SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 42
Farm. Sandra Brassica
São Paulo, 2014
Interações medicamentosas em pediatria e
neonatologia
II Workshop de segurança da
medicação em pediatria e
neonatologia
Fatos:
•Reações adversas a medicamentos são causa de hospitalização, sendo as interações
medicamentosas as maiores contribuintes. Sessenta e oito a 70% das interações potenciais
demandam atenção clínica (KOHLER, 2000).
•Pacientes críticos em UTIs recebem em média 15 medicamentos/ dia. A polifarmácia,
embora indispensável em certas circunstancias, pode predispor a ocorrência de IMs.
•Estudos demonstram frequência variável de IMs na população adulta, 3 a 5% nos
pacientes em uso de até 6 fármacos, chegando a 20% nos pacientes em uso de 10 a 20
fármacos.
•Não há muitos dados para a população infantil, mas sabe-se que esta é mais suscetível a
ocorrência de EAMs por suas características peculiares.
•Estudos demonstram a baixa disponibilidade e qualidade das informações sobre
compatibilidade entre medicamentos.
Desafio:
Como evitar a ocorrência de IMs e assegurar uma farmacoterapia
segura e eficaz?
Como garantir acesso a informação atualizada e de qualidade no
ponto de cuidado?
Estamos preparados para o reconhecimento rápido de EAMs?
Mecanismos das interações medicamentosas:
•Físico-químicas
•Farmacocinéticas
•Farmacodinâmicas
Um retorno a teoria...
Quando as ações de um medicamento são alteradas por
outro, ou ainda por um alimento produzindo:
•Alteração dos efeitos farmacodinâmicos/ farmacocinéticas
•Diminuição ou ineficácia terapêutica
•Toxicidade
Interações Físico-Químicas
Mecanismos físico-químicos frequentemente observados:
• óxido-redução, hidrólise, foto decomposição,
• fenômenos de adsorção,
• precipitação e formação de complexos,
• neutralização ácido básica.
São indicativos de sua ocorrência:
• precipitação
• turvação,
• floculação,
• alterações na cor da mistura.
Obs: a ausência dessas alterações não garante a inexistência de
interação.
Os medicamentos considerados de alerta estão geralmente
envolvidos nas interações físicas ou químicas
Exemplos: amiodarona, cisatracurio, digoxina, dopamina, dobutamina, eletrólitos ,
fenitoína, fenobarbital, fentanil, furosemida, haloperidol, heparina, insulina, midazolan,
morfina, nitroglicerina, noradrenalina, pancurônio, propofol e soluções de glicose
hipertônicas.
•A incompatibilidade medicamentosa está relacionada com as interações físico-químicas
que ocorrem externamente durante o preparo e administração dos medicamentos.
• Pode ocorrer entre medicamento-medicamento, medicamento-solução, medicamento-
material de embalagem, medicamento-recipiente e medicamento-impureza.
RNPT, PN 650g, Patual 700 g, 20ddv.
Acessos: AVCDL + AVP.
Recebe:
1)Jejum
2)NPP 70 mL ev por acesso central em 24 horas
3)Ranitidina 3,5 mg ev 12/12h
4)Vancomicina 7 mg ev 24/24 horas
5)Meropenen 28 mg ev 12/12 horas
6)Anfotericina B lipossomal 3,5 mg em SG5% 2 mL em 2 horas
7)Fenobarbital 2,8 mg ev 24/24 horas
8)Fentanila 50 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm
9)Midazolam 5 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm
10)Dobutamina 12 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm
11) Dopamina 12 mg em SF 4,8 ml ev por BIC 0,2 ml/h ou acm
12) Albumina 3,5 g ev em 4 horas
13) Furosemida 0,4 mg ev após item 12
14) Controle de dextro 4/4 horas
15) Controle de diurese
16) Diluir medicamentos em menor volume possível
17) CCG
Análise do problema:
3 vias para administrar 11 medicamentos
2 necessitam de acesso central
5 são de infusão contínua
Como resolver???
AVP: Ranitidina, Vancomicina, Meropenen, Fenobarbital, Albumina e Furosemida
Possíveis soluções
AVCDL:
1 via: NPP + Fentanila + Dobutamina
2 Via: Midazolam + Anfotericina B lipossomal + Dopamina
a) Determinar a quantidade e o tipo de acessos disponíveis.
b) Verificar todos os medicamentos que necessitam de acesso central para
administração e entre estes parear os que são compatíveis.
c) Reservar o acesso periférico para medicamentos que não necessitam de
acesso central, adminstrando-os em horários diferentes em caso de interação
físico-química.
a ceftriaxona foi
introduzida no
mercado em 1984...
Por quantos anos
ignoramos tal EAM?
Há protocolos em nossas
instituições que alertam
para esta interação? São
conhecidos? Estão ao
alcance dos
colaboradores?
Concentrações usuais em
nossas UTIs
Concentrações usuais em
nossas UTIs
Comparação com 66 medicamentos utilizados
com frequencia
A compatibilidade variou em
função da concentração dos
medicamentos...
A compatibilidade variou em
função da concentração dos
medicamentos...
Risco na utilização de fontes de informação
que não trazem referência das
concentrações consideradas estáveis
Risco na utilização de fontes de informação
que não trazem referência das
concentrações consideradas estáveis
Lembrar que as NPs para
pediatria e neonatologia
são personalizadas, ou
seja, visam atender asnecessidadesespecíficas desses
pacientes e que portanto
possuem composiçãovariável
Lembrar que as NPs para
pediatria e neonatologia
são personalizadas, ou
seja, visam atender asnecessidadesespecíficas desses
pacientes e que portanto
possuem composiçãovariável
Risco na padronização de fontes que não
refletem reais condições dos pacientes
Risco na padronização de fontes que não
refletem reais condições dos pacientes
Necessidade de atenção em relação a qualidade
metodológica dos trabalhos analisados
Casos como esses ocorrem em
nossas instituições?
Qual a melhor alternativa para
evitar este EAM?
Interações Farmacodinâmicas
• Seus efeitos finais são resultantes das ações farmacodinâmicas próprias de cada
agente terapêutico.
• Podem ocorrer em nível de receptores e estruturas intimamente associadas a eles, ou
ainda quando os fármacos agem em sistemas diferentes, mas o efeito de um deles é
alterado pelo efeito do outro.
• Podem ser sinérgicas ou antagônicas.
• Geralmente são previsíveis.
Ex:
• lamotrigina x carbamazepina (↑ toxicidade da carbamazepina sem aumentar
seu Ns ou de seu metabólito).
• furosemida x digoxina (↑ toxicidade da digoxina pela hipocalcemia provocada
pelo diurético de alça)
• rocurônio x amicacina (efeito bloqueador do aminoglicosídeo por efeito aditivo)
Interações Farmacocinéticas
• Interações em que um dos fármacos modifica a cinética de outro
administrado concomitantemente.
• São mais frequentes e promovem, muitas vezes, influência significativa sobre a terapêutica
medicamentosa.
• Podem ser classificadas baseando-se no seu mecanismo, ou seja, na fase farmacocinética em
que ocorre a interação.
