SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 38
P R O F . C A R L O S F R E D E R I C O R O D R I G U E S .
M É D I C O – S A N T A C A S A – R J
N E U R O L O G I A – H U P E D R O E R N E S T O – U E R J
N E U R O C I R U R G I A – H M S O U Z A A G U I A R – R J
N E U R O C I R U R G I A P E D I Á T R I C A – I F F – F I O C R U Z R J
I N T E R N E N E U R O C H I R U R G I E P É D I A T R I C - H Ô P I T A L L A
T I M O N E - M A R S E I L L E – F R A N C E
M E S T R E P U C R S
P R O F E S S O R D A F A C U L D A D E D E M E D I C I N A – U N I O E S T E
– C A M P U S F R A N C I S C O B E L T R Ã O
Transtornos do aprendizado
visão neurológica
Organização
 Introdução;
 Aprendizagem do ponto de vista neurobiológico;
 Mau desempenho escolar;
 Dificuldade escolar;
 Transtornos específicos de aprendizagem;
 TDAH;
 Transtorno de desenvolvimento de coordenação;
 Diagnóstico e intervenção precoce
 Conclusão.
Introdução
 A educação formal no mundo moderno tem
importante valor sociocultural. O bom desempenho
escolar é associado ao futuro sucesso social.
 Com a tentativa, nos últimos anos, de
universalização do estudo, as queixas de mau
desempenho aumentaram vertiginosamente.
 O acesso à escola deixou de ser um privilégio, mas a
qualidade e a evasão escolar ainda são problemas
graves.
Introdução
 15-20% das crianças no início da escolarização
apresentam dificuldades em aprender e, logo, mau
desempenho escolar.
 As estimativas podem chegar até a 50% se analisados
os primeiros seis anos de escolaridade.
 O pediatra é o primeiro profissional a se defrontar
com a queixa na grande maioria dos casos.
 Rotta NT e col. Transtornos de aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre. Armed, 2006.
Visão neurobiológica do aprendizado
 Aprendizagem é um processo que ocorre através da
integração de diversas funções do sistema nervoso,
promovendo melhor adaptação do individuo ao
meio.
 Fonseca V. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem: abordagem neuropsicológica e psicopedagógica. Petrópolis, RJ. Editora : Vozes, 2008.
pp 23.
Visão neurobiológica do aprendizado
 Aquisição e processamento de informações podem
ser divididos em duas partes:
 A – imput – entrada de informações
 Processamento.
 B – output – saída de informações
Visão neurobiológica do aprendizado
 Imput – vias aferentes.
Visão neurobiológica do aprendizado
 Processamento: áreas gnósicas e práxicas –
organização, integralização e armazenamento.
Visão neurobiológica do aprendizado
 Output – vias eferentes motoras.
Visão neurobiológica do aprendizado
 Motivação e reforço positivo são fundamentais na
aprendizagem. Quanto mais interessante e
importante é a informação, mais fácil sua retenção e
resgate quando necessário.
 Porém, isso não é tudo.
Visão neurobiológica do aprendizado
 A COGNIÇÃO, que é mais que retenção e
aprendizagem, é fundamental.
 A cognição é um construto de várias habilidades que
se integram com o objetivo comum de “solucionar
problemas inéditos” apresentados pelo meio.
 Difere da inteligência, que não pode ser ensinada e é
herdada, nata e pouco modulada pelo meio.
 Seminerio FP. Inteligência como constructo e como processo sumário das pesquisas ao longo do tempo. Paideia. Ribeirão Preto 2002.
Visão neurobiológica do aprendizado
 Somado a tudo isso, torna-se fundamental para o
bom aprendizado a atenção e a memória.
 Para execução adequada da aprendizagem, é
necessária a psicomotricidade.
 Característica humana que permite a execução
planificada, sequenciada, autorregulada de atos
motores complexos, mediada pelo lobo pré-frontal.
São o produto final da cognição.
Visão neurobiológica do aprendizado
 Algumas peculiaridade ainda devem ser levadas em
consideração:
 Neuroplasticidade;
 Maturação neurológica;
 Mielinização.
Visão neurobiológica do aprendizado
 O desenvolvimento ocorre passo-a-passo através da
mediação entre criança e indivíduo competente, seja
outra criança ou adulto.
 É um continuum de aquisições de atos mais simples
até o aperfeiçoamento de funções cada vez mais
complexas.
Mau desempenho escolar
 Definido como rendimento escolar abaixo do
esperado para determinada idade, habilidades
cognitivas e escolaridade.
 Sintoma relacionado a várias etiologias.
 Fundamental buscar a causa para traçar o
tratamento adequado.
 Rebollo MA et col. Evaluación del desarrollo neuropsíquico em el pre-escolar. In: El desrrolloneuropsíquico y sy evoluación. Montevideo:
prensa médica latinoamericana, 2007.
Mau desempenho escolar
 Leva-se em consideração fatores:
 A – extrínsecos ou ambientais;
 B- intrínsecos – individuais – transtornos de
aprendizagem.
 Podem se apresentar em conjunto.
Transtornos de aprendizagem
 Situação na qual os “resultados do indivíduo em
testes padronizados e individualmente
administrados de leitura, matemática ou expressão
escrita estão substancialmente abaixo do esperado
para sua idade, escolarização e nível de inteligência”.
 Interferem significativamente no rendimento escolar
e nas atividades de vida diária que exigem
habilidades de leitura, matemática ou escrita.
 DSM IV.
Transtornos de aprendizagem
 Para a criança ter diagnóstico de TA, ela deve apresentar
nível cognitivo normal, ausência de deficiências
sensoriais (déficits auditivos e/ou visuais), ajuste
emocional e acesso ao ensino adequado.
 Alguns autores enfatizam que não é possível classificar
uma criança como portadora de TA até que se faça, pelo
menos, uma tentativa adequada de instrução.
 Shawitz SE. Dyslexia. N England J Med. 1998; 338 (5): 307-12.
Transtornos de aprendizagem
 5 – 17% da população e podem perdurar por toda a
vida.
 Podem ser classificados em:
 A – transtornos da matemática - discalculia.
 B – da expressão escrita – disgrafia.
