Tm2.5;Hb3.6).
Conclusão do argumento:
• Recebemos a promessa pela fé
(Gl 3.22-26 e 29).
Aplicação para alunos não crentes
Todos os que crêem em Jesus
Cristo tornam-se filhos de Deus (Gl
3.26; Jo 1.12). Os que estão em Cris-
to se despojaram do velho homem e
foram revestidos por Jesus (Ef 4.24).
O batismo é o símbolo da transfor-
mação que se operou no interior da-
quele que crê (Rm 6.11). Em Cristo
somos novas criaturas (2Co 5.17)
e não importa se somos judeus ou
gentios, escravos ou livres, homens
ou mulheres, pobres ou ricos, cultos
ou incultos, porque somos todos um
em Cristo Jesus. Por pertencermos a
Cristo, tornamo-nos descendência
de Abraão e herdeiros da promessa
(Gl 3.25-29).
Para terminar
Desafio da Semana:
• Cada aluno deverá reler o capí-
tulo 3 de Gálatas analisando a eficácia
dePaulocomoadvogadodedefesado
tema“Ohomemnãoéjustificadope-
las obras da lei; ele é justificado pela fé
em Cristo”.
Para refletir
A promessa superior à Lei
A discussão que Paulo nos traz a este respeito é de profunda teologia judaica
e cristã. Ele está apresentando a supremacia da promessa sobre a Lei. Promessa
esta simbolizada por Abraão enquanto a Lei, simbolizada por Moisés. Isto para os
judeus era de superior importância.
No texto de Gálatas 3.13-17, Paulo vai mostrar que a fé que Abraão eviden-
ciou, fé estabelecida sobre a promessa do Senhor, que vai se consolidar na graça
de Cristo, anulou a Lei que Moisés recebeu no êxodo. Para os judaizantes, isto era
um verdadeiro sacrilégio, pois não aceitavam Cristo como Messias. Mas, para os
cristãos, esta era a mais sublime verdade.

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30964 compromisso prof 2 t12

  • 1.
  • 2. 2T12 • COMPROMISSO Liderança• 1 CONVERSA Educação ontem, hoje e sempre “Não existe povo, tribo, sociedade que não tenha educação. Todos os povos têm educação pois todos desenvolvem meios de comunicação (linguagens diversas), tecno- logias de produção econômica (como maquinarias, formas de utilização do solo, enfim, domínio da natureza), sistema de parentesco (que existe em toda sociedade, mas difere de um povo para outro povo, afinal a definição de quem é nosso parente não é uma determinação biológica, mas cultural, social). Todos os povos têm educação pois pos- suem práticas rituais sejam elas cívicas, religiosas etc. E procuram reproduzir tudo isso por meio de outra invenção social que é o ensino, isto é, a capacidade de se transmitir conhecimentos a outra pessoa, de dialogar para se chegar a um consenso ou dissenso, de construir conjuntamente teorias, explicações, verdades, para o bem de todos. Na Bíblia encontramos exemplos desse processo educacional desde os primórdios da HistórianoAntigoTestamento. EmDeuteronômio6.1-9,temosumexemplodaimportân- ciadoensinoedaresponsabilidadedospaisedacomunidadedesocializarascriançasdentro dos conhecimentos fundamentais do grupo. Um exemplo do Novo Testamento, além, da própria vida e ministério de Jesus que foi amplamente dedicado ao ato de ensinar (como o exemploexplícitodeMateus5-7),éodaigrejaprimitiva.SegundoAtos5.42:“Etodososdias, no templo e de casa em casa cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus o Cristo”. A história da educação não para entre o povo de Deus. Ela perpassa toda a caminha- da da igreja em dois mil anos de História. Lembramos neste mês de abril, por exemplo, da Escola Dominical e de seu fundador Robert Raikes, que em 1780 estabeleceu a pri- meira escola daquilo que hoje conhecemos como EBD. EntreosbatistasdoBrasilaeducaçãoétambémumaprioridade.Temosorganizaçõesdi- versas que trabalham para fomentar o desenvolvimento educacional das pessoas. Entre estas destacamos a EBD (para estudo da Bíblia) e a Divisão de Crescimento Cristão para estudo de outros muitos temas, confrontando-os com a posição bíblica, para edificação dos servos de Deus e sua capacitação para serem agentes de transformação evangélica na sociedade. Estas organizações poderão ser aprimoradas, modificadas, extinguidas até. Organi- zações nascem e morrem. O que não se pode deixar de ter é educação e aqui falamos especificamente de educação religiosa. Todas as igrejas precisam ter programas sérios, sistemáticos e continuados de educação, para isso necessitam criar estruturas para tal. O que não se pode fazer é acabar com organizações de educação e não se colocar outras – reconhecidamente melhores – em seu lugar. Clemir Fernandes Redator As sugestões didáticas desta edição, que certamente ajudarão o trabalho do pro- fessor, foram produzidas pela professora Eva Souza da Silva, conhecida e respeitada educadora da PIB de Nova Iguaçu, RJ.