• As interações de maior relevância clínica são aquelas relacionada às fases de distribuição e
metabolismo.
Alterações de pH (Inibidores
de bomba de prótons),
esvaziamento gástrico
(procinéticos), motilidade
intestinal (opíóides)
Alterações de pH (Inibidores
de bomba de prótons),
esvaziamento gástrico
(procinéticos), motilidade
intestinal (opíóides)
Farmacos que
competem com as
proteínas
plasmáticas
(fenitoína)
Farmacos que
competem com as
proteínas
plasmáticas
(fenitoína)
Indução (antiepiléticos:
fenobarbital, fenitiína e
carbamazepina;
benzodiazepínicos etc) e
inibição enzimática
(amiodarona, ARVs etc)
Indução (antiepiléticos:
fenobarbital, fenitiína e
carbamazepina;
benzodiazepínicos etc) e
inibição enzimática
(amiodarona, ARVs etc)
Alterações de pH por
fármacos ácidos ou
básicos
Alterações de pH por
fármacos ácidos ou
básicos
a) Absorção acelerada. b) Absorção retardada. c) Absorção diminuída. d) Absorção aumentada.
Adaptado de FLEISHER, 1999.
Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich.
Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
Na maioria dos casos (exceto pró-fármacos)
estas reações são responsáveis pela
transformação dos medicamentos em
compostos inativos que serão eliminados.
Medicamentos que alteram (inibam ou induzam) as
enzimas do citocromo P-450 acarretarão em maior
ou menor biodisponibilidade dos medicamentos.
Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich.
Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich.
Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
a) recém-nascidos pré – termo (RNPT) = < 37 semanas IG até 28 ddv;
b) recém-nascidos a termo (RNT) = ≥37 semanas IG até 28 ddv;
c) lactentes e crianças de 29 dias a 23 meses de idade;
d) crianças de 2 a 11 anos;
e) adolescentes de 12 a 18 anos
(OMS, 2007)
Período onde ocorrem diversas alterações fisiológicas (função da maturidade
dos processos) e características de cada fase
O que sabemos sobre o potencial de interação dos novos fármacos?
Fonte: Kearns GL, Rahman SM, Alander
SW, Blowey DL, Leeder JS, Kauffman R.
Developmental pharmacology drug
disposition, action, and therapy in infants
and children. N Engl Jmed. 2003;
349(12):1157-67.
Distribuição hídrica nos compartimentos corporais
Neonato Criança Adulto
Peso (kg) 3,4 10,8 70
Água total (%) 78 60 58
(mL) 2650 6500 41000
Água extracelular (%) 45 27 17
(mL) 1530 2900 12000
Plasma sanguíneo (%) 4-5 4-5 4-5
(mL) 140 430 3000
Água intracelular (%) 34 35 40
(mL) 1160 3800 28400
RN prematuro: água total 85%.
Impacto na administração de medicamentos:
Necessidades de maiores doses (mg/Kg) para alguns fármacos, devido ao maior
volume de distribuição.
Ex: aminoglicosídeos
Menor distribuição de fármacos lipossolúveis.
•> parte do peso corpóreo é constituído de água (75%
RN termo; 85% RNPT), ↑ de relação extracelular/
intracelular (40:60 neonato x 20:80 adulto).
• gordura representa cerca de 3% do peso corpóreo.
Função fisiológica Neonato Lactente Criança
Secreção ácida Redução Redução Normal
Esvaziamento
gástrico
Redução Aumento Aumento
Trânsito intestinal Redução Normal Normal
Área de superfície
intestinal
Redução Redução Normal
F(x) pancreática e
biliar
Redução Próximo à
normalidade
Normal
Atividade enzimática Não definida Próximo à
normalidade
Normal
Flora bacteriana Não definida Normal Normal
Efeito de primeira
passagem
Redução Próximo à
normalidade
Normal
• pH do estômago é praticamente neutro ao nascimento, ↓ para ± 3 cerca
de 48 h após o nascimento e retorna a neutralidade nas próximas 24 h,
permanecendo neutro pelos próximos 10 dias.
• Após esse período ele ↓ até alcançar valores iguais aos dos adultos por
volta dos 2 anos de idade.
• Essas alterações não ocorrem nos prematuros que quase não
apresentam secreção ácida nos primeiros 14 dias de vida.
• pH mais básico do estômago (imaturidade das células parietais) até 32
semanas de idade gestacional).
• > pH do estômago (imaturidade das células parietais) até 32 semanas
de idade gestacional).
↓ atividade das enzimas amilase, lipase e ácidos bilares.
↓ motilidade intestinal, ↑ do tempo de esvaziamento gástrico.
• imaturidade da mucosa intestinal (↑ da permeabilidade).
Impacto na administração de medicamentos:
Diminuição da absorção de fármacos ácidos (fenobarbital/ fenitoína), ↓ da solubilidade de fármacos lipossolúveis,
retardo do início de ação.
• ↓concentração, qualidade e afinidade da ligação das
proteínas plasmáticas ; > fração de droga livre
plasmática, que é farmacologicamente ativa (digoxina,
fenitoína e fenobarbital)
• bilirrubina (produto final do catabolismo do grupo
heme) ligada de forma reversível a albumina;
possibilidade de deslocamento da bilirrubina pelo uso
de fármacos com alta afinidade à proteína plasmática.
Obs. A bilirrubina atravessa a BHE e pode ocasionar o
Kernicterus.
Limitação de metabolismo hepático e da
biotransformação
Fase I - ↓ reações de oxidação, redução, hidrólise, metilação
e hidroxilação (polar => apolar; + -OH, -COOH, -NH2;
perda da atividade farmacológica) até por volta do sexto
mês de idade;
Fase II - ↓ reações de glucoronidação, sulfatação e
acetilação (=> hidrossolúvel) até por volta do terceiro ou
quarto anos de vida.
• ↓ Ligação as proteínas plasmáticas, já que só a
fração livre chega ao hepatócito;
• Fluxo sanguíneo hepático;
• Atividade enzimática dos hepatócitos
Faixa etária RFG (média)
(ml/min/1,73m2
)
Intervalo
(ml/min/1,73m2
)
Neonatos < 34 s IG
2-8 dias 11 11-15
4-28 dias 20 15-28
30-90 dias 50 40-65
Neonatos > 34 s IG
2-8 dias 39 17-60
4-28 dias 47 26-68
30-90 dias 58 30-86
1 -6 meses 7 39-114
6 – 12 meses 103 49-157
12-19 meses 127 62-191
2 anos - adulto 127 89-165
Impacto das interações na fase de excreção:
•Risco de piora na função renal pela coadministração de medicamentos
nefrotóxicos: vancomicina, amicacina, anfotericina etc.
•Útil para facilitar a eliminação de medicamentos e substancias tóxicas: NaHCO3
para a alcalinização urinária e eliminação de fármacos ácidos como barbitúricos.
a)Seleção criteriosa de medicamentos com base em evidências
b)Participação do farmacêutico na visita médica
c)Revisão das prescrições
d)Orientações sobre preparo e administração de medicamentos (integração
com a equipe de enfermagem e disponibilização no ponto de cuidado de
orientações escritas)
e)Farmacêutico presente 24 horas
f)Farmacovigilância
“Nenhuma ferramenta é capaz de substituir a discussão criteriosa
do caso concreto e o julgamento profissional apropriado “
Estratégias adotadas no HU-USP para diminuir a incidência
de EAMs por Ims:
Obrigada!
sbrassica@hu.usp.br
Tel: (11) 3091-9465
Que as pedras do caminho
sejam sempre oportunidades...