 C – da leitura – dislexia.
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
 Causa comum de mau desempenho escolar, como é
passível de tratamento específico e com bons resultados,
sempre merece ser investigado.
 Tem como característica essencial o padrão persistente
de desatenção e/ou hiperatividade, mais frequentes e
severos em relação aos seus pares.
 Os sintomas iniciam-se por volta dos 3-7 anos e persiste
até a vida adulta em mais da metade dos casos.
 Pastura GMC et col. Desempenho escolar e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Rev. Psiquiatria Clínica. 2005; 32 (6): 324-9.
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
 Base neurobiológica e forte hereditariedade.
 Fatores genéticos e neurobiológicos como causas
prováveis.
 Fatores sociais podem contribuir no
desenvolvimento de comorbidades associadas.
 Barkley RA e col. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Manual para diagnóstico e tratamento. Terceira edição. Porto Alegre:
Artmed; 2008.
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
 Fatores neurológicos de risco:
 Complicações gestacionais ou parto.
 Lesões cerebrais adquiridas.
 Toxinas.
 Fumo e álcool na gestação.
 Prematuridade.
 Baixo peso ao nascimento.
 Fenilcetonúria materna.
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
 SNAP IV
 Seis ou mais sintomas de desatenção e/ ou
hiperatividade com duração mínima de seis meses e
início antes dos sete anos de idade, em contextos
diferentes, enfatizando prejuízo acadêmico, social e
ocupacional.
 DSM IV
Transtorno e déficit de atenção e hiperatividade
 3 tipos:
 Desatento;
 Hiperativo;
 Combinado.
 Hiperatividade tende a diminuir na adolescência.
Transtorno e déficit de atenção e hiperatividade
 Polanczki el al. encontraram prevalência mundial em
torno de 5,29%.
 Meninos possuem maior prevalência entre 3 a 9:1
 Em meninas, a manifestação mais frequente é o subtipo
desatento.
 Em adultos a prevalência é de 2,9% a 4,4%, sem
diferença de gênero.
 Polanczyk G. el al. The Worldwide prevalence of ADHD: a systematic review and metaregression analysis. Am J Psychiatric. 2007; 164 (8): 942-48.
Transtorno e déficit de atenção e hiperatividade
 56% necessitam de monitores acadêmicos.
 30 a 40 % frequentam programas de educação especial.
 30% história de repetência.
 46% suspensão escolar.
 10-35% não completam os estudos.
 Pastura et al. Desempenho escolar e transtorno do de´ficit de aternção e hiperatividade. Rev. Psiquiatria Clinica. 2005; 32 (6); 324-9.
Transtorno e déficit de atenção e hiperatividade
 Diagnóstico precoce é chave para sucesso
terapêutico.
 Dados da literatura sugerem alta prevalência de
comorbidades.
 TOD, Transtornos de conduta (30-50%).
 Transtorno de desenvolvimento de coordenação –
47% dos pacientes com TDAH.
Transtorno de desenvolvimento de coordenação
 DSM desde 1994.
 Também chamado de dispraxia.
 Marcado comprometimento da coordenação motora,
sem causas neurológicas ou sensoriais identificadas,
levando a prejuízos acadêmicos e nas atividades da
vida diária.
Transtorno de desenvolvimento de coordenação
 Não deve ser diagnosticado em crianças com QI
inferior a 70 ou outras patologias.
 Ocorre em cerca de 6% de crianças entre 5 a 11 anos
e pode persistir na vida adulta.
 Guardiola A. et col. Prevalence of attention-deficit hyperactivity disorders in studentes – comparison between DSM IV and neuropsychological
criteria. Arq Neuropsiquiatr. 2000; 58 (2-8); 401-7.
Transtorno de desenvolvimento de coordenação
 Habilidade motora fina, função motora grossa,
coordenação geral e controle durante a execução de
movimento.
 Habilidades como vestir-se, dar laço no sapato, usar
talheres e tesoura, andar de bicicleta, desenhar,
copiar e escrever.
 Podem apresentar comprometimento acadêmico na
escrita e organização espacial.
Transtorno de desenvolvimento da coordenação
 Comorbidade com TDAH.
 Praxias associam-se a baixa autoestima, maior
ansiedade e dificuldades de relação social.
 São sedentárias e desenvolvem obesidade.
 Fillers E. et col. Motor coordination problems in children and adolescents with ADHD rated by parents and teachers: effects of age and gender.
J. Neural Transm. 2008; 115 (2); 211-20.
Outras condições médicas e neuropsiquiátricas
 Desnutrição; anemia ferropriva; deficiência de zinco;
hipotireoidismo; infestação por vermes; deficiências
sensoriais; doenças crônicas (absenteísmo).
 Prematuridade e o baixo peso ao nascimento, são
considerados fatores de risco.
 33% dos prematuros entre 32-35 semanas e mais de 25%
dos recém-nascidos com peso inferior a 2000 gramas
terão problemas escolares.
 Karande S. et col . Poor school performance. Indian Journal of Pediatrics. 2005; 72 ( 11); 961-7.
Outras condições médicas e neuropsiquiátricas
 Riech TIJS. Impacto do nascimento pré-termo e com
baixo peso nas funções neuropsicológicas de
escolares (dissertação). Campinas: UNICAMP, 2008.
 Pré-termo e baixo peso: comprometimento
habilidades tátil-cinestésicas, viso-construtivas, viso-
motora e memória visual; pior desempenho escolar
em aritmética e leitura; seis vezes mais transtornos
de aprendizado e 3 vezes mais TDAH.
Outras condições médicas e neuropsiquiátricas
 Os dados são piores do que a literatura internacional.
 Precárias condições socioeconômico-culturais e
educacionais.
 Acompanhamento longitudinal e intervenção
precoce é a solução.
Diagnóstico e intervenção precoce
 Atenção obstetras;
 Atenção pediatras;
 Independente da etiologia do MDE, detecção e
intervenção precoce é o ideal.
Conclusão
 Educação tem papel primordial na integração do
indivíduo à sociedade.
 Habilitar o profissional da saúde para identificar as
crianças de risco.
 Trabalho multidisciplinar.
Obrigado

