SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 30
QUANDO ENCAMINHAR PARA UM
NEUROLOGISTA/NEUROCIRURGIÃO?
Carlos Frederico A. Rodrigues.
Médico – Santa Casa – RJ.
Neurologia – HU Pedro Ernesto – UERJ.
Neurocirurgia – HM Souza Aguiar – RJ.
Neurocirurgia Pediátrica – IFF – FioCruz – RJ.
Interne – Neurochirurgie pédiatric – Marseille – France –
Hôpital de La Timone.
Mestre – PUCRS.
Professor da Faculdade de Medicina – Unochapecó.
Professor da Faculdade de Medicina – Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
PRINCIPAIS MOTIVOS DE ENCAMINHAMENTO
• Cefaléia;
• Epilepsia:
• Atraso no Desenvolvimento psicomotor;
• Hidrocefalia, Mielomeningocele e Cranioestenose;
• Transtornos de humor/comportamental.
CEFALÉIAS
• A cefaléia é um sintoma recorrente na
prática médica e, não raramente, muito
negligenciada pelos próprios médicos.
• Mais de 90% da população em geral
refere história de cefaléia durante a vida.
• Cefaléia Sentinela.
CEFALÉIA SENTINELA
• Cefaléias que podem indicar patologias
graves, tais como:
tumores, aneurismas, hipertensão
intracraniana, entre outras.
• Como saber diferenciar uma cefaléia que
não apresenta risco de uma sentinela?
CEFALÉIA SENTINELA
• Vômitos.
• Alterações de consciência e/ou na marcha.
• Papiledema.
• Mudança recente no padrão de cefaléia.
• Pioram com o aumento da pressão intracraniana.
• Febre.
• Início dos sintomas na meia-idade.
• De início súbito.
• Com características progressivas.
SINAIS QUE NÃO INDICAM GRAVIDADE
• Episódios antecedentes idênticos;
• Apresenta como sintomas apenas náusea e
foto/fonofobia;
• Nível de consciência intacto;
• Sem sinais que indiquem meningite;
• Exame clínico normal, incluindo os sinais vitais;
• Melhora sem analgésicos.
CEFALÉIA
História Clínica Sempre informar características da
dor, frequência, data do início, local, tipo
e etc. Lembrar das patologias
associadas.
Exame físico Relatar os achados importantes. Informar a
pressão arterial. Caso seja realizado o
fundo de olho e encontrar papiledema,
encaminhar sem exames para avaliação
neurocirúrgica de urgência.
Exames complementares Nenhum exame é essencial, mas levar os
que já possui (Rx – TC e etc.
Hipótese diagnóstica enumerar
Tratamento Relatar os já utilizados e o que está usando
atualmente.
Motivo do encaminhamento Descrever o motivo do encaminhamento.
EPILEPSIA
• A epilepsia é uma disfunção do cérebro
que cursa com descargas elétricas
anormais e excessivas do cérebro, que
interrompem temporariamente sua função
habitual e produzem manifestações
involuntárias no comportamento, no
controle muscular, na consciência e/ou na
sensibilidade do indivíduo.
• Uma crise convulsiva não é epilepsia.
SINAIS DE ALERTA
• Após TCE.
• Uso de drogas – lícitas e ilícitas.
• Déficit motor/sensorial associado.
• Alterações cognitivas.
• Doenças de base descompensadas –
diabetes.
EPILEPSIA
História clínica História detalhada, presença de aura,
estado pós-ictal, postura, sintomas
associados. Liberação esfincteriana.
Doenças associadas – diabetes,
cardiopatias.
Exame clínico Déficits motores ou sensitivos, sinais de
baixo fluxo sanguíneo cerebral.
Papiloedema.
Exames complementares Exames que já realizou. Suspeita de
síncope – av. cardiológica.
Hipótese diagnóstica Enumerar
Motivo do encaminhamento Relatar o motivo.
Observação Convulsões febris, tratar a causa base e só
depois encaminhar ao especialista.
ATRASO NO DPM
• Já há cerca de 20 anos, Haggerty e
colegas afirmaram que os problemas de