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Farmacia Hospitalar
Farmacia HospitalarFarmacia Hospitalar
Farmacia Hospitalar
Safia Naser
 
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas FarmacêuticasPES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
Farmacêutico Digital
 
Farmacoterapia pediátrica e neonatal
Farmacoterapia pediátrica e neonatalFarmacoterapia pediátrica e neonatal
Farmacoterapia pediátrica e neonatal
Sandra Brassica
 
Legislação farmaceutica
Legislação farmaceuticaLegislação farmaceutica
Legislação farmaceutica
Safia Naser
 
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Renato Santos
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físico
lacmuam
 

Was ist angesagt? (20)

Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdfSistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
 
Farmacologia aula-1
Farmacologia aula-1Farmacologia aula-1
Farmacologia aula-1
 
Farmacia Hospitalar
Farmacia HospitalarFarmacia Hospitalar
Farmacia Hospitalar
 
Farmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio LibanêsFarmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
 
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
Aula 04   farmacologia - prof. clara motaAula 04   farmacologia - prof. clara mota
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
 
Atribuições clínicas do farmacêutico
Atribuições clínicas do farmacêuticoAtribuições clínicas do farmacêutico
Atribuições clínicas do farmacêutico
 
Como fazer pesquisa em base de dados - BVS | SciELO by Flason Silva
Como fazer pesquisa em base de dados - BVS | SciELO by Flason SilvaComo fazer pesquisa em base de dados - BVS | SciELO by Flason Silva
Como fazer pesquisa em base de dados - BVS | SciELO by Flason Silva
 
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas FarmacêuticasPES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
 
Farmacoterapia pediátrica e neonatal
Farmacoterapia pediátrica e neonatalFarmacoterapia pediátrica e neonatal
Farmacoterapia pediátrica e neonatal
 
Legislação farmaceutica
Legislação farmaceuticaLegislação farmaceutica
Legislação farmaceutica
 
Introdução à Atenção Farmacêutica
Introdução à Atenção FarmacêuticaIntrodução à Atenção Farmacêutica
Introdução à Atenção Farmacêutica
 
Aula 01 farmacologia prof. clara mota
Aula 01   farmacologia prof. clara motaAula 01   farmacologia prof. clara mota
Aula 01 farmacologia prof. clara mota
 
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
 
2 aula de farmacologia
2 aula de farmacologia2 aula de farmacologia
2 aula de farmacologia
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físico
 
Sae aula .. (1)
Sae aula .. (1)Sae aula .. (1)
Sae aula .. (1)
 
Noções de farmacologia
Noções de farmacologiaNoções de farmacologia
Noções de farmacologia
 
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx
 
aula 8 - CF2
aula 8 - CF2aula 8 - CF2
aula 8 - CF2
 
Visa - O Que Devemos Saber Sobre Medicamentos
Visa -  O Que Devemos Saber Sobre MedicamentosVisa -  O Que Devemos Saber Sobre Medicamentos
Visa - O Que Devemos Saber Sobre Medicamentos
 

Andere mochten auch

Estudos de utilização de medicamentos
Estudos de utilização de medicamentosEstudos de utilização de medicamentos
Estudos de utilização de medicamentos
Sandra Brassica
 
Medicamentos off-label - programa de residência em Atenção Farmacêutica e Far...
Medicamentos off-label - programa de residência em Atenção Farmacêutica e Far...Medicamentos off-label - programa de residência em Atenção Farmacêutica e Far...
Medicamentos off-label - programa de residência em Atenção Farmacêutica e Far...
Sandra Brassica
 
Cuidados farmacêuticos em neonatologia
Cuidados farmacêuticos em neonatologiaCuidados farmacêuticos em neonatologia
Cuidados farmacêuticos em neonatologia
sbrassica
 
Aula farmacoepidemiologia crianças 2012
Aula farmacoepidemiologia crianças   2012Aula farmacoepidemiologia crianças   2012
Aula farmacoepidemiologia crianças 2012
Sandra Brassica
 
Farmacêutico Na UTI
Farmacêutico Na UTIFarmacêutico Na UTI
Farmacêutico Na UTI
sbrassica
 
Fontes de informação sobre medicamentos
Fontes de informação sobre medicamentosFontes de informação sobre medicamentos
Fontes de informação sobre medicamentos
Cassyano Correr
 

Andere mochten auch (20)

Administração de medicamentos & interações medicamentosas em neonatologia
Administração de medicamentos &  interações medicamentosas em neonatologiaAdministração de medicamentos &  interações medicamentosas em neonatologia
Administração de medicamentos & interações medicamentosas em neonatologia
 
Medicação em pediatria
Medicação em pediatriaMedicação em pediatria
Medicação em pediatria
 
Farmacologia interações e RAM
Farmacologia interações e RAMFarmacologia interações e RAM
Farmacologia interações e RAM
 
farmacos mas usados en pediatria
farmacos mas usados en pediatria farmacos mas usados en pediatria
farmacos mas usados en pediatria
 
Off label use
Off label useOff label use
Off label use
 
Estudos de utilização de medicamentos
Estudos de utilização de medicamentosEstudos de utilização de medicamentos
Estudos de utilização de medicamentos
 
Medicamentos off-label - programa de residência em Atenção Farmacêutica e Far...
Medicamentos off-label - programa de residência em Atenção Farmacêutica e Far...Medicamentos off-label - programa de residência em Atenção Farmacêutica e Far...
Medicamentos off-label - programa de residência em Atenção Farmacêutica e Far...
 
