A proposta visa tornar útil e segura a praça Alexandre Roberto Romano, ao lado da EMEF Gilmar Taccola e EMEI Alberto Camargo, criando um CEU com viés ecológico e revitalizando o entorno. Atualmente, a praça é um perigoso reduto de assaltantes e usuários de drogas, além de casais em busca de sexo ao ar livre.
CPM/AFC - Devolutiva das oficinas da SMDU - Secretaria Municipal de Desenvolv...
PROJETO CEU ECOLÓGICO VILA SANTA ISABEL
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CEU VILA SANTA ISABEL
Uma proposta Conselho Participativo Municipal
Aricanduva/Formosa/Carrão
O CEU
Os Centros Educacionais Unificados (CEU) são equipamentos públicos
voltados à educação criados pela Secretaria Municipal de Educação de São
Paulo e localizados nas áreas periféricas da Grande São Paulo.
Os CEUs contam com um Centro de Educação Infantil (CEI) para crianças
de 0 a 3 anos; uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) para alunos
de 4 a 6 anos; e uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF), que
também oferece Educação de Jovens e Adultos (EJA). Todos os CEUs são
equipados com quadra poliesportiva, teatro (utilizado também como cinema),
playground, piscinas, biblioteca, telecentro e espaços para oficinas, ateliês e
reuniões. Os espaços são abertos nos finais de semana com o intuito de
beneficiar tanto crianças e adolescentes como a comunidade de baixa renda
do entorno.
A PROPOSTA
O CEU Formosa fica longe da Vila Formosa, o CEU Carrão fica longe da
Vila Carrão e o mesmo se aplica ao CEU Aricanduva, que assim foi chamado
mais por estar às margens do Aricanduva do que pertencer a este bairro.
A Praça Alexandre Roberto Romano é rodeada por três escolas: a EMEF
Gilmar Taccola, a EMEI Prof. Alberto Mesquita de Camargo e a EE Irene de
Lima Paiva.
A área da Praça Alexandre Roberto Romano é uma imensa área
arborizada que até o momento não conseguiu uma devida utilização como
local de utilidade pública. Pelo contrário: tornou-se um entrave.
Como praça, nunca funcionou. Pode-se enumerar, pelo menos, 10 razões.
1 - Sua grande área encarece a manutenção;
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2 - Solicitações para a Ilume cuidar da praça serão inúteis. Não dá para
iluminar devidamente uma área cheia de árvores. Por mais postes de luz que
haja, não há como não ter "áreas escuras" no local.
3 - Qualquer iniciativa para se reformar a praça será dinheiro jogado
fora;
4 - Encontra-se em desnível com relação que olhe dá acesso, a Rua
Lutécia. Quem passa pela calçada, não consegue ver a praça;
5 - Pessoas de bem não têm coragem de frequentar o local;
6 - Como consequência, tornou-se local de consumo de drogas e de
encontros de casais, que praticam sexo ao ar livre, diante da vista dos alunos
da EMEF Gilmar Taccola, sem o mínimo pudor. À noite, assaltos tornaram-se
frequentes;
7 - Professores, pais, alunos e vizinhos sofrem com esses fatos. Há medo
na saída da escola quando a noite chega;
8 - Para complicar, a praça transformou-se em depósito de lixo e
entulho, pois moradores dos arredores e principalmente carroceiros, levam
para lá toda a espécie de dejetos. Tornou-se, portanto, potencial foco de
casos de dengue;
9 - Drogados que frequentam o local, quando muito dopados, jogam
detritos nas casas do condomínio ao lado;
10 - Há uma grande chance de a área ser invadida, tornando-se uma
espécie de “Viaduto Bresser” ou “Viaduto Alcântara Machado”.
Conhecida inicialmente como Calipal, era uma imensa área verde ao lado
do cotonifício Guilherme Giorgi. Neste local, várias famílias exerciam
atividades recreativas.
Houve propostas como incorporá-la à EMEF Gilmar Taccola. Também se
cogitou uma verba para reformá-la, mas mantendo-a como praça. Ambas as
iniciativas esbarram na grande dimensão da área e no alto custo de sua
manutenção.
A dimensão pode não ser tão gigantesca para um CEU que habitualmente
vemos construídos. No entanto, as escolas municipais que são parte de um
CEU já estão lá. Trata-se, portanto, de uma área perfeita para um CEU
compacto, com duas inovações: será ecológico, servindo como referência não
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só para a cidade, mas como para o mundo inteiro, além de um Centro de
Referência ao Idoso, numa região onde a população de idosos é a maior da
cidade.