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Fases do desenvolvimento - Piaget
Fases do desenvolvimento -  PiagetFases do desenvolvimento -  Piaget
Fases do desenvolvimento - PiagetElisms88
 
Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em c...
Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em c...Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em c...
Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em c...Autismo Brasil
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoCaio Maximino
 
Tdah slide
Tdah   slideTdah   slide
Tdah slideUNIME
 
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDeisiane Cazaroto
 
Habilidades sociais oficina apostila-pdf
Habilidades sociais oficina   apostila-pdfHabilidades sociais oficina   apostila-pdf
Habilidades sociais oficina apostila-pdfAnaí Peña
 
Curso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
Curso Dsm-5 –Transtornos do NeurodesenvolvimentoCurso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
Curso Dsm-5 –Transtornos do NeurodesenvolvimentoFelipe de Souza
 
Slide Autismo
Slide   AutismoSlide   Autismo
Slide AutismoUNIME
 
ALTAS HABILIDADES - SUPERDOTAÇÃO
  ALTAS HABILIDADES - SUPERDOTAÇÃO  ALTAS HABILIDADES - SUPERDOTAÇÃO
ALTAS HABILIDADES - SUPERDOTAÇÃOmarciarejane
 
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownPalestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownLiviamandelli
 

Was ist angesagt? (20)

Autismo: o que os profissionais precisam saber?
Autismo: o que os profissionais precisam saber?Autismo: o que os profissionais precisam saber?
Autismo: o que os profissionais precisam saber?
 