Medicação usual em pediatria
Medicação usual em pediatriaMedicação usual em pediatria
Medicação usual em pediatria
 
Cuidados farmacêuticos em neonatologia
Cuidados farmacêuticos em neonatologiaCuidados farmacêuticos em neonatologia
Cuidados farmacêuticos em neonatologia
 
Aula farmacoepidemiologia crianças 2012
Aula farmacoepidemiologia crianças   2012Aula farmacoepidemiologia crianças   2012
Aula farmacoepidemiologia crianças 2012
 
Farmacêutico Na UTI
Farmacêutico Na UTIFarmacêutico Na UTI
Farmacêutico Na UTI
 
Fontes de informação sobre medicamentos
Fontes de informação sobre medicamentosFontes de informação sobre medicamentos
Fontes de informação sobre medicamentos
 
Publicacao 107
Publicacao 107Publicacao 107
Publicacao 107
 
12 congresso de terapia intensiva pediátrica
12 congresso  de terapia intensiva pediátrica12 congresso  de terapia intensiva pediátrica
12 congresso de terapia intensiva pediátrica
 
Atendente de Farmácia - idosos
Atendente de Farmácia -  idososAtendente de Farmácia -  idosos
Atendente de Farmácia - idosos
 
Atendente de Farmácia - portaria 344
Atendente de Farmácia - portaria 344Atendente de Farmácia - portaria 344
Atendente de Farmácia - portaria 344
 
1º socorros concluido
1º socorros concluido1º socorros concluido
1º socorros concluido
 
Atendente de Farmácia - Vias de administração
Atendente de Farmácia - Vias de administraçãoAtendente de Farmácia - Vias de administração
Atendente de Farmácia - Vias de administração
 
Atendente de Farmácia - interações medicamentosas
Atendente de Farmácia - interações medicamentosasAtendente de Farmácia - interações medicamentosas
Atendente de Farmácia - interações medicamentosas
 
Convulsoes na infancia ufop
Convulsoes na infancia ufopConvulsoes na infancia ufop
Convulsoes na infancia ufop
 

Ähnlich wie Interações medicamentosas em pediatria e neonatologia

Farmacoterapia pediátrica - 2010
Farmacoterapia pediátrica - 2010Farmacoterapia pediátrica - 2010
Farmacoterapia pediátrica - 2010
Sandra Brassica
 
Estudo sobre o uso de anorexígenos
Estudo sobre o uso de anorexígenos Estudo sobre o uso de anorexígenos
Estudo sobre o uso de anorexígenos
Giovanni Oliveira
 
Estudo sobre o uso de anorexígenos
Estudo sobre o uso de anorexígenos Estudo sobre o uso de anorexígenos
Estudo sobre o uso de anorexígenos
TCC_FARMACIA_FEF
 
Segurança de Medicamentos
Segurança de MedicamentosSegurança de Medicamentos
Segurança de Medicamentos
Safia Naser
 
Artigo interações medicamentosas em enfermagem (3)
Artigo interações medicamentosas em enfermagem (3)Artigo interações medicamentosas em enfermagem (3)
Artigo interações medicamentosas em enfermagem (3)
monique cupello
 

Ähnlich wie Interações medicamentosas em pediatria e neonatologia (20)

Avaliação Global da Farmacoterapia
Avaliação Global da FarmacoterapiaAvaliação Global da Farmacoterapia
Avaliação Global da Farmacoterapia
 
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...
 
farmacogenetica
farmacogeneticafarmacogenetica
farmacogenetica
 
eBbook - Teste farmacogenético: genética + fármaco
eBbook - Teste farmacogenético: genética + fármacoeBbook - Teste farmacogenético: genética + fármaco
eBbook - Teste farmacogenético: genética + fármaco
 
Farmacoterapia pediátrica - 2010
Farmacoterapia pediátrica - 2010Farmacoterapia pediátrica - 2010
Farmacoterapia pediátrica - 2010
 
Estudo sobre o uso de anorexígenos
Estudo sobre o uso de anorexígenos Estudo sobre o uso de anorexígenos
Estudo sobre o uso de anorexígenos
 
Estudo sobre o uso de anorexígenos
Estudo sobre o uso de anorexígenos Estudo sobre o uso de anorexígenos
Estudo sobre o uso de anorexígenos
 
TALINA FARMACOLOGIA.pptx
TALINA FARMACOLOGIA.pptxTALINA FARMACOLOGIA.pptx
TALINA FARMACOLOGIA.pptx
 
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdf
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdfWebpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdf
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdf
 
Farmacoterapia baseada em evidências: Uma abordagem sobre os processos da far...
Farmacoterapia baseada em evidências: Uma abordagem sobre os processos da far...Farmacoterapia baseada em evidências: Uma abordagem sobre os processos da far...
Farmacoterapia baseada em evidências: Uma abordagem sobre os processos da far...
 