comportamento e de desenvolvimento e
os problemas psicossociais constituíam as
novas doenças da Pediatria.
Posteriormente, o aumento destas
situações na consulta veio a confirmar-se
e, segundo alguns estudos, hoje em dia
elas constituem para os pais uma
preocupação maior do que as doenças
típicas da infância.
SINAIS DE ALERTA
• Início recente.
• Déficit motor associado.
• Sinais de aumento da PIC.
• Em determinadas situações sociais ou
locais específicos.
• Regressão de marcos do
desenvolvimento.
ATRASO NO DPM
História clínica História completa, qual atraso foi
observado, qual distúrbio
comportamental, tempo de início, a
percepção dos pais etc.
Exame clínico Detalhar onde está o atraso, exame
muscular é importante. Avaliar mal
formações e estigmas genéticos.
Exames complementares. Não é necessário
Hipótese diagnóstica enumerar
Tratamento Relatar anteriores.
Observações Cognição – nível – conteúdo.
Crianças - agudos ou crônicos.
HIDROCEFALIA
• Não é uma doença só de crianças.
• Hidrocefalia de pressão normal –
Hakeem-Adams.
• Síndrome de Hipertensão intracraniana.
SINAIS DE ALERTA
• Crianças – atraso no DPM ou em marcos
estabelecidos, aumento do PC, olhar do
sol poente e sinais de aumento da PIC.
• Adultos – alterações de marcha (petit
pas), alterações esfincterianas e sinais de
aumento da PIC.
HIDROCEFALIA
História clínica Em crianças sempre escutar a mãe
com relação ao atraso de marcos
já atingidos. E em adultos avaliar a
marcha. Avaliar manobras de piora
da PIC
Exame clínico Aumento do PC, olhar do sol poente,
fontanela tensa, aumento da
vascularização do crânio.
Em adultos – HAS sem justificativa,
bradicardia – sinais de Cushing.
Alterações de marcha, cognitivas e
de esfincter.
Exames complementares Imagem. Em crianças lembrar de
USG transfontanela.
Hipótese diagnóstica Hidrocefalia, mas outras
possibilidades de HIC.
Tratamento Relatar o que foi feito
MIELOMENINGOCELE
• Disrafismo espinhal – não fechamento da rafe
(dura mater, osso e pele).
• Normalmente cursa com paraplegia e hidrocefalia.
• Estigmas nos disrafismos ocultos –
dimple, crescimento de pelos e máculas.
• Lembrar da associação com Arnold – Chiari –
herniação das amigdalas cerebelares e até do
tronco cerebral.
MIELOMENINGOCELE
História clínica Diagnóstico é feito durante
a gestação – explicar para
a gestante.
Exame clínico Presença de lesão ou
disrafismo oculto. Caso
presente é de resolução
urgente.
Exames complementares Crânio – hidrocefalia e
Chiari.
Tratamento É cirúrgico.
CRANIOESTENOSES
• Fechamento precoce das suturas
cranianas.
• O mais importante é a deformidade.
• A não palpação da fontanela, não
siginifica cranioestenose.
ESCAFOCEFALIA – SUTURA SAGITAL
TRIGONOCEFALIA - METÓPICA
PLAGIOCEFALIA - ANTERIOR - CORONAL
PLAGIOCEFALIA – POSTERIOR - LAMBDÓIDE
BRAQUICEFALIA – CORONAL BILATERAL.
CRANIOESTENOSES
História clínica Pode ocorrer atraso no
DPM.
Exame clínico Deformidade do crânio
Exames complementares TC com reconstrução em 3D
Tratamento Neurocirurgia
TRANSTORNOS DE
HUMOR/COMPORTAMENTAL.
• Habitualmente, não há razão para encaminhar ao
neurologista, exceto quando presente sinais ou sintomas
de lesão orgânica do SNC. Avaliar, conforme o
caso, encaminhamento à Saúde Mental.
• Buscar causas orgânicas – infecções, distúrbios
hidroeletrolíticos, drogas, insuficiência renal e etc.
“ Se nosso cérebro fosse tão simples ao ponto de podermos
compreendê-lo, seríamos tão idiotas que não poderíamos fazê-lo.
I. Kant.
rodriguescfa@hotmail.com