  • 3. 2 • COMPROMISSO Liderança • 2T12 Revista dirigida a professores de adultos na Es- cola Bíblica Dominical. Contém sugestões di- dáticas das lições da EBD e, eventualmente, outras seções de interesse daqueles que tra- balham com os adultos na igreja Escola Bíblica Dominical ANO CVI – Nº 422 – Abr.Mai.Jun de 2012 Publicação trimestral da JUERP Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira CGC (MF): 33.531.732/0001-67 Endereços CaixaPostal320–20001-970–RiodeJaneiro,RJ Tel.: (21) 2298-0960 e 2298-0966 Telegráfico – BATISTAS Eletrônico – editora@juerp.org.br Site – www.juerp.org.br Direção Geral Almir dos Santos Gonçalves Júnior Conselho Editorial Carrie Lemos Gonçalves, Celso Aloísio Santos Barbosa, Ebenézer Soares Ferreira, Francisco Mancebo Reis, Gilton Medeiros Vieira, Ivone Boechat de Oliveira, João Reinaldo Purim, José A. S. Bittencourt, Lael d’Almeida, Margarida Lemos Gonçalves, Pedro Moura, Roberto Alves de Souza e Silvino Carlos Figueira Netto Coordenação Editorial Solange Cardoso Abreu d’Almeida (RP/16897) Redação Clemir Fernandes Silva Conselho Geral da CBB Sócrates Oliveira de Souza Produção Editorial Studio Anunciar – (Arte de capa com imagens 1285320_68586877 e 1372604_57661842 de www.sxc.hu) Produção Gráfica Willy Assis Produção Gráfica Distribuição EBD– Marketing e Consultoria Editorial Ltda. Caixa Postal 28.506 – Cep: 21832-970 Tel.: (21) 2104-0044 – Fax: 0800.216768 E-mail: distribuidora@ebd-1.com.br Nossa missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas no cumprimento de sua missão como comunidade local” LIDERANÇA ISSN 1984-8390 SUMÁRIO Introdução ao trimestre EBD 1 – “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários” EBD 2 – “Cristo vive em mim” EBD 3 – “O justo viverá pela fé” EBD 4 – “Filho e herdeiro por Deus” EBD 5 – “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” EBD 6 – “Pela graça sois salvos” EBD 7 – “A Deus seja a glória” EBD 8 – “Há um só corpo e um só Espírito” EBD 9 – “Andeis como sábios” EBD 10 – “O viver é Cristo e o morrer é lucro” EBD 11 – “Prossigo para o alvo” EBD 12 – “Damos sempre graças a Deus” EBD 13 – “Tratai ao empregados com equidade” Introdução ao trimestreIntrodução ao trimestre COMPROMISSO 3 5 9 13 17 20 23 26 29 32 35 39 42 46EBD 13 – “Tratai ao empregados com equidade”
  • 4. 2T12 • COMPROMISSO Liderança• 3 TEMA DO TRIMESTRE Estas quatro cartas contêm o que poderíamos chamar de âmago escritu- rístico do apóstolo Paulo. Por uma questão que não sabemos imagina sequer, o cânon bíblico neotestamentário as inseriu exatamente dentre as cartas es- critas às igrejas, após as duas epístolas maiores (Romanos e 1/2Coríntios), e antes das duas epístolas escritas à igreja de Tessalônica, onde ele escreve sobre o último passo da vida cristã, a ressurreição. Na carta aos gálatas, ele aborda com proficiência a liberdade cristã em contraposição aos ditames retrógrados que os legalistas judeus queriam im- por à igreja que se constituia. Na carta aos efésios, ele faz o mais belo discurso sobre a santidade cristã, e como com ela o crente poderia enfrentar o mundo, certo da vitória sobre o mal e o pecado. Na carta aos filipenses ele vai descrever sobre o poder que Deus dá ao crente e à sua Igreja, de forma que ele saiba dai para frente, e em todas as épocas que, “pode todas as coisas naquele que lhe fortalece”. Na carta aos colossenses ele vai expor sobre como com tais armas – liber- dade, santidade e sabedoria – o crente poderia desenvolver uma vivência de fraternidade e amor com seus irmãos em Cristo. A pregação do evangelho demonstrava-se eficaz a ponto de causar em al- guns, o desejo de copiarem os feitos do apóstolo inspirado, pois o texto de Atos dos Apóstolos nos evidencia que “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia mila- gresextraordinários”.EmÉfeso,umjudeudenomeCeva,umdossacerdotesna sinagoga, que tinha sete filhos, se deixando impressionar pelos feitos de Paulo, sem no entanto crerem na verdade que Paulo pregava, tentaram copiá-lo, sen- As cartas de Paulo (III) Gálatas, Efésios, Filipenses e Colossenses