Aula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagemAula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagem
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
 
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdfCongresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
Congresso brasileiro auditoria quimioterapia oral_2013_pdf
 
Prescricoes de-medicamentos-para-gestantes
Prescricoes de-medicamentos-para-gestantesPrescricoes de-medicamentos-para-gestantes
Prescricoes de-medicamentos-para-gestantes
 
24CRF-IM-AF-e-RAM.pptx
24CRF-IM-AF-e-RAM.pptx24CRF-IM-AF-e-RAM.pptx
24CRF-IM-AF-e-RAM.pptx
 
Segurança de Medicamentos
Segurança de MedicamentosSegurança de Medicamentos
Segurança de Medicamentos
 
Artigo interações medicamentosas em enfermagem (3)
Artigo interações medicamentosas em enfermagem (3)Artigo interações medicamentosas em enfermagem (3)
Artigo interações medicamentosas em enfermagem (3)
 
aula 01 de introdução as leucemias. Geral
aula 01 de introdução as leucemias. Geralaula 01 de introdução as leucemias. Geral
aula 01 de introdução as leucemias. Geral
 
Praticas-Seguras-na-Dispensacao-de-Medicamentos.pptx
Praticas-Seguras-na-Dispensacao-de-Medicamentos.pptxPraticas-Seguras-na-Dispensacao-de-Medicamentos.pptx
Praticas-Seguras-na-Dispensacao-de-Medicamentos.pptx
 