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regularRelatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regularNethy Marques
 
Apresentação em slide para oficina de (In) disciplina e Mediação de Conflitos...
Apresentação em slide para oficina de (In) disciplina e Mediação de Conflitos...Apresentação em slide para oficina de (In) disciplina e Mediação de Conflitos...
Apresentação em slide para oficina de (In) disciplina e Mediação de Conflitos...francisleide
 
Projeto Multidisciplinar sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Projeto Multidisciplinar sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo Projeto Multidisciplinar sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Projeto Multidisciplinar sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo Ivete Diniz
 
Como ensinar uma criança com tdah
Como ensinar uma criança com tdahComo ensinar uma criança com tdah
Como ensinar uma criança com tdahSimoneHelenDrumond
 
Habilidades sociais oficina
Habilidades sociais oficinaHabilidades sociais oficina
Habilidades sociais oficinaAnaí Peña
 
Autismo os educadores são a chave para inclusão!
Autismo  os educadores são a chave para inclusão!Autismo  os educadores são a chave para inclusão!
Autismo os educadores são a chave para inclusão!Raline Guimaraes
 
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentes
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentesPalestra Violência Sexual contra crianças e adolescentes
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentesMichelle Moraes Santos
 
Pei, exemplo dislexia
Pei, exemplo dislexiaPei, exemplo dislexia
Pei, exemplo dislexiaLeo Silva
 
Relação familiar
Relação familiarRelação familiar
Relação familiarAngel Rosa
 
Pareceres do 1º ano 2º semestre
Pareceres do 1º ano    2º semestrePareceres do 1º ano    2º semestre
Pareceres do 1º ano 2º semestreAraceli Kleemann
 
Palestra Motivacional
Palestra Motivacional Palestra Motivacional
Palestra Motivacional Lucas Fonseca
 
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@sSaúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@sProf. Marcus Renato de Carvalho
 
Modelo de-relatorio-neuropsicopedagogico (1)
Modelo de-relatorio-neuropsicopedagogico (1)Modelo de-relatorio-neuropsicopedagogico (1)
Modelo de-relatorio-neuropsicopedagogico (1)lucianacarvalho
 

Was ist angesagt? (20)

Estudo de caso
Estudo de caso Estudo de caso
Estudo de caso
 
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regularRelatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
 
Autoestima
AutoestimaAutoestima
Autoestima
 
Apresentação em slide para oficina de (In) disciplina e Mediação de Conflitos...
Apresentação em slide para oficina de (In) disciplina e Mediação de Conflitos...Apresentação em slide para oficina de (In) disciplina e Mediação de Conflitos...
Apresentação em slide para oficina de (In) disciplina e Mediação de Conflitos...
 
Projeto Multidisciplinar sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Projeto Multidisciplinar sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo Projeto Multidisciplinar sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Projeto Multidisciplinar sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
 
Como ensinar uma criança com tdah
Como ensinar uma criança com tdahComo ensinar uma criança com tdah
Como ensinar uma criança com tdah
 
Habilidades sociais oficina
Habilidades sociais oficinaHabilidades sociais oficina
Habilidades sociais oficina
 
Autismo os educadores são a chave para inclusão!
Autismo  os educadores são a chave para inclusão!Autismo  os educadores são a chave para inclusão!
Autismo os educadores são a chave para inclusão!
 
respeito as pessoas.
respeito as pessoas.respeito as pessoas.
respeito as pessoas.
 
Reunião de pais
Reunião de paisReunião de pais
Reunião de pais
 
Autismo aula power point
Autismo aula power pointAutismo aula power point
Autismo aula power point
 
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentes
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentesPalestra Violência Sexual contra crianças e adolescentes
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentes
 
Pei, exemplo dislexia
Pei, exemplo dislexiaPei, exemplo dislexia
Pei, exemplo dislexia
 
Relação familiar
Relação familiarRelação familiar
Relação familiar
 
Pareceres do 1º ano 2º semestre
Pareceres do 1º ano    2º semestrePareceres do 1º ano    2º semestre
Pareceres do 1º ano 2º semestre
 
Palestra Motivacional
Palestra Motivacional Palestra Motivacional
Palestra Motivacional
 