  • 5. 4 • COMPROMISSO Liderança • 2T12 doentãodesmascaradosdeformacontundenteporumdemônioquetentavam expulsar de alguém, que lhes inquiriu antes de escorraçá-los:“Respondendo, po- rém, o espírito maligno, disse: A Jesus conheço, e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” – At 19.15 Este e outros textos de Paulo, nestas cartas, nos ensinam que o maligno nos conhece. Sabe quem somos, quando na verdade nos refugiamos no Senhor como nosso Deus e Protetor. Ele nos respeita e sabe do poder de que, pela pre- sença de Cristo em nós, somos portadores.Os demônios que dominavam sobre Legião, os evangelhos narram, sabiam que estavam diante de Cristo, o Filho de Deus. Esses espíritos malignos de Éfeso sabiam quem era Paulo, o grande apóstolo dos gentios que sobre eles prevalecia. E nós? Quem somos nós? Será que se nos defrontarmos com situações te- nebrosas, as trevas do mal saberão que estão diante de alguém crente, temente a Deus, seguidor de Cristo Jesus, portador do Espírito Santo em seu ser? Você e eu temos evidenciado para o mundo a presença deste poder em nossa vida? Que, pornossacondutanasociedadeepornossaatitudeíntimadeféecomunhãocom Deus, o mundo veja a evidência necessária de vidas santas e separadas. Quando o evangelho é pregado, aqueles que o fazem esperam sempre uma reação por parte daqueles que o ouvem. Foi isto que aconteceu com a pregação de Paulo nestas quatro cidades. Sim, se a mensagem de Cristo é transmitida, os seus mensageiros aguardam que, pelo poder do Senhor, a transformação aconteça na vida dos seus ouvintes. Paulo, por certo, esperava que isto acontecesse em Éfeso e em todas as de- mais cidades por onde passava. Embora por parte dos judeus mais renitentes isto não tenha acontecido, sendo este o motivo inclusive para ele ter deixado a sinagoga onde primeiramente pregava ali nesta cidade, o apóstolo vai ver esta reação tão esperada pelo pregador do evangelho, por parte do povo que vivia naquela cidade tão pagã: “E muitos dos que haviam crido vinham, confes- sando e revelando os seus feitos.” – At 19.18. Será que nós hoje quando ensinamos ou pregamos temos esta mesma re- ação por parte dos nossos ouvintes? – Que o Senhor nos inspire a sermos pregoeiros fiéis de sua Palavra para que tal aconteça.
  • 6. 2T12 • COMPROMISSO Liderança• 5 Texto bíblico – Atos 14.1-7; 20-23; 16.1-15; 19.1-22 • Texto áureo – Atos 19.11 Objetivos Através do estudo desta lição o aluno deverá: • Entender como se deu a expansão do evangelho • Entender que a obra de missões para ser vitoriosa deve ser feita sob a direção do Senhor. • Ter a vida do apóstolo Paulo como um exemplo a ser seguido. EBD 1 • 1 de abril Materialdidáticoemétododeensino Bíblia, mapa das viagens missioná- riasdePaulo,cartazesequadro-de-giz. Para introduzir o trimestre suge- rimos o método expositivo interca- lado com perguntas. Para você pensar “Quando o livro de Atos apre- senta o mais eficiente missionário de todos os tempos, está falando de um ex-perseguidor dos cristãos, o apósto- lo Paulo. A sua conversão também se transformou numa espécie de conver- sãoparaaigrejacristãprimitiva.Antes de Paulo a igreja não era mais do que uma pequena e perseguida seita judai- ca com alguns seguidores consagra- dos, mas com impacto insignificante no mundo além das fronteiras da Pa- lestina. Depois da assombrosa carreira de Paulo, a igreja estava presente em todos os rincões do Império Romano. Antes de Paulo, os líderes da igre- ja tinham dúvida de que a redenção pudesse ser oferecida aos que estavam fora da lei judaica. Depois de Paulo, a igreja havia se convertido numa co- munidade quase que completamente gentílica, orgulhosa de sua herança judaica, porém aberta à plena partici- pação de qualquer gentio que cresse. Paulo assumiu a direção da campa- nha para conceder aos gentios a plena “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários” O apóstolo lidera a expansão do evangelho