Fases do desenvolvimento - Piaget
Fases do desenvolvimento -  PiagetFases do desenvolvimento -  Piaget
Fases do desenvolvimento - Piaget
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
ApresentaçãO Autismo
ApresentaçãO AutismoApresentaçãO Autismo
ApresentaçãO Autismo
 
Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em c...
Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em c...Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em c...
Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em c...
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimento
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
Desenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantilDesenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantil
 
Tdah slide
Tdah   slideTdah   slide
Tdah slide
 
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem
 
Habilidades sociais oficina apostila-pdf
Habilidades sociais oficina   apostila-pdfHabilidades sociais oficina   apostila-pdf
Habilidades sociais oficina apostila-pdf
 
Curso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
Curso Dsm-5 –Transtornos do NeurodesenvolvimentoCurso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
Curso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
 
Competencias socioemocionais--nova-escola
Competencias socioemocionais--nova-escolaCompetencias socioemocionais--nova-escola
Competencias socioemocionais--nova-escola
 
Slide Autismo
Slide   AutismoSlide   Autismo
Slide Autismo
 
Palestra Autismo
Palestra AutismoPalestra Autismo
Palestra Autismo
 
TDAH
TDAHTDAH
TDAH
 
ALTAS HABILIDADES - SUPERDOTAÇÃO
  ALTAS HABILIDADES - SUPERDOTAÇÃO  ALTAS HABILIDADES - SUPERDOTAÇÃO
ALTAS HABILIDADES - SUPERDOTAÇÃO
 
Testes psicomotores
Testes psicomotoresTestes psicomotores
Testes psicomotores
 
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownPalestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
 

Ähnlich wie Transtornos do aprendizado

tdah_uma_conversa_com_educadores.pdf
tdah_uma_conversa_com_educadores.pdftdah_uma_conversa_com_educadores.pdf
tdah_uma_conversa_com_educadores.pdfLeandroSantos258975
 
TDAH uma Conversa entre Educadores
TDAH uma Conversa entre EducadoresTDAH uma Conversa entre Educadores
TDAH uma Conversa entre EducadoresAna Paula Silva
 
Avaliação Neuropsicológica Em Transtorno Global Do Desenvolvimento.pdf
Avaliação Neuropsicológica Em Transtorno Global Do Desenvolvimento.pdfAvaliação Neuropsicológica Em Transtorno Global Do Desenvolvimento.pdf
Avaliação Neuropsicológica Em Transtorno Global Do Desenvolvimento.pdfssuser07c142
 
Tdah uma conversa_com_educadores
Tdah uma conversa_com_educadoresTdah uma conversa_com_educadores
Tdah uma conversa_com_educadoresMarlene Campos
 
Webpalestra_16.08_revisado.pptx
Webpalestra_16.08_revisado.pptxWebpalestra_16.08_revisado.pptx
Webpalestra_16.08_revisado.pptxSueliBaldan
 
P point hiperatividade trabalho grupo- conceição casco, joana bacalhau e te...
P point hiperatividade   trabalho grupo- conceição casco, joana bacalhau e te...P point hiperatividade   trabalho grupo- conceição casco, joana bacalhau e te...
P point hiperatividade trabalho grupo- conceição casco, joana bacalhau e te...Inês Caeiro Russo
 
Critérios para o diagnósstico de Perturbações de Desenvolvimento..pdf
Critérios para o diagnósstico de Perturbações de Desenvolvimento..pdfCritérios para o diagnósstico de Perturbações de Desenvolvimento..pdf
Critérios para o diagnósstico de Perturbações de Desenvolvimento..pdfssuser07c142
 
Slide sobre tdah, apresentação sobre a incidencia
Slide sobre tdah, apresentação sobre a incidenciaSlide sobre tdah, apresentação sobre a incidencia
Slide sobre tdah, apresentação sobre a incidenciadragiovannadourado
 
Manual de transtornos_mentais_-_infantis
Manual de transtornos_mentais_-_infantisManual de transtornos_mentais_-_infantis
Manual de transtornos_mentais_-_infantisrosangelacastelobranco
 
Saúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde Primários
Saúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde PrimáriosSaúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde Primários
Saúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde PrimáriosFabíola Mapin
 
TRANSTORNOS DE NEURODESENV [Salvo automaticamente].pptx
TRANSTORNOS DE NEURODESENV [Salvo automaticamente].pptxTRANSTORNOS DE NEURODESENV [Salvo automaticamente].pptx
TRANSTORNOS DE NEURODESENV [Salvo automaticamente].pptxTicianaSantiago1
 
Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e d.a.
Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e d.a.Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e d.a.
Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e d.a.oficinadeaprendizagemace
 
Dificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de caso
Dificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de casoDificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de caso
Dificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de casooficinadeaprendizagemace
 
Ped._Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdf
Ped._Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdfPed._Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdf
Ped._Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdfBielzinThekid
 
Transtorno do Espectro do Autismo - Documento Científico da SBP
Transtorno do Espectro do Autismo - Documento Científico da SBPTranstorno do Espectro do Autismo - Documento Científico da SBP
Transtorno do Espectro do Autismo - Documento Científico da SBPProf. Marcus Renato de Carvalho
 