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@sSaúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
 
Modelo de-relatorio-neuropsicopedagogico (1)
Modelo de-relatorio-neuropsicopedagogico (1)Modelo de-relatorio-neuropsicopedagogico (1)
Modelo de-relatorio-neuropsicopedagogico (1)
 
Palestra Autismo
Palestra AutismoPalestra Autismo
Palestra Autismo
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 

Andere mochten auch

Modelo relatório pedagogico aluno especial
Modelo relatório pedagogico aluno especialModelo relatório pedagogico aluno especial
Modelo relatório pedagogico aluno especialstraraposa
 
Modelo relatório individual
Modelo relatório individualModelo relatório individual
Modelo relatório individualstraraposa
 
Modelo de parecer de uma criança com necessidades especiais.
Modelo de parecer de uma criança com necessidades especiais.Modelo de parecer de uma criança com necessidades especiais.
Modelo de parecer de uma criança com necessidades especiais.SimoneHelenDrumond
 
Modelos de relatórios de alunos simone helen drumond
Modelos de relatórios de alunos simone helen drumondModelos de relatórios de alunos simone helen drumond
Modelos de relatórios de alunos simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
Parecer de um bom aluno porém que precisa de limites
Parecer de um bom aluno porém  que precisa de limitesParecer de um bom aluno porém  que precisa de limites
Parecer de um bom aluno porém que precisa de limitesSimoneHelenDrumond
 
Parecer de um aluno inteligênte mas agitado
Parecer de um aluno inteligênte mas agitadoParecer de um aluno inteligênte mas agitado
Parecer de um aluno inteligênte mas agitadoSimoneHelenDrumond
 
Formulario ingresso scfv
Formulario ingresso scfvFormulario ingresso scfv
Formulario ingresso scfvNandaTome
 
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1SimoneHelenDrumond
 
Encaminhamento para outras areas de saúde.
Encaminhamento para outras areas de saúde.Encaminhamento para outras areas de saúde.
Encaminhamento para outras areas de saúde.Leonardo Alves
 
20136090 anamnese-modelos-de-fichas-para-avaliacao
20136090 anamnese-modelos-de-fichas-para-avaliacao20136090 anamnese-modelos-de-fichas-para-avaliacao
20136090 anamnese-modelos-de-fichas-para-avaliacaoadrianapolonio
 
A saúde mental está doente! a síndrome de burnout em psicólogos
A saúde mental está doente! a síndrome de burnout em psicólogosA saúde mental está doente! a síndrome de burnout em psicólogos
A saúde mental está doente! a síndrome de burnout em psicólogosRenatbar
 
Inserçao da criança na creche
Inserçao da criança na crecheInserçao da criança na creche
Inserçao da criança na crecheFatinha Bretas
 
Wallon - aula de psicologia
Wallon  -  aula de  psicologiaWallon  -  aula de  psicologia
Wallon - aula de psicologiaFatinha Bretas
 
roteiro-de-entrevista-anamnese-para-avaliacao-psicologica-l
roteiro-de-entrevista-anamnese-para-avaliacao-psicologica-lroteiro-de-entrevista-anamnese-para-avaliacao-psicologica-l
roteiro-de-entrevista-anamnese-para-avaliacao-psicologica-lMarcelo Borges
 

Andere mochten auch (20)

Modelo de encaminhamento
Modelo de encaminhamentoModelo de encaminhamento
Modelo de encaminhamento
 
Modelos relatorios
Modelos relatoriosModelos relatorios
Modelos relatorios
 
Modelo relatório pedagogico aluno especial
Modelo relatório pedagogico aluno especialModelo relatório pedagogico aluno especial
Modelo relatório pedagogico aluno especial
 
Encaminhamento
EncaminhamentoEncaminhamento
Encaminhamento
 
Modelo relatório individual
Modelo relatório individualModelo relatório individual
Modelo relatório individual
 
Modelo de parecer de uma criança com necessidades especiais.
Modelo de parecer de uma criança com necessidades especiais.Modelo de parecer de uma criança com necessidades especiais.
Modelo de parecer de uma criança com necessidades especiais.
 