Kürzlich hochgeladen

19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 

Interações medicamentosas em pediatria e neonatologia

  • 1. Farm. Sandra Brassica São Paulo, 2014 Interações medicamentosas em pediatria e neonatologia II Workshop de segurança da medicação em pediatria e neonatologia
  • 2.
  • 3. Fatos: •Reações adversas a medicamentos são causa de hospitalização, sendo as interações medicamentosas as maiores contribuintes. Sessenta e oito a 70% das interações potenciais demandam atenção clínica (KOHLER, 2000). •Pacientes críticos em UTIs recebem em média 15 medicamentos/ dia. A polifarmácia, embora indispensável em certas circunstancias, pode predispor a ocorrência de IMs. •Estudos demonstram frequência variável de IMs na população adulta, 3 a 5% nos pacientes em uso de até 6 fármacos, chegando a 20% nos pacientes em uso de 10 a 20 fármacos. •Não há muitos dados para a população infantil, mas sabe-se que esta é mais suscetível a ocorrência de EAMs por suas características peculiares. •Estudos demonstram a baixa disponibilidade e qualidade das informações sobre compatibilidade entre medicamentos. Desafio: Como evitar a ocorrência de IMs e assegurar uma farmacoterapia segura e eficaz? Como garantir acesso a informação atualizada e de qualidade no ponto de cuidado? Estamos preparados para o reconhecimento rápido de EAMs?
  • 4. Mecanismos das interações medicamentosas: •Físico-químicas •Farmacocinéticas •Farmacodinâmicas Um retorno a teoria... Quando as ações de um medicamento são alteradas por outro, ou ainda por um alimento produzindo: •Alteração dos efeitos farmacodinâmicos/ farmacocinéticas •Diminuição ou ineficácia terapêutica •Toxicidade
  • 5. Interações Físico-Químicas Mecanismos físico-químicos frequentemente observados: • óxido-redução, hidrólise, foto decomposição, • fenômenos de adsorção, • precipitação e formação de complexos, • neutralização ácido básica. São indicativos de sua ocorrência: • precipitação • turvação, • floculação, • alterações na cor da mistura. Obs: a ausência dessas alterações não garante a inexistência de interação.
  • 6. Os medicamentos considerados de alerta estão geralmente envolvidos nas interações físicas ou químicas Exemplos: amiodarona, cisatracurio, digoxina, dopamina, dobutamina, eletrólitos , fenitoína, fenobarbital, fentanil, furosemida, haloperidol, heparina, insulina, midazolan, morfina, nitroglicerina, noradrenalina, pancurônio, propofol e soluções de glicose hipertônicas. •A incompatibilidade medicamentosa está relacionada com as interações físico-químicas que ocorrem externamente durante o preparo e administração dos medicamentos. • Pode ocorrer entre medicamento-medicamento, medicamento-solução, medicamento- material de embalagem, medicamento-recipiente e medicamento-impureza.
  • 7. RNPT, PN 650g, Patual 700 g, 20ddv. Acessos: AVCDL + AVP. Recebe: 1)Jejum 2)NPP 70 mL ev por acesso central em 24 horas 3)Ranitidina 3,5 mg ev 12/12h 4)Vancomicina 7 mg ev 24/24 horas 5)Meropenen 28 mg ev 12/12 horas 6)Anfotericina B lipossomal 3,5 mg em SG5% 2 mL em 2 horas 7)Fenobarbital 2,8 mg ev 24/24 horas 8)Fentanila 50 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 9)Midazolam 5 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 10)Dobutamina 12 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 11) Dopamina 12 mg em SF 4,8 ml ev por BIC 0,2 ml/h ou acm 12) Albumina 3,5 g ev em 4 horas 13) Furosemida 0,4 mg ev após item 12 14) Controle de dextro 4/4 horas 15) Controle de diurese 16) Diluir medicamentos em menor volume possível 17) CCG Análise do problema: 3 vias para administrar 11 medicamentos 2 necessitam de acesso central 5 são de infusão contínua Como resolver???
  • 8. AVP: Ranitidina, Vancomicina, Meropenen, Fenobarbital, Albumina e Furosemida Possíveis soluções AVCDL: 1 via: NPP + Fentanila + Dobutamina 2 Via: Midazolam + Anfotericina B lipossomal + Dopamina a) Determinar a quantidade e o tipo de acessos disponíveis. b) Verificar todos os medicamentos que necessitam de acesso central para administração e entre estes parear os que são compatíveis. c) Reservar o acesso periférico para medicamentos que não necessitam de acesso central, adminstrando-os em horários diferentes em caso de interação físico-química.
  • 9. a ceftriaxona foi introduzida no mercado em 1984... Por quantos anos ignoramos tal EAM?
  • 10. Há protocolos em nossas instituições que alertam para esta interação? São conhecidos? Estão ao alcance dos colaboradores?
  • 11.
  • 12.