  • 7. 6 • COMPROMISSO Liderança • 2T12 aceitação na igreja sem submetê-los à lei judaica. Ele mesmo havia sido li- bertado da escravidão das leis limita- doras, e insistia em uma vida baseada no livre perdão de Deus, em vez de no legalismo. Através da sua brilhan- te carreira o evangelho se espalhou e a igreja teve um grande crescimento”. (Bíblia Devocional de Estudo). Desenvolvimento do estudo 1 Colocar no quadro um cartaz com o tema de hoje: DEUS, PELAS MÃOS DE PAULO, FAZIA MILAGRES EXTRAORDINÁRIOS 2 Apresentar o mapa da 1a Via- gem Missionária de Paulo. Locali- zar a cidade de Antioquia da Síria e comentar que na Era Apostólica, a Igreja de Antioquia da Síria foi um exemplo de uma igreja viva e ativa. Era constituída por gentios conver- tidos (At 11.19-30). Naquela cidade, os discípulos de Jesus foram chama- dos de cristãos pela primeira vez (At 11.26). Nela havia excelentes prega- dores e mestres, entre os quais Paulo e Barnabé, separados pelo Espírito Santo para a obra missionária (At 13.1-3). 3 À seguir apresentar um pano- rama da primeira viagem missioná- ria de Paulo e seus principais acon- tecimentos. 1a Viagem Missionária de Paulo Companheiro de Viagem – Bar- nabé Locais por onde passaram: An- tioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe, cidades da Galácia Romana. Principais acontecimentos: • Evangelizavam nas sinagogas e sofriam oposição. Nisto, entenderam que Deus queria usá-los para evange- lizar os gentios (At 13.46, 47) • Paulo sofreu apedrejamento em Listra, mas isto não os desanimaram. • Foram usados por Deus para a realização de milagres (At 14.3 e 9), rejeitaram a adoração dos pagãos (At. 14.15) e eram ousados no teste- munhar e vidas se converteram. • Visitaram os fiéis do sul da Ga- lácia. Fortaleceram a fé dos irmãos e falaram das tribulações que viriam. 4Orientaram na eleição de pastores em cada igreja, mediante a oração (At 14.20-23). • Concílio de Jerusalém – Pau- lo e Barnabé voltaram de sua viagem missionária entre os gentios, contan- do com muita alegria as muitas con- versões que ocorreram. Neste mo- mento surge a controvérsia suscitada
  • 8. 2T12 • COMPROMISSO Liderança• 7 pelos judaizantes, que eram cristãos legalistas. Ensinavam que os gentios só deveriam ser batizados depois de circuncidados, pois criam que este rito judaico era necessário para a sal- vação. Foi convocado o concílio para resolver a questão. Pedro, Paulo e Barnabé defenderam a evangelização dos pagãos, sem obrigá-los a passar pela circuncisão. 4 Perguntar: a) Qual era a intenção dos judai- zantes legalistas? (Pretenderam criar dissensões entre os apóstolos Pedro e Paulo, fazendo comparações e exal- tando Pedro). b) Como isso tem ocorrido em nossas igrejas hoje? 5 À seguir apresentar um pano- rama da segunda viagem missionária de Paulo e seus principais aconteci- mentos. 2a Viagem Missionária de Paulo Companheiros de Viagem – Si- las, Timóteo e Lucas Locais por onde passaram: Nor- te e Sul da Galácia, Trôade, Macedô- nia, Acaia, Filipos, Tessalônica, Be- réia, Atenas, Corinto e Éfeso. Principais acontecimentos: • No norte, fortaleceram as igre- jas locais (At 15.36-41). •VisitaramasigrejasdosuldaGa- lácia, transmitindo-lhes as recomen- dações do Concílio de Jerusalém. • Timóteo foi circuncidado por Paulo que agiu assim para que Timó- teo, sendo meio-judeu, após a circun- cisão, pudesse pregar livremente nas sinagogas. “Aqui era uma questão de serviço eficiente, não como essencial à salvação”. •Percorreram aregiãofrígio-gálata, quandooEspíritoSantoosimpediude continuarapregarnaÁsia(At.16:6). •Oroteirodaviagemfoimudado duas vezes, pela ação do Espírito San- to (At. 16:6-7). Por isso, Paulo não visitou a cidade de Colossos. •EmFiliposaconteceramdoisfatos: – Evangelizaram mulheres. Con- verteu-se Lídia, a vendedora de púr- pura. Depois do batismo de Lídia e de sua família, ela os hospedou em sua casa, onde começou a se reunir a igreja de Filipos (At 16.13-15). – Expulsaram um demônio, fo- ram presos, açoitados e à noite um terremoto abriu as portas do cárcere, mas os presos não fugiram. Conver- teram-se o carcereiro e sua família e foram batizados na mesma noite. • Alcançou centros urbanos como Atenas, Corinto e Éfeso onde deixou o casal Priscila e Áquila.