Modelos de relatórios de alunos simone helen drumond
Modelos de relatórios de alunos simone helen drumondModelos de relatórios de alunos simone helen drumond
Modelos de relatórios de alunos simone helen drumond
 
Parecer de um bom aluno porém que precisa de limites
Parecer de um bom aluno porém  que precisa de limitesParecer de um bom aluno porém  que precisa de limites
Parecer de um bom aluno porém que precisa de limites
 
Modelo de parecer descritivo
Modelo de parecer descritivoModelo de parecer descritivo
Modelo de parecer descritivo
 
Parecer de um aluno inteligênte mas agitado
Parecer de um aluno inteligênte mas agitadoParecer de um aluno inteligênte mas agitado
Parecer de um aluno inteligênte mas agitado
 
Formulario ingresso scfv
Formulario ingresso scfvFormulario ingresso scfv
Formulario ingresso scfv
 
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
 
Encaminhamento para outras areas de saúde.
Encaminhamento para outras areas de saúde.Encaminhamento para outras areas de saúde.
Encaminhamento para outras areas de saúde.
 
20136090 anamnese-modelos-de-fichas-para-avaliacao
20136090 anamnese-modelos-de-fichas-para-avaliacao20136090 anamnese-modelos-de-fichas-para-avaliacao
20136090 anamnese-modelos-de-fichas-para-avaliacao
 
Cap4
Cap4Cap4
Cap4
 
A saúde mental está doente! a síndrome de burnout em psicólogos
A saúde mental está doente! a síndrome de burnout em psicólogosA saúde mental está doente! a síndrome de burnout em psicólogos
A saúde mental está doente! a síndrome de burnout em psicólogos
 
Inserçao da criança na creche
Inserçao da criança na crecheInserçao da criança na creche
Inserçao da criança na creche
 
Wallon - aula de psicologia
Wallon  -  aula de  psicologiaWallon  -  aula de  psicologia
Wallon - aula de psicologia
 
roteiro-de-entrevista-anamnese-para-avaliacao-psicologica-l
roteiro-de-entrevista-anamnese-para-avaliacao-psicologica-lroteiro-de-entrevista-anamnese-para-avaliacao-psicologica-l
roteiro-de-entrevista-anamnese-para-avaliacao-psicologica-l
 
Manual basico saude_publica
Manual basico saude_publicaManual basico saude_publica
Manual basico saude_publica
 

Ähnlich wie Quando encaminhar para um neurologista

Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idososVr Medcare
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idososVr Medcare
 
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCCâncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCLaped Ufrn
 
Traumatismocrnioenceflicoempediatria 140424150419-phpapp02
Traumatismocrnioenceflicoempediatria 140424150419-phpapp02Traumatismocrnioenceflicoempediatria 140424150419-phpapp02
Traumatismocrnioenceflicoempediatria 140424150419-phpapp02Sandra Almeida
 
Traumatismo crânioencefálico em pediatria
Traumatismo crânioencefálico em pediatriaTraumatismo crânioencefálico em pediatria
Traumatismo crânioencefálico em pediatriaCristiano Bischoff
 
cepeti-apresentacao-luis-felipe-11-09-1fabbfa2.pptx
cepeti-apresentacao-luis-felipe-11-09-1fabbfa2.pptxcepeti-apresentacao-luis-felipe-11-09-1fabbfa2.pptx
cepeti-apresentacao-luis-felipe-11-09-1fabbfa2.pptxMarcio Domingues
 
Abordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no psAbordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no psDaniel Valente
 
Principais Sindromes Geriatricas
Principais Sindromes GeriatricasPrincipais Sindromes Geriatricas
Principais Sindromes GeriatricasJoão Paulo França
 
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptxEMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptxtuttitutti1
 
Terapia Ocupacional no contexto das Disfunções Neurológicas
Terapia Ocupacional no contexto das Disfunções NeurológicasTerapia Ocupacional no contexto das Disfunções Neurológicas
Terapia Ocupacional no contexto das Disfunções NeurológicasMarciane Missio
 
Urgências em crianças com tumores cerebrais
Urgências em crianças com tumores cerebraisUrgências em crianças com tumores cerebrais
Urgências em crianças com tumores cerebraisFrancisco H C Felix
 

