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SISTEMA NERVOSO VISCERAL



                     Seriviço de Neurologia e
                          Neurocirurgia
                 Dr. Carlos Frederico Rodrigues
CONCEITO

 Estruturas nervosas periféricas que se ocupam do
 comando motor para as vísceras são designadas
 Sistema Nervoso Autônomo (SNA).

 Posteriormente descobriu-se a participação do SNC
 nesse controle e a existência de fibras aferentes que
 participam do processamento de informações
 viscerais.

 Passou-se então a denominar-se Sistema Nervoso
 Visceral.
CONCEITO

 Sistema Nervoso Visceral – conjunto de estruturas
 centrais e periféricas, que se ocupam do controle do meio
 interno, em contraposição às estruturas nervosas que
 tem por função a vida de relação – Sistema nervoso
 somático.

 Sistema Nervoso: SNSomático – vias aferentes,
                    centros e vias eferentes.

                    SNVisceral – Vias aferentes, centros e
                    vias eferentes (Sistema nervoso
                    autônomo.
VIAS AFERENTES VISCERAIS

 Tem origem nos receptores: visceroceptores.


 Situam-se nas paredes das vísceras e ligam-se a
 fibras nervosas que conduzem os impulsos sensitivos
 até a medula espinhal ou ao tronco cerebral, onde
 penetram através dos nervos espinhais ou cranianos.

 Não existe diferença anatômica, portanto, entre a
 porção aferente do sistema nervoso somático e a do
 sistema nervoso visceral.
VIAS AFERENTES VISCERAIS

 Do ponto de vista funcional, podemos registrar
 alguma diferenças entre estes dois sistemas:

 A informação somática, na maioria das vezes, se
 torna consciente, as viscerais são frequentemente
 inconscientes.

 Mesmo as informações viscerais conscientes são
 difusas e mal localizadas, ao contrário da
 sensibilidade somática, que é precisa e bem
 localizada.
CENTROS NERVOSOS VISCERAIS

 As informações viscerais são processadas no SNC em
 diferentes estruturas.

 Reflexos autonômicos podem ser integrados na
 medula espinhal ou no tronco encefálico (centros
 viscerais na formação reticular e núcleo do trato
 solitário no Bulbo).

 No cérebro outras estruturas participam do controle
 visceral: o hipotálamo, áreas do sistema límbico e do
 próprio córtex cerebral.
CENTROS NERVOSOS VISCERAIS

 O destaque é o hipotálamo, uma região que se ocupa
 basicamente da regulação do meio interno e que é o
 principal centro controlador do sistema nervoso
 autônomo.

 Lembrar que a divisão entre sistema nervoso
 somático e visceral é didática. Nos diversos níveis do
 SNC encontram-se estruturas que se ocupam tanto
 da função somática quanto da função visceral.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 Porção eferente do sistema nervoso visceral envolve
 sempre dois neurônios.

 O primeiro situado na medula espinhal ou no tronco
 encefálico e o segundo situado em gânglios viscerais.

 O neurônio cujo pericário se encontra na medula
 espinhal ou no tronco encefálico e cujo axônio vai até
 o gânglio é chamado de neurônio pré-ganglionar.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 O neurônio situado no gânglio, cujo gânglio vai até a
 víscera, leva o nome de neurônio pós-ganglionar.

 Essa situação difere da porção eferente do sistema
 nervoso somático, onde o neuônio motor se ririge
 diretamente à musculatura esquelética.

 O SNA costuma ser dividido, segundo critérios
 anatômicos, químicos e fisiológicos, em duas porções
 que são o sistema nervoso simpático e o
 parassimpático.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 A primeira diferença anatômica entre simpático e
 parassimpático diz respeito à posição do neurônio
 pré-ganglionar. Os pré-ganglionares do simpático
 estão situados na medula espinhal torácica e lombar
 alta

 Os pré-ganglionares do parassimpático estão no
 tronco encefálico e no sacro.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 Os gânglios do simpático são visíveis a olho nu e se
 dispõem de cada lado da coluna vertebral em uma
 cadeia ganglionar que leva o nome de tronco
 simpático.

 Os do parassimpático são microscópicos e se situam
 na própria parede da víscera a ser inervada.

 Sendo assim, os pré-ganglionares do simpático são
 curtos e os pós longos. Os do parassimpáticos são
 longos nos pré-ganglionares e curtos no pós.
Fig 5.1
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 Os neurônios pré-ganglionares tanto do simpático
 quanto do parassimpático são colinérgicos – usam a
 acetilcolina como neurotransmissor.

 Os pós-ganglionares no simpático são
 noradrenérgicos (em sua maioria) e os
 parassimpáticos colinérgicos.

 Em virtude disso, os efeitos do simpático e do
 parassimpático em uma mesma víscera são
 diferentes.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 A principal diferença fisiológica é que o simpático
 tem ação mais generalizada e predomina em
 momentos em que é importante para o organismo a
 mobilização de reservas e o gasto de energia.