ApresentaçãO1 Filosofia Hiperactividade
ApresentaçãO1  Filosofia HiperactividadeApresentaçãO1  Filosofia Hiperactividade
ApresentaçãO1 Filosofia Hiperactividadeelvira.sequeira
 
Prof luciano autismo letramento e autismo
Prof luciano autismo   letramento e autismoProf luciano autismo   letramento e autismo
Prof luciano autismo letramento e autismoSimoneHelenDrumond
 

Ähnlich wie Transtornos do aprendizado (20)

TDAH para Educadores
TDAH para EducadoresTDAH para Educadores
TDAH para Educadores
 
tdah_uma_conversa_com_educadores.pdf
tdah_uma_conversa_com_educadores.pdftdah_uma_conversa_com_educadores.pdf
tdah_uma_conversa_com_educadores.pdf
 
TDAH uma Conversa entre Educadores
TDAH uma Conversa entre EducadoresTDAH uma Conversa entre Educadores
TDAH uma Conversa entre Educadores
 
Avaliação Neuropsicológica Em Transtorno Global Do Desenvolvimento.pdf
Avaliação Neuropsicológica Em Transtorno Global Do Desenvolvimento.pdfAvaliação Neuropsicológica Em Transtorno Global Do Desenvolvimento.pdf
Avaliação Neuropsicológica Em Transtorno Global Do Desenvolvimento.pdf
 
Tdah uma conversa_com_educadores
Tdah uma conversa_com_educadoresTdah uma conversa_com_educadores
Tdah uma conversa_com_educadores
 
Webpalestra_16.08_revisado.pptx
Webpalestra_16.08_revisado.pptxWebpalestra_16.08_revisado.pptx
Webpalestra_16.08_revisado.pptx
 
P point hiperatividade trabalho grupo- conceição casco, joana bacalhau e te...
P point hiperatividade   trabalho grupo- conceição casco, joana bacalhau e te...P point hiperatividade   trabalho grupo- conceição casco, joana bacalhau e te...
P point hiperatividade trabalho grupo- conceição casco, joana bacalhau e te...
 
Critérios para o diagnósstico de Perturbações de Desenvolvimento..pdf
Critérios para o diagnósstico de Perturbações de Desenvolvimento..pdfCritérios para o diagnósstico de Perturbações de Desenvolvimento..pdf
Critérios para o diagnósstico de Perturbações de Desenvolvimento..pdf
 
Slide sobre tdah, apresentação sobre a incidencia
Slide sobre tdah, apresentação sobre a incidenciaSlide sobre tdah, apresentação sobre a incidencia
Slide sobre tdah, apresentação sobre a incidencia
 
Manual de transtornos_mentais_-_infantis
Manual de transtornos_mentais_-_infantisManual de transtornos_mentais_-_infantis
Manual de transtornos_mentais_-_infantis
 
Saúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde Primários
Saúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde PrimáriosSaúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde Primários
Saúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde Primários
 
TDAH
TDAHTDAH
TDAH
 
TRANSTORNOS DE NEURODESENV [Salvo automaticamente].pptx
TRANSTORNOS DE NEURODESENV [Salvo automaticamente].pptxTRANSTORNOS DE NEURODESENV [Salvo automaticamente].pptx
TRANSTORNOS DE NEURODESENV [Salvo automaticamente].pptx
 
Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e d.a.
Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e d.a.Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e d.a.
Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e d.a.
 
Déficit de Atenção, Hiperatividade, Discalculia e Outras Síndromes Que Causam...
Déficit de Atenção, Hiperatividade, Discalculia e Outras Síndromes Que Causam...Déficit de Atenção, Hiperatividade, Discalculia e Outras Síndromes Que Causam...
Déficit de Atenção, Hiperatividade, Discalculia e Outras Síndromes Que Causam...
 
Dificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de caso
Dificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de casoDificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de caso
Dificuldades de aprendizagem e retardo mental: estudo de caso
 
Ped._Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdf
Ped._Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdfPed._Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdf
Ped._Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdf
 
Transtorno do Espectro do Autismo - Documento Científico da SBP
Transtorno do Espectro do Autismo - Documento Científico da SBPTranstorno do Espectro do Autismo - Documento Científico da SBP
Transtorno do Espectro do Autismo - Documento Científico da SBP
 
ApresentaçãO1 Filosofia Hiperactividade
ApresentaçãO1  Filosofia HiperactividadeApresentaçãO1  Filosofia Hiperactividade
ApresentaçãO1 Filosofia Hiperactividade
 
Prof luciano autismo letramento e autismo
Prof luciano autismo   letramento e autismoProf luciano autismo   letramento e autismo
Prof luciano autismo letramento e autismo
 