Ähnlich wie Quando encaminhar para um neurologista (20)

Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCCâncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
 
Aula de Cefaléias.ppt
Aula de Cefaléias.pptAula de Cefaléias.ppt
Aula de Cefaléias.ppt
 
Traumatismocrnioenceflicoempediatria 140424150419-phpapp02
Traumatismocrnioenceflicoempediatria 140424150419-phpapp02Traumatismocrnioenceflicoempediatria 140424150419-phpapp02
Traumatismocrnioenceflicoempediatria 140424150419-phpapp02
 
Traumatismo crânioencefálico em pediatria
Traumatismo crânioencefálico em pediatriaTraumatismo crânioencefálico em pediatria
Traumatismo crânioencefálico em pediatria
 
cepeti-apresentacao-luis-felipe-11-09-1fabbfa2.pptx
cepeti-apresentacao-luis-felipe-11-09-1fabbfa2.pptxcepeti-apresentacao-luis-felipe-11-09-1fabbfa2.pptx
cepeti-apresentacao-luis-felipe-11-09-1fabbfa2.pptx
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Especial npc
Especial npcEspecial npc
Especial npc
 
Epilepsia
Epilepsia Epilepsia
Epilepsia
 
Abordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no psAbordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no ps
 
Principais Sindromes Geriatricas
Principais Sindromes GeriatricasPrincipais Sindromes Geriatricas
Principais Sindromes Geriatricas
 
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptxEMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
 
Exame físico geral
Exame físico geralExame físico geral
Exame físico geral
 
Paralisia cerebral
Paralisia cerebralParalisia cerebral
Paralisia cerebral
 
Hpn dx demencias.completo.st
Hpn dx demencias.completo.stHpn dx demencias.completo.st
Hpn dx demencias.completo.st
 
Terapia Ocupacional no contexto das Disfunções Neurológicas
Terapia Ocupacional no contexto das Disfunções NeurológicasTerapia Ocupacional no contexto das Disfunções Neurológicas
Terapia Ocupacional no contexto das Disfunções Neurológicas
 
Síndrome de west
Síndrome de westSíndrome de west
Síndrome de west
 
Trombose Venosa cerebral
Trombose Venosa cerebralTrombose Venosa cerebral
Trombose Venosa cerebral
 
Urgências em crianças com tumores cerebrais
Urgências em crianças com tumores cerebraisUrgências em crianças com tumores cerebrais
Urgências em crianças com tumores cerebrais
 

Mehr von Carlos Frederico Almeida Rodrigues

Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalTraumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalCarlos Frederico Almeida Rodrigues
 
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoAnálise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoCarlos Frederico Almeida Rodrigues
 

Mehr von Carlos Frederico Almeida Rodrigues (20)

Hemorragia periventricular
Hemorragia periventricularHemorragia periventricular
Hemorragia periventricular
 
Cefaleia na emergência
Cefaleia na emergênciaCefaleia na emergência
Cefaleia na emergência
 
Transtornos do aprendizado
Transtornos do aprendizadoTranstornos do aprendizado
Transtornos do aprendizado
 
Disrafismos e hidrocefalias
Disrafismos e hidrocefaliasDisrafismos e hidrocefalias
Disrafismos e hidrocefalias
 
Neurofisiologia
NeurofisiologiaNeurofisiologia
Neurofisiologia
 
Líquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidianoLíquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidiano
 
Diagnósticos desafiadores - COMA
Diagnósticos desafiadores - COMADiagnósticos desafiadores - COMA
Diagnósticos desafiadores - COMA
 
Neurocirurgia
NeurocirurgiaNeurocirurgia
Neurocirurgia
 
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriaisPrincípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
 
Acidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálicoAcidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálico
 
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalTraumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
 
A relação médico paciente na era da informatização (1)
A relação médico paciente na era da informatização (1)A relação médico paciente na era da informatização (1)
A relação médico paciente na era da informatização (1)
 
Ataxia e ..
Ataxia e ..Ataxia e ..
Ataxia e ..
 