 O parassimpático possui ação local e predomina em
 situações de repouso, onde ocorre restituição de
 energia.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 A ação mais generalizada do simpático se explica em
 grande parte pela sua anatomia: um único neurônio pré
 faz sinapse com vários neurônios pós. Além disso, fibras
 pré dirigem-se para a medula da glândula supra-
 renal, cujas células secretam adrenalina na corrente
 sanguínea – síndrome de emergência.

 O parassimpático atua diretamente na víscera, os
 gânglios estão na própria parede do órgão. Promove a
 salivação, liberação de suco gástrico e abertura dos
 esfíncteres, o que possibilita a utilização do alimento pelo
 ortanismo.
PRINCIPAIS AÇÕES DO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO


ÓRGÃO                   SIMPÁTICO                  PARASSIMPÁTICO
Olho                    Midríase                   Miose
Glândulas salivares e   Pequena secreção /         Secreção abundante
lacrimais               vasoconstricção
Glândulas sudoríparas   Sudorese abundante         Sem inervação
Coração                 Taquicardia,               Bradicardia e
                        vasodilatação coronária.   vasoconstricção coronária
Brônquios               Dilatação                  Constricção
Intestinos              Diminuição da peristalse   Aumento da peristalse
Bexiga urinária         Relaxamento                Contração
Genitais masculinos     Ejaculação                 Ereção do pênis
Medula supra-renal      Agrenalina no sangue       Sem ação
Fígado                  Liberação de glicose       Pequena síntese
Músculos eretores       piloereção                 Sem inervação
O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

 Os neurônios pré-ganglionares situam-se na
 substância cinzenta da medula entre T1 e L2.

 A fibra pré-ganglionar sai da medula pela raiz
 anterior e chega ao tronco simpático.

 O tronco simpático é constituído por uma série de
 dilatações: gânglios paravertebrais.
O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

 No tronco a fibra pré estabelece contato com a pós.
 Pode ocorrer no mesmo gânglio ou em gânglios
 caudais e craniais.

 Frequentemente, a inervação visceral se faz através
 dos plexos viscerais, um emaranhado de fibras
 nervosas tanto simpáticas quanto parassimpáticas
 que terminam nas paredes viscerais.
O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO

 Os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos
 podem ser encontrados na medula sacral ou em
 núcleos do tronco encefálico.

 Os neurônios pré da divisão cranial dão origem a
 fibras nervosas que sairão pelos nervos cranianos
 oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago.

 O vago irá inervar as vísceras torácicas e abdominais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 O conhecimento da anatomia e da fisiologia do
 Snvisceral é importante não só para a compreensão
 dos processos envolvidos no controle do meio
 interno.

 Esses mecanismos, quando ativados em excesso,
 pelo estresse por exemplo, podem provocar doenças
 – IAM, úlcera péptica, asma brônquica e etc.

