psicoterapia breve psicodinâmica no idoso - Rui Grilo peritia 2012
SAÚDE MENTAL EM CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO NUMA CASA DE ACOLHIMENTO Rui Grilo.pdf
1. SAÚDE MENTAL EM CRIANÇAS
E JOVENS EM RISCO NUMA
CASA DE ACOLHIMENTO
Rui Grilo
SAÚDE MENTAL EM CRIANÇAS
E JOVENS EM RISCO NUMA
CASA DE ACOLHIMENTO
Rui Grilo
4. Os Valores da Cooperativa
Missão:
Promover a inclusão educativa, profissional e comunitária de pessoas em
situação de desvantagem, na perspetiva do Movimento de Emprego
Apoiado.
Visão:
Para a RUMO, a inclusão social de pessoas em situação de desvantagem e
o exercício da cidadania implicam a participação a todos os níveis, numa
perspetiva de autodeterminação e envolvimento comunitário, numa
sociedade inclusiva, fraternal e não discriminatória.
5. A familia é o contexto previligiado
para o desenvolvimento da criança,
apresentando um papel vital no seu
desenvolvimento holistico e
ajustamento psicossocial
Krishnaswami & Kuttappan, 2019
6. é também no seio familiar onde ocorrem a
maioria dos casos de abuso e negligência
perpetrados às crianças, sendo que quando tal
acontece o Sistema coloca em ação soluções
capazes de proteger a criança
(Herrera, 2018; Pereda et al., 2014).
7. O Acolhimento Residencial (AR) consiste
numa medida extrafamiliar de promoção e
proteção que visa colocar a criança aos
cuidados de uma entidade que disponha de
instalações e equipamento permanente e
de uma equipa que lhe garanta os cuidados
adequados às suas necessidades e lhe
proporcione condições que permitam a sua
educação, bem-estar e desenvolvimento
integral (art.º49 LCPCJ 142/2015).
Fundada em 1992
Tutela do Instituto de Segurança Social (ISS) I.P.
Resposta social para 14 crianças e jovens (misto);
Idades entre os 6 e os 25 anos
8. Encaminhamento Acolhimento
Crianças e Jovens em
Acolhimento Residencial
Sinalização
Situação de
Risco/Perigo
CPCJ
Tribunal
Plano de
Intervenção
Individual
Projeto de Vida
9. Sinalização
Maus tratos físicos
Maltrato psicológico ou
emocional
Abandono
Negligencia
Abuso sexual
Exploração do trabalho infantil
Prática de crime
Orfandade
Comportamentos desviantes
Ausência de suporte familiar
10. Tribunais Judiciais
Processo de
Promoção e
Protecção
Encaminhamento
CPCJ’s
Técnico Gestor do Processo de Promoção e Proteção
Aplicada a Medida de Acolhimento Residencial
11. Acolhimento
ANTES DA CRIANÇA/JOVEM SER
INTEGRADA NA CASA DE ACOLHIMENTO
DEPOIS DA CRIANÇA/JOVEM SER
INTEGRADA NA CASA DE ACOLHIMENTO
Recebido o pedido;
Reunião de Equipa para avaliação do pedido;
Quando aceite…
Preparação do Grupo de crianças e jovens
para a nova integração;
Preparação da Equipa para a nova integração;
Atribuição de Gestor Educativo e de Gestor
de Processo.
Reunião de acolhimento com a
criança/jovem;
Apresentação ao Grupo e à CAR;
É feito o levantamento das necessidades
para elaboração do Plano de Intervenção
Individual ;
Definição do Projeto de Vida
12. Acolhimento
Para a elaboração e concretização do Plano de Intervenção
Individual e do Projeto de Vida é realizado um continuo
trabalho em rede
14. Somos relação porque
estamos em relação
Sem relação não existimos e em relação
transformamos quem somos.
SAÚDE MENTAL EM CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO
CASA DE ACOLHIMENTO
15. Saúde Mental no Acolhimento
Residencial
Fragilidades ao nível da regulação e gestão emocional e de estabelecimento de vínculos relacionais
seguros.; Sintomatologia depressiva; Problemas comportamentais severos e de oposição.