  • 9. 8 • COMPROMISSO Liderança • 2T12 6 À seguir apresentar um pano- rama da terceira viagem missionária de Paulo e seus principais aconteci- mentos. 3a Viagem Missionária de Paulo Local por onde passou: Éfeso. Principais acontecimentos: • Em Éfeso enfrentou os adora- dores da deusa Diana, cujo templo era uma das 7 maravilhas do mundo antigo, lugar de romarias dos pagãos. Foi um ministério marcado pelo batismo dos 12 varões que foram discípulos de João (At 19.1-7), ensi- no da Palavra na escola de Tirano e milagres. Houve muitas conversões • Os que vieram do paganismo queimaram em publico os seus livros de artes mágicas • Foi a Mileto, onde se despediu dos anciãos de Éfeso, com um dos seus mais belos sermões. • Preocupou-se com a entrada de falsos cristãos na igreja. Foi alvo do carinho dos pastores daquela igreja, que oraram com ele, choraram, abra- çaram-no e beijaram o apóstolo que partiu (At. 20.17-38). 7 Comentar que Paulo sempre se preocupava com as igrejas nas quais havia trabalhado, ensinando a Palavra. Visitava-as para ver como estavam. Combatia as heresias, pessoalmente ou por cartas. Enviava seus discípulos para serviremnasigrejasvisitadas.Seuexem- plo é um desafio sempre presente para os nossos líderes, pastores e missioná- rios.Asorientaçõesdadaspeloapóstolo sãomuitopreciosasatéhoje(Is40.8). Aplicação para alunos não crentes A salvação em Cristo pela fé foi a mensagem anunciada pelo apóstolo Paulo durante toda a sua vida e em to- dososlugarespelosquaispassouemui- tos foram salvos. E essa mesma mensa- gemdoevangelhodeCristochegouaté nós e chega hoje especialmente a você, receba-acomoopresentedeDeuspara suavida,aceiteJesusCristocomoSalva- dor.Experimenteissoagora. Para terminar Desafio da Semana: Cada aluno poderá escolher um ou mais desafios abaixo relacionados e realizá-los nesta semana. ( ) Orar pelos missionários da Junta de Missões Mundiais. ( ) Ligar para uma das nossa Jun- tas Missionárias e informar-se sobre seus projetos missionários e se ins- crever para participar de um deles. ( ) Pregar o evangelho para uma pessoa ainda não convertida.
  • 10. 2T12 • COMPROMISSO Liderança• 9 Objetivos Através do estudo desta lição o aluno deverá: • Compreender que o evangelho é para ser anunciado a todos os povos. • Entender que o que constitui um apóstolo é a vocação de Deus. • Entender que o evangelho deve ser transmitido com autoridade dada por Deus. • Saber como agir para enfrentar as heresias e refutá-las biblicamente. EBD 2 • 8 de abril Materialdidáticoemétododeensino Bíblia, cartaz com as informações introdutórias da Carta aos Gálatas e quadro-de-giz. Para este tema sugerimos o méto- do expositivo ilustrado com cartazes. Para você pensar “Mas, ainda que nós mesmos, ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (1.8)”. “Paulo está irritado. É quase possível ver que seu rosto está vermelho, com as marcas da tensão visíveis em seu sem- blante. Em geral, ele saúda os leitores brevemente e depois os elogia calorosa- mente. Mas, nesta carta, a comoção e a consternação substituem a calidez habi- tual.Umacriseameaçaosgálatas,ePaulo inicia a sua carta com uma irada expres- sãodecondenaçãodosresponsáveis. Paulo já podia prever o resultado final da maneira de pensar dos gálatas: aoenfatizaremindevidamenteasuahe- rança judaica, logo iriam desvalorizar a obra de Cristo. Começariam a confiar em seu próprio esforço humano (sua obediência à “lei”) para obter a aceita- ção de Deus (Gálatas 3.1-5). Se os gála- tasprosseguissemnesserumo,ofunda- mento do evangelho se desmoronaria. A fé em Cristo se converteria simples- mente em mais um dos muitos passos para a salvação, em vez de ser o único. Opróprioevangelhoficariadeformado (Gálatas 1. 6-9)”. (Bíblia de Estudo De- vocional) “Cristo vive em mim” Texto bíblico – Gálatas 1 e 2 • Texto áureo – Gálatas 2.20 O evangelho para todas as pessoas
  • 11. 10 • COMPROMISSO Liderança • 2T12 Desenvolvimento do estudo 1 Iniciar a aula com algumas in- formações introdutórias do texto do aluno sobre a Carta aos Gálatas, a fim de que possam conhecer o contexto desta carta para entendê-la bem. Você poderá preparar o cartaz abaixo. CARTA AOS GÁLATAS Nome do Autor Apóstolo Paulo Destinatários Às igrejas da Galácia do Sul Data em que foi escrita 48 d.C. seria o mais provável da sua elaboração Estilo Linguagem grave e forte Características especiais - Foi a primeira das cartas paulinas - Documento mais antigo que conta os princípios da história da igreja cristã, porque foi escrito antes de Atos e dos Evangelhos. 2 Pedir aos alunos para lerem alternadamente Gálatas 1. 1-12. 3 O texto deixa claro que não é somente o evangelho que está sendo atacado, mas também a autoridade de Paulo. 4 Apresentar de forma expositi- va a descrição desses ataques e a defe- sa de Paulo em relação aos mesmos. Ataque a Autoridade de Paulo • Os cristãos da Galácia estavam se afastando dos princípios bíblicos que Paulo lhes ensinara. • Deram ouvidos aos cristãos ju- daizantes que divulgavam um “outro evangelho”, contrário ao Evangelho de Cristo (Gl 1.6, 7). Defesa das Credenciais Apostólicas de Paulo • O apóstolo se surpreendeu que em tão pouco tempo os gálatas se des- viaram das boas novas da graça em Cristo para voltar aos rudimentos da Lei, que não poderia salvá-los. • Enfatizou que tais perturbado- res sofreriam a maldição. • Afirmou que o Evangelho que pregara não era proveniente de ho- mens, mas veio mediante revelação direta do Senhor Jesus (Gl 1.11, 12).