Mehr von Carlos Frederico Almeida Rodrigues

Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalTraumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalCarlos Frederico Almeida Rodrigues
 
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoAnálise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoCarlos Frederico Almeida Rodrigues
 

Mehr von Carlos Frederico Almeida Rodrigues (20)

Hemorragia periventricular
Hemorragia periventricularHemorragia periventricular
Hemorragia periventricular
 
Cefaleia na emergência
Cefaleia na emergênciaCefaleia na emergência
Cefaleia na emergência
 
Disrafismos e hidrocefalias
Disrafismos e hidrocefaliasDisrafismos e hidrocefalias
Disrafismos e hidrocefalias
 
Neurofisiologia
NeurofisiologiaNeurofisiologia
Neurofisiologia
 
Líquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidianoLíquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidiano
 
Diagnósticos desafiadores - COMA
Diagnósticos desafiadores - COMADiagnósticos desafiadores - COMA
Diagnósticos desafiadores - COMA
 
Neurocirurgia
NeurocirurgiaNeurocirurgia
Neurocirurgia
 
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriaisPrincípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
 
Quando encaminhar para um neurologista
Quando encaminhar para um neurologistaQuando encaminhar para um neurologista
Quando encaminhar para um neurologista
 
Acidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálicoAcidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálico
 
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalTraumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
 
A relação médico paciente na era da informatização (1)
A relação médico paciente na era da informatização (1)A relação médico paciente na era da informatização (1)
A relação médico paciente na era da informatização (1)
 
Ataxia e ..
Ataxia e ..Ataxia e ..
Ataxia e ..
 
Apresentação sist. límbico (1)
Apresentação sist. límbico (1)Apresentação sist. límbico (1)
Apresentação sist. límbico (1)
 
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
 
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoAnálise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
 
Toc
TocToc
Toc
 
Uno cc febril
Uno   cc febrilUno   cc febril
Uno cc febril
 
Lesões+do..
Lesões+do..Lesões+do..
Lesões+do..
 