  • 13. Concentrações usuais em nossas UTIs Concentrações usuais em nossas UTIs Comparação com 66 medicamentos utilizados com frequencia
  • 14. A compatibilidade variou em função da concentração dos medicamentos... A compatibilidade variou em função da concentração dos medicamentos... Risco na utilização de fontes de informação que não trazem referência das concentrações consideradas estáveis Risco na utilização de fontes de informação que não trazem referência das concentrações consideradas estáveis
  • 15. Lembrar que as NPs para pediatria e neonatologia são personalizadas, ou seja, visam atender asnecessidadesespecíficas desses pacientes e que portanto possuem composiçãovariável Lembrar que as NPs para pediatria e neonatologia são personalizadas, ou seja, visam atender asnecessidadesespecíficas desses pacientes e que portanto possuem composiçãovariável
  • 16. Risco na padronização de fontes que não refletem reais condições dos pacientes Risco na padronização de fontes que não refletem reais condições dos pacientes
  • 17. Necessidade de atenção em relação a qualidade metodológica dos trabalhos analisados
  • 18. Casos como esses ocorrem em nossas instituições? Qual a melhor alternativa para evitar este EAM?
  • 19. Interações Farmacodinâmicas • Seus efeitos finais são resultantes das ações farmacodinâmicas próprias de cada agente terapêutico. • Podem ocorrer em nível de receptores e estruturas intimamente associadas a eles, ou ainda quando os fármacos agem em sistemas diferentes, mas o efeito de um deles é alterado pelo efeito do outro.
  • 20. • Podem ser sinérgicas ou antagônicas. • Geralmente são previsíveis. Ex: • lamotrigina x carbamazepina (↑ toxicidade da carbamazepina sem aumentar seu Ns ou de seu metabólito). • furosemida x digoxina (↑ toxicidade da digoxina pela hipocalcemia provocada pelo diurético de alça) • rocurônio x amicacina (efeito bloqueador do aminoglicosídeo por efeito aditivo)
  • 21. Interações Farmacocinéticas • Interações em que um dos fármacos modifica a cinética de outro administrado concomitantemente.
  • 22. • São mais frequentes e promovem, muitas vezes, influência significativa sobre a terapêutica medicamentosa. • Podem ser classificadas baseando-se no seu mecanismo, ou seja, na fase farmacocinética em que ocorre a interação. • As interações de maior relevância clínica são aquelas relacionada às fases de distribuição e metabolismo. Alterações de pH (Inibidores de bomba de prótons), esvaziamento gástrico (procinéticos), motilidade intestinal (opíóides) Alterações de pH (Inibidores de bomba de prótons), esvaziamento gástrico (procinéticos), motilidade intestinal (opíóides) Farmacos que competem com as proteínas plasmáticas (fenitoína) Farmacos que competem com as proteínas plasmáticas (fenitoína) Indução (antiepiléticos: fenobarbital, fenitiína e carbamazepina; benzodiazepínicos etc) e inibição enzimática (amiodarona, ARVs etc) Indução (antiepiléticos: fenobarbital, fenitiína e carbamazepina; benzodiazepínicos etc) e inibição enzimática (amiodarona, ARVs etc) Alterações de pH por fármacos ácidos ou básicos Alterações de pH por fármacos ácidos ou básicos
  • 23. a) Absorção acelerada. b) Absorção retardada. c) Absorção diminuída. d) Absorção aumentada. Adaptado de FLEISHER, 1999.
  • 24. Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57. Na maioria dos casos (exceto pró-fármacos) estas reações são responsáveis pela transformação dos medicamentos em compostos inativos que serão eliminados. Medicamentos que alteram (inibam ou induzam) as enzimas do citocromo P-450 acarretarão em maior ou menor biodisponibilidade dos medicamentos.
  • 25. Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
  • 26. Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
  • 27. a) recém-nascidos pré – termo (RNPT) = < 37 semanas IG até 28 ddv; b) recém-nascidos a termo (RNT) = ≥37 semanas IG até 28 ddv; c) lactentes e crianças de 29 dias a 23 meses de idade; d) crianças de 2 a 11 anos; e) adolescentes de 12 a 18 anos (OMS, 2007) Período onde ocorrem diversas alterações fisiológicas (função da maturidade dos processos) e características de cada fase
  • 28. O que sabemos sobre o potencial de interação dos novos fármacos?
  • 29. Fonte: Kearns GL, Rahman SM, Alander SW, Blowey DL, Leeder JS, Kauffman R. Developmental pharmacology drug disposition, action, and therapy in infants and children. N Engl Jmed. 2003; 349(12):1157-67.
  • 30. Distribuição hídrica nos compartimentos corporais Neonato Criança Adulto Peso (kg) 3,4 10,8 70 Água total (%) 78 60 58 (mL) 2650 6500 41000 Água extracelular (%) 45 27 17 (mL) 1530 2900 12000 Plasma sanguíneo (%) 4-5 4-5 4-5 (mL) 140 430 3000 Água intracelular (%) 34 35 40 (mL) 1160 3800 28400 RN prematuro: água total 85%.