  • 12. 2T12 • COMPROMISSO Liderança• 11 • Relembra o que foi a sua vida antes de encontrar-se com Jesus. Foi perseguidor da igreja, mostrou um zelo superior aos de sua época (G. 1.13, 14). Isto o envergonhava (1Co 15.9), mas falava disso para mostrar a diferença entre a sua antiga manei- ra de viver e a nova vida em Cristo. • A tese de Paulo era que nenhum judeu, por mais zeloso que fosse, po- deria se salvar, a não ser que a graça de DeusoalcançasseepelaféemJesusse tornasse um novo homem. • Quando Paulo soube, por reve- lação divina, da sua missão de evan- gelizar os gentios, não consultou ne- nhum dos seus amigos ou parentes. Retirou-se para a Arábia para refor- mular todo o seu pensamento à luz dos ensinos de Jesus (Gl 1.15-17). • Descreveu um fato lamentável que propiciou a Paulo a oportunida- de de usar com firmeza a sua autori- dade apostólica. Teve que repreen- der o apóstolo Pedro, publicamente, porque este se portara dissimulada- mente. Comia com os gentios, até que Tiago chegou. Por temer os ju- daizantes, Pedro se afastou dos gen- tios. Sua atitude influenciou outros, inclusive Barnabé. Ao perceber que não agiam bem, Paulo corrigiu com autoridade o ato de hipocrisia (Gl 2.11-14). • Se Pedro estivesse correto em não comer com os gentios, então ele, juntamente com Tiago e João deveriam ter exigido que Tito fosse circuncidado, o que não aconteceu (Gl 2.3). • Rejeitou a atitude vacilante de Pedro, que era um retrocesso em tudo o que se havia conseguido antes. 5 Perguntar:Queadvertênciaeste fatotrazparanossasvidas? No falar ou no agir, o servo de Deus deve mostrar coerência com os princípios bíblicos. Não podemos exigir de ninguém o cumprimento de normas que não nos dispomos a cumprir. De outro modo, agiríamos como os que dizem: “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Defesa da Mensagem do Evangelho • No capítulo 2.15-21 Paulo refu- tou a heresia de que o homem é jus- tificado pelas obras da lei, tais como: circuncisão, restrições alimentares, guarda do sábado e de festas do ca- lendário judaico. A justificação é pela fé (Gl 2.16). • Os judeus acreditavam que to- dos quantos não guardassem a Lei eram pecadores. Como Paulo prega-
  • 13. 12 • COMPROMISSO Liderança • 2T12 va a redenção pela Graça, mediante a fé, para ser justificado em Cristo, eles o chamaram de “pecador”. O após- tolo demonstrou que tal argumento dos judaizantes levaria ao absurdo de se concluir que Jesus seria “ministro do pecado”, contra o que Paulo rea- ge com veemência: “De modo ne- nhum!” (Gl. 2.17). • Para Paulo, a experiência cristã não se baseia na aceitação do fato histórico de que Jesus morreu por nós, mas sim na fé em Jesus Cristo, que ressuscitou dentre os mortos. • Pela graça alcançamos a verda- deira liberdade. Estamos livres da pena do pecado e da condenação da Lei. 6 Comentar que como nos dias de Paulo, precisamos hoje de servos do Senhor que tenham firmeza dou- trinária e sejam sinceros no falar e no agir. Que possuam a capacidade de perceber as heresias e de refutá-las, biblicamente, com amor e sabedoria, para que o joio não se misture com o trigo e para que a igreja não se di- vida. Dessa maneira, as igrejas serão fortalecidas no Senhor, um dos alvos de Paulo. Aplicação para alunos não crentes Nos dias de hoje há muitos que pervertem o Evangelho. O Evange- lho de Cristo não depende de ho- mem algum, pelo contrário, todos os homens dependem da graça li- bertadora de Deus, através da fé no Cristo crucificado e ressureto, como Senhor. Somente a fé em Cristo é ne- cessária para a salvação. Para terminar Desafio da semana: Não se deixar persuadir pelos fal- sos mestres e falsos “irmãos” que en- tram em nosso meio e que querem perverter o evangelho com suas falsas doutrinas. Para refletir Que liberdade é esta? Você já notou que em geral as pessoas têm uma visão totalmente distorcida do que nós chamamos de liberdade que gozamos como crentes?... Porque não fazemos o que eles fazem, passam a considerarmos como “bitolados”, presos a um esquema rígido, sem liberdade para nada, quando, nós sabemos, que é exa- tamente o contrário. Eles é que são escravos destas atitudes e hábitos indevidos, enquanto nós, somos livres, porque podemos praticá-los, mas não o fazemos, simplesmente porque não os aceitamos como adequados para a vida cristã.