Apresentação sist. límbico (1)
Apresentação sist. límbico (1)Apresentação sist. límbico (1)
Apresentação sist. límbico (1)
 
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
 
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoAnálise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
 
Toc
TocToc
Toc
 
Uno cc febril
Uno   cc febrilUno   cc febril
Uno cc febril
 
Lesões+do..
Lesões+do..Lesões+do..
Lesões+do..
 
Vias motoras
Vias motorasVias motoras
Vias motoras
 

Quando encaminhar para um neurologista

  • 1. QUANDO ENCAMINHAR PARA UM NEUROLOGISTA/NEUROCIRURGIÃO? Carlos Frederico A. Rodrigues. Médico – Santa Casa – RJ. Neurologia – HU Pedro Ernesto – UERJ. Neurocirurgia – HM Souza Aguiar – RJ. Neurocirurgia Pediátrica – IFF – FioCruz – RJ. Interne – Neurochirurgie pédiatric – Marseille – France – Hôpital de La Timone. Mestre – PUCRS. Professor da Faculdade de Medicina – Unochapecó. Professor da Faculdade de Medicina – Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
  • 2. PRINCIPAIS MOTIVOS DE ENCAMINHAMENTO • Cefaléia; • Epilepsia: • Atraso no Desenvolvimento psicomotor; • Hidrocefalia, Mielomeningocele e Cranioestenose; • Transtornos de humor/comportamental.
  • 3. CEFALÉIAS • A cefaléia é um sintoma recorrente na prática médica e, não raramente, muito negligenciada pelos próprios médicos. • Mais de 90% da população em geral refere história de cefaléia durante a vida. • Cefaléia Sentinela.
  • 4. CEFALÉIA SENTINELA • Cefaléias que podem indicar patologias graves, tais como: tumores, aneurismas, hipertensão intracraniana, entre outras. • Como saber diferenciar uma cefaléia que não apresenta risco de uma sentinela?
  • 5. CEFALÉIA SENTINELA • Vômitos. • Alterações de consciência e/ou na marcha. • Papiledema. • Mudança recente no padrão de cefaléia. • Pioram com o aumento da pressão intracraniana. • Febre. • Início dos sintomas na meia-idade. • De início súbito. • Com características progressivas.
  • 6. SINAIS QUE NÃO INDICAM GRAVIDADE • Episódios antecedentes idênticos; • Apresenta como sintomas apenas náusea e foto/fonofobia; • Nível de consciência intacto; • Sem sinais que indiquem meningite; • Exame clínico normal, incluindo os sinais vitais; • Melhora sem analgésicos.
  • 7. CEFALÉIA História Clínica Sempre informar características da dor, frequência, data do início, local, tipo e etc. Lembrar das patologias associadas. Exame físico Relatar os achados importantes. Informar a pressão arterial. Caso seja realizado o fundo de olho e encontrar papiledema, encaminhar sem exames para avaliação neurocirúrgica de urgência. Exames complementares Nenhum exame é essencial, mas levar os que já possui (Rx – TC e etc. Hipótese diagnóstica enumerar Tratamento Relatar os já utilizados e o que está usando atualmente. Motivo do encaminhamento Descrever o motivo do encaminhamento.
  • 8. EPILEPSIA • A epilepsia é uma disfunção do cérebro que cursa com descargas elétricas anormais e excessivas do cérebro, que interrompem temporariamente sua função habitual e produzem manifestações involuntárias no comportamento, no controle muscular, na consciência e/ou na sensibilidade do indivíduo. • Uma crise convulsiva não é epilepsia.
  • 9. SINAIS DE ALERTA • Após TCE. • Uso de drogas – lícitas e ilícitas. • Déficit motor/sensorial associado. • Alterações cognitivas. • Doenças de base descompensadas – diabetes.
  • 10. EPILEPSIA História clínica História detalhada, presença de aura, estado pós-ictal, postura, sintomas associados. Liberação esfincteriana. Doenças associadas – diabetes, cardiopatias. Exame clínico Déficits motores ou sensitivos, sinais de baixo fluxo sanguíneo cerebral. Papiloedema. Exames complementares Exames que já realizou. Suspeita de síncope – av. cardiológica. Hipótese diagnóstica Enumerar Motivo do encaminhamento Relatar o motivo. Observação Convulsões febris, tratar a causa base e só depois encaminhar ao especialista.