Vias motoras
Vias motorasVias motoras
Vias motoras
 

Transtornos do aprendizado

  • 1. P R O F . C A R L O S F R E D E R I C O R O D R I G U E S . M É D I C O – S A N T A C A S A – R J N E U R O L O G I A – H U P E D R O E R N E S T O – U E R J N E U R O C I R U R G I A – H M S O U Z A A G U I A R – R J N E U R O C I R U R G I A P E D I Á T R I C A – I F F – F I O C R U Z R J I N T E R N E N E U R O C H I R U R G I E P É D I A T R I C - H Ô P I T A L L A T I M O N E - M A R S E I L L E – F R A N C E M E S T R E P U C R S P R O F E S S O R D A F A C U L D A D E D E M E D I C I N A – U N I O E S T E – C A M P U S F R A N C I S C O B E L T R Ã O Transtornos do aprendizado visão neurológica
  • 2. Organização  Introdução;  Aprendizagem do ponto de vista neurobiológico;  Mau desempenho escolar;  Dificuldade escolar;  Transtornos específicos de aprendizagem;  TDAH;  Transtorno de desenvolvimento de coordenação;  Diagnóstico e intervenção precoce  Conclusão.
  • 3. Introdução  A educação formal no mundo moderno tem importante valor sociocultural. O bom desempenho escolar é associado ao futuro sucesso social.  Com a tentativa, nos últimos anos, de universalização do estudo, as queixas de mau desempenho aumentaram vertiginosamente.  O acesso à escola deixou de ser um privilégio, mas a qualidade e a evasão escolar ainda são problemas graves.
  • 4. Introdução  15-20% das crianças no início da escolarização apresentam dificuldades em aprender e, logo, mau desempenho escolar.  As estimativas podem chegar até a 50% se analisados os primeiros seis anos de escolaridade.  O pediatra é o primeiro profissional a se defrontar com a queixa na grande maioria dos casos.  Rotta NT e col. Transtornos de aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre. Armed, 2006.
  • 5. Visão neurobiológica do aprendizado  Aprendizagem é um processo que ocorre através da integração de diversas funções do sistema nervoso, promovendo melhor adaptação do individuo ao meio.  Fonseca V. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem: abordagem neuropsicológica e psicopedagógica. Petrópolis, RJ. Editora : Vozes, 2008. pp 23.
  • 6. Visão neurobiológica do aprendizado  Aquisição e processamento de informações podem ser divididos em duas partes:  A – imput – entrada de informações  Processamento.  B – output – saída de informações
  • 7. Visão neurobiológica do aprendizado  Imput – vias aferentes.
  • 8. Visão neurobiológica do aprendizado  Processamento: áreas gnósicas e práxicas – organização, integralização e armazenamento.
  • 9. Visão neurobiológica do aprendizado  Output – vias eferentes motoras.
  • 10. Visão neurobiológica do aprendizado  Motivação e reforço positivo são fundamentais na aprendizagem. Quanto mais interessante e importante é a informação, mais fácil sua retenção e resgate quando necessário.  Porém, isso não é tudo.
  • 11. Visão neurobiológica do aprendizado  A COGNIÇÃO, que é mais que retenção e aprendizagem, é fundamental.  A cognição é um construto de várias habilidades que se integram com o objetivo comum de “solucionar problemas inéditos” apresentados pelo meio.  Difere da inteligência, que não pode ser ensinada e é herdada, nata e pouco modulada pelo meio.  Seminerio FP. Inteligência como constructo e como processo sumário das pesquisas ao longo do tempo. Paideia. Ribeirão Preto 2002.
  • 12. Visão neurobiológica do aprendizado  Somado a tudo isso, torna-se fundamental para o bom aprendizado a atenção e a memória.  Para execução adequada da aprendizagem, é necessária a psicomotricidade.  Característica humana que permite a execução planificada, sequenciada, autorregulada de atos motores complexos, mediada pelo lobo pré-frontal. São o produto final da cognição.
  • 13. Visão neurobiológica do aprendizado  Algumas peculiaridade ainda devem ser levadas em consideração:  Neuroplasticidade;  Maturação neurológica;  Mielinização.
  • 14. Visão neurobiológica do aprendizado  O desenvolvimento ocorre passo-a-passo através da mediação entre criança e indivíduo competente, seja outra criança ou adulto.  É um continuum de aquisições de atos mais simples até o aperfeiçoamento de funções cada vez mais complexas.
  • 15. Mau desempenho escolar  Definido como rendimento escolar abaixo do esperado para determinada idade, habilidades cognitivas e escolaridade.  Sintoma relacionado a várias etiologias.  Fundamental buscar a causa para traçar o tratamento adequado.  Rebollo MA et col. Evaluación del desarrollo neuropsíquico em el pre-escolar. In: El desrrolloneuropsíquico y sy evoluación. Montevideo: prensa médica latinoamericana, 2007.
  • 16. Mau desempenho escolar  Leva-se em consideração fatores:  A – extrínsecos ou ambientais;  B- intrínsecos – individuais – transtornos de aprendizagem.  Podem se apresentar em conjunto.
  • 17. Transtornos de aprendizagem  Situação na qual os “resultados do indivíduo em testes padronizados e individualmente administrados de leitura, matemática ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado para sua idade, escolarização e nível de inteligência”.  Interferem significativamente no rendimento escolar e nas atividades de vida diária que exigem habilidades de leitura, matemática ou escrita.  DSM IV.
  • 18. Transtornos de aprendizagem  Para a criança ter diagnóstico de TA, ela deve apresentar nível cognitivo normal, ausência de deficiências sensoriais (déficits auditivos e/ou visuais), ajuste emocional e acesso ao ensino adequado.  Alguns autores enfatizam que não é possível classificar uma criança como portadora de TA até que se faça, pelo menos, uma tentativa adequada de instrução.  Shawitz SE. Dyslexia. N England J Med. 1998; 338 (5): 307-12.
  • 19. Transtornos de aprendizagem  5 – 17% da população e podem perdurar por toda a vida.  Podem ser classificados em:  A – transtornos da matemática - discalculia.  B – da expressão escrita – disgrafia.  C – da leitura – dislexia.