Um CEU que contará com uma área arborizada, cuja construção seja
referência à preservação do meio ambiente, utilizando materiais que
harmonizem uma moderna construção com preservação ambiental, nos moldes
da Praça Victor Civita.
Esta proposta já foi apresentada para algumas instituições de ensino,
sociedade amigos de bairro e demais entidades sociais, portanto, conta desde
já com ótima recepção, estando estas, bem como a população, dispostas a um
abaixo-assinado e ofícios para apoiar a iniciativa.
CUSTO BENEFÍCIO
Além dos benefícios socioculturais que o CEU Vila Santa Isabel trará à
região, há uma incomparável relação custo-benefício diante montante dos
cofres públicos que será economizado com o valor que deixará de ser
destinado às futuras e inúteis reformas pelas quais a praça teria de passar ao
longo dos anos. Ou seja, qualquer dinheiro a ser aplicado nessa área que não
seja um CEU, será dinheiro jogado fora.
UM CEU ECOLÓGICO
O Auditório, a Sala de Atividades Sociocultural e a Quadra, bem como
outra dependência, serão construções de arquitetura ecológica, ou seja,
harmonizando-se com a natureza que o rodeia. As construções ecológicas
estão sendo levadas a sério moda em diversos países, pois ajudam a preservar
o meio ambiente. Uma bela construção em madeira deve utilizar madeiras
como certificado de origem correto, podendo ser construída sobre uma base
de rochas do local. Para manter a temperatura equilibrada e para o
aquecimento de água, podem-se utilizar as energias oriundas da biomassa,
geotérmica e/ou painéis solares. A energia elétrica pode ser reduzida através
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de painéis fotovoltaicos, aerogeradores e turbinas (se existir no local uma
corrente de água).
Bioconstrução: A bioconstrução encarrega-se de encontrar a harmonia
entre a tecnologia, a estética e a funcionalidade, que se integra, por sua vez,
no meio ambiente natural ou urbano. O objetivo é satisfazer as necessidades
humanas em condições saudáveis, guiando-se por um critério estrito de
sustentabilidade e respeito com o meio ambiente.
ALGUNS ITENS
A área permite, com bom espaço, três blocos, os quais conteriam:
Bloco 1: Quadra esportiva coberta (compacta);
Bloco 2: Auditório (compacto);
Bloco 3: Centro de Referência ao Idoso e Centro de Referência da Mulher
(este, uma solicitação que já existe por parte do Conselho Participativo -
Aricanduva/Formosa/Carrão) e sala de atividades socioculturais.
Bloco 4: CEI
Soma-se a esses itens:
- Posto comunitário da GCM - Guarda Civil Metropolitana, que irá atender os
bairros do entorno, bem como atender à demanda que existirá com a
construção do próprio CEU e com os novos empreendimentos imobiliários que
surgirão a partir da construção da estação do metrô.
BAIRROS ATENDIDOS
Além de toda a região, estão enumerados os seguintes bairros:
- Vila Santa Isabel (e irá, entre vários benefícios, a preservar o nome do
bairro);
- Vila Carrão (o CEU Carrão fica longe da Vila Carrão),
- Vila Formosa (o CEU Formosa não fica na Vila Formosa),
- Aricanduva (o CEU Aricanduva fica longe da Vila Aricanduva),
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- Vila Nova Manchester,
- Vila Antonieta,
- Vila Mafra,
- Vila Santo Estevão,
- Tatuapé.
ESCOLAS PRÓXIMAS
Em um raio de 1 Km, estão enumeradas (pelo menos) as seguintes escolas
(além de diversos colégios particulares):
- EMEF Gilmar Taccola (ao lado);
- EMEI Prof. Alberto Mesquita de Camargo (ao lado);
- EE Irene de Lima Paiva (ao lado);
- EMEF Bartolomeu Lourenço de Gusmão (a quatro quarteirões de
distância)
- EE Frederico Steidel (a dois quarteirões)
- EMEI João Ortale (a três quarteirões);
- EE José Marques da Cruz (a dois quarteirões);
- EE Presidente Kennedy (a sete quarteirões);
- EE Júlia Amália de Azevedo Antunes (a cinco quarteirões);
- Colégio Santa Isabel (que tem um mini-zoológico com parceria com o
IBAMA.