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Sistema nervoso visceral

  • 1. SISTEMA NERVOSO VISCERAL Seriviço de Neurologia e Neurocirurgia Dr. Carlos Frederico Rodrigues
  • 2. CONCEITO  Estruturas nervosas periféricas que se ocupam do comando motor para as vísceras são designadas Sistema Nervoso Autônomo (SNA).  Posteriormente descobriu-se a participação do SNC nesse controle e a existência de fibras aferentes que participam do processamento de informações viscerais.  Passou-se então a denominar-se Sistema Nervoso Visceral.
  • 3. CONCEITO  Sistema Nervoso Visceral – conjunto de estruturas centrais e periféricas, que se ocupam do controle do meio interno, em contraposição às estruturas nervosas que tem por função a vida de relação – Sistema nervoso somático.  Sistema Nervoso: SNSomático – vias aferentes, centros e vias eferentes. SNVisceral – Vias aferentes, centros e vias eferentes (Sistema nervoso autônomo.
  • 4. VIAS AFERENTES VISCERAIS  Tem origem nos receptores: visceroceptores.  Situam-se nas paredes das vísceras e ligam-se a fibras nervosas que conduzem os impulsos sensitivos até a medula espinhal ou ao tronco cerebral, onde penetram através dos nervos espinhais ou cranianos.  Não existe diferença anatômica, portanto, entre a porção aferente do sistema nervoso somático e a do sistema nervoso visceral.
  • 5. VIAS AFERENTES VISCERAIS  Do ponto de vista funcional, podemos registrar alguma diferenças entre estes dois sistemas:  A informação somática, na maioria das vezes, se torna consciente, as viscerais são frequentemente inconscientes.  Mesmo as informações viscerais conscientes são difusas e mal localizadas, ao contrário da sensibilidade somática, que é precisa e bem localizada.
  • 6. CENTROS NERVOSOS VISCERAIS  As informações viscerais são processadas no SNC em diferentes estruturas.  Reflexos autonômicos podem ser integrados na medula espinhal ou no tronco encefálico (centros viscerais na formação reticular e núcleo do trato solitário no Bulbo).  No cérebro outras estruturas participam do controle visceral: o hipotálamo, áreas do sistema límbico e do próprio córtex cerebral.
  • 7. CENTROS NERVOSOS VISCERAIS  O destaque é o hipotálamo, uma região que se ocupa basicamente da regulação do meio interno e que é o principal centro controlador do sistema nervoso autônomo.  Lembrar que a divisão entre sistema nervoso somático e visceral é didática. Nos diversos níveis do SNC encontram-se estruturas que se ocupam tanto da função somática quanto da função visceral.
  • 8. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  Porção eferente do sistema nervoso visceral envolve sempre dois neurônios.  O primeiro situado na medula espinhal ou no tronco encefálico e o segundo situado em gânglios viscerais.  O neurônio cujo pericário se encontra na medula espinhal ou no tronco encefálico e cujo axônio vai até o gânglio é chamado de neurônio pré-ganglionar.
  • 9. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  O neurônio situado no gânglio, cujo gânglio vai até a víscera, leva o nome de neurônio pós-ganglionar.  Essa situação difere da porção eferente do sistema nervoso somático, onde o neuônio motor se ririge diretamente à musculatura esquelética.  O SNA costuma ser dividido, segundo critérios anatômicos, químicos e fisiológicos, em duas porções que são o sistema nervoso simpático e o parassimpático.
  • 10. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  A primeira diferença anatômica entre simpático e parassimpático diz respeito à posição do neurônio pré-ganglionar. Os pré-ganglionares do simpático estão situados na medula espinhal torácica e lombar alta  Os pré-ganglionares do parassimpático estão no tronco encefálico e no sacro.
  • 11. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  Os gânglios do simpático são visíveis a olho nu e se dispõem de cada lado da coluna vertebral em uma cadeia ganglionar que leva o nome de tronco simpático.  Os do parassimpático são microscópicos e se situam na própria parede da víscera a ser inervada.  Sendo assim, os pré-ganglionares do simpático são curtos e os pós longos. Os do parassimpáticos são longos nos pré-ganglionares e curtos no pós.
  • 13. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  Os neurônios pré-ganglionares tanto do simpático quanto do parassimpático são colinérgicos – usam a acetilcolina como neurotransmissor.  Os pós-ganglionares no simpático são noradrenérgicos (em sua maioria) e os parassimpáticos colinérgicos.  Em virtude disso, os efeitos do simpático e do parassimpático em uma mesma víscera são diferentes.
  • 14. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  A principal diferença fisiológica é que o simpático tem ação mais generalizada e predomina em momentos em que é importante para o organismo a mobilização de reservas e o gasto de energia.  O parassimpático possui ação local e predomina em situações de repouso, onde ocorre restituição de energia.
  • 15. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  A ação mais generalizada do simpático se explica em grande parte pela sua anatomia: um único neurônio pré faz sinapse com vários neurônios pós. Além disso, fibras pré dirigem-se para a medula da glândula supra- renal, cujas células secretam adrenalina na corrente sanguínea – síndrome de emergência.  O parassimpático atua diretamente na víscera, os gânglios estão na própria parede do órgão. Promove a salivação, liberação de suco gástrico e abertura dos esfíncteres, o que possibilita a utilização do alimento pelo ortanismo.
  • 16. PRINCIPAIS AÇÕES DO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO ÓRGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Olho Midríase Miose Glândulas salivares e Pequena secreção / Secreção abundante lacrimais vasoconstricção Glândulas sudoríparas Sudorese abundante Sem inervação Coração Taquicardia, Bradicardia e vasodilatação coronária. vasoconstricção coronária Brônquios Dilatação Constricção Intestinos Diminuição da peristalse Aumento da peristalse Bexiga urinária Relaxamento Contração Genitais masculinos Ejaculação Ereção do pênis Medula supra-renal Agrenalina no sangue Sem ação Fígado Liberação de glicose Pequena síntese Músculos eretores piloereção Sem inervação
  • 17. O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO  Os neurônios pré-ganglionares situam-se na substância cinzenta da medula entre T1 e L2.  A fibra pré-ganglionar sai da medula pela raiz anterior e chega ao tronco simpático.  O tronco simpático é constituído por uma série de dilatações: gânglios paravertebrais.
  • 18. O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO  No tronco a fibra pré estabelece contato com a pós. Pode ocorrer no mesmo gânglio ou em gânglios caudais e craniais.  Frequentemente, a inervação visceral se faz através dos plexos viscerais, um emaranhado de fibras nervosas tanto simpáticas quanto parassimpáticas que terminam nas paredes viscerais.
  • 19. O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO  Os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos podem ser encontrados na medula sacral ou em núcleos do tronco encefálico.  Os neurônios pré da divisão cranial dão origem a fibras nervosas que sairão pelos nervos cranianos oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago.  O vago irá inervar as vísceras torácicas e abdominais.
  • 20. CONSIDERAÇÕES FINAIS  O conhecimento da anatomia e da fisiologia do Snvisceral é importante não só para a compreensão dos processos envolvidos no controle do meio interno.  Esses mecanismos, quando ativados em excesso, pelo estresse por exemplo, podem provocar doenças – IAM, úlcera péptica, asma brônquica e etc.