  • 20. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade  Causa comum de mau desempenho escolar, como é passível de tratamento específico e com bons resultados, sempre merece ser investigado.  Tem como característica essencial o padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, mais frequentes e severos em relação aos seus pares.  Os sintomas iniciam-se por volta dos 3-7 anos e persiste até a vida adulta em mais da metade dos casos.  Pastura GMC et col. Desempenho escolar e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Rev. Psiquiatria Clínica. 2005; 32 (6): 324-9.
  • 21. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade  Base neurobiológica e forte hereditariedade.  Fatores genéticos e neurobiológicos como causas prováveis.  Fatores sociais podem contribuir no desenvolvimento de comorbidades associadas.  Barkley RA e col. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Manual para diagnóstico e tratamento. Terceira edição. Porto Alegre: Artmed; 2008.
  • 22. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade  Fatores neurológicos de risco:  Complicações gestacionais ou parto.  Lesões cerebrais adquiridas.  Toxinas.  Fumo e álcool na gestação.  Prematuridade.  Baixo peso ao nascimento.  Fenilcetonúria materna.
  • 23. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade  SNAP IV  Seis ou mais sintomas de desatenção e/ ou hiperatividade com duração mínima de seis meses e início antes dos sete anos de idade, em contextos diferentes, enfatizando prejuízo acadêmico, social e ocupacional.  DSM IV
  • 24.
  • 25. Transtorno e déficit de atenção e hiperatividade  3 tipos:  Desatento;  Hiperativo;  Combinado.  Hiperatividade tende a diminuir na adolescência.
  • 26. Transtorno e déficit de atenção e hiperatividade  Polanczki el al. encontraram prevalência mundial em torno de 5,29%.  Meninos possuem maior prevalência entre 3 a 9:1  Em meninas, a manifestação mais frequente é o subtipo desatento.  Em adultos a prevalência é de 2,9% a 4,4%, sem diferença de gênero.  Polanczyk G. el al. The Worldwide prevalence of ADHD: a systematic review and metaregression analysis. Am J Psychiatric. 2007; 164 (8): 942-48.
  • 27. Transtorno e déficit de atenção e hiperatividade  56% necessitam de monitores acadêmicos.  30 a 40 % frequentam programas de educação especial.  30% história de repetência.  46% suspensão escolar.  10-35% não completam os estudos.  Pastura et al. Desempenho escolar e transtorno do de´ficit de aternção e hiperatividade. Rev. Psiquiatria Clinica. 2005; 32 (6); 324-9.
  • 28. Transtorno e déficit de atenção e hiperatividade  Diagnóstico precoce é chave para sucesso terapêutico.  Dados da literatura sugerem alta prevalência de comorbidades.  TOD, Transtornos de conduta (30-50%).  Transtorno de desenvolvimento de coordenação – 47% dos pacientes com TDAH.
  • 29. Transtorno de desenvolvimento de coordenação  DSM desde 1994.  Também chamado de dispraxia.  Marcado comprometimento da coordenação motora, sem causas neurológicas ou sensoriais identificadas, levando a prejuízos acadêmicos e nas atividades da vida diária.
  • 30. Transtorno de desenvolvimento de coordenação  Não deve ser diagnosticado em crianças com QI inferior a 70 ou outras patologias.  Ocorre em cerca de 6% de crianças entre 5 a 11 anos e pode persistir na vida adulta.  Guardiola A. et col. Prevalence of attention-deficit hyperactivity disorders in studentes – comparison between DSM IV and neuropsychological criteria. Arq Neuropsiquiatr. 2000; 58 (2-8); 401-7.
  • 31. Transtorno de desenvolvimento de coordenação  Habilidade motora fina, função motora grossa, coordenação geral e controle durante a execução de movimento.  Habilidades como vestir-se, dar laço no sapato, usar talheres e tesoura, andar de bicicleta, desenhar, copiar e escrever.  Podem apresentar comprometimento acadêmico na escrita e organização espacial.
  • 32. Transtorno de desenvolvimento da coordenação  Comorbidade com TDAH.  Praxias associam-se a baixa autoestima, maior ansiedade e dificuldades de relação social.  São sedentárias e desenvolvem obesidade.  Fillers E. et col. Motor coordination problems in children and adolescents with ADHD rated by parents and teachers: effects of age and gender. J. Neural Transm. 2008; 115 (2); 211-20.
  • 33. Outras condições médicas e neuropsiquiátricas  Desnutrição; anemia ferropriva; deficiência de zinco; hipotireoidismo; infestação por vermes; deficiências sensoriais; doenças crônicas (absenteísmo).  Prematuridade e o baixo peso ao nascimento, são considerados fatores de risco.  33% dos prematuros entre 32-35 semanas e mais de 25% dos recém-nascidos com peso inferior a 2000 gramas terão problemas escolares.  Karande S. et col . Poor school performance. Indian Journal of Pediatrics. 2005; 72 ( 11); 961-7.
  • 34. Outras condições médicas e neuropsiquiátricas  Riech TIJS. Impacto do nascimento pré-termo e com baixo peso nas funções neuropsicológicas de escolares (dissertação). Campinas: UNICAMP, 2008.  Pré-termo e baixo peso: comprometimento habilidades tátil-cinestésicas, viso-construtivas, viso- motora e memória visual; pior desempenho escolar em aritmética e leitura; seis vezes mais transtornos de aprendizado e 3 vezes mais TDAH.
  • 35. Outras condições médicas e neuropsiquiátricas  Os dados são piores do que a literatura internacional.  Precárias condições socioeconômico-culturais e educacionais.  Acompanhamento longitudinal e intervenção precoce é a solução.
  • 36. Diagnóstico e intervenção precoce  Atenção obstetras;  Atenção pediatras;  Independente da etiologia do MDE, detecção e intervenção precoce é o ideal.
  • 37. Conclusão  Educação tem papel primordial na integração do indivíduo à sociedade.  Habilitar o profissional da saúde para identificar as crianças de risco.  Trabalho multidisciplinar.