Pedopsiquiatria: Hiperatividade com Défice de Atenção e Perturbação de Ansiedade – que são
diagnósticos normativos, não sendo exclusivos nem estando diretamente associados ao facto dos
jovens pertencerem ao Acolhimento Residencial);
As manifestações sintomáticas diferem consoante a idade; nível de desenvolvimento;
temperamento e personalidade; vinculação entre a criança e os pais; experiências prévias;
perceção da causa da separação; preparação da criança para a separação; condições do ambiente
familiar; condições da casa de AR; duração do acolhimento e cuidados diferenciados em AR (Zurita
& del Valle, 2005).
No acolhimento Residencial, não é tido o foco em diagnósticos clínicos, uma vez que o acolhimento
não é um contexto formalmente clínico.
16. Fatores de Risco para a Saúde Mental
em Crianças Acolhidas
IN ACTAS DO 3º CONGRESSO DA ORDEM DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES
1) desrorganização e disfunçã familiar, traumas, separações, exposição fetal a substâncias
ilícitas e vulnerabilidades genéticas ;
2) características das famílias das crianças acolhidas, as carências psicológicas e
educativas potenciadas pelos acontecimentos de vida negativos;
3) As situações de perda ou de separação, bem como situações de maus-tratos ou
negligência parental;
4) A experiência das crianças em casas de AR pode potenciar o desenvolvimento de
problemas no âmbito da vinculação e um risco aumentado para diversos problemas sociais
e comportamentais
17. Fatores de Risco para a Saúde Mental
em Crianças Acolhidas
IN ACTAS DO 3º CONGRESSO DA ORDEM DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES
5) o efeito da interrupção de cuidados e da alternância de figuras características do AR, que pode
dificultar o desenvolvimento de padrões de vinculação inseguros;
6) quanto pior for a perceção das crianças e jovens relativamente à sua relação com os
companheiros e com os cuidadores, maior é o nível de sintomatologia depressiva;
7) Um acolhimento superior a 6 meses potencia também a presença de sintomas depressivos;
8) quando o acolhimento é feito em casas deslocalizadas do seu distrito de origem, o
afastamento pode potenciar problemas desenvolvimentais;
9) A mudança de casa de AR que é particularmente comum no caso das crianças que
apresentam problemas psiquiátricos, tendem a impedir o progresso terapêutico
18. Fatores de Proteção para a Saúde
Mental em Crianças Acolhidas
IN ACTAS DO 3º CONGRESSO DA ORDEM DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES
Princípios orientadores que propiciam a melhoria na forma como as crianças e
jovens são acolhidos:
1) duração temporal do acolhimento (deverá ser transitório e durante um curto período
de tempo);
2) definição do projeto de vida com celeridade;
3) participação ativa da criança e do jovem na definição do seu projeto de vida;
4) promoção da continuidade e previsibilidade de cuidados à criança ou ao jovem
(assegurando a continuidade das relações de qualidade estabelecidas) (Gomes, 2010).
20. Porque silenciar a voz não
apaga o eco
O psicologo deverá promover um espaço que
permita a reflexão e o trabalho das
emoções e sentimentos...
21. Intervenção - psicologia
- Realizar a Gestão do Processo Interno das crianças/jovens acolhidos;
- Articulação com entidades encaminhadoras dos Processos (Técnicos da EMAT,
Gestores de Processos da CPCJ);
- Elaboração de Relatórios de Acompanhamento do período do acolhimento
(Relatórios psicossociais);
- Dinamização de reuniões de jovens (onde são abordadas temáticas do quotidiano e
funcionamento da Residência e realizadas dinâmicas de treino de competências
sociais e regulação emocional) - Grupos terapêuticos
- Participação nas reuniões de Equipa Alargada (Técnica + Equipa Educativa) e Equipa
Alargada com jovens;
22. Intervenção - psicologia
- Apoio à Equipa Educativa, na gestão de situações e estratégias alternativas na função
de cuidador de crianças e jovens em risco (abordagem sensível ao trauma e de
acolhimento terapêutico);
- Articulação com as famílias e pessoas significativas das crianças/jovens;
- Intervenção com as famílias em contexto de visita familiar;
- Gestão de conflitos entre os jovens;
- Atendimentos individuais (Aconselhamento Psicológico) com as crianças e jovens
Abordagem sensível ao trauma
Abordagem centrada no Acolhimento Terapêutico e re-
significação de relações/emoções
23. Sem amor não existe
relação, porque o ser
humano depende do afeto
para não sentir a solidão