  • 14. 2T12 • COMPROMISSO Liderança• 13 Objetivos Através do estudo desta lição o aluno deverá: • Reconhecer que a Lei ao pode justificar ninguém. • Compreender que o homem não é justificado pelas obras da lei; ele é justi- ficado pela fé em Cristo. • Reconhecer que a fé leva à liberdade em Cristo. EBD 3 • 15 de abril Materialdidáticoemétododeensino Bíblia, texto para os grupos, car- taz e quadro-de-giz. Paraesteestudosugerimosométo- do de trabalho em pequenos grupos. Para você pensar “ACartaaosGálatasé,porconse- guinte, um protesto contra a traição. Ela denuncia perigos sutis que po- dem chegar finalmente a perverter o evangelho e dividir a igreja. Pau- lo insiste em que Jesus Cristo veio para derrubar os muros que dividem as pessoas; não para ergue-los. Em Cristo, não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher ( Gálatas 3.28). É a fé nele, e não em algum compêndio de leis ( Gálatas 2.16), que abre a por- ta para a aceitação de Deus”. (Bíblia Devocional de Estudos). Desenvolvimento do estudo 1 Colocar no quadro a seguinte frase: A Lei é totalmente impotente como um meio de se alcançar a justificação. 2 É este o argumento doutri- nário desenvolvido pelo apóstolo Paulo no estudo de hoje no capítulo 3 de Gálatas. Com este argumento Paulo apresenta a posição de que o cristão é justificado com Deus sem qualquer obra de mérito. 3 Dividir a classe em quatro grupos. Cada grupo irá analisar os ar- “O justo viverá pela fé” Impotência da lei e justificação pela fé Texto bíblico – Gálatas 3 • Texto áureo – Gálatas 3.11
  • 15. 14 • COMPROMISSO Liderança • 2T12 gumentos de Paulo para conduzir os gálatas a uma reflexão sobre as verda- des que queria lhes ensinar, passando pela experiência pessoal e pelo estudo do Antigo Testamento. 4 À medida que os grupos fo- rem finalizando sua apresentação co- loque no quadro a conclusão de cada argumento. ARGUMENTOS DOUTRINÁRIOS DE PAULO – (Gl 3) GRUPO 1 NA EXPERIÊNCIA DOS GÁLATAS – OBRAS DA LEI OU FÉ? • Quem vos fascinou ...?” . Os cristãos da Galácia desviaram os seus olhos de contemplar o Cristo cru- cificado, como lhes fora transmiti- do por Paulo, e se deixaram seduzir pelas palavras perversas dos falsos mestres, como se tivessem sido hip- notizados. • “Foi por obras da Lei que rece- bestes o Espírito, ou pelo ouvir com fé?” (Gl 3.2) Com esta indagação, o após- tolo atingiu fortemente a consciência dos gálatas. A experiência do rece- bimento do Espírito Santo é o bem mais precioso na vida do cristão, seja judeu ou gentio. • “Sois vós tão insensatos que, ten- do começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?(Gl.3.3) - O após- tolo torna a chamá-los de insensatos e os questiona pela decadência espi- ritual. Haviam começado pelo Espí- rito e agora estavam acabando pela carne, por confiarem nas práticas da lei mosaica (Gl 3.3). •“ Será em vão que tenhais padeci- do tanto? Se é que isso também foi em vão. (Gl.3.4) - Eles sofreram tribula- ções por causa da fé . • Por último, indaga a respeito dos milagres que ocorreram em Ecú- leo, Listra e Derbe (At 14.3, 8-10). Teriam ocorrido “pelas obras da Lei ou pelo ouvir com fé?” (Gl 3.5). Conclusão do argumento: • A lei não vivifica o homem, não o transforma, logo é impotente para a nossa salvação. GRUPO 2 NA EXPERIÊNCIA DE ABRAÃO – OS FILHOS DA FÉ • Os judaizantes se baseavam no texto de Gênesis 17.9-14, que regis- tra o momento em que a circuncisão foi instituída, como parte de uma aliança perpétua. NA EXPERIÊNCIA DOS GÁLATAS – OBRAS DA LEI OU FÉ?