  • 11. ATRASO NO DPM • Já há cerca de 20 anos, Haggerty e colegas afirmaram que os problemas de comportamento e de desenvolvimento e os problemas psicossociais constituíam as novas doenças da Pediatria. Posteriormente, o aumento destas situações na consulta veio a confirmar-se e, segundo alguns estudos, hoje em dia elas constituem para os pais uma preocupação maior do que as doenças típicas da infância.
  • 12. SINAIS DE ALERTA • Início recente. • Déficit motor associado. • Sinais de aumento da PIC. • Em determinadas situações sociais ou locais específicos. • Regressão de marcos do desenvolvimento.
  • 13. ATRASO NO DPM História clínica História completa, qual atraso foi observado, qual distúrbio comportamental, tempo de início, a percepção dos pais etc. Exame clínico Detalhar onde está o atraso, exame muscular é importante. Avaliar mal formações e estigmas genéticos. Exames complementares. Não é necessário Hipótese diagnóstica enumerar Tratamento Relatar anteriores. Observações Cognição – nível – conteúdo. Crianças - agudos ou crônicos.
  • 14. HIDROCEFALIA • Não é uma doença só de crianças. • Hidrocefalia de pressão normal – Hakeem-Adams. • Síndrome de Hipertensão intracraniana.
  • 15. SINAIS DE ALERTA • Crianças – atraso no DPM ou em marcos estabelecidos, aumento do PC, olhar do sol poente e sinais de aumento da PIC. • Adultos – alterações de marcha (petit pas), alterações esfincterianas e sinais de aumento da PIC.
  • 16.
  • 17.
  • 18. HIDROCEFALIA História clínica Em crianças sempre escutar a mãe com relação ao atraso de marcos já atingidos. E em adultos avaliar a marcha. Avaliar manobras de piora da PIC Exame clínico Aumento do PC, olhar do sol poente, fontanela tensa, aumento da vascularização do crânio. Em adultos – HAS sem justificativa, bradicardia – sinais de Cushing. Alterações de marcha, cognitivas e de esfincter. Exames complementares Imagem. Em crianças lembrar de USG transfontanela. Hipótese diagnóstica Hidrocefalia, mas outras possibilidades de HIC. Tratamento Relatar o que foi feito
  • 19. MIELOMENINGOCELE • Disrafismo espinhal – não fechamento da rafe (dura mater, osso e pele). • Normalmente cursa com paraplegia e hidrocefalia. • Estigmas nos disrafismos ocultos – dimple, crescimento de pelos e máculas. • Lembrar da associação com Arnold – Chiari – herniação das amigdalas cerebelares e até do tronco cerebral.
  • 20.
  • 21. MIELOMENINGOCELE História clínica Diagnóstico é feito durante a gestação – explicar para a gestante. Exame clínico Presença de lesão ou disrafismo oculto. Caso presente é de resolução urgente. Exames complementares Crânio – hidrocefalia e Chiari. Tratamento É cirúrgico.
  • 22. CRANIOESTENOSES • Fechamento precoce das suturas cranianas. • O mais importante é a deformidade. • A não palpação da fontanela, não siginifica cranioestenose.
  • 28. CRANIOESTENOSES História clínica Pode ocorrer atraso no DPM. Exame clínico Deformidade do crânio Exames complementares TC com reconstrução em 3D Tratamento Neurocirurgia
  • 29. TRANSTORNOS DE HUMOR/COMPORTAMENTAL. • Habitualmente, não há razão para encaminhar ao neurologista, exceto quando presente sinais ou sintomas de lesão orgânica do SNC. Avaliar, conforme o caso, encaminhamento à Saúde Mental. • Buscar causas orgânicas – infecções, distúrbios hidroeletrolíticos, drogas, insuficiência renal e etc.
  • 30. “ Se nosso cérebro fosse tão simples ao ponto de podermos compreendê-lo, seríamos tão idiotas que não poderíamos fazê-lo. I. Kant. rodriguescfa@hotmail.com