A LOCALIZAÇÃO
- Próximo à futura estação do metrô
- Na Rua Lutécia, acesso direto à Av. Conselheiro Carrão,
- Zona comercial e residencial, que será iniciada a partir da estação do
metrô, com a fragmentação do local onde funcionou o Cotonifício
Guilherme Giorgi e o Lanifício Minerva em alguns quarteirões.
A LUTA DA VILA SANTA ISABEL
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A Vila Santa Isabel encontra-se entre a Rua Lutécia, Rua Osvaldo Arouca,
Rua Taubaté, Rua Xiririca. Trata-se de um bairro tradicional da cidade de São
Paulo, dono de uma história de mais de 80 anos. No início, sua área chegava
até a atual Rua Zodíaco, ao lado do Córrego Rapadura. Perdeu parte dessa
área após o empresário Guilherme Giorgi, depois de divergências políticas
com Maria Neto Ribeiro (popularmente conhecida como Maria Pernambucana).
A saída do Cotonifício Guilherme Giorgi, que seria na Rua Lutécia, passou para
o outro lado, criando a Avenida Guilherme Giorgi e o Jardim Têxtil.
As escolas EE Irene de Lima Paiva, EMEI Alberto Mesquita de Camargo e a
nova EMEF Gilmar Taccola deveriam, mas não são consideradas como
pertencentes à Vila Santa Isabel.
O mercado imobiliário passou a ignorar a Vila Santa Isabel. O mesmo foi
feito pelo poder público e pelos Correios. Atualmente, o bairro possui apenas
20% de seu território original.
O bairro está lutando para reaver a representatividade que tinha
anteriormente e, com isso, poder novamente ter o seu território considerado
como Vila Santa Isabel.
Para isso, são necessárias iniciativas para devolver essa
representatividade, o respeito a esse nome histórico. Apagar a Vila Santa
Isabel é violar a história da cidade de São Paulo.
Uma das iniciativas é restaurar o Santuário Vila Santa Isabel. Um dos
maiores templos católicos do mundo e que, nos anos 60, 70 e 80 era ponto
turístico do estado. Outra iniciativa é batizar de "Vila Santa Isabel" a estação
do metrô que futuramente será construída. Sua localização será na divisa do
bairro.
A iniciativa dessa proposta é o CEU Vila Santa Isabel, na Praça Alexandre
Roberto Romano, Rua Lutécia, "Vila Santa Isabel".
HISTÓRIA DA VILA SANTA ISABEL
A Vila Santa Isabel é um bairro tão tradicional quanto a Mooca, Lapa, Bela
Vista. Está localizado na Zona Leste, entre as vilas Formosa e Carrão. Não
existe pessoa que, conhecendo o bairro, deixe de tê-lo guardado em um lugar
no coração. O ar de cidade do interior ainda fascina moradores e visitantes.
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Esta é a história da Vila Santa Isabel, a partir da década de 40, resumida em
fatos que falam por si:
No bairro começou a escola de samba Acadêmicos do Tatuapé, antes,
chamada de Unidos de Vila Santa Isabel.
É onde está localizada a maior igreja da América Latina, projetada por
Benedito Calixto Neto, o mesmo arquiteto da Basílica de Aparecida.
No bairro há um minizoológico que trata de animais feridos, em parceria com
o Ibama.
A Vila Santa Isabel realizava procissão com tapetes de serragem, antes dessas
festas serem realizadas por municípios vizinhos. Os eventos da Vila Santa
Isabel atraía turistas de todas as partes do Brasil, chegando a ter mais de
150 mil visitantes, entre turistas e romeiros.
A Vila Santa Isabel possui 4 escolas públicas e um colégio particular.
O bairro tinha delegacia de polícia, posto de saúde, agência dos Correios,
cinema e um intenso comércio.
A Vila Santa Isabel realiza um Concurso de Bandas e Fanfarras.
Tem o Dia Municipal do Bairro de Vila Santa Isabel (Lei Municipal 13.090-
2000).
Antes de seu bairro vizinho, a Vila Formosa, chegou a ter asfalto e
seaneamento básico.
Na Vila Santa Isabel foram rodados três filmes de longa-metragem: ¨Contra
Todos¨, ¨Bom Dia, Eternidade¨ e ¨Touro¨.