  • 16. 2T12 • COMPROMISSO Liderança• 15 •Noentendimentodosfalsosmes- tres, somente seria abençoado o que fossecircuncidado,paraquesetornasse ummembrodafamíliadeAbraão. •FoipelasuafénoúnicoDeusque o Senhor o chamou para abençoá-lo e fazer dele uma grande nação. Por- tanto, “os que são da fé, esses são filhos de Abraão” (Gl 3.7). Paulo se apro- fundou no tema e demonstrou que Deus tinha o plano de justificar pela fé os gentios e queria abençoar todas as nações através de Abraão, por isso anunciou-lhe a boa nova (Gl 3.8). Conclusão do argumento: • O pacto abraâmico foi institu- ído 430 anos antes da lei, e esta não teve o poder de revogá-lo. GRUPO 3 A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ • Em Gálatas 3.10 o apóstolo os alertouparaofatodeque“todosquan- tos são das obras da lei estão debaixo da maldição” (Gl 3.10.Paulo provou que “é evidente que pela lei ninguém é justificado diante de Deus” (Gl 3.11a) e concluiu com o seu principal argu- mento,“ojustoviverádafé”(Gl 3.11). • Em Gálatas 3.13-14 Paulo diz: Cristo nos resgatou” (Gl 3.13). O verbo resgatar(exagorázô)vemdeoutroverbo que significa “comprar escravos”(1Co 6.20;7.23).Cristonoscomprou,quan- do éramos escravos do pecado. Tirou- -nos (para fora) da força da maldição da lei e nos substituiu, recebendo em si mesmoocastigodalei. Conclusão do argumento: • A lei guiou o povo até a chegada daquele Descendente da promessa – Jesus. Daí a lei tornou-se totalmente inoperante para nos levar a Deus. GRUPO 4 A LEI E AS PROMESSAS DE DEUS • Nos versículos 3.15 – 29 Pau- lo passa a discutir o relacionamento entre Abraão e a Lei. A experiência de fé de Abraão é muito mais antiga do que a lei, que só veio 430 anos de- pois das promessas feitas ao patriar- ca. Pode a lei anular ou modificar a promessa? De modo nenhum! Pau- lo nos esclarece que uma vez confir- mado, o testamento é irrevogável. • Paulo pergunta: “Logo, para que é a lei? (Gl 3.19)” Por causa das nossas transgressões a lei surgiu, até que viesse o Descendente a quem a promessa se referiu. Se a lei pudesse dar vida, então a justiça seria pela lei
  • 17. 16 • COMPROMISSO Liderança • 2T12 (Gl 3. 21b). No entanto, todos fi- caram encerrados sob o pecado, que a lei revelou. Ficamos aprisionados pela lei, sob a sua tutela. • A lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo. Somente Jesus pode nos perdoar e nos justificar pela fé (Gl 3.19-24). A lei teve um mediador hu- mano: Moisés, o servo, que a recebeu lá no Monte Sinai (Gl 3.19; Hb 3.5); a graça nos aponta para o único me- diador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, o Filho, que consumou a obra da redenção, morrendo em nosso lugar noMonteCalvário(1Tm2.5;Hb3.6). Conclusão do argumento: • Recebemos a promessa pela fé (Gl 3.22-26 e 29). Aplicação para alunos não crentes Todos os que crêem em Jesus Cristo tornam-se filhos de Deus (Gl 3.26; Jo 1.12). Os que estão em Cris- to se despojaram do velho homem e foram revestidos por Jesus (Ef 4.24). O batismo é o símbolo da transfor- mação que se operou no interior da- quele que crê (Rm 6.11). Em Cristo somos novas criaturas (2Co 5.17) e não importa se somos judeus ou gentios, escravos ou livres, homens ou mulheres, pobres ou ricos, cultos ou incultos, porque somos todos um em Cristo Jesus. Por pertencermos a Cristo, tornamo-nos descendência de Abraão e herdeiros da promessa (Gl 3.25-29). Para terminar Desafio da Semana: • Cada aluno deverá reler o capí- tulo 3 de Gálatas analisando a eficácia dePaulocomoadvogadodedefesado tema“Ohomemnãoéjustificadope- las obras da lei; ele é justificado pela fé em Cristo”. Para refletir A promessa superior à Lei A discussão que Paulo nos traz a este respeito é de profunda teologia judaica e cristã. Ele está apresentando a supremacia da promessa sobre a Lei. Promessa esta simbolizada por Abraão enquanto a Lei, simbolizada por Moisés. Isto para os judeus era de superior importância. No texto de Gálatas 3.13-17, Paulo vai mostrar que a fé que Abraão eviden- ciou, fé estabelecida sobre a promessa do Senhor, que vai se consolidar na graça de Cristo, anulou a Lei que Moisés recebeu no êxodo. Para os judaizantes, isto era um verdadeiro sacrilégio, pois não aceitavam Cristo como Messias. Mas, para os cristãos, esta era a mais sublime verdade.