  • 31. Impacto na administração de medicamentos: Necessidades de maiores doses (mg/Kg) para alguns fármacos, devido ao maior volume de distribuição. Ex: aminoglicosídeos Menor distribuição de fármacos lipossolúveis. •> parte do peso corpóreo é constituído de água (75% RN termo; 85% RNPT), ↑ de relação extracelular/ intracelular (40:60 neonato x 20:80 adulto). • gordura representa cerca de 3% do peso corpóreo.
  • 32. Função fisiológica Neonato Lactente Criança Secreção ácida Redução Redução Normal Esvaziamento gástrico Redução Aumento Aumento Trânsito intestinal Redução Normal Normal Área de superfície intestinal Redução Redução Normal F(x) pancreática e biliar Redução Próximo à normalidade Normal Atividade enzimática Não definida Próximo à normalidade Normal Flora bacteriana Não definida Normal Normal Efeito de primeira passagem Redução Próximo à normalidade Normal
  • 33. • pH do estômago é praticamente neutro ao nascimento, ↓ para ± 3 cerca de 48 h após o nascimento e retorna a neutralidade nas próximas 24 h, permanecendo neutro pelos próximos 10 dias. • Após esse período ele ↓ até alcançar valores iguais aos dos adultos por volta dos 2 anos de idade. • Essas alterações não ocorrem nos prematuros que quase não apresentam secreção ácida nos primeiros 14 dias de vida. • pH mais básico do estômago (imaturidade das células parietais) até 32 semanas de idade gestacional). • > pH do estômago (imaturidade das células parietais) até 32 semanas de idade gestacional). ↓ atividade das enzimas amilase, lipase e ácidos bilares. ↓ motilidade intestinal, ↑ do tempo de esvaziamento gástrico. • imaturidade da mucosa intestinal (↑ da permeabilidade). Impacto na administração de medicamentos: Diminuição da absorção de fármacos ácidos (fenobarbital/ fenitoína), ↓ da solubilidade de fármacos lipossolúveis, retardo do início de ação.
  • 34. • ↓concentração, qualidade e afinidade da ligação das proteínas plasmáticas ; > fração de droga livre plasmática, que é farmacologicamente ativa (digoxina, fenitoína e fenobarbital) • bilirrubina (produto final do catabolismo do grupo heme) ligada de forma reversível a albumina; possibilidade de deslocamento da bilirrubina pelo uso de fármacos com alta afinidade à proteína plasmática. Obs. A bilirrubina atravessa a BHE e pode ocasionar o Kernicterus.
  • 35. Limitação de metabolismo hepático e da biotransformação Fase I - ↓ reações de oxidação, redução, hidrólise, metilação e hidroxilação (polar => apolar; + -OH, -COOH, -NH2; perda da atividade farmacológica) até por volta do sexto mês de idade; Fase II - ↓ reações de glucoronidação, sulfatação e acetilação (=> hidrossolúvel) até por volta do terceiro ou quarto anos de vida. • ↓ Ligação as proteínas plasmáticas, já que só a fração livre chega ao hepatócito; • Fluxo sanguíneo hepático; • Atividade enzimática dos hepatócitos
  • 36. Faixa etária RFG (média) (ml/min/1,73m2 ) Intervalo (ml/min/1,73m2 ) Neonatos < 34 s IG 2-8 dias 11 11-15 4-28 dias 20 15-28 30-90 dias 50 40-65 Neonatos > 34 s IG 2-8 dias 39 17-60 4-28 dias 47 26-68 30-90 dias 58 30-86 1 -6 meses 7 39-114 6 – 12 meses 103 49-157 12-19 meses 127 62-191 2 anos - adulto 127 89-165
  • 37. Impacto das interações na fase de excreção: •Risco de piora na função renal pela coadministração de medicamentos nefrotóxicos: vancomicina, amicacina, anfotericina etc. •Útil para facilitar a eliminação de medicamentos e substancias tóxicas: NaHCO3 para a alcalinização urinária e eliminação de fármacos ácidos como barbitúricos.
  • 38. a)Seleção criteriosa de medicamentos com base em evidências b)Participação do farmacêutico na visita médica c)Revisão das prescrições d)Orientações sobre preparo e administração de medicamentos (integração com a equipe de enfermagem e disponibilização no ponto de cuidado de orientações escritas) e)Farmacêutico presente 24 horas f)Farmacovigilância “Nenhuma ferramenta é capaz de substituir a discussão criteriosa do caso concreto e o julgamento profissional apropriado “ Estratégias adotadas no HU-USP para diminuir a incidência de EAMs por Ims:
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42. Obrigada! sbrassica@hu.usp.br Tel: (11) 3091-9465 Que as pedras do caminho sejam sempre oportunidades...

Hinweis der Redaktion

  1. Importante que cada profissional saiba como deve se organizar metodologicamente e seja capaz de identificar suas especificidades técnicas, que são próprias